The far right today | Cas Mudde
Cas Mudde (2018) | Imagem: Wikipédia
The far right today é o primeiro livro de Cas Mudde voltado para o público “não acadêmico” interessado no impulso das “novas direitas”, na América e na Europa, nomeada por ele como a “quarta onda”. O caráter de manual está na arquitetura da informação, na brevidade do texto, na ausência de digressões teóricas e de citações diretas, como também na clareza com que apresenta suas proposições e exemplos. Mudde quer apenas oferecer uma visão geral desse período marcada pela ação da direita (far right) “antissistema e hostil à democracia liberal”, que se configura em dois grupos: a extrema direita (extreme right), que rejeita a “soberania popular e a regra da maioria” (sendo, portanto, revolucionária), e a direita radical (radical right), que aceita a soberania popular e a regra da maioria, mas se opõe à “democracia liberal”, no que diz respeito, principalmente, aos “direitos das minorias”, à legitimidade das leis e à “separação de poderes” (p.19). Sua meta é instrumentalizar o leitor comum a avaliar “os desafios que a far right coloca para as democracias liberais no século XXI” e, consequentemente, defender essa democracia liberal das várias ameaças reais e potenciais listadas ao longo da obra. (p.17).
Cas Mudde é um cientista político que trabalhou em universidades da Hungria, Holanda, Escócia, Bélgica, Alemanha, Eslováquia, Suécia e Espanha. Nos últimos seis anos, e já radicado nos Estados Unidos da América (EUA), Mudde tem escrito sobre ideologias, movimentos e partidos europeus e estadunidenses de extrema direita e direita radical, além de refinar categorias como o populismo e explorar o fenômeno das ideias extremistas entre jovens (SPIA/UGEO). The far right today reúne grande parte desses estudos em capítulos que contam a história das novas direitas entre 1945 e 2019, suas ideologias, formas de organização, as lideranças, as atividades, os debates sobre as causas e consequências da quarta onda, as respostas dos Estados e, especificamente, as respostas relativas às questões de gênero. Este livro foi traduzido para mais de cinco idiomas apresentando diversas paratraduções em cada uma das suas edições.
Na introdução, a única grande discussão teórica é comunicada em quatro páginas sobre questões de terminologia. A primeira diz respeito à ausência de consenso entre acadêmicos, militantes e jornalistas sobre os termos que melhor expressam o fenômeno e os usos irônicos que líderes da far right admitem compartilhar. Não obstante as divergências encontradas, Mudde esboça uma ligeira periodização (detalhada no capítulo 1) e revisa os significados dominantes de “esquerda” e “direita” em pares opostos flagrados nos últimos três séculos. O principal deles, partilhado pela maioria dos especialistas, corresponde à conhecida distinção anunciada por Norberto Bobbio em torno do fenômeno da desigualdade e do valor da igualdade: para a direita, as desigualdades (culturais, econômicas, raciais ou religiosas) seriam naturais e positivas, enquanto para a esquerda, as desigualdades seriam “artificiais e negativas” e combatidas com maior intervenção do Estado. Além desse núcleo de grande assentimento, Mudde lista diacronicamente as oposições mais genéricas e comuns referidas pelos especialistas. Na Revolução Francesa, a diferença está entre defesa da ordem hierárquica do Antigo Regime (direita) e a defesa da soberania popular (esquerda). Na Revolução Industrial, a oposição se configura em apoio ao livre mercado (direta) vs. apoio a um papel mais ativo do Estado (esquerda) e no entusiasmo pela religião (direita) vs. entusiasmo pelo secularismo (esquerda). Na passagem do século XX para o século XXI, em geral, a oposição se dá entre o apoio ao autoritarismo (direita) e o apoio ao libertarianismo (esquerda) ou apoio ao nacionalismo (direita) vs. apoio ao internacionalismo (esquerda).
No capitulo primeiro – History – Mudde legitima a periodização de Kaus von Beyme para a far right na Europa, apresentando uma quarta “onda”. Na primeira onda (Direita Neo-fascista – 1945-1955), os sujeitos eram remanescentes fiéis ao fascismo. Eles estavam reunidos em associações de atuação marginal na Alemanha, Bélgica, Inglaterra (O. Mosley) e EUA (F. Yockey), por exemplo. O termo foi alterado para extreme right (direita extremista) na década de 1980, direita radical na década de 1990, algumas formas de populismos de direita no início do século XXI e far right (ultradireita) nos tempos atuais (p. 18).
Sendo assim, a discussão terminológica de Mudde não está voltada para a definição de uma “direita mainstream”, mas da direita “antissistema”, aquela que se apresenta como inimiga mais destacada da democracia liberal. As três primeiras vagas, ou ondas, apresentadas por Mudde correspondem cronologicamente a um período entre 1945-2000 para chegar à tese central, tanto do capítulo quanto do livro, dedicada a caracterizar a quarta vaga desde os anos 2000. Na sua concepção, três foram as crises que beneficiaram o crescimento progressivo do seu eleitorado: os ataques às torres gêmeas em 2001; a grande recessão de 2008 e, mais recentemente, a crise dos refugiados em 2015. Um dos elementos mais destacados desse capítulo é a assertiva de que a caracterização da quarta vaga está na integração da ultradireita ao mainstream. Ele demonstra ao longo do texto como em diversos países do Ocidente essa “direita radical populista” tem sido cada vez mais aceita dentro da estrutura política, coisa que não ocorria nas ondas anteriores, chegando a ser identificada como koalitionsfähig (aceitáveis para coligação) tanto por partidos políticos clássicos de direita e algumas esquerdas tradicionais.
O segundo capítulo do livro é inteiramente destinado às “ideologias” da far right (extreme right e radical right) – fascismo e nazismo –, às “características ideológicas” da radical right – nativismo, autoritarismo e populismo – e o impacto dessas características ideológicas na formulação/contestação de políticas (imigração, segurança, corrupção, política externa). Mudde traça nesse capítulo um retorno à discussão sobre direitas e ideologia, característica marcante no retorno aos estudos dos fascismos como foi bastante destacado por Carlos Martins, Dan Stone, Federico Finschelstein e outros autores dedicados ao tema. O politólogo holandês tenta mostrar, nesse capítulo, como aspectos destacados pelo campo ideológico são utilizados em temas caros a esta quarta onda (a exemplo de: imigração, segurança, corrupção, política externa e costumes), deixando a discussão sobre a questão de gênero para um capítulo em específico. A parte um do capítulo destaca a natureza do fascismo e do nazismo, retomado pelo discurso e estética política de parte da far right. Segundo Mudde, na acepção do fascismo, o Estado não é só uma instituição jurídica. Apresenta-se, também, como uma entidade ética, orgânica e espiritual que exige por parte da população “lealdade e submissão” (p. 36). Mudde retoma os argumentos teóricos dos fascismos históricos para mostrar que a far right tem seu pensamento moldado, principalmente, pelo racismo com um cunho nativista: uma combinação de nacionalismo e xenofobia.
Mudde demonstra que as ondas anteriores viam a direita como homogênea e apenas de discurso e pautas únicas. Essa perspectiva era e continua a ser incorreta. As direitas sempre se apresentaram como heterogêneas, seja na constituição dos próprios grupos e movimentos, quanto na construção e defesa de temas caros a sociedade civil. O tema da imigração/migração é o mais destacado pelas “direitas radicais populistas” desde o pós-guerra. Eles a enxergam como uma ameaça a nação e ao Estado. A direita mais extrema vai além, chegando a afirmar que os países do Ocidente vivem um verdadeiro “genocídio branco” devido a imigração/migração em massa e ao multiculturalismo (p. 42).
A extrema direita defende esses princípios elaborando teorias conspiracionistas, como a da “grande substituição” para mostrar aos seus seguidores e eleitores como o homem branco ocidental está em sério risco de existência mediante os interesses de uma “elite” que só pensa em aumento de lucros e riquezas, substituindo a mão-de-obra branca por imigrantes do norte da África. Naturalmente, essa questão se desdobra no tema da segurança que, na construção argumentativa de Mudde, tem um forte componente nativista, pois, são os “corpos estranhos”, os estrangeiros, mas não qualquer estrangeiro, que são vistos como a principal fonte de insegurança à nação.
A corrupção é um tema fundante da legitimidade do discurso político que colocou a maior parte das ultradireitas no poder hoje. A ideia de que o sistema político é corrompido pelas elites e que não é possível confiar em sistemas eleitorais (por natureza corruptos), mesmo que os tenham levado ao poder, é uma das bandeiras desses grupos. No campo da política externa, a far right interpreta as relações internacionais como um jogo de “soma zero”, se um ganha os outros perdem. Contudo, não estão isoladas na perspectiva de cooperação internacional. Sua ênfase é a nação em primeiro plano e as questões nacionais são sobrepostas as demais. É fundamental o destaque na afirmação de que os movimentos e partidos de ultradireita agem de forma transnacional. Esses temas e questões, levantados nesse capítulo, são parte de uma discussão que extrapola as fronteiras nacionais e possui forte apelo entre os movimentos que se identificam na forma de abordá-los, especialmente no mundo virtual.
O último aspecto destacado por Mudde, nesse capítulo, é a religião e seu papel nesses movimentos. São variadas as paratraduções realizadas por esses movimentos da questão religiosa. Desde a criação de uma Israel imaginária, utilizando o conceito de Michel Gehrman, até mesmo a emergência do quase extinto grupo Nações Arianas para quem os não brancos são “povos feitos de barro”, sem alma (p. 52).
Nos quatro capítulos seguintes, Mudde apresenta os sujeitos da direita radical: movimentos, partidos políticos e lideranças.
Há líderes de todo o tipo, mas nem todos são tão poderosos quanto foi Jean-Marie Le Pen. O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e o líder grego, Nikolaos Michaloliakos são muito parecidos com o líder francês. Ambos possuem formação militar. (p.7-71).
No contexto da organização das ultradireitas, o autor resume a discussão apontando que partidos políticos concorrem a eleição, movimentos sociais não. Contudo, ambos são grupos razoavelmente organizados, ao contrário das “subculturas”. Como a maior parte dos partidos políticos ao redor do mundo possuem financiamento estatal e quase sempre associado a resultados eleitorais, poucos são os que, de fato, conseguem sobreviver fora do parlamento, daí a dificuldade de uma declaração direta de sua relação com a ultradireita. Já no que tange aos movimentos, Mudde aponta uma miríade de grupos e “grupúsculos” com diversos tipos de financiamento e organização. Há, inclusive, organizações intelectuais (mesmo que pareça uma contradição, pois muitos grupos se declaram anti-intelectuais) radicadas nos meios de comunicação social por meio de plataformas digitais e organizações políticas propriamente ditas.
Em seguida, o autor define subcultura, como “grupos no âmbito da cultura nacional mais ampla que partilham de uma identidade, valores, práticas e objetos culturais” (p. 67). Seu objetivo é mostrar a construção do conceito de Alt-right (direita alternativa) com um conjunto de ideologias, grupos e indivíduos de ultradireita cuja crença central é a de que a identidade branca está a ser atacada por forças multiculturais que utilizam o “politicamente correto” e a “justiça social” para minar a civilização (p.69). No capítulo subsequente, o foco está nos líderes, nas pessoas que lideram de forma autoritária e carismática a far right ao redor do mundo. Trump, Alice Weidel, Le Pen passam a ser analisados em sua performance política e uso do capital social para projetar a ideia de obediência a autoridade legítima. O capítulo seis dedica-se ao estudo das causas dos últimos sucessos eleitorais da far right. Os debates mais relevantes dessa parte estão na discussão entre protesto versus apoio; ansiedade econômica vs. reação cultural negativa; global vs. local e líderes vs. organizações. O argumento é finalizado com uma análise sobre o papel dos meios de comunicação no apoio e crítica ao comportamento da ultradireita.
Nos capítulos sétimo, oitavo e nono, os objetos são as consequências e as respostas às consequências advindas do fenômeno das direitas radicais. As questões de sexo e gênero ganham ocupam o capítulo 9. Mudde descreve as mudanças e sobrevivências das ideologias extremistas: da passagem do familiarismo (ideias de mulheres puras e frágeis) ao “sexismo hostil” (ideias de mulheres corruptas e poderosas), das suas combinações, como também da transformação do familiarismo em norma constitucional na Hungria. Das consequências mais gerais, o autor ressalta a determinação exercida pelos contextos históricos. Em países como Brasil, Índia e Israel, a ação da extrema direita pode fazer menor estrago que na Inglaterra e nos EUA, mas “com maior facilidade e rapidez”. Indiretamente, a ação é maior. Extremas direitas pautam os problemas sociais (assentidas pela mídia e políticos tradicionais). Em política internacional, o exemplo extremo é o da Hungria, que migrou de “um partido de direita dominante para um partido populista de esquerda radical” e agora se dirige à transformação da União Europeia à sua imagem e semelhança. Os modos de combater as extremas direitas também variam com o modelo de Estado e a ideia de democracia liberal partilhada pelo potencial adversário. Extremas direitas são mais livres no modelo Estadunidense e fortemente combatidas no modelo alemão. Em geral, sobretudo entre os que seguem modelos próximos aos EUA, agências de segurança são mais cometentes para investigar extremismos de esquerda. Também variam de partido a partido e com a natureza da sociedade civil. Partidos vão dos “cordões sanitários”, ao “confronto”, da “cooptação” à “incorporação” desses grupos radicais. A sociedade civil opera no confronto e na demarcação de territórios. Mas “não há bala de prata” porque os contextos históricos, as ideias de “extremo” e os níveis de “tolerância” variam de sociedade a sociedade. Então, a melhor alternativa é o emprego de “diferentes combinações das alternativas existentes” (p.130).
Nos dois últimos capítulos, Mudde trata da relação gênero/radicalismo e enumera as “Doze teses da quarta onda”. No que concerne a questão de gênero, as ultradireitas pautam o tema, majoritariamente, pelo viés do nativismo, muitas vezes com interpretações étnicas e raciais. O que fazem, na visão de Mudde, é manifestar o chamado “sexismo benevolente”, compreendendo as mulheres como moralmente puras e fisicamente frágeis (p.156). Há um tratamento plural em relação à discussão sobre a homossexualidade. Grupos de direita abraçam, em vários países, o chamado, homonacionalismo, com o entendimento de que são parte da cultura nacional, mas que são fortemente ameaçados pela imigração, em especial a muçulmana. A ideia disseminada em vários grupos de direita radical e até mesmo de extrema direita é de minimizar a concepção de masculinidade tóxica com o objetivo de trazer para a sua legião de adeptos novos grupos, tentando mostrar uma diversidade de pauta, mas sem renunciar a que todos que são parte integrante da nação estão sob uma constante ameaça de grupos externos que estão a degenerar o Estado e a sociedade. As doze teses da quarta onda seriam:
- A ultradireita é extremamente heterogênea;
- A direita radical está integrada ao mainstream;
- As políticas da direita radical populista já não se limitam aos partidos da direita radical populista;
- Os limites tornaram-se indefinidos;
- A direita radical populista é cada vez mais normalizada;
- A direita extremista é uma patologia normal; a direita radical populista é uma normalidade patológica;
- A ascensão da direita radical populista deve-se ao desalinhamento e não ao realinhamento;
- A ultradireita é um fenômeno marcado pela perspectiva de gênero;
- Nenhum país é imune a políticas de ultradireita;
- A ultradireita veio para ficar;
- Não existe uma forma ideal de lidar com a ultradireita;
- A ênfase deveria ser colocada no fortalecimento da democracia liberal.
O livro de Mudde, como podem perceber, tem uma virtude que é a de (para)traduzir as “novas direitas” em uma linguagem mais aberta e direta sem apresentar dados estatísticos e citações em excesso, capazes de afastar a leitura para um público mais amplo e diverso. O livro também esclarece os caminhos pelos quais tornou-se possível a ascensão desses grupos, entendendo-os como parte de um fenômeno transnacional, mas com pautas que tornam a “nação” ou o “nativismo” a questão primeira de debate.
Contudo, no que diz respeito aos conceitos, por se tratar de uma obra para o grande público, carece em alguns aspectos de maior aprofundamento. Em diversos momentos, far right é também utilizado como direita radical populista, sendo o próprio conceito de populismo alvo de críticas severas por parte do próprio autor. O fato de ele utilizar esses termos como sinônimo é um agravante para o leitor menos especializado que acaba por reproduzir um termo bastante controverso no campo da história política do tempo presente. Ainda assim, o livro é o principal manual para quem deseja iniciar os estudos sobre esse novo fenômeno. É uma obra construída sob pesquisa monumental realizada ao longo de décadas por Mudde e sua equipe e que reúne confiáveis (por mais que em alguns casos discutíveis) informações sobre as “novas direitas”. Para quem se interessa por um debate amplo que provoca o leitor com a apresentação de diversos termos e conceitos, parte de um vocabulário próprio para a compreensão do século XXI, o livro é um excelente ponto de partida.
Sumário de The far right today
- Acknowledgments
- Abbreviations
- Introduction
- 1. History
- 2. Ideology
- 3. Organization
- 4. People
- 5. Activities
- 6. Causes
- 7. Consequences
- 8. Responses
- 9. Gender
- 10. Twelve Theses on the Fourth Wave
- Chronology
- Glossary
- Further Reading
- Index
Resenhistas
Karl Schurster é Doutor em História Comparada (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e Pós-Doutor em História (Universidade Livre de Berlim). É professor da Universidade de Vigo pela beca Maria Zambrano de Talento Internacional e livre-docente pela Universidade de Pernambuco e publicou, entre outros trabalhos, Por que a Guerra? Das batalhas gregas a cyber guerra (Civilização Brasileira), “Dilemmas and transmission of the memory of the Holocaust: a comparative study between the teaching material of the International School for Holocaust Studies and the Holocaust Memorial Museum / USA”, Trajetórias Americanas Vol. 1 e 2 (EDUPE) e Passageiros da Tempestade: fascistas e negacionistas no tempo presente (CEPE). ID: https://orcid.org/0000-0002-1363-119X; Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9572701361201130; E-mail: karl.schursterverissimo@uvigo.es.
Óscar Ferreiro-Vázquez é Doutor e Prêmio Extraordinário de doutoramento pela Universidade de Vigo. Professor de Tradução e Interpretação e integrante do Grupo de Pesquisa TI4 Tradução e Paratradução (T&P) dessa universidade. Diretor do Diploma Próprio Universitário de Especialista em Tradução para a Indústria dos Jogos de Vídeo (ETIV). Professor efetivo do Ensino Médio da Rede Pública Galega, atualmente em licença sem vencimentos. ID: https://orcid.org/0000-0002-8442-8930; E-mail: oferreiro@uvigo.es.
Para citar esta resenha
MUDDE, Cas. The far right today. Cambridge: Polity Press, 2019. Um manual (para) traduzir das novas direitas . Resenha de: SCHUSTER, Karl; FERREIRO-VÁZQUEZ, Óscar. Crítica Historiográfica. Natal, v.2, n. esp. (Novas Direitas em discussão), ago. 2022. Disponível em <https://www.criticahistoriografica.com.br/3233/>