Últimas Resenhas Publicadas
Fieldwork in Timor-Leste: Understanding Social Change through Practice | Maj Nygaard-Christensen, Angie Bexley
A coletânea organizada por Maj Nygaard-Christensen e Angie Bexley, Fieldwork in Timor-Leste, tem dois objetivos: prover aos pesquisadores que fazem suas primeiras pesquisas no Timor-Leste reflexões críticas sobre as categorias que foram utilizadas para estudar este país e envolver pesquisadores experientes nas conversas e reflexões sobre os trabalhos de campo mais recentes (p. 5). Neste sentido, reúne onze artigos em que vários especialistas em Timor-Leste refletem sobre os desafios e dificuldades (tanto práticas como teóricas) na hora de fazer pesquisa histórica e etnográfica sobre esse país. As editoras do volume são pesquisadoras experientes em temas do Timor-Leste: Nygaard-Christensen tem dez anos de trabalho de campo no país e é professora associada na Universidade de Aarhus, Dinamarca, e Bexley é pesquisadora na Universidade Nacional de Austrália; ambas publicaram numerosos artigos sobre temáticas relacionadas ao Timor-Leste. A coletânea que elas editaram inclui alguns dos nomes mais importantes nesse campo de estudos, como Douglas Kammen e Judith Bovensiepen, e também estudantes de pós-graduação. Certamente não era a intenção das organizadoras fazer um manual prático de trabalho de campo, mas uma obra de reflexão crítica sobre o trabalho de campo, e os autores o fazem com êxito. Leia Mais
A razão africana: breve história do pensamento africano contemporâneo | Muryatan Barbosa
Não tem sido comum na historiografia brasileira escrever sínteses que esclareçam temas e questões da contemporaneidade da África. Muryatan Barbosa enfrenta o desafio a começar pelo título da obra aqui resenhada, A razão africana, que talvez seja correto definir como a capacidade intelectual e moral que se realiza em circunstâncias históricas e contextos epistemológicos específicos. E para compreender a natureza e o sentido da razão africana, o autor elaborou um grande retábulo com as principais ideias de um número significativo de intelectuais africanos e africanistas. Leia Mais
Beatriz Nascimento/quilombola e intelectual. Possibilidades nos dias da destruição | Beatriz Nascimento
O livro Beatriz Nascimento, quilombola e intelectual, organizado e editado pela União dos Coletivos Pan-Africanistas (UCPA), reúne o conjunto mais completo de escritos da historiadora e militante Beatriz Nascimento, entre já publicados e inéditos.1 A publicação chega em boa hora, atendendo a uma demanda crescente por parte de ativistas, estudantes e pesquisadores ávidos pelo conhecimento e reconhecimento da produção intelectual de negros e negras de diferentes gerações. A iniciativa da UCPA está em consonância com o projeto editorial que informou sua criação, assim como de outras editoras fundadas com o propósito de divulgar autoras e autores negros historicamente preteridos pelos grupos editoriais consolidados. A novidade, diga-se de passagem, são iniciativas semelhantes vindas de grandes editoras que, apenas recentemente, têm incluído em seus catálogos negros notáveis no campo das Ciências Sociais e da Literatura. Os organizadores e editores da UCPA têm seus próprios objetivos e público alvo, deixando explícito no primeiro texto de apresentação (orelha do livro) sua destinação última: “Quilombola e intelectual: possibilidade nos dias da destruição foi o título mais apropriado para sacramentar na consciência do povo preto a personalidade e a obra desta africana em diáspora: Maria Beatriz Nascimento”. Leia Mais
Polis Histories/Collective Memories and the Greek World | R. Thomas
Las viejas certezas de la filología clásica sobre la decadencia de la historiografía helenística se han desdibujado no hace mucho tiempo. [1] Esta actitud negativa estaba basada en diversos prejuicios, en particular, en la convicción de que estas historias eran el producto de un estéril interés anticuario frente al pasado, de alcance estrictamente local y que, además, carecía por completo de la agudeza intelectual y el sentido político de la gran historiografía griega del siglo V a.C. Ese era el diagnóstico general. Con algunas excepciones notables, particularmente la de Polibio en el siglo II a.C., se pensaba que los escritos perdidos, bien perdidos estaban. El “Campo de ruinas” (Trümmerfeld) de la historiografía griega entre los siglos IV-II a.C. (Strasburger, 1977, pp. 14-15), del que podía rescatarse apenas un 2,5% del total de las historias escritas en aquellos siglos, en fragmentos y testimonios, fue metódicamente reconstruido por Felix Jacoby durante la primera mitad del siglo XX. Estos testimonios y fragmentos han comenzado a ser explorados en las últimas décadas con nuevos ojos. Leia Mais
Lições de resistência: artigos de Luiz Gama na imprensa de São Paulo e do Rio de Janeiro | Ligia Fonseca Ferreira
Desde o século XIX, Luiz Gama insiste em nos provocar com Lições de resistência. Gama foi escravizado, conquistou a alforria, foi reconhecido como intelectual conceituado já no seu tempo, enquanto se tornava um dos principais personagens do movimento abolicionista. As suas ideias e o seu empenho como jornalista e rábula na defesa da liberdade dos escravizados o transformaram numa referência incontornável da luta pela igualdade racial ainda nos dias de hoje. Em tempos de aprofundamento das desigualdades, Luiz Gama, negro, abolicionista e republicano continua a ser um farol para quem aspira por justiça e, por isso, mantém-se entre os autores brasileiros mais lidos, seja como literato ou como ativista engajado no campo do direito. Leia Mais
Escravidão urbana e abolicionismo no Grão-Pará/século XIX | José Maia Bezerra Neto, Luiz Carlos Laurindo Junior
Como salienta José Maia Bezerra Neto, um dos organizadores da coletânea, na sua contribuição inicial, “Do vazio africano à presença negra”, desconhece-se ainda hoje a importância da escravidão de origem africana na Amazônia. Essa ideia da Amazônia apenas indígena ou mestiça foi construída ao longo de mais de um século por uma historiografia brasileira que quis salientar a peculiaridade ou a situação periférica da região em relação ao resto do Brasil. A historiografia nacional sobre a Amazônia focou exclusivamente na atividade econômica do extrativismo, que usava a mão de obra indígena em oposição à agricultura escravista de plantation. Mesmo a historiografia paraense mais antiga quase não menciona a escravidão de origem africana (por exemplo, Arthur Vianna) ou apenas trata dela em estudos específicos, mas não lhe dando a devida importância em obras mais gerais (Arthur Cezar Ferreira Reis). As coisas começaram a mudar a partir dos trabalhos pioneiros de Napoleão Figueiredo, Anaíza Vergolino e sobretudo Vicente Salles, como destaca Bezerra Neto. Destarte, acaba surpreendendo o leitor tanto a antiguidade quanto o volume da produção historiográfica regional sobre escravidão africana no Pará, passada em revista nesse ensaio, que será de grande utilidade para qualquer estudioso do assunto, quer no Pará ou mesmo, de maneira geral, nas Américas. Apenas achei que poderia ter incluído autores estrangeiros, como a importante monografia sobre a cabanagem, de Mark Harris, Rebellion on the Amazon (2010), e o excelente estudo de Oscar De la Torre, The People of the River: Nature and Identity in Black Amazonia, 1835-1945 (2018). Leia Mais
Between Greece and Babylonia: Hellenistic Intellectual History in Cross-Cultural Perspective | K. Stevens
La cuestión de las relaciones entre griegos y nativos durante el período Helenístico ha llamado la atención de los estudiosos desde hace más de un siglo. En las últimas décadas se ha asistido a una renovación de este interés desde perspectivas post-constructivistas e interdisciplinarias, que han abierto nuevas vetas de investigación y han hecho progresar nuestro entendimiento de aquellas relaciones. Mesopotamia ha ocupado un lugar especial en estas consideraciones, en tanto para el momento en que los griegos establecieron una presencia permanente en la región, esta ya contaba con una larga tradición política e intelectual. Resulta sumamente interesante analizar la interacción de esta tradición local con aquella griega recién llegada, siendo una de las principales dificultades para el investigador el contar con la capacidad de acceder al registro de ambas culturas a la vez y poder establecer comparaciones. Leia Mais
Especias. Una historia de descubrimiento/ codicia y lujo | F. Antinucci
El presente libro se encuentra a medio camino entre esos dos campos tan recelosos como disputados: la escritura académica y la divulgación histórica. Hay que leerlo en su especificidad. Se trata del ejercicio histórico-ensayístico de un académico especializado en otra área, [1] amante de la gastronomía. Esto no implica que el libro falle en lo que se propone. Es pertinente en la mayor parte de lo que se plantea exponer, aunque sin dudas el lector académico encontrará incomodidad en ciertas faltas de precisión, tales como los mapas meramente ilustrativos del texto (sin referencia alguna) y en las ausencias de notas y referencias expuestas de un modo uniforme. Esto, sin embargo, no logra disminuir la calidad narrativa de Antinucci, que es sumamente amena. Leia Mais
Becoming Free/Becoming Black: Race/ Freedom/ and Law in Cuba/Virginia and Louisiana | Alejandro De La Fuente, Ariela Gross
Conquistar a liberdade sempre foi o objetivo das pessoas escravizadas nas Américas. Em todas as sociedades escravistas do continente mulheres e homens negros desenvolveram estratégias que, de alguma maneira, acabaram refletidas nos sistemas legais das colônias e nações onde viviam. As respostas das elites senhoriais às tentativas de alforria orientavam as leis, que acabaram constituindo critérios para uma cidadania de poucos, além de concessões e suspensão de direitos, ao mesmo tempo em que produziam hierarquias raciais. Alejandro de La Fuente e Ariela Gross afirmam que o livro que escreveram é um exercício de comparação que trata da ação de pessoas escravizadas e libertas sob os regimes escravistas nos estados de Luisiana e Virgínia, nos Estados Unidos, e em Cuba. Leia Mais
A metade que nunca foi contada: a escravidão e a construção do capitalismo norte-americano | Edward E. Baptist
A metade que nunca foi contada é o segundo livro do historiador norte-americano Edward E. Baptist. Professor na Universidade de Cornell (Ithaca, NY), Baptist apresenta em seu novo trabalho, originalmente publicado como The Half Has Never Been Told, em 2014, os resultados de um longo percurso de pesquisa sobre a construção da fronteira escravista no sudoeste norte-americano no século XIX, expandindo um tema que já era o centro do seu primeiro livro monográfico, Creating a New South (2002). Leia Mais
La Repubblica delle opinioni. Informazione politica e partecipazione popolare a Roma tra II e I secolo a.C. | A. Angius
El carácter de la participación popular en la vida política romana ha concitado la atención de los investigadores en los últimos años. [1] A riesgo de simplificar en exceso, podríamos afirmar que el problema que ordena el debate remite a diversas valoraciones sobre el nivel de influencia de los ciudadanos en la toma de decisiones colectivas. Las tendencias historiográficas en sus extremos van desde la negación del poder del pueblo hasta el reconocimiento de intersticios en los que la opinión y la presión de la plebe tuvieron una mayor incidencia de lo que se creía hasta el momento. La búsqueda de un modelo analítico que permitiera comprender mejor las particularidades de la dinámica actuante en la interacción entre la élite y el pueblo se ubicó como una premisa de trabajo para comprender los vínculos sociales. Los estudios recientes han explorado aspectos relevantes de la organización y el funcionamiento de las instituciones, con especial énfasis en la comunicación política, para determinar el modo en que las multitudes ejercían sus derechos ciudadanos durante período republicano. [2] Leia Mais
San Martín. Una biografía política del Libertador | Beatriz Bragoni
El libro de Beatriz Bragoni forma parte de una colección de biografías argentinas editadas por el sello editorial Edhasa, en la que son abordadas diferentes figuras de la historia argentina a partir de interrogantes nuevos y complejos, con arreglo a los diversos aportes que ha ido recuperando el género biográfico en el ámbito de la producción e investigación históricas. He ahí, entonces, que podemos hablar de un género que goza de una vitalidad importante y que se cultiva en sintonía con las exigencias de la producción académica sin menoscabo de una narrativa amena que permite afirmar que se trata de libros destinados a un público curioso cuyo alcance excede al de los estudiosos. Leia Mais
Polybius. Experience and Lessons of History | D. W. Moore
En Polybius. Experience and the Lessons of History, Moore explora los aspectos didácticos, metodológicos e historiográficos de las Historias de Polibio. El interés por investigar algunos de los rasgos menos trabajados del historiador aqueo se ha visto impulsado por trabajos como The Shaping of Narrative in Polybius (Miltsios, 2013), Cultural Politics in Polybius’ Histories (Champion, 2004), a nivel nacional por la obra de Moreno Leoni (2017) Entre Roma y el Mundo Griego. Memoria, autorrepresentación y didáctica del poder en las Historias de Polibio , así como por aportes sobre otros historiadores del mundo clásico (el trabajo comparte una aproximación que tiene mucho en común con Livy’s Exemplary History de Chaplin, 2001). Leia Mais
Usos del pasado en la Argentina contemporánea: memorias/ instituciones y debates | M. Philp, E. Escudero
El libro propone la discusión de un problema clásico: el de la vinculación entre los usos del pasado y la legitimación del poder, es decir, las relaciones entre la historia, la política y la memoria, y las instituciones como espacio de disputa del pasado en nuestro país durante el siglo XX. Pero, sobre todo, se funda en la línea de investigación centrada en los procesos de legitimación política, donde la tradicional historia política es entendida muchas veces como historia del poder. El pasado se convierte en uno de los insumos claves para construir un imaginario conformado por representaciones colectivas, en donde se articulan ideas, imágenes, ritos y modos de acción que varían a lo largo del tiempo en función de las necesidades políticas del presente. Por lo tanto, los usos del pasado, efectuados durante el siglo XX, constituyen un recurso clave en los procesos de legitimación del poder. Leia Mais
Pensar la revolución. Historia intelectual de la independencia chilena | Gabriel Cid
Pensar la revolución. Historia intelectual de la independencia chilena es una obra del historiador Gabriel Cid, que resulta de la adaptación de su tesis doctoral presentada en la Universidad del País Vasco en 2015. Como especialista en historia política e intelectual del siglo XIX chileno, Cid aborda en su libro las polémicas surgidas en torno a los usos y aplicaciones de conceptos políticos durante el periodo 1808 y 1833 en Chile, entendido por el autor “como una época revolucionaria” que inició con las noticias de las abdicaciones de Bayona y que concluyó con la sanción de la última constitución del siglo XIX chileno. Leia Mais
Como animales. Historia política de los animales durante la Revolución francesa (1750-1840) | Pierre Serna
El siglo XVIII fue un periodo de cambios. El contexto intelectual de la Ilustración se interesó por comprender y explicar su entorno bajo los principios de la razón. En Francia, novedosas ideas surgieron al criticar el agotado sistema absolutista; esto derivó en el estallido de una crisis política: la Revolución francesa; tema que Pierre Serna, historiador francés, profesor en la Universidad de Paris I, Panthéon-Sorbonne, conoce muy bien, y del cual lleva ya varios títulos publicados. Leia Mais
La educación de las mujeres en Iberoamérica. Análisis histórico | Teresa González Pérez
Este libro, La educación de las mujeres en Iberoamérica. Análisis histórico coordinado por la profesora Teresa González, contribuye al desarrollo del conocimiento universitario y da respuesta a una necesidad social que trata de reconocer el papel de la mujer en el desarrollo de las sociedades y de la educación. Es un documento ambicioso que aporta una visión amplia del pasado y presente educativo de las mujeres. Este recorrido ha experimentado una evolución impresionante y ha quedado plasmado en las numerosas líneas de investigación. Son muchos los trabajos que han incidido en el desarrollo de este tema, marcados por la reflexión y el debate, que analizaron el papel de la mujer en los distintos niveles del sistema de aprendizaje y su contribución en el mundo de la educación. En esta línea, ha ayudado la historiografía que ha evolucionado de forma vertiginosa en las últimas décadas. No podemos entender el pasado sin la participación de todos en la construcción del devenir de la sociedad. Junto a esta realidad académica e investigadora, se suman los análisis aportados por los estudios de género que han aterrizado en el panorama educativo y han estudiado patrones de comportamiento pedagógico, generando una amplia bibliografía que han analizado el prototipo femenino y los rasgos educativos que lo caracterizan. Leia Mais
Urdimbre de la imagen. Aportes para la enseñanza de la historia | Carlos A. Flórez López
Iglesia, nobleza y poderes urbanos en los reinos cristianos de la Península Ibérica durante la Edad Media | Jorge Díaz Ibáñez, José Manuel Nieto Soria
Iglesia, nobleza y poderes urbanos en los reinos cristianos de la Península Ibérica durante la Edad Media, coordinada por Jorge Díaz Ibáñez y José Manuel Nieto Soria es una obra enmarcada en el Proyecto HAR2016-76174-P de la Secretaría de Estado de Investigación, Desarrollo e Innovación, Expresiones de la cultura política peninsular en las relaciones de conflicto (Corona de Castilla, 1230-1504), que propone analizar las relaciones sociales entre Iglesia y nobleza así como entre Iglesia y elites urbanas en la Península Ibérica medieval. Leia Mais
Pinceles olvidados. Mujeres artistas (siglos X-XVI) | Diana Arauz Mercado
Fue en 2016, hace sólo cinco años, cuando el Museo del Prado celebró su primera exposición dedicada exclusivamente a una pintora, Clara Peeters, coorganizada con el Koninklijk Museum voor Schone Kunsten Antwerpen (Museo Real de Bellas Artes de Amberes). Sólo con este hecho ya podemos inferir la poca atención que hasta ahora han recibido las mujeres artistas en el mundo hispano. Leia Mais
Isabel de Castilla y Aragón. Princesa y reina de Portugal (1470-1498) | Ruth Martínez Alcorlo
Los estudios que, desde diferentes vertientes, se dedican a la corte de los Reyes Católicos y sus principales actores han cobrado una gran intensidad en el último tiempo, destacándose de un modo especial el enfoque histórico gracias al análisis de nuevas fuentes documentales. Isabel la Católica es la figura que ocupa un lugar predominante dentro de estas investigaciones, tras la poderosa imagen que la historiografía ha forjado de ella, eclipsando a muchas otras mujeres, entre ellas, sus propias hijas. Leia Mais
Elogio de la docencia. Cómo mantener viva la llama | Federico Lorenz
Este libro ofrece reflexiones surgidas a partir de una acumulación social de situaciones en años de clase. No es ni una crítica al profesorado, ni a las ciencias de la educación, es en definitiva una reivindicación del oficio. Pretende destacar el rol de la docencia como una tarea artesanal. Lo artesanal se sitúa aquí en la posición diametralmente opuesta a la virtualidad en la que vivimos y a la rutinización de la tarea. Lo artesanal significa “(…) poner el cuerpo en un aula, compartir el espacio con nuestros alumnos, exponer nuestras vidas para lograr un compromiso semejante por parte de ellos y ellas.” (p. 14). Leia Mais
Enseñar Historia. Temas y problemas | Gonzalo A. de Amézola
La enseñanza de la Historia es un tema que ocupa hace un tiempo a distintos autores que desde sus investigaciones intentan echar luz al complejo proceso de conformación de la Historia como asignatura escolar, para comprender por qué es tan difícil la renovación tanto de los contenidos curriculares como de las prácticas de enseñanza en las aulas. Esto implica reflexionar en torno a los elementos que se ponen en juego en las decisiones que tomamos cuando armamos una propuesta didáctica, decisiones que implican no solo definir el marco teórico y la metodología que estructuran nuestras clases, sino además ubicar nuestras prácticas dentro del complejo entramado social que no escapa a la escuela como institución con una finalidad específica. Es aquí donde podemos ubicar el libro “Enseñar Historia. Temas y problemas”, producción que recoge años de trabajo de la cátedra de Planificación didáctica y prácticas de la enseñanza en Historia de la Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación de la Universidad Nacional de La Plata.1 Sus autores nos invitan a reflexionar sobre los problemas de la enseñanza de la historia a partir de la experiencia de una cátedra dedicada a la formación de profesores y al trabajo de investigación colectivo. Para avanzar sobre los temas y problemas de la enseñanza de la Historia vale preguntarse: cómo enseñar historia en la escuela y cómo enseñar a enseñar historia. Las reflexiones que condensa este libro están atravesadas por esas preguntas. De estas se desprenden distintos problemas que serán abordados por les autores en cada capítulo, algunos de ellos son: historia enseñada- historia investigada; las reformas educativas y sus límites; renovación – tradición; la complejidad de los conceptos de tiempo y espacio; los sujetos de la historia; la propuesta didáctica como hipótesis de trabajo; el trabajo en el aula a partir de talleres, planteo de problemas y la evaluación. Otras cuestiones que van a estar presente en los ocho capítulos que forman este libro son: enseñar a pensar históricamente, la relación entre la enseñanza y la investigación, los manuales y sus usos, didáctica específica-saberes específicos y la relación compleja entre los Diseños Curriculares prescriptos y la planificación de las prácticas en la escuela media. Estos temas son abordados desde múltiples perspectivas y con un sólido anclaje teórico y práctico, dándole coherencia interna al libro. Al mismo tiempo son tratados y puestos en diálogo con las experiencias recogidas de profesores en oficio encuestados,2 las narrativas de estudiantes secundarios3 y las experiencias de los practicantes4 en el armado de sus propuestas didácticas, dialogo que nutre el abordaje de la complejidad de la práctica docente, dándole al texto un rico andamiaje empírico. En el primer capítulo, el profesor-investigador Gonzalo de Amézola realiza un recorrido por la historia escolar y la enseñanza de la historia en Argentina, evidenciando cómo en nuestro país la Historia como asignatura escolar se constituye a la par de la construcción del relato histórico nacional y de la Historia como ciencia, dando como resultado una larga existencia a la historia patriótica en la escuela. En el segundo capítulo, el autor pone el foco sobre las transformaciones educativas impulsadas por la Ley Federal de Educación de 1993 y la Ley de Educación Nacional del 2006, unos de los límites de estas reformas, según el autor, es que se tratan de reformas “desde arriba” que no contemplan las opiniones de los especialistas ni de los docentes en oficio, como tampoco parten de un diagnóstico certero del estado de la educación. Además, nos dice el autor, que en periodos cortos los profesores tuvieron que afrontar nuevas leyes educativas y nuevos diseños curriculares, sin que se les brindara las herramientas o la formación necesaria para llevar adelante los nuevos objetivos de sus materias. En el tercer capítulo Gonzalo de Amézola se pregunta qué cambió realmente en las aulas con las reformas, y sobre esto nos dice que el resultado de este largo periodo de reformas “…es una mezcla de algunas innovaciones con otras tantas permanencias [y] que la fuerza de la tradición tiene a ser más resistente y efectiva en las prácticas pedagógicas que en los contenidos…” (p. 65). En el cuarto capítulo, las profesoras-investigadoras Virginia Cuesta y Milagros Rocha abordan la complejidad de dos conceptos: tiempo y espacio. Ponen en diálogo la didáctica de la historia y la didáctica de la geografía. Y nos proponen pensar nuevas periodizaciones y nuevas formas de entender el espacio desde la de-colonización y la lectura de autores no europeos. Las autoras avanzan sobre cómo abordar el espacio y la temporalidad para no reproducir aquello que no queremos. Sus aportes nos dan una pista de cómo romper con la historia lineal –cronológica, que como se sabe es una concepción muy arraigada en la enseñanza de la historia. Las discusiones sobre cómo replantear las categorías de tiempo y espacio tienen que llegar a los espacios de formación docente, de otra forma se diluyen en los diseños y no se logra una renovación de su tratamiento en las aulas. En el quinto capítulo, las profesoras-investigadoras María C. Garriga y Viviana Pappier, indagan sobre los sujetos en la historia y toman de narrativas de estudiantes secundarios elementos que nos permiten problematizar la construcción de la identidad nacional en la escuela, y estudiar la forma en que los jóvenes se apropian del conocimiento histórico que circula en las aulas y fuera de ellas, como también conocer qué sujetos reconocen en sus narrativas. Leia Mais
Mapping Diaspora: African American Roots Tourism in Brazil | Patricia de Santana Pinho
Alguns anos atrás, durante uma de minhas muitas viagens para Salvador, lembro de ter assistido a um programa na televisão que mencionava a chegada de turistas afro-americanos para a festa de Nossa Senhora da Boa Morte, que sempre acontece em agosto na cidade de Cachoeira na Bahia. Como pesquisador soteropolitano radicado no exterior que tem interesses em estudos de raça, o tema imediatamente chamou minha atenção. Soube pouco tempo depois, através do guia de turismo Frederico Bomsucesso, que essas visitas estavam acontecendo regularmente. A notícia, de fato, não me surpreendeu. Tive a oportunidade de trazer alunos afro-americanos para fazer intercâmbio em Salvador e já sabia que a relação deles com a cidade é sempre especial. Imaginava que mais cedo ou mais tarde alguém descobriria esta fatia de mercado para o turismo baiano. Leia Mais
Marriage/Divorce and Distress in Northeast Brazil: Black Women’s Perspectives on Love/Respect and Kinship | Melanie A. Medeiros
Na rodoviária de Salvador, na Bahia, a antropóloga entrou no ônibus, percorreu dez horas por estradas sinuosas até a região da Chapada Diamantina e chegou a Brogodó. Ao longo de uma década, entre 2006 e 2015, ela voltou ali. De início, chegou de mansinho, passou umas semanas, sentiu o clima. Depois, foi encontrar financiamento para mais pesquisa e voltou para passar mais tempo, dedicando-se a entrevistas e grupos focais, observação participante mais apurada, perguntas mais argutas. E, a partir desse longo relacionamento, Melanie Medeiros, professora da State University of New York, produziu monografia de graduação, dissertação de mestrado e tese de doutorado, resultando no presente livro, publicado em 2018. Leia Mais
Manuel Querino: criador da culinária popular baiana | Carlos Alberto Dória, Jeferson Bacelar
Justamente, em uma tarde qualquer de abril, “começou na Bahia […] a glória de Pedro Archanjo”, personagem de Tenda dos Milagres, livro de Jorge Amado.1 Nesse romance, o mundo da cozinha baiana está presente. Nos dizeres de Paloma Amado, Pedro Archanjo era “um obá de Xangô, Ojuobá cheio de conhecimento e sabedoria”, que conhecia “o povo mestiço da Bahia […] seus hábitos, sua cultura”, portanto, através dele se podia ter “a noção exata da delicadeza e da força, da simplicidade e da sofisticação dessa culinária”.2 Até porque Jorge Amado construiu seu romance inspirado em personagens reais. Pedro Archanjo se espelhava em Manuel Querino. Jorge Amado disse então: “enquanto escrevi este livro, muitas vezes recordei […] Manuel Querino”.3 São temas do livro aqui resenhado, tanto a pessoa, Manuel Querino, como sua obra, A arte culinária na Bahia. 4 Leia Mais
Oltre il giardino: filosofía di paesaggio | Massimo Venturi Ferriolo
En la obra Oltre il giardino: filosofía di paesaggio (“Más allá del jardín: filosofía del paisaje” –traducción propia–), el filósofo italiano Massimo Venturi Ferriolo se propone, con un estilo ensayístico, abordar al jardín como útero de la vida, propuesta que retomará un mito y metáfora vivos en Occidente. Él parte del argumento de que la filosofía del jardín se nos presenta como un “antídoto a los venenos de nuestro tiempo” (p. 5), en referencia a los modelos económicos liberales y neoliberales, a la vez que a los modelos obsesionados con la idea de desarrollo. Leia Mais
Los niños de Asperger. El exterminador nazi detrás del reconocido pediatra | Edith Sheffer
Los diagnósticos clínicos del pasado no surgieron del ingenio de una mente aislada; porel contrario, son históricos en la medida en que fueron pensados, forjados y modificados en una atmósfera intelectual específica. La psicopatía autista propuesta por el reconocido pediatra Hans Asperger en su tratado de 1944 refleja mucho del espíritu de una época de segregación racial y asesinatos sistemáticos perpetrados por el régimen del Tercer Reich. Ésta es la propuesta de la historiadora Edith Sheffer en su libro Aspeger’s Children: The Origins of Autism in Nazi Vienna (2018), traducido por editorial Planeta bajo el título Los niños de Asperger. Elexterminador nazi detrás del reconocido pediatra (2019). La obra de la catedrática de la Universidad de California, Berkeley, se suma a otras investigaciones que evidencian la participación de Hans Asperger con altos funcionarios higienistas, médicos eugenésicos y psiquiatras supremacistas integrados al sistema de exterminio nazi.1 Sin embargo, Sheffer centra su mirada en historizar las vidas y el destino de los niños a manos de los profesionales que juzgaron sus mentes. El libro tiene como propósito analizar las raíces ideológicas, políticas y culturales que permitieron el descubrimiento, la comprensión y las transformaciones clínicas de la enfermedad autista en el contexto de la Europa de entreguerras. Se trata de una obra que se inscribe en un cruce de caminos: la biografía intelectual, la historia política, la historia social y la historia de la psiquiatría, en razón de que su objeto de investigación está situado en diferentes campos del conocimiento, lo que le imprime agilidad narrativa presentando historias transversales alo largo de sus capítulos. Leia Mais
Resignificando la historia de la Universidad Tecnológica de Pereira. AJUTP: Memorias que no se jubilan | Ramírez Correa, Jhon Jaime, Anderson Paul Gil Pérez, Natalia Agudelo Castañeda
Parece pretencioso el título que los autores Correa, Gil y Agudelo han definido para la publicación de su trabajo, que es producto de un proceso de investigación de largo aliento con la Asociación de Jubilados de la Universidad Tecnológica de Pereira. Al propósito de resignificar la historia de la institución, en efecto, subyacen varios intereses de gran calado, entre los que se encuentran la superación de la fundación como matriz explicativa del desarrollo de la Universidad, el carácter teleológico que acompaña las revisiones documentales realizadas en función de las proyecciones estratégicas y la reivindicación de un grupo —los jubilados— que reclama participación en la conducción de la alma mater. Leia Mais
Vida de mujeres: entre la sumisión y la subversión | Lorna Polo-Alvarado
Si la preocupación por la vida de mujeres no se ha convertido en una de las temáticas más importantes y fascinantes de los últimos tiempos en la academia hispanoamericana, al menos el texto de la investigadora Lorna Polo-Alvarado examina con bastante claridad la situación de la mujer en el pasado. La cultura popular e histórica, los legados de la misoginia y el chauvinismo occidental enraizado en la cultura y la literatura de todos los tiempos aparecen puntualmente en el análisis del libro en cuestión. Por lo tanto, la literatura de mujeres y las convenciones de género emergen en la narrativa de Vida de mujeres para causar interesantes conflictos en medio de la tradición masculinizante que ha plagado la formación de Occidente. Dicho lo anterior, cabe decir que ha existido una perenne dislocación de conceptos que sugieren la perpetuación de servilismo y esclavitud en el imaginario lingüístico y cultural de la familia y su respectiva asignación de roles de género. Leia Mais
Aqueous Territory: Sailor geographies and New Granada’s Caribbean World | Ernesto Bassi
Bassi inicia en su libro, cómo la historia ha sido reforzada a través de narrativas sobre el tiempo y muy pocas veces, se tiene en cuenta el espectro espacial. Es decir, los historiadores, a veces no tenemos en cuenta la dimensión espacial para analizar los procesos históricos que se estudian. En este sentido, Bassi pone de ejemplo a Cartagena y como su “horizonte de expectativa” se había ligado en algún momento a una Cartagena Británica, dada la lógica de la guerra de las independencias, y cómo este episodio, se toma como algo anecdótico dentro de esas narrativas para explicar estos procesos históricos y no como el espacio, había también influido para que los dirigentes cartageneros pensaran en esa posibilidad, dada la relación que tenía Cartagena con el Caribe. Leia Mais
La otra esclavitud. Historia oculta del esclavismo indígena | Andrés Reséndez
El volumen escrito por Andrés Reséndez mira de frente la violencia que definió la esclavitud de indígenas. Sin eufemismos, este autor acompaña el martirio documentado demillones de personas amerindias (entre 2.5 y 5 000) que entre el siglo XVI e inicios del siglo XX fueron esclavizadas o sometidas a lo que el autor denomina “la otraesclavitud”. Leia Mais
Handbook of Research on Citizenship and Heritage Education | Emilio José Delgado-Algarra, José María Cuenca-López
Es interesante iniciar este comentario recuperando algunas de las afirmaciones que realizan Ainoa Escribano-Miralles, Pedro Miralles Martínez y Francisca-José Serrano-Pastor al promediar la primera sección de esta obra (ver nota 1). Según los autores la educación patrimonial ha adquirido en España, en las últimas décadas, el estatus de disciplina científica por derecho propio, y ello sucede porque se ha demostrado que contribuye al desarrollo de la ciudadanía activa y crítica. La presente compilación, que se inscribe en la tradición angloamericana del handbook (manual) como especie de estado del arte de un ámbito de investigación, claramente da cuenta del vigor de los estudios sobre la temática en España (catorce artículos) y las redes académicas establecidas con colegas de Alemania, Canadá, Chile, China, Singapur (uno por cada país), Italia (dos), más colaboraciones entre investigadores de instituciones de Reino Unido/ EEUU y Singapur/ China (uno y uno respectivamente). Leia Mais
Global Citizenship Education and Teacher Education. Theoretical and practical issues | Daniel Schugurensky, Charl Wolhunter
El concepto de educación para la ciudadanía es tremendamente complejo, más si le añadimos el término ‘global’. Por este motivo, hablar de educación para la ciudadanía global (ECG) no basta para para situar al lector -ya sea estudiante, docente o académico- puesto que hay múltiples ideas e interpretaciones de lo que EGC significa. Las personas y los estados lo interpretan o lo enfocan de formas diferentes, ya sea por motivos epistemológicos, históricos, culturales, ideológicos o económicos. El libro reseñado aborda esta complejidad desde la perspectiva de la formación del profesorado, un debate que se hace necesario en los procesos de transformación educativa y social, puesto que sabemos que los cambios suelen darse a través de la formación inicial, en un proceso lento pero que puede conseguir resultados que realmente supongan un avance cultural y educativo significativo. Leia Mais
Victoria Ocampo. Escritura/poder y representaciones | María Soledad González
La sonoridad del nombre de Victoria Ocampo sigue haciendo eco no sólo en el mundo de las letras y la alta cultura, sino también en el ámbito académico-científico. Si bien, los impulsos renovados del campo historiográfico -en dialogo interdisciplinar con otras ciencias sociales- han permitido reivindicar a las mujeres como sujetos históricos; el abordaje de las intelectuales argentinas del siglo XIX y XX aún es un terreno poco explotado. Desde esta preocupación, María Soledad Gonzáles nos ofrece Victoria Ocampo. Escritura, poder y representaciones, como producto de una tesis de maestría en Ciencias Sociales con mención en Problemas Políticos, defendida en la Universidad Nacional del Centro de la Provincia de Buenos Aires. Así mismo, la presente obra abreva en el estudio de las configuraciones y trayectorias intelectuales en la Argentina metropolitana y periférica durante el siglo XX que, la autora, está realizando en el marco de su tesis doctoral. Leia Mais
Efectos del reformismo borbónico en el Virreinato del Nuevo Reino de Granada | Margarita Restrepo Olano
Las Reformas Borbónicas han recibido una notoria atención por parte de la historiografía colombiana, en donde se ha reflexionado desde diferentes perspectivas como lo son la economía, la sociedad, la justicia, la administración local y virreinal, la cultura visual, material y popular; la religiosidad y el gobierno espiritual, la fuerza militar, la ciencia y demás1. Estas investigaciones históricas han advertido la bastedad de aristas que presenta el período histórico colonial comprendido entre 1717 y 1810 2; no obstante, es importante resaltar que la mayoría de los trabajos se han concentrado en estudiar la segunda mitad del siglo XVIII, a razón del auge de las reformas llevadas a cabo por Fernando VI y Carlos III, especialmente. Leia Mais
Entre márgenes/intersticios e intersecciones: diálogos posibles y desafíos pendientes entre género y migraciones | María José Magliano
La multiplicidad de aristas teóricas, trayectorias colectivas e individuales, apuestas metodológicas y desafíos epistemológicos que confluyen en este libro,se vuelven espacios intersticiales desde los cuales repensar la incorporación de la perspectiva de género al campo de los estudios migratorios en Argentina. Leia Mais
Shifting the Meaning of Democracy: Race, Politics/and Culture in the United States and Brazil | Jessica Lynn Graham
A atual ascensão da extrema-direita mostra contornos verdadeiramente globais. Com maior ou menor intensidade, ocorre em todos os continentes e ganha corpo em países de trajetórias históricas as mais distintas. Dada a natureza dos problemas que ele coloca às democracias mundo afora, o fenômeno tem tornado lugar-comum a comparação da presente conjuntura com o período de gestação do fascismo e do nazismo na Europa. A profunda recessão econômica, já esperada como decorrência da pandemia de coronavírus, que grassa o mundo no momento mesmo em que escrevo estas linhas, faz com a Crise de 1929 uma comparação cada vez mais atraente. Leia Mais
Black Feminisms Reimagined: After Intersectionality | Jennifer C. Nash
Black Feminisms Reimagined, o segundo e mais novo livro de Jennifer C. Nash, crítica cultural e professora de estudos afro-americanos, de sexualidade e gênero, analisa a complexa história institucional e intelectual do feminismo negro, na era do que ela chama de “guerras de interseccionalidade”, e propõe um armistício entre departamentos de estudo de gênero e o feminismo negro através da teoria do afeto. Nash leciona na Universidade Northwestern em Evanston, Illinois, nos Estados Unidos, e é doutora em Estudos Afro-Americanos pela universidade de Harvard. Seu primeiro livro, The Black Body in Ecstasy: Reading Race, Reading Pornography, publicado em 2014, analisa representações visuais do corpo de mulheres negras em um espaço que ela define como “lugar de desconforto” para o feminismo negro: a pornografia racializada. Nesse livro, ela questiona os limites das interpretações vigentes no engajamento teórico do feminismo negro com as representações visuais sexualizadas. Sendo assim, ambos os estudos de Nash procuram investigar os limites teóricos, ou zonas de desconforto, dentro do feminismo negro. Leia Mais
Crescendo em silêncio: a incrível economia escravista de Minas Gerais no século XIX | Roberto Borges Martins
Exposing Slavery. Photography/Human Bondage/and the Birth of Modern Visual Politics in America | Matthew Fox-Amato
O livro de Matthew Fox-Amato resulta da tese de doutorado defendida no Departamento de História da Universidade do Sul da Califórnia. Composto de introdução, quatro capítulos e um epílogo, possui 92 imagens e parte de duas questões iniciais, colocadas pelo autor: como a descoberta, e subsequente uso, da fotografia “influenciou a cultura e a política da escravidão na América?”. E como, por seu turno, “a escravidão influenciou o desenvolvimento da fotografia – esteticamente e como prática cultural?” (p. 2). Leia Mais
Sociological Theory Beyond the Canon | Syed Farid Alatas, Vineeta Sinha
Há, entre docentes de Ciências Sociais no Brasil, certo estranhamento em relação aos autores que, comumente, são tratados nos cursos introdutórios, em especial na Sociologia. Cada vez mais perceptível em virtude do momento histórico de releituras críticas das tradições, esse estranhamento resulta de uma uniformidade em relação ao conjunto de sociólogos que desponta em nossos currículos, que espelha um padrão obsoleto: são homens, brancos e do Norte Global. Isso indica que o eurocentrismo e o androcentrismo seguem sendo colonialidades persistentes no ensino da Sociologia em nível global. Basta olhar para as ementas e para os manuais e livros didáticos usados no ensino da disciplina em diferentes escolas e universidades. Leia Mais
Páscoa et ses deux maris. Une esclave entre Angola/ Brésil et Portugal au XVIIe siècle | Charlotte de CastelnauL’Estoile
Este é um livro sobre Páscoa Vieira, uma africana denunciada à Inquisição em 1693 por bigamia. O gesto deu origem a uma investigação que durou sete anos e revela a vida de uma mulher ao mesmo tempo ordinária e excepcional. Páscoa nasceu e viveu em Massangano, uma pequena vila fortaleza situada a 200 km de Luanda, no Reino de Angola, trabalhando como escrava nos campos e nas casas de uma rica família de luso-africanos. Casou-se aos 16 anos com Aleixo, também escravo, com quem teve dois filhos, mortos ainda pequenos. O casal não se dava bem e Páscoa fugia com frequência. Como castigo, seu senhor a vendeu para um conhecido, um notário público (tabelião) residente em Salvador, capital do então Estado do Brasil. Foi assim que Páscoa atravessou o Atlântico pela primeira vez, por volta de 1686, aos 26 anos. Um ano depois, casou-se com Pedro, um africano procedente da Costa da Mina, seu companheiro de escravidão. Tiveram dois filhos. Leia Mais
Prieto: Yoruba Kingship in Colonial Cuba during the Age of Revolutions | Henry B. Lovejoy
Faz mais de um século que historiadores e antropólogos têm se atribuído a tarefa de realçar o legado dos homens e mulheres procedentes do chamado “país iorubá” em Cuba. Cumprir tal tarefa parecia inevitável, pois se tratava dos criadores de um dos sistemas religiosos de origem africana mais difundidos e aceitos no país: a Santería. Sistema que, a partir de uma visão colonialista assumida sem muitos reparos, foi catalogado como menos “selvagem” ou mais “civilizado” do que outros de igual origem, o Palo Monte ou Regla de Conga, uma herança que os cubanos podem ostentar com certo orgulho. No caso da Santería, admiração que possivelmente aumentaria se muitos outros cubanos soubessem que os lucumís – como eram chamados os iorubás em Cuba – foram os protagonistas de algumas das mais sérias sublevações produzidas na primeira metade do século XIX. Não importa tanto se estas revoltas se manifestavam, no dizer dos estudiosos, como mera continuidade das “guerras” que muitos haviam sustentado em suas terras, porque o próprio fato de rebelar-se fora suficiente para incorporá-los ao cânone da luta anticolonial, mais ainda se destruíram plantações açucareiras e cafezais e, no caminho da liberdade, mataram a todo soldado espanhol empregado por seus opressores. Em resumo, ainda que o ditado mais conhecido em Cuba seja “quem não tem de congo tem de carabali”, também devemos contabilizar um DNA lucumí digno de ser conhecido, e assim a muitas histórias de vidas que ainda permanecem ocultas nos arquivos. Leia Mais
Desarrollo non sancto: la religión como actor emergente en el debate global sobre el futuro del planeta | Adrián E. Beling, Julien Vanhulst
La presente es una reseña del libro titulado “Desarrollo Non Sancto: la religión como actor emergente en el debate global sobre el futuro del planeta” coordinado por Adrián E. Beling y Julien Vanhulst. Esta obra fue editada en la Ciudad de México por Siglo XXI en el año 2019 y tuvimos el agrado de participar en su presentación en la ciudad de Mendoza y compartir con uno de los coordinadores. Leia Mais
How democracies die | Steven Levitsky
Justification of democracy has become an essential theme in the current literature on political philosophy. Different factors have created the conditions for this to happen, but mainly they can be resumed in two characteristics. On one side, that democracy is in crisis due to the rise of extremist politicians from every side of the political spectrum. On the other hand, due to the escalating polarization in some contexts, provoked by the increased economic discontent. It seems this is a moment of transition in which the interrogation for our fundamental values is at stake. Leia Mais
Dynasties: A Global History of Power/1300–1800 | Jeroen Duindam
En este libro el historiador Jeroen Duindam propone un nuevo modo de abordar y sistematizar la historia política de los tiempos modernos. A lo largo de los cuatro capítulos de la obra se observa la emergencia de un relato global, munido de las grandes transformaciones teóricas, epistemológicas y metodológicas que tuvieron lugar en las últimas décadas, y que transformaron la historia y las ciencias sociales radicalmente. Leia Mais
Los orígenes del mundo moderno. Una nueva visión | Robert Marks
La obra de Robert Marks invita a pensar y reflexionar nuevos temas y problemas desde una perspectiva global y ecológica, cuestionadora de las miradas eurocéntricas que dominaron la práctica historiográfica de la Historia Moderna y Contemporánea mundial. Leia Mais
Luz Vieira Méndez. Entre viajes y desplazamientos | Mario Sebastián Román
El libro de Mario Sebastián Román constituye una contribución al campo de la historiografía educativa argentina, que recupera la figura de Luz Vieira Méndez y su trayectoria en la educación inicial y la formación docente en los escenarios educativos entrerriano, argentino y latinoamericano. El aporte resulta de un doble proceso de análisis que parte del reconocimiento de huellas de los discursos pedagógicos alternativos en la biografía, trayectoria intelectual y pedagógica de Luz Vieira Méndez. A partir de esas trazas, reconstruye las condiciones discursivas de producción en las que se van generando las variaciones de esos discursos, afirmados diferencialmente ante el exterior constitutivo del normalismo, en los procesos de su inauguración, hegemonía y del inicio del proceso de clausura en la provincia de Entre Ríos. Leia Mais
Educación rural/experimentos sociales y Estado en México: 1910- 1933 | M. A. Calderón Mólgora
La obra de Marco Antonio Calderón que aquí se reseña, es una contribución para la historiografía sobre los proyectos educativos en el México rural de principios del siglo XX. La base documental del trabajo de Calderón proviene de importantes acervos tanto mexicanos como estadounidenses. El objetivo del libro está basado en el análisis de los programas de educación rural que el gobierno mexicano puso en marcha a través de la Secretaría de Educación Pública en las décadas de 1920 y 1930 tomando cuatro ejemplos diferentes de zonas rurales e indígenas. El objetivo planteado por Calderón permite entender como esas iniciativas contribuyeron en un cambio cultural, el cual involucró el sentimiento de ser mexicano y la formación de un Estado de posrevolución. Leia Mais
Políticas educativas y reformas pedagógicas en Santa Fe de los años treinta | Juan Cruz Giménez
Esta tesis propone demostrar que en la disputa entre la cultura política de la democracia progresista y la del antipersonalismo el sistema educativo fue un espacio de interpelación y de disputas por su sentido. Las aproximaciones al distrito provincial (santa Fe) resultaron previamente tensionadas por una vasta producción académica que permitió recorrer temas, teorías, conceptos, estratégicas metodológicas, periodicidades y problemas. Dialogando con los trabajos sobre historia de la educación en Nación y provincia, los aportes de los estudios sobre las culturas políticas junto con las lecturas vinculadas a la constitución de saberes pedagógicos, expertos y agencias estatales, nuestro objeto de estudio fue indagado en diferentes dimensiones. Los tres capítulos -y sus correspondientes apartados- que ordenaron la escritura permiten desarrollar un itinerario preciso que combina tres calendarios vinculados con las conmemoraciones a propósito del sistema educativo nacional (Ley n.° 1420, Ley Láinez), con una agenda propia del catolicismo integrista y una lectura retrospectiva patricia y notabiliar. El trabajo se ha sostenido en la constante búsqueda de diálogos posibles entre la historia, la educación y la política. Leia Mais
III Jornadas Académicas (HEAR -UNR). Historia de la Educación Argentina Reciente: investigaciones y enseñanzas
Los días 7 y 8 de noviembre de 2019, la Universidad Nacional de San Luis fue sede de las III Jornadas Académicas (HEAR-UNR) Historia de la Educación Argentina Reciente: investigaciones y enseñanzas. El encuentro estuvo organizado por la Facultad de Ciencias Humanas de la UNSL, a través del Proyecto de Investigación “Hacer la historia, construir la memoria. Su impacto en las Ciencias Humanas”, el Programa de Historia y Memoria y el Archivo Histórico y Documental UNSL y el Centro de Estudio e Investigación en Historia de la Educación Argentina Reciente (HEAR) de la Facultad de Humanidades y Artes de la Universidad Nacional de Rosario. El evento fue coordinado por la Dra. Carolina Kaufmann y la Dra. Sonia Riveros en el que participaron importantes referentes de diferentes campos disciplinares e investigadores que compartieron sus producciones. Leia Mais
Construcciones de alteridades y escuela primaria. La educación escolar e infancia indígena y migrante en la configuración de la educación pública argentina (1880-1930) | Sofía Irene Thisted
La tesis doctoral indaga acerca de la construcción del mandato de homogeneidad de la escuela argentina en su período fundacional (1880-1930), estructurante de la escolaridad básica, así como también los procesos de inclusión y exclusión escolar. Para explorar lo uniforme se propone analizar detenidamente aquello que se construye como diverso, como alterno y subalterno, como Otro. En el desarrollo del texto, la autora, profundiza y estudia, a través de distintos registros, la construcción de infancias subalternas, en particular, migrantes e indígenas, los debates en torno a ellas, los proyectos diversos en relación con su escolarización. En este sentido, propone una serie de interrogantes iniciales: Leia Mais
Palabras claves en la historia de la educación argentina | Flavia Fiorucci, José Bustamante Vismara
De la A a la Z es un criterio de clasificación conocido para lectores modernos familiarizados con artefactos culturales tales como diccionarios o enciclopedias. Como afirma Robert Darnton (2002), el afán por reordenar la manera de pensar, de delinear las fronteras entre lo conocido y lo desconocido, puede rastrearse desde la época de Aristóteles, pero fue a partir del siglo XVI que con el “debate acerca del “método” y la “disposición” correcta del ordenamiento del conocimiento (…) surgió la tendencia a comprimir el conocimiento en esquemas” (Darnton, 2002: 194), lo que fundamentaría las manifestaciones del enciclopedismo, desde Ramus, Bacon, Comenius hasta Diderot y d’Alambert, entre otros. Leia Mais
Um papel para a história: o problema da historicidade da ciência | Mauro Lúcio Leitão Condé
A ciência tem história? É dessa questão aparentemente singela e por que não óbvia, que o autor procura resolver e/ou apontar possíveis caminhos para discussão acerca do “problema da historicidade”. O livro em questão surgiu a partir de um curso ministrado pelo autor em 2013 na Escola Paranaense de História e Filosofia da Ciência por ele classificado como uma “análise de episódios importantes da historiografia da ciência produzida ao longo do século XX” (p. 19).1 Segundo o autor, não seria propriamente um livro de história da ciência, mas uma reflexão sobre como pensar filosoficamente a escrita da história da ciência (linguagem, narrativa, discurso), uma vez que, a “historiografia da ciência” situa-se entre a história da ciência e a filosofia da ciência, pois, “pressupõe sempre uma concepção epistemológica por trás de seus modelos” (p. 19), em que os paradigmas epistemológicos são também históricos, partindo da premissa kuhniana de que “a ciência tem história” (p. 20). Leia Mais
Cuerpos/ géneros/ sensibilidades y emociones. La propuesta pedagógica de Leticia Cossettini (Rosario, 1935-1950) | Micaela Pellegrini Malpiedi
Esta tesis de doctorado se enmarca dentro de una historia de la educación de/con mujeres en perspectiva de género. Es esta una línea historiográfica incipiente que viene a cuestionar, entre otras cosas, el sustantivo universal genérico “maestros”, con el que se pronunció hasta no hace muchos años y a veces sigue pronunciándose en la historia de la educación. Hasta la década del 90’ del siglo XX, en Argentina, ríos de tinta impregnaron las páginas de libros, paper y artículos científicos interpretando el pasado de la educación en clave masculina y androcéntrica, sin siquiera cuestionar ese universal genérico. Estas interpretaciones desconocieron que las prácticas educativas escolarizadas se distinguieron por un alto protagonismo femenino. Es esta, una deuda contraída por generaciones de historiadoras e historiadores que imposibilitó la formulación de preguntas que desentrañen las hebras femeninas que entraman la historia de la educación. Leia Mais
A emergência da escola | José Gonçalves Gondra
En julio del 2018 se publicó la obra A emergencia da Escola de autoría del profesor brasileño José Gonçalves Gondra2 lo que representa un gran aporte para la historia de la educación de Latinoamérica en términos de análisis sobre el surgimiento de un determinado modelo escolar. Dando visibilidad a un conjunto de mecanismos que conforman una compleja red de relaciones de poder, dispersos en una superficie de configuración de escolarización institucionalizada en el Brasil Imperial del siglo XIX que, junto con sus particularidades, nos ayuda a pensar en esas emergencias escolares en los diferentes contextos de la América en procesos de emancipación. Leia Mais
Um porto no capitalismo global: desvendando a acumulação entrelaçada no Rio de Janeiro | Guilherme Leite Gonçalves, Sérgio Costa
Durante a administração de Eduardo Paes como prefeito do Rio de Janeiro (2009-2016), a prefeitura empreendeu um ambicioso projeto de revitalização da Zona Portuária da cidade, realizado sob a midiática alcunha de Porto Maravilha. O projeto consistiu na implantação de uma nova rede de infraestrutura viária e de serviços, que tinha por objetivo lançar a região como novo polo empresarial, fomentando ali um processo de adensamento demográfico e verticalização. Para tanto, em um gesto polêmico que suscitou um acalorado debate público, foi demolido o Elevado da Perimetral, que margeava o Cais do Porto e a região do Centro. A demolição foi apresentada como a obra-chave para a revitalização urbana proposta e, justamente na faixa de terrenos liberada com a remoção do elevado, foram construídos os espaços e equipamentos públicos que se transformariam nos principais símbolos da operação Porto Maravilha. Leia Mais
O racismo e o negro no Brasil: questões para a psicanálise | Noemi Kon, Maria Lucia da Silva, Cristiane Abdul
“Já que é preciso, de qualquer modo, não lhes pintar unicamente um futuro cor-de-rosa, saibam que o que vem aumentando, o que ainda não viu suas últimas consequências e que, por sua vez, se enraíza no corpo, na fraternidade do corpo, é o racismo. Vocês ainda não ouviram a última palavra a respeito dele”.1 Com essas palavras que hoje assumem ares proféticos, o psicanalista francês Jacques Lacan (1901-1981) terminava um dos seus seminários em 1972. Leia Mais
Ganhadores: a greve negra de 1857 na Bahia | João José Reis
O autor João J. Reis em seu livro, Ganhadores: A greve negra de 1857 na Bahia, apresenta-nos um retrato social dos chamados “ganhadores”, que ocuparam as ruas de Salvador ao longo do século XIX. A greve de ganhadores ocorreu em Salvador, no ano de 1857, e com ampla mobilização social da categoria colapsou o funcionamento da cidade. Em uma leitura fluída, agradável e densa as páginas conduzem para o dia a dia da lida desses trabalhadores africanos empregados ao ganho em Salvador na década de 1850. A maioria deles era composta por homens africanos nagôs, libertos ou escravizados, empregados ao ganho, responsáveis, principalmente, por carregar pessoas e mercadorias entre as ruas enladeiradas da capital baiana. Como indica o autor, “esse livro busca descrever e entender o que foi o primeiro movimento grevista envolvendo todo um setor sensível da classe trabalhadora urbana no Brasil, trabalhadores responsáveis pelo transporte, por toda cidade, de pessoas livres de vária ordem e objetos de todo tipo.” (p.17). Leia Mais
Ominíbú – maternidade negra em Um defeito de cor | Fabiana Carneiro da Silva
Um projeto de nação só é legítimo se reconhece todos os elementos que historicamente constituem os elos que formam aquilo que se pode compreender como povo. Essa é uma premissa ainda distante da realidade – especialmente no caso brasileiro –, onde a democracia é solapada por projetos obscurantistas, engendrados por falsos messias e apoiados por expressiva massa obnubilada por fake news, engenhosamente a serviço de quem sempre esteve em posição de mando. Leia Mais
Citizenship/inequality and difference: Historical perspectives | Frederick Cooper
Publicado em 2018 pela Princeton University Press, Citizenship, Inequality and Difference, de Frederick Cooper, torna-se um importante ensaio para refletirmos a respeito da constituição e implantação da cidadania em diferentes temporalidades, contextos e espaços. Professor da University of New York e especialista em “colonialização”, “descolonialização” e História africana, Cooper parte da crise humanitária imigratória contemporânea, resultado do colapso dos impérios na África e na Ásia, para fazer a necessária constatação de que cidadania não é sinônimo de igualdade, nem de justiça. O livro está estruturado em três capítulos: “Imperial citizenship from the Roman Republic to the Edict of Caracalla”, “Citizenship and Empire – Europe and beyond” e “Empires, nations and citizenship in the twentieth”, além de Introdução e Conclusão. Leia Mais
Bahia: escravidão/pós-abolição e comunidades quilombolas – estudos interdisciplinares | Maria Fátima Novaes Pires, Napoliana Pereira Santana, Paulo Henrique Duque Santos
Organizar uma coletânea com vários/ as autores/as não é tarefa fácil no meio acadêmico. Exigirá, no mínimo, lidar com os diferentes tempos de produção dos textos, leitura dos originais, às vezes sugerir cortes, acréscimos, revisões para enquadrá-los nos padrões acadêmicos e no limite de páginas estabelecido. Juntas as partes para compor o todo, é a vez da burocracia editorial. Passada a fase de produção é a hora de lançar a obra. Organizadores/as e autores/as esperam boa recepção das suas contribuições, especialmente entre os pares, ávidos por encontrar no novo livro informações valiosas para suas pesquisas e novas interpretações sobre temas já discutidos. Leia Mais
Gilberto Freyre e o Estado Novo: região/nação e modernidade | Gustavo Mesquita
O trabalho de Gustavo Mesquita2 pode ser entendido como uma busca pelo vocabulário político de uma determinada época. Sua narrativa está alicerçada na perspectiva interdisciplinar da História Social ligada à História dos Conceitos, e sua pesquisa situa-se na oposição da abordagem intelectualista e internalista, recorrendo às categorias elementares da Sociologia para concluir acerca do objeto delimitado, a saber: “intelligentsia”, “ideias sociológicas”, “uso político das ideias”, “negociação de interesses”, etc. (MESQUITA, 2018: 20). Ele tenta afastar-se da tradição de história intelectual inaugurada por Arhur Lovejoy (1936-2001), uma tradição, segundo ele, gradualmente incorporada pela historiografia brasileira, e que “insiste em desconsiderar o vínculo de dependência entre a produção das ideias e a dimensão mundana da vida no tempo e no espaço, ou seja, o mundo dos interesses dos agentes coletivos” (MESQUITA, 2018: 20). Uma das saídas que enxergamos para este contextualismo reducionista é a proposta de Dominick LaCapra, que afirma que que o processo de intepretação dos textos chamados clássicos compreende sua contextualização em diferentes camadas ou dimensões, que ele enumera como sendo seis: a intenção autoral, a vida do autor, a sociedade, a cultura, o corpus bibliográfico do autor e os modos de discurso (disciplinas, áreas do conhecimento, etc.) (LACAPRA, 1998). Mesquita estuda as modificações que a definição e as possibilidades semânticas do verbete “região” sofreram durante a vigência do Estado Novo, e o papel de Gilberto Freyre no processo dessas mudanças de sentido: regionalismo deixaria de ser algo identificado a sectarismo e separatismo, passando a significar a contemporização das diferenças locais; diferenças que, integradas, passariam a compor o nacional. Moema Selma D’Andrea já havia afirmado que Leia Mais
The People of the River: Nature and Identity in Black Amazonia/1835-1945 | Oscar De La Torre
Em 2020, The People of the River ganhou o prêmio de melhor livro do GT Amazônia da LASA (Latin American Studies Association). Publicação baseada na tese de doutorado em História do autor, este livro já havia obtido, em 2019, um prêmio (Outstanding First Book Prize) da ASWAD –Association for the Study of the Worldwide African Diaspora. Sem dúvida, a obra é instigante e fascinante, com uma narrativa fluente, às vezes com doses de ironia bem aplicadas ao longo do texto. Leia Mais
The Yellow Demon of Fever: Fighting Disease in the Nineteenth-Century Transatlantic Slave Trade | Manuel Barcia
Não é necessário ser especialista para saber que o tráfico de pessoas escravizadas entre o continente africano e as Américas, ao longo dos séculos, foi um mar de horrores em termos sanitários, dentro e fora das embarcações. Nem é coincidência que os navios que transportavam esses africanos e africanas para a venda na outra costa do Atlântico fossem chamados de tumbeiros. Mas, além da dor e da desumanização de suas vítimas, a viagem negreira foi também uma experiência sobre o conhecimento das doenças que se manifestavam durante a travessia. Foi também o terreno em que diferentes tratamentos daquelas enfermidades puderam se desenvolver para salvar vidas. Leia Mais
“Não somos bandidos”: a vida diária de uma guerrilha de direita: a Renamo na época do Acordo de Nkomati (1983-1985) | Michel Cahen
O nascimento de Moçambique como país foi resultado de uma luta armada, chamada de “luta de libertação nacional”, guerra de uma década desenvolvida pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) contra a ocupação colonial portuguesa. A independência conquistada não trouxe paz aos povos moçambicanos. Logo foram estes arrastados para um novo e trágico conflito que, durante 16 anos, destruiu vidas, famílias e infraestrutura, bloqueando as condições de desenvolvimento do país que estava nascendo.1 Leia Mais
Science and Society in Latin America. Peripheral Modernities | P. Kreimer
Pablo Kreimer en Science and Society in Latin America reúne una serie de trabajos, que, si bien han circulado previamente en distintas publicaciones, al ser conectados entre sí nos proponen comprender la historia de la ciencia en los países latinoamericanos a partir de su desarrollo en el marco de “modernidades periféricas”. En ese sentido, el autor nos invita a reconocer la especificidad de la experiencia de quienes han desarrollado investigación científica en el contexto de América Latina, pero adoptando “los valores, prácticas, creencias e ideas de ‘ciencia’” propias de sus pares europeos y norteamericanos. Para Kreimer, estos científicos han vivido la aparente paradoja de ser modernos y periféricos al mismo tiempo y, por ese medio, constructores de una “ciencia periférica”, con sus dinámicas, problemáticas y trayectorias singulares. Leia Mais
Médicas-sacerdotisas: religiosidades ancestrais e contestação ao sul de Moçambique (c. 1927-1988) | Jacimara Souza Santana
As contestações anticoloniais das populações rurais africanas, por vezes categorizadas como “pré” ou “protonacionalistas”, foram postas numa relação de hierarquia evolutiva com aquelas protagonizadas por frentes e partidos políticos orientados por ideologias “modernas”. A oposição tradicional versus moderno, organizada como teleologia, que deduz a superação linear da modernidade sobre a tradição, tem sido felizmente repensada. Os próprios termos utilizados, oriundos de uma visão modernista, têm sido ressignificados, sugerindo uma dinâmica muito mais complexa entre continuidade e mudança. As contestações rurais, informadas por cosmologias próprias e, via de regra, associadas a uma linguagem religiosa, passaram a ser vistas, a partir de então, menos como fenômenos conservadores e mais em toda a sua complexidade criativa. Leia Mais
Ferreiros e fundidores da Ilamba. Uma história social da fabricação de ferro e da Real Fábrica de Nova Oeiras (Angola/segunda metade do século XVIII) | Crislayne Gloss Marão Alfagali
A obra Ferreiros e fundidores da Ilamba, da historiadora Crislayne Alfagali, analisa de forma minuciosa a história social dos ferreiros e fundidores no contexto da instalação e funcionamento da fábrica de ferro de Nova Oeiras, em Ilamba, Angola, na segunda metade do século XVIII. Mas se engana quem acha que este é mais um trabalho sobre a fábrica de ferro, tida por muito tempo pela historiografia estadonovista portuguesa como o grande feito do governador d. Francisco Inocêncio de Sousa Coutinho (1764-1772).1 Aqui os protagonistas são os trabalhadores da Ilamba, quer dizer, trata-se de uma história social de trabalhadores africanos. Segundo a autora, seu interesse é inverter o foco da análise ao abordar o “tema da fábrica de ferro a partir das determinações locais, das escolhas das lideranças africanas” (p. 26). Leia Mais
Women and Work Feminism/Labour/and Social Reproduction | S. Ferguson
Esta obra de Susan Ferguson forma parte de la serie sobre feminismos y reproducción social editada por Tithi Bhattacharya (2017), y es un aporte sustancial para pensar los alcances y limitaciones de la “teoría de la reproducción social”, que volvió a llamar la atención de la academia y de los movimientos feministas a finales de la década del 2000 por su potencial para abordar y explicar las nuevas dinámicas de explotación y discriminación a nivel global generadas a partir de la crisis económica desatada en 2008. El tema central del libro indaga en las diferentes formas en las que los feminismos han entendido al trabajo de las mujeres y su relación con la opresión. La investigación hace un recorrido de las posiciones feministas asociadas con diferentes tradiciones políticas –desde la democracia radical de 1790, pasando por el socialismo utópico del siglo XIX, hasta la campaña del colectivo internacional de salarios por el trabajo doméstico en la década de 1970 y el actual proyecto de un “feminismo para el 99%” (2019)– para dar cuenta de los puntos de encuentro y de desencuentro entre las que Ferguson llama las “tres grandes trayectorias” de los feminismos de los siglos XVIII, XIX y XX. Leia Mais
Escravidão contemporânea | Leonardo Sakamoto
No Brasil, desde os anos 1990, nos acostumamos a ver na TV, nos jornais e posteriormente na internet, notícias de trabalhadores encontrados pelo Estado em condições de extrema exploração, que incluem alojamentos compartilhados com animais e seus excrementos, insuficiência de alimentação, jornadas incompatíveis com a resistência do corpo humano, dentre outras situações que chocam qualquer observador minimamente empático. Inicialmente, esses fatos pareciam circunscritos a locais distantes e de difícil acesso, particularmente em zonas rurais e no norte do país. Com o passar do tempo, começamos a assistir esses episódios nas grandes cidades e nos mais diferentes setores econômicos. Leia Mais
Lazos rotos. La inmigración/el matrimonio y las emociones en la Argentina entre los siglos XIX y XX | M. Bjerg
En las últimas décadas, la inmigración europea ha constituido un tópico recurrente en la historiografía local, especialmente en lo que refiere a los procesos de conformación del estado nacional en las postrimerías decimonónicas. Sendos abordajes pusieron de relieve la arista cuantitativa de la afluencia ultramarina, su impacto demográfico y el impulso en la modelización de una economía moderna a las puertas de la nueva centuria. Sin embargo, tanto la experiencia colectiva y subjetiva de la migración como la vida cotidiana de quienes emigraron no devinieron en igual objeto de interés para el campo de estudios históricos. Leia Mais
Una corte en femenino. Servicio áulico y carrera cortesana en tiempos de Felipe II | E. García Prieto
El trabajo realizado por la doctora Elisa García Prieto, profesora de la Universidad Complutense de Madrid, representa un aporte relevante para conocer desde una nueva arista a la corte hispana durante el reinado de Felipe II. En este caso, se estudia la vida de las mujeres que integraron la casa de la reina consorte Ana de Austria, entendida como un espacio social dinámico y con una notable capacidad de adaptación a las diferentes coyunturas políticas y familiares. Este elemento resulta central, ya que el servicio doméstico regio tuvo que reconvertirse tras la muerte de la soberana en 1580, cuando Felipe II quedó viudo por cuarta y última vez. A partir de ello, tanto el espacio vacante que dejó,así como así como también sus servidores, fueron ocupados lentamente por el príncipe heredero (futuro Felipe III) y por las infantas Isabel y Catalina. Leia Mais
Paz en la República. Colombia/Siglo XIX | Carlos Camacho, Margarita Garrido, Daniel Gutiérrez
Mucho se ha escrito sobre la guerra y sobre la violencia en Colombia. Al punto que los dedicados a estos complejos tópicos se han hecho merecedores del mote académico de “violentólogos”309. Si bien la historia de Colombia está, como la de muchos países, marcada por el sino de la violencia, el fenómeno, su duración y las formas de manifestación han adquirido en nuestro contexto unas características bien particulares. Dentro de los adjetivos que ha merecido este tema están los de violencia política, violencia por estructura y violencia por desarrollo. Estos tipos de violencia se pueden identificar en la vasta bibliografía sobre el tema. Son una forma de clasificación general que incluye dentro de sí diversas y complejas prácticas violentas, las cuales describen y analizan los comportamientos y las formas de relación entre los individuos, entre estos y el Estado y sus instituciones, y a su vez entre las comunidades con sectores empresariales que promueven la explotación de los recursos apelando el desarrollo social. Leia Mais
América latina: cultura letrada y escritura de la historia | Alexander Betancourt
Uno de los aportes más relevantes de la historiografía contemporánea, sin lugar a dudas, redunda en el entendimiento de la conformación de los Estados nacionales latinoamericanos. Cómo funciona el Estado y qué lo diferencia de las experiencias de otras latitudes ha sido una incertidumbre que ha movido a historiadores connacionales a desarrollar toda suerte de estrategias, así como abordar otras tantas perspectivas en pos de dar explicaciones acuciosas en estas lindes. Leia Mais
“A la lucha he venido”. La campaña electoral de 1930 en Colombia | Julián David Romero Torres
La investigación de Julián se ocupa de una campaña electoral de mucha relevancia para la historia política de la primera mitad del siglo XX: la que puso fin al periodo conocido como la hegemonía conservadora en 1930. La vertiginosa campaña presidencial del liberal Enrique Olaya Herrera duró aproximadamente tres semanas, pero la consolidación de las candidaturas conservadoras de Guillermo Valencia y Alfredo Vásquez Cobo se dio a mediados de 1929. Es en este punto que el autor inicia el estudio de la campaña, partiendo del análisis de la difícil situación del conservatismo durante los meses finales de la administración de Miguel Abadía Méndez, dificultades que superaban la conocida indecisión de monseñor Ismael Perdomo para otorgar su bendición a una de las candidaturas conservadoras. Leia Mais
Anatomía del pánico. La batalla de Huaqui/o la derrota de la revolución (1811) | Alejandro Rabinovich
Alejandro Rabinovich doctor en Historia y Civilizaciones por la Escuela de Altos Estudios en Ciencias Sociales de París nos presenta un nuevo texto fundamental para la historia militar, Anatomía del pánico. La batalla de Huaqui, o la derrota de la revolución (1811). Es un libro que busca conocer los gestos y las acciones de los jefes, oficiales y soldados que protagonizaron la catastrófica desbandada. Comprender estas acciones permite discernir el actuar de los soldados en los campos de batalla y el rol que tuvo el pánico en los combates del siglo diecinueve. La tesis central propone que los ejércitos revolucionarios no fueron deshechos por el accionar de las fuerzas realistas, ni por las muertes de sus militares. Como indica Rabinovich “simplemente, en un momento dado, se desató una fulgurante ola de pánico que recorrió las filas del ejército hasta deshacerlas por completo. Los efectos de este pánico fueron tan devastadores que, incluso varios después de la batalla, a decenas de kilómetros del enemigo y cuando ya no corrían ningún peligro, las tropas seguían huyendo sin que los oficiales y autoridades locales lograran detenerlas”1. Leia Mais
Antes de la Ikurriña. Banderas/símbolos e identidad vasca en América (1880-1935) | Óscar Álvarez Gila
Profundidad en la investigación, rigurosidad en el análisis y originalidad de perspectiva definen a Antes de la Ikurriña. Banderas, símbolos e identidad vasca en América (1880-1935). Autor prolífico centrado en el examen de los movimientos de población entre el País Vasco y el Nuevo Mundo durante el período de inmigración masiva, Óscar Álvarez Gila presenta en esta ocasión un trabajo que efectúa aportaciones centrales a los estudios socioculturales sobre las estrategias de construcción y reproducción de la identidad nacional desde la distancia. El libro encuentra en su concepción formal el primer acierto. La prosa científica es ágil pero cuidada; la extensión es la oportuna para desplegar de manera fructífera la información, el aparato crítico y las fuentes gráficas con la profundidad requerida, y la organización interna enlaza la presentación y el prólogo con los capítulos, el epílogo y los anexos documentales con coherencia, lucidez y con vocación docente: llama a continuar su lectura hasta el final. En el prólogo, Álvarez Gila reconoce que su estancia como profesor visitante en la Universidad de Reno (EE.UU.) le abrió un espacio de concentración que ayudó a la etapa de búsqueda en archivos y análisis de los hallazgos parciales, y este hecho se nota en los resultados del libro, que descubre una investigación rigurosa y detallada. Leia Mais
Graduados en Medicina por la Universidad de Irache (1613-1769) | Fernando Serrano Larráyoz
Fernando Serrano Larráyoz, licenciado en Geografía e Historia por la Universidad de Zaragoza y doctor en Historia Medieval por la Universidad Pública de Navarra y, en la actualidad, profesor titular de Universidad en el Departamento de Cirugía, Ciencias Médicas y Sociales de la Facultad de Medicina y Ciencias de la Salud de la Universidad de Alcalá nos acerca en esta oportunidad una obra centrada en el análisis de aquellos estudiantes de la Universidad de Irache que obtuvieron sus títulos en medicina, ofreciendo material de consulta invaluable que, a la vez, se convierte en fuente para futuras investigaciones. Leia Mais
Los últimos años de Fernando el Católico | Miguel Ángel Ladero Quesada
Entre noviembre de 1504 y septiembre de 1517 en Castilla transcurre un período que el autor ha caracterizado como “teñidos por un cierto aire de provisionalidad”, años sobre los cuales los trabajos históricos no abundan y que tienen como personaje central y determinante a la figura de Fernando el Católico. Leia Mais
Antigüedad clásica y naciones modernas en el Viejo y el Nuevo Mundo | A. Duplá Ansuáteguia, E. Dell’Elicine, J. Pérez Mostazo
El presente libro es una compilación de artículos que se proponen analizar la utilización del pasado clásico en la construcción de los discursos identitarios en la modernidad, tanto en Europa como en América. La introducción del libro ya señala que la utilización de ese pasado remite a la necesidad de constituir una suerte de continuidad entre la Antigüedad y las naciones en formación. [1] Leia Mais
Una breve historia del exilio extremeño: deportación y desarraigo migratorio | L. Rodríguez Fraile
Libro a modo de estudio que sin perder de vista las estadísticas y los datos cuantitativos, va más a lo personal, a mostrar los motivos del exilio, en dar a conocer las diferentes vivencias con entrevistas y testimonios. El objetivo que se marca la autora es el análisis concreto de los exiliados de procedencia extremeña, análisis que hasta ahora no se había intentado de una manera global, sino vinculado a municipios o a exiliados concretos, normalmente personas conocidas. Leia Mais
Infancias. La narrativa argentina de HIJOS | T. Basile
Teresa Basile es Doctora en Letras, miembro del Comité Científico e Investigadora del Centro de Teoría y Crítica Literaria (IdIHCS-CONICET) y Profesora Adjunta Ordinaria en la Universidad Nacional de La Plata [1]. Sus trabajos abordan los vínculos entre literatura, política y memoria en las producciones literarias de las últimas décadas. En esta oportunidad, Basile se interesa por los hijos/as de los militantes revolucionarios que también fueron víctimas de la última dictadura militar (1976-1983). Analiza sus narrativas ofreciendo un panorama exhaustivo de las producciones culturales sobre infancias atravesadas por el terrorismo de Estado. Si bien es un trabajo que aborda los procesos históricos principalmente desde la literatura, resulta una innovadora perspectiva para quienes estudiamos la historia reciente y estamos interesados en la segunda generación en la post dictadura. Leia Mais
El último cacique en resistencia. Valentín Sayhueque/Nordpatagonia (1870-1910) | Sofía Stefanelli
El libro que aquí se reseña ha sido prologado por el Dr. Enrique Mases y reúne una introducción, cinco capítulos que recorren las características de las sociedades nativas a fines del siglo XIX y las readaptaciones de sus últimas jefaturas frente al avance del estado sobre las fronteras indígenas dedicando particularmente estudio a las relaciones y acciones en torno al “Gobernador indígena de las Manzanas y Principal de los Guilliches”, Valentín Sayhueque y reflexiones finales. Leia Mais
Telefonistas. Las obreras torturadas durante el primer gobierno de Perón | M. Luna
Desde el momento de su gestación, y a lo largo de las décadas siguientes, el peronismo concitó la atención de los estudiosos sociales. Durante los años contemporáneos y posteriores a las dos presidencias de Perón se construyeron relatos en vistas a explicar los orígenes y las características particulares de este movimiento político. Numerosos científicos sociales en general, e historiadores en particular, estudiaron y expusieron un gran número de aspectos, contando entre ellos la trayectoria de Perón, los vínculos de aquél y del partido con la Iglesia, con el Ejército, con los empresarios, con los terratenientes, y con los sindicatos, las relaciones con el movimiento obrero en general y con la vieja guardia sindical en particular, la innovadora legislación laboral y la política económica. Leia Mais
Martín Lutero: renegado y profeta | L. Roper
Pocos años antes de su muerte, en 1542, Martín Lutero logró conseguir, no sin dificultades, una copia del Corán, y leerlo con gran entusiasmo. Inmediatamente después abogó, frente a varios estupefactos compañeros de la causa evangélica, para que se publicase, lo que finalmente ocurrió al año siguiente con una advertencia escrita por él mismo. Argumentaba que su fe era tan fuerte que podía leer el libro del Turco sin dudar y con el objetivo de conocer a qué se enfrentaba. Esta es tan solo una de las desconcertantes (y por lo tanto fascinantes) poco conocidas historias del reformador que refiere Lyndal Roper (Melbourne, 1956) en la completísima biografía que la editorial Taurus ha puesto a disposición de los lectores de habla hispana. Leia Mais
¿Realmente es necesario cortar la Historia en rebanadas? | Jacques Le Goff
En el 2014 Jacques Le Goff publica su última obra, en este libro vuelca varias ideas sobre un debate que llevan problematizando la mayoría de las humanidades, las ciencias sociales y demás áreas de conocimiento: el tiempo. Es entonces una cuestión que a la Historia concierne directamente, no solo por su clara relación al estudiar los procesos a corto, mediano o largo plazo, sino también porque estos mismos a través del tiempo se convierten en relatos y eventualmente quedan vestigios contados desde y como discursos particulares, que al final no son tan objetivos como se presumían. La Historia de un pueblo es contada por quien domine la escritura de esta, quien también puede imponer su forma de entender el tiempo. Es entonces posible ver también a la periodización y cómo se divide la Historia, como relatos que ahora pueden ser contrastados y evaluados, así como encontrar o vislumbrar discursos que antes eran solo ruido. Leia Mais
As Vidas de José Bonifácio | Mary Del Priore
Veio a público uma biografia sobre um dos personagens mais controversos e emblemáticos da história do Brasil, José Bonifácio de Andrada e Silva. E, redigida por uma das mais importantes autoras brasileiras, com uma vasta produção acadêmica, a historiadora Mary Del Priore. A obra é destinada tanto aos especialistas, como ao público em geral. Leia Mais
The Fetish Revisited: Marx/Freud/and the Gods Black People Make | J. Lorand Matory
A centralidade da obra de James Lorand Matory nos estudos afro-americanos não pode ser desconsiderada. Não apenas a textura teórica revela um joeiramento crítico profundo, com uma capacidade de reflexão eclética e hermenêutica, como a riqueza do seu conhecimento particular e diversificado das religiões do chamado Atlântico Negro tornam suas obras de leitura obrigatória a todos que se dedicam ao estudo das religiões dessa geografia. Em uma obra anterior, Matory já havia expressado a importância do espaço circum-atlântico na emergência do nacionalismo iorubano (Lagosian Renaissance).1 Nela evidencia o papel de determinadas famílias da elite afro-atlântica na constituição de um conjunto de valores, bens e serviços que promoveram a consolidação daquilo que a literatura designa por “supremacia nagô” ou “nagôcracia”, ao mesmo tempo que questiona a tradição cristalizada por Ruth Landes do matriarcado como padrão ortopráxico. Leia Mais
Escritos de liberdade: literatos negros/racismo e cidadania no Brasil oitocentista | Ana Flávia Magalhães Pinto
Anualmente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga dados a respeito das desigualdades por cor no país. Em tempos de “pós-verdade”, de ataque às instituições de pesquisa, de fake news divulgadas por fontes duvidosas, de convicções rápidas e não fundamentadas, mas que recebem status de verdades absolutas, é sempre bom lembrar que a desinformação oculta a forma como as desigualdades de hoje se vinculam às de ontem. De acordo com os dados disponibilizados pelo IBGE em 2019, os negros (soma de pretos e pardos) tornaram-se 55,8% da população brasileira. Entretanto, as pessoas brancas permanecem recebendo os salários mais elevados, continuam sendo majoritárias entre o ocupantes dos cargos gerenciais e seguem tendo as taxas mais elevadas de frequência escolar em todas as idades.1 Leia Mais
Laborers and Enslaved Workers: Experiences in Common in the Making of Rio de Janeiro’s Working Class/1850–1920 | Marcelo Badaró Mattos
A versão em inglês do livro de Marcelo Badaró Mattos é um feito da história social brasileira em seu notável esforço de reconhecimento de excelência internacional.1 Debruçado sobre contexto específico – a cidade do Rio de Janeiro entre a segunda metade do século XIX e as primeiras décadas do século XX –, o livro prossegue com a proposta de E. P. Thompson de derrubar as muralhas separadoras da história da agitação da classe trabalhadora da história cultural e intelectual do resto da nação (como está afirmado na Formação da classe trabalhadora inglesa, em seu prefácio). Como resultado, Mattos protagoniza um momento característico da historiografia brasileira, que é o foco na coexistência de trabalhadores livres e libertos, trabalhadores escravizados, ou não-livres. (Ou, simplesmente, trabalhadores.) Ao considerar a classe como processo e como uma relação – e não como um dado da estrutura social –, Mattos esclarece ser infrutífero voltar atrás no tempo apenas em busca de experiências de trabalhadores livres. Leia Mais
Formas de liberdade: gratidão/condicionalidade e incertezas no mundo escravista nas Américas | Jonis Freire, María Verónica Secreto
O livro aqui resenhado reúne textos de especialistas de diferentes países a respeito da experiência da escravidão e da liberdade na América Latina e Caribe. Com alguma variação de abordagem, estilo e perspectiva, os trabalhos transitam entre a história social e a micro-história, explorando uma rica documentação de natureza administrativa, eclesiástica, legislativa, judiciária e notarial. O livro é composto por nove capítulos que se estendem espacialmente pelo Caribe francês, por diferentes regiões da América hispânica, de norte a sul do continente, e pelo Brasil, concentrando-se de modo preponderante nos séculos XVIII e XIX. Alguns são escritos em espanhol, outros em português. Leia Mais
The War Within: new perspectives on the civil war in Mozambique/1976-1992 | Eric Mourier-Genoud, Michel Cahen, Domingos M. Rosário
Uma característica trágica compartilhada pela história nacional de alguns países africanos é a emergência de conflitos militares dentro de suas próprias fronteiras que, via de regra, estão marcados por uma combinação variável de fatores e atores internos e externos – de um lado, a explosão de tensões e clivagens sociais que o regime político implantado após a independência não foi capaz de resolver, e em alguns casos agravou; de outro, a incidência de interesses econômicos e geoestratégicos que condicionaram a participação de outros Estados, empresas multinacionais e órgãos multilaterais. Na década de 1960, essa dinâmica alimentou conflagrações sangrentas no Congo-Léopoldville, nos Camarões e na Nigéria; após a independência dos territórios africanos submetidos à dominação portuguesa, Angola e Moçambique viram seus nomes incluídos nessa malfadada lista. Em Moçambique, diferente de Angola, a hegemonia política e militar do novo regime demorou alguns anos a ser seriamente desafiada. Embora tenha havido uma resistência armada localizada na Zambézia desde 1976, foi a partir do início da década seguinte que uma situação de guerra interna se generalizou, prolongando-se até 1992, quando foi assinado o Acordo Geral de Paz. Leia Mais
Working the System: a Political Ethnography of the New Angola | Jon Schubert
A produção etnográfica publicada sobre Angola, já pouco expressiva durante o período colonial,1 declinou nas últimas décadas do século XX devido à situação política do país. Após sua independência em novembro de 1975, Angola enfrentou uma guerra civil até 2002. Esta findou com a morte de Jonas Savimbi, líder da UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola), movimento de guerrilha que questionou durante quase três décadas a legitimidade do governo exercido pelo MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) a partir de Luanda. Ao contexto de guerra somou-se a (auto)censura no que diz respeito à discussão pública de questões políticas e sociais, mais um empecilho à realização de trabalhos de campo no país.2 Finda a guerra, o desafio da “reconstrução nacional” deu-se em meio às expectativas de melhoria de vida colocadas pela paz, visto Angola ter-se tornado, com Nigéria e África do Sul, uma das três principais economias da África Subsaariana. Foi nesse cenário de expansão econômica ancorada na exploração do petróleo, mas com poucos benefícios para a população em geral, que se realizaram as etnografias mais recentes sobre Angola, a maioria sobre Luanda. Contudo, embora alguns artigos tenham resultado desse esforço, poucas investigações etnográficas extensivas foram publicadas nos últimos anos.3 Working the System: a Political Ethnography of the New Angola, de Jon Schubert, é, portanto, uma importante contribuição para o campo de estudos angolanista. Leia Mais
African Kings and Black Slaves: Sovereignty and Dispossession in the Early Modern Atlantic | Herman L. Bennett
Em sua introdução a este importante livro, Herman Bennett começa explicando como ele próprio foi levado ao tema da soberania africana no início do mundo atlântico moderno. Como estudante de pós-graduação que fazia pesquisa no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa, Bennett cruzou com uma coleção de mapas e documentos comemorativos dos quinhentos anos de contorno do Cabo da Boa Esperança (1488) por uma esquadra sob o comando de Bartolomeu Dias. Bennett observou que esses velhos documentos revelavam uma história específica da diplomacia renascentista, na medida em que os portugueses receberam como seus iguais emissários de toda a África e Ásia; algo que falava sobre uma história do poder e da soberania que, como Bennett aponta, tem sido pouco abordada pela bibliografia sobre as relações mais remotas entre a África e a Europa. Leia Mais
Jinga de Angola/a rainha guerreira da África | Linda Heywood || Além do visível: poder/catolicismo e comércio no Congo e em Angola (séculos XVI e XVII) | Marina de Mello e Souza
É extremamente oportuno quando duas excelentes obras afins e complementares vêm a lume no mercado editorial brasileiro, quase no mesmo ano, o que revela um momento ímpar de historiografia internacionalizada e conectada. Ganha-se nos detalhes e em visão de conjunto. Uma obra de cada vez, porém. Leia Mais
Escravos e libertos nas minas do Rio de Contas: Bahia/século XVIII | Kátia Lorena Novaes Almeida
Publicado em 2018, o mais recente livro da historiadora Kátia Lorena Novaes Almeida aborda a escravidão e a liberdade na região mineradora de Rio de Contas, na Chapada Diamantina da Bahia, sendo fruto de sua tese de doutoramento defendida junto ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal da Bahia. Autora de um estudo anterior, lançado em 2012, no qual buscou compreender trajetórias sociais de egressos do cativeiro na referida região (Alforrias em Rio de Contas: Bahia, século XIX), Kátia Almeida explorou, desta feita, as leituras que escravos, libertos, senhores e advogados fizeram da escravidão e da alforria no termo de Rio de Contas, no século XVIII. Leia Mais
Racismos: das cruzadas ao século XX | Francisco Bethencourt
Francisco Bethencourt não é historiador de poucas palavras, embora seus livros, dois já publicados no Brasil, ainda que extensos, não sejam cansativos.1 Demonstrando que a erudição não precisa ser enfadonha, temos na obra aqui resenhada uma escrita fluente, marcada por um texto sem rodeios, preciso e fluido. Isto se verifica ainda mais nos capítulos que, abordando períodos mais recentes e contemplando realidades não europeias, se distanciam daquilo com que o autor é mais familiarizado. Leia Mais
A mulher de pés descalços | Scholastique Mukasonga
Na famosa carta às mulheres escritoras do terceiro mundo, Glória Anzaldúa explicita algumas das constrições vivenciadas pelas mulheres de cor que fazem da palavra escrita uma forma de inscrição no mundo. O lançar-se no papel é compreendido como um desafio e um risco para essas mulheres que, contudo, são conclamadas poeticamente pela autora à escrita, na medida em que tal gesto circunscreve uma forma de (auto)reconhecimento e poder: “o que nos valida como seres humanos, nos valida como escritoras”.1 Em seu apelo à expressão, a missiva remete a um conjunto plural e diverso de produções de mulheres que afrontaram os mecanismos históricos de interdição do acesso à literatura e por meio de seus textos constituíram espaços outros de existência, muitas vezes em contraposição ao lugar subalternizado a elas relegado pelas forças hegemônicas globais. Problematizando as possibilidades de transfiguração que atuam como corolário de certa noção de autonomia da literatura, tais escritoras produzem obras nas quais, em consonância com a proposição de Anzaldúa, experiência pessoal, história e ficção constituem um amálgama de notável força estética. Leia Mais