As Artes de Curar em um Manuscrito Inédito de Setecentos: O Paraguay Natural Ilustrado do Padre José Sánchez Labrador (1771-1776) | Eliane Cristina Deckmann Fleck
O livro As artes de curar em um manuscrito jesuítico inédito do setecentos é fruto do trabalho de Eliane Cristina Deckmann Fleck e seus colaboradores, no âmbito do projeto “As ‘artes de curar’ em dois manuscritos jesuíticos inéditos do século XVIII”. O volume em questão constitui-se em duas partes distintas. Ocupando lugar central, está a transcrição de parte substancial da obra Paraguay Natural Ilustrado escrita pelo padre jesuíta José Sánchez Labrador, entre 1771 e 1776. Junto ao documento histórico transcrito encontra-se uma introdução, na forma de um longo artigo analítico. Esta resenha ocupar-se-á de ambos os elementos, abordando-os de forma crítica, tanto em seus aspectos formais como analíticos. Sendo assim, esta análise será composta de duas partes. Primeiro, um resumo descritivo do conteúdo da obra. Depois, uma breve análise, na qual se procurará fazer um balanço a respeito da contribuição por ela oferecida, principalmente em relação ao campo de estudos da História da Ciência.
A publicação de fontes documentais, com o intuito de proporcionar melhor acessibilidade a seu conteúdo, é um expediente frequentemente utilizado por historiadores, bibliotecários, museólogos e arquivologistas. No campo da História das Ciências, especialmente a História das Ciências Naturais e a História da Medicina, destacam-se, desde pelo menos os anos de 1950, diversas publicações cujas motivações foram similares. No que se refere ao universo Ibero-americano, e ao Império Colonial Português, podem ser elencados muitos exemplos deste gênero de trabalhos, de transcrição e análise de fontes documentais. Desde a publicação, em 1945, da obra do padre jesuíta Pedro Montenegro, Materia Medica Missionera (1710)1, pela Biblioteca Nacional de Buenos Aires, passando pela edição, em 1969, da obra de Francisco Antônio de Sampaio – História dos reinos Vegetal, Animal e Mineral do Brasil pertencente à Medicina (1782)2 –, pela Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, até tempos mais recentes, muitos foram os pesquisadores que se dedicaram a trabalhos desta natureza. Nos últimos anos, merecem destaque, principalmente em relação à sua importância no contexto da História das Ciências no Império Português, os trabalhos de Lorelai Kury3, Cristina Ferrão e José Paulo M. Soares4, Ana Paula Martins5,
Nelson Papavero6 e Timothy Walker com Adelino Cardoso e António Braz de Oliveira7. Essas obras têm em comum a mesma estrutura de As artes de curar, ou seja, a transcrição de uma fonte documental de referência para os estudos em História das Ciências, acompanhada de um ou mais textos analíticos, a funcionar como guias de leitura, estudos introdutórios à complexidade das fontes documentais apresentadas.
A própria obra de Sánchez Labrador já havia sido publicada, parcialmente, de forma semelhante. Segundo a própria autora, autores como José Luís Molinari (1938), Guillermo Furlong (1948), Aníbal Ruiz Moreno (1958), Mariano Castex (1963) e Hector Sainz Ollero com Francisco Suárez Cardona e Miguel Vázquez de Castro Ontañón (1989) também divulgaram extratos do Paraguay Natural Ilustrado, embora nem sempre com o devido rigor e atenção à referenciação dos trechos escolhidos8. Fleck então procurou evitar o que, segundo ela, configuraram equívocos cometidos em edições anteriores, a partir do estabelecimento de critérios sólidos quanto à seleção das partes a serem transcritas. Desta forma, o livro, que compreende três quartos da obra de Sánchez Labrador, atende ao pré requisito fundamental de um bom trabalho historiográfico, que é o estabelecimento de uma fundamentação adequada quanto à escolha do objeto e dos materiais de estudo. A partir da leitura do artigo introdutório, percebe-se estar diante de uma fonte documental de grande valia, principalmente para o campo de estudos da História da Ciência. Neste sentido, o trabalho de Fleck enquadra-se meritoriamente dentro de uma longa tradição historiográfica que muito contribuiu, ao longo de décadas, para a divulgação de fontes documentais de outra forma inacessíveis a grande parte dos historiadores.
Como a própria autora adverte, em seu parágrafo introdutório, o livro contém a transcrição das partes Segunda, Terceira e Quarta do Paraguay Natural Ilustrado. A primeira parte da análise de Fleck é dedicada à descrição da obra em seus aspectos organizacionais e formais. Há, logo ao início, uma apresentação de seus conteúdos, escritos entre 1771 e 1776, portanto após a expulsão da Companhia de Jesus dos domínios dos Reis de Espanha, em 1767 9. Nesta parte, a autora procura chamar atenção para aspectos que, em sua concepção, estão entre os mais importantes da obra de Sánchez Labrador. Destaque especial é dado às partes da obra em que o jesuíta tratou dos mamíferos, e especialmente as pedras bezoares por eles produzidas. Da mesma forma são destacadas as diversas passagens a respeito dos insetos, animais peçonhentos e suas virtudes medicinais. A autora destaca o importante papel das comunidades locais e seus saberes que, segundo ela, pode ser depreendido a partir de uma leitura aprofundada do manuscrito. Neste sentido, a análise de Fleck aproxima-se de uma tendência observada na historiografia das ciências contemporânea, que tende a interpretar obras da mesma natureza do Paraguay Natural Ilustrado como resultantes de processos de hibridização, trocas culturais e construção compartilhada de conhecimentos, ocorridos no âmbito dos encontros coloniais10.
A segunda parte da análise é dedicada à contextualização do manuscrito em relação à própria produção intelectual da Companhia de Jesus. Para este propósito, Fleck recorre a uma parcela importante da historiografia dedicada ao tema, principalmente ao apoiar-se nas obras de María Sílvia Di Liscia (2002)11, Luís Millones Figueroa com Domingo Ledezma (2005)12, Ivonne Del Valle (2009)13, Miguel de Asúa (2010)14 e Fabián Arias (2014)15. São abordados temas como os da absorção de conhecimentos locais e as evidências de experimentalismo presentes na obra. Também há uma breve consideração a respeito da forma como eventualmente foram incorporados, mesmo que de forma crítica, não apenas na obra de Sánchez Labrador, mas de forma geral, pelos jesuítas produtores de textos médicos, os cânones da ciência de seu tempo. Fleck procura, nesta passagem, fazer uma aproximação de sua análise àquela recorrente na historiografia sobre o tema, que tende a enxergar a atividade jesuítica como profundamente marcada pelo contato com os povos nativos e seus saberes. Também, a partir desta abordagem, oferece subsídios a uma discussão mais aprofundada a respeito da forma como era incorporada a inovação nos textos científicos produzidos por membros da Companhia de Jesus16.
Fleck faz também uma inflexão em direção a outra interpretação que, atualmente, conta com considerável prestígio entre historiadores de diversos campos. No que se refere à produção de textos científicos e à própria atividade médica dos padres da companhia, é oferecida uma breve análise comparada, entre o Paraguay Natural Ilustrado e as obras de outros padres da companhia, também inseridos no contexto da bacia do Prata em setecentos. A análise vai de encontro à ideia de que, o exercício das “artes de curar” deve ser visto como componente fundamental da própria atividade evangelizadora, não apenas dos jesuítas, mas da atividade missionária de um modo mais geral17.
A partir desta contextualização, a autora dedica a parte mais substancial de sua análise ao manuscrito propriamente dito. Esta parte inicia-se, com o apoio em diversas obras de referência, com um breve sumário biográfico do padre Sánchez Labrador. Neste ponto é que se somam séries de informações essenciais para a compreensão do percurso individual do autor do manuscrito. Nascido na Espanha, em 1717 (ou 1714), Sánchez Labrador ingressou na Companhia de Jesus no início da década de 1730, estudando Gramática e Humanidades, no noviciado de San Luis de Sevilha. Em 1734, apenas dois ou três anos após tê-los iniciado, interrompeu seus estudos para acompanhar o Padre Antonio Machoni ao Rio da Prata. Uma vez no Novo Mundo, Labrador estudou por cinco anos na Universidade de Córdoba, onde concluiu sua formação em Filosofia e Teologia, em 173918. Apesar de esse fato não ter sido explorado pela autora, levanta indícios de que tenha iniciado em Córdoba seus contatos com as obras de outros missionários, que podem ter servido de inspiração, ou fonte de informações, para a composição do Paraguay Natural Ilustrado. Logo em seguida a autora nos informa que, após trabalhar como professor em Córdoba, de 1741 a 1746, andou em missão por diversas reduções da região do Prata e do Paraguai onde, de fato, travou contato direto com alguns renomados médicos e boticários jesuítas. Sánchez Labrador atuou também como professor no Colégio de Assunção (1760), antes de retornar às missões, entre os índios Mbayás, Guanás e Guaranis. Após a expulsão dos jesuítas, em 1767, exilou-se em Ravena, onde viveu e trabalhou até sua morte, em 1798. No exílio, dedicou-se a escrever e sistematizar as informações que trouxera da América. O Paraguay Natural Ilustrado foi, portanto, escrito no contexto do exílio.
Em termos analíticos, Fleck oferece-nos um bom panorama quantitativo a respeito da composição da obra de Sánchez Labrador. Segundo a autora, a obra contém 100 ilustrações, feitas pelo próprio autor. A primeira parte, que entretanto não foi transcrita nesta edição, contém 588 páginas, correspondentes a três livros: Diversidade de terras e corpos terrestres; Água e várias coisas a elas pertencentes; e Ar, ventos, estações do ano, clima destes países e enfermidades mais comuns. Dentre as partes transcritas, a segunda, referente à Botânica é a mais volumosa, com 500 páginas. A segunda parte, com 421 páginas no total, divide-se entre os conteúdos a respeito dos animais quadrúpedes, aves e peixes. A quarta parte da obra, que possui 373 páginas versa sobre anfíbios, repteis e insetos. Os dados apresentados por Fleck permitem, comparativamente, concluir que a estrutura do Paraguay Natural Ilustrado não é fundamentalmente diferente da maior parte nas obras de referência de seu tempo, principalmente aquelas produzidas a partir das atividades de membros das ordens religiosas19. A seguir a esses dados, encontram-se breves análises dos conteúdos dos livros. O levantamento de dados apresentado faculta ao leitor a construção de um panorama a respeito da forma como os conteúdos foram abordados, na inserção da obra no contexto teórico médico de seu tempo (com a alusão apropriada às teorias humorais, indispensáveis às análises desse tipo), aos princípios de farmácia química, evidentes ao longo da obra, e também ao contexto das Ciências Naturais, principalmente na identificação das passagens nas quais Sánchez Labrador se utilizou da sistemática Lineana para a classificação do que descreveu. Nessa análise, um ponto forte merece ser destacado. Ao longo do texto Fleck demonstrou, através da apresentação de evidências existentes no documento histórico, a forma como eram incorporados e processados os conhecimentos adquiridos a partir do contato com os povos autóctones. Também abordou em sua análise outro aspecto importante, evidente não apenas no Paraguay Natural Ilustrado, mas também em outras obras, suas contemporâneas, escritas em contextos semelhantes. Aqui faz-se referência à presença de determinado grau de conflito, social ou cultural, existente entre os detentores do saber indígena e os europeus, entre práticas de origem cristã, e aquelas identificadas com as religiões ameríndias. Essa constatação aproxima a análise de Fleck àquela proposta por Richard White20 e recentemente ampliado por Harold Cook21 – embora estes autores não tenham sido suas referências diretas –, de que em ambientes de encontros culturais se estabeleceram, frequentemente, processos contínuos de permutas, apropriações e ressignificações, profundamente influenciados pelo eventual grau de desequilíbrio existente entre as forças presentes.
De forma geral, o texto analítico que acompanha o manuscrito transcrito serve adequadamente ao seu propósito de apresentação da obra. Entretanto, dada a complexidade do documento, ainda existem muitas lacunas a serem preenchidas. Considerando que o objetivo da análise não era o de cobrir exaustivamente as diversas dimensões do documento, pode-se considerar seu resultado como positivo. Deve-se ressaltar o espaço considerável que ainda persiste, para estudos a respeito da obra de Sánchez Labrador. Isso, no entanto, é um dos objetivos declarados da publicação em si, ou seja, apresentar e divulgar um documento histórico da mais alta importância.
Quanto à transcrição, por não haver sido facultado acesso às imagens do manuscrito original, não é possível se fazer um balanço a respeito da qualidade e precisão do trabalho paleográfico. Entretanto, mostra-se extremamente feliz, em princípio, a opção declarada de não se modernizar o texto, transcrevendo-o tal qual foi escrito. Não obstante, algumas ressalvas devem ser feitas quanto ao resultado final.
Em primeiro lugar, em que pese a excelente delimitação da natureza do objeto, no que se refere à escolha dos trechos a serem publicados, pergunta-se se os critérios não poderiam ter sido alargados, para a inclusão da Parte Primera. A partir da descrição fornecida pela própria autora, e pelo que se conhece a respeito de obras do mesmo gênero22, as diversas partes da obra de Sánchez Labrador parecem dialogar entre si, formando um conjunto e coerentemente interligado. Embora isso acarretasse em um aumento substancial do volume da publicação, é certo de que esta seria ainda mais enriquecida com a publicação da primeira parte do manuscrito. O mesmo pode-se dizer em relação às ilustrações, importantes objetos de análise historiográfica, que acabaram por ser, em grande parte, excluídas do material impresso. Certamente seria de muita valia a um amplo quadro de pesquisadores, se estes pudessem contar com mais essa valiosa fonte de informações.
Em segundo plano, como a própria qualidade do artigo introdutório atesta, a autora certamente procedeu a uma extensa e meticulosa coleta de dados e informações, dentro do documento histórico. Para o melhor aproveitamento dessas informações, e para o favorecimento de uma maior dinâmica à pesquisa a partir do livro, a publicação ressente- -se da falta de, ao menos, um índice remissivo, quiçá até mesmo um onomástico, que pudessem levar o leitor a uma melhor noção dos conteúdos abordados, e dos autores citados por Sánchez Labrador.
Embora o resultado geral seja positivo, e o trabalho como um todo tenha sido executado com extrema competência por parte de Eliane Cristina Deckmann Fleck e sua equipe, um questionamento final apresenta-se pertinente. Em tempos de humanidades digitais, e diante da possibilidade da criação de ferramentas analíticas de alcance e profundidade inegavelmente maiores do que os da obra impressa, como deve ser valorado o impacto de uma obra deste tipo? Em que pese a importância que conservam, e ao que tudo indica, ainda vão conservar, as versões impressas, porquê esta em especial não veio acompanhada de uma ferramenta digital? Teria sido de grande valia a construção de uma ampla base de dados, a ser hospedada pela instituição que abrigou o projeto, e que pudesse ser constantemente alimentada com novas informações, à medida que os frutos do trabalho inicial fossem se diversificando. Poder-se-ia também, contar com um repositório de imagens, para que fossem disponibilizadas as ilustrações, que não acompanharam a versão impressa, ou mesmo imagens do próprio manuscrito. Isso tudo poderia constituir um conjunto de ferramentas dinâmicas e em open access, de forma a potencializar os resultados atingidos a partir do financiamento público para pesquisa.
No entanto, mesmo feitas estas ressalvas, As artes de curar em um manuscrito jesuítico inédito do setecentos constitui um livro fundamental, tanto a historiadores quanto a pesquisadores de outras áreas do conhecimento, por sua preciosa contribuição, ao revelar um documento histórico de suma importância para a compreensão de temas ligados à História das Ciências, populações indígenas, estudos religiosos e à biodiversidade da bacia do Rio da Prata.
Notas
1 MONTENEGRO, Pedro. Materia medica misionera. Buenos Aires: Imprenta de la Biblioteca Nacional. 1945.
2 SAMPAIO, Francisco Antonio de. História dos reinos Vegetal, Animal e Mineral do Brasil pertencente à Medicina. Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro – Divisão de Publicações e Divulgação. 1969.
3 KURY, Lorelai (Org.) O Gabinete de Curiosidades de Domenico Vandelli. Rio de Janeiro: Dantes, 2008.
4 FERRÃO, Cristina; SOARES, José Paulo M. (Orgs). Diário da Viagem Filosófica pela Capitania de São José do Rio Negro com a Informação do Estado Presente de 1785, por Alexandre Rodrigues Ferreira. Rio de Janeiro: Kapa editorial, 2007.
5 MARTINS, Anna Paula. [Edição e Pesquisa]. Eu observo e descrevo/ Francisco Antonio de Sampaio. Rio de Janeiro: Dantes, 2008.
6 PAPAVERO, Nelson et all. Dialogos geográficos, coronologicos, políticos, e natuais, escriptos [sic] por Joseph Barbosa de Sáa nesta Villa Reyal do Senhor Bom Jesus do Cuyaba – Manuscrito 235 da Biblioteca Público do Porto. São Paulo: NEHiLP/FFLCH/UPS, 2013.
7 WALKER, Timothy; CARDOSO, Adelino; OLIVEIRA, António Braz de. (Editors). Essays on Some Maladies of Angola (1799)/José Pinto de Azeredo. Dartmouth: Tagus Press at UMass Dartmouth, 2016.
8 FLECK, Eliane Cristina Deckmann. As Artes de Curar em um Manuscrito Inédito de Setecentos: O Paraguay Natural Ilustrado do Padre José Sánchez Labrador (1771-1776). São Leopoldo: OIKOS/ Unisinos, 2015, p. 14-18.
9 FLECK, op. cit, p. 24.
10 RAJ, Kapil. Beyond Postcolonialism… and Postpositivism: Circulation and the Global History of Science. Isis, v. 104, n. 2, 2013, p. 337–347; PRATT, Mary Louise. Imperial Eyes. Travel Writing and Transculturation. Londres/Nova York: Routledge, 1992; BRACHT, Fabiano. Ao Ritmo das Monções: Medicina, Farmácia, História Natural e Produção de Conhecimento na Índia Portuguesa no Século XVIII. Tese de Doutorado, Universidade do Porto, Porto, 2017.
11 DI LISCIA, María Sílvia. Saberes, Terapias y Prácticas Médicas en Argentina (1750-1910). Madrid: Consejo Superior de Investigaciónes Científicas – Instituto de Historia, 2002.
12 FIGUEROA, Luis Millones; LEDEZMA, Domingo (Eds.). El saber de los jesuitas, historias naturales y el Nuevo Mundo. Madrid: Iberoamericana Vervuert, 2005.
13 DEL VALE, Ivonne. Escribiendo desde los márgenes: colonialismo y jesuitas en el siglo XVIII. México: Siglo XXI, 2009.
14 ASÚA, Miguel de. La ciencia de Mayo: La cultura científica en el Río de la Plata, 1800-1820. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2010.
15 ARIAS, Fabián. El mapa de Tomás Falkner, SJ, y su representación de la red de rastrilladas indígenas de la región de las Pampas y Patagonia (mediados del siglo XVIII). Coordenadas. Revista de Historia local y regional, año 1, número 1, 2014, p. 1-26.
16 LEITÃO, Henrique. A Ciência na Aula da Esfera do Colégio de Santo Antão, 1590-1759. Lisboa: Comissariado Geral das Comemorações do V Centenário do Nascimento de S. Francisco Xavier, 2007.
17 PARDO-TOMÁS, José. Pluralismo médico y medicina de la conversión: Fray Agustín Farfán y los agustinos en Nueva España, 1533-1610. Hispania, 2014, v. 74, n. 248, p. 749-776; XAVIER, Ângela Barreto. A Invenção de Goa: Poder Imperial e Conversões Culturais nos Séculos XVI e XVII. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais, 2008, p. 118-133; BRACHT, op. cit.
18 FLECK, op. cit, p. 29.
19 BRACHT, op. cit.
20 WHITE, Richard. The Middle Ground: Indians, Empires and Republics in the Great Lakes Region, 1650 – 1815. Cambridge: Cambridge University Press, 2001.
21 COOK, Harold. Creative misunderstandings, Chinese medicine in 17th century Europe. In: RODGERS, Daniel T.; RAMAN, Bhavani; REIMITZ, Helmut. (Org.). Cultures in Motion. Princeton: Princeton University Press, 2013.
22 BRACHT, op. cit.
Resenhista
Fabiano Bracht – Universidade de São Paulo (USP).
Referências desta Resenha
FLECK, Eliane Cristina Deckmann (Org.). As Artes de Curar em um Manuscrito Inédito de Setecentos: O Paraguay Natural Ilustrado do Padre José Sánchez Labrador (1771-1776). São Leopoldo: OIKOS; Unisinos, 2015. Resenha de: BRACHT, Fabiano. Revista Brasileira de História da Ciência. Rio de Janeiro, v. 10, n. 2, p. 274-278, jul./dez. 2017. Acessar publicação original [DR/JF]