Sons da História: Música Popular | ArtCultura | 2014
Um dossiê, um minidossiê, artigos e resenhas compõem o cardápio da ArtCultura 28, preparado com açúcar e com afeto para atender a distintos paladares. Suas páginas se abrem com 5 textos que dão corpo ao dossiê Sons da História: Música Popular. A palavra de ordem que guiou sua formatação final consistiu em beber, por assim dizer, da fonte da juventude. Para tanto, jogou a nosso favor uma conjunção de fatores que permitiram a realização desse projeto. Seu motor de combustão foram artigos recebidos de jovens pesquisadores, que, depois de avaliados por no mínimo dois pareceristas, acabaram sendo agrupados pelo organizador, Adalberto Paranhos, pesquisador do CNPq, professor do Instituto de Ciências Sociais e dos Programas de Pós-graduação em História e em Ciências Sociais da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). À exceção do autor que assina o primeiro trabalho, os demais são de autoria de doutorandos em estágio avançado de suas pesquisas. Dessa maneira expressamos o reconhecimento da contribuição que novos investigadores (historiadores em sua quase totalidade) podem oferecer para fertilizar a imaginação histórica ao transitarem pelas pontes que soldam História & Música. Pontes que, aqui, atravessam fronteiras e alcançam o território musical chileno e argentino.
Na sequência vem o minidossiê Olhares Cruzados: Brasil-Portugal, organizado por Elio Cantalicio Serpa, pesquisador do CNPq, professor da Faculdade de História e do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal de Goiás (UFG). Por essa via se estreitam, uma vez mais, os nós da história que prendem, de uma forma ou de outra, esses dois países. Nele as linhas de força são variadas: elas põem em foco a fotografia, os escritos portugueses sobre história do Brasil e a gastronomia lusitana.
Na seção Artigos, descortina-se um repertório em que reina a diversidade. O arco temático se distende a ponto de abarcar as políticas culturais da ditadura argentina (1976-1983), a escrita, a voz e a política na era digital, os enlaces e desenlaces entre Filosofia e História da Arte, um revival do imaginário medieval por obra e graça de um filme e as representações dos trabalhadores estampadas na imprensa operária anarquista. De novo, conjugam-se História, Cultura e Arte, bases sobre as quais se assenta o tripé editorial de ArtCultura.
Por fim, duas resenhas revisitam temas que interrogam permanentemente os pesquisadores que enveredam pelos domínios da música e do cinema. De um lado, as relações entre samba, modernidade, tradição, mercado e prestígio, de outro os documentos fílmicos que de há muito foram incorporados à oficina dos historiadores.
A todos que aceitarem nosso convite para mergulhar de cabeça na leitura desta edição desejamos que façam dela bom proveito.
Organizadores
Adalberto Paranhos – Mestre em Ciência Política pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Doutor em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Professor do Instituto de Ciências Sociais e dos Programas de Pós-graduação em História e em Ciências Sociais da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Pesquisador do CNPq. Autor, entre outros livros, de O roubo da fala: origens da ideologia do trabalhismo no Brasil. 2. ed. São Paulo: Boitempo, 2007. E-mail: akparanhos@uol.com.br
Kátia Rodrigues Paranhos – Professora do Instituto de História da UFU e co-editora da ArtCultura.
Referências desta apresentação
PARANHOS, Adalberto; PARANHOS, Kátia Rodrigues. Apresentação. ArtCultura. Uberlândia, v. 16, n. 28, p. 5, jan./jun. 2014. Acessar publicação original [DR]