SUMÁRIO | ESTADÃO, USP E OS INTELECTUAIS FRANCESES: A COMEMORAÇÃO DO CINQUENTENÁRIO DA UNIVERSIDADE E LEMBRANÇA INTELECTUAL PAULISTA DE FERNAND BRAUDEL NO SUPLEMENTO ‘CULTURA’ | Alicy de Oliveira Simas | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, abr./jun. 2020.
O presente artigo objetiva analisar a articulação entre imprensa, universidade e intelectuais por meio de publicações do suplemento Cultura do jornal Estadão. O Cultura foi editado pelo jornal entre 1980 e 1991 e tinha como objetivo central a circulação de ideias entre intelectuais e a divulgação científica universitária, sobretudo dos intelectuais da Universidade de São Paulo (USP), no campo das Ciências Humanas e das Ciências Sociais. É possível afirmar que essa articulação entre o meio acadêmico da USP e o jornal remonte a década de 1930, quando os dirigentes do jornal foram os principais articuladores da criação da universidade e de sua Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, a convidar intelectuais estrangeiros, em especial franceses, para formar seus quadros acadêmicos. Logo, busca-se evidenciar que no suplemento Cultura pretendeu-se reafirmar a construção de uma memória e de uma identidade acerca do “tripé” de sociabilidades e circulações de ideias, sendo constituintes disso, a Universidade de São Paulo, o jornal Estadão, e os intelectuais franceses. Para tanto, privilegia-se para análise publicações referentes ao cinquentenário da USP e, por conseguinte, ao intelectual e historiador francês, Fernand Braudel.Palavras-chave: Estadão; USP; Intelectuais franceses
FLORIANÓPOLIS E OS IMPACTOS DO “MILAGRE ECÔNOMICO” NAS PÁGINAS DE “O ESTADO” (1970-1980) | Daniel Henrique França Lunardelli | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, abr./jun. 2020.
O presente artigo se propõe a analisar como o jornal “O Estado” apresentava as notícias sobre as transformações urbanas ocorridas em Florianópolis durante a década de 1970. A partir da análise dos discursos veiculados através de editorias, crônicas, cartas de leitores, charges, fotos e reportagens, busca-se demonstrar o crescimento vertiginoso da capital catarinense na esteira do “milagre brasileiro”, no qual combinava grandes investimentos em obras públicas e a expansão da construção civil. Por meio das fontes impressas busca-se também demonstrar o impacto do acelerado processo de urbanização que a cidade experimentou, alterando de forma significativa o seu ritmo, conferindo-lhe uma feição de um aglomerado urbano populoso, cosmopolita e impessoal.Palavras-chave: Florianópolis. Cidade. Urbanização.
SOBRE A COMPETÊNCIA HISTÓRIA NA BNCC E O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA: CONSIDERAÇÕES |vJéssica Pereira Couto | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, abr./jun. 2020.
Os últimos trinta anos foram de grande importância no que compete às políticas públicas e as disciplinas relacionadas ao negro no Brasil e ao ensino de História da África. Entre os acontecimentos, o reconhecimento e criminalização do racismo na Constituição Federal (1988); a mudança nos livros didáticos, que passaram a retratar o negro para além da escravidão (1990); os PCNS (1997) para o ensino fundamental e médio (2000); a promulgação da Lei 10.639 (2003), que tornou obrigatório o ensino de História e Cultura africana e afro-brasileira; e a BNCC, primeira (2015), segunda (2016) e terceira (2018), versões. A terceira e última versão- objeto de nossa análise, está prevista para entrar em vigor no vigente ano de 2020, padronizando o ensino em território nacional. Sabendo que a Base Nacional Comum Curricular objetiva normatizar o ensino, buscaremos compreender qual o tratamento dispensado ao ensino de história africana e afro-brasileira no documento, em específico, na competência História. Neste trabalho analisaremos o resultado dos processos que antecederam a base e seu resultado, na última versão, para a tônica africana e afro-brasileira.Palavras-chave
BNCC; Ensino de História; África; Afro-brasileiros.
OS BENZIMENTOS COMO OFÍCIO DE FAMÍLIA: ENTRE PERMANÊNCIAS, RUPTURAS E A BUSCA POR UMA PRÁTICA “TEMPORAL” | Juliani Borchardt da Silva | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, abr./jun. 2020.
Como prática cultural tradicional na localidade de São Miguel das Missões/RS, o ofício de benzer se coloca como elemento marcante da identidade e da cultura local. Neste ensejo, este artigo propõe a discutir aspectos relacionados à narrativa exposta por alguns de seus praticantes no tocante às suas relações familiares, se utilizando para isso de uma metodologia qualitativa, qual seja, a de entrevistas orais realizadas junto a benzedores da comunidade, sendo este material coletado, transcrito e analisado. Discursos estes, sejam pela palavra ou silêncio, onde se é possível identificar memórias que remetem a rupturas e permanências do ofício junto às relações familiares estabelecidas tradicionalmente entre os seus praticantes. Elementos memoriais evocados e elaborados na atualidade constituem os significados que se constituem e compartilham por meio da prática exercida, a qual se torna atemporal diante do seu processo de ressignificação e transmissão ao longo das gerações.Palavras-chave: Benzimentos. São Miguel das Missões/RS. Narrativas. Memória. Família.
HISTÓRIA DAS MULHERES E NOVOS PROTAGONISMOS: A EMANCIPAÇÃO FEMININA EM “PIGMALEÃO” (1913) E “TOTALMENTE DEMAIS” (2015/2016) | Marcos de Araújo Oliveira | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, abr./jun. 2020.
Com o surgimento do movimento feminista e posteriormente do campo acadêmico da História das Mulheres, novas pautas referentes aos debates de gênero foram abordadas. Desse modo, o estudo da submissão feminina ao longo da história, permitiu a reflexão também acerca da luta pela quebra do modelo da mulher idealizada entre a obediência e subordinação ao homem, mas que muitas vezes é rompido diante das novas posturas mais rebeldes na busca feminina pela sua independência. Tais aspectos são evidenciados em discursos não só históricos, mas também literários como na peça “Pigmaleão” publicada em 1913 por Bernard George Shaw, ou até em obras da mídia global como na telenovela “Totalmente Demais” (2015/2016). Esses produtos culturais funcionam assim como narrativas cujo potencial de análise historiográfica contribuem para a reflexão acerca das transformações da condição feminina na história, meios carregados de novos discursos que dão visibilidade a esse debate sobre a emancipação do gênero feminino.
Palavras-chave: História das Mulheres, Emancipação, Gênero.
INVENÇÃO DO SEXO/GÊNERO E A CRÍTICA DO SUJEITO DO FEMINISMO | Maria Cristina Kirach e Rosemeri Moreira | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, abr./jun. 2020. | Este artigo é uma reflexão sobre a construção social do corpo no mundo ocidental, como também os usos políticos da categoria gênero e da intersecção (gênero, raça, etnia e geração), além de refletirmos sobre a crítica do sujeito do feminismo relacionada com os estudos decoloniais. A discussão se dá a partir do debate dos Estudos Culturais da História do Corpo (principalmente pelo viés de David Le Breton, Thomas Laqueur, Judith Butler) e da perspectiva decolonial (Maria Lugones e Oyèrónké Oyéqùmí).
Palavras-chave: Corpo; Gênero; Mulheres.
O PERCURSO DAS PESQUISAS NO BRASIL SOBRE OS LIVROS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA | Mariana de Sá Gaspar e Maria Paula Costa | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, abr./jun. 2020.
Este texto consiste na tentativa de traçar o percurso das pesquisas, especialmente no caso do Brasil, que tiveram como objeto de estudo, os livros didáticos. Para isso, realizamos a análise de algumas obras e textos relacionados à temática, publicados a partir da década de 1970 (voltados inicialmente à área da Educação e, posteriormente, a partir dos estudos sobre o ensino de História, a esta área em específico). Assim, destacamos como em cada período e abordagem, os livros didáticos foram concebidos de formas diferentes pela academia, devido às interpretações teórico-metodológicas e aos contextos políticos que nortearam cada pesquisa. Levando em consideração os estudos sobre os livros didáticos para o ensino de História, refletimos a importância do entendimento da constituição destes materiais como objetos de estudo.
Palavras-chave: História; Livros Didáticos; Levantamento Bibliográfico; Pesquisas.
INDUSTRIOSOS EM PIRATARIA: OS GREGOS DO MUNDO ANTIGO | Nelson Rocha Neto | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, abr./jun. 2020.
O presente texto consiste numa breve apresentação a respeito da pirataria na Grécia Antiga como prática histórica determinante na formação da política, economia e sociedade. Portanto, compreenderemos a pirataria grega através da mitologia, da produção literária e dramática, analisando a ambiguidade do restrito conceito que oferecia ascensão social pela promessa de riqueza que a rapina marítima proporcionava. As constantes guerras impuseram as cidades-Estado alicerçarem a pirataria como instrumento de controle dos limites territoriais, financiarem tecnologias e romperem com as ideias pré-concebidas. Logo, a troca de experiências entre os povos mediterrânicos, intermediados pelo madeirame das embarcações, resultou na fundação das pólis, na organização do comércio, nas inquietações do pensamento historiográfico, na coletividade e na instrumentalização estatal da pirataria tornando-se um fenômeno social amplamente difundido. Portanto, a industriosidade da pirataria grega articulou nos detentores do poder aparatos repressores que sufocaram os “párias”, carregando a empresa talassocrática para além das ingerências do conto argonáutico.
Palavras-chave: História Antiga. Pirataria. Sociedade.
“A ÁFRICA TEM BEM MAIS HISTÓRIAS DO QUE A GENTE PENSA”: UMA PERSPECTIVA DE ENSINO DE HISTÓRIA A PARTIR DO DIÁLOGO COM OS PRÓPRIOS SUJEITOS | Willian Felipe Martins Costa | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, abr./jun. 2020.
Este artigo tem por objetivo trazer reflexões acerca das experiências ocorridas durante a realização do Estágio Supervisionado III, dentro do curso de História/Licenciatura da UDESC, com uma turma de oitavo ano em um colégio estadual na cidade de Florianópolis. Tais reflexões dizem respeito ao ensino de História das Áfricas a partir de uma perspectiva de trabalho com narrativas produzidas pelos próprios sujeitos africanos. Com base em uma perspectiva decolonial buscou-se, durante o estagio, um descentramento de noções eurocêntricas acerca da História das Áfricas. A partir desse ponto, a ideia de tais reflexões contidas nesse artigo é de observar e discutir as possibilidades de trabalho nessas perspectivas visando a construção de um conhecimento das temáticas presentes na Lei 11.645/2008, trazendo assim possíveis contribuições para o ensino de História dentro de uma perspectiva do campo dos Estudos Africanos comprometido com uma luta antiracista e anticolonial.
Palavras chaves: Ensino de História; História da África; Narrativas dos próprios sujeitos.
Décima sexta edição. Esta edição foi publicada em 2023 visando o ajuste de publicações em…
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