Néstor Perlongher: memórias, poéticas e espacialidades desejantes/ Cadernos Pagu/2022
O dossiê que, para a nossa felicidade, trazemos neste número 66 dos cadernos pagu responde a um tempo que, acreditamos, precisa ser notado. Ocorre que, no dia 26 de novembro deste ano de 2022, completam-se 30 anos do falecimento do antropólogo, poeta e militante argentino Néstor Perlongher. Sua dissertação em Antropologia Social, defendida em 1986 e orientada por Mariza Corrêa, uma das fundadoras do Núcleo de Estudos de Gênero Pagu (Unicamp), completará, em breve, 35 anos. Notar o tempo de Néstor e de uma obra que marcou profundamente as trajetórias intelectuais e artísticas de tantas pessoas é convertê-los em oportunidade de futuro.
A imaginação primeira dessa organização se deu em dezembro de 2019, em Salvador, durante a VI Reunião Equatorial de Antropologia, na Universidade Federal da Bahia, a propósito da realização da Mesa Redonda intitulada “70 anos de Néstor Perlongher, o grande coletor das diferenças”. A mesa foi coordenada por Guilherme Passamani (PPGAS/PPGCult/UFMS) e teve como expositores Adriana Piscitelli (Pagu/Unicamp), Roberto Marques (PPGS/UECE; URCA) e Thiago Soliva (UFRB), além de Roberto Efrem Filho (PPGA/UFPE; UFPB) como debatedor. Enquanto concebíamos a realização da mesa, tínhamos em vista os modos como, em “O Negócio do Michê”, Néstor simbolizou a rua como espaço de captação e produção de diferenças. Alegoria de fluxos mundanos em um país que, ainda atormentado pela recente ditadura militar, acalentava sonhos de modernização e liberdade. Com olhos atentos para o fluxo do desejo, Perlongher nos convidava ali a textualizar o mundo, tornarmo-nos, nós mesmos, coletores das diferenças, como tão bem o fez em sua obra como escritor, antropólogo e militante.
Além do instigante debate que se sucedeu às apresentações, a presença de professoras, professores e colegas da instituição onde lecionara e se formara como antropólogo, de notáveis pesquisadores e pesquisadoras de áreas distintas em todo o Brasil e de jovens interessados na fecundidade da obra de Néstor funcionou como estopim para assumirmos o desafio de organizar um dossiê que pensasse a pujança de seus escritos, o contexto de sua produção como antropólogo, poeta e militante, e sua recepção contemporânea em distintos campos de produção por ele influenciados. Esse esforço vem tomando forma ao longo dos últimos três anos e, finalmente, vem à lume com o título Néstor Perlongher: memórias, poéticas e espacialidades desejantes.
Em seu país de origem, Néstor Perlongher é reconhecido como grande poeta e bravo ativista político de esquerda. Oriundo de uma família judia de Avellaneda, foi opositor da última ditadura militar argentina, entre os anos de 1976 e 1983. Esta situação precipitou seu exílio para o Brasil no início da década de 1980. Na Argentina, além de organizações trotskistas e anarquistas de esquerda, também esteve envolvido com a Frente de Liberación Homosexual (FLH). Durante o exílio, esteve associado ao então movimento homossexual brasileiro e ao Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da Unicamp. Sua dissertação foi publicada em 1987, pela Editora Brasiliense, como o livro O negócio do michê – a prostituição viril em São Paulo.
No Brasil, sua obra vem sendo tematizada majoritariamente a partir de três grandes contribuições: a articulação entre sexualidade e territorialidade, potencializando a reflexão sobre a constituição dos sujeitos para além da fixidez das identidades; a oxigenação de alguns conceitos dos estudos urbanos, com especial atenção às noções de região moral e desvio, tão caras à Escola de Chicago; e, por fim, a crítica inovadora à mobilização moral gerenciada por agentes e setores de Estado e das ciências biomédicas, instituindo o saber médico como instrumento de controle social para os desejos não ordinários dos sujeitos, naquilo que Perlongher chamou de “dispositivo AIDS”.
A obra de Néstor carrega as angústias do seu tempo e das suas intrincadas relações com o peronismo, com as ditaduras militares na Argentina e no Brasil e com as controvérsias no âmbito da sexualidade, que passeou do gozo frenético ao controle das dobras mais íntimas. Encontram-se ali pistas a respeito de um projeto de cidade como ambiente propício para a vivência da diferença tal como sonhado entre os anos 1970 e 1980.
Sua produção, tanto na literatura quanto na antropologia, consubstancializa uma série de potências. O neobarroso de sua poesia, esse uso da linguagem como ferramenta de resistência nos campos da política, do social e da sexualidade, parte de uma nova literatura latino-americana que emerge na década de 1970, introduz, nas palavras de Lucia Rossetti (2013), uma “poética da resistência”. Em termos de linguagens ou de abordagens, pode-se dizer que este estilo kitsch, ou, como ele preferia, uma “forma plebeia de barroco”, um “barroco de trincheira”, também aparece em sua produção antropológica no campo dos estudos de gênero e sexualidade. Isto é perceptível quando aproxima um denso trabalho etnográfico em contexto urbano a uma sofisticada reflexão teórica a partir de referenciais, naquele momento, ainda pouco em voga no mainstream da área.
Do ponto de vista de um projeto de cidade, as preocupações de Néstor com sua análise remontam às reflexões acerca do urbano promovidas pela Escola Sociológica de Chicago (Becker, 1996), na qual busca inspiração, nas ideias de “região moral” “desvio” e “homem marginal”, entre outras. Perlongher atualiza criticamente tais ideias na sua percepção de “código-território”. Importa lembrar que a Escola Sociológica de Chicago, influenciada por Émile Durkheim e Georg Simmel, representou capítulo importante na seara da reflexão sobre o outro no contexto urbano da época (Hannerz, 1980 .
Especificamente sobre os conceitos vindos de Chicago e empregados por Néstor Perlongher, as antropólogas Regina Facchini, Isadora Lins França e Camilo Braz (2014:106) apontam que Perlongher “dá forma a uma abordagem singular das dinâmicas observadas em campo, no intuito de enfatizar porosidades e instabilidades próprias do contexto com que trabalhou”, ou seja, ele não reaplica simplesmente as noções de gueto e região moral à luz da São Paulo por onde perambulava entre os sujeitos da noite . Ele os utiliza criticamente.
Esta forma de compreensão adotada por Néstor impactou um relevante conjunto de trabalhos de pesquisa que – levando em conta os avanços na teoria social que, desde os anos 1980, vem buscando ferramentas analíticas para apreender a articulação de múltiplas diferenças e desigualdades expressas pelos sujeitos de modo a contemplar “interações entre possíveis diferenças presentes em contextos específicos” ( Piscitelli, 2008: 266) – têm-se desenvolvido a partir do cruzamento entre marcadores de gênero e sexualidade e espacialidades, considerando tanto as grandes metrópoles e cidades brasileiras, quanto contextos distintos, por vezes referidos como não autorreferentes ou outras axialidades. Tais avanços são relevantes para a institucionalização do campo de gênero e sexualidade no Brasil.
Dentre esses trabalhos, figuram os nossos próprios esforços de pesquisa, profunda e indelevelmente marcados pela obra de Néstor Perlongher. Isto se comprova, por exemplo, na pesquisa desenvolvida por Guilherme Passamani (2018) sobre o processo de envelhecimento de pessoas LGBT na região do Pantanal de Mato Grosso do Sul, em cidades que não são consideradas metrópoles ou grandes centros urbanos. A maquinaria que Perlongher percebe nos jogos de sedução entre clientes e michês, nas ruas de São Paulo, também pode ser percebida na intrincada engenharia estabelecida entre as pessoas mais velhas, interlocutoras de Passamani, que buscam conseguir experimentar o prazer e a realização da sexualidade em um contexto, em tese, adverso. Aliás, Passamani é parte de um grupo de pesquisadores que fundou, em 2016, na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, o Núcleo de Estudos Néstor Perlongher, a fim de investigar, nas tramas de diferentes urbanidades, temas que aproximam marcadores sociais da diferença.
Nas pesquisas de Roberto Marques realizadas no interior do Ceará, em região cuja repetição incessante de signos afeitos às ideias de cultura popular e tradição parece exigir a descrição do espaço como totalidade inerte a agências e trânsitos individuais, o conceito de corpo-território e a potência da descrição das margens como espaços de produção de diferença(s) vêm possibilitando deslocamentos nas formas de pensar pequenas e médias cidades como espacialidades complexas. Isto se dá notadamente a partir de experimentos etnobiográficos que permitem perceber a agência de jovens artistas do Cariri identificados com a contracultura (Marques, 2017); as reinvenções do espaço pelos movimentos feministas ( Marques, 2020 ); e como tais transformações são alegorizadas a partir da presença de ritmos e performatividades que mimetizam o anonimato e o mundo urbano ( Marques, 2015 ).
Já na pesquisa empreendida por Roberto Efrem Filho (2017; 2016) entre Pernambuco e Paraíba e que se volta a narrativas de violência engendradas em meio a conflitos e relações de gênero, sexualidade, classe e territoriais, a forma como Perlongher (1987) compreendeu “classe social” entremeada a sexualidade e gênero acabou sendo fundamental para a recusa em tomá-la como mero artefato ou posição estrutural. Em Perlongher, afinal, “classe” é bem mais que isso: move-se em meio a conflitos; e suas desigualdades e diferenças podem incitar desejo, operar “tensores libidinais”.
Com este dossiê, ambicionamos escandir algumas contribuições fundamentais, registrar e avaliar o cenário intelectual e político que inspirou suas ideias e estabelecer redes que nos permitam vislumbrar sua recepção em cenários intelectuais e campos de saber distintos daqueles priorizados no Brasil. Pensando o conjunto de artigos deste dossiê como um todo, seria possível ordená-los em três blocos, aqui apresentados na ordem em que figuram no sumário da revista.
O primeiro bloco remete à presença de Néstor Perlongher no Brasil a partir dos anos 1980. No artigo intitulado “‘Silicone também é cultura’: comentários sobre o legado de Néstor Perlongher” , Adriana Piscitelli se vale do convívio íntimo com o autor argentino durante os anos de formação de ambos na Unicamp para articular aspectos de sua obra literária e militância pelos direitos homossexuais na Argentina, seus estudos sobre prostituição masculina e o percurso de Néstor naquela instituição, com ênfase especial às discussões que conduziram à criação do Núcleo de Estudos de Gênero Pagu.
Em “Entre o sexo como transgressão e a gestão dos riscos: Néstor Perlongher e o dispositivo da Aids” , Carlos Guilherme do Valle enfatiza a percepção particular de Néstor Perlongher a respeito do impacto da epidemia da Aids em termos da diversidade sexual masculina expressa em livros e textos publicados em meados da década de 1980. Essa parte de sua obra articula aspectos da militância política de Néstor, uma dimensão técnico-pedagógica bastante incomum a respeito da epidemia da Aids na época e, finalmente, sua habilidade de mediação com o mercado editorial brasileiro e um campo intelectual responsável pela recepção de Deleuze no Brasil. A ênfase nesse conjunto específico de textos produz um deslocamento do olhar sobre a recepção de Néstor no Brasil.
Um segundo bloco de textos é inaugurado com o artigo de Júlio Simões e Bruno Puccinelli, “Cidade nômade: contribuições de Néstor Perlongher para os estudos urbanos”. Nele, os autores sistematizam a consolidação de uma rede de pesquisadoras e pesquisadores interessados no estudo das populações urbanas a partir dos anos 1970 e as contribuições e confluências propostas nesse campo a partir da obra do autor argentino. Ressaltam-se o lugar privilegiado que questões de gênero e sexualidade ocupam na pesquisa em antropologia urbana no Brasil, a crítica estabelecida por Perlongher à percepção da cidade como totalidade transcendente ou locus de identidade, os compromissos teórico-metodológicos advindos dessa crítica, assim como a relação de Néstor com formulações caras à Escola de Chicago, a influência de Deleuze e Guattari em sua definição de território e o potencial da pesquisa nos chamados “territórios marginais”. Em um segundo momento do texto, os autores realizam um eficiente levantamento sobre a influência de Néstor nos estudos urbanos contemporâneos.
De nossa autoria, o próximo artigo deste segundo bloco chama-se “A itinerância do desejo: modos de subjetivação e territorialidades em diálogo com Néstor Perlongher”. Nele, Guilherme R. Passamani, Roberto Marques e Roberto Efrem Filho procuram, em estreito diálogo com Perlongher, analisar experiências de sujeitos em realidades urbanas que não se configuram como grandes cidades ou metrópoles do país. Os autores valem-se de narrativas em primeira pessoa derivadas de interlocutores de pesquisas realizadas em contextos marcados pelo deslocamento entre cidades de diferentes escalas, zonas fronteiriças e tensões entre distintos registros de moralidades, para divisar modos de subjetivação e espacialidades complexas no Brasil contemporâneo, os quais a obra de Perlongher ajuda decisivamente a analisar, o que aponta para seu alcance e sua atualidade.
No último artigo deste bloco, “ Por uma antropologia do desejo e do prazer: notas para uma cartografia libidinal do social” , Victor Hugo de Souza Barreto e María Elvira Díaz-Benítez inspiram-se em Néstor Perlongher para, jogando luz sobre o fazer antropológico, perquirir teórico-metodologicamente a possibilidade de “uma análise do social a partir dos movimentos libidinais em sua macro e micropolítica”. Tal análise ensejaria a mencionada cartografia libidinal do social, atenta especialmente à interpretação do desejo pelas práticas hierarquização, rebaixamento, aniquilação do outro e produção do mal, em que se inserem processos de racialização. Neste texto, Barreto e Díaz-Benítez oferecem, com sofisticação, notáveis avanços epistemológicos – porque concernem à compreensão da própria ciência – que a obra de Néstor oportuniza.
O terceiro bloco de artigos é representado por pesquisas que se debruçam a pensar a relação de Néstor Perlongher com a literatura. Cecília Palmeiro, no texto “ Néstor vive, treinta años después ”, entende que a obra de Perlongher resultou por compor um campo de estudos perlonghereanos , isto é, contribuiu para politizar a literatura; poetizou e erotizou a política; politizou o prazer, o corpo e o desejo; além de potencialmente suscitar transformações sociais micro e macropolíticas. A autora identifica, então, a partir de uma revalorização da obra de Perlongher, como por meio de novas edições de suas publicações, a possibilidade de novas formas de críticas e de lutas práticas.
A seu turno, Javier Gasparri nos conta, em “El archivo antisocial de Néstor Perlongher”, como, por meio da noção foucaultiana de arquivo, consegue acessar elementos da obra de Perlongher que poderiam prenunciar aquilo que hoje é conhecido como teses antisociais nos estudos queer . Gasparri guia-se por alguns pontos fundamentais do giro antisocial, tais como a familia nuclear, o antifuturismo, a centralidade anal, as tensões das relações de poder etc. Esse emaranhado da obra de Perlongher aproxima literatura, antropologia e política e resulta, segundo Gasparri, na produção de um pensamento literário da sexualidade.
Em “Genealogías de la crítica literaria y la literatura brasileñas en Néstor Perlongher”, José Antonio Paniagua García atenta a uma área, digamos assim, menos conhecida das obras de Perlongher ou dos estudos sobre o autor. São artigos de crítica literária que destacam a contribuição de Néstor para o estudo da literatura brasileira, juntamente com críticos literários brasileiros ou com estrangeiros que estavam vivendo no Brasil no período. García conclui que estes trabalhos de Perlongher são parte de um movimento de crítica literária transnacional.
Após os oito artigos que compõem este dossiê, tem lugar “Era o Néstor até o fim, e nunca foi careta: uma entrevista com Peter Fry, Edward MacRae e Adriana Piscitelli acerca de Néstor Perlongher”. Certamente um dos mais belos momentos deste dossiê e de nossas trajetórias profissionais, esta entrevista foi formalmente conduzida por nós – Guilherme Rodrigues Passamani, Roberto Marques e Roberto Efrem Filho – junto a três antropólogos que, sendo referências imprescindíveis para os estudos de gênero e sexualidade e para a antropologia no Brasil, conheceram Néstor de perto. Peter, Edward e Adriana abordam o contexto da chegada de Perlongher à Unicamp, a recepção inicial do seu trabalho de pesquisa, sua trajetória como militante político e escritor, as controvérsias em que ele se engajou.
Fechando o dossiê, trazemos a resenha “Com Perlongher percorrendo as territorialidades do Roma”, de Esmael Alves de Oliveira (PPGAnt/PPGPsi/UFGD), acerca do livro “Se manque! Uma etnografia do carnaval num pedaço LGBT da Ilha de Santa Catarina”, de autoria do antropólogo Marcos Aurélio da Silva. Na resenha, Oliveira ressalta sobremaneira o modo como o conceito de “territorialidade”, derivado do diálogo com Néstor Perlongher, importa às análises desenvolvidas por Silva no livro que decorreu de sua dissertação de mestrado em Antropologia, defendida junto à Universidade Federal de Santa Catarina, sob orientação da professora Sônia Maluf.
Por fim, cabe-nos agradecer doce e enormemente aos pareceristas anônimos que avaliaram os textos acima listados e, sobretudo, à editoria dos cadernos pagu, em especial a Natália Corazza Padovani e Luciana Camargo Bueno, pela oportunidade de publicação deste dossiê e por todo o aprendizado promovido no transcurso do seu processo de editoração. A atenção e a generosidade com que conduziram este processo são emblemáticas da relevância dos cadernos pagu para a produção e a circulação do conhecimento científico, sintoma de sua disposição democrática e transformadora. Para quem, como nós, tem encontrado nestes cadernos um caminho primordial de formação e debate, trazer à tona, nestas páginas, este dossiê consiste em honra e alegria incomensuráveis, daquelas que oferecem sentido ao nosso ofício.
Referências
BECKER, H. A Escola de Chicago. Mana, 2 (2). Rio de Janeiro, 1996, pp.177-188.
EFREM FILHO, Roberto. Mata-mata: reciprocidades constitutivas entre classe, gênero, sexualidade e território. Tese (Doutorado em Ciências Sociais), IFCH, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), 2017.
EFREM FILHO, Roberto. Corpos brutalizados: conflitos e materializações nas mortes de LGBT. cadernos pagu (46), Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu/Unicamp, 2016, pp.311-340.
FACCHINI, Regina; FRANÇA, Isadora; BRAZ, Camilo. Estudos sobre sexualidade, sociabilidade e mercado: olhares antropológicos contemporâneos. cadernos pagu (42), Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu/Unicamp, 2014, pp.99-140.
HANNERZ, U. Exploring the city: inquiries toward an urban anthropology. New York, Columbia University Press, 1980.
MARQUES, Roberto. Problemas de patrimônio como problemas de gênero: disjunções entre feminismo e cultura popular na Festa de Santo Antônio em Barbalha (CE). Interseções. Revista de Estudos Interdisciplinares, v.22, 2020, pp.463-491.
MARQUES, Roberto. Embaralhando Nordestes: produção de sujeitos, tempos e espaços nas narrativas e performances de João do Crato. Amazônica: Revista de Antropologia, v.8, 2017, pp.456-478.
MARQUES, Roberto. Cariri eletrônico. Paisagens sonoras no Nordeste. São Paulo, Intermeios, 2015.
PASSAMANI, Guilherme R. Batalha de Confete – Envelhecimento, condutas homossexuais e regimes de visibilidade no Pantanal-MS. Rio de Janeiro, Papéis Selvagens, 2018.
PERLONGHER, Néstor. O negócio do michê: a prostituição viril em São Paulo. São Paulo, Brasiliense, 1987.
PISCITELLI, Adriana. Interseccionalidades, categorias de articulação e experiências de migrantes brasileiras. Sociedade e Cultura, 11 (2), Goiânia, 2008, pp.263-274.
ROSSETTI, Lucia Caminada. Poéticas de resistencia: el neobarroso rioplatense. Palimpsesto – Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ, 12 (16), Rio de Janeiro, 2013, pp.196-212.
Organizadores
Guilherme R. Passamani – Professor adjunto na Faculdade de Ciências Humanas e nos Programas de Pós-Graduação em Antropologia e em Estudos Culturais da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), Campo Grande, MS, Brasil. Pesquisador associado ao Núcleo de Estudos Néstor Perlongher (NENP). E-mail: guilherme.passamani@ufms.br https://orcid.org/0000-0001- 5019-0832
Roberto Marques – Professor associado no Departamento de Ciências Sociais da Universidade Regional do Cariri (URCA), Crato, CE, Brasil. Professor do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Estadual do Ceará (UECE). E-mail: enleio@yahoo.com.br https://orcid.org/0000-0002-5494-6462
Roberto Efrem Filho – Professor adjunto do Departamento de Ciências Jurídicas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Santa Rita, PB, Brasil. Professor do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). E-mail: robertoefremfilho@yahoo.com.br https://orcid.org/0000-0001-9438-0080
Referências desta apresentação
PASSAMANI, Guilherme R.; MARQUES, Roberto; EFREM FILHO, Roberto. As desejantes memórias, poéticas e espacialidades de Néstor Perlongher. Cadernos Pagu. Campinas, n.66, 2022. Acessar publicação original [DR/JF]