Metropolis: A History of the City. Humankind’s Greatest Invention | Bem Wilson

Como contar a história das cidades? Por que contar a história das cidades? O fato de ser considerada por muitos a “maior invenção do homem” parece ser razão suficiente para que se torne objeto de análises. O fato de morarmos majoritariamente em cidades também. Mas há mais que isso, a história das cidades é um ponto de vista para entender a história do mundo e o nosso lugar nesse mundo. Se for contada de uma maneira agradável e interessante por quem as ama, mais ainda. É o caso de Metropolis.

O novo livro do historiador inglês Ben Wilson, Metropolis – A history of the city, humankind´s greatest invention, lançado em 2020, (ainda sem data de lançamento no Brasil) é um desafio para qualquer autor, pelo longo arco temporal que começa com a primeira grande cidade do mundo, Uruk, na Mesopotâmia de 4 mil a. C e chega até a megacidade de Lagos, na Nigéria contemporânea.

Os clássicos

Há na literatura farta cepa de livros sobre cidades específicas, que toma o mesmo lugar como eixo e move-se ao longo da história. A outra categoria são os livros que se desafiam a falar da “cidade”, como categoria de análise. O longo arco temporal traz o desafio de escolher não só os tempos, mas também quais cidades representar. Parece natural que Babilônia, Atenas, Londres, Nova York ou Paris façam parte de qualquer escolha. Mas Ben Wilson, abre o leque de tal maneira que o leitor pode se amedrontar diante de capítulos inteiros baseados em Varsóvia, Lubeck, ou Lagos na Nigéria. Como dar conta dessa empreitada?

Os pioneiros no estudo da cidade como objeto histórico publicaram nas primeiras décadas do século 20. O australiano Gordon Childe se ocupou da definição da cidade (1), ponto de partida para outros estudos que foram feitos posteriormente como o argentino Jorge Enrique Hardoy (2), por exemplo. Fernand Braudel, historiador francês com passagem importante pelo Brasil, se ocupou de buscar uma interpretação menos eurocêntrica do assunto, “resgatando” a interrelação entre o dito oriente e o dito ocidente e principalmente cunhando o termo longue durée, um contraponto para a descrição dos fenômenos históricos longos, quase imóveis se vistos de longe (3).

Em uma linha mais “culturalista” pode-se destacar as influentes obras de Lewis Mumford, especialmente The Culture of Cities (4), de 1938, e The city in history (5), de 1961. Nelas, Mumford percorre a longa história das cidades desde o princípio da urbanização no Crescente Fértil até chegar à cidade moderna. O primeiro é tanto um estudo da cultura urbana como uma tentativa de destacar as grandes realizações materiais urbanas dessas culturas. Mumford é entusiasta da vida comunitária das cidades, que se desenvolve ao redor dos grandes símbolos de cada época: os zigurates, templos, palácios, stoás, grandes avenidas processionais e praças. Sua saborosa descrição da praça medieval idealiza a vida comunitária e o pertencimento, e o livro termina indagando se a suburbanização americana não estaria gerando cidades sem vida.

Em uma abordagem que destaca a produção material das cidades, está a linha de pesquisa do arquiteto e pesquisador da urbanização italiano Leonardo Benevolo e seu imenso volume História das Cidades (6). O livro é um longo painel da história da cidade, que contextualiza as cidades em seus processos históricos e procura exemplificar com detalhes as configurações formais e as principais características escolhidas para analisar as diversas fases das cidades. O livro, que termina muito antes da nova onda urbana contemporânea, mas já deixava no ar a indagação sobre os assentamentos informais das cidades em países pobres, ainda é adotado em várias faculdades brasileiras, pela concisão e principalmente pela profusão de ilustrações que visam dar materialidade aos processos históricos (aliás, seria muito útil uma reedição que conseguisse corrigir tantos erros da única edição em português). A linha de morfologia urbana também se entrelaça com a da história das cidades. como ocorre nas obras de A E.J. Morris – Historia de la forma urbana (7) – e do português José Garcia Lamas – Morfologia urbana e desenho da cidade (8), e ainda pelo Design of Cities, de Edmund Bacon (9).

O livro de Wilson, porém, parece ter maior parentesco com a obra de Peter Hall, o autor inglês que emula a obra de Mumford e faz um passeio pela história das cidades em Cidades do Amanhã (10) e principalmente em Cities in Civilization (11)Nesse livro monumental, Hall descreve os momentos históricos emblemáticos em que determinadas cidades conseguem atingir o máximo do seu potencial artístico ou tecnológico: o golden age. Surge aqui um livro essencial, que escolhe várias cidades ao longo da história que chegaram a reunir essa “fagulha” que potencializou esse potencial: Atenas do século 5 a.C, Florença no século 14, Londres no século 16, Viena nos séculos 18 e 19, Paris no final do século 19. Surpreendentemente, ou não, essas cidades parecem ser também significativas pelo protagonismo econômico e material, de tal forma que várias delas (ou quase todas, na verdade) tivessem sido listadas pelos “livros-síntese”.

Metropolis entra nessa categoria, e dá conta de trazer um painel fascinante das cidades e momentos históricos que escolheu.

As teses na prática

O livro se baseia em pelo menos duas teses explícitas. A primeira é que apesar de abrigar uma porção historicamente pequena da população mundial, as cidades foram sempre os lugares onde a experiência de convivência e de troca produziu a energia necessária para gerar invenções, inovações, que por sua vez ajudaram a gerar novas realidades.

A segunda tese é a de que cidades são mais do que os edifícios e ruas que as compõem, ecoando pensamentos que vêm desde a antiguidade. Na verdade, as ruas e edifícios permitem entender que tipo de gente morou por ali e quais eram suas relações sociais na época. A abordagem deixa de lado qualquer fator determinístico, na medida que Wilson lembra que cada cidade não é apenas uma consequência direta de processos históricos, mas também contém um aspecto de autodeterminação. Afinal, cada cidade é diferente da outra.

Com essas premissas, Wilson abre um leque grande de cidades, que, quando descritas, permitem puxar um fio que liga cada cidade a seu momento histórico a um aspecto desse momento. Esse é o segredo que o bom escritor usou para honrar o bom historiador: escolher uma metáfora ou um fio condutor para cada uma das narrativas.

Assim, o comércio fervilhante das ruas de Bagdá no século 10, por exemplo, é o fio condutor para entender as relações comerciais do mundo islâmico, seus contatos na Ásia, as feições do espaço público, a forma da cidade e sua transformação pelo uso cotidiano. O vertiginoso passeio pelas diferentes escalas não permite aprofundamento nas questões históricas, mas, por outro lado, nos leva a preciosidades da escala cotidiana como a descrição da largura das ruas que formam os souks árabes. Na cidade planejada, elas foram se estreitando ao serem ocupadas pelas construções até o limite mínimo da legislação islâmica sobre a largura das ruas: elas têm que permitir a passagem de dois camelos simultaneamente. E assim ficaram, muitas até hoje.

Esse passeio entre a grande escala dos impérios e a das relações cotidianas anima o livro, dá concretude e graça às descrições sensoriais. Afinal, se são as pessoas que fazem as cidades, por que não mergulhar nos cafés ingleses ou nas termas romanas com a massa da época? Os banhos romanos são o ponto de partida para entendermos as relações de poder na cidade, mas também servem para nos darmos conta da espetacular rede de infraestrutura do Império, que traz água de centenas de quilômetros de distância, trigo de milhares e que criou uma rede de cidades, cada uma com seu forum, seus decumanos e cardos e, claro, suas termas.

Nessa longa viagem por ilhas temporais e espaciais, o mar que as une, às vezes fica por conta do autor, às vezes do próprio leitor. E é impossível não tentar fazer comparações que podem soar como uma blasfêmia dentro do rigor de trabalhos acadêmicos, mas que são irresistíveis no contexto de uma leitura prazerosa. Cidades diferentes, tempos diferentes, fenômenos que se parecem ou que se desenvolvem em algo parecido. Um exemplo que salta aos olhos deste leitor: a onipresença de referências à diversidade de etnias, ao hibridismo, à vibração da multidão nas grandes cidades. Não há de ser por acaso; afinal, é a essa energia que o autor atribui parte da pujança de Babilônia, Roma Imperial, Alexandria ou Londres do século 19. Sob um ponto de vista, o estrangeiro que visitou Malaca no século 14, ou o porto de Lisboa no século 17 talvez sinta algo parecido com o que fascinou Baudelaire na Paris do século 19.

Outra chave de leitura é o ritmo temporal. No início, os pontos históricos são separados por milênios, depois por séculos e a distância diminui até a contemporaneidade. Não é por acaso, claro. Os processos históricos se aceleraram, as mudanças se aceleraram. Assim, damo-nos conta, por exemplo, de que o tempo entre o ápice de Uruk e Babilônia, que hoje parecem estar coladas dentro de um mesmo passado, é tão grande quanto o que separa a própria Babilônia da Shangai contemporânea.

Também é possível ler e rever as periodizações no longo arco temporal. Se na primeira revolução urbana, parte da humanidade começou a se juntar em pequenas vilas e cidades na Mesopotâmia, na segunda revolução urbana, colada à Revolução Industrial inglesa, as cidades foram invadidas por multidões que vieram trabalhar nas fábricas, sem que houvesse infraestrutura ou casas para todos. O ambiente decrépito das cidades esfumaçadas de Manchester ou Chicago é descrito com detalhes, assim como a reação à sordidez urbana, que pode ser considerado o início do urbanismo. A velocidade da urbanização recente, porém, é de tal ordem que podemos estar vivendo uma terceira revolução urbana, dada a velocidade de migração da população rural para as cidades da China ou da África, que vai ser, segundo Wilson – e demógrafos – a nova frente urbana mundial.

Dentro dessas reflexões comparativas, é possível ver alguns grandes temas que emergem. Não por acaso, eles são os temas que parecem ter de fato acompanhado a urbanização e as cidades ao longo do tempo.

A resiliência das cidades

Cidades surgem, crescem e até morrem. Mas Wilson parece se empenhar particularmente em mostrar como a energia criativa das pessoas das cidades é capaz de fazê-las renascer mesmo diante das maiores catástrofes. Assim surge um capítulo inesperado – e até estranho – sobre a violência contra as cidades, capitaneado por Varsóvia, a capital da Polônia que sofreu na 2aGuerra Mundial uma série de ataques que visavam, nada mais nada menos que sua destruição. Depois do Ghetto de Varsóvia, o bombardeio e a morte sistemática dos sobreviventes poloneses pelos nazistas.

Wilson destaca a reconstrução da cidade, mas é difícil aceitar sem questionar o paralelo com a resiliência. Mais fácil é se deixar levar pelas comparações com as cidades que foram efetivamente destruídas como as da Mesopotâmia, pelas mudanças climáticas que afetaram seus canais e a fertilidade do solo, ou Cartago, destruída pelos romanos. Não contentes com a destruição da cidade, os romanos ainda jogaram sal sobre a terra para impedir qualquer nova vida na sua antiga adversária. A propósito disso, o autor nos lembra de que a própria Roma, depois de invadida e saqueada foi minguando até que seus presumíveis um milhão de habitantes se tornaram 40 mil durante a Idade Média. O grande desafio de hoje é, claro, a mudança climática e Wilson nos lembra de quão vulneráveis são as grandes cidades a pequenos aumentos no nível do mar.

O contraste entre a cidade e o campo

O confronto entre os valores da cidade e do campo aparece em várias fases das cidades. Desde sempre, a profusão de pessoas, de violência, de energia, de barulho e sujeira das cidades parecem ter sido incorporadas nos escritos e pensamentos, colocando-as como contraponto à pureza do campo. Wilson mostra como no Velho Testamento, Babilônia, chamada de Babel pelos hebreus, já tinha sido usada para simbolizar a corrupção e o pecado, do mesmo modo como Londres e Nova York milênios depois. Apesar disso, surgem cidades que são descritas quase como utópicas. Harapa, no vale do Indo, é uma delas e o próprio autor parece se encantar pelos vestígios da aparente igualdade social entre os habitantes da cidade sem monumentos, mas com infraestrutura e com distribuição espacial sem distinção entre pobres e ricos.

A aparente vantagem da cidade se inverte totalmente com a revolução Industrial. Se antes, os habitantes da cidade tinham expectativa de vida maior, as condições se invertem com a fumaça e a aglomeração hedionda das cidades industriais. Vêm daí os ecos do bucolismo inglês – descrito soberbamente por Raymond Williams no livro O campo e a cidade – a fuga da cidade por parte dos mais ricos e o início da suburbanização do mundo desenvolvido, abrindo espaço para casas arejadas, distantes dos tenements, os cortiços, e da sujeira do centro. A contradição hoje não faz tanto sentido, o movimento em direção à cidade parece inexorável, mesmo em populações tradicionalmente rurais, seja através de imposição centralizada, como na China, seja através de migrações espontâneas, como na África.

Cidade planejada e cidade orgânica

Uma discussão tão cara aos urbanistas tem a ver com o surgimento das cidades e sua forma. A análise do vasto painel oferecido por Metropolis permite constatar que a cidade planejada sempre teve seu espaço, já no mundo helênico, chinês, romano, colonial espanhol, português ou inglês, passando pelos projetos de Le Corbusier, até chegar às novas cidades contemporâneas, como Songdo. Esse projeto, na Coréia do Sul pretende ser a cidade mais sustentável do mundo, o que conta um pouco sobre as ambições históricas de quem se lança na empreitada de criar uma cidade nova. Não há lugar para modéstia para quem funda uma nova cidade. O que acontece depois de fundada, porém, é que é mais interessante, na medida em que o tempo passa e tudo muda, numa dinâmica de ocupação diferente das ambições.

Há vários exemplos de cidades que dão saltos ao integrar grande projetos urbanos à espontaneidade e experimentação. Na Amsterdam do século 17 foram estabelecidos os parâmetros de ocupação e o sistema de canais concêntricos que guiou a cidade ao longo dos próximos séculos. Haussmann deu a Paris as feições atuais, mas segundo Wilson, tão importante quanto o que vinha em cima, é o que foi construído embaixo, o incrível sistema de esgotos. Já Londres rejeitou o planejamento centralizado no século 17 e continua a crescer descentralizadamente. Todas essas cidades, independente da forma de planejamento, são hoje centros vitais, onde existe um jogo dinâmico entre a cidade informal e não planejada e a cidade oficial e planejada – onde existe espaço para espontaneidade e experimentação.

Para Wilson, Tóquio é o exemplo mais eloquente do que pode ser uma mistura saudável entre o planejamento central e a ocupação uso cotidiano das pessoas. Sua malha de grandes avenidas que escondem as pequenas ruas com mistura de usos talvez seja o exemplo mais interessante de como isso pode gerar cidades interessantes sociáveis e o espírito de comunidade.

Os diferentes olhares sobre a história

O capítulo sobre Bagdá demonstra como o olhar europeu sobre a história nos fez aceitar durante muito tempo a tese da chamada “Idade das Trevas” para se referir à Idade Média europeia. O termo não dá conta da energia comercial da época, simbolizada pela liga Hanseática na Baixa Idade Média, nem do comércio das cidades-estado italianas. Principalmente, não dá conta de entender a magnitude das interações do mundo islâmico na mesma época, tanto entre as suas muitas cidades na região do mediterrâneo até o Oriente Médio, como do comércio com o resto da Ásia, que surge descrito com profusão de detalhes no capítulo de Badgá.

Da mesma maneira, o hibridismo cultural, (conceito desenvolvido por Peter Burke e aprofundado em um curso de pós-graduação da FAU-USP sobre Paisagem Cultural, com a professora Beatriz Piccoloto Bueno que tive oportunidade de assistir no doutorado), aparece em profusão nos tantos exemplos do livro: não há cidade que não tenha bebido no poço de outras culturas. As apropriações violentas ou pacíficas simplesmente fazem parte da história das cidades, o que torna mais fascinante entender as origens das coisas. Exemplos são os ditos pratos “típicos”, como uma macarronada italiana, que buscou no tomate americano, na massa chinesa e no trigo do oriente médio os ingredientes que hoje são associados apressadamente a um traço cultural exclusivo.

Dentro desse mesmo olhar histórico, é possível se indignar novamente com a constatação da violência das conquistas. Na América Espanhola, a reação de espanto dos espanhóis diante da riqueza e da potência de Tenochtitlán não os impede de massacrar e dominar sua população. Entre os portugueses, a mesma violência nas conquistas das cidades asiáticas. Ao tentar comerciar com cidades muito mais sofisticadas, os portugueses são ridicularizados pela inexistência de qualquer coisa que fosse interessante para uma cultura tão rica. As próximas expedições portuguesas se encarregam então de estabelecer a nova ordem, bombardeando sem dó a cidade de Malaca, um entreposto multicultural, dona de um porto aberto, até que a cidade se rendesse, não ao engenho português, mas à sua violência.

Sobre o Brasil

O Brasil aparece pouco no livro. São Paulo e Rio de Janeiro são citadas en passant, como exemplo dos grandes problemas de desigualdade das metrópoles do século 20, mas com poucos detalhes. Dois casos de soluções contemporâneas brasileiras aparecem ao final do livro:  o sistema de transportes desenvolvido em Curitiba, que influenciou BRT´s em centenas de cidades pelo mundo, e o plano de arborização de setenta ruas em Porto Alegre ganha menção especial, assim como uma foto bonita da copa arborizada da rua Gonçalo de Carvalho.

A pandemia e o futuro

A pandemia do Coronavirus já estava em pleno curso quando Wilson terminava o livro. Apesar disso, nas reflexões do historiador, o futuro não parece condicionado à pandemia. Talvez por escrever a respeito de um tempo longo, que achata pequenas variações, talvez por acreditar que o vigor das cidades vai perseverar, ou talvez por estar também preocupado com os efeitos do aquecimento global, ele não se arrisca a fazer previsões, mas reafirma sua crença no vigor das cidades, em buscar novas soluções e novas maneiras de viver em coletividade.

Por que ler esse livro?

O livro tem charme, é bem escrito, tem pesquisa e é leve. Talvez sirva como um aperitivo para os livros mais pesados, mas é, em si, uma obra monumental. Ao terminar, o leitor fica com aquela sensação de ter feito uma viagem no tempo, detendo-se aqui e acolá, em tempos e lugares que explicam um pouquinho o que somos.

É possível até ler sem uma ordem definida, por que não? Podemos pular do bulevar parisiense ao souk de Bagdá, pesquisando momentos históricos, achando semelhanças e diferenças entre as vidas de gente que veio antes de nós. Outro autor de um livro interessante sobre as cidades, John Reader, diz em Cities, de 2004, que se as cidades não existiriam sem a raça humano, a questão é se nós poderíamos existir sem a cidade. Wilson parece ecoar esse pensamento. Na difícil ponderação sobre o futuro da raça humana, as cidades parecem ser a maneira mais eficiente de fazer as estimadas 10 bilhões de pessoas conseguirem partilhar do mesmo planeta.

Notas

1CHILDE, Gordon (1942). What happened in History. Londres, Penguin Books, 1964.

2HARDOY, Jorge Enrique. Ciudades precolombinas. Buenos Aires, Infinito, 1964.

3BRAUDEL, Fernand. As cidades. In Civilização material, economia e capitalismo – séculos XV-XVIII. Volume 1. São Paulo, Martins Fontes, 1997.

4MUMFORD, Lewis. The culture of cities. Nova York, Harcourt, Brace and Company, 1938.

5MUMFORD, Lewis. The city in history. Nova York, Harcourt, 1961.

6BENEVOLO, Leonardo. História da cidade. São Paulo, Perspectiva, 2000.

7MORRIS, A E.J. Historia de la forma urbana – desde sus orígenes hasta la revolución industrial. Barcelona, Gustavo Gili, 2018.

8LAMAS, José Garcia. Morfologia urbana e desenho da cidade. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian/Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica, 1993.

9BACON, Edmund N. Design of Cities. Edição original revisada. Nova York, Penguin Books, 1976.

10HALL, Peter. Cidades do amanhã – uma história intelectual do planejamento e do projeto urbanos no século XX. São Paulo, Perspectiva, 1995.

11HALL, Peter. Cities in Civilization. Nova York, Pantheon Books, 1998.


Resenhista

Mauro Calliari – Administrador de empresas, mestre (Mackenzie) e doutor em História do Urbanismo (FAU), com pesquisa voltada para os Espaços Públicos e Caminhabilidade. Mauro é autor do blog Caminhadas Urbanas e do livro Espaço Público e Urbanidade em São Paulo.


Referências desta Resenha

WILSON, Ben. Metropolis: A History of the City. Humankind’s Greatest Invention. Nova York: Doubleday, 2020. Resenha de: CALLIARI, Mauro. Um novo olhar sobre novas e velhas cidades. Resenha Online. São Paulo, n. 231, mar. 2021. Acessar publicação original [DR]

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