Roger Chartier historiador francês vinculado à atual historiografia da Escola de Annales, onde trabalha sobre a história do livro, da edição e da leitura, e que nesta obra apresenta oito ensaios que constituem uma história cultural em busca de textos, crenças e gestos aptos a caracterizar a cultura popular tal como ela existia na sociedade francesa entre a Idade Média e a Revolução Francesa. O intelectual francês mostra que a cultura escrita influencia mesmo àqueles que não produzem ou lêem textos, mas interagem com eles. Ao revisitar a chamada Biblioteca Azul, coleção de livros acessíveis vendidos por ambulantes (romances de cavalaria, contos de fada, livros de devoção), além de documentos próprios da chamada “religião popular” e textos sobre temas que se dirigem a um público geral, como a cultura folclórica, o autor enfoca as tênues fronteiras entre a chamada cultura erudita e a popular, mostrando como se ligam duas histórias: da leitura e dos objetos de leitura.
Assim sendo Chartier reforça o plural do plural de “civilidades”, que remete aos usos e intercâmbios de um código de polidez reconhecido por uma sociedade distinta, fazendo menção a Erasmo que rejeita os modelos aristocráticos da época pregando que a civilidade deveria ser uma instrução de um grupo moralizador, determinado, e deveria começar pelas crianças fazendo do aprendizado escolar a primeira instrução. O autor também indica, sempre citando autores como Courtin, que a civilidade pode ser uma virtude cristã, a caridade, pois deve ser uma questão de cada um, diferenciando o Homem do Animal, distinguido na sua execução em tantos comportamentos convenientes a cada estado ou situação. Em decorrência desses conceitos, a partir do século XVII, a noção de civilidade ganha um sentido ambíguo, pois sua função é designar a conduta histórica dos príncipes de tragédia, pois segundo Toussaint, a civilidade torna-se “um cerimonial de convenção”, dando origem a uma polidez devida aos príncipes, sendo muitas vezes uma aparência ou uma máscara que disfarça e engana. Assim nesse contexto, o conceito de civilidade está situado no próprio centro da tensão entre o parecer e o ser que define a sensibilidade e a etiqueta barroca.
Sendo Roger Chartier discípulo da Escola de Annales [2] percebe-se na compreensão do seu texto um intercâmbio entre a História Cultural [3] e a Antropologia, pois ele menciona Jean-Baptiste de La Salle para citar que este pensador abrange a civilidade tida honesta e piedosa como conveniência social. Portanto nessa teoria, a civilidade se afasta do uso aristocrático para constituir-se num controle permanente e geral de todas as condutas, sendo um modelo eficaz de comportamento das elites nas camadas inferiores.
A partir do século XVIII, a noção de civilidade conhece um duplo e contraditório destino, segundo Chartier. Ela permite aos humildes compreender o código de comportamentos, sendo que ensinada ao povo, a polidez se vê ao mesmo tempo desvalorizada aos olhos da elite que em contrapartida não exige nenhuma autenticidade de sentimento, sanciona a ruptura admitida e contraditória. Para Jacourt a civilidade foi imposta a inúmeros indivíduos e por isso perdeu seu valor de distinção, considerando que foi colocada a maioria e se tornou uma norma para as condutas populares.
Para fundar uma civilidade republicana, o articulista, juntamente com outros pensadores sugerem uma ruptura radical com a educação tradicional, já que a repetição dos gestos considerados convenientes é idealmente substituída pela aprendizagem de virtudes que conseguirão sempre expressar-se numa linguagem moral resultando numa instrução moral. Para o autor as novas obrigações dessa civilidade republicana não devem se regulamentar-se pelas diferenças de condição ou posição, pois se apóia na liberdade, conforme a igualdade. A civilidade refundida deve reconciliar enfim as qualidades da alma e as aparências exteriores, sendo nítida a recusa das formalidades antigas, pois essa abdicação à etiqueta tradicional encontra-se manifesta na esfera política.
Finalizando esse capítulo de sua obra, que deixa evidente os conceitos de polidez e civilidade, Chartier, deixa claro que a partir do século XIX, a civilidade pode ser definida como um conjunto de regras que tornam agradáveis e fáceis às relações dos homens entre si, podendo ser entendida como um código de boas maneiras necessárias na sociedade, sendo constituída e fixada por todo esse século, a identificação da civilidade com a conveniência burguesa.
Portanto pode-se comprovar que entre os séculos XVI e XIX, a noção de civilidade sofre mudanças e apanha um enfraquecimento. Deste modo apesar das tentativas de reformulá-la, a noção perde um pouco da teoria ético-cristã para significar apenas a aprendizagem das maneiras convenientes na vida das relações da sociedade, questionando assim, a diferença entre cultura popular e erudita, para obter-se a definição de tradição popular simplesmente como oposição à cultura erudita. Roger discute como diversos textos franceses desses séculos, que atravessam as fronteiras sociais entre clero, nobreza e Terceiro Estado. O historiador francês mostra assim a influência exercida pelo documento escrito mesmo entre os que não estão familiarizados com o livro e reconstitui em sua complexidade a comunicação cultural entre os homens do Antigo Regime.
Destarte para Roger Chartier, interpretam-se os artefatos, objetos históricos de análise, num campo onde se cruzam duas linhas: uma vertical, ou diacrônica, pela qual o historiador estabelece a relação de um texto ou de um sistema de pensamento com manifestações anteriores no mesmo ramo de atividade cultural; a outra é horizontal ou sincrônica, e através dela determina a relação do objeto cultural com o que vai surgindo noutros aspectos de uma cultura. Pode-se afirmar que o historiador tem uma posição bastante clara e comunga com a nova maneira de fazer história iniciada pela escola dos Annales: “Desembaraçando-se das etiquetas que pretendendo identificar os pensamentos antigos, os marcaram na realidade, a tarefa dos historiadores do movimento intelectual”, como escreve [4] Lucien Febvre, é acima de tudo reencontrar a originalidade irredutível a qualquer definição à priori, de cada sistema de pensamento, na sua complexidade e nas suas mudanças.
A dicotomia esquemática proposta pelos historiadores românticos não tem lugar dentro deste novo conceito de fazer história. Assim como qualquer outro exemplo de oposição rígida torna-se ridículo em face desta nova concepção dos historiadores dos Annales; concepção reafirmada pela atual definição de História Cultural que coloca a posição do historiador perante os artefatos históricos. Tal modo, através desta obra de Chartier, é possível trabalhar com os discursos historiográficos, realizando uma análise da passagem da leitura extensiva à intensiva, para assim poder abordar com destaque os aspectos da leitura como formação da identidade cultural intelectual francesa, para futuramente adquirir noções de abordagens de tópicos sociais do Antigo Regime.
Notas
2 Incorpora métodos das Ciências Sociais à História. Encontramos neste movimento, certa unidade em sua composição, mas não uma homogeneidade. Sendo como um conjunto de estratégias, uma nova sensibilidade, uma atividade que de fato mostra-se pouco preocupada com definições teóricas.
3 Frequentemente combina as abordagens da antropologia e da história para olhar para as tradições da cultura popular e interpretações culturais da experiência histórica. Ela se sobrepõe, em sua abordagem, ao movimento francês da história das mentalidades e à chamada Nova História.
4 Lucien Febvre historiador francês, cofundador da chamada “Escola dos Annales” e idealizou juntamente com Marc Bloch, a revista de História em 1929, chamada “Revue des Annales”.
João Vinicius Bobek1 – Professor Especialista formado em Licenciatura em História pela UEPG e Egresso do Projeto: Educação, Cultura e Diversidade Cultural: uma inclusão necessária. Sub-programa do Projeto Universidade sem Fronteiras.
CHARTIER, Roger. Leituras e Leitores na França do Antigo Regime. São Paulo: UNESP, 2004. Resenha de: BOBEK, João Vinicius. Distinção e divulgação: a civilidade e seus livros. Crítica Histórica. Maceió, v.1, n.2, p.257-259, dez., 2010. Acessar publicação original [DR]
Priore Mary Del (Aut), Condessa de Barral/ a paixão do imperador (T), Objetiva (E), SILVA José Alexandre da (Res), Crítica Histórica (CHr), Condessa de Barral, Biografia, D. Pedro II, Séc. 19, Europa – Portugal, Europa – França, América – Brasil
Já é antigo o debate sobre a forma como os historiadores apresentam os resultados de suas pesquisas. Via de regra, ainda se acredita que os livros e história têm uma linguagem demasiadamente erudita e incapaz de atingir um público amplo.[1] Em contraste, também é considerado que a história desperta cada vez mais interesse e ganham destaque nesse contexto as reportagens históricas, livros escritos por jornalistas. Esses por sua vez, se gabam de serem donos de uma escrita mais agradável e capaz de atingir a um publico maior não especializado. O fenômeno mais significativo nessa direção talvez tenha sido a coleção Terra Brasillis de Eduardo Bueno que teve suas vendas alavancadas pela comemoração dos 500 anos de “descobrimento” do Brasil. O mais recente é o livro 1808… de Laurentino Gomes [2] que utilizou o aniversário de 200 anos da vinda da família real como trampolim de vendas e na esteira do sucesso já lançou também 1821… Em meio a esses, não passa desapercebida a historiadora Mary Del Priore que, depois de ganhadora de vários prêmios com obras acadêmicas, se lança no mercado editorial com biografias históricas das quais destacamos agora a da condessa de Barral.
A primeira empreitada de Mary Del Priore direcionada a um público mais amplo foi com O Príncipe Maldito, [3] obra que precedeu o livro ora resenhado. A autora afirma ter vislumbrado a opção de escrever livros de divulgação na década de 1990.
Quando me mudei para o Rio de Janeiro descobri os arquivos do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e percebi quantos filões poderiam nascer dali. E, nesse momento, houve uma ruptura naquilo que eu considerava que poderia ser uma carreira, como historiadora, e não como professora. Nunca me senti professora de nada e nem de ninguém. Então naquele período, vislumbrei a possibilidade de fazer livros de divulgação que chamassem a atenção para a questão da história do Brasil. Escrever sobre personagens que fossem desconhecidos usando-os como janelas para o passado.[4]
Vale notar na postura da autora, entretanto, uma divisão bastante nítida entre textos direcionados para profissionais de história e livros destinados a um público amplo, como que dizendo, texto acadêmico e obras destinadas ao grande público são coisas diferentes. Podemos encontrar ideia paralela a essa na formulação de Jorge Caldeira “biografia para comprovar tese é loucura”. Um contraponto interessante a esse posicionamento é dado por Schimidt,
Penso, pelo contrário, que os estudos biográficos podem ser de grande valia para a comprovação ou para a refutação de diversas teses consagradas. Só para lembrar um exemplo, bastante conhecido, o trabalho de Ginzburg (1987) sobre o moleiro Menocchio possibilitou repensar as relações entre cultura camponesa e cultura letrada na Europa pré-industrial.[5]
No caso da condessa de Barral, Del Priore afirma ter tido a sorte de “(…) encontrar documentação inédita, embaixo do nariz de todo mundo. Os diários da Condessa de Barral (…) estavam aqui no Instituto Histórico e Geográfico.” [6] Além das cartas da condessa, o livro é embasado em vasta documentação e bibliografia nacional e internacional que dão fôlego a sete capítulos sobre as diferentes fases da vida da condessa. A opção da autora é por uma narrativa linear, evitando recursos comuns nas biografias como os flashbacks. Evidentemente cada capítulo não é estanque em si, mas a organização da obra segue a cronologia dos fatos. Ao final da obra é exposta a bibliografia utilizada em cada capítulo, sinal da preocupação em expor as fontes a leitores que possam se interessar, ainda que sem onerar o texto com notas de rodapé. As citações de fontes são apontadas diretamente no corpo do texto, incorporadas na narrativa, de uma forma elegante a não o tornar pesado.
Luísa Margarida Portugal e Barros é o nome com o qual foi batizada a futura condessa de Barral, nascida em 1816. Mary Del Priore encontra motivos variados para chamar a atenção para a vida dessa mulher,
(…) Luísa ia revirar o mundo de ponta cabeça. Não só porque teve uma relação muito especial com D. Pedro II, mas porque teve uma relação muito especial com a vida. Devorou-a com apetite. Tomou o destino nas próprias mãos. Verdadeira camaleoa, Luísa se negou a ser prisioneira dos limites de sua época. Preferiu as aventuras do dia-a-dia. Inventora de uma maneira de viver, criadora de uma imagem de si, Luísa modelou seu destino, sempre insatisfeita com o que lhe foi dado. Sua existência, como a de todos os personagens fascinantes da história, foi marcada por ambiguidades. Ela foi “maravilhosa”, coquete e amante. Quando quis, no entanto, foi esposa exemplar.” [7]
Mas o argumento que definitivamente torna sua vida interessante é a relação que a bela Luísa viria a ter com o imperador D. Pedro II. Relação essa que, certamente, não prevaleceria se essa mulher casada fosse dotada apenas de “coquetterie” e graça, considerando o apreço do monarca por conhecimento e inteligência [8]. A escolha da personagem biografada, nesse sentido, também atende a um pré-requisito do gênero biográfico, pois é a vida de uma mulher que teve um relacionamento com alguém importante, o que é capaz de aguçar a curiosidade dos leitores [9].
O pai de Luísa se chamava Domingos Borges de Barros, era filho de senhores de engenho da Bahia. Homem culto, educado na Europa, estudava em Coimbra quando Napoleão Bonaparte tomou o poder na França. Sua mãe era D. Maria do Carmo De Gouveia, antes de se casar com Domingos uma jovem e rica viúva. Sua infância fora terminada na côrte francesa, pois Domingos fora nomeado para servir como diplomata e representante do Brasil na França, serviços recompensados com o título de Marques de Pedra Branca.
Entre as fotos e imagens do livro, a de Luísa quando jovem explica bem o interesse que despertava nos homens, a moça era dotada de beleza. Para surpresa de todos em 1835, Luisa reivindicava escolher seu destino. Pior para o rico Miguel Calmon Du Pin e Almeida, o Marques de Abrantes com quem Domingos já havia arranjado um casamento para a filha. Contava contra Abrantes também o fato de ser contemporâneo do pai da moça. Bom para o jovem e pobre nobre francês Eugênio de Barral que depois de um longo cortejo se casou com Luísa. Em 1837 o casal se muda da França para a Bahia. As relações do Marquês de Pedra Branca tornaram Luísa dama de honra da princesa Francisca de Bragança e depois aia das filhas do imperador D. Pedro II.
Como evitar que o livro se torne mais interessante a partir do capítulo cinco quando a historiadora narra o convívio da condessa de Barral, na condição de responsável pela educação das princesas, com o imperador? Estaria a biografia da fascinante condessa refém de um caso extraconjugal com imperador? Seja como for, os detalhes da trama são deliciosos. Ao menos para os ávidos por segredos sórdidos de personagens importantes. Tais como a decepção de Pedro II ao conhecer a imperatriz D. Tereza Cristina e a demora do mesmo em consumar o casamento o que causava apreensão nos cochichos de corredor. Ou também da pergunta de uma das princesas à sobre o porquê de durante as aulas o pai, pensando estar protegido pelas saias da mesa, dar pequenos pisões nos pés da aia. Da correspondência entre o imperador e a condessa a historiadora monta um quebra-cabeças muito interessante da relação dos dois.
Para além de outros poucos casos que se sabe de D. Pedro II fora do casamento, sua relação com a condessa de Barral se mostrou ser bastante duradoura. Quando não estavam próximos se comunicavam por correspondência. Por vezes a condessa escrevia ao imperador da forma que somente uma amante podia fazer. Quem mais poderia chamar a atenção de um chefe de Estado pela maneira despojada que teve D. Pedro II nas suas viagens para o exterior quando esse queria ser apenas o “cidadão Pedro d’Alcântara” [10]? Certamente a autoridade da condessa advinha da intimidade e monarquista convicta que era não conseguia entender os arroubos republicanos do imperador. A afeição entre os dois não teve apenas a duração da juventude de ambos. A despeito do que ele escrevia em 1880, “Ah! Se lhe contasse tudo o que imaginei nas lindas noites dos campos do Paraná” [11], a correspondência da fase final da relação dos dois denunciava mais uma relação regida pelo afeto e pelas lembranças. Principalmente pela distância e o fato de a condessa ser de uma viúva com um filho adolescente cheio de brios.
Para aqueles que acreditam que certas minúcias só podem ser conseguidas pelo treinamento de jornalista [12], Mary Del Priore da uma lição. Sua obra, Condessa de Barral… tem os ingredientes de uma boa biografia. Tem grande apelo editorial, pois a personagem biografada tem grande papel na vida privada de D. Pedro II. A riqueza de detalhes, contextualização e descrição de cenas e costumes estão presentes. Ainda que com o apelo à vida privada de personalidades importantes, se pode dizer que a biografada tem um que de outsider, pois se trata de uma mulher, uma mulher, com um grau de autonomia talvez maior que muitas mulheres de sua época. Talvez daí decorra seu caráter inusitado. A autora também é magistral em imbricar fatos pessoais e contexto histórico, tirando qualquer sinal de tonalidade particularista da obra. Uma obra que desmente que historiadores não sabem escrever para um público mais amplo.
Notas
1 Iniciamos uma pequena reflexão em SILVA, José Alexandre. A crítica da crítica. Observatório da Imprensa. Disponível em: Acessado em: 09/12/2010.
2 Apesar da tonalidade de panegírico é interessante ver SILVA, Deonísio. A História do Brasil em grandes reportagens. Observatório da Imprensa. Acessado em: 11/12/2010. 3 Apresentamos resenha da obra em: http://www.historiaehistoria.com.br/materia.cfm?tb=resenhas&id=46 Acessado em: 09/12/2010.
4 PRIORE, Mary Del. Entrevista concedida a Rodrigo Elias e Fabiano Vilaça. Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro, 2010, p. 52. Alguns trechos da citação são bastante elucidativos a respeito da concepção da autora que segmenta as atividades de professora e de historiadora. Seguindo esse raciocínio quer dizer que professores não podem escrever livros para o grande público?
5 SCHIMIDT, Benito Bisso. Construindo Biografias… Historiadores e Jornalistas: Aproximações e Afastamentos. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, n.19, 1997, p. 11.
6 PRIORE, Idem, p. 53.
7 PRIORE, Mary Del. Condessa de Barral, a paixão do imperador. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 14.
8 “O segredo da condessa estava em ter prendido inicialmente o imperador pelo desejo e pela mente.” Ver CARVALHO, José Murilo. D. Pedro II, ser ou não ser. São Paulo: Cia das Letras, 2007, p. 75.
9 A respeito das biografias vale a pena levar em conta que “(…) um certo voyeurismo, mais ou menos velado (…) impele muitos autores a investigar minuciosamente a vida privada dos outros, sobretudo dos personagens destacados, a fim de demolir mitos (transformando-os em “gente como a gente”) ou simplesmente para saciar a curiosidade dos leitores.” SCHIMIDT, Idem p. 2.
10 CARVALHO, Idem, p. 10.
11 PRIORE, Idem, p.215.
12 Opinião do escritor Fernando Morais, mais detalhes em: BALDI, Renata. Os caçadores da história. Manchete, Rio de Janeiro, 10 fev. 1996, p. 40-43.
José Alexandre da Silva – Professor de História da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED) e membro do Grupo de Estudos em Didática da História (GEDHI). http://alexandre-textosdeopinio.blogspot.com
Priore, Mary Del. Condessa de Barral, a paixão do imperador. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008. Resenha de: SILVA, José Alexandre da. Outras formas de escrita da história. Crítica Histórica. Maceió, v.2, n.3, p.266-269, jul., 2011. Acessar publicação original [DR]
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