O que pode um corpo sem juízo? Quando saber que um corpo abjeto se torna um corpo objeto e vice-versa? Não somos definidos pela natureza assim que nascemos Mas pela cultura que criamos e somos criados
Sexualidade e gênero são campos abertos
De nossas personalidades e preenchemos
Conforme absorvemos elementos do mundo ao redor
Nos tornamos mulheres – ou homens,
Não nascemos nada
Talvez nem humanos nascemos
Sob a cultura, a ação do tempo, do espaço, história
Geografia, psicologia, antropologia, nos tornamos algo
Homens, mulheres, transgêneros, cisgêneros, heterossexuais
Homossexuais, bissexuais, e o que mais quisermos
Pudermos ou nos dispusermos a ser
O que pode o seu corpo?
Jup do Bairro.
História & Outras Eróticas, organizado por Martha S. Santos, Marcos Antonio Menezes e Robson Pereira da Silva, é fruto de um esforço científico coletivo que extrapola a materialidade dos textos que compõe a obra. O troca-troca cultural entre arte e agenda política (MEIHY, 2020, p. 13) que nos chega, tem origem na realização do VI Congresso Internacional de História da Universidade Federal de Goiás, Regional Jataí. Desta feita, os louros pela excelência são creditados aos/às autores/as e estendem-se aos discentes e docentes do Curso de Licenciatura em História da referida universidade, bem como, à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) pelo investimento na produção científica brasileira.
Ao buscar enfrentar eroticamente os ataques destinados as ciências humanas e sociais no século XXI, História & Outras Eróticas nos apresenta 15 capítulos que escancaram a pluralidade que compõe o viver. Mesmo com – e para além das – tentativas de hierarquização, silenciamento e extermínio estruturalmente articulados, os corpos considerados dissidentes e abjetos pela norma dominante, rompem com a ciência determinista, eurocêntrica, calcada na falocracia (GOMES, 2020, p. 310) e tomam a coletânea como palco de performances de protagonismo e resistência.
A política contemporânea tem sido tensionada pelos diversos movimentos sociais, que a partir da afirmação de suas pautas na agenda política global, colocam em cheque a história única (ADICHIE, 2019, p. 32) e tornam-se educadores a partir da pluralidade de suas práxis, dos saberes construídos e sistematizados nas lutas por emancipação, indagando o conhecimento científico, questionando conceitos e preconceitos, dinamizando o conhecimento, assim como Nilma Lino Gomes tem reverberado para o movimento negro enquanto educador da sociedade brasileira (GOMES, 2017, p. 18).
Nos propomos a construir um panorama geral das discussões presentes no livro História & Outras Eróticas, por meio de um “passeio” entre alguns capítulos. Os combates pela história se tornam eróticos nos mais variados temas: nos corpos abjetos que rompem a heterossexualidade compulsória, do Brasil escravista ao afrofuturismo, do totalitarismo distópico a ditadura militar brasileira e seus efeitos nos campos artísticos. O prefácio de Murilo Sebe Bom Meihy é cirúrgico ao afirmar que as discussões do livro são;
Repletas de saborosos termos e substantivos literalmente excitantes, não apenas pelo vínculo com o prazer e a sexualidade humana, mas, sobretudo, porque despertarão o mais erótico dos processos químicos estimuladores do desejo humano: o conhecimento. […] Sinta-se preparado para a dilatação das pupilas, mãos suadas, arrepios involuntários, e todo tipo de excitação resultante da mais erótica forma de gozo: a leitura de ideias que pensam um mundo inquietantemente plural (MEIHY, 2020, p. 11).
Martha S. Santos em seu texto Histórias de Gênero e Resiliência na Escravidão no Brasil: mães e crianças escravizadas no interior do Ceará, 1850- 1884, partindo da análise da centralidade do gênero nas políticas de dominação de escravizados no interior da província do Ceará no século XIX, defende que “o foco em histórias de gênero na escravidão é fundamental para demonstrar como a instituição criou e reproduziu formas específicas de poder e dominação, que vieram a ser associadas à raça, e os modos como o gênero foi essencial para esses processos” (SANTOS, 2020, p.219) de estruturação das desigualdades no Brasil.
De acordo com a historiadora “ao fazer do gênero uma categoria central de análise da escravidão, [podemos] elucidar algumas das formas cotidianas do funcionamento escravista nas zonas rurais do interior do Ceará” (SANTOS, 2020, p. 227). Jacintha, Raymunda, Benedicta, Joaquina entre outras mulheres escravizadas, que desenvolviam diversas ocupações no trabalho rural, como o plantio e colheita de feijão, milho e mandioca, algodão, tabaco, bem como na produção de farinha, nos são apresentadas como conhecedoras da legislação imperial, traçando estratégias para construir caminhos de liberdade e autonomia, tensionando os anos finais da escravidão no Ceará.
Na esteira das intersecções entre gênero, raça e condição social no século XIX, Murilo Borges Silva nos apresenta A Fabricação de Corpos Femininos Negros na Literatura de Viagem, Goiás – Século XIX, um debate sobre como os discursos dos viajantes que passaram por Goiás na primeira metade do século XIX, nomeadamente, Saint-Hilaire (1975) e Johann Emanuel Pohl (1976) contribuíram para o processo de fabricação de corpos femininos negros, ao construírem representações que atribuem sentidos às existências e vivências dessas mulheres.
As descrições e/ou invenções dos viajantes criam realidades a respeito dessas mulheres no intuito de ordenar o passado e orientar práticas sociais. Esses sentidos e significados atribuídos à(s) existência(s) feminina(s) racializada(s) estão inscritos na cultura e operam para instituição de identidades e diferenças (SILVA, 2020, p. 246).
Essas fabricações discursivas marcadas pelas ideias de “raça”, condição social, procedência, entre outros qualitativos, são invenções coerentes à ordem discursiva na qual viajantes estavam inseridos e de acordo com o autor,
Construir e ocultar talvez sejam mesmo bons verbos para definir as ações dos viajantes. Construir, a partir de olhares localizados, determinados corpos, comportamentos, valores, estigmas, estereótipos… um exercício de construção e (re)afirmação do outro e de si. Concomitantemente, esses mesmos olhares selecionam o que esconder, ocultar ou silenciar, a depender dos interesses e das relações de poder estabelecidas (SILVA, 2020, p. 248).
É a partir do reconhecimento desse jogo de visibilidades e invisibilidades calcados nos marcadores sociais que “as mulheres negras encontradas nas narrativas de viagens são e não são escravas, mulatas, pretas, concubinas, trabalhadoras, imorais… elas são muitas e plurais” (SILVA, 2020, p. 263).
As pluralidades que compõe o devir negro é um dos pontos de partida para desafiar o atual estado das coisas para a população afrodescendente no Brasil. O texto Sonhos e Cenas Monstruosas: Artivismo Queer e a Política da Futuridade Feminista Negra no Brasil, de autoria de Tanya Saunders, adota uma abordagem intersetorial para entender como raça, gênero e sexualidade funcionam juntas para produzir um tipo particular de “não humano”, pois,
A maneira como o homem passou a ser definido e, por extensão, “humano” está enraizada em um projeto epistemológico colonial no qual o homem veio a ser construído em torno da experiência e imagem do homem heterossexual branco, cisgênero, burguês, cristão […] os homens europeus tentaram dar sentido a si mesmos e a seu lugar na ordem colonial (SAUNDERS, 2020, p.189).
Saunders nos apresenta a atuação de artivistas negros queer residentes na Bahia que ao combinarem afrofuturismo e monstruosidade rejeitam as definições normativas e desafiam utopicamente a colonialidade do poder e a necropolítica brasileira. Esse enfrentamento, segundo a autora, está fazendo uma intervenção crítica nos discursos e debates nacionais sobre o futuro do Brasil, particularmente entre a grande população negra jovem do país.
São as intervenções artivistas das sapatões e bichas pretas, que são lésbicas feministas negras e gays negros cuja identidade de gênero e feminilidade masculina (não confundir com um homem gay afeminado, porque nem todos os homens afeminados são femininos identificados) que estão nomeando e oferecendo ao público uma estrutura para nomear e compreender as formas na quais a opressão social está interconectada e tornar visíveis várias utopias inclusivas, ou melhor, elas ajudam o público a imaginar maneiras inclusivas pelas quais todos possam libertar-se (SAUNDERS, 2020, p.187-188)
Nilma Lino Gomes teorizando o corpo negro a partir da tensão regulação/emancipação nos adverte, em consonância com as formulações de Saunders, que
No Brasil, o corpo negro ganha visibilidade na tensão entre adaptar-se, revoltar-se ou superar o pensamento racista que o toma por erótico, exótico e violento. Essa superação se dá mediante a publicização da questão racial como um direito, via práticas, projetos, ações políticas, cobranças do Estado e do mundo privado da presença da população negra na mídia, nos cursos superiores, na política, nos lugares de poder e decisão, na moda, na arte, entre outros (GOMES, 2017, p. 94).
Saunders argumenta que as intervenções estéticas construídas a partir da autonomia erótica tem o poder de interromper a tríade colonial “respeitabilidade, posse e cidadania”. O movimento em direção a uma práxis de monstruosidade afrofuturista “visa desafiar a lógica colonial como forma de encorajar as pessoas, especialmente aquelas impactadas por essas lógicas culturais opressivas, a trabalhar pela libertação coletiva” (SAUNDERS, 2020, p. 196).
Lúcia Romano em suas Prospecções Indisciplinadas entre Teatro, Gênero Feminino, Feminismo e Historicização, tece considerações sobre a importância de um diálogo histórico entre as artes cênicas, os artivismos e a epistemologia feminista, pois “o método da historicização se apresenta como estratégia de formulação de uma história inquieta e ativa, que pode nos movimentar da apatia e inspirar ações e reflexões” (ROMANO, 2020, p. 91).
Tanto os movimentos feministas – a militância em torno das questões das mulheres – quanto a epistemologia feminista constroem suas bases na importância histórica das mulheres e na emancipação perante uma visão de história androcentrista, progressivista, falsamente neutra, que guarda em seu bojo propósitos imperialistas, europeizantes e falocentristas” (ROMANO, 2020, p. 95).
A autora nos convida para uma mudança de perspectiva, um olhar crítico que dê enfoque para as trajetórias das mulheres nos processos criativos das artes: diretoras, dramaturgas, atrizes, produtoras, iluminadoras, cenógrafas, figurinistas, entre outras funções.
Ana Lorym Soares, convergindo o cenário de interesse por literatura distópica e por livros com temáticas feministas, nos apresenta o romance de Margaret Atwood, O conto de aia (The handmaid’s tale), publicado originalmente em 1985, “enquanto contributo estético, político e epistemológico ao gênero literário distópico” (SOARES, 2020, p. 121). O regime instituído na República de Gilead, uma sociedade totalitária e conservadora nos Estados Unidos nas décadas de 1980 e 1990, traz para o centro da narrativa os efeitos de uma sociedade autoritária e patriarcal na vida das mulheres.
No texto, ela constrói, sob a fabulação, uma crítica à estrutura patriarcal da sociedade moderna a segunda metade do Século XX. Dialoga com o pensamento feminista vigente nos anos 1970 e 1980 e reverbera que o privado é político, o corpo é político. Nesse sentido, a questão da perspectiva pelo qual o romance é narrado faz toda a diferença. Aqui, a personagem central é uma mulher, é ela quem narra e as grandes e pequenas questões que o romance encerra são enunciadas por ela. Por essa circunstância ao mesmo tempo estética e política, a obra de Margaret Atwood já realiza uma importante variação na cena literária distópica do século XX (SOARES, 2020, p. 139).
Ainda sobre autoritarismos, Robson Pereira da Silva apresenta “Totemambiguidade” – Erotismo, Violência e Marginalidade: diálogos artísticos a partir dos aforismos e performances de Hélio Oiticica, explorando os diálogos entre cotidiano e arte no submundo urbano da segunda metade do século XX no Brasil sob regime de ditadura milita. Hélio Oiticica, “em sua vasta obra performática, paga-se a violência com ações estéticas que descumpram a ordem, ou seja, trata-se das agressividades ao instituído e ao institucionalizado, inclusive ao próprio campo das artes” (SILVA, 2020, p. 163).
O uso criativo da violência é definido por Robson P. Silva como o “realce de uma estética da contraviolência (violência reativa ao ato violento do Estado ilegal de exceção)” (SILVA, 2020, p. 165), mecanismo utilizado por uma série de artistas, tais como, Oiticica, Ney Matogrosso e Plínio Marcos, que
Confundiram a “lógica da suspeição”, pois a conceituação de sexo e violência, ou melhor, da contraviolência, foi posta em prática pelos processos e produtos de arte. Produziram um saber prático sobre o corpo de arte, porém, não deixaram de ser vistos como “terroristas em potencial” sob o espectro do anticomunismo, na configuração do inimigo a ser combatido, em perspectivas biopolíticas de controle, pelo Estado de exceção ditatorial (SILVA, 2020, p. 167).
Os Efeitos de uma Experimentação Político-Historiográfica com Travestis da Primeira Geração. Rio de Janeiro, de Fábio Henrique Lopes, nos oferece uma reflexão sobre os lugares epistêmicos na produção do conhecimento histórico, afinal, “nós historiadores(as) não notamos, não nos incomodamos, não problematizamos o apagamento, a invisibilização, a ausência e o silêncio de histórias escritas pelas próprias pessoas trans, de gêneros inconformes” (LOPES, 2020, p. 268).
De acordo com o autor, o medo de ser mais um pesquisador a renaturalizar a cisgeneridade na historiografia tem tensionado sua práxis. E essas tensões surgem justamente a partir do diálogo empreendido com as epistemologias produzidas por pessoas dissidentes. Lopes (2020) em diálogo com Vergueiro (2016), defende que sem o devido trato, a historiografia torna-se “palco circense de exposição de pessoas, experiências, corpos e subjetividades inconformes, aquelxs transformadxs em anormais, infames, estranhos, bizarros, não só no passado, como no presente” (LOPES, 2020, p. 274).
Uma saída apresentada é a de reposicionarmos a historiografia, para que essa possa agir como aliada no compromisso de multiplicação e complexificação das
Perspectivas, narrativas e possibilidades que as pessoas trans tenham para si próprias e para as demais, em termos de como lidam com seus corpos, expressões de gênero e interações sociais, de maneira que ampliem os horizontes de sua inserção no mundo (VERGUEIRO apud SOUSA, 2020, p. 275).
Ao articular as lutas históricas pela existência, afirmação da vida e das diferenças, empreendidas por sujeitos no campo da cultura, tendo como eixos política, raça, feminismos e performatividades de gênero, História & Outras Eróticas possibilita uma ampliação conceitual, teórica e erótica no campo das ciências humanas. Espero que seja constante a sensação de prazer no deleite da leitura.
Referências
ADICHIE, Chimamanda Ngozi. O Perigo de Uma História Única. Tradução de Julia Romeu. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
GOMES, Aguinaldo Rodrigues. Educação e Normatividade: os corpos abjetos no espaço escolar. In: SANTOS, Martha S. et al. (Org.) História & Outras Eróticas. Curitiba: Appris, 2020. p. 309-330.
GOMES, Nilma Lino. O Movimento Negro Educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópolis: Vozes, 2017.
LOPES, Fábio Henrique. Efeitos de uma Experimentação Político-Historiográfica com Travestis da Primeira Geração. Rio de Janeiro. In: SANTOS, Martha S. et al. (Org.) História & Outras Eróticas. Curitiba: Appris, 2020. p. 267-282.
MEIHY, Murilo Sebe Bon. Prefácio. In: SANTOS, Martha S. et al. (Org.) História & Outras Eróticas. Curitiba: Appris, 2020. p. 11-16.
SANTOS, Martha S. Histórias de Gênero e Resiliência na Escravidão no Brasil: mães e crianças escravizadas no interior do Ceará, 1850-1884. In: SANTOS, Martha S. et al. (Org.) História & Outras Eróticas. Curitiba: Appris, 2020. p. 219-244.
SAUNDERS, Tanya. Sonhos e Cenas Monstruosas: Artivismo Queer e a Política da Futuridade Feminista Negra no Brasil. In: SANTOS, Martha S. et al. (Org.) História & Outras Eróticas. Curitiba: Appris, 2020. p. 185-218.
SILVA, Murilo Borges. A Fabricação de Corpos Femininos Negros na Literatura de Viagem, Goiás – Século XIX. In: SANTOS, Martha S. et al. (Org.) História & Outras Eróticas. Curitiba: Appris, 2020. p. 245-266.
SILVA, Robson Pereira. “Totemambiguidade” – Erotismo, Violência e Marginalidade: diálogos artísticos a partir dos aforismos e performances de Hélio Oiticica. In: SANTOS, Martha S. et al. (Org.) História & Outras Eróticas. Curitiba: Appris, 2020. p. 163-184.
SOARES, Ana Lorym. Estética, Política e Epistemologia a partir do Romance Distópico O Conto de Aia, de Margaret Atwood. In: SANTOS, Martha S. et al. (Org.) História & Outras Eróticas. Curitiba: Appris, 2020. p. 121-142.
ROMANO, Lúcia R. V. Prospecções Indisciplinadas entre Teatro, Gênero Feminino, Feminismo e Historicização: o artivismo feminista do século no teatro desafia a cena histórica. In: SANTOS, Martha S. et al. (Org.) História & Outras Eróticas. Curitiba: Appris, 2020. p. 91-102.
Resenhista
Lucas Rodrigues do Carmo – Professor de História – Escola Municipal Professora Carlota de Andrade Marquez. Mestrando no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Goiás (PPGH/UFG). E-mail: lucasrodrigues211@hotmail.com
Referências desta Resenha
SANTOS, Martha S.; MENEZES, Marcos Antonio; SILVA, Robson Pereira da (Orgs.). História & Outras Eróticas. Curitiba: Appris, 2020. Resenha de: CARMO, Lucas Rodrigues do. Erotizando os combates pela história: política, raça, feminismos e performances de gênero. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais. Uberlândia, v. 18, n. 1, p. 532- 539, Jan./Jun. 2021. Acessar publicação original [DR]
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