Nesta Edição apresentamos aos leitores o Dossiê “História e Memória” que reúne seis artigos que tratam das representações, das experiências subjetivas, do discurso imagético, das narrativas memorialísticas e das trajetórias individuais, utilizando diferentes teóricos e fontes de pesquisa. A partir da leitura desses artigos podemos verificar a importância da gestão da memória e a relação dessa memória com a produção histórica. Na sequência do Dossiê, apresentamos também uma seção com temas livres e variados composta por sete artigos. Abrindo o Dossiê, temos o artigo de Bruno Sanches Mariante da Silva, intitulado Quando eu me chamar saudade: representações do / no cemitério Jardim da Saudade em Londrina (PR), que analisa os espaços cemiteriais como um lugar de disputa de memórias e de representações sobre a vida e da morte. Com o tema Fé e transformações: memórias sobre a vida religiosa feminina no Brasil a partir dos anos 1960, Caroline Jaques Cubas aborda as memórias e experiências de vida religiosa na sociedade brasileira a partir da década de 1960, com o objetivo de compreender as transformações institucionais ocorridas na Igreja Católica. No artigo Representações do Feminino na Cartilha Caminho Suave, Miriã Noeliza Vieira analisa as imagens tradicionais das mulheres presentes nas Cartilhas Caminho Suave e contribui para a inclusão dos estudos de gênero na história. Nelson de Lima Junior, com o texto Trajetórias que (re) contam História: os brasiguaios na ocupação da gleba Santa Idalina em Ivinhema-MS (1984-1993), investiga a luta pela posse da terra na fronteira entre Brasil e Paraguai entre os anos de 1960 e 1980. No artigo Os estádios da memória: Jorge Montealegre e o relato da prisão política no Chile pósPinochet, Maurício Marques Brum analisa o livro Frazadas del Estadio Nacional (2003), de Jorge Montealegre, o qual contém as memórias e as experiências da prisão desse escritor chileno durante a ditadura de Pinochet no Chile. Finalizando o Dossiê, Felipe Paiva, no texto Imagem e resistência na África: Nelson Mandela e o contexto de libertação sul-africano, respalda-se no discurso imagético para discutir o conceito de resistência e problematizar as tendências historiográficas que abordam as ações e iniciativas anticoloniais no continente africano.
Na Seção Livre deste número da Revista Escritas, o texto de Ana Eugênia Nunes de Andrade, intitulado Na seção Imprensa de Pouso Alegre / MG na batuta da política republicana, trata as dinâmicas sociais do comércio na cidade mineira de Pouso Alegre nas primeiras décadas do século XX, a partir da interpretação dos anúncios publicados no jornal Correio Sul-Mineiro. Guilherme Machado Nunes, com o artigo O operariado fabril e a lei de férias: a greve de janeiro de 1929 em Porto Alegre, estuda a greve operária ocorrida em janeiro de 1929 em Porto Alegre, com a finalidade de discutir a luta trabalhista neste contexto histórico. Ana Paula Oliveira de Jesus, com o tema O aldeamento dos índios Guerens do Almada face aos desígnios da política indigenista de 1755 a 1815 (Vila de Ilhéus), investiga a situação do aldeamento dos índios Guerens na Vila de ilhéus, entre o final do século XVII e início do XVIII. Igualmente tratando da questão indígena, no artigo Da letra da lei às práticas coloniais: índios administrados e colonos na Capitania de Ilhéus, Rafael dos Santos Barros analisa a relação entre os Guerens e os capitães-mores no Brasil, durante a primeira metade do século XVIII, bem como as estratégias usadas por essa etnia indígena para negociar com a Coroa portuguesa. No artigo Presidente Médici: a invenção de um autor, Felipe Menezes Soares analisa textos assinados por Emílio Garrastazu Médici no período em que esse militar atuou na presidência do Brasil (1969-1974), buscando ver as subjetividades e os interesses políticos-institucionais que orientaram a produção discursiva desse presidente. Os autores Julio César dos Santos e Luciene Aparecida Castravechi realizam Uma análise historiográfica de Quentin Skinner em sua obra “Hobbes e a liberdade republicana” e buscam compreender a narrativa e a abordagem teórico-metodológica desse teórico. Jaime Fernando dos Santos Junior, no artigo A medicalização do corpo político: a análise médica como método do debate político em diapoliteia de John Rogers, aborda uma das mais importantes analogias da cultura política européia da Idade Moderna, a qual relacionava a imagem do corpo natural ao corpo político.
Contamos ainda, nesta Edição, com a resenha A presença da guerra na literatura e na memória da Alemanha pós-Segunda Guerra Mundial de Rodrigo Conçole Lage sobre a obra intitulada Guerra aérea e literatura, elaborada pelo escritor judeu alemão Winfried Georg Maximilian Sebald.
Boa leitura.
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