A Dimensão Biográfica como Processo de Formação e de Compreensão de Si e do Mundo | Educar em Revista | 2021
Detalhe de capa de Einstein- uma biografia, de Jürgen Neffe
Narrar a experiência supõe agenciar temporalmente a experiência, encontrar as palavras para dizer e configurar os momentos e períodos de vida em uma história. Assim, para que os processos de compreensão e de formação de si possam emergir, a experiência deve se tornar dizível e, posteriormente, formar uma unidade histórica que pareça verdadeira e completa do ponto de vista do narrador. Essa passagem da experiência à linguagem, das palavras aos textos, do discurso à narrativa supõe que o narrador se volte para sua experiência, agencie-a temporalmente e configure-a logicamente a fim de que uma coerência surja pelo trabalho de escrita de si. O processo pelo qual a experiência emerge do trabalho no e para o texto se acompanha de um movimento: o de uma dinâmica, a da compreensão, que se inicia pela disposição, em escala individual, do vivido em uma narrativa e se desdobra quando as narrativas biográficas acessam a comunidade.
O exame dos processos pelos quais o narrador, configurando sua experiência no momento de dispor os elementos em uma narrativa, produz fenômenos de compreensão em escala individual e coletiva constitui o eixo principal deste dossiê. Como mostrou Baudouin (2010) a partir da noção de “prova autobiográfica” [épreuve autobiographique], as narrativas autobiográficas, biográficas, de vida correspondem a um gênero de textos cuja força provém da expressividade inerente à experiência vivida, que encontra espaço para ser dita no decorrer da escrita de si. Essa dimensão foi caracterizada exemplarmente por Bakhtin (1984) na obra “Estética da criação verbal”. A narrativa de si é, com efeito, regida por uma força, a do “querer dizer”, que deve, para acontecer, compor com as estruturas da linguagem e as leis de composição da narrativa.
Desse ponto de vista, a atividade narrativa aparece estruturada por três dinâmicas: a experiência, que passa pela linguagem; o ato de colocar em palavras, que emerge por meio dos recursos da língua; os procedimentos mesmos de composição, regidos pelo espaço de troca possível para a socialização das narrativas. Com o intuito de apreender essas dinâmicas, as dimensões temporais se mostram determinantes: temporalidades do ato de colocar em palavras, períodos de tempo assimilados no momento da narração, ruptura e continuidade da experiência nas narrativas biográficas e autobiográficas, tempos concedidos para a escrita e a expressão da narrativa, distância temporal que separa os momentos vividos daqueles que procedem de sua disposição em uma narrativa.
O objeto deste dossiê é examinar as dinâmicas tensionais entre as temporalidades da narrativa, os efeitos da narração e os processos de compreensão derivados.
Os desafios para as ciências humanas e sociais e, em particular, para as ciências da educação são importantes. Os estudos biográficos e autobiográficos, as narrativas de vida, as narrativas e as biografias educativas ganharam uma importância crescente no cenário educativo e em outros campos do conhecimento, tanto no Brasil quanto em outros lugares do mundo. Do nascimento à morte, a atividade narrativa estrutura os modos de compreensão e participam da orientação em uma história – e é assim que a história do indivíduo singular atribui sentido à realidade na qual ele está inserido.
A experiência adquirida, como dizem Schutz e Luckmann (2009), articula-se sempre de maneira biográfica. Ora, a estrutura de nossos conhecimentos biográficos depende da perspectiva do presente e da emergência da experiência atual, que tende a revisar as estruturas existentes. É pela inscrição social que o indivíduo interpreta suas experiências. A vida humana comporta então diferentes etapas: no universo do trabalho, na família, no círculo de amigos, no ambiente dos lazeres, do ócio etc. Entretanto, criamos um conceito de vida superior, uma biografia que reúne todas as esferas distintas e lhes dá um sentido total (SCHUTZ, 2018, p. 19).
Peter Berger e Brigitte Berger, no artigo “Socialização, como ser um membro da sociedade”, afirmam que nossa experiência social começa desde o nosso nascimento. Esse evento grandioso, que representa a entrada em um mundo infinitamente rico de experiências, é nomeado pelos autores de socialização e constitui uma parte essencial do processo de humanização, refletindo nossas interações com nós mesmos e com os outros, mediadas pela língua, pela cultura, pelos símbolos etc. O mundo social, com sua multiplicidade de significações, começa a se interiorizar no indivíduo, em uma atitude sempre reflexiva, em um processo que não termina nunca.
Para os autores, “a socialização conecta o microcosmo [o indivíduo] ao macrocosmo [a sociedade]. De início, habilita o indivíduo a ligar-se a determinados outros indivíduos; após isso, torna-o capaz de estabelecer contato com um universo social inteiro. Para o bem ou para o mal, a própria condição humana traz consigo esse tipo de relacionamento numa base vitalícia” (BERGER, P.; BERGER, B., 1977, p. 214).
O projeto epistemológico das histórias de vida em formação e da pesquisa biográfica visa assim a abrir espaços para que, mediante o trabalho narrativo, uma dinâmica de formação possa emergir e participar do processo pelo qual o indivíduo reconhece, por si mesmo, sua capacidade de se formar e de produzir saber, por intermédio das experiências de vida que ele encontra, atravessa, por vezes vive sob o modo da prova [épreuve]. No âmbito da pesquisa, a narrativa de si pode ser considerada como um meio de investigação, em primeira ou segunda pessoa, permitindo caracterizar os processos de construção de si ao apreender as temporalidades e as dimensões longitudinais das dinâmicas de individuação e das interações entre o indivíduo e o mundo social. Essa investigação pode igualmente se interessar pelos modos de se dizer em diferentes contextos linguageiros, sociais, culturais, simbólicos e também materiais, nos quais a experiência é vivida e interpretada.
A biografia constitui, atualmente, um campo multirreferencial, um paradigma específico das ciências humanas e sociais. A biografia e a sociedade constituem a razão de ser da sociedade biográfica, que se reflete na relação do indivíduo com o mundo. Esse campo revela como os indivíduos moldam suas experiências, como agem para produzir e reproduzir a realidade social.
É essa conjunção do indivíduo e do social na atividade biográfica que permite ao indivíduo inscrever-se no mundo da vida e participar da estruturação das estruturas de pertinência que tornam possível a edificação do mundo social e fundam as situações biográficas em escala individual e coletiva (SCHUTZ, 2018).
Logo, as narrativas biográficas são não somente constitutivas da emergência de uma identidade individual e coletiva, mas também indispensáveis para a compreensão de uma sociedade e de seus valores culturais (DILTHEY, 1910, p. 235 apudALTHEIT, 2019, p. 45). A autobiografia é a apreensão e a interpretação da própria vida. Aqui, o eu apreende seu curso vital de tal maneira que essa compreensão se estende a um quadro histórico; e somente o fato de que ela se apoia na experiência e a torna compreensível a partir dessa profundidade mesma, e de suas relações com o mundo, fornece seus limites, mas também seu sentido (DILTHEY, 2010, p. 184).
Este dossiê comporta dezoito artigos e uma entrevista, de autores reunidos em torno de uma temática orgânica, que deu lugar a diversos estudos, parcerias, reflexões e encontros acerca de um campo heterodoxo, pois atravessado por contribuições de diversos campos disciplinares, como a educação, a história, a sociologia, a antropologia, a saúde etc. Como dito anteriormente, os elementos estruturantes do dossiê se organizam em torno dos processos de compreensão de uma ciência do vivido, por meio do vivido, do refletido, do narrado e também do escrito e do interpretado.
Os dezoito artigos que compõem este dossiê estão reunidos em quatro eixos. A última seção comporta três artigos propostos por pesquisadores franceses. O dossiê termina com uma entrevista com o professor Gaston Pineau. Os quatro eixos são repertoriados da seguinte maneira: Biografias, aprendizagens e temporalidades; Biografias a partir de uma perspectiva autorreparadora; Abordagem metodológica no estudo de biografias e narrativa; Estudos autobiográficos, experiências de formação e docência.
Primeiro eixo: Biografias, aprendizagens e temporalidades. Os autores discutem a maneira pela qual a formação pode ser compreendida enquanto um processo biográfico que não se limita às formas institucionais. Ela engloba um conjunto complexo de experiências cotidianas acumuladas na história de uma vida, com todos os eventos que a atravessam. Sem biografia, não há aprendizagem, assim como tampouco há aprendizagem sem atividade narrativa e enfoques biográficos (ALTHEIT; DAUSIEN, 2019, p. 19).
Nesse eixo, no artigo “Pesquisaformação narrativa (auto)biográfica: da tessitura de fontes aos desafios da interpretação hermenêutica ”, os autores constroem sua argumentação sob a perspectiva de uma metanarrativa, retomando o que foi contado durante dez anos e o que é contado no momento atual da pesquisa, visando a “identificar as permanências insistentes e as reinvenções produtivas, com o objetivo de tematizar a abordagem da pesquisa e da formação (auto)biográfica narrativa, a saber, como na discussão proposta por Delory-Momberger, a produção de fontes narrativas e a compreensão hermenêutica”.
No artigo “Memoriais e narrativas na formação de educadores da saúde: escritas de si, acompanhamento e mediação biográfica”, os autores, ancorados nos princípios da pesquisa (auto)biográfica e da utilização dos memoriais, abordam as questões ligadas ao processo de acompanhamento, suas interfaces com os seus próprios escritos e os dispositivos de pesquisa-formação mobilizados pela redação dos memoriais de três educadores no campo da formação da saúde.
O artigo “Narrativa, experiência e formação: o diálogo com as crianças na constituição do tornar-se professora” é fruto de uma pesquisa doutoral e toma como objeto heurístico o estudo das narrativas de um professor da educação infantil e das séries iniciais do ensino fundamental de um estabelecimento público municipal, a fim de discutir a constituição do ensino como processo que se desenvolve na relação com as crianças. Ainda na perspectiva da aprendizagem como empreendimento biográfico e de autoformação, o artigo “Aprendizagens do ‘tornar-se’, das experiências formadoras e da visibilidade: aproximações entre autobiografias e educação” trata das aprendizagens biográficas mais significativas na constituição do tornar-se escritor, nas autobiografias literárias de Manuel Bandeira (1886-1968), Lêdo Ivo (1924-2012) e Ferreira Gullar (1930-2016).
Segundo eixo: Biografias a partir de uma perspectiva autorreparadora. O peso de certos marcadores sociais na construção biográfica é evidente. Os artigos problematizam a estruturação do espaço social, em seu jogo de posições objetivas e subjetivas desigualmente repartidas entre os sujeitos (BOURDIEU, 1989).
A produção de uma narrativa passa pelo filtro das “competências biográficas” do indivíduo, que são definidas, de certo modo, em função do lugar que ele ocupa no espaço das posições sociais. Os artigos “De cantor a maestro: viagens e horizontes auto(biográficos)” e “A ambição de ser o desejo do outro: escritas mestiças de uma família do subúrbio do Rio de Janeiro” exploram a dimensão da “palavra legítima”, tão bem elucidada por Bourdieu (1989) na teoria do campo social e da luta pela apropriação dos recursos, designados como capital econômico, capital social, capital simbólico e capital cultural.
O primeiro desses dois artigos explora a autobiografia de um músico do Piauí, afro-brasileiro e nordestino, como ele próprio se denomina. O texto trata das “invisibilidades” e das tensões decorrentes das diferenças e desigualdades, através das narrativas autobiográficas. No que concerne ao segundo, o artigo revela as narrativas da experiência mestiça não somente como uma produção de branqueamento, mas também como uma mise en scène de um estereótipo. Falar do interdito, dos silêncios, preenche também uma função de autorreparação presente na escrita.
Terceiro eixo: Abordagem metodológica no estudo de biografias e narrativa. Seja no âmbito da história ou da sociologia, os autores se concentram nas possibilidades de investigação a partir do material pulsante que constitui a narrativa do sujeito. Nos artigos “Paradigma indiciário: abordagem narrativa de investigação no contexto da formação docente” e “O paradigma indiciário na análise de narrativas”, os autores refletem sobre a contribuição do paradigma indiciário para a pesquisa em educação. Qual a contribuição do paradigma nos estudos das narrativas? Para os autores, o paradigma do índice constitui uma ferramenta potente de pesquisa e de formação, na qual a narrativa e o discurso constituem zonas privilegiadas para compreender e interpretar o que é opaco na realidade social.
O artigo “Biografia e temporalidades: prática historiográfica e o ensino de história” joga luz sobre certos aspectos do diálogo entre a história e a biografia, destacando os novos aportes teóricos e metodológicos que contribuem para revisitar seu emprego e produção no ensino de história.
O artigo “Reflexões conceituais e metodológicas sobre o ‘barroco’ das biografias”, situado no campo da sociologia, traz reflexões conceituais e metodológicas produzidas no âmbito da pesquisa consagrada à reconstituição sociológica da trajetória de uma mulher, trânsfuga de classe. A autora esclarece sua escolha teórico-metodológica evidenciando as críticas do campo sociológico ao método biográfico, sintetizadas no texto clássico “A ilusão biográfica” de Pierre Bourdieu, bem como reconhecendo essa discussão fundadora para o campo e sua necessária relativização segundo as diferentes maneiras de fazer pesquisa.
Quarto eixo: Estudos biográficos, experiências de formação e docência. Esses estudos, no seio da profissão docente, ilustram um movimento mais amplo, que reflete a necessidade de dar visibilidade a experiências singulares, fazendo reaparecer o sujeito singular no universo social e histórico que o envolve (NÓVOA, 2013, p. 18).
Pierre Dominicé (apudNóvoa, 2013) destaca a fecundidade das narrativas de vida e dos estudos autobiográficos na produção de um outro saber, do ponto de vista da pesquisa-formação, para uma melhor compreensão dos sujeitos e de suas práticas.
Nesse espectro, os artigos “Memória, identidade e docência: recordações-referência de professores iniciantes na educação superior” e “Como eu vou fazer pesquisa sozinha? O processo de inserção na pós-graduação evidenciado nas narrativas de uma professora” tratam, a um só tempo, das referências da memória do docente e das narrativas do educador que revelam o processo de institucionalização através de um longo processo de aprendizagem, refletido nas situações de trabalho.
O artigo “Fios de memória… sobre possibilidades de escrita de si e invenção de mundos”, junto a outras imagens de referência, tece a escrita de sua vida, com pequenos fragmentos de lembranças e memórias, “como bricolagem de experiências e produção de possíveis, e não como desvelamento de sentidos escondidos no passado”. O artigo “Temporalidades na vida e autoformação de uma professora-pesquisadora” trata de uma pesquisa-formação que privilegia a dimensão do tempo nesse processo, a partir de um paradigma antropofísico na constituição da identidade de ensino, e reconstitui a vida no binômio conhecimento e sabor. O artigo “Na escuta de estudantes-professoras: entre lembranças e miudezas, retratos de formação estética” é igualmente uma pesquisa-formação, que se concentra na formação estética dos docentes. Os dois artigos estão inscritos na dimensão das abordagens de si (biográficas) e de uma educação das sensibilidades, já que nos proporcionam elementos da dimensão do sensível, ligados à experiência olfativa e estética.
Uma quinta parte reúne três artigos de pesquisadores franceses. Esses três textos abordam três aspectos distintos da pesquisa biográfica contemporânea. O texto de Christine Delory-Momberger interroga as formas contemporâneas da narrativa de si e contribui, assim, para deslocar o questionamento formulado por Bourdieu (1986), que denunciava, então, a fatuidade das abordagens biográficas como meio de compreensão de si e do mundo. A reflexão proposta, que se inicia a partir dos trabalhos sobre a “condição biográfica” (DELORY-MOMBERGER, 2010) e que se completa por meio de questões sobre a condição da narrativa na era da sociedade biográfica, apreende segundo uma perspectiva longitudinal e histórica os deslocamentos sucessivos da narrativa de si no interior do espaço social contemporâneo.
Um segundo texto é em seguida proposto por Alex Lainé, que apresenta de maneira concreta o trabalho narrativo convocado durante sessões de história de vida em formação. Ele permite apreender, conjuntamente, as dimensões éticas, as práticas concretas e as temporalidades dos efeitos da narração sobre as dinâmicas de formação em escala individual e coletiva.
O terceiro texto traz um tipo de narrativa particular, de pacientes confrontados ao acontecimento-doença. Martine Janner Raimondi examina de maneira detalhada e precisa o leque de temporalidades compreendidas pela atividade narrativa na área da saúde, especialmente durante as experiências do sofrer, cuja uma das características é nomeadamente a de produzir rupturas de antecipação e formas de desaceleração confinando na dilatação da expectativa de ordem existencial.
Finalmente, a entrevista com Gaston Pineau, último texto proposto para este dossiê do periódico Educar em Revista, intitulada “Conquistar seu tempo pela formação dos ritmos de sua própria vida”, permite apreender segundo uma perspectiva biográfica e sócio-histórica os trabalhos pioneiros e fundadores para pensar o tempo na formação de adultos (ABELS-EBER, 2010). Ao longo da entrevista, Gaston Pineau considera, com efeito, seus trabalhos sobre o tempo a partir de uma perspectiva genealógica, o que permite compreender como suas pesquisas sobre o tempo contribuíram para edificar o paradigma das histórias de vida em formação e da pesquisa biográfica em educação.
O conjunto de textos propostos oferece ao leitor uma perspectiva interdisciplinar e internacional para compreender certas problemáticas a partir de contextos profissionais, como os da pesquisa em ciências humanas e sociais, do ensino, da formação de educadores, da formação de adultos, da saúde e do cuidado, para pensar as práticas narrativas e a pesquisa biográfica em educação e formação. Nesse sentido, a narração biográfica é pensada segundo uma perspectiva antropológica ou, mais precisamente, antropoformadora (PINEAU, 1989). Efetivamente, se a experiência requer ser pensada e expressa de acordo com esquemas temporais que prefiguram a narração de si, como destaca Delory-Momberger (2019, p. 49), a biografia pode ser definida como uma categoria de experiência que permite ao indivíduo, levando em conta sua inscrição sócio-histórica, integrar, estruturar, interpretar as situações e os eventos do vivido.
Seja a autobiografia um modelo de estruturação e configuração a partir do qual as ciências humanas podem construir uma abordagem global dos indivíduos em seu espaço sócio-histórico (DILTHEY, 2010), seja a narração autobiográfica o lugar de emergência de uma identidade pessoal e de uma compreensão da experiência e do mundo (RICOEUR, 2010), de todo modo, a narração autobiográfica é uma tentativa de dar sentido à vida. Pode-se dizer que a autobiografia estrutura nossa vida. É o que mostra, segundo diferentes aspectos, a partir de diferentes contextos, em função de diferentes abordagens metodológicas, o conjunto de textos que constituem este dossiê.
Tradução de Pedro Gomes Dias Brito. E-mail: pedrogomesdb@gmail.com
Referências
ABELS-EBER, Christinne (dir.). Gaston Pineau: trajet d’un forgeron de la formation: Regards croisés de compagnes et compagnons de route. Paris: L’Harmattan, 2010. [ Links ]
ALHEIT, Peter. Biographie (Sociologie). In: DELORY-MOMBERGER, Christine (dir.). Vocabulaire Des Histoires de Vie et de la Recherche Biographique. Toulouse: Érès, 2019. p. 44-47. [ Links ]
ALHEIT, Peter; DAUSIEN, Bettina. Apprentissage Biographique. In: DELORY-MOMBERGER, Christine (dir.). Vocabulaire Des Histoires de Vie et de la Recherche Biographique. Toulouse: Érès, 2019. p. 19-22. [ Links ]
BAKHTINE, Mikhaïl. Esthétique de la création verbale. Paris: Gallimard, 1984. [ Links ]
BAUDOUIN, Jean-Michel. De l’épreuve autobiographique. Berne: Peter Lang, 2010. [ Links ]
BERGER, Peter; BERGER, Brigitte. Socialização: como ser um membro da sociedade. In: FORACCHI, Marialice Mencarini; MARTINS, José de Souza. Sociologia e Sociedade. São Paulo: LTC, 1977. p. 200-214. [ Links ]
BOURDIEU, Pierre. L’illusion biographique. Actes de la Recherche en Sciences Sociales, Paris, v. 62-63, p. 69-72, jun. 1986. [ Links ]
BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand, 1989. [ Links ]
DELORY-MOMBERGER, Christine. La condition biographique. Essai sur le récit de soi dans la modernité avancée. Paris: Téraèdre, 2010. [ Links ]
DELORY-MOMBERGER, Christine (dir.). Vocabulaire Des Histoires de Vie et de la Recherche Biographique. Toulouse: Érès, 2019. [ Links ]
DILTHEY, Wilhelm. A construção do mundo histórico nas ciências humanas. São Paulo: Editora UNESP, 2010. [ Links ]
NÓVOA, António. Vida de Professores. Porto, Portugal: Porto Editora, 2013. [ Links ]
PINEAU, Gaston. La formation expérientielle en auto-, éco- et coformation. Éducation permanente, Paris, n. 100-101, p. 23-31, 1989. [ Links ]
RICOEUR, Paul. Tempo e Narrativa – A intriga e a narrativa histórica. São Paulo: Martins Fontes, 2010. [ Links ]
SCHUTZ, Alfred; LUCKMANN, Thomas. Las estruturas del mundo de la vida. 2. reimpressão. Buenos Aires: Amorrortu, 2009. [ Links ]
SCHUTZ, Alfred. A construção significativa do mundo social: uma introdução à sociologia compreensiva. Petrópolis, RJ: Vozes, 2018. [ Links ]
Organizadores
Maria Amália de A. Cunha – Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Educação. Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. E-mail: amalia.fae@gmail.com – https://orcid.org/0000-0002-0233-3883
Hervé Breton – Université de Tours. Tours, France. E-mail: herve.breton@univ-tours.fr https://orcid.org/0000-0003-3536-566X
Referências desta apresentação
CUNHA, Maria Amália de A.; BRETON, Hervé. Apresentação. Narrativas biográficas, temporalidades e hermenêutica do sujeito. Trad. Pedro Gomes Dias Brito. Educar em Revista. Curitiba, v. 37, 2021. Acessar publicação original [DR]