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Uma ocorrência recorrente: bienais e exposições periódicas de arte contemporânea/ MODOS. Revista de História da Arte/2021
Após aproximadamente um ano da publicação da chamada de artigos para este dossiê, a pandemia da Covid-19 no Brasil atinge marcas desastrosas para o país, adensando uma crise que também afeta de maneira dramática o setor da cultura. Adiada para setembro de 2021, a 34ª Bienal de São Paulo pode ter as datas da sua inauguração alteradas mais uma vez, ampliando ainda mais um hiato que pode se igualar àquele de 1998-2002, causado na época pela polêmica ‘Mostra do Redescobrimento’. Aqui, mas também no exterior, não temos ouvido por parte das instituições promotoras de bienais e outras exposições periódicas de arte contemporânea, reflexões críticas acerca do cenário atual e dos desafios para o futuro das megaexposições1. No passado recente, a experiência de crises institucionais levou agentes culturais e curadores a repensarem o esvaziamento desses eventos. Em 2008, Ivo Mesquita chegou a propor uma ‘quarentena’ durante a 28ª Bienal de São Paulo, organizando uma exposição ‘arquivística’, acompanhada por uma série de encontros e debates para discutir o modelo bienal e propor reformulações à Fundação Bienal de São Paulo. No entanto, essas propostas de se repensar o modelo das bienais acabaram sendo deixadas de lado, e uma vez superada a crise, o sistema retornou ao seu funcionamento habitual. A crise atual sendo sem precedentes, o retorno à ‘normalidade’ pode ser quimérico, e o futuro das exposições é uma questão em aberto, que exigirá novas problematizações. Leia Mais