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Uma breve história do século XX – BLAINEY (MB-P)
BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do século XX. 2 ed. São Paulo: Editora Fundamento Educacional, 2010. Resenha de: [Autoria não identificada]. Marinha do Brasil/Proleitura, 2016/2017.
Em Uma breve história do século XX, o autor descreve de forma empolgante um período que ficou para a história. A primeira vista, a separação entre história mundial e a história do século XX, pode causar uma sensação desconfortável, mas esse foi o século com maior material humano e que exerce maior influência direta na vida cotidiana, tendo em vista que nele ocorreram duas guerras mundiais, a ascensão e queda dos países comunistas, a maior crise econômica mundial, o ressurgimento do Fundamentalismo Islâmico, a bipolarização do mundo, a luta pelos direitos femininos e o uso do petróleo como matriz energética predominante no mundo. Com toda a certeza, o século XX é um período fundamental para entender o mundo que nos cerca hoje. Para isso, o autor divide o livro em três partes para descrever todos estes eventos.
Na primeira parte ele conta sobre como foi o início do século, período em que havia um clima de otimismo na civilização ocidental em relação ao seu futuro. Esperava-se mais desse período do que jamais se havia esperado de outros. Tanto havia sido conquistado no século anterior, que parecia sensato acreditar que dali em diante os êxitos do mundo em muito superariam os desastres. A vida da população melhorava, a fome diminuía e a expectativa de vida começava a aumentar. Entretanto, os impérios europeus pareciam poderosos e continuavam ávidos por expansão.
Na segunda parte, o autor registra diversos acontecimentos importantes ocorridos durante o século XX. Como o aparecimento de inventores experientes, principalmente quando envolviam questões materiais, como armas e remédios, além das duas guerras mundiais que assolaram o mundo e a crise de 1929. Vários problemas atingiam as principais nações europeias no início do século XX. Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colónias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas das Grandes Guerras.
Durante a Primeira Guerra Mundial, a economia norte-americana estava em pleno desenvolvimento. As indústrias dos EUA produziam e exportavam em grandes quantidades, principalmente, para os países europeus. O resultado da Primeira Guerra Mundial foi consequência da produtividade industrial dos países envolvidos. Após a guerra o quadro não mudou, pois os países europeus estavam voltados para a reconstrução das indústrias e cidades, necessitando manter suas importações, principalmente dos EUA. A situação começou a mudar no final da década de 1920. Reconstruídas, as nações europeias diminuíram drasticamente a importação de produtos industrializados e agrícolas dos Estados Unidos, o mundo passou pelo momento mais negro do capitalismo mundial, a quebra da bolsa de Nova Iorque (1929).
A segunda parte do livro encerra com a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), conflito que envolveu diretamente a quase totalidade dos países. Pode-se dizer que vários fatores influenciaram o início deste conflito que se iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia. Entretanto, ressalta-se como fator mais importante o surgimento de governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes, inclusive reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerra. Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini com poderes sem limites. Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas, uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e com planos de conquistas elaborados em comum acordo.
2 A partir do fim da Segunda Guerra Mundial, inicia-se a última parte do livro, aonde o autor descreve o início da nova ordem mundial, o mundo bipolarizado. As divisões das áreas geográficas de influência do bloco soviético e do bloco estadunidense. A bipolaridade regeu as relações internacionais e o mundo conheceu uma verdadeira revolução científica e tecnológica, fomentada pela competição entre as economias comunista e capitalista.
Além disso, o autor ainda apresenta na terceira parte do livro um panorama de alguns países de maneira mais isolada, como o caso da China que passou por sua Revolução sob o comando de Mao Tsé-Tung, tomando-se uma nova potência comunista. Conta sobre a Guerra Fria, a ordem bipolar permaneceu até a queda do bloco soviético, incapaz de manter sua economia com os altos gastos provenientes da corrida armamentista. Os momentos finais da ordem bipolar foram simbolizados pela queda do muro de Berlim (1989) e o fim da União Soviética (1991). A hegemonia capitalista passa a dominar o mundo de fins de século XX. Além de contar sobre alguns fatos de cunho mais cultural, como a popularização do cinema, da televisão, do computador e das competições esportivas internacionais.
Autoria não identificada