Tecnologías Ancestrales: Arqueología de la Diáspora Africana en Sudamérica | Revista de Arqueología Histórica Argentina y Latinoamericana | 2021

Es por esto que, mientras han intentado quitarnos nuestra lengua, nuestras costumbres, no quitaron nuestra relación con el cosmos. No quitaron nuestra sabiduría (…). Mismo que nos quemen lo escrito, no queman la oralidad, mismo que quemen los símbolos, no queman los significados, mismo que quemen los cuerpos, no queman la ancestralidad. Pues nuestras imágenes son también ancestrales (Antônio Bispo dos Santos, 2018)

La idea de organizar un dossier con dos volúmenes sobre arqueología de la diáspora africana en Sudamérica surgió en 2017. No lo hicimos antes debido a los muchos compromisos de docencia e investigación que nos imponen el mundo burocrático y rutinario (desencantado, lo diría Weber) de las universidades. Lo que motivó a mí y a los editores de la RAHAYL fue la consciencia de que, no obstante el rol central que la diáspora africana ha tenido en la vida sudamericana, las investigaciones arqueológicas sobre el tema son todavía escasas. Brasil es hoy el país que más concentra investigaciones en el área. Esto se refleja en el primero volumen de nuestro dossier, compuesto por cuatro artículos de arqueólogos y arqueólogas de Brasil. El segundo volumen, con todo, traerá una mayor diversidad continental, contemplando investigaciones de otros países de Sudamérica. Leia Mais

Formação de Professores: tecnologias e educação a distância | EmRede – Revista de Educação a Distância | 2016

Prezado(a) Leitor(a),

O volume 03 da Revista EmRede traz o dossiê Formação de Professores – tecnologias e educação a distância. Quando pensamos este dossiê, imaginávamos estas duas temáticas como essenciais à pesquisa sobre educação a distância no contexto hoje vivido pelo Brasil. Contudo, fomos surpreendidos pela preponderância do tema Tecnologias e EaD, o que explica seu destaque nos artigos aqui publicados.

Assim, os cinco primeiros artigos desse número da Revista EmRede têm o professor como foco. O primeiro artigo discute a influência da dimensão tecnológica das IES no desenvolvimento de competências docentes para a EaD. O segundo artigo faz um levantamento sobre as motivações de professores de Línguas Estrangeiras num curso na modalidade a distância. Já o terceiro apresenta os desafios e avanços dos professores quando há uma inversão da lógica da aprendizagem na sala de aula, utilizando-se ferramentas de EaD. O quarto artigo traz uma análise dos desafios enfrentados por professores e alunos no processo ensino-aprendizagem em um curso de graduação a distância. O último artigo dessa seção mostra como é necessário a intervenção ativa do professor-tutor num curso a distância para que ocorra a autonomia da aprendizagem de estudantes no que se refere à significação e à contextualização do conhecimento. Leia Mais

Humanismo, Tecnologias e Políticas em EaD | EmRede – Revista de Educação a Distância | 2016

Buscando dar continuidade ao seu objetivo principal, a Revista EmRede divulga a produção científica de grupos de pesquisa nacionais e internacionais vinculados às instituições de ensino que trabalham com Educação a Distância, propiciando um espaço de reflexão para as práticas e experiências de inserção da modalidade a distância nas instituições de ensino.

Em atendimento a sua proposta de criação, este número apresenta diversos trabalhos que foram originalmente apresentados no XIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância (ESUD), e no II Congresso Internacional de Ensino Superior a Distância (CIESUD), cujo foco era Humanismo, Tecnologias e Políticas em EaD. Com apoio da Comissão Científica do congresso, selecionamos os trabalhos que ali se destacaram e enviamos convites aos autores para que pudessem reformular e atualizar seus textos, adequando-os aos padrões da Revista EmRede. Da mesma forma, enviamos convites a todos os palestrantes, para compor a seção Artigos convidados. Leia Mais

Sujeitos, políticas, tecnologias e processos EmRede: produções do ESUD 2014 | EmRede – Revista de Educação a Distância | 2015

Prezado(a) Leitor(a),

Há sempre um desafio inerente ao ato de prefaciar uma obra: escrever por último o que será lido primeiro. Aqui não é diferente. Nessas breves linhas, tenho o dever editorial de amalgamar o laborioso e gratificante trabalho de chamada de autores, recepção de textos, distribuição a revisores, análise, conferência, reanálise, editoração e publicação.

Os textos que compõem este volume têm origem na chamada de trabalhos para apresentação no XI Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância – ESUD 2014, ocorrido entre os dias 5 a 8 de agosto de 2014 na cidade de Florianópolis, Santa Catarina. À altura, a Associação Universidade em Rede (UniRede), organizadora do Congresso e responsável pela edição da Revista EmRede, empenhou-se na reunião de manuscritos que foram apresentados no Congresso e avaliados por um renomado Comitê Científico. Daquele conjunto, os manuscritos mais bem avaliados foram selecionados para a submissão à Revista EmRede, a partir de uma adaptação conforme as normas editoriais do periódico. Leia Mais

Ciências, Tecnologias, Sociedades / Tempos históricos / 2009

Os dois primeiros termos que conformam a temática do dossiê Ciências, Tecnologias, Sociedades, que corresponde ao volume 13, número 2, da Revista Tempos Históricos, só tão usuais no cenário das sociedades atuais que tendem, ás vezes, a tornarem-se sinônimos da contemporaneidade. De meados do século XIX, quando começa a se esboçar o advento da Revolução Científico-Tecnológica, mais comumente denominada Segunda Revolução Industrial, ao século XXI no qual vivemos ainda em meio as incertezas dos caminhos da chamada Revolução Informacional, ou Terceira Revolução Industrial, o mundo sofreu intensas transformações, comumente creditadas ao avanço das ciências e das tecnologias.

A aplicação das descobertas científicas e das novas tecnologias ensejadas por estas, nos processos produtivos, no combate ás doenças, na produção e conservação de alimentos, na captação, transmissão e distribuição de informações, nas formas e equipamentos de lazer, para ficar em alguns exemplos, parece traçar um caminho inexorável no progresso das sociedades contemporâneas. Porém, se as ciências e as tecnologias contribuem no sentido de melhorar a vida de muitos de nós, não podemos esquecer que elas também servem como instrumento de sustentação de práticas destrutivas, que se servem do conhecimento e do aparato científico-tecnológico- ou dos possíveis usos que se possa fazer dele- para provocar destruição e morte. Bons exemplos disto são as recentes guerras ao terror envolvendo os Estados Unidos da América e nações identificadas por esse contentor e seus aliados, como pertencentes ao eixo do mal. Justificadas pelo uso que se poderia fazer de armas químicas e bacteriológicas, não conseguem esconder interesses expansionistas e a necessidade de domínio estratégico, seja de territórios, seja de matérias-primas fundamentais à sustentação da sociedade de consumo.

Vivemos assim, tempos históricos demarcados pela força social de diferentes ciências e tecnologias, força esta que tanto pode potencializar mudanças positivas, individuais ou coletivas, quanto pode atuar de forma a permanecer conservadora de privilégios, estabilizadora ou mesmo desagregadora. Neste sentido é fundamental a compreensão da historicidade das relações que entrelaçam ciências e tecnologias com as sociedades contemporâneas; os movimentos destas na tentativa de moldá-las e controlá-las para atender interesses diversos e muitas vezes conflitantes; o papel dos sujeitos, das instituições, das práticas, dos procedimentos na constituição dos conhecimentos e sua aplicação. Longe de tomar o partido da ciência e da tecnologia como símbolos do progresso, parte-se do princípio de que estas são produtos da cultura, frutos muitas vezes de disputas e tensões, e como tal são modeladas enquanto teoria e prática.

Tal entendimento parece-nos ser o eixo agregador dos trabalhados aqui apresentados. Deste modo estes, apesar de diferenças em torno de objetos, referências teóricas, metodologias, estilos e ênfases, procuram deslindar e compreender as relações culturais- não desprezando é certo, outras relações como as políticas e econômicas- que marcam emergências, transformações, disputas e impasses, entre produção de conhecimento científico-tecnológico e sociedades em contextos históricos variados.

Quatro artigos formam o dossiê “Ciências, Tecnologias, Sociedades. Foram escritos por autores que, se por um lado espelham o eixo comum da formação nos limites da disciplina histórica, por outro demonstram em seus artigos a diversidade de possibilidades interpretativas que o tema enseja.

O artigo que abre o dossiê “ A ‘Viagem de Aperfeiçoamento Técnico’ de José Bonifácio e Manuel Ferreira da Câmara pelas regiões mineiras da Europa central e setentrional (1790-1800) ”, de Alex Gonçalves Varela, apresenta aos leitores uma reflexão a partir de uma documentação pouco conhecida, ou seja, os manuscritos de José Bonifácio de Andrada e Silva e Manuel Ferreira da Câmara. Personagens conhecidos na História do Brasil, mais comumente por seus perfis de homens públicos e atuação no período da Independência do Brasil, os autores mostram nos manuscritos estudados uma faceta quase desconhecida: a de estudiosos e pesquisadores do mundo natural. Arregimentados pelo governo português, os ilustrados realizaram diversas viagens pela Europa setentrional e central, num período de dez anos, durante o qual visitaram escolas de minas e regiões mineiras e produziram reflexões sobre a administração das minas e diversos minerais até então desconhecidos. O objetivo de Varela é o de recuperar a História do empreendimento, destacando objetivos, locais percorridos, textos produzidos, desdobramentos para a trajetória dos estudiosos e a importância para o projeto reformista ilustrado político-científico do governo mariano que visava modernizar o Império português.

“Ciência médica e poliomielite no Brasil na primeira metade do século XX”, de André Luiz Vieira de Campos, é o segundo artigo a compor o dossiê. Neste, o autor analisa os dilemas de médicos, cientistas e autoridades sanitárias no Brasil, durante toda a primeira metade do século XX, diante da ameaça da poliomielite, doença infecciosa viral atualmente erradicada no Brasil, mas que ainda hoje é considerada endêmica, em alguns países, pela Organização Mundial da Saúde. O modelo explicativo da doença, hegemônico até o início da década de 1950, fundamentava-se nos métodos e procedimentos da bacteriologia e fora elaborado por Simon Flexner, na década de 1910. Tal modelo, segundo Campos, apresentava muitas fragilidades e, no Brasil, modelos diversos -que combinavam variáveis dos sistemas explicativos da contaminação e da configuração- serviam para explicar a doença e responder à ansiedade coletiva, especialmente em momentos epidêmicos. Tal dilema durou até a década de 1950, quando a bacteriologia elaborou um novo modelo e uma vacina eficaz para a doença.

Moema de Rezende Vergara em seu artigo, ”Ciência e território em uma revista literária nos primeiros anos da República”, o terceiro do dossiê temático, analisa como a questão do território- um dos mitos fundadores da nacionalidade brasileira- foi vista por cientistas e literatos, que escreveram na Revista Brasileira, em um período de instabilidade política, como foi o do início da República. Para a autora, os periódicos científico-literários do final do século XIX são fontes fundamentais para compreender a relação entre público e ciência, pois, muito provavelmente, era através destas publicações que os leitores tomavam conhecimento das atividades dos cientistas, bem como as revistas serviam para que a comunidade científica brasileira em formação soubesse das expectativas da sociedade. Neste sentido, defende que o tema do território nacional é privilegiado por permitir analisar como esta dupla determinação se articulou em um momento matricial do pensamento social brasileiro.

O artigo “Passa(n)do em Revista Polytechnica: na trilha das mulas… os (des)caminhos da modernidade paulista”, de Nelson Aprobato Filho fecha o dossiê, com uma reflexão sobre o processo de implantação e imposição para o país de um modelo tecnológico paulista. Buscando compreender e interpretar tal processo o autor utiliza como fontes, principalmente artigos publicados, no início do século XX, pela Revista Politécnica da Escola Politécnica de São Paulo. O Brasil, para os engenheiros que participaram da revista, era visto como um campo vasto, selvagem e lucrativo. Para eles, tudo estava em latência ou atraso aguardando a força da tecnologia para alcançar o progresso. Consequentemente, os ˙únicos capacitados para assumir semelhante empreitada seriam os engenheiros e a “modernidade” paulista. Contudo, inúmeros elementos rurais e coloniais existentes em todo o Brasil, inclusive em São Paulo, muitas vezes mostravam-se mais fortes do que as modernas tecnologias.

Yonissa Marmit Wadi– Doutora em História; Professora do CCHS e do Programa de Pós-Graduação em História da UNIOESTE. Pesquisadora do CNPq.


WADI, Yonissa Marmit. Introdução. Tempos Históricos, Paraná, v.13, n.2, 2009. Acessar publicação original [DR]

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