História Pública: as faces de Clio no cotidiano da sociedade | Faces de Clio | 2022

Luis Inacio Lula da Silva Imagem DW

Luís Inácio Lula da Silva | Imagem: DW

Ser pesquisador/a no Brasil nunca foi uma tarefa fácil. O país, que tradicionalmente sempre formou seus doutores no exterior, somente promoveu a alfabetização ampla e gratuita na segunda metade do século XX, sendo que as camadas de menor poder aquisitivo só tiveram real acesso às Universidades Federais há pouco mais de dez anos por meio, principalmente, da implementação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) como forma de ingresso a esses espaços até então reservados às elites. Segundo dados disponibilizados pela Casa Civil (2014, online), em 2004, “20% mais ricos representavam 55% dos universitários da rede pública e 68,9% da particular”. Esse dado impressionante só é sobreposto por outro ainda também exposto no texto: “acesso de estudantes pobres à universidade pública cresce 400% entre 2004 e 2013”.

As razões deste feito brasileiro estão intimamente associadas ao cenário político que, naquele momento, tinha como chefe da república um operário: Luís Inácio Lula da Silva. Ou somente, Lula. Integrante do Partido dos Trabalhadores, durante sua gestão (2003-2011) a maior parte da população brasileira teve acesso não só a bens de consumo, devido à valorização do real e tantas outras políticas econômicas, como também pode viver dignamente com acesso a saúde e educação de qualidade. Durante seu governo, conforme dados do Instituo Lula (2019, online), foram criadas 18 universidades federais e 173 campus universitários, sendo que de 2003 a 2014 o número de discentes passou de 505 mil para 932 mil. Leia Mais

Povos originários: histórias, culturas e resistências/Faces de Clio/2022

Ao olhar para a realidade latino-americana do tempo presente, pode-se perceber algumas urgências que emanam de processos de violência que se edificaram através da relação entre poder e colonialidade, que ecoaram durante as últimas décadas e se intensificaram na atualidade. Analisar questões que tocam diretamente ou indiretamente em assuntos relacionados aos povos originários nos espaços da academia requer uma série de considerações, principalmente porque a escrita como conhecemos através da cultura ocidental foi utilizada para construção de um imaginário que contribuiu significativamente para a desumanização, marginalização e violência contra esses povos durante a construção do Estado nação no Brasil. A historiografia a partir da década de 1970, especificamente através da Nova História Indígena, contribui significativamente para que outro olhar na produção da história em relação aos povos originários fosse possível. Leia Mais

Diplomacia Patrimonial: o patrimônio como mediador das relações internacionais | Faces de Clio | 2021

A Revista Faces de Clio, periódico discente vinculado ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), publica a sua 14ª edição com o dossiê temático “Diplomacia Patrimonial: o patrimônio cultural como mediador das relações internacionais”. O presente número reúne quinze trabalhos e uma entrevista: seis artigos vinculados ao dossiê, sete artigos livres e duas resenhas. A presente publicação possui diversos trabalhos pertencentes ao eixo Patrimônio e Relações Internacionais e que dialogam a partir da vinculação do patrimônio cultural, memória, poder e diplomacia.

Agradecemos a toda equipe da revista Faces de Clio que se compromete a cada edição para entregar o melhor produto para os leitores e autores que confiam suas pesquisas ao nosso periódico. Mesmo neste momento difícil de cortes de recursos na educação e na ciência, seguimos resistindo e publicamos esta edição, o quarto dossiê durante a pandemia do COVID-19. Estendemos nosso agradecimento aos pareceristas que nos auxiliam na avaliação dos artigos para publicação. Leia Mais