Outros 1922: Modernismos e modernidades no Brasil | Projeto História | 2022

Ilustracao de Jose Lins do Rego. Detalhe de Capa de Jose Lins do Rego em quadrinhos de Iranildo Buriti e Megaron Xavier Imagem Livraria Cultura
Ilustração de José Lins do Rego. Detalhe de Capa de José Lins do Rego em quadrinhos, de Iranildo Buriti e Megaron Xavier | Imagem: Livraria Cultura

É com imenso prazer que apresentamos o n.73 da Revista Projeto História, do Programa de Estudos Pós-Graduados em História da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. A temática do dossiê dessa edição abarca a rememoração dos 100 anos da Semana de Arte Moderna que se disseminaram pelo país, irradiando diferentes aspectos na literatura, música, artes visuais e outras importantes expressões.

Este número da Revista Projeto História é mais uma publicação que resultou das pesquisas cientificas de pesquisadores de outras universidades somadas as realizadas na PUC-SP, que se preocuparam em investigar questões tão pertinentes aos dias de hoje para qualquer disciplina, o que gera uma interdisciplinaridade. São olhares teóricos e simples sobre a modernidade de uma relevância representativa de um sistema cultural brasileiro. Leia Mais

Laboratorios en la selva: campesinos mexicanos/proyectos nacionales y la creación de la píldora anticonceptiva | Gabriela Soto Laveaga

Gabriela Soto Laveaga Imagem Duke University
Gabriela Soto Laveaga | Imagem: Duke University

La producción global de hormonas esteroides sintéticas entre las décadas de 1940 y 1970 alteraron de manera profunda la medicina moderna, posibilitaron importantes avances en la terapéutica de diferentes enfermedades y permitieron que millones de mujeres asumieran el control de su reproducción debido a la fabricación de anticonceptivos orales. En este cuidadoso y original estudio, publicado por primera vez en inglés en 2009, Gabriela Soto Laveaga analiza con detalle y detenimiento cómo múltiples actores formaron parte de la búsqueda, comercialización, traslado y transformación del barbasco en la materia prima para la producción de hormonas esteroides a nivel global durante buena parte del siglo pasado. Presta cuidadosa atención a las labores, disputas y negociaciones entre diferentes laboratorios y compañías farmacéuticas mexicanas e internacionales, estudia los trabajos realizados por químicos, biólogos, botánicos, médicos y otros científicos de diferentes nacionalidades en torno al barbasco y las hormonas esteroides sintéticas, y sobre todo, destaca la cotidiana y creciente participación de miles de campesinos procedentes de algunos de los estados más pobres de México, los que durante años buscaron, recolectaron y comercializaron el barbasco.

Laboratorios en la selvaUn argumento central de este importante estudio es que los cambios y las innovaciones científicas en torno a los esteroides sintéticos difícilmente habrían acontecido sin la participación de los habitantes de las regiones húmedas y tropicales de los estados de Veracruz, Tabasco, Chiapas, y en particular los de Oaxaca. La autora narra y expone con claridad cómo los campesinos de esos estados conocían las condiciones del suelo, los ciclos de crecimiento del barbasco y, en ocasiones imperceptibles, las distinciones entre las diferentes especies de tubérculos que crecían abundantemente en esos estados. Lo anterior la llevó a cuestionar la centralidad que la historia de la ciencia ha otorgado al trabajo al interior del laboratorio y a la investigación científica en general, así como a destacar la importancia que reviste considerar y analizar el “poder social maleable y transformativo de la ciencia una vez que deja los confines del laboratorio” ( Soto Laveaga, 2020 , p.24). Asimismo, y a lo largo de su estudio, cuestiona una afirmación de larguísima historia: la “ciencia solo se podía copiar, más no producir en América Latina, una región que para muchos se encontraba en el mejor de los casos en la periferia de la generación de conocimiento” ( Cueto, 1989 , p.18). Leia Mais

La ciencia de la erradicación: modernidad urbana y neoliberalismo en Chile/1973-1990 | César Leyton Robinson

Cesar Leyton Robinson Imagem Werken TV2
César Leyton Robinson | Imagem: Werken TV2

Dentro de la historiografía que ha renovado el estudio de fenómenos y procesos incipientemente incorporados al análisis más clásico, se encuentra aquella que se ha fijado en la intervención de la ciencia en la elaboración de lo social. Desde el siglo XIX, en Occidente, los “saberes normativos” como la medicina y sus derivas, darwinista, degeneracionista, alienista, eugenésica e higienista, entre otras, se desplegaron como “árbitros de la realidad” ( Vallejo, 2010 , p.75), ejemplo evidente del clivaje saber/poder. Sin embargo, el positivismo científico legitimó su discurso definiéndose como neutral en lo político y objetivo en la construcción del conocimiento. La que podríamos llamar “nueva historia” de las ciencias, ha logrado desmitificar esta pretendida neutralidad. Precisamente, es el aporte que nos entrega el libro La ciencia de la erradicación: modernidad urbana y neoliberalismo en Chile, 1973-1990 , de César Leyton Robinson (2020).

ROBINSON C La ciencia de la erradicacionEn el contexto de la dictadura militar de Pinochet, el libro describe y analiza la intervención socio sanitaria de radicación y erradicación de los campamentos habitados por la población más pobre del país, iniciado a partir de 1979. Luego, profundiza en el proceso histórico que explica la praxis sociopolítica de la dictadura en cuanto al orden y la salubridad pública, remontándose a la tradición de orden higienista y médica del último tercio del siglo XIX, encarnada en Chile en el intendente de Santiago (1872-1875) Benjamín Vicuña Mackenna y el médico alienista Augusto Orrego Luco (1849-1933). El análisis es problematizado por un elemento distintivo colocado por el autor: los principios higienistas y el darwinismo social, desplegados para limpiar, segregar, aislar, controlar y someter a la población pobre y al conjunto de la sociedad, fueron implementados por los militares que derrocaron al presidente Salvador Allende (1973) como parte de una experimentación neoliberal, que despojó a la población de sus derechos sociales, que privatizó la economía y fomentó el individualismo extremo. Higiene, geopolítica y mercado, según el autor, serían los tres ejes de esta intervención. Leia Mais

Gripe, a história da pandemia de 1918 | Gina Kolata

Nos últimos anos, a historiografia nacional foi farta em trabalhos sobre os efeitos da pandemia de gripe espanhola de 1918 nas principais cidades brasileiras.1 Vários autores debruçaram-se sobre diversos aspectos do evento, analisando as modificações cotidianas geradas pelo contexto epidêmico, as práticas dos profissionais do campo médico em relação à epidemia, a atuação dos serviços de saúde pública e, até mesmo, o conjunto de sentimentos da população no conturbado contexto que se apresentava. A americana Gina Kolata mostra que nos Estados Unidos foi diferente, explicando que em sua terra a literatura sobre o tema quase que se resume ao livro America’s forgotten pandemic, de Alfred W. Crosby, e que essa escassez de literatura sobre o tema incentivou-a a escrever. Gina Kolata é jornalista científica, formada em microbiologia, e estudiosa de biologia molecular. Já escreveu vários textos sobre temas científicos, destacando-se o livro Clone: os caminhos para Dolly e as implicações éticas, espirituais e científicas (Rio de Janeiro, Campus, 1998), fruto de seu sistemático acompanhamento, para o New York Times, da trajetória que culminou com o nascimento da ovelha Dolly. Seu livro, Gripe, a história da pandemia de 1918, caracteriza-se como um abrangente relato dos esforços da ciência em busca de compreender as causas da doença e evitar o seu possível retorno. Na verdade, o título original da obra, Flu: the history of the great influenza pandemic of 1918 and the search for the vírus that caused it, revela muito mais do que a tradução nacional que, ao suprimir toda a parte do subtítulo, dá a entender tratar-se de um relato centrado nos eventos de 1918. Segundo a própria autora, trata-se de uma história de mistério envolvendo ciência, política, pesquisadores e um vírus assassino. História de acasos e surpresas que merecia ser contada, tanto pelo drama da narrativa, como por suas implicações, pois a solução do mistério poderia ajudar os cientistas a evitar uma possível volta do microscópico vilão. Leia Mais

As Alegrias da Maternidade | Buchi Emecheta

O livro “As Alegrias da Maternidade”, de Buchi Emecheta, foi publicado pela primeira vez em 1979 na Inglaterra. No entanto, recebeu a sua primeira tradução para o português brasileiro pela editora Tag Livros em 2017, através do clube de assinatura “Tag Curadoria” que tem a intenção de publicar obras inéditas no Brasil. Contudo, como a editora em questão possui circulação restrita aos assinantes, a editora Dublinense lançou outra versão da obra em 2018, ambas as publicações são frutos da tradução de Heloísa Jahn. As notas aqui apontadas, resultam da leitura dessa edição.

Florence Onyebuchi “Buchi” Emecheta foi uma autora e intelectual nigeriana, nascida em 1944 em Lagos. Ao longo da sua infância estudou em colégios cristãos sendo que, aos 11 anos de idade, se tornou órfã, tendo que ir morar em sua comunidade ancestral com parentes. Em 1962, já casada desde os 16 anos, mudou-se com esposo e filhos para a Inglaterra em busca de trabalho. O casamento perduraria até 1966, quando se separou de seu marido abusivo e violento, e criando sozinha seus cinco filhos, em um país estrangeiro. Mesmo com tantas responsabilidades e dificuldades, Emecheta conseguiu se graduar em Sociologia em 1974, realizar o mestrado em 1976 e em 1991, concluir seu doutorado em Educação, na Universidade de Londres. Ao ganhar reconhecimento pela sua obra, a autora foi convidada para lecionar em várias universidades estadunidenses. Aos 72 anos, Buchi Emecheta faleceu vítima de uma demência. Leia Mais

La revista Historia de América. Silvio Zavala y la red de estudios americanistas/1938-1948 | María del Carmen Grillo, Alexandra Pita González

Hace más de treinta años que la historia intelectual y de los intelectuales ha ampliado sus objetivos, métodos y horizontes, dando como resultado nuevas investigaciones que han permitido superar las limitaciones de la tradicional historia de las ideas. Actualmente, la historia intelectual consiste en una práctica interdisciplinaria, capaz de seguir los itinerarios intelectuales, las sociabilidades y las prácticas de individuos y grupos a través de sus diversas producciones culturales, de manera que ofrece explicaciones sobre las prácticas y representaciones que orientan nuestras nociones sobre el mundo. Justamente en este espectro se encuentra La revista Historia de América. Silvio Zavala y la red de estudios americanistas, 1938-1948, la investigación de María del Carmen Grillo y Alexandra Pita González quienes a través de un rico, interesante y novedoso estudio de la primera década de la revista Historia de América del Instituto Panamericano de Geografía Historia (IPGH), ofrecen al lector el retrato de parte del panorama intelectual americano del periodo de entreguerras. Leia Mais

Education and the Body in Europe (1900-1950) | Simonetta Polenghi, András Németh e Tomás Kasper

O livro intitulado “Education and the Body in Europe (1900-1950): Movements, public health, pedagogical and rules and cultural ideas”, escrito em inglês, publicado em 2021 pela editora Peter Lang, é uma obra de importante reflexão realizada pelos editores: professora Doutora Simonetta Polenghi, professor Doutor András Németh, e professor Doutor Tomáš Kasper. A publicação compila 14 capítulos sobre a história do corpo em diferentes países da Europa, a saber: Inglaterra, Bélgica, Alemanha, Hungria, República Checa, França, Suíça, Itália e Espanha.

A primeira parte é composta por 5 capítulos, no qual são: o capítulo “Bodies of the Future – life reform and education as instruments of human evolution” escrito por Ehrenhard Skiera. Os autores Janka Balogh e András Németh produziram o capítulo “Life reform and new body concept of the art of movement”. O capítulo “Body education in the youth movement” foi elaborado pela autora Agnes Trattner. Os autores Dorina Szente e András Németh foram responsáveis pelo capítulo “Changes in women’s body perception and education in the first decade of the twentieth century in the light of Hungarian women’s journals. E a autora Ilaria Mattioni teve o capítulo entitulado “Women’s body, dresses and fashion in Italy. Leia Mais

Clichês baratos: Sexo e humor na imprensa ilustrada carioca do início do século XX | Cristiana Schettini

Cristiana Schettini
Cristiana Schettini | Imagem: Café História

Como se dava a relação da sociedade carioca da Primeira República com as questões sexuais? Quais eram as possibilidades para o consumo do erótico em uma cidade recém-saída da escravidão, com um novo regime político cuja ideia de modernidade estava presente nos discursos de diferentes grupos sociais? E por fim, o que uma investigação das sociabilidades noturnas masculinas pode revelar sobre o modo pelo qual homens e mulheres negociavam hierarquias sociais e morais no Rio de Janeiro? O livro Clichês Baratos: Sexo e humor na imprensa ilustrada carioca do início do século XX, de Cristiana Schettini, busca justamente examinar as conexões entre o processo de mercantilização das diversões, a sociabilidade noturna, o humor e a sexualidade.

A maneira como as pessoas se divertiam já vem sendo interesse de pesquisas de história social desde as décadas de 1970 e 1980, quando se aproximaram os diálogos entre a Antropologia e a História. Trabalhos sobre o carnaval, as festividades religiosas, o teatro e outras formas de sociabilidade vêm trazendo para a historiografia novas contribuições para se entender as disputas políticas e sociais no país. Trabalhos como o de Cristiana Schettini têm sido fundamentais para a compreensão de quais fantasias e desejos sexuais ocupavam um lugar essencial na vida noturna do Rio de Janeiro do início do século XX. Leia Mais

Dancing with the revolution: Power, Politics, and Privilege in Cuba | Elizabeth Schwall

Nos últimos anos, historiadores e historiadoras dedicadas à História de Cuba têm analisado a Revolução, iniciada em 1959, para além de paradigmas predominantemente econômicos e políticos. Essa corrente historiográfica, defensora do estudo da “Revolução a partir de dentro” (BUSTAMANTE; LAMBE, 2019), tem abarcado uma série de temáticas ligadas às políticas culturais, ao papel de marcadores sociais da diferença e do cotidiano para entender a história do país após a ascensão do Movimento 26 de julho ao poder. Entre as obras que se enquadram nesta perspectiva está Dancing with the Revolution: power, policts and privilegie in Cuba, da historiadora Elizabeth B. Schwall.

Lançado em 2021, o livro é um dos novos volumes da coleção Envisioning Cuba (The University of North Carolina Press), sendo resultado da tese de doutorado em História da autora, defendida na Columbia University. Docente da Northern Arizona University, Schwall é especialista nas relações entre arte e revolução e possui, para além de vasta produção, a experiência como dançarina, o que lhe permite um olhar sensível ao tomar como objeto de análise o balé, a dança folclórica e a dança moderna em Cuba ao longo do século XX. A partir de uma perspectiva historiográfica, que transita entre a História Social e a Cultural, a autora analisa de que forma os três estilos de dança foram mobilizados entre os anos 1930 e 1990 por sujeitos, pelo Estado e pela sociedade cubana. Leia Mais

The Crisis of the Meritocracy: Britain’s Transition to Mass Education since the Second World War | Peter Mandler

Peter Mandler
Peter Mandle | Imagem: Historical Association

Britain has never been a meritocracy. Despite the concept’s widely-evoked vision of a ‘fair’ or ‘just’ social order, one where individuals rise or fall according to their ‘talents’ or ‘efforts’, the rise of the meritocracy has continually been scuppered by the perseverance of inherited privilege or democratic pressure. In part, it is meritocracy’s unrealised status that keeps bringing the nation’s political leaders back to the concept, especially in recent decades. Confounded by growing levels of inequality, successive generations of politicians have sought solace in the popular enthusiasm for education as an arbiter of ‘earned’ social status and a marker of individual responsibility, talent and effort. The contemporary moment feels different, however. It is impossible to browse the shelves in a bookshop or visit a news website without stumbling across several volumes or articles decrying meritocracy’s impact on democracy, its role in the populist backlash of Brexit and Trump, or its collusion with the forces of neoliberalism.(1) Beyond the truism that the word ‘meritocracy’ was coined to describe a dystopia and yet has somehow become a positive vision of a ‘classless’ social hierarchy, these accounts all lack a sense of history. Therefore, Peter Mandler’s latest book, The Crisis of the Meritocracy: Britain’s Transition to Mass Education Since The Second World War, could not be more timely. Leia Mais

Mestiça cientificidade: três leitores franceses de Gilberto Freyre e a sua máxima consagração no exterior | Giselle Martins Venancio e André Furtado

A Editora da Universidade Federal Fluminense acaba de lançar Mestiça cientificidade: três leitores franceses de Gilberto Freyre e a sua máxima consagração no exterior (2020). O livro de Giselle Martins Venancio e André Furtado é uma importante contribuição para interpretar a recepção da obra de Gilberto Freyre no exterior, em especial na França do pós-guerra. Compreender as condições de leitura de autores canônicos como Fernand Braudel, Roger Bastide e Lucien Febvre – os leitores franceses estudados no livro – não é trivial, pois a consagração de Casa-grande & Senzala (1933), de Gilberto Freyre (1900-1987), não dependeu apenas do próprio texto, nem da argumentação e da pesquisa contidas nele, mas de uma série de questões que povoam o mundo dos leitores.

Mestiça cientificidade aprofunda o entendimento acerca da recepção francesa de Casa-grande nas décadas de 1940 e 1950. Funciona também como iniciação à obra de Gilberto Freyre para estudantes, jovens pesquisadores e interessados em um dos autores brasileiros mais importantes do século XX, o de maior repercussão internacional, objeto ainda hoje de acalorado debate público. Sem perder a potência da pesquisa e dos debates acadêmicos contemporâneos, o livro em questão não deixa de praticar história pública. Leia Mais

Meninos de zinco | Svetlana Aleksiévitch

Svetlana Aleksievitch
Svetlana Aleksiévitch | Imagem: Estadão

Svetlana Aleksiévitch é jornalista e escritora bielorrussa, nascida em 1948, quarta geração de uma família de professores rurais e vencedora do prêmio Nobel de literatura em 2015. Seus livros formam o projeto literário intitulado “As vozes da utopia”, um retrato desde o pós-guerra (Segunda Guerra Mundial) até a dissolução da União Soviética.

Em entrevista concedida durante a Festa Literária Internacional de Paraty, em 2016, Aleksiévitch contou sobre o processo de criação dos seus livros. Os relatos são gravados pois, segundo ela, não seria possível expressar os sentimentos de uma pessoa no papel, “cada ser humano tem que gritar a sua verdade”. Para que essa verdade venha à tona, a autora diz que não realiza entrevistas, mas conversas com entonação de amizade sobre a vida. Leia Mais

Entre vozes femininas: História Oral e memória no Amazonas contemporâneo | Patrícia Rodrigues da Silva

Entre vozes femininas
Entre vozes femininas | Detalhe de capa

Lançada em 2020, a obra Entre vozes femininas: História Oral e memória no Amazonas contemporâneo é organizada por Patrícia Rodrigues da Silva e faz parte da Coleção PPGH, que tem como objetivo divulgar pesquisas do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Amazonas (PPGH-UFAM).

Precedido por outros três títulos também lançados em 2020 pela Editora CRV, este volume 4 é o primeiro a se debruçar especificamente sobre o contexto amazonense, o fazendo, sobretudo, por meio dos relatos e das escritas femininas – dos oito artigos que compõem o livro, seis deles são escritos por mulheres. Leia Mais

Alberto Flores Galindo. Utopía/ historia y revolución | Carlos Aguirre e Charles Walker

El nombre de Alberto Flores Galindo (1949-1990) evoca una de las más destacadas expresiones de la historiografía y la intelectualidad de izquierda del Perú de la segunda mitad del siglo XX, que entrelazó las dimensiones del investigador universitario, del prolífico autor, del polemista, periodista y militante socialista, y del animador teórico-cultural. Es oportuna y valiosa, entonces, la aparición de este libro de Carlos Aguirre y Charles Walker, dedicado al perfil del intelectual peruano, a quien recuerdan por “el rigor académico, la pasión por la historia, una incesante curiosidad intelectual, y una tenaz intervención en el debate político”. Aguirre, docente-investigador en la Universidad de Oregon, es reconocido por sus estudios sobre la esclavitud, el crimen y el castigo, y la historia intelectual y cultural, de Perú y América Latina en los siglos XIX y XX. Walker, de la Universidad de California (Davis), es especialista en la sociedad peruana de los siglos XVIII y XIX, en la transición de la colonia a la república y en la rebelión de Tupac Amaru. Ambos entablaron relación con Flores Galindo en los años 1980, cuando éste enseñaba en la Universidad Católica del Perú, mostrando una destreza infrecuente para una historización amplia del país andino, en sus períodos prehispánico, colonial, republicano y contemporáneo.

¿En qué registro se puede leer este libro? Es una contribución a la historia intelectual, política y cultural de un individuo y su época. Se estructura en seis capítulos, referidos a ciertos ejes significativos de la vida, la obra y las ideas de Flores Galindo, incluyendo los que menos tratamiento habían merecido anteriormente. El primero, “Entre la utopía andina y la utopía socialista”, había sido publicado por los autores para prologar la edición en inglés del más aclamado libro de Flores Galindo, Buscando un inca: identidad y utopía en los Andes. Esas páginas son eficaces para iniciar un recorrido global de los textos (y sus contextos) del historiador nacido en El Callao. Leia Mais

La Guerra Civil española. Sus dimensiones internacionales | Nadia de Cristóforis

Los estudios históricos sobre Guerra Civil española y franquismo plantean numerosas variables de análisis entre las que se incorporan sus repercusiones internacionales. En este libro, Nadia De Cristóforis coordina nueve capítulos que apuestan a una renovada búsqueda de interrogantes en escenarios por fuera de España. Es una obra de valioso aporte en la que se compilan investigaciones recientes de diversos autores, reunidos a partir de las tareas emprendidas por el Instituto de Historia de España Dr. Claudio Sánchez-Albornoz (UBA). Su coordinadora se distingue por un amplio recorrido en los estudios sobre los impactos de la Guerra Civil española en Argentina, particularmente en las prácticas asociativas de entidades gallegas y el apoyo al franquismo.

A priori, una lectura general de sus capítulos, nos presenta distintos registros de análisis en los que se introducen fuentes de sugestivo valor heurístico para revisitar temas en torno al exilio republicano, las izquierdas, las derechas, las asociaciones republicanas, las tramas intelectuales, entre otros. Todos ellos presentan, como hilo conductor, un intento por calibrar nuevas preguntas y problemáticas a partir de las cuales construyen su propias periodizaciones y rasgos metodológicos. Sobre estos aspectos, De Cristóforis, realiza el ordenamiento del libro. Leia Mais

Historia de una relación impensada. El catolicismo en los sindicatos durante el peronismo | Jessica Blanco

Con este libro, la historiadora cordobesa Jessica Blanco revisita la historia del catolicismo argentino de las décadas centrales del siglo XX. Recorre la temática a través de algunos tópicos clásicos –los procesos de secularización y laicidad, la relación entre el peronismo y la Iglesia, y entre esta y la sociedad– con una mirada centrada en la actuación del laicado católico en el terreno sindical. Ciertamente, son pocos los estudios que han asumido el desafío de abordar las influencias e identidades religiosas de los trabajadores, sus dirigencias y organizaciones.

El presente volumen sintetiza los trabajos de la autora sobre la acción política y gremial del catolicismo cordobés en el segundo tercio del siglo XX, la Juventud Obrera Católica (JOC) y, más recientemente, el universo sindical de las izquierdas tanto en Córdoba como en Mendoza. Su mérito consiste, justamente, en volver sobre esas preocupaciones clásicas desde una perspectiva que reconoce diferencias regionales y adopta un movimiento descendente; así, desplaza la mirada desde las jerarquías hacia el catolicismo social, desde las instituciones del laicado católico intervinientes hacia los trabajadores asociados, y desde las dirigencias hacia las bases sindicales. Leia Mais

Los trotskistas bajo el terror nazi. Una historia de la IV Internacional durante la Segunda Guerra Mundial | Velia Luparello

El libro Los trotskistas bajo el terror nazi. Una historia de la IV Internacional durante la Segunda Guerra Mundial de Velia Luparello es un gran aporte en el descubrimiento de un período histórico poco investigado y una contribución al estudio del convulsionado origen del trotskismo. Ha compartido trabajos sobre esta misma temática junto a Daniel Gaido, investigador de la Universidad Nacional de Córdoba. La autora pudo recabar fuentes primarias, como los boletines internos que se encuentran en el International Institute of Social History (IISH) de Ámsterdam. Restauró así el debate sobre la cuestión nacional (desde 1940), entre las dos organizaciones más importantes de Francia: el Partido Obrero Internacionalista (POI) y el Comité Comunista Internacionalista (CCI), y los diálogos con secciones nacionales de Bélgica, Estados Unidos, Gran Bretaña, Italia y Grecia. El libro llega hasta el segundo congreso de la IV Internacional (1948), antes del cisma del “pablismo” (1951-1953). La importancia del trabajo es que compendia las estrategias del trotskismo internacional en un período de enormes desafíos históricos que puso a prueba a la IV Internacional.

Los trotskistas… se estructura en siete capítulos, desde los primeros esbozos programáticos del trotskismo internacional sobre la guerra, luego que quedara “huérfano” por el asesinato de Trotsky en 1940. Los trotskistas tratan de interpretar la “línea de militarización” de Trotsky presente en el “Manifiesto de Alarma” de mayo de 1940, y la defensa del “patriotismo de los oprimidos” del Programa de transición de 1938. Derivado de esto, el debate sobre la cuestión nacional es tratado en los dos primeros capítulos. Leia Mais

A Cidade em Chamas: O Serviço de Extinção de Incêndios em Natal/RN (1917-1955) | Flademir Gonçalves Dantas

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Flademir Gonçalves Dantas | Foto: Acervo do autor

A Cidade em Chamas: O Serviço de Extinção de Incêndios em Natal/RN (1917-1955), doravante A Cidade em Chamas, foi escrita por Flademir Gonçalves Dantas, que possui duas graduações (História e Direito), especialização em Direito Público e mestrado em História, todas estas formações pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Trata-se do primeiro volume de uma trilogia que contará a história do serviço de extinção e prevenção de incêndios, atualmente Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte – CBMRN, em três recortes cronológicos lineares. O segundo e o terceiro volumes, ainda a serem publicados, abarcarão, respectivamente, os recortes entre 1955-1976 e de 1976 a 2002. A obra é prefaciada pelo Professor Emérito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN, Carlos Roberto de Miranda Gomes, que também se anuncia membro das Academias ANRL, AML, ALEJURN, ABROL, IHGRN, UBE-RN e MHV da OAB/RN. Conta também com uma apresentação de autoria de Luiz Monteiro da Silva Junior, comandante geral do Corpo de Bombeiros do Estado potiguar.

O livro está organizado em dez capítulos, sendo que o primeiro o introduz e comunica o objetivo, notas discretas sobre a escolha teórico-metodológica e a discussão bibliográfica. Este último exercício denota sobretudo o silêncio e a raridade dos trabalhos a respeito da temática no âmbito da sociedade norte-rio-grandense, elemento que serve de justificativa a produção ensejada. O objetivo central é “estimular as novas gerações de bombeiros a conhecerem o […] rico passado” (p. 22) da corporação e se ancora dentro de uma história institucional militar, com ênfase na experiência dos seus membros, “sem descartar o caráter utilitário da história enquanto ferramenta para aprender com o passado” (p. 22). Leia Mais

Entre a Itália e o Brasil Meridional: História Oral e narrativas de imigrantes | Antonio de Ruggiero e Leonardo de Oliveira Conedera

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Antonio de Ruggiero | Imagem: PUC-RS / Acervo pessoal do autor

Entre a Itália e o Brasil Meridional: História Oral e narrativas de imigrantes, organizado por Antonio de Ruggiero e Leonardo de Oliveira Conedera, apresenta estudos de caso de pesquisadores brasileiros sobre a temática da História da Imigração Italiana a partir de fontes orais que, ao possibilitarem uma variação de escalas entre a história individual e a grande história, permitiriam compreender a memória coletiva como a lembrança de um passado comum dentro de uma comunidade que constrói e reconstrói identidade compartilhada.

Segundo Maria Lusitana Santos (2012, p.161), a memória seria um tema popular na produção cultural de sociedades desenvolvidas. Podemos dizer que a memória ascendeu como importante fonte no final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) em virtude das tentativas de se apagar as fontes oficiais. Os testemunhos do vivido por vítimas dos campos de concentração e extermínios, por exemplo, surgem como um registro de um passado que não poderia ser esquecido, conferindo à História Oral um dos expedientes empregáveis para pesquisadores de História. Leia Mais

A pedagogia personalizada e comunitária no espaço ibero-americano (1950-1970) | Cadernos de História da Educação | 2022

A historiografia da educação francesa tem feito trabalhos instigantes sobre a pedagogia personalizada e comunitária, elaborada pelo educador jesuíta francês Pierre Faure. Em 1998, Anne-Maria Audic publicou «Pierre Faure s.j. 1904-1988: vers une pédagogie personnalisée et communautaire», livro que aborda a trajetória sócio-pedagógica do padre Faure. A pedagogia fauriana aparece sendo construída nas intervenções educativas desse padre jesuíta ecumênico, particularmente na segunda metade do século XX.

Em 2008, foi colocado à lume um volumoso conjunto de textos de Pierre Faure sob o título «Précurseurs et Témoins d`un enseignement personnalisé et communautaire», em que ele analisa as contribuições inovadoras da pedagogia de autores antigos como Jean-Jacques Rousseau e Henri Pestalozzi e educadores do novecentos como Maria Montessori, Ovide Decroly e Célestin Freinet. Leia Mais

Colegio Santa Isabel de Hungría: 60 años al Servicio e la Educación Chilena con Carisma Franciscano | Jaime Caiceo Escudero

El texto en comento es una obra que ha surgido en honor a los 60 años del Colegio Santa Isabel de Hungría, el cual ha estado al servicio de la Educación Chilena con Carisma Franciscano durante todo ese tiempo, cuya fundadora fue la Madre Teresa Ortúzar Ovalle (1882-1969). La investigación realizada para efectuar este libro se divide en dos partes; la primera realizada con motivo de las bodas de oro del Colegio Santa Isabel de Hungría : 1961-2011 y la segunda con el motivo antes referido. Esta obra consta de prólogo, introducción, 6 capítulos, conclusiones, fuentes de consulta y anexos.

El Prólogo lo realiza la Superiora de la Congregación, Hna. Bernarda Madariaga Urzúa, agradeciendo a Dios el tiempo en el cual el colegio ha ido creciendo y mejorando en la atención a los niños, niñas y jóvenes de la zona sur de Santiago, especialmente de recursos medios y bajos, cumpliendo con los deseos de la Fundadora. Textualmente, señala: “Quien lea este libro, se dará cuenta la fuerza y el amor del autor y podrá compaginar con sorprendente naturalidad las huellas de gestación de estos 60 años de luces y sombras que entretejió esta mujer religiosa con pasta de santidad, junto a sus hijas religiosas y a muchos laicos que creyeron en esta locura de amor, que supo amalgamar entre el cielo y la tierra un itinerario de vida, para que fuera un aporte de paz y bien a la Sociedad Chilena”. Leia Mais

Espaço e lugar privilegiado para formação de professores: Instituto de Educação “Fernando Costa” (1953-1975) | Aline de Novaes Conceição

A presente obra é fruto de uma dissertação de mestrado defendida em 2017 no Programa de Pós-graduação da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP, campus de Marília. Neste livro, Aline de Novaes Conceição pesquisa como o Instituto de Educação (I.E) “Fernando Costa”, instalado em Presidente Prudente/SP, desenvolveu suas atividades, sobretudo, as finalidades previstas no Código de Educação do Estado de São Paulo.

O livro foi prefaciado por Macioniro Celeste Filho, professor permanente do Programa de Pós-graduação em Educação, da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP, campus de Marília. A obra é dividida em três capítulos que analisam os diversos aspectos da formação de docente no I.E “Fernando Costa”. Leia Mais

A educação soviética | Marisa Bittar e Amarilio Ferreira Junior

A história da escola e da pedagogia soviéticas eram parte da história da sociedade soviética organicamente conectada a ela. (Bittar; Ferreira Junior, 2021, p.100)

A epígrafe que abre essa resenha foi citada no livro “A educação soviética” de Marisa Bittar e Amarilio Ferreira Junior, lançado em 25 de agosto de 2021 pela EduFSCar. Mostra que para o estudo da escola real construída após a Revolução de 1917, incluindo seus antecedentes situados no Império czarista e os desenvolvimentos posteriores até 1991 com o fim da União Soviética, é necessário situar historicamente as características e princípios que a nortearam. É o que fazem os autores, ao longo de quase 300 páginas oferecendo aos leitores a oportunidade de conhecer não apenas o chão da escola soviética, mas também compreender a gênese do pensamento educacional soviético por meio dos protagonistas das diversas etapas dessa experiência pedagógica radical que percorreu 74 anos da história do século XX. Para enfrentar esse tema, que até então não havia sido tratado nos estudos do campo da educação em língua portuguesa, os autores mobilizaram um rico instrumental teórico e metodológico que foi complementado com conhecimentos adquiridos durante a primeira metade da década de 1980, quando tiveram a oportunidade de estudarem no Instituto de Ciências Sociais de Moscou. Essa estadia de um ano para frequentar um curso teórico e realizar trabalho voluntário fazia parte da política de formação de quadros do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Foi assim que os então professores do ensino secundário público no Brasil puderam conhecer o sistema educacional da Rússia soviética. Tais vivências formam o pano de fundo que contribuiu para elaboração desse livro. Quem ganha com isso é o leitor. Leia Mais

Uma década de prosa: impressos e impressões da professora e jornalista Maria Mariá (1953- 1959) | Hebelyanne Pimentel da Silva

A jovem pesquisadora Hebelyanne Pimentel da Silva, graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de Alagoas apresenta, nesse livro, o resultado de um estudo em que analisa aspectos da trajetória de Maria Mariá de Castro Sarmento (1917-1993), professora e jornalista que viveu e atuou na cidade de União dos Palmares, situada ao norte do estado de Alagoas. Apoiando-se na micro-história, especificamente nos estudos de Carlo Ginzburg (2006) e em diálogo com Arlette Farge, Michelle Perrot, Joan Scott e outros, a autora se dedica, por um lado, a contribuir com a construção da história da educação em Alagoas e, por outro, a dar visibilidade a uma personagem que, conforme tantas outras mulheres, tiveram suas ações e a própria existência relegadas ao esquecimento (PERROT, 2018).

A pesquisa foi realizada em diferentes acervos locais: Casa Museu Maria Mariá, Secretaria de Cultura Palmarina, Biblioteca Municipal Jorge de Lima e Escola Estadual Rocha Cavalcanti. Foram também consultados acervos estaduais: Arquivo Público de Alagoas (APA), Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL) e Biblioteca Pública Estadual Graciliano Ramos (BPEGR), além da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. O seu resultado é organizado em duas partes: na primeira, em três capítulos, apresenta o aporte teórico e o diálogo com outros estudos que apresentam mulheres letradas de diversas regiões brasileiras e de outros países, que realizaram ações em prol da difusão da leitura e do desenvolvimento da educação e cultura. Apresenta também o perfil da jornalista Maria Mariá e busca aproximações e distanciamentos com o movimento da Escola Nova. Na segunda parte, a autora apresenta a transcrição de 57 textos de autoria de Mariá, constituídos por notícias locais e regionais, crônicas e textos de opinião – seu grande achado -, publicados no período de 1953 a 1959 no Jornal de Alagoas, periódico impresso em Maceió1. Essa característica particular da obra demonstra a generosidade da autora em compartilhar fontes inéditas por ela “garimpadas”, possibilitando novas interlocuções, além de proporcionar, efetivamente, maior visibilidade à personagem em estudo. Leia Mais

Construir soberanía. Una interpretación económica de y para América Latina | Theotonio dos Santos

La presente antología presenta un conjunto de textos sobre el científico social brasilero Theotonio Dos Santos (1963-2018), especialmente sus aportes sobre la formación económica y social de Brasil como latinoamericana a partir del marxismo nacionalizado que adoptó en sus análisis. Como destaca Mónica Bruckman en una introducción a la obra, los escritos del brasilero pueden datarse en cuatro momentos cronológicos: la apropiación del marxismo, la dinámica de la dependencia, el papel de la revolución científico-técnica y las preocupaciones sobre la economía mundial. Estos ejes que atraviesan la obra de Dos Santos, se tornan de especial importancia en nuestros días teniendo en cuenta los problemas de desarrollo, integración política y lucha contra la desigualdad que enfrentará la región luego de la pandemia por COVID-19.

A partir de los años 1960 Dos Santos comenzó a formarse en el marxismo y a vincularse con importantes intelectuales como Aníbal Quijano, Fernando Enrique Cardoso, Francisco Weffort, Pedro Paz, entre otros. Aquí se sitúan sus primeros análisis y publicaciones en torno a las clases sociales en Brasil y el desarrollo desde un punto de vista político. Luego vinieron los años en la Universidad de Brasilia donde Dos Santos se apropiará de la teoría marxista de la dependencia y su posterior exilio a Chile tras el golpe de 1964 donde seguiría trabajando con reconocidas figuras como Ruy Mauro Marini y André Gunder Frank. En una tercera etapa iniciada con el golpe de Estado en Chile en 1973 vino la desarticulación de los estudiosos de la dependencia y el exilio a México para desempeñar labores en la Universidad Nacional Autónoma de México donde se dedicó a estudiar la revolución científica tecnológica y su impacto en el desarrollo de las fuerzas productivas a nivel global. Fueron los años en que Dos Santos aportó al conocimiento del capitalismo global y al papel de la ciencia en el desarrollo de industrias y la intervención el Estado en ese proceso. Por último, viene el núcleo de estudios en torno al desarrollo y el proceso civilizatorio desde perspectivas históricas donde profundizó el enfoque de Kondrátiev y cuestionó a teóricos de renombre como a Immanuel Wallerstein y a Giovanni Arrighi en torno a la formación capitalista mundial. Leia Mais

Plínio Salgado: Biografia Política (1895-1975) | João Fábio Bertonha

Joao Fabio Bertonha Imagem FacebookJornal Opcao

João Fábio Bertonha é um dos principais historiadores brasileiros especializado no estudo das experiências autoritárias no Brasil do século XX, especialmente no que se refere ao Integralismo Brasileiro. Seu último trabalho publicado, cuja presente resenha irá analisar, é a construção de um perfil biográfico do expoente máximo do Integralismo Brasileiro: Plínio Salgado. Apesar de associação imediata de Salgado com o Integralismo, Bertonha mostra ao leitor aspectos outros de sua trajetória. Além disso, traça paralelos importantes com o tempo no qual ele esteve inserido, o que ajuda a compreender melhor as transformações e escolhas feitas em diferentes momentos por Plínio Salgado ao longo de sua vida.

O livro foi divido em quatro partes, com 13 capítulos. Na primeira delas, composta por quatro capítulos, o autor se debruça no processo de formação de Plínio Salgado enquanto intelectual e sua inserção no mundo da política. A segunda parte, que vai dos capítulos 5 ao 8, focou na construção da AIB (Ação Integralista Brasileira) e a experiência de Salgado a frente do movimento até sua derrocada, após a tentativa frustrada de um golpe de Estado. Os capítulos 9, 10 e 11 compõe a terceira parte do livro e dizem respeito a fase de exílio de Plínio e sua família em Portugal; seu retorno ao Brasil após o fim do Estado Novo e seu retorno a vida política no período da redemocratização pós 1945. Por fim, a última parte do trabalho analisa o envolvimento de Salgado com o golpe de 1964 e com o governo ditatorial, seus últimos anos e a sobrevivência simbólica de Plínio Salgado. Leia Mais

De Hollywood a Aracaju: antinazismo e cinema durante a Segunda Guerra Mundial | Andreza Maynard

A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) é um tema bastante explorado pelas produções cinematográficas. Filmes sobre as batalhas contra o nazismo, os horrores dos campos de concentração e histórias de sobreviventes e personagens importantes do período são lançados, constantemente, conquistando o público e premiações como o Oscar e o Globo de Ouro. II O fato é que o cinema tem a capacidade de transportar os telespectadores para diferentes tempos e espaços, servindo como divertimento, fonte de informação e despertando a curiosidade e os sentidos.

Tais características estiveram presentes ao longo da história do cinema, destacadamente, durante a Segunda Guerra Mundial, quando inúmeras películas foram produzidas para retratar o horror da guerra e combater o nazismo. E é justamente disso que trata o livro De Hollywood a Aracaju (2021) da historiadora Andreza Maynard. III Fruto da sua tese de doutorado, a obra analisa a recepção dos filmes antinazistas em Aracaju durante a Segunda Guerra, discutindo “o processo de construção de sentido a respeito do conflito e dos inimigos do Brasil, os nazistas, durante os anos da Guerra” IV Leia Mais

Oswaldo Corrêa Gonçalves, arquiteto cidadão | Gino Caldatto Barbosa

Gino Caldatto Babosa Foto Matheus Tage
Gino Caldatto Babosa | Foto: Matheus Tagé

Para a apresentação deste minucioso trabalho sobre a vida e a obra de Oswaldo Correa Gonçalves, meu caro colega e amigo, realizado pelos jovens Ruy Eduardo Debbs Franco e Gino Caldatto Barbosa, penso em esboçar uma lembrança pessoal, pois conheci o arquiteto praticamente desde que cursei a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.

Para isso, reuni as mais importantes imagens que guardei de Oswaldo, e que podem ser resumidas em quatro retratos parciais de sua e de minha vida. Aliás, embora ambos tenhamos nos modificado ao longo desses sessenta anos, essas imagens demonstram que, curiosamente, permanecemos idênticos: afinal, não sou capaz de lembrar de visões e atitudes desde a minha mais longínqua infância? O mesmo pode ser dito de nosso biografado. Pretendo, por fim, apresentar a síntese dessas imagens. Leia Mais

Os bispos e a ditadura militar brasileira (1971-1980): a visão da espionagem | Paulo César Gomes

Paulo Cesar Gomes Imagem Jornal Opcao 2
Paulo César Gomes | Imagem: Jornal Opção

Com a expansão dos Programas de Pós-Graduação em História no Brasil, especialmente a partir da década de 1990, dezenas de novos objetos, abordagens, temáticas e problemas passaram a ser privilegiados. Segundo o historiador Carlos Fico (2004, p. 21), nesse período, a produção histórica brasileira deu uma verdadeira “guinada”: a predominância de estudos que recaía sobre o período colonial deslocou-se para a fase republicana.

Nessa dinamização dos cursos de pós-graduação, um objeto que deu uma considerável alavancada foi o estudo da ditadura militar brasileira. A partir dos anos 1990, inúmeros trabalhos foram realizados sobre esse tema enfocando diversos prismas, olhares, agentes, recortes e espaços. Entre os inúmeros assuntos abordados dentro da grande temática ditadura militar, que vão de planos econômicos a organizações clandestinas, destaca-se o estudo sobre a Igreja Católica. Engana-se quem pensa que as pesquisas sobre esse assunto se esgotaram ou que não é mais possível originalidade e avanço sobre ele. Em relação à Igreja Católica, embora hoje sejam bastante conhecidos, notadamente, dois aspectos, o papel dos grupos católicos conservadores nas “Marchas da Família com Deus pela Liberdade” durante o pré-golpe de 1964 e a atuação da ala “progressista” na oposição à ditadura e em defesa dos direitos humanos entre os anos 1970-80, importa dizer que ainda há muito a ser descoberto, analisado, (re) discutido e revelado. A obra de Paulo César Gomes, Os bispos católicos e a ditadura militar brasileira é uma prova disso. Leia Mais

Arendt: entre o amor e o mal: uma biografia | Ann Heberlein

Em 2021, a editora Companhia das Letras traduziu o livro [Arendt: Om kärlek och ondska] publicado em 2020 de autoria da sueca Dra. Ann Helen Heberlein, que, pouco conhecida no campo da História brasileira, produziu uma biografia sobre Hannah Arendt. Ainda que não dotada de singularidades abruptas, a biografia expõe duas categorias como chave de leitura para a narrativa de vida de Arendt: contexto e situação-limite. Nesta resenha, portanto, o caro leitor encontrará três setores de informações: a) uma leitura comparativa entre a biografia escrita por Heberlein e outras já consagradas; b) uma síntese geral da narrativa, focando em alguns capítulos-chave; e c) reflexão e apreciação das duas categorias mencionadas.

Heberlein nasceu em 22 de junho de 1970 na Suécia. Estudou Teologia na Lund University, para onde voltou a fim de ser professora-pesquisadora a partir de 2007. Sua dissertação, defendida em 2005 e intitulada Kränkningar och förlatelse (Abusos e perdão), ganhou destaque nacional. A partir de então, começou a discutir sobre culpa, vergonha, responsabilidade, moral, abusos e perdão. Passou a integrar o corpo docente da Universidade de Estocolmo a partir de 2009, além de ter trabalhado como colunista nos jornais Sydsvenskan e Dagens Nyheter. O destaque internacional veio após a publicação, em 2008, de seu relato autobiográfico sobre como é a vida com transtorno bipolar, intitulado Jag vill inte dö, jag vill bara inte leva. Contudo, o primeiro livro traduzido para o português ocorreu em 2012 com Det var inte mitt fel! Om konsten att ta ansvar – traduzido para Não foi culpa minha. A arte de assumir a responsabilidade. Leia Mais

Ensino de História do Holocausto: itinerários de pesquisas | Boletim do Tempo Presente | 2022

Memorial do Holocausto

Os textos aqui reunidos nesse Dossiê foram selecionados e avaliados a partir do I Congresso Internacional sobre Ensino do Holocausto e Educação em Direitos Humanos, organizado pelo Museu do Holocausto de Curitiba em parceria com a Universidade de Pernambuco e a Universidade Federal do Paraná. Em colaboração com o Boletim do Tempo Presente, da Rede de Estudos do Tempo Presente/Brasil, optamos por fazer a divulgação dos textos num periódico acadêmico, ao invés do modelo tradicional de anais. Acreditamos que esse formato dará aos textos maior visibilidade e acesso. Foram selecionados vinte textos de autores(as) de diversas regiões do país que compõem o que aqui chamamos de “novos itinerários” de pesquisas sobre o Holocausto no Brasil. Os textos foram editados por eixo temático e serão publicados em quatro edições do Boletim do Tempo Presente, sendo essa a primeira edição de 2022. Leia Mais

África sem luz | Maria Archer

Maria Emilia Archer Eyrolles Baltazar Moreira
Maria Emília Archer Eyrolles Baltazar Moreira | Imagem: DebathGraph.Org

Introdução

Este artigo tem por propósito discutir o conto “Legítima defesa” da escritora portuguesa Maria Archer. A história se passa em Luanda, em meados do século XX, um período de maior presença portuguesa, bem como de angolanos vindos do interior, gerando assim um aumento das segregações e tensões sociais e raciais, que repercutiu na produção literária tanto dos escritores portugueses, quanto dos angolanos.

Fruto de suas viagens e presença em Luanda, ele apresenta um limite tênue entre história, memória e ficção, sendo, portanto, resultado das histórias que a autora ouvira quando de sua estadia na capital de Angola na década de trinta, nos permitindo assim perceber as diferentes trocas culturais e os jogos de poder entre a população endógena e os europeus pois mesmo a fala sendo de uma autora portuguesas, o texto é polifônico e revela uma serie de vozes que vão para além do olhar colonial. Leia Mais

Por uma Revisão Crítica – Ditadura e Sociedade no Brasil | Denise Rollemberg e Janaína Cordeiro

Poucos temas têm ganhado tanto espaço na academia e na mídia quanto o negacionismo. As razões para isso são óbvias, é claro, bastando olharmos para a situação de calamidade nacional em que nos encontramos para entendermos a extensão dos males que o negacionismo pode acarretar à sociedade. Dentre os tantos negacionismos com que temos que lidar, o negacionismo histórico acerca da ditadura instaurada no país em 1964 se mostrou um dos mais fecundos e corriqueiros, tornando-se “senso comum” em sites e perfis em redes sociais que alimentam “certos” grupos no aplicativo WhatsApp.

O negacionismo da ditadura ressoou recentemente nas declarações de dois ministros de Estado que, chamados a depor no Congresso, externaram de forma indiferente suas crenças. O ministro da Defesa, general Braga Netto, afirmou que não considera ter havido ditadura e que, “Se houvesse ditadura, talvez muitas pessoas não estariam aqui” (MENDONÇA, [2021]). Já o ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretária-geral, afirmou que o uso do termo ditadura é puramente de ordem semântica, preferindo a expressão “regime militar de exceção, muito forte” (GULLINO, [2021]). Em ambos os casos, não se contesta a “força” do regime, mas se argumenta que ela seria necessária diante do contexto da Guerra Fria, e que o Congresso operava “normalmente”, o que caracterizaria a democracia. Para além de um entendimento simplista de democracia, nega-se, dessa forma, fatos e eventos que estavam no centro da ruptura da ordem democrática e da legitimidade do regime quando do golpe de 1964. Nega-se, por exemplo, o respaldo democrático do governo Goulart,2 além de se negar a desfiguração do próprio Congresso, as cassações, perseguições e exílios, a violência e a repressão que impossibilitavam atuações políticas plenamente democráticas. Leia Mais

Marijuana Boom. The Rise and Fall of Colombia’s First Drug Paradise | Lina Britto

Escribir sobre narcotráfico en Colombia no es una tarea fácil. En primer lugar, tener acceso a fuentes primarias o secundarias puede ser un reto en muchos casos insuperable. En segundo lugar, dos literaturas dispares, pero que comparten ciertos rasgos, han dominado las descripciones sobre el fenómeno. Ya frente a lo primero, Andrés López Restrepo y Álvaro Camacho Guizado llamaban la atención sobre la poca literatura académica que existe en torno a la producción de drogas.1 En contraste, predomina una literatura para públicos amplios, con autobiografías y biografías de exnarcotraficantes, en las que por supuesto destacan la figura de Pablo Escobar y los llamados carteles de Medellín y Cali. En esta literatura, se entiende a los “carteles” como grupos que producen acciones racionales muy a la manera del Homo economicus, teoría que los economistas que han dominado la discusión sobre el tráfico de drogas han impuesto a la interpretación de dicho fenómeno. Por otra parte, el llamado periodo de los carteles tiene un lugar preponderante en los relatos sobre el tráfico de drogas en Colombia, mientras que pocos autores se han propuesto conocer su “prehistoria”.2 Paradójicamente, pese a su importancia en el imaginario popular, hasta ahora pocos trabajos se han propuesto investigar a profundidad un periodo clave para el desarrollo de este delito en el país: la Bonanza Marimbera, la cual marcó sin duda un parteaguas en el involucramiento de los colombianos en el circuito transnacional de drogas ilegales, ya que hasta ese momento habían ocupado un lugar marginal, principalmente como “mulas”.3 Leia Mais

Comunidades/historia local e historia de pueblos. Huellas de su formación | Mirta Zaida Lobato

Desde una perspectiva local y por medio de la participación de varios/as historiadores/as, Comunidades, historia local e historia de pueblos… se propone hallar las huellas de formación de comunidades en el marco de la sociedad capitalista; abarca un extenso período desde mediados del siglo XIX hasta las últimas décadas del siglo XX. Leia Mais

En el nombre de la patria. Juventud/nacionalismos cotidianos y emociones patrióticas (Argentina, 1955-1979) | Mónica Inés Bartolucci, Bettina Alejandra Favero

En el nombre de la patria es un escrito con múltiples puntos de vista sobre las formas de sentir y manifestar la nación, entre los y las jóvenes de la Argentina de los años sesenta y setenta. Propone estudiar grupos, prácticas y experiencias juveniles que construyeron, a su manera, variedades de patriotismo ligadas a diversas cuestiones públicas: la soberanía nacional y las Malvinas, el Servicio Militar Obligatorio, el transcurso del conflicto por el Canal de Beagle; la educación y la investigación científica; el fútbol, la religión y las formas de habitar la Iglesia Católica. Los siete capítulos que hacen a la compilación proponen un abordaje especial para ese tema: las acciones cotidianas, las emociones, las relaciones personales con ese “amor a la patria”, que puede tener tantos significados concretos como habitantes hayan pisado su suelo. Tal como el Prólogo (a cargo del español Xosé Núñez Seixas) y la Introducción señalan, el libro elabora sus preguntas con una perspectiva “desde abajo”, que busca reconstruir la relación de los sujetos con la nación a través de sus acciones concretas (individuales y colectivas), sus emociones y recuerdos, sus creencias, sus miedos y orgullos. Leia Mais

La desmesura revolucionaria. Cultura y política en los orígenes del PARA | Martín Bergel

En los últimos años, la producción académica del historiador Martín Bergel, investigador del CONICET y docente de la Universidad Nacional de San Martín, se concentró en una particular mirada sobre protagonistas latinoamericanos. En ella, y sin que implique una contradicción con esa idea de concentración, se articularon de modo heterogéneo y amplio textos sobre la recepción de hechos o problemáticas internacionales, la circulación de ideas por los países del sur de América, las percepciones en América Latina de fenómenos extra o intrarregionales. Estos temas hicieron juego con su producción previa sobre el orientalismo y el tercermundismo, convergiendo en un cruce de prensa periódica y revistas culturales, intelectuales y políticos, donde términos como revolución, populismo, latinoamericanismo aparecieron en sitios clave y donde el caso de la peruana Alianza Popular Revolucionaria Americana (APRA) tuvo un lugar destacado. Leia Mais

International Recognition. A Historical and Political Perspective | Warren Pezé, Daniel R. Rojas

Mao Tsé-Tung e Henry Kissinger se cumprimentando sorridentes ilustram a capa do interessante e provocativo livro International recognition: a historical and political perspective, organizado por Warren Pezé e Daniel R. Rojas. A histórica fotografia registrou o momento em que o governo dos EUA, em plena Guerra Fria, reconheceu o governo comunista da China e estabeleceu relações diplomáticas. Esta escolha editorial sistematiza as principais questões levantadas pela obra: como se dão os esforços de um novo país, ou de um novo regime, para se inserir no sistema internacional? Como se dá o processo de reconhecimento pelos outros atores internacionais? Sob quais condições? Como este processo se alterou ao longo do tempo? Quais características de longa duração podem ser observadas? Leia Mais

El retorno de la emigración en la España del siglo XX/Estudios de Historia de España/2022

El retorno de la emigración constituye uno de los aspectos menos estudiados en la abundante historiografía sobre el hecho migratorio español, probablemente por la dificultad de medir su impacto cuantitativo sobre las sociedades de origen, así como su influencia en la economía y la política locales y nacionales. En este dossier proponemos cuatro aproximaciones a este tema desde el punto de vista de las políticas, percepciones y discursos que el fenómeno del retorno generó en la esfera pública española a lo largo del siglo XX, con el fin de contribuir a destacar su importancia en el análisis contemporáneo de las migraciones exteriores. Leia Mais

Hacia una historia de las tendencias Trotskistas | Daniel Gaido

“La IV Internacional ha muerto, viva la IV Internacional”, parece ser una frase contradictoria, pero que expresa que en la actualidad la crisis de la dirección revolucionaria sigue siendo la crisis dominante de la humanidad. El libro de Gaido señala que no existe una “línea de sucesión apostólica” desde Trotsky hasta el “trotskismo realmente existente” (p. 62). Aunque la necesidad de una IV Internacional para dirigir a las masas obreras hacia el problema del poder es hoy más apremiante que nunca en medio de rebeliones populares, fases prerevolucionarias y procesos transicionales. El libro de Gaido, Hacia una historia de las tendencias Trotskistas, editado por Ariadna, es una “reseña ampliada” del libro de Maitán, Memoirs of a Critical Communist: Towards a History of the Fourth International (2020) quien intenta demostrar la “transubstanciación” de la IV de Trotsky al Secretariado Unificado (SU), algo retrucado por Gaido. Lo novedoso es que el libro de Gaido es que avanza temporalmente en relación a otras historias del trotskismo (Alexander, Coggiola, Moreau y E. González llegan a los ‘80). Pero el libro no analiza pormenorizadamente experiencias más actuales como el debate frente al nacionalismo burgués, la crisis capitalista, la guerra imperialista, la experiencia de Syriza, Sanders en EEUU, Corbyn en Gran Bretaña, o el FITU en Argentina. Gaido aclara que “Este trabajo no pretende ser sino una primera aproximación a la historia de las tendencias trotskistas después del asesinato de Trotsky” (p. 67). Falta, entonces, el diálogo entre las diferentes corrientes del trotskismo. ¿La emancipación de los trabajadores será obra de los trabajadores mismos? ¿El trotskismo fue realmente la herencia revolucionaria del marxismo desviada por el estalinismo y por las traiciones del socialismo? Las “nefastas experiencias de las tendencias de la IV Internacional” parecen contradecir esta “pesada herencia”. Gaido, doctor de Historia de la UNC, separa la IV Internacional en vida de Trotsky de las “sectas” que fueron una pobre mímica de aquella. Para algunos, la IV Internacional sobrevivió ideológicamente a la segunda guerra mundial, pero no organizativamente. Gaido menciona que no hay algo así como una “historia general del trotskismo”, sólo monografías recortadas temporalmente o ensayos desde el punto de vista de dichas tendencias, hagiografías. El texto está dividido en 16 capítulos que recorren tópicos desde la segunda guerra mundial hasta la disolución de la URSS y la restauración del capitalismo en el Este europeo. En la introducción plantea que los “hilos de transmisión” se cortan tempranamente. En el primer capítulo aborda los problemas políticos y de caracterización del Socialist Workers Party (SWP) norteamericano, por ese entonces nave insignia de la IV Internacional, que plantea que la segunda guerra mundial no había acabado, ciego ante el proceso de “contrarrevolución democrática” que se avecinaba en Europa a partir de 1944, incapacitándolo para contrarrestar las “ilusiones democráticas de las masas” (p. 11). No levantaron consignas democráticas como Asamblea Constituyente y no se presentaron en las elecciones, imitando al anarquismo. Por otro lado, apoyaron “las victorias del ejército rojo”, subordinándose a la política estalinista. Mientras las masas obreras se orientaban hacia las viejas direcciones, el trotskismo vegetaba. Problemas de organización Gaido atribuye este “desvío”, en el capítulo dos, a la “bolchevización” sufrida por la tercera internacional en el momento en que aparecían las primeras oposiciones de izquierda (trotskistas). “La política de “bolchevización” de Zinoviev no sólo allanó el camino para el surgimiento del estalinismo, sino que desafortunadamente sigue viva y coleando hoy en día en la dinámica interna de la mayoría de las organizaciones ‘trotskistas’” (p. 11). Sin embargo, el propio Lenin atribuía la degeneración burocrática al aislamiento de la revolución rusa y al atraso de su economía, esto es, a la imposibilidad del socialismo en un solo país. Gaido invierte la determinación de la política frente a los métodos organizativos. “La historia del bolchevismo es en realidad la de la lucha de las fracciones”, indica Trotsky en La Revolución Traicionada. En las diferentes secciones europeas durante la guerra, muchas de ellas diezmadas, había ricos debates y fracciones opuestas. Por ejemplo, el PCI francés estaba dividido en dos organizaciones durante la guerra (CCI y POI), ambas con fracciones y tendencias internas, que en la reunificación de 1944 formaron nuevos reagrupamientos internos temporales (Lequenne, 2005). Para muchas organizaciones trotskistas en la posguerra, este estado de deliberación generó grandes problemas organizativos y sería la causa del reducido número de los partidos trotskistas (Quelques enseignementes de notre histoire, OCI, 1970). Durante la formación de la Oposición Internacional en Francia, se comentaba que debido a las disputas y luchas fraccionales se “respiraba un aire viciado” que repelía a los obreros. Sin embargo, es necesario distinguir entre la lucha de camarillas permanentes y la organización de fracciones temporales sobre cuestiones políticas. Con la justificación estalinista de que una diferencia puede llevar a la liquidación, los trotskistas adoptaron métodos estalinistas (expulsiones sumarias, ausencia de centralismo democrático) … para derrotar al estalinismo. Esto se ve reflejado en los estatutos y en los métodos organizativos de la posguerra. Gaido observa, en el tercer capítulo, un principio de burocratización en el Segundo Congreso de la IV (abril de 1948), en donde las actas no fueron presentadas, “un precedente que fue seguido en todos los congresos posteriores celebrados tanto por organizaciones “pablistas” como “anti-pablistas” (p. 15). Sin embargo, la Internacional Comunista bajo Stalin y Zinoviev presentó las actas de todas las reuniones, eso no le impidió una feroz burocratización. La OCI francesa presentaba en su prensa regularmente balances y campañas financieras, lo que no le impidió la discrecionalidad de su uso o la expulsión burocrática de muchos dirigentes. Gaido menciona que los partidos deberían tener “un carnet de afiliado”, y “al menos un estatuto”, esto último cierto, pero eso no alcanza para reconocer y financiar (¡algo que no menciona y es importante!) los derechos de tendencia y fracción (órgano y materiales). Tampoco se trata de convertir a una organización en una Federación “Bakuninista”. Lo del “carnet” parece más un club de socios, o sea, de simpatizantes y no militantes: Podemos en España muestra balances, edita posiciones, plataformas, carnets, balances financieros, lo que no le impide apoyar a la monarquía. Por otro lado, Gaido dice que “ninguna de las organizaciones trotskistas que existen actualmente puede pretender ser un partido de la vanguardia de la clase trabajadora” (p. 63), debido al escaso número de su militancia. Pero esto es una forma cuantitativa de medir la influencia política de una organización: luego está su capacidad para controlar sindicatos estratégicos, sindicatos universitarios, o la influencia en el escenario político de cada país. Una pequeña organización puede tener “influencia de masas”, o una influencia de masas a través de la influencia en la vanguardia obrera, sin ser una organización de masas. Pero esto no es analizado ni “cuantificado”. Leia Mais

Un otoño que perduró en la memoria. La pandemia de influenza de 1918 en la ciudad de Puebla | Miguel Ángel Cuenya Mateos, José Ramón Eguibar Cuenca

La pandemia de SARS-COV-2 de 2020 fue inesperada a nivel global, pues no se había visto una enfermedad de esta magnitud en más de una centuria, después de la llamada “gripe española” de 1918, pues si bien hubo otras pandemias en el siglo XX, ninguna de estas llegó a tener el impacto social, cultural y económico que tuvo esta última. Después del 2020, la pandemia de influenza H1N1 de 2009, quedó muy lejos de ser una preocupación como la que se vivió a partir de ese año. Amén de lo anterior, la comunidad científica de diversas áreas ha estudiado el comportamiento de las pandemias desde diversos enfoques. En el área de la investigación histórica la mayoría de estos trabajos se enfocaron en enfermedades epidémicas y pandémicas de los siglos XVI al XIX. Respecto a la pandemia de 1918, Leticia Gamboa Ojeda abordó su estudio para el caso de la ciudad de Puebla en 1991, estas indagatorias continuaron en los siguientes años de la mano de otros autores incluido Miguel Ángel Cuenya, pero a partir del contexto de la presente pandemia el propio Cuenya y Ramón Eguibar le han dado una nueva interpretación y enfoque, relacionando lo médico con lo histórico en el panorama de la primera mitad del siglo XX. Leia Mais

Mexiko: presencia y representación en las publicaciones en lengua alemana entre 1914 y 1945 | Emma Julieta Barreiro, Bernd Hausberger

El Colegio de México publicó en 2021 el libro Mexiko: presencia y representación en las publicaciones en lengua alemana entre 1914 y 1945 que fue coordinado por la literata y traductora Emma Julieta Barreiro y el historiador Bernd Hausberger. Se trata de una obra en la que once autores exploran la forma en que periodistas, científicos, escritores y fotógrafos germanoparlantes retrataron a México, los mexicanos y lo mexicano de la Primera a la Segunda Guerra Mundial. Con ello, los autores muestran la variedad de publicaciones donde se presentó a México y nos incentivan a seguir estudiando las formas en que autores extranjeros han construido el imaginario sobre este país y su población. Leia Mais

La Argentina peronista: Una historia desde abajo (1945- 1955) | Omar Acha

Con la consigna y objetivo de “90 libros de hasta 90 páginas, para leer en 90 minutos”, es que se inserta la obra que comentaremos. Con esto queremos evidenciar que no es una consigna sencilla sintetizar 10 años de historia nacional en menos de 100 páginas, es todo un desafío, y sobre todo cuando se trata del “primer peronismo”. El autor se encarga de aclarar que el concepto de “primer peronismo” a diferencia de “peronismo clásico” o “peronismo del 45”, es menos interpelante pero más adecuado a los fines de captar la variedad de experiencias que surgieron en este período (Acha, 2019: 3). Leia Mais

Comparing Transitions to Democracy. Law and Justice in South America and Europe | Cristiano Paixão e Massimo Mecarelli

Ce livre collectif, réunissant quatorze auteurs sous la direction de Cristiano Paixão et Massimo Meccarelli est une contribution innovante à l’étude des transitions démocratiques du XXe siècle en Amérique du Sud, en Espagne, au Portugal et en Italie étudiées sous l’angle de l’histoire du droit, plus particulièrement de l’histoire de la justice dans les périodes de sortie de la dictature et de la difficile reconnaissance des crimes commis avant le processus démocratique. En rappelant le combat récent des familles de victimes pour retrouver les corps de leurs parents disparus et le poster du président Bolsonaro (quand il était membre du Congrès) affirmant que « seuls les chiens recherchaient des os », ce livre montre, s’il en était besoin, combien est vive, chez tous ceux qui ont perdu un être cher dans les crimes des dictatures du XXe siècle, la mémoire de ces tragiques événements et la volonté de connaître la vérité, sinon de voir punis les responsables de ces atrocités. En donnant des évaluations précises du nombre des victimes, de celui (beaucoup plus faible) des actions intentées et de celles (encore moins nombreuses) ayant abouti à des condamnations, en décrivant les obstacles rencontrés par les victimes et leurs familles face aux lois d’amnistie et aux politiques fondées sur l’oubli, cet ouvrage est un salutaire rappel pour les lecteurs du monde entier sur la persistance des crimes contre l’humanité et sur leur poids dans la psychologie de millions de personnes à travers tous les continents.

Au-delà de l’émotion que peuvent ressentir les lecteurs, même ceux bien informés de ces questions dans leur pays, mais ayant eu rarement accès à une étude comparative de cette ampleur, ce livre est un très bel exemple d’histoire du droit à l’époque contemporaine, ou si l’on préfère de l’histoire du temps présent. Dans beaucoup de pays, la discipline de l’histoire du droit s’est d’abord développée pour étudier les traditions nationales, qu’elles remontent à l’Antiquité, au Moyen Âge ou aux Temps modernes. Il a fallu, au cours de ces dernières décennies, des engagements individuels et collectifs de quelques spécialistes de l’histoire du droit pour que l’étude du XIXe , puis du XXe siècle, devienne un objet de recherches et d’enseignements à part entière. Sur la période postérieure à la Seconde Guerre mondiale, il a été longtemps objecté que le recul manquait pour apprécier des événements dont les chercheurs avaient pu être des contemporains, du moins dans leur jeunesse. Depuis longtemps cette objection, qui par nature s’affaiblit d’année en année, a été réfutée par les historiens généralistes qui traitent de la seconde moitié du XXe siècle, qu’il s’agisse de l’établissement des régimes démocratiques en Europe après 1945, de la guerre froide, de la décolonisation ou de la fin de l’URSS. Il n’y a aucune raison pour qu’il en aille différemment pour l’histoire du droit : de la part d’auteurs qui sont pour la plupart séparés des événements analysés par l’espace d’une ou deux générations et qui s’efforcent à l’objectivité en travaillant sur les archives et les discours des acteurs de cette histoire contemporaine, l’on peut trouver la même « objectivité » que chez les historiens étudiant des périodes plus anciennes avec un vocabulaire et un regard qui eux sont nécessairement contemporains. De plus, le sujet traité dans ce livre concerne au plus haut point l’histoire du droit : il s’agit d’analyser le contenu et la portée de textes constitutionnels, de lois (particulièrement de lois d’amnistie), de jugements, de prises de position doctrinales qui constituent autant de pièces de dossiers pouvant être vérifiés ou discutés (« falsifiables » selon le vocabulaire de Popper). Leia Mais

Antifascismo/guerra e Resistenze in Maremma | Stefano Campagna, Adolfo Turbanti

Con questo volume l’Istituto storico grossetano per la Resistenza e l’Età contemporanea (ISGREC)1, a quasi trent’anni dalla sua fondazione, realizza un «obiettivo che era insito nella sua stessa natura»2, proponendo alla cittadinanza e agli specialisti del settore un lavoro storiografico sulla Resistenza in provincia di Grosseto. Come anticipato dal titolo, i dieci mesi di occupazione tedesca rappresentano solo una parte nell’economia del volume, che affronta i nodi storiografici legati alla guerra ed alla Resistenza alla luce di una lettura di lungo periodo, attenta alle tradizioni politiche della provincia ed alla sussistenza di fragili reti antifasciste durante il regime. Tale impostazione si sposa con una scelta metodologica in linea con l’evoluzione dell’interpretazione storica sulla Resistenza. Leia Mais

Vedere l’impero. L’Istituto Luce e il colonialismo fascista | Gianmarco Mancosu

Nel corso degli ultimi anni la storia del colonialismo ha riscosso un particolare interesse all’interno della comunità scientifica, essendo oggi evidente il suo protagonismo nell’ambito della storiografia nazionale ed internazionale. L’esperienza coloniale è stata oggetto di una profonda riflessione in tutto il continente europeo, approdando anche in Italia grazie agli studi, fra gli altri, di Angelo del Boca1. In tempi più recenti, oltre a ricostruire modalità, processi e sviluppi del colonialismo italiano all’interno del continente africano – spesso frammentando questo studio in base al luogo specifico di occupazione – è sorta anche la necessità di riscoprire aspetti poco o per nulla conosciuti dell’esperienza italiana, favorendo in questo modo una riflessione che accomuni tutti i territori coloniali: dalla Cirenaica e Tripolitania fino al Corno d’Africa e all’oltre Giuba. Il lavoro che ci propone Gianmarco Mancosu, assegnista di ricerca in Storia Contemporanea presso l’Università degli Studi di Cagliari2, si sviluppa seguendo proprio questo paradigma: l’analisi delle pratiche culturali e gli aspetti più o meno conosciuti della politica espansionistica italiana attraverso l’occhio della cinepresa – e cioè dell’Istituto Luce – quale interlocutore privilegiato nella travagliata storia coloniale italiana3. Leia Mais

Da Trieste all’Europa. Manlio Cecovini politico/massone/scrittore | Luca Manenti

Curato da Luca G. Manenti, direttore scientifico della rivista «Qualestoria», il volume raccoglie gli atti del convegno organizzato il 5 giugno 2021 dal “Centro Studi Scipio Slataper” di Trieste. Obiettivo dell’incontro è mettere a fuoco e ricondurre ad unità analitica la poliedrica figura di Manlio Cecovini (1914-2010), avvocato, reduce di guerra, massone, romanziere, rotariano, membro fondatore della Lista per Trieste (popolarmente detta Il Melone), sindaco della città giuliana (1978-1983) e parlamentare europeo. Leia Mais

Enemigos fueron todos: vigilancia y persecución política en el México posrevolucionario (1924-1946) | C. Valdez

El libro de César Valdez Enemigos fueron todos aborda un tema poco transitado en la historia del siglo XX mexicano. El actual investigador del Instituto Nacional de Antropología e Historia de México (INAH) indaga en el funcionamiento institucional, el desempeño político, así como en los alcances y los límites del control social que llevó adelante el Departamento Confidencial de la Secretaría de Gobernación de su país entre 1924 y 1946. Esta historia narra el origen y el desarrollo de los servicios de inteligencia en los años posteriores a la Revolución Mexicana. Leia Mais

La cultura americana e il PCI. Intellettuali ed esperti di fronte alla “questione comunista” (1964- 1981) | Alice Ciulla

La pluralità di voci che tra anni Sessanta e Settanta animò il dibattito accademico-politico statunitense sulla “questione comunista” in Italia è al centro del volume di Alice Ciulla, assegnista presso il Dipartimento di Scienze politiche dell’Università Roma Tre. In questa sede, l’autrice ha discusso la tesi di dottorato dalla quale è tratto il libro. Per la stesura di quest’ultimo, Ciulla ha tuttavia approfondito alcuni temi attraverso esperienze di ricerca in archivi italiani e americani, integrandole con interviste ad alcuni studiosi dell’epoca raccolte durante i soggiorni negli Stati Uniti. Leia Mais

Em busca da África: pretitude e modernidade | Manthia Diawara

O livro de Manthia Diawara tece uma instigante investigação sobre algumas das tensões que explodem em países africanos após sua independência dos países europeus, remetendo-nos aos debates de ideias que motivavam, na segunda metade do século XX, algumas das principais querelas que então se produziam em torno do ideal de modernidade que ali se alçava, anelando a história pessoal do autor à do próprio continente: Leia Mais

Navigating Socialist Encounters: Moorings and (Dis)Entanglements between Africa and East Germany during the Cold War | Eric Burton, Anne Dietrich, Immanuel R. Harisch, Marcia C. Schenck

A consolidação da História Global como um campo historiográfico, que ganhou força a partir dos anos 2000, esteve relacionada a intensos debates sobre ausências e silêncios que o campo parecia perpetuar. Atualmente, é consensual nos estudos africanos que uma escrita da história tendo como base a perspectiva da “virada global” não deu a devida atenção para o lugar que a África ocupou – e ocupa – nas dinâmicas de interconexões e interrelações mundiais que buscavam ser evidenciadas. A esse propósito, como recorda o historiador Andreas Eckert, desde a década de 1950 o senegalês Cheikh Anta Diop, um dos intelectuais africanos mais conhecido e pioneiro na promoção de uma história da África fora de balizas europeias coloniais, tinha como uma de suas principais prerrogativas “reconfigurar o lugar da África no Mundo”.1 Leia Mais

Selling Black Brazil: Race/Nation/ and Visual Culture in Salvador/Bahia | Anadelia Romo

Em seu novo livro, a historiadora Anadelia Romo explora a construção de Salvador da Bahia como uma cidade “negra” por meio de uma fonte inovadora: guias turísticos ilustrados da cidade, escritos em português, dirigidos ao público nacional, em um momento de expansão do turismo doméstico (décadas de 1940-1960). Os guias, na sua maioria escritos por romancistas, jornalistas ou acadêmicos conhecidos, documentam mudanças importantes nas concepções de identidade local e regional. Mas eles são especialmente reveladores, argumenta Romo, pelas formas com que suas ilustrações ajudaram a estabelecer uma nova iconografia da cidade – uma iconografia que, ela argumenta, tornou-se “aceita como comum e natural” (p. 9), mas (naturalmente) possui uma história complexa e reveladora. Selling Black Brazil conta essa história. Leia Mais

Il controllo del pallone. I cattolici/i comunisti e il calcio in Italia (1943-anni Settanta) | Fabien Archambault

Fabien Archambault, professore associato all’Université de Limoges, è da oramai molti anni un riconosciuto specialista di storia dello sport: i suoi interessi hanno spaziato dalla storia della pallacanestro1 a quella del calcio2. Appare finalmente, a dieci anni esatti dalla pubblicazione in lingua francese3, la versione italiana del libro tratto dalla tesi di dottorato, sostenuta nel 2007 presso l’Université Pierre Mendès France di Grenoble sotto la direzione di Éric Vial. Il volume di Archambault, operando un’analisi al confine fra la storia dello sport e la storia politica (un connubio che – come rimarca lo stesso autore – non può che portare a un reciproco arricchimento delle discipline), mostra nel dettaglio le strategie messe in opera dalle associazioni emanazione del mondo cattolico (CSI, Centro Sportivo Italiano) e comunista (UISP, Unione Italiana Sport Popolare). La ricerca condotta dall’autore è volta a indagare le strategie di «[…] inquadramento politico, di radicamento sociale e di costruzione del consenso, elaborate e dirette dalla Chiesa, dalla Democrazia cristiana e dal Partito comunista italiano in un arco di tempo che va dalla caduta del fascismo alla fine degli anni Sessanta»4. Punto di partenza delle considerazioni sviluppate da Archambault è che lo sport nazionale italiano sia divenuto tale attraverso una attenta politica di promozione della disciplina sviluppata anzitutto dal fascismo e, dopo il secondo conflitto mondiale, dalle principali forze politiche repubblicane, la DC e il PCI. È il collateralismo, ossia «il funzionamento di tutta una galassia di organizzazioni che nel mondo delle associazioni che fanno capo a un determinato partito politico»5, a caratterizzare la pratica calcistica di massa. «Alla fine degli anni Cinquanta» nota l’autore «il calcio è divenuto lo sport nazionale, nel senso dello sport più praticato, perché la Chiesa ne ha fatto uno dei vettori della sua presenza e del suo intervento nella sfera pubblica»6. Il calcio diviene – a partire dall’immediato dopoguerra – uno degli strumenti attraverso cui si cerca di portare avanti due idee di società radicalmente differenti: i cattolici lo faranno approfittando del radicamento sul territorio italiano delle parrocchie, sui cui terreni gli italiani troveranno lo spazio per giocare il «calcio da oratorio»; il Partito comunista, che mostrerà almeno inizialmente una propensione a promuovere il ciclismo, darà vita a un’organizzazione realmente concorrenziale con il CSI, benché solo in alcune regioni, l’Emilia Romagna e la Toscana. È proprio il differente assetto della contesa nei diversi contesti regionali ad emergere con forza nel corso dell’analisi: l’Italia non fu in questo senso omogenea e una vera disputa per la gestione del calcio fra CSI e UISP ebbe infatti luogo quasi solamente nelle “regioni rosse”. La capillarità della presenza cattolica – grazie agli oratori e all’efficace azione della GIAC (Gioventù Italiana di Azione Cattolica) – e il successo nella gestione della pratica sportiva, nota l’autore, è reso evidente dal radicamento dell’espressione «calcio d’oratorio» rispetto al corrispettivo «calcio popolare». Il calcio veniva del resto promosso da entrambi gli schieramenti con finalità e interpretazioni del gioco differenti: se da una parte ne veniva messo in luce il ruolo di «mezzo per favorire eventuali slanci spirituali […] propedeutico alla formazione religiosa» oltre che «occasione per promuovere un ordine sociale cristiano»7, dall’altra se ne esaltava lo spirito combattivo, utile a evocare una dimensione di lotta8 e la necessità di promuoverne la dimensione amatoriale. Proprio allo sviluppo del «calcio d’oratorio» e del «calcio popolare» sono dedicati i primi due capitoli de Il controllo del pallone: in queste pagine ci si trova di fronte a una vasta messe di dati, accompagnati da tabelle e mappe che – grazie alla rappresentazione grafica – aiutano la comprensione del fenomeno. Leia Mais

Con los pies en el surco. Instituciones estatales y actores de la ciencia agropecuaria en La Pampa (1958-1983) | Federico Martocci

Desde la creación del Ministerio de Agricultura en 1898, la asociación entre agricultura, ganadería, población y tierra se sistematizó a través de instituciones y programas de colonización y extensión. El diseño industrial de Argentina en la primera mitad del siglo XX ocurrió de la mano del sector agroindustrial que reguló la tierra, las actividades, la colonización y la población. La revisión temporal de la idea de extensión rural a través de una obra como la revisada aquí permite apreciar una faceta interesante de la sociedad provincial a través de una lente particular. ¿Cómo se expresaron los conocimientos científicos en las ideas de la extensión en el tiempo, reproduciendo y/o redefiniendo ideas técnicas e ideologías dominantes? ¿Cómo dibujaron mundos y formas de relacionamiento? ¿De qué maneras los practicantes de la ciencia y la tecnología contribuyeron a proyectos de extensión/desarrollo? En las primeras décadas del siglo XX ya se hacía investigación y extensión, seguramente no en la escala necesaria, aunque tampoco era algo desestimable. Sin embargo, hubo un cambio significativo en las ciencias agrícolas de la región, que fue parte de un proceso más amplio generalizable a América Latina, que resultó en su reconfiguración entre 1940 y 1960. En todas partes se enfatizaba una gran necesidad de investigadores formados y era evidente la urgencia por tener más especialistas competentes, particularmente en las ciencias agrarias.

Desde los días de la Reforma de 1918 la idea de la extensión se había percibido como parte de la función de educar al pueblo soberano. A partir de los años cincuenta pasó a ser instrumental para la introducción y difusión de conocimientos transnacionales bajo un concepto renovado. Se suponía que la ilustración de la universidad y de los organismos técnicos del Estado podía llegar a la población, especialmente en relación con la producción de riqueza y bienestar, traduciendo el conocimiento técnico disponible a nivel internacional. La idea del extensionismo se reflejó en un imaginario de hombres, tecnologías y naturalezas en torno a la ruralidad, marcado por el progreso técnico. Leia Mais

Estudantes africanos e africanas no Brasil (Anos 1960) | Luiza Nascimento dos Reis

O lançamento do livro Estudantes africanos e africanas no Brasil (Anos 1960) provoca a necessidade de relembrar que, nos séculos XVII, XVIII e até meados do XIX, o Brasil mantinha relações estreitas com o continente africano. Nesse período, África e Brasil formavam um espaço relativamente interligado, em razão do tráfico negreiro, que produzia um volumoso comércio de mercadorias e de pessoas. O fim do tráfico, em 1850, silenciou essas relações e, por praticamente um século, o continente esteve ignorado nas relações internacionais do país. A África não constava nos discursos oficiais, tampouco nos conteúdos escolares, causando aos brasileiros o desconhecimento da realidade africana, e deixando marcas profundas na memória nacional. Leia Mais

Modernidades negras: a formação racial brasileira (1930-1970) | Antonio Sérgio Alfredo Guimarães

De acordo com Ítalo Calvino, “Toda primeira leitura de um clássico é na realidade uma releitura”.1 O livro Modernidades negras, de Antonio Sérgio Guimarães, já nasceu um clássico. Primeiro, porque o autor tem a capacidade de poucos para sintetizar teorias raciais, de desigualdades, o racismo e agora a modernidade negra no Brasil, temas presentes em vários artigos dele que se tornaram clássicos. Em segundo lugar, dentro do contexto atual, em que a memória está cada vez mais relacionada aos relatos curtos sobre períodos recentes, o autor faz um recuo histórico e recupera um debate importante relacionado à raça, cor, etnia, racialização, identidade nacional, formação racial, cultura negra e racismo, no contexto nacional, e a partir dessa perspectiva é capaz de informar muito rapidamente às novas gerações sobre quando vigorava a crença na democracia racial no país. Leia Mais

Modernidade em preto e branco: arte e imagem/raça e identidade no Brasil | Rafael Cardoso

De vez em quando, aparece um livro que desloca o debate em torno de um determinado assunto de tal forma que se torna impossível, ou, no mínimo, desaconselhável, entrar na discussão sem lidar com ele. Estes livros raramente apresentam argumentos inteiramente novos, mas conseguem captar e sintetizar de modo instigador uma crítica que circula há algum tempo. Como trechos de pavimentação sobre caminhos de terra, eles se estendem e solidificam trilhas previamente batidas. É o caso do novo estudo de Rafael Cardoso, Modernidade em preto e branco, que defende uma compreensão temporalmente expansiva do modernismo brasileiro que desafia o “mito de 1922” associado à Semana de Arte Moderna em São Paulo, descrita como uma cidade “ainda provinciana apesar de sua grande prosperidade” (p. 18). As inovações estéticas da geração anterior foram ofuscadas por este mito propagado por intelectuais paulistas durante a segunda metade do século XX. O centenário da Semana de 1922 ocasionou uma infinidade de eventos e publicações, em grande parte comemorativas, tornando a Modernidade em preto e branco uma intervenção bem-vinda. Bem escrito e enriquecido com uma impressionante coleção de ilustrações coloridas, está destinado a se tornar um clássico da historiografia da modernidade cultural brasileira. Leia Mais

Tres Revoluciones que estremecieron el continente en el siglo xx | Sergio Guerra Viaboy, Alejo Mldonado Gallardo e Roberto Gonzalez Araja

Sin duda el trabajo investigativo de los profesores Sergio Guerra Vilaboy, Alejo Maldonado y Roberto Gonzalez Arana, constituye un destacado aporte para una mejor comprensión sobre tres revoluciones en la historia latinoamericana del siglo pasado.

La literatura sobre las revoluciones de independencia latinoamericana es abundante y contrasta con las publicaciones sobre las ocurridas en el siglo XX. Es por ello que al analizar comparativamente estos hechos históricos ocurridos a comienzos de 1910 en México, a mitad de los años en Cuba, y a fin de los años setenta en Nicaragua hallamos elementos similares en todas como el tema de la lucha por la tierra en cada país, la reacción ante dictaduras opresivas en cada nación, y sin duda, el papel protagónico de los Estados Unidos como artífice y soporte de cada gobierno militar. Leia Mais

En tela de juicio. Justicia penal/ homicidios célebres y opinión pública (México/ siglo XX) | Elisa Speckman Guerra

¿Qué tienen en común el cantante Augusto Guty Cárdenas y el militar Humberto Mariles? Por supuesto, la celebridad que obtuvo cada uno en su ámbito profesional (la música y el deporte ecuestre, respectivamente), pero también el sino de la tragedia. Cárdenas murió a balazos, en la cumbre del éxito, con apenas 26 años, en 1932. Poco más de treinta años después, Mariles mató a tiros y vio eclipsar su buena estrella al involucrarse en asuntos criminosos. Uno víctima, el otro victimario, aunque en los procesos judiciales que se desarrollaron en torno a ellos se intentó demostrar que Guty Cárdenas fue menos víctima de lo que parecía y Humberto Mariles, menos victimario de lo que todos los indicios apuntaban. Los suyos son apenas dos de los diversos casos que analiza Elisa Speckman en su libro En tela de juicio. Leia Mais

Memoria y Olvido: usos públicos del pasado desde la Academia Colombiana de Historia (1930-1960) | Sandra Patricia Rodríguez Ávila

Repensar el pasado trae consigo cuestionarse el cómo y porqué de su implementación para determinados fines; en este caso, el libro de Sandra Rodríguez invita a adentrarse y reflexionar en torno a esas estrategias, esos usos públicos que puso en práctica la Academia Colombiana de Historia entre 1930 y 1960 para la construcción de la memoria oficial mediante el fomento de las festividades patrias, la enseñanza de la historia en los diversos planos de la escolaridad y la ordenación del patrimonio histórico y cultural de la nación. Lo que expone Rodríguez en su libro puede tomarse como un proceso que inició con mayor ahínco con la conmemoración del primer Centenario en 1910, donde se buscó exaltar los valores de los próceres de la Independencia, tales como su patriotismo capaz de llevarlos al sacrificio en el cadalso, su valentía y su audacia, bien fuese en el campo de batalla o en el ejercicio político o científico. Junto con esto se puso a España como la madre patria, a la Iglesia como agente principal de la civilización y a los valores hispanistas como aglutinadores de una nación fragmentada por razón de las guerras civiles del siglo XIX y la Guerra de los Mil Días1 .

El libro de Rodríguez, resultante de la investigación para su tesis doctoral del año 2013, se divide en 4 capítulos: en el primero, titulado “El culto y cultivo de la historia como uso público del pasado”, la autora se dispone a mostrar la conformación de la Academia a partir de historiadores aficionados integrantes de la élite política de la capital, considerados a sí mismos como los descendientes de los próceres de la Independencia nacional y portadores de la tradición y valores hispánicos, que se identificaban bajo el modelo intelectual y moral adoptado por las élites desde el periodo de la Regeneración2. Además, este apartado deja ver la publicación del Boletín de Historia y Antigüedades de la Academia como su principal propuesta de difusión, junto con otros lanzamientos y propuestas editoriales, donde se destacan la Historia Extensa de Colombia y la producción de textos escolares para la enseñanza de la historia como Historia de Colombia para la enseñanza secundaria y el Compendio de la historia de Colombia para la enseñanza en las escuelas primarias de la República de Jesús María Henao y Gerardo Arrubla, a partir de los cuales se basaron la mayoría de libros de texto escolares hasta los años 50. Finalmente, el capítulo culmina destacando la creación y consolidación de los centros y academias de historia a nivel regional, impulsados por la Academia, permitiendo de esta manera una multiplicidad de “brazos” que articulaban la labor de la entidad en la capital al resto del país. Leia Mais

La urbanización del río Tunjuelo: desigualdad y cambio ambiental en Bogotá a mediados del siglo XX | Vladimir Sánchez Calderón

En el marco de los desarrollos recientes que viene adelantando la historia ambiental colombiana, el nombre de Fabio Vladimir Sánchez es quizás uno de los que figura con más regularidad en distintos espacios. La apreciación no se limita a su producción científica, pues se extiende a la participación que el profesor Sánchez ha demostrado tener en redes académicas y eventos de notable enriquecimiento para este campo; varios de ellos promovidos inicialmente por él (mesas temáticas, dosieres, paneles y conversatorios), pero coordinados de manera colaborativa con colegas, estudiantes de diferentes niveles formativos y jóvenes investigadores adscritos a su semillero Geohistorias, en el que proyectos afines a la historia urbana también han encontrado un asidero para recuperar, con especial interés, los procesos de metropolización ocurridos en el oriente colombiano. A los resultados anteriores hoy se suma la afortunada aparición del libro que aquí se reseña, derivado de la tesis doctoral que Sánchez realizó en la Universidad de los Andes y publicado por el sello editorial de la Universidad Industrial de Santander, donde actualmente se desempeña como profesor de la Escuela de Historia. Leia Mais

La Repubblica di Weimar: democrazia e modernità | Chritoph Cornelissen

Stretta fra la fine della Prima guerra mondiale (1918) e l’avvento del nazismo (1933), la Repubblica di Weimar viene spesso associata nell’immaginario comune a un fallimento: violenza politica, crisi economica e inflazione galoppante, instabilità nella guida dei governi e debolezza del parlamento sono alcuni degli elementi che l’avrebbero condannata all’insuccesso. Un insuccesso talmente bruciante che avrebbe portato la nuova Repubblica federale tedesca, nata dopo la fine della seconda guerra mondiale, a smarcarsi il più possibile dall’esperienza di Weimar, sostenendo che il nuovo assetto istituzionale sarebbe stato di tutt’altra pasta. Soprattutto quando, come in questo caso, le convinzioni sono così consolidate, una rinnovata attenzione storiografica può essere opportuna. Il volume curato da Christoph Cornelissen e da Gabriele D’Ottavio nasce da un convegno tenutosi nel 2019 a Trento e si propone, nel centenario della fondazione della Repubblica di Weimar, di riprendere alcuni argomenti grazie a degli articoli firmati da studiosi e studiose di entrambe le aree culturali (i saggi scritti in origine in tedesco sono stati tradotti da Enzo Morandi). Più esattamente, vengono proposte delle coppie di temi (Costituzione e rivoluzione, società postbellica e cultura politica, crisi economica e crisi sociale, aspirazioni individuali e diritti collettivi, dimensione globale e prospettiva europea, eredità e attualità) che danno forma alla struttura del libro e separano per coppie i dodici saggi presenti.

Christoph Cornelissen insegna Storia contemporanea presso l’Università di Francoforte sul Meno e dal 2017 è il direttore dell’Istituto storico Italo-Germanico della Fondazione Bruno Kessler di Trento, l’istituto che ha organizzato insieme ad altri e ha ospitato il convegno sul centenario di Weimar. Gabriele D’Ottavio lavora come ricercatore di storia contemporanea presso l’università di Trento, oltre a essere affiliated fellow presso lo stesso Istituto italo-germanico. Leia Mais

Néstor Perlongher: memórias, poéticas e espacialidades desejantes/ Cadernos Pagu/2022

O dossiê que, para a nossa felicidade, trazemos neste número 66 dos cadernos pagu responde a um tempo que, acreditamos, precisa ser notado. Ocorre que, no dia 26 de novembro deste ano de 2022, completam-se 30 anos do falecimento do antropólogo, poeta e militante argentino Néstor Perlongher. Sua dissertação em Antropologia Social, defendida em 1986 e orientada por Mariza Corrêa, uma das fundadoras do Núcleo de Estudos de Gênero Pagu (Unicamp), completará, em breve, 35 anos. Notar o tempo de Néstor e de uma obra que marcou profundamente as trajetórias intelectuais e artísticas de tantas pessoas é convertê-los em oportunidade de futuro. Leia Mais

1938: reforma universitaria/ higiene social y antifascismo en la UNLP. Itinerarios/ militancias y publicidades en torno a las conmemoraciones del ‘18 | Adrián Celentano

En algún rincón de El libro de los amores ridículos, Milan Kundera sostiene que los seres humanos atravesamos el presente con los ojos vendados; sin más opción que intuir o adivinar lo que en realidad vivimos. Solo el paso del tiempo puede quitar aquella venda para mirar al pasado y entender qué fue aquello vivido y cuál fue su sentido. En esa dirección se mueve el trabajo conjunto de este equipo de investigadores, quienes levantaron esa venda —desde el presente y a través de la revisión documental— para analizar las disputas políticas que tenían lugar en el campo intelectual de la Argentina de los años de 1930.

El libro retoma la experiencia de lucha y posicionamiento político al interior de la Universidad Nacional de la Plata (UNLP) a través del estudio de la Revista de la Facultad de Ciencias Médicas y Centro de Estudiantes de Medicina (en adelante RFCMyCEM), cuyo análisis, lejos de ser baladí, funciona como una clave para pensar las tensiones de ese momento. Tales disputas, si Nietzsche no erró al pensar en la idea del eterno retorno, son útiles para pensar las disyuntivas del presente. Leia Mais

Em busca do desenvolvimento perdido: um projeto novo-desenvolvimentista para o Brasil | Luiz Carlos Bresser-Pereira

O livro “Em busca do desenvolvimento perdido: um projeto novo-desenvolvimentista para o Brasil” foi escrito por Luiz Carlos Bresser-Pereira e lançado pela editora FGV Editora. Luiz Carlos Bresser-Pereira nasceu em 1934, em São Paulo, foi Ministro da Fazenda em 1985 e Ministro da Administração Federal e Reforma do Estado no governo de Fernando Henrique Cardoso (1999). Ganhou o título de professor emérito da Fundação Getúlio Vargas da qual é professor desde 1959, e é editor da Revista de Economia Política desde 1981.

A obra foi lançada em 2018 e se trata da proposição de um novo projeto desenvolvimentista como uma alternativa ao liberalismo econômico. Em princípio é feito uma abordagem da formação econômica, discorrendo sobre a adoção de investimentos no modo de produção industrial como foco de um projeto de desenvolvimento na década de 1940 a 1950, a estagnação econômica e a perda do projeto de desenvolvimento anterior a partir de 1980 e a adoção de medidas neoliberais como tentativa de retomada do crescimento econômico brasileiro a partir de 1990. O livro conta com uma introdução e sete capítulos. O autor tem forte base teórica em Marx, Weber, clássicos do desenvolvimentismo e Keynes, sendo indiscutível que sua obra tem matiz pós-keynesiana onde o desenvolvimento econômico é determinado pela demanda, acrescido ao argumento a ideia de Bresser-Pereira de que o acesso a essa demanda se daria a partir do controle da taxa de câmbio e da disciplina fiscal. Leia Mais

Hubert Harrison: The Struggle for Equality/1918–1927 | Jeffrey B. Perry

Um verdadeiro tour de force. Hubert Harrison: The Struggle for Equality, 1918–1927 (Nova Iorque: Columbia University Press, 2021, 998 páginas), segunda parte da ambiciosa biografia escrita por Jeffrey B. Perry, retrata os últimos anos daquele que foi considerado “o pai do radicalismo do Harlem”, completando a trajetória de um dos mais importantes ativistas políticos afro- -americanos do início do século passado. Leia Mais

Coleção Atualidades Pedagógicas: do projeto político ao projeto editorial (1931-1981) | Maria Rita de Almeida Toledo

Do muito ou pouco que lemos sobre determinado assunto, sempre somos influenciados por uma biblioteca real ou imaginária que nos precedeu, o que vale para os livros que nunca lemos e que também fazem parte de nossa estante intelectual. Jorge Luis Borges (1899-1986) talvez seja o escritor que mais se debruçou sobre o tema das influências, das tradições e das traduções de leituras transformadas em metáforas da “babel literária” (PINTO, 1998). Tal assunto não é novidade para quem estuda a história das edições, dos livros, da leitura e dos leitores ou para quem lê com frequência a literatura de ficção, mas é absolutamente novo em determinadas prescrições de sala de aula para a formação de professores e de suas práticas, que ecoam leituras efetivamente realizadas ou meramente “copiadas” pela memória e pela imaginação. Leia Mais

Literatura/História e Memória em Gabriel García Márquez | Michelle Márcia Cobra Torre

O Caribe Colombiano é um território mágico e singular, com múltiplas influências culturais e uma vasta produção artística. Na literatura, citando apenas alguns nomes, autores como Álvaro Cepeda Samudio, Roberto Burgos, Clinton Ramirez, Teobaldo Noriega expressam essa riqueza e diversidade. Nascido em Aracataca, pequeno povoado do Departamento de Magdalena, um ambiente rodeado por trens, telégrafos e fazendas bananeiras – sob a exploração da legendária United Fruit Company –, Gabriel García Márquez se tornou um escritor universal e consagrado, laureado com o prêmio Nobel de Literatura em 1982. Leia Mais

Mujeres criminales. Entre la ley y la justicia | Martha Santillán Esqueda

Martha Santillán, especialista en la criminalidad femenina en el decenio de 1940 en México, nos presenta en Mujeres criminales. Entre la ley y la justicia, los casos de cinco mujeres: Clementina, María Antonieta, Amalia, Teresa y Carmen, quienes, entre las décadas de 1930 y 1940, fueron procesadas ante los tribunales por cometer actos delictivos en la Ciudad de México. Clementina fue acusada de asesinar a su marido tras una riña conyugal, María Antonieta por asesinar a su hermano tras años de violencia sexual; Amalia y Teresa fueron arrestadas por abortar, y Carmen fue imputada por el robo y asesinato del propietario de una cantina. Leia Mais

Between the Ottomans and the Entente: The First War in the Syrian and Lebanese Diaspora/1908-1925 | Stacy D. Fahrenthold

A Primeira Guerra Mundial pode ser compreendida utilizando-se distintas perspectivas de análise, que podem privilegiar os conflitos bélicos, as relações diplomáticas entre os países que se envolveram na guerra e o resultado da assinatura de tratados que impactaram na conformação de uma geopolítica. A relevância deste episódio é destacada por diferentes autores. Para o historiador Eric Hobsbawm, ele representou o fim dos Impérios e de uma forma de organização política que perdurou por grande parte do século XIX e início do XX (Hobsbawm, 2009, p. 24)1. Para a filósofa Rosa Luxemburgo, a guerra foi o resultado do desenvolvimento capitalista, que buscava a conquista dos mercados mundiais para assegurar as condições necessárias para a acumulação do capital, sendo “a expressão política do processo de acumulação do capital, em sua luta para conquistar as regiões não capitalistas que não se encontrem ainda dominadas” (Luxemburgo, 1970, p. 392). Leia Mais

La constelación tercermundista. Catolicismo y cultura política en la Argentina/1955-1976 | Claudia Touris

Este libro es producto de una extensa investigación de Claudia Touris para su tesis de doctorado. Su objetivo es explicar los orígenes y desarrollo de lo que denomina la “constelación tercermundista” y su vínculo con la cultura política argentina en un período signado por la inestabilidad institucional, a partir de un cruce de fuentes de distinto tipo y de una vasta colección de entrevistas. Leia Mais

Diario de una temporada en el Quinto Piso | Juan Carlos Torre

La publicación de un libro de Memorias de un hombre público abre siempre una puerta a los laberintos del Estado. El libro de Torre asoma a las dificultades que presupuso la conducción económica al nacer la democracia argentina en la década de 1980. Libro de recuerdos, evocador de sentimientos pero también reflexión sociológica sobre los mismos hechos que narra como miembro del equipo del ministro Juan Vital Sourrouille. El autor advierte que la “democracia formal” implicaba un giro trascendental en la forma de entender el Estado, más lejos de Leviathán y más cerca del consenso. La democratización implicaba reconocer que la ley requería deliberación, confrontación y que la política económica era uno de los temas centrales en debate. Leia Mais

La política exterior de la Revolución Mexicana en el Centenario de la Constitución de 1917 | Alberto Enríquez Perea, Rosa Isabel Gaytán Guzmán, Alfonso Francisco Sánchez Mugica

El libro abarca más de cien años de la historia de las relaciones de México con el mundo, inicia con la revolución mexicana y se centra en el estudio de los principios, las doctrinas, los personajes y la práctica diplomática mexicana del siglo XX y XXI. Alfonso Sánchez Mugica nos introduce a los catorce estudios que conforman esta obra, producto del seminario permanente de la “Cátedra Fernando Solana” a través del Instituto Matías Romero de la Secretaría de Relaciones Exteriores de México y del Centro de Relaciones Internacionales de la Facultad de Ciencias Políticas y Sociales de la UNAM. El libro está coordinado por los académicos Alberto Enríquez Perea, Rosa Isabel Gaytán Guzmán y Alfonso Sánchez Mugica. La celebración del centenario de la Constitución de 1917, y el centenario de los estudios de las relaciones internacionales, avivaron la necesidad de repensar algunos temas de la política exterior en asuntos de reclamaciones, petróleo, retroactividad de las leyes, inversiones extranjeras, trato a extranjeros, reconocimiento de los gobiernos mexicanos, vigencia de los principios de la política exterior y reformas a la Carta Magna en esta materia, así como los retos y perspectivas de las relaciones internacionales del siglo XXI. Leia Mais

Descentrando el populismo. Peronismo en Argentina/gaitanismo en Colombia y lo perdurable de sus identidades políticas | Ana Lucía Magrini

El libro que se reseña a continuación representa una significativa contribución a la reflexión del populismo desde una temática y un lugar no común. Su motivación central es pensarlo como categoría analítica operativa y productiva para el estudio de los procesos histórico-políticos particulares. El peronismo argentino y el gaitanismo colombiano aportan el análisis particular. Leia Mais

Cuba: el largo siglo XX | Oscar Zanetti Lecuona

Cuba: el largo siglo XX es un libro necesario. Los estudios generales del pasado de la isla son escasos, los clásicos, Guerra (1952), López-Segrera (1972), Thomas (1973), Ibarra (1967), Le Riverend (1978), Pino (1984), terminan su análisis en la fecha que se editaron –o antes–, y en casos priorizan asuntos concretos, especialmente la política. De esa guisa, con perspectiva global y de largo plazo, hay también otros, por ejemplo, enfocados desde la dicotomía orden-revolución, la economía o demografía, los ferrocarriles (Domínguez, 1978; Le Riverend, 1987; Luzón, 1989; Zanetti y García-Álvarez, 1987). A partir de la década de 1990 y, sobre todo, recientemente, se ha publicado relativamente más con tal óptica, aunque insuficientes, compilaciones de la Universidad de La Habana y el Instituto de Historia de Cuba (Historia, 1991; Historia, 1992-1998), que no tratan las últimas décadas, o las obras, más abarcadoras, de Bethel (1998), Naranjo (2009), TorresCuevas y Loyola (2014), Zanetti (2013), que también complementan exámenes extensos de aspectos relevantes, de nuevo la economía o la revolución de 1959 y su deriva hasta la actualidad, la industria azucarera, las relaciones de la isla con Estados Unidos (Martínez-Fernández, 2016; Santamaría, 2011; Santamaría y Azcona, 2020; Zanetti, 2009). Leia Mais

Asociaciones empresariales. Tramas políticas y económicas en América Latina durante el cambio de milenio/Anuario IEHS/2022

El presente dossier tiene por fin analizar las asociaciones empresariales en América Latina a partir de los procesos de reforma implementados en la década de 1990. Dos grandes preguntas articuladoras guían los trabajos: ¿cómo pueden comprenderse las asociaciones empresariales? y ¿por qué son relevantes como objeto de estudio y por qué recurren a ellas las empresas independientemente del tamaño que tengan? Siguiendo a Tirado (2006), las organizaciones pueden ser concebidas como arreglos de poder, como una condensación de reglas, normas y prácticas repetidas que regulan la membresía, el aporte de recursos, el acceso a la dirección, la toma de decisiones, el despliegue de la acción y el reparto de los beneficios. De esta forma, el estudio de las asociaciones empresariales es relevante porque a través de ellas los empresarios y sus empresas se hacen presentes en el campo político e influyen en sus dinámicas, reconfigurando y señalando rumbos de acción tanto en instancias de conflictividad como en aquellas que suponen el despliegue de estrategias de negociación. Al mismo tiempo, las asociaciones empresariales pueden servir como catalizadores comerciales, es decir que no sólo brindan a sus socios la posibilidad de acceder a instancias de mediación y representación con el poder político y otros actores sociales, sino también facilitan el acceso a servicios y prestaciones de carácter comercial. En síntesis, las asociaciones empresariales brindan a sus asociados, en líneas generales, dos tipos de servicios: aquellos vinculados a la representación interna y externa mediante la lógica corporativa y los pertinentes a la provisión de servicios comerciales o formativos a través de la lógica de servicios (Dossi 2011). Leia Mais

México frente al exilio cubano/ 1925-1940 | Laura Beatriz Moreno Rodríguez

México frente al exilio cubano, 1925-1940 es un trabajo de gran originalidad, basado en una acuciosa investigación en la prensa de la época, pero sobre todo en los archivos de inteligencia de México y Cuba. La investigación en los materiales de seguridad nacional brinda la posibilidad de comprender las decisiones políticas más allá de lo que nos ofrecen otras fuentes estatales o la prensa y abren paso, en ocasiones, a explicaciones inéditas o revelan relaciones ocultas al ojo público. Estas fuentes, sin ser una panacea que aseguren nuevas historias por necesidad, sin duda pueden contener ingredientes que conduzcan a interpretaciones distintas o a matizar algunas explicaciones. Además de los acervos de inteligencia, y de una amplia bibliografía, la autora consultó archivos estatales como el Archivo General de la Nación, el Archivo Genaro Estrada de la Secretaría de Relaciones Exteriores, el Archivo del Instituto de Historia de Cuba, el Archivo Nacional de la República de Cuba y el Archivo del Ministerio de Relaciones Exteriores de Cuba. La riqueza de fuentes primarias que nutren este texto es ya, de entrada, una invitación a conocer los resultados de la pesquisa elaborada por Moreno Rodríguez. Hubiese sido deseable que la autora en la sección dedicada a las fuentes señalara los fondos consultados dentro de los referidos archivos. Leia Mais

Palabra de médico. El doctor Luis Guillermo Ibarra Ibarra y la historia de la medicina de rehabilitación en México | María José Garrido Asperó

Desde el título de la obra Palabra de médico. El doctor Luis Guillermo Ibarra Ibarra y la historia de la medicina de rehabilitación de María José Garrido Asperó encuentro la importancia y pertinencia de su publicación y edición en la colección Testimonios. Son varias las razones, entre otras, están: su contribución y aporte al campo de los estudios de la Historia de la Medicina de Rehabilitación en México, pero también al campo de estudios de la Educación Especial y de la Discapacidad en México en la primera mitad del siglo XX y las primeras décadas del XXI; su aportación fundamental está en el conocimiento que brinda de los procesos sociales del acontecer contemporáneo en México, en este caso, de la salud y la medicina desde la visión de los sujetos, protagonistas y testigos de la historia de la rehabilitación en México, a través de la trascendental trayectoria profesional del doctor Luis Guillermo Ibarra Ibarra. De ahí que se desprende la tercera contribución de la obra de Garrido Asperó al campo de estudio de la Historia Oral, como lo afirma Graciela de Garay (1997) “campo de estudio que se interesa considerar el ámbito subjetivo de la experiencia humana concreta y del acontecer sociohistórico como lo expresan los sujetos históricos considerados” (p. 10). Leia Mais

La persistencia en el exilio. Redes político-intelectuales de los apristas en Chile (1922-1945) | Sebastián Hernández Toledo

La Alianza Popular Revolucionaria Americana ha sido uno de los grandes referentes políticos, intelectuales y culturales del siglo XX latinoamericano. Agrupación política peruana mejor conocida como APRA debido a sus siglas, sus discursos latinoamericanistas y antiimperialistas, su alcance simbólico, la movilidad espacial de sus representantes o su constante temporal, le ganaron un lugar en el mapa identitario de la región. Desde hace ya varios años ha surgido una nueva mirada para estudiar qué fue la APRA: cuáles fueron sus alcances, sus limitaciones y el valor que se le puede asignar dentro de la historiografía contemporánea. Dentro de esta ola de escritos encontramos el libro del novel historiador chileno Sebastián Hernández Toledo, quien analiza de modo crítico, dinámico y transnacional lo que fue la APRA entre 1922 y 1945. La obra propone profundizar en las conexiones entre apristas exiliados y los socialistas chilenos, particularmente la vida pública de los peruanos en el destierro, considerando también cuáles fueron las consecuencias en el país de acogida. Leia Mais

La transición democrática española y el medievalismo. Una visión desde la periferia/Cuadernos de Historia de España/2022

1. Protagonistas

Se reúnen en esta contribución cuatro protagonistas del tema que nos convoca: Carlos Barros, Antoni Furió, José María Monsalvo Antón y Josep Salrach. Los nombrados se encuentran entre los más importantes medievalistas de España en la actualidad e inscriben al medievalismo de su país en tendencias más amplias.

Barros ha trabajado sobre la lucha de los irmandiños con un perfil que lo acerca a los historiadores marxistas ingleses, orientación que confirman sus análisis de la religiosidad o del derecho de pernada, relacionados a su vez con la historia de las mentalidades de los Annales de los años 1960-1970 y 1990 y sobre historiografía Barros (1990, 1991, 1994, 2005, 2012, 2012-2013). Los estudios de Furió sobre la sociedad medieval valenciana lo acercan a los de Guy Bois sobre la Normandía, en la medida en que le interesó el ciclo económico, aunque tuvo superior amplitud temática al abarcar el préstamo, las elites rurales, los mercados o la incorporación de los jóvenes al trabajo rural (Bois, 1976; Furió, 1993, 1996, 2017; Furió, Mira y Viciano, 1994). Monsalvo Antón ha tenido al menos tres líneas de investigación: por un lado, el antisemitismo medieval y las herejías, por el otro, la historia económica y social de los concejos aplicando la comparación y la teoría de sistemas y en tercer término anotemos su elaboración de alto contenido teórico, influida por Perry Anderson (1979a) y Robert Brenner (1976, 1982) sobre el Estado centralizado bajomedieval (Monsalvo Antón, 1984, 1985, 1986, 1988, 1997a). Por último Salrach (1990, 1993, 1995, 1997, 2016-2017) nos ha dado penetrantes análisis sobre las clases sociales y el Estado en la Antigüedad Tardía, sobre el señorío catalán entre los siglos IX y XIII y la aplicación de la justicia, y sobre el crecimiento por roturaciones de los hispani en tiempos carolingios, temas paralelos a los de Pierre Bonnassie y en general a los llamados mutacionistas, aunque también tiene un acabado conocimiento de autores que, como Toubert (1990), no se alinean en la tesis de la revolución feudal. Leia Mais

A guerra do retorno: como resolver o problema dos refugiados e estabelecer a par entre palestinos e israelenses | Adi Schwartz e Einat Wilf

Adi Schwartz e Einat Wilf
Adi Schwartz e Einat Wilf | Foto: [Miriam Alster] (2018)

O livro, publicado em setembro de 2021, traz dois autores israelenses que se propõem a debater a questão dos refugiados palestinos e a estabelecer uma alternativa para a paz entre ambos os grupos. Segundo informações no site da editora de publicação do livro, Adi Schwartz é jornalista e escritor, estudou na Universidade de Tel Aviv e concentra seus estudos no conflito árabe-israelense e na história de Israel II. Já Einat Wilf é PhD em Ciência política pela Universidade de Cambridge e foi membro do Parlamento israelense, tendo escrito outros livros que tratam da sociedade israelense III.

A Guerra do retorno é mais uma publicação sobre um tema que há muito vem sendo debatido nos meios intelectuais, políticos e acadêmicos, pois nos quase setenta anos que se passaram desde o primeiro conflito árabe-israelense diversos artigos e publicações foram escritos. No entanto ainda há muito a ser dito IV. Dividido em cinco capítulos, os autores traçam um panorama que engloba o início da guerra até os dias atuais, focando especificamente na questão dos refugiados: sua origem, o debate acerca do seu direito de retorno, o tratamento dos países árabes e a construção da imagem do palestino enquanto refugiado nos meios internacionais. Leia Mais

Walter Benjamin historiador | Revista de Teoria da História | 2021

Walter Benjamin OPERA
Cena da ópera “Benjamin, última noite”, de Michel Tabachnik | Imagem: RTP, 2019

O pensamento histórico de Walter Benjamin é abordado por teóricos de muitas estirpes, animados por interesses os mais diversos. Há quem se aproxime da concepção benjaminiana da História ao investigar a literatura, e este leitor há de se ocupar, entre outros títulos, com as Passagens, livro tido por Benjamin como uma História Social da Paris do Séc XIX, e que, no entanto, se assemelha ao que hoje entendemos por História Cultural. A literatura e suas relações com a modernidade, a literatura e suas relações com a memória e a política – assuntos primordiais desta obra inconclusa que chegou a ser pensada como um livro sobre Baudelaire.

A História que se faz a partir da literatura, com vistas a uma teoria da modernidade. Assim, o leitor, a leitora que munidos do interesse pela linguagem se aproximam de Benjamin, deparam-se a todo momento com seu pensamento histórico, seja no conceito de crítica, que ele pretende historizar, seja no conceito mesmo de origem, que, à maneira de Foucault e sua arqueologia, Benjamin mobiliza para criticar a História científica, de matriz historicista – a História dos Historiadores. Leia Mais

Il Novecento della Cucirini Cantoni Coats. Lavoro/ territorio e conflittualità nella parabola lucchese della multinazionale tessile | Federico Creatini

Il nuovo volume di Federico Creatini1 , contenente un saggio di Andrea Ventura2 , ricostruisce le vicende della Cucirini Cantoni Coats, succursale lucchese della nota impresa multinazionale produttrice di filati con sede in Scozia, sino ad oggi oggetto di un interesse limitato e sporadico da parte della storiografia, presentando i risultati di un progetto di ricerca biennale promosso dall’Istituto Storico della Resistenza e dell’Età Contemporanea di Lucca e dedicato a ricostruire le vicende dello stabilimento e, più in generale, la memoria collettiva della vita di fabbrica nella città di Lucca. L’opera recepisce gli spunti offerti dal dibattito metodologico che ha interessato negli ultimi anni la storia del lavoro, che, superate le strettoie di un approccio rigidamente operaista (e marxista), si è aperta agli stimoli provenienti dalla global history, dalla storia di genere e dalla storia della conflittualità sociale e della subalternità3 , rileggendo le vicende sindacali e le trasformazioni aziendali della Cucirini Cantoni Coats alla luce di processi socio-culturali e ambientali più complessi, tanto di livello micro che di livello macro4. Leia Mais

El gas de hulla en la Europa Latina hasta mediados del siglo XX, historia, tecnología e innovación | Asclepio. Revista de Historia de la Medicina y de la Ciencia | 2021

INTRODUCCIÓN

El gas que usamos en nuestras casas o en las industrias ya no se fabrica, se extrae de yacimientos lejanos, se transporta en barcos especiales o mediante gasoductos, se distribuye hasta los puntos de consumo, y su principal aplicación es para usos térmicos. Pero, no siempre fue así. Durante mucho tiempo el gas se elaboró mediante procesos de destilación de materias primas combustibles, sobre todo carbón mineral, se distribuyó mediante tuberías, esto, si, más o menos igual que hoy, con otros materiales y se utilizó para el alumbrado.

En Europa, primero comenzó a ser distribuido en Gran Bretaña, en Londres en 1812, y en los países de la Europa Latina, en Francia, en París desde 1818, en Italia, en Milán desde 1837, en España, en Barcelona desde 1841 y en Portugal, en Lisboa desde 1848. Leia Mais

Madre y Patria. Eugenesia/ procreación y poder en una Argentina heteronormada | Marisa Miranda

En el año 2020, la reconocida especialista en la historia y las transformaciones de la eugenesia en el ámbito iberoamericano, Marisa Miranda –Investigadora Principal del Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (Argentina) y de la Universidad Nacional de La Plata–, ha publicado el libro Madre y Patria. Eugenesia, procreación y poder en una Argentina heteronormada en la editorial Teseo, tanto en formato papel como electrónico. Allí, la investigadora nos ofrece un aporte original de inestimable valor académico, gracias a la manera en que configura herramientas para la comprensión del vínculo entre la circulación del discurso eugenésico dentro del campo médico y jurídico argentino y la forma en que se problematizó, de manera imbricada, la constitución de la Nación y el rol estratégico que les correspondía a las “mujeres sanas y decentes” en el engrandecimiento de la Patria (en tanto madres potenciales).

En ese sentido, sostenemos que Miranda logra articular su sólida trayectoria de décadas de trabajo sobre la recepción y las transformaciones del darwinismo y la eugenesia en el denominado “mundo latino” –que ha dado lugar a numerosas publicaciones– con la indagación respecto de una arista que permite que su labor trascienda dicho campo de estudios, al analizar los vínculos biopolíticos entre la preocupación respecto de la maternidad, eugénicamente practicada, y el fortalecimiento de la Nación en la Argentina del siglo XX. Por lo tanto, hacemos propia las interpretación del especialista en biopolítica e historia de la sexualidad en España, Francisco Vázquez García, quien al prologar el libro enfatizó que la autora lograba consolidar, de manera contundente y original, una contribución correlativa al estudio de la eugenesia, a las reflexiones respecto de la biopolítica y al campo de los estudios de género. Leia Mais

O Sindicato que a Ditadura queria: o Ministério do Trabalho no governo Castelo Branco (1964-1967)

A autora de O Sindicato que a Ditadura queria é Heliene Nagasava. Servidora do Arquivo Nacional desde 2008, ela atua na organização e pesquisa dos acervos ligados à História do Brasil Republicano, destacando-se no trabalho com os arquivos da repressão. Sua atuação no Arquivo Nacional, somado ao engajamento no Laboratório de Estudos da História do Mundo do Trabalho (LEHMT/UFRJ) e em projetos ligados à Comissão Nacional da Verdade (2012-2014), traça o lugar social da investigação histórica aqui analisada. O livro é resultado de dissertação de mestrado, orientada por Paulo Fontes (UFRJ), e defendida no Centro de Pesquisa e Documentação de História do Brasil Contemporâneo (CPDOC-FGV).

A pesquisa articula a intenção de revelar e utilizar os acervos da história recente do país, a contraposição das memórias das elites políticas do governo Castelo Branco (1964-1967) com os arquivos da repressão, e a compreensão da história social dos trabalhadores na ditadura. A análise estrutura-se em três capítulos: o primeiro compreende passagem de Arnaldo Sussekind como ministro do trabalho (1964-1965) e os embates com os trabalhadores; o segundo analisa a repressão feita nos sindicatos a partir do Ato Institucional nº 1; o terceiro enfoca as medidas tomadas pelos ministros do trabalho Peraccchi Barcelos e Nascimento e Silva. No panorama da história política do Brasil República e da história social dos trabalhadores, o livro e pesquisa deslocam o enfoque dado ao Ministério do Trabalho nas décadas de 1930 e 1940 para o período da ditadura civil-militar. Leia Mais

A autobiografia de Martin Luther King | Clayborne Carson e Martin Luther King

Em função de sua influência midiática global, as recentes manifestações estadunidenses, pautadas primordialmente no antirracismo, ressuscitaram o debate sobre discriminação racial nas imprensas espalhadas pelo mundo. Seja para criticar a raiva dos manifestantes, representada pela destruição de símbolos escravistas, como estátuas de senhores de escravos, por exemplo, ou para apoiar a causa da população negra, opiniões têm sido levantadas sobre esses episódios sociais. Entretanto, se engana quem pensa que tais demandas e reivindicações são totalmente novas no âmbito social dos Estados Unidos da América. Não é de hoje que esse ativismo urgente reúne milhares de atuantes em seu centro e milhões de espectadores em seu entorno.

No cerne dessa questão, importantes lideranças negras se consolidaram como catalisadores de mudanças sociais no continente americano. Dentre elas, destaca-se o inesquecível pastor batista Martin Luther King Jr (1929- 1968), reconhecido por lutar em prol da universalização dos espaços sociais. Nascido no ápice da Grande Depressão, o menino da classe média de Atlanta, desde cedo, nutria um forte sentimento contra o sistema segregacionista que vigorava nos Estados Unidos. Acusado de ser negro1, inevitavelmente enveredou pelos caminhos militantes do pai2 e, em poucos anos, tornou-se a liderança central do movimento por direitos civis na América do Norte, questionando a predominância exclusivamente branca nos espaços sociais de seu país. Leia Mais

Mussolini contro Lenin | Emilio Gentile

Emilio Gentile
Emilio Gentile | Imagem: Accenti, 2019

Em agosto de 2017, após um confronto entre neonazistas e antifascistas em Charlottesville, nos EUA, espalhou-se nas redes sociais uma ideia que, anos atrás, talvez só tivesse adeptos entre os cultores de teorias da conspiração e de modernas lendas urbanas: a de que o nazismo teria origem num movimento de esquerda ou seria ele mesmo um movimento de esquerda. O site de notícias UOL publicou, na ocasião, uma reportagem desmentindo essas afirmações. Historiadores foram consultados2, e os argumentos disparatados dos defensores dessa ideia exótica foram refutados pelo site (UOL, 2017).

Um ano mais tarde, em setembro de 2018, a embaixada da Alemanha em Brasília e seu Consulado Geral no Recife publicaram um vídeo em que se explicava como a história é ensinada às crianças alemãs. No material produzido afirmava-se que o nazismo era um movimento de direita. Foi o que bastou para que um grupo de brasileiros tentasse “corrigir” os alemães através de uma enxurrada de críticas: afirmavam que o nacional-socialismo era de esquerda e que o Holocausto não havia acontecido. Damaris Jenner, encarregada dos assuntos de imprensa da embaixada, explicou ao jornal El País que a ideia de falar sobre como se ensina a história na Alemanha surgiu precisamente nos dias em que aconteceram as manifestações neonazistas em Chemnitz (Rossi e Oliveira, 2018). Mas a reação dos internautas os surpreendeu. Leia Mais

Educación, historia y sociedad: el legado historiográfico de Antonio Viñao | Pedro Luiz Moreno Martínez

O alentado livro, organizado por Pedro Luiz Moreno Martínez, não é apenas uma homenagem, mas um balanço historiográfico dos mais profícuos da História da Educação recente, desde o ponto de vista dos pesquisadores espanhóis. Com a competência e seriedade que lhe é peculiar, o autor-organizador passa a limpo a produção historiográfica espanhola a partir do diálogo de 16 historiadores da educação com o legado de Antonio Viñao. Justa homenagem nascida a partir da aposentadoria deste autor das suas funções junto ao ‘Departamento de Teoria e Historia de la Educación’da Universidad de Murcia, no sudeste espanhol.

A obra oferece ao leitor interessado nos estudos historiográficos uma constelação de temáticas desenvolvidas por diferentes historiadores, em diálogo rigoroso e criativo com a obra do homenageado. Iniciando com um olhar de Dollores Garrillo Gallego e Damián Lópes Martínez, professores da Universidad de Murcia, para a trajetória de Viñao quem, formado no campo do Direito converteu-se em uma referência nos estudos em história da educação não apenas na Espanha. Na sequência, é analisadoo lugar ocupado pela Universidad de Murcia na reconfiguração e renovação do campo a partir da década de 1980, em um capítulo assinado por María José Martinez Ruiz-Funes e Ana Sebastián Vicente, professoras da mesma universidade. Aquela renovação, da qual fizeram parte vários dos autores presentes na coletânea, demarcaria a independência dos estudos históricos da educação em relação ao campo pedagógico. Por certo isso contribuiu para que dali surgisse um dos mais vigorosos veios de estudos históricos sobre os fenômenos educativos, reconhecido em praticamente todo o mundo pela força dos seus pressupostos empíricos, teóricos e metodológicos. Leia Mais

“Chile/ la Rusia de América”. La Revolución Bolchevique y el mundo obrero socialistacomunista chileno (1917-1927) | Santiago Aránguiz Pinto

Desde sus orígenes, la adscripción prosoviética de los partidos comunistas fue uno de los tantos aspectos constitutivos de su impronta. No solo los diferenció de otras organizaciones de izquierda, también fue delimitando el propio campo de los comunismos a lo largo del siglo XX. Tal como lo ha planteado Roberto Pittaluga, la Revolución Rusa motivó, para las izquierdas del mundo, actualizar el debate político e ideológico en torno a la emancipación1. De esta manera, terminó por expresar diversas formas de interpretar la realidad local, marcando así sus partiduras identitarias a principios de esta centuria2. En el caso del comunismo, este influjo fue correlativo a la proliferación de estos partidos y su proceso de constitución como un movimiento internacionalista. Por esta razón, su estudio ha sido una aproximación recurrente en la historiografía para abordar el origen de los partidos comunistas desde una perspectiva preocupada por su dimensión global.

En este campo, el libro “Chile, la Rusia de América” busca contribuir a los esfuerzos que, en los últimos años, han cuestionado las miradas reduccionistas respecto a las articulaciones que la Revolución Rusa y la Unión Soviética (URSS) coadyuvaron en los partidos comunistas3. En ese sentido, conceptos como “impacto” o “influencia” se han puesto en entredicho en la medida que proyectan una lógica de radiación que, en múltiples planos, expresaría la asimetría entre los partidos comunistas y la URSS. Al respecto, Gerardo Leibner nos recuerda que, más que tratarse de autoimposiciones provenientes desde el exterior, estas manifestaciones se entroncaban con experiencias y subjetividades enraizadas en el medio sociocultural nacional4. Así, desde distintas veredas historiográficas, se ha avanzado en complejizar la relación entre lo nacional y lo internacional en el comunismo, integrando en la mirada a los actores y actrices locales y sus contextos. De este modo, el concepto de “recepción” ha cobrado presencia en estos estudios al visibilizar dichos procesos creativos. A mi parecer, si bien el libro trata de inscribirse en este desarrollo, ofrece una mirada que, finalmente, reafirma la unidireccionalidad de estas interacciones, pese a cuestionarla en principio. Leia Mais

Censura ao cinema nas ditaduras ibéricas | Ler História | 2021

1 Desde o início da história da imagem em movimento esta, à semelhança do que sucedeu com as performances teatrais, foi alvo de censura, não apenas em Portugal e Espanha mas em todos os países que a exibiam. A censura ao cinema existiu desde a origem do próprio cinema e, como argumenta Annette Kuhn (1988, 127) no seu estudo sobre a censura aos filmes no início do século XX, é um fenómeno complexo que deve ser entendido enquanto processo, na medida em que alia e resulta de diversas forças censórias que acabam por convergir. Neste sentido, e este é um aspecto comum a todos os países onde existiu censura ao cinema, e como os três artigos deste dossier concretamente demonstram, a censura não se pode reduzir a um conjunto de instituições e actividades institucionais predefinidas, mas está sujeita a constantes mudanças nos discursos, leis e práticas institucionais. Sue Curry Jansen (1991, 221) vai ao encontro destas reflexões definindo censura como um conceito que engloba todas as prescrições socialmente estruturadas que inibem ou proíbem a disseminação de ideias, imagens, informações, etc., obstruções estas que podem ser asseguradas por qualquer sistema de autoridade. Leia Mais

30 anos da lei 8.159/91: vitalidade e limites | Revista do Arquivo | 2021

Logo Arquivo NacionalRJ
Logo – Arquivo Nacional/RJ

O aniversário de 30 anos da lei de arquivos está sendo agitado. Há muito o que visitar de memória dessa trajetória, mas temos desafios no presente. No dia 11 de agosto de 2021 a comunidade arquivística brasileira foi surpreendida pela formalização na Câmara dos Deputados do Projeto de Lei nº 2789/2021, propondo a modernização da lei 8.159/1991.

A nossa lei de arquivos dispõe sobre a política nacional de arquivos no Brasil. Caracterizou os arquivos públicos e privados; organizou a autoridade das instituições arquivísticas públicas sobre a gestão de documentos nas diferentes esferas de governo e poderes da república; criou tanto o Conselho Nacional de Arquivos quanto o Sistema Nacional de Arquivos (SINAR). Leia Mais

Chile en los archivos soviéticos: años 60 Tomo 4 | Olga Ulianova

A casi cinco años de su fallecimiento, la querida y recordada profesora Olga Ulianova sigue tan prolífica como de costumbre. No solo acaba de aparecer en el último número del prestigioso Journal of Cold War Studies un interesante artículo firmado por Ulianova y Alessandro Santoni1 , sino que hace unos meses Ariadna Ediciones, con el auspicio del Departamento de Historia de la Universidad de Santiago, ha publicado Chile en los archivos soviéticos: años 60, un libro que recopila documentos que fueron encontrados, traducidos y comentados por Ulianova antes de su deceso, y que, con cierta justicia, se presenta como el cuarto tomo de la famosa serie Chile en los archivos soviéticos, publicada, en entregas sucesivas, por Ulianova y Alfredo Riquelme al alero del Centro de Investigaciones Barros Arana, entre 2005 y 2017 2 . El siguiente ensayo busca reseñar y relevar la importancia de este nuevo libro, analizando y comentando la documentación, y ofreciendo, además, algunas comparaciones con los primeros tres tomos.

En primer lugar, cabe advertir que este, el cuarto tomo de la serie, es de una naturaleza radicalmente distinta a los anteriores. Mientras que los tres primeros tomos recopilan documentación del Partido Comunista de Chile (PCCh) y de la Internacional Comunista (o Komintern) en un marco cronológico que va de 1921 a 1941, este tomo se centra en la década de 1960 y recopila documentación de un conjunto heterogéneo de organizaciones, entre las que destacan: la Central Única de Trabajadores de Chile (CUT), el Consejo Central de los Sindicatos Soviéticos (CCSS), el Instituto Cultural Chileno-Soviético (ICCS), la Unión de Sociedades Soviéticas de Amistad y Relaciones Culturales (SSOD) y el Ministerio de Asuntos Exteriores de la Unión Soviética (MAE). Esto supone, a la vez, una ventaja y una desventaja marcada por la presencia novedosa de ciertas voces y la ausencia lamentable de otras, cuestión particularmente evidente al leerse este tomo en diálogo con los anteriores. Leia Mais

Edifícios de Apartamentos em Fortaleza. Universalidades e singularidades | Marcia Gadelha Cavalcante

“A casa é uma máquina de morar”
Le Corbusier

“O espaço faz parte da arquitetura”
Oscar Niemeyer

“Menos é mais”
Mies van der Rohe

Não terá sido apenas por conta de um prolongado processo de gestação acadêmica que a oportunidade de conhecer o trabalho da arquiteta Márcia Gadelha Cavalcante foi por tanto tempo adiado.

Aceitei a responsabilidade de fazer a apresentação de um livro aguardado pelos que conheciam a sua existência, e que agora, em roupagem física irretocável, traz surpresa grata aos que o terão finalmente, impresso em papel, como já não se fazem habitualmente os escritos publicados. Leia Mais

Independência Africana: Como a África Contemporânea redefiniu o mundo | Tukufu Zuberi

Tukufu Zuberi
Tukufu Zuberi | Imagem: IMDb

No passado as potências coloniais ocidentais saquearam a África,

enviando carregamentos de marfim, ouro, borracha, sal e, é claro,

pessoas escravizadas. Hoje, a África continua sendo uma cornucópia de riqueza.” (ZUBERI, 2021, p. 130)

A epígrafe deste texto fornece um pequeno vislumbre do pensamento dinâmico e rico em informações históricas com o qual o professor Tukufu Zuberi conduz os leitores de seu mais recente livro, “Independência Africana: Como a África Contemporânea redefiniu o mundo”. O livro apresenta um relato cheio de detalhes, do ponto de vista histórico, do chamado processo de independência africana. A pesquisa do professor Zuberi é baseada em relatos orais, entrevistas com líderes africanos e participantes deste movimento, que alcançou diferentes países em meados do século XX. A narrativa em questão é sensível e ilustrada com várias imagens. Essa riqueza de fontes históricas utilizadas pelo autor (relatos, entrevistas, bibliografias, fotos) também contribui para um importante debate atual: reforça a perspectiva metodológica dos trabalhos que tratam da História e que separam a escrita da História de narrativas ficcionais ou de opiniões somente. Leia Mais

Las movilizaciones estudiantiles de 1970-1973 en la Universidad de Sonora. Ensayo sobre las influencias de los sesenta globales en un contexto local | Cuitlahuac Alfonso Galaviz || La universidad en el naufragio. El Comité Estudiantil de la Universidad de Sonora y el conflicto por la modernización 1991-1992 | Denisse de Jesús Cejudo Ramos

La historia reciente de América Latina ha experimentado un crecimiento importante en las últimas décadas. En especial, son significativos los aportes que están realizando jóvenes investigadoras e investigadores en los estudios sobre las universidades y los movimientos estudiantiles. Sintomático de estas contribuciones son los dos libros que acaba de publicar la colección “La Mirada del Búho” de la Universidad de Sonora1 . El primero fue escrito por Cuitlahuac Alfonso Galaviz Miranda (2021) y se titula Las movilizaciones estudiantiles de 1970-1973 en la Universidad de Sonora. Ensayo sobre las influencias de los sesenta globales en un contexto local. El segundo, La universidad en el naufragio. El Comité Estudiantil de la Universidad de Sonora y el conflicto por la modernización 1991-1992, pertenece a Denisse de Jesús Cejudo Ramos (2020). Leia Mais

A las palabras se las lleva el viento/ lo escrito queda. Revistas y economía durante el peronismo (1945-1955) | Marcelo Rougier, Camilo Mason

La reciente compilación de Rougier y Mason constituye un importante aporte para el estudio de las ideas económicas del peronismo. Especialmente, porque la propuesta se centra en un interesante abordaje que combina elementos de la historia política, económica y cultural, con puntos de encuentro entre la estadística y la lingüística. En este sentido, los autores dan cuenta de cómo la fuente para el historiador constituye un punto de encuentro entre el pasado y el presente, y en el caso de las revistas que se proponen examinar, una vacancia para analizar las cambiantes coyunturas sociales al situarse estas entre el periódico y el libro. Además, la naturaleza de este tipo de publicaciones, permite a los autores dar cuenta de los valores, compromisos y concepciones de intelectuales relacionadas al proceso histórico del peronismo, sus luchas y credenciales políticas en tanto la revista expresaría una confluencia de pasión individual y colectiva frente a los fenómenos históricos. Así, las publicaciones abordadas por los autores refieren a una variedad de temas económicos como las finanzas, el comercio, la actividad rural e industrial, en general vinculadas mayormente a organismos y asociaciones no oficialistas, lo que permite enriquecer la mirada política. Incluso, los debates que se abordan en el análisis de prensa se encuentran estrechamente vinculados a procesos puntuales de la época como la conformación de un campo de economistas, los problemas de abastecimiento del papel prensa, entre otros. Leia Mais

Da Pedra do Sal Até Coelho da Rocha – Ilé Ase Ópó Àfónjá | Ed Machado

Na metade do século XIX, mais da metade da população brasileira era negra, esses números ainda são uma realidade. Não à toa, muitos estudiosos dizem ser o Brasil, um país com instituições europeias de cultura africana. Não precisavam os estudiosos afirmarem, ao olharmos paras ruas do Brasil, vemos África em todos os cantos, na música, na culinária, na dança, na língua e principalmente, na cor da pele do nosso povo. Com a religiosidade, não seria diferente.

Através da história oral, de documentos e cartas trocadas por mãe Aninha e sua filha, mãe Agripina, Ed Machado remonta toda a trajetória da criação de um dos primeiros terreiros de candomblé do Brasil. Leia Mais

Educação e sociedade na ditadura civil-militar: adesões, acomodações e resistência | Nadia Gaiafatto Gonçalves e Suzete de Paula Bornatto

O historiador Rodrigo Patto Sá Motta, ao investigar sobre as culturas políticas durante a ditadura civil-militar no Brasil (1964-1985), levanta reflexões sobre a existência de adesões, acomodações e resistências que permite compreendermos com maior densidade sobre esse período histórico e identificar novas configurações e rupturas ao longo do tempo. Como destaca Motta (2018, p. 132), “[…] mesmo que sejam estruturalmente arraigadas, as culturas políticas podem mudar”.

Nesse sentido, o livro Educação e sociedade na ditadura civil-militar: adesões, acomodações e resistência, organizado por Nadia Gaiafatto Gonçalves, professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Paraná e Suzete de Paula Bornatto, docente da mesma instituição, reúne textos que exploram diferentes debates no campo do ensino e suas relações com as culturas políticas da época (Gonçalves & Bornatto, 2019). Dividido em doze capítulos, os trabalhos reunidos são resultados de investigações levantadas em teses e dissertações e permitem preencher diferentes lacunas na história da educação. Leia Mais

Professor Areão: experiências de um “ bandeirante paulista do ensino ”em Santa Catarina (1912 – 1950) | Gladys Mary Ghizoni Teive

Coletânea organizada por Gladys Mary Ghizoni Teive1. A obra em questão busca, por meio da trajetória do professor João dos Santos Areão, um ‘bandeirante paulista do ensino’, saldar a dívida dos historiadores da educação no que se refere ao fenômeno da Historiografia Brasileira conhecido como ‘Bandeirismo Paulista do Ensino’2, entre 1912 e 1950, em Santa Catarina.

A obra foi organizada em seis capítulos e cada capítulo foi escrito por autores distintos, conta ainda com prefácio escrito por Maria Teresa Santos Cunha, apresentação escrita pela organizadora e ao final foi disponibilizado um anexo com excertos da memória de João dos Santos Areão relacionado a sua experiência como diretor dos grupos escolares: Jerônimo Coelho, Vidal Ramos, Hercílio Luiz, e como inspetor escolar. Leia Mais