Posts com a Tag ‘Séc. 16-21’
The Mexican Heartland: How Communities Shaped Capitalism, a Nation, and World History, 1500-2000 | John Tutino
John Tutino | Imagem: Duke University Press
John Tutino’s The Mexican Heartland: How Communities Shaped Capitalism, a Nation, and World History, 1500-2000 (2018) examines Mexico’s long modern and contemporary histories, spanning from the sixteenth century, with the emergence of a silver economy, to the consolidation of Mexico City as a major world city in the twentieth century. Dr. Tutino is a professor of history based in Washington D.C. While focusing on Mexico, his work encompasses the transnational history of Latin America, and its centrality in the development of capitalism. Tutino’s book centers Latin America in global processes, namely those attached to the development and expansion of capitalism. While commodity-focused works are not particularly new, Tutino’s (2018) piece is not a work on silver or other Mexican commodities. It focuses on the agency and on the deep level of negotiation that had to exist, through centuries, for powerful actors – either Spain or postindependence elites – to exercise their dominance. While not particularly tied to Atlantic history, but rather to global movement and the convergence of Pacific and Atlantic economies and societies, Tutino’s book serves as a good example of a work that moves away from particular nation-state centric perspectives, also focusing on diverging communities within the nation-state, and their relationship to processes that go beyond the national borders. Leia Mais
Coffee is Not Forever: A Global History of Coffee Leaf Rust | Stuart Mccok
Coffee is not forever, do historiador Stuart McCook, redimensiona o debate sobre as agências humana e não humana na história ambiental global a partir de uma commodity que se tornou, desde a modernidade, não apenas um produto, mas também foco de dinâmicas biológicas e históricas interconectadas: o café. McCook articula a ecologia do café como planta, o café como commodity e os sistemas políticos, econômicos e sociais, narrando-os a partir das interconexões humanos-não humanos proporcionada pela epidemia de ferrugem-do-cafeeiro causada pelo fungo Hemileia vastatrix e sua itinerância mundial, do século XV até ter-se tornado uma ameaça global a plantações entre o século XX e XXI. O autor aproveita os processos de abandono de plantações, os dilemas socioambientais da sobrevivência de pequenos e médios produtores de café – especialmente na América Latina entre o final do século XX e XXI – para dimensionar essa realidade nas interações entre agroecologia do café e sociedades que estão no centro das mudanças climáticas. Nesse sentido, percebe como populações do sul global têm se preparado e respondido a mudanças cada vez mais repentinas e catastróficas em seus ambientes. Leia Mais
Sobre o autoritarismo brasileiro | Lilia Moritz Schwarcz
A autora é conhecida por diversas obras que visam a análise antropológica e histórica da formação do Brasil, com foco nos perfis escravocratas e nos mitos desencadeados pela absorção acrítica de um ideal de brasilidade. Na obra resenhada não foi diferente, pois a autora delineia aspectos centrais da desigualdade racial existente no tempo presente, com justificativas do passado, a partir da memória de um Brasil sobejamente renegado na História oficial.
Alguns elementos da referida obra já haviam sido apontados no livro de Marilena Chauí na ocasião da publicação da obra Brasil: mito fundador e sociedade autoritária (2000), em que aborda a “cultura senhorial”, isto é, a relação mando-obediência nas relações públicas e privadas; as estruturas históricas fundadoras de desigualdade; a acumulação de capital e a privatização do público. Na contramão das comemorações em alusão aos 500 anos de Brasil, Marilena Chauí afirmava com propriedade, que nada, de fato, havia de se comemorar em função da persistência do autoritarismo mesmo sob regime democrático: “temos o hábito de supor que o autoritarismo é um fenômeno político que, periodicamente, afeta o Estado, tendemos a não perceber que é a sociedade brasileira que é autoritária e que dela provêm as diversas manifestações do autoritarismo político.” (CHAUÍ, 2000. p. 110). Leia Mais
Mulheres e caça às bruxas: da Idade Média aos dias atuais | Silvia Federici
Silvia Federici | Foto: DeliriumNerd
Ao falar de caça às bruxas imagina-se fogueiras queimando acerca de centenas de anos atrás em um povoado bem distante, com pessoas ao redor do fogo assistindo a incineração de uma ou mais mulheres acusadas de bruxaria por serem aliadas ao diabo. São cenas que parecem estar bem longínquas do século 21, e ainda relacionadas somente ao combate contra o mundo sobrenatural. No entanto, através do livro “Mulheres e Caça às Bruxas: da Idade Média aos Dias Atuais” a autora Silvia Federici apresenta a interligação da caça às bruxas à eliminação das mulheres do sistema capitalista e as consequências disso para as suas vidas. O livro de título original “Witches, witch-hunting, and women” é a obra mais recente da autora, lançado no Brasil em 2019 pela editora Boitempo, estando dividido em duas partes no mesmo volume: Revisitando a acumulação primitiva do capital e a caça às bruxas na Europa; Novas formas de acumulação de capital e a caça às bruxas em nossa época. Silvia Federici é escritora, professora e intelectual militante de tradição feminista marxista autônoma, nascida na Itália em 1942, mudou-se para os Estados Unidos no fim da década de 1960, onde foi cofundadora do Coletivo Internacional Feminista e contribuiu para a Campanha por um salário para o trabalho doméstico. Em 1965 concluiu a graduação em filosofia. Atualmente é professora emérita na universidade de Hofstra, em Nova York. Suas outras obras são: Calibã e a Bruxa (Elefante, 2017) e O Ponto Zero da Revolução (Elefante, 2019), além de artigos sobre feminismo, colonialismo e globalização. Leia Mais
Estado, sociedade e educação profissional no Brasil: desafios e perspectivas para o século XXI | Eraldo L. Batista, Isaura M. Zanardinie e João C. da Silva
O livro tem por objetivo, segundo seus organizadores, apresentar “resultados de pesquisa focalizando questões teóricas e metodológicas e empíricas, trazendo ainda aspectos histórico-conceituais da Educação Básica, particularmente do ensino profissional” de nível médio (Batista, Zanardini e Silva, 2018, p. 13). Trata-se de coletânea de 13 capítulos, escritos por 19 pesquisadores.
Maria Ciavatta, no Prefácio, já nos indica que “o conjunto de textos, sobre vários aspectos do Estado, sociedade e educação no Brasil, é exemplar sobre a questão educacional da população nos cinco séculos de existência conhecida pelo mundo europeu, a terra brasilis, e na atualidade desta segunda década do século XXI” (p. 9). Leia Mais
O Brasil resiliente: estímulos criativos para sua reconstrução | Manoel José de Miranda Neto
Manoel José de Miranda Neto – membro do Instituto Histórico Brasileiro, do Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Academia Paraense de Letras e da Academia Paraense de Jornalismo, participante ativo de Congressos e Seminários sobre “Globalização, Cidadania e Qualidade de Vida” e autor de renomados livros de pesquisa histórica, como por exemplo, o conceituado A Utopia Possível: Missões Jesuíticas e seu suporte econômico-ecológico, publicado em Brasília, pela Funag, em 2012 – traz à luz neste ano de 2021 seu último trabalho de fôlego: O Brasil Resiliente. Estímulos criativos para sua reconstrução.
A obra em tela possui 332 páginas, dividida em três partes temáticas: I – Colonização Séculos XVI e XVII; II – Consolidação Séculos XVIII e XIX; III – Globalização Séculos XX e XXI. As seções temáticas são desenvolvidas em treze capítulos cronologicamente contextualizados e enriquecidos com notas explicativas que remetem às referências bibliográficas completas. O autor apresenta, também, os Créditos das Ilustrações e as instituições basilares da documentação pesquisada – Arquivos, Fundações, Institutos Históricos – abrindo caminho epistemológico para futuras pesquisas e orientações para outros pesquisadores. Leia Mais
Sobre o autoritarismo brasileiro | Lilia Moritz Schwarcz
É preciso coragem de verdade para enfrentar as histórias associadas às construções mitológicas, sobretudo aquelas calcadas no senso comum. A importância de uma resenha do livro de Lilia Schwarcz, “Sobre o autoritarismo brasileiro”, não reside exclusivamente na qualidade de seu conteúdo, mas sobretudo na atualidade de seu tema. A vontade da autora em dar uma rápida resposta à crise política a qual atravessamos reveste o livro de importância, uma forma de indicar as raízes históricas do autoritarismo que hoje paira sobre parte da consciência nacional e seu chefe de governo. Se boa parte da sociedade brasileira está estupefata com a expressão pública do conservadorismo, era urgente que um(a) historiador(a) propusesse algumas respostas para dar conta de explicar o recrudescimento do autoritarismo e a violência institucional que ele implica. Temos sempre de ter em vista que a história não deve ser direcionada para usufruto exclusivo de seu métier especializado, mas que momentos políticos conturbados exigem que reflexões deste tipo se tornem públicas, ou seja, mais acessíveis. Este é um importante valor do livro em questão. Leia Mais
Sobre o autoritarismo brasileiro | Lilia Moritz Schwarcz
Um país historicamente caracterizado por uma cidadania incompleta e falha, marcado por políticas de mandonismo, patrimonialismo, várias formas de racismo, sexismo, discriminação e violência. Uma nação que, apesar de vivenciar o maior período de vigência do estado de direito democrático desde 1988, não conseguiu constituir uma cultura democrática efetiva e nem uma república plena, combater de fato suas desigualdades e a concentração de renda, a discriminação contra negros e indígenas, e eliminar as práticas de violência de gênero. Resultantes de contradições estruturais e históricas, esses problemas continuam basicamente inalterados e tendem a reaparecer – à semelhança de um fantasma para nos assombrar – em momentos de crise política, econômica e social, de polarização política e da ascensão de governantes autoritários eleitos com base no uso das mídias sociais.
É o Brasil do início do século XXI – seus males, problemas e raízes históricas – e o incontestável ressurgimento do conservadorismo e do autoritarismo com a eleição de Jair Messias Bolsonaro que a historiadora Lilia M. Schwartz discute em seu livro Sobre o Autoritarismo Brasileiro, em diálogo com as reflexões de seu livro anterior Brasil: Uma Biografia2 – escrito em conjunto com a historiadora Heloísa M. Starling – e inspirado nas reflexões sobre o Brasil contemporâneo em sua coluna quinzenal no Jornal Nexo. Leia Mais
Ideias para adiar o fim do mundo | Ailton Krenak
O livro Ideias para adiar o fim do mundo (2019), resulta da adaptação de duas palestras e uma entrevista, realizadas em Portugal por Ailton Krenak. Detentor do título doutor honoris causa concedido pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o autor, nascido na região leste do estado de Minas Gerais, possui uma importante trajetória na luta pelos direitos das populações indígenas no Brasil e pertence ao grupo étnico Krenak, que habita o Vale do Rio Doce. Os capítulos da obra receberam os títulos dos respectivos trabalhos em que foram baseados: “Ideias para adiar o fim do mundo”, ministrado em uma apresentação no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, em março de 2019; “Do sonho e da Terra”, apresentado em maio de 2017 no Teatro Municipal Maria Matos, em Lisboa – publicado inicialmente pela revista Flauta de luz (n. 6, 2019); e, por fim, “A humanidade que pensamos ser”, a partir de entrevista concedida também em maio de 2017, em Lisboa, cujo texto foi produzido inicialmente para o catálogo da conferência-dançada Antropocenas (2017). Leia Mais
Opinião pública e instituições políticas nos períodos moderno e contemporâneo | Dimensões | 2020
O dossiê que o leitor tem em mãos, intitulado “Opinião pública e instituições políticas nos períodos moderno e contemporâneo”, tem o propósito de refletir acerca do surgimento da opinião pública, de sua transformação e do seu papel na transmissão de demandas e posicionamentos dos cidadãos para a elite política, em sistemas políticos complexos.
Trata-se, portanto, de trazer à luz as diversas temáticas vinculadas à participação política nos espaços institucionais (das mais diferentes matizes), nos períodos moderno e contemporâneo. Procura-se, nessa direção, examinar o papel da Imprensa, dos movimentos sociais, dos intelectuais, dos partidos políticos e demais organizações congêneres, que, no curso da história, estiveram apoiados no estoque de ideias, percepções da realidade, justificativas, bem como em visões de mundo, e que contribuíram para conformar uma determinada ordem institucional. Leia Mais
De rochedo a arquipélago: a emergência de São Pedro e São Paulo na pesquisa científica brasileira | Raimundo Arrais
Raimundo Arrais nos traz à tona um lado da história de uma das ilhas oceânicas brasileiras pouco conhecida da maioria. A sua obra retrata a importância de se analisar, do ponto de vista historiográfico, de como se deu a ocupação e permanência do Brasil neste ponto tão distante do continente.
A extensa área marítima brasileira de importância inquestionável para o desenvolvimento de uma nação já se tornou amplamente conhecida pelo conceito de Amazônia Azul, pois possui uma área equivalente a 52% do espaço terrestre, com dimensões e biodiversidades semelhantes à já tradicional Amazônia Verde. Ciente desta importância iniciou-se no País o despertar para as pesquisas científicas nas ilhas oceânicas, a saber: Ilha da Trindade e o Arquipélago de São Pedro e São Paulo. Cada uma dessas ilhas possui mais de 1.000 km de distância do continente. No entanto, o desenvolvimento de pesquisas e atividades in loco nestas regiões tem sido propiciado pelo apoio logístico da Marinha do Brasil, proporcionando uma abordagem multidisciplinar dos diversos campos da ciência e, no caso desta obra, sobre a história, importância e ocupação do Arquipélago de São Pedro e São Paulo. Leia Mais
Retrotopia | Zygmunt Bauman
As primeiras publicações do autor surgiram no Brasil, nos anos de 1970. Poucos textos foram traduzidos nas décadas seguintes, todavia ocorrendo uma inflexão editorial em 1998, com O mal-estar da pós-modernidade e Modernidade e holocausto. Alguns anos depois, com Modernidade Líquida, esse escritor polonês tornou-se conhecido e apreciado para além do ambiente acadêmico e começou a ser discutido como teórico da modernidade líquida. A partir de então, seus livros eram traduzidos aqui tão logo lançados originalmente na Inglaterra, onde lecionou. Duas características pouco comuns destacam-se: escritor prolífico e editoração rápida, ambas de alta qualidade. Mais de quarenta títulos estão publicados no Brasil. Retrotopia, lançado na Europa, em 2017, foi o último escrito pelo autor, falecido nesse mesmo ano.
Bauman expôs, ao periódico alemão Der Spiegel, em setembro de 2016, o projeto sobre o qual trabalhava e que se transformaria no livro. Terrorismo, crise financeira, estagnação econômica, desemprego e precariedade colocavam em xeque a ideia de progresso, destruindo esperanças e gerando desapontamentos: “uma vez que não consigo encontrar a felicidade no futuro, volto-me para o passado” (BAUMAN, 2016, p. 124). A rearticulação temporal quanto ao novo termo não era privilégio dos estudos do sociólogo polonês naquele momento. Enquanto Bauman rascunhava seu projeto sob o espírito de desencantamento, era lançado o livro de mesmo título escrito pelo norte-americano John Michael Greer. O romance futurista tem como cenário uma América do Norte esfacelada por conflitos e misérias. Em meio às novas repúblicas decadentes, somente uma alcança a prosperidade ao voltar-se para o passado na busca de modelos. Leia Mais
Sobre o autoritarismo brasileiro | Lilia Moritz Schwarcz
Nós, os brasileiros, somos como Robinsons: estamos sempre à espera do navio que nos venha buscar da ilha a que um naufrágio nos atirou (Lima Barreto, “Transatlantismo”, Careta).
Em tempos de retrocesso, em que a esperança parece ter fugido do coração dos homens, é preciso voltar ao passado. Em momentos históricos conflitantes, nos quais a histeria e intolerância tornam-se a tônica do cotidiano, é preciso entender onde erramos, reencontrarmo-nos com o mais profundo de nós. Em momentos de frivolidades, mesquinharias, total apatia ao saber e à cultura, é preciso um pouco mais de poesia, de literatura, arte, diálogo. Como diria o poeta: “Precisamos adorar o Brasil! Se bem que seja difícil compreender o que querem esses homens, porque motivo eles se ajuntaram e qual a razão de seus sofrimentos” (ANDRADE, s.d., s.p). Leia Mais
Guerra y paz en América Latina, siglos XVI-XXI/Quirón/2020
Para el Comité Editorial de la Revista Quirón resulta una experiencia sumamente satisfactoria la publicación del número 12, para el cual se ha optado por el dossier “Guerra y paz en América Latina, siglos XVIXXI”, dada la coyuntura social actual que se ha evidenciado en el territorio y en el continente, reconociendo la misma como un producto histórico que amerita un análisis desde las diferentes ramas de las Ciencias Sociales y Humanas, distinguiendo el papel de la Historia en las transformaciones sociales, políticas y culturales actuales. Todo acto de Guerra y Paz moldean el devenir de un país, el propósito de este dossier es comprender y analizar diferentes casos de violencia y calma en distintas temporalidades y espacios del continente, y cómo estas se alternan. Nuestra satisfacción tiene su base en el esfuerzo que conlleva el presente número, tanto por parte de los autores a quienes no debe dejar de reconocérseles su ardua labor de investigación, como por parte del comité editorial, quien en un proceso de retroalimentación y trabajo constante construyó lo que a continuación se presenta como la edición número 12 de la revista Quirón. Leia Mais
Sobre o autoritarismo brasileiro | Lilia Moritz Schwarcz
É lugar comum a divulgação da imagem do Brasil e dos brasileiros como amigáveis, respeitosos, hospitaleiros e, acima de tudo, pacíficos. A imagem de uma nação pacífica, detentora de uma natureza edênica, terra do samba, da mulata sensual e do futebol, tornou-se, por assim dizer, cartão postal do país, a qual definiria nosso lugar em um mundo pretensamente civilizado e heteronormativo. Uma propaganda, sem dúvida, que naturaliza o Brasil como uma terra cheia de alegrias e prazeres exóticos. Leia Mais
Brasil: uma biografia | Lilia Moritz Schwarcz
Brasil: uma biografia [1], obra escrita em conjunto pela historiadora Heloísa M. Starling [2] e pela antropóloga e historiadora Lilia M. Schwarcz [3], traz em si, como toda boa síntese propõe-se a fazer, um sentido outro para a história desse personagem conhecido pelo nome que vingou entre tantos outros, Brasil.
Com o auxílio de extensa bibliografia e documentos-chave para a compreensão de determinados acontecimentos e períodos que marcaram o desenrolar da história brasileira, as autoras optaram por uma narrativa na qual o Brasil aparece na categoria de personagem, dotado de interesses, vontades e dilemas. Sua história se inicia às vésperas da chegada dos europeus ao então chamado Novo Mundo, habitado pelos povos indígenas e coberto por uma exuberância tropical, até os idos de 1995, apesar das autoras concluírem com referências diretas aos governos Lula e Dilma e aos ocorridos de 2013, ano marcado por manifestações públicas em prol de maior amplitude dos direitos sociais e de uma política menos íntima da corrupção. Leia Mais
The Story of the Marvelous City | Orde Morton
Este livro relata a história da cidade do Rio de Janeiro cobrindo 500 anos desde os acontecimentos mais antigos até o ano de 2015. Segundo o autor, existindo muitos livros escritos em francês e espanhol e poucos em inglês, ele pretende contribuir para o conhecimento dessa história. Ele espera que o livro seja de grande utilidade para aqueles que virão participar dos acontecimentos dos jogos olímpicos no ano de 2016. O autor utilizou inúmeras fontes primárias e secundárias e, principalmente, teses e monografias defendidas nas universidades. Dispõe de uma bibliografia em www.ordemorton.com
Foi ajudado por seus alunos na Universidade Federal Fluminense e inúmeros amigos brasileiros e americanos, embora o autor não informe o período em que deu aulas naquela universidade. Leia Mais
O negro e o legado da escravidão | Outras Fronteiras | 2014
A escravidão foi uma forma de trabalho forçado que existiu em diversas sociedades, em diferentes tempos, sendo que no Brasil teve início com a chegada dos portugueses e durou por mais de três séculos. No regime escravista um grupo de homens, ou uma sociedade, assumem direitos de propriedade sobre outros homens, condição imposta por meio da força e mantida através da violência. Os escravizados são tratados como mercadoria, na medida em que são comprados, vendidos, alugados, usados para empréstimo e penhorados.
A partir do século XVI, após o fracasso no processo de escravização de nativos, os portugueses decidiram pela introdução, em maior volume, de trabalhadores escravizados africanos no Brasil. O tráfico de africanos transformou-se no mais lucrativo negócio do Atlântico Sul, atividade que foi proibida em 1850, mas que perdurou por algum tempo depois, proporcionando grandes fortunas aos traficantes. Estima-se que 4,5 milhões de africanos foram traficados para o Brasil. Leia Mais
Los herederos de Mariana Osorio. Comunidades mestizas de Olmué | Fernando Venegas Espinoza
Notable, bajo muchos aspectos, es la obra que comentamos. Su autor ya ha tenido experiencia en otras investigaciones y actualmente cursa los estudios para el doctorado en Historia en la Universidad de Chile.
Venegas posee una mente despejada, sin entelequias intelectuales ni ideológicas. Sencillamente emplea el método histórico y llega al objeto de su estudio. No defiende ninguna causa ni tiene el tono quejumbroso de que adolecen tantos investigadores que se creen de avanzada. Tampoco hay afán de denuncia: simplemente expone lisa y llanamente sus temas. Leia Mais