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Monções | UFGD | 2012
A revista eletrônica Monções – Revista de Relações Internacionais da UFGD (Dourados, 2012-) tem por objetivo contribuir para o desenvolvimento das Relações Internacionais e seus campos afins a partir da publicação de artigos inéditos submetidos por pós-graduandos ou pós-graduados.
O público alvo da Monções são pesquisadores, acadêmicos e público interessado nas áreas de Política Externas, Política Internacional, Integração Regional, Economia Internacional, Teoria das Relações Internacionais, História das Relações Internacionais, Organizações Internacionais, Meio Ambiente, Direitos Humanos, Direito Internacional e Dinâmicas da Fronteira, entre outras.
Periodicidade semestral.
Acesso livre.
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Economia internacional: teoria e experiência brasileira | Renato Bauman e Otaviano Canuto || Organizações internacionais: história e práticas | Mônica Hers e Andrea Ribeiro Hoffmann || Teoria das relações internacionais: correntes e debates | João
Não se faz necessário grande exercício analítico para perceber que a área de Relações Internacionais no Brasil sofreu um importante processo de evolução nos últimos quinze anos. De uma rápida leitura dos jornais diários, até um passeio em qualquer grande livraria dos centros comerciais das metrópoles brasileiras, percebe-se ao mesmo tempo o aumento da atenção da sociedade pelos temas atinentes da disciplina e o nível variado de relevância e qualidade de certas reflexões.
Esses dois fenômenos foram acompanhados de um acontecimento marcante no ensino de Relações Internacionais no país: a explosão dos cursos de graduação no país, notadamente na região sudeste e sul. Esse movimento, por seu turno, também significou na área do ensino uma pulverização e falta de consistência disciplinar no tratamento da literatura reverberada pelas dezenas de programas que foram criados e sustentados sem uma boa literatura de apoio. Leia Mais
Manual das organizações internacionais | Ricardo Seitenfus
Dentre os oito Estados “cristãos” que se reuniram no Congresso de Viena, em 1815, cinco indiscutivelmente dominavam o chamado “concerto europeu”, que presidiu ao nascimento da Europa pós-napoleônica, estabeleceu novas regras de convívio entre as “nações civilizadas” e determinou, em grande medida, como seria moldado o mundo burguês que emergia da primeira Revolução Industrial. O equilíbrio persistiu durante todo o longo século XIX e apenas seria rompido em virtude da “segunda Guerra de Trinta Anos” em que parece ter vivido a Europa na primeira metade deste século.
Cinco grandes países continuavam a dominar, no final do século XX, o inner circle do poder mundial e a determinar, via monopólio da arma nuclear, o curso da vida no planeta. Entretanto, do ponto de vista quantitativo, ao menos, o cenário é mais populoso: partindo de apenas 50 Estados independentes em seu ato constitutivo, o sistema onusiano evoluiu para cerca de 190 países membros. Do ponto de vista qualitativo, por outro lado, a mudança é substancial: no lugar da antiga diplomacia secreta dos príncipes e dos agentes dos reis, temos uma real diplomacia parlamentar exercida em mais de 350 organizações, interestatais e não-governamentais, constituídas em dezenas de foros econômicos, políticos, técnicos e culturais, nas quais as armas da crítica substituiram a crítica das armas. O poder talvez não se tenha tornado menos concentrado hoje do que 180 anos atrás, mas ele já não pode mais legitimamente ser exercido de forma crua e direta, devendo obrigatoriamente passar, mesmo no caso da superpotência remanescente, por diferentes instâncias de discussão e de encaminhamento de soluções aos problemas multifacéticos enfrentados pela humanidade. Leia Mais