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Fluxus Indagine sui fondamenti della metafisica e della física di Avicena, LIZINNI (V)
LIZINNI, Olga. Fluxus. Indagine sui fondamenti della metafisica e della física di Avicena. Bari: Edizioni di pagina, 2011, 679p. ISBN 978-88-7470-123-0. Resenha de: OLIVEIRA e SILVA, Paula Oliveira e. Veritas, Porto Alegre v. 57 n. 2, p. 216-220, maio/ago. 2012.
Olga Lizinni apresenta nesta obra uma análise da Metafísica do Livro da Cura (Kita b al-Sifa ) de Avicena, rastreada à luz do conceito fundamental de fluxo (fayd). Arabista e Doutora em Filosofia, Lizzini preparou, juntamente com Pasquale Porro, a primeira edição italiana da Metafísica de Avicena (Ed. Trilingue: árabe, latim, italiano. Milão 2002; 22006). A obra que publica agora sobre o conceito de fluxus (fayd) é reveladora de uma análise feita a partir do conhecimento intrínseco da língua árabe. É a partir do trabalho filológico que Lizzini desbrava a centralidade do conceito de fluxus quer na Metafísica de Avicena, quer em outras obras do filósofo árabe.
Essa volumosa obra de Lizzini está dividida em cinco capítulos, aos quais se seguem dois Apêndices, uma Bibliografia, um Índice de lugares citados e, finalmente, um Índice de autores. O capítulo primeiro, Fluxo, fluir, fazer fluir – fayd, fayada n, ifa da (p. 27-87), expõe as “primeiras notas sobre a terminologia do fluxo”. Trata-se de um levantamento de ocorrências do termo quer nos textos neoplatônicos traduzidos para o árabe pelo círculo de Al-Kindi (Plotiniana árabe: respectivamente a obra Teologia pseudo-aristotélica, a Epístola sobre a Ciência Divina e os Ditos do Sábio Grego; Procliana árabe: Elementatio Theologica e Discurso ou Livro do Sumo Bem), quer nas obras de autores que precederam Avicena, nomeadamente Al-Kindi e Al-Farabi, recolhendo ainda algumas primeiras observações sobre o tratamento aviceniano de fluxus.
O Capítulo 2 parte da definição de fayd dada por Avicena no Livro das definições (Kita b al-Hudu d), para evidenciar o alcance metafísico do termo e as questões que lhe são subsequentes. O termo fluxo é empregue para referir a procedência do mundo em relação ao Primeiro Principio ou para dar conta das aporias, de âmbito lógico-linguístico e ontológico, que envolvem essa procedência. O absoluto primado do Primeiro e a Necessidade da sua existência limitam desde logo a sua dizibilidade e compreensão. Por isso, tratar dos atributos de Deus significa considerar a derivação do mundo e, inversamente, qualificar a emanação de algo a partir de Deus implica necessariamente adscrever atributos ao próprio Deus. Escreve Lizzini: “Qualunque predicazione che vada al di là della mera esistenza di Dio implica il mondo e con esso il flusso che gli dà origine; la predicazione degli attributi divini finisce così per coincidere con lo stesso flusso”(p. 94). A questão é a de saber de que modo é possível a predicação de Deus e se esta é de fato uma predicação dele ou do que flui a partir dele. Dada a inefabilidade absoluta de Deus, Avicena considera que o silêncio, mais do que o discurso negativo ou afirmativo, é a resposta coerente ao problema da predicação do divino. A relação do Necessariamente Existente com o mundo coloca-se não a partir do próprio Primeiro, mas a partir da procura da razão última da relação que todos os existentes têm entre si. Ora, a temática do fluxo é operativa na metafisica aviceniana, precisamente para compreender essa relação. Trata-se de uma relação irrecíproca, sem correlação: “ È al interno di questo orizzonte dottrinale che le relazioni possano andare ascritte al Necessariamente Esistente: pensate como non costituenti l’essenza del Principio e rispetto ad essa esterne, esse sono causate dall’essenza del Principio e le sono posteriori, come posteriori al Primo è lo stesso flusso d’essere che da Esso si origina” (p. 97). A ideia de fluxo é por conseguinte central na compreensão da relação de Deus com o Mundo, do problema aviceniano da emanação, da identificação dos modos do existente, da instauração do mundo ou da resolução do problema da sua origem, para a compreensão da identidade de Deus e dos existentes e para o estabelecimento da diferença ontológica. Essas são, em síntese, as grandes questões sob as quais a análise do conceito de fluxo e a sua operatividade no sistema aviceniano pretende lançar luz. No que diz respeito ao Livro das Definições, conclui a autora, três são os aspectos desta doutrina que aí se evidenciam: a necessidade do fluxo, o seu caráter ontológico e o seu carácter hierárquico (p. 109). Essas características serão explicitadas e os seus conteúdos serão determinados na Metafísica do Livro da Cura. Nesta obra, a relação é analisada em termos de causalidade e, de modo particular, a partir da diferença entre o Existente Necessário e o Possível. Partindo da consideração aviceniana do fluxo como “causalidade comunicável” (p. 114), a autora explana três temas centrais da metafísica aviceniana: a relação necessidade-possibilidade (p. 114-146); a relação essência-existência (p. 147-157) e a relação de providência, no horizonte do conceito de “utilidade” em que Avicena a inscreve (p. 193-223). Lizzini leva a cabo uma verdadeira exposição da ontologia aviceniana: a noção de fluxo serve-lhe aqui de ponto de partida, mas as questões são discutidas em um horizonte que ultrapassa a delimitação do conceito em causa. A análise sobre a relação entre necessidade e possibilidade mostra bem a função heurística que essa disjunção assume na ontologia aviceniana, concretamente na concepção do existente causado (necessário por outro) e da sua relação com o Necessariamente existente. Completa essa análise o esclarecimento da estrutura ontológica do existente entre essência e existência, da diferença entre ambos os princípios e do primado da essência sobre a existência. Um último apartado do Capítulo II é dedicado à delimitação do termo fluxo: “ci usa soltanto a proposito del Creatore e delle Inteligenze” (p. 224-234). Desse modo, a autora introduz as temáticas dos três capítulos seguintes, nos quais trata respectivamente o problema do “agir divino” (Capítulo 3), a emanação do mundo sublunar (Capítulo 4) e finalmente o fluxo no mundo natural ou físico (Capítulo 4).
O Capítulo 3 analisa o primeiro momento do fluxo, isto é, a emanação do existente possível a partir do necessário, mostrando como para Avicena “la causalità del Primo non è né per volontá né per elezione, ma perchè al Primo deve essere attribuito un atto assoluto (…) per il quale neppure il termine di ‘instaurazione’ puè essere acolto senza essere redifinito” (p. 235-236). A questão em análise é a do modo de emanação das Inteligências e dos existentes a partir do Primeiro Principio ou, como nota a autora, a da resposta aviceniana à ideia teológica de criação. Nesse âmbito, discute o preciso conceito de creatio ex nihilo em Al-Kindi e em Al-Farabi (p. 248-257) e a sua limitação na ontologia emanacionista de Avicena (p. 257-270), bem como a erradicação de toda a consistência ontológica operada pelo filósofo árabe com respeito à noção de nihil. Dessa análise evidencia-se a concepção de Avicena de instauração, como aquela que corresponde a um poder absoluto de constituir algo no ser, cuja causa é o Primeiro Principio, sem qualquer mediação por um lado (é absoluto) e sem qualquer intencionalidade por outro (é necessário). Nos dois apartados que completam esse capítulo, Lizzini analisa a dimensão ética da instauração (a emanação a partir do supremo bem ou a necessária difusibilidade dele, e o lugar possível para a consideração da vontade no Primeiro) e a dimensão noética do mesmo. Fica assim delineada a mundividência aviceniana, nos seus fundamentos ontológicos, éticos, noéticos, com base na operatividade de noção de fluxo. Nos Capítulos 4 e 5, Lizzini analisa respectivamente o devir do mundo sublunar e o fluxo no mundo físico. No que se refere ao mundo sublunar, evidencia a condição universal do fluxo e a particularidade do mundo e analisa os elementos de conciliação entre ambos, com base no modo como Avicena considera a relação entre os princípios constituintes do existente – matéria e forma – e o modelo de causalidade que lhe está subjacente. Admitindo o caráter receptivo da matéria com relação ao princípio formal – e por conseguinte admitindo a necessidade do fluxo –, Avicena considera, contudo, que a forma não tem causalidade exclusiva, com relação à matéria (p. 378). Avicena revê o esquema causal aristotélico, dando lugar à intervenção de um “princípio separado” de causalidade vertical (p. 381). Nessa estrutura de causalidade e na interdependência entre fluxo e influxo se inscreve a cosmologia aviceniana determinista e a explicação para o mal, temas analisados no final deste capítulo (p. 451-483) e ainda o longo do capítulo quinto e último, bem como a sua relação com a questão do acaso (p. 514-542). O Capítulo 5 analisa a concepção aviceniana de natureza. Ao introduzir de uma causalidade celeste ou de um princípio “oltre che naturale” no processo de derivação das formas a partir do Primeiro, Avicena pretende abarcar no conceito de natureza toda a realidade, mesmo aquela que pode ocorrer de modo “supranatural”. Com base na análise desse conceito amplo de natura (tabıa) a que se segue o apartado sobre o lugar do acaso, do determinismo e do influxo no âmbito da Física de Avicena, encerra-se a parte expositiva desta obra. Seguem-se dois Anexos. O Anexo I – Terminologia contém um léxico que esclarece um conjunto de termos implicados no campo semântico da noção de fluxus (fayd), tais como emanar e influir (p. 546-570) e criação, instauração e produção (p. 570-581). O Anexo II – Tavola delle opere(p. 583-595) disponibiliza uma cronologia das obras de Avicena, deter-minada com base em uma investigação exaustiva das fontes disponíveis, cujo objetivo é resolver as ambiguidades que se verificam sobre esse assunto. A obra contém ainda uma Bibliografia, subdividida em I. Fonti ed edizioni utilizzate (para as obras gregas; obras gregas e do Pseudo-Aristóteles em tradução árabe; obras latinas e obras filosóficas e teológicas árabes; e II. Leterattura secondaria (repertórios bibliográficos sobre o corpus aviceniano, Dicionários e Estudos). Finalmente, a obra apresenta um conjunto de índices de autores (antigos; árabes, hebreus, persas e sírios; autores de áreas medievais e modernos; especialistas).
Esse extenso e denso volume de Lizzini revela a competência da autora enquanto arabista e especialista em Avicena, e é o resultado de uma imensa investigação realizada em torno da metafísica aviceniana, em todos os domínios: levantamento de fontes, abordagem histórico-filológica e genética dos conceitos implicados (fluxus e os referentes ao mesmo campo semântico), recolha da literatura secundária desde os inícios do século 20 até à literatura mais recente, leitura e comentário das principais teses em debate e das posições dos especialistas na área, sobretudo dos mais recentes.
A dispensação, em Anexo, dos instrumentos lexicais e a cronologia para a obra de Avicena, junto com as edições críticas e traduções disponíveis, são dois instrumentos de trabalho que, em domínios diferentes – conceitual e bibliográfico –, facilitam a continuidade da investigação nessa área. Este estudo esclarece a identidade e a originalidade da filosofia de Avicena e permite compreender melhor as influências por ele sofridas do pensamento grego tardo-antigo e a assimilação das teses de Avicena por parte dos medievais no Ocidente. É sem dúvida uma obra de referência incontornável no estudo da gênese e estrutura da filosofia de Avicena e da sua influência na Idade Média ocidental.
Paula Oliveira e Silva – Instituto de Filosofia. Universidade do Porto.
Bibliotheca manuscripta Petri Hispani. Os manuscritos das obras atribuídas a Pedro Hispano – MEIRINHOS (V)
MEIRINHOS, J. F. Bibliotheca manuscripta Petri Hispani. Os manuscritos das obras atribuídas a Pedro Hispano. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, 2011, 709p. ISBN 978-972-31-1387-7. Resenha de: OLIVEIRA e SILVA, Paula. Veritas, Porto Alegre v. 57 n. 2, p. 213-215, maio/ago. 2012.
Esta obra, que consiste em um volumoso catálogo dos manuscritos das obras atribuídas a Pedro Hispano, é resultado parcial da investigação do autor com vista à elaboração da sua dissertação de doutoramento em Filosofia Antiga e Medieval, apresentada em 2002, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Trata-se da edição de um primeiro tomo da mesma dissertação, da qual, no que se refere ao resultado da investigação codicológica, o autor anuncia ter em preparação um segundo volume (Introdução, p. XXXII). O volume organiza-se do seguinte modo: I – Introdução, II – Compendium e III – Bibliotheca manuscripta Petri Hispani. Contém ainda dois apartados de Índices: A – Pedro Hispano e B – Gerais.
Na Introdução, o autor dá conta do estado da questão acerca do que designa como “questão petrina”, a saber, a que envolve a discussão gerada pelo fato de um amplo conjunto de obras serem atribuídas a um mesmo autor de nome “Petrus Hispanus”. O autor começa por referir o percurso da investigação acerca do espólio atribuído a Pedro Hispano, desde os primeiros repertórios e estudos publicados por M. Grabmann entre 1928 e 1938 (baseando-se em estudos realizados no século 18 e 19), que fazem convergir toda a documentação manuscrita e historiográfica sobre a figura de “Petrus Hispanus” para o Pedro Hispano papa no século 13, sob nome de João XXI; até aos estudos de J. M. Cruz Pontes, que se posicionam de modo mais aberto e flexível sobre a “questão petrina”, no confronto com o legado codicológico e a informação historiográfica (cf. Introdução, p. XX-XXIII). Resultados de investigação mais recente, elaborada já por J. F. Meirinhos, colocariam abertamente em questão a tese da identificação de todos os manuscritos atribuídos a “Petrus Hispanus” com uma e a mesma pessoa, colocando a tese da possibilidade de uma diferenciação de autores. De fato, como nota, o autor já tinha publicado alguns estudos nos quais manifestava a perplexidade perante contradições biográficas e intelectuais verificadas a partir da crítica
interna dos diversos manuscritos, formalizando, em artigo publicado em 1996 na Revista Española de Filosofía Medieval, a hipótese da existência de pelo menos três autores referenciados sob o mesmo nome, e indicando a dificuldade de atribuição de um conjunto diversificado de obras a um só e mesmo Pedro Hispano. (Cf. Introdução, p. XXIV-XXV; XXIV, n. 16 e 17; p. XXV, n. 19). O autor insiste na importância, para a correcta compreensão historiográfica e doutrinal, da elaboração de inventários de manuscritos e de repertórios, como instrumentos heurísticos para o estudo dos autores medievais. Meirinhos inscreve, assim, a sua metodologia do exercício da filosofia medieval na boa prática do exercício da medievística filosófica contemporânea, para a qual é indispensável a edição crítica de textos, o constante apuramento das fontes primárias e a criação de repertórios com vista à identificação dos diversos corpora literários dos autores do período medieval. É nesse contexto que elabora e edita esse repertório dos manuscritos petrínicos, no qual sinaliza e descreve, em toda a extensão possível, os 1.033 códices aqui referenciados, cujo objetivo é permitir “que a investigação prossiga em bases mais sólidas, alargando a análise direta a uma amostra mais significativa de manuscritos, pelo menos daqueles que se identifiquem como mais importantes, quanto ao conteúdo ou data de cada um” (cf. Introdução, p. XXXI). Dado que esse estudo mostra a existência de diversos “Petrus Hispanus” no século 13, essa biblioteca de manuscritos corresponde a obras de qual deles? A resposta encontra-se na Introdução, p. XXXIII: trata-se “do português do século 13, autor de obras de lógica, comentador de Aristóteles e de Dionísio, médico em Siena, comentador da Articella, compilador de receituários, talvez alquimista, conhecido também pela sua carreira eclesiástica tendo sido bispo de Braga, cardeal de Túsculo e por fim papa sob o nome de João XXI, dignidade que Pedro Julião ocupava quando faleceu em 1277”. Nas páginas XXXVIII e XXXIX da mesma Introdução, o autor esclarece quais as obras cujos manuscritos reportará nesse catálogo e apresenta uma lista delas, esclarecendo que excluiu os documentos papais, pois o seu tratamento diz respeito mais especificamente à diplomática, constituindo um gênero literário completamente distinto (cf. Introdução, p. XL). Não obstante, inclui nesse catálogo o Bularium e os Dictamina de Bernardo de Nápoles, justificando os motivos (cf. Introdução, p. XL). No ponto 2. da Introdução, expõe elementos de caráter formal: objetivos do catálogo e metodologia utilizada (p. XLV-L) e os critérios e modelos da descrição. Por fim, indica as partes em que se encontra dividida esta Bibliotheca manuscripta (p. LVIII).
A Parte II desta obra, designada Compendium, subdivide-se em três pontos, desse modo: 1. Siglas de obras citadas (catálogos, repertórios, bases de dados e estudos); 2. Abreviaturas; 3. Sinais e convenções. Uma vez descrita a metodologia e o objeto de trabalho, bem como assinaladas as convenções utilizadas na descrição dos manuscritos, segue-se a Parte III, Bibliotheca manuscripta Petri Hispani, contendo o inventário e a des-crição detalhada dos códices investigados. A Bibliotheca encontra-seorganizada em sete apartados, como segue: 1. Códices com obras atribuídas a Pedro Hispano: descrevem-se 869 códices, 368 dos quais consultados diretamente (p. 3-516). 2. Códices perdidos ou não localizados: descrevem-se 43 manuscritos (p. 517-529). 3. Códices com referências a Pedro Hispano ou às suas obras: descrevem-se 26 manuscritos, dos quais 3 consultados diretamente (p. 531-541); 4. Códices erradamente citados como contendo obras de Pedro Hispano: descrevem-se 48 manuscritos, dos quais 15 consultados diretamente (p. 543-555); 5. Códices com atribuição a Pedro Hispano de obras de outros autores: descrevem-se 5 códices, todos consultados diretamente (p. 557-564). 6. Códices com atribuições equívocas ou por confirmar: descrevem-se 29 códices, dos quais 10 consultados diretamente (p. 565-582). 7. Códices excluídos: descrevem-se 9 códices, 1 consultado diretamente (p. 583-585). A obra inclui ainda dois apartados de Índices: A – Pedro Hispano, contendo: 1. Obras atribuídas a Pedro Hispano (p. 588-594); 2. Comentários a obras de Pedro Hispano (p. 595-604); 3. Incipitário (p. 605-614). B – Gerais, contendo: 1. Autores Antigos e Medievais (p. 615-638); 2. Obras anônimas e não identificadas (p. 639-660); 3. Incipitário (p. 661-686); 4. Códices datados (p. 687-688); 5. Dispersão geográfica dos códices por países (p. 689-690). 6. Índices dos códices (p. 691-709).
Esta obra é um instrumento de trabalho realizado mediante o exercício das mais apuradas e actualizadas técnicas codicológicas, que atualiza toda a informação de base textual de fontes para o estudo de Pedro Hispano e dos manuscritos relacionados com a “questão petrina”. Dada a riqueza codicológica aqui descrita, espera-se que esta obra dê origem à multiplicidade de estudos no domínio da filosofia medieval e nas diversas áreas de estudo que a pessoa e obra de Pedro Hispano abordam, desde a lógica, à filosofia da mente, da filosofia natural à medicina. Esse instrumento agora publicado por J. F. Meirinhos torna agora possível prosseguir sobre Pedro Hispano uma investigação documental fiável, tornando-se desde agora indispensável para o estudo da obra de Pedro Hispano, em qualquer contexto académico, em Portugal e extra fronteiras.
Paula Oliveira e Silva – Instituto de Filosofia. Universidade do Porto.