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Todos estos años de gente: Historia Social, protesta y política en América Latina | Andrea Andujar e Ernesto Bohoslavsky
Andrea Andujar e Ernesto Bohoslavsky |Fotos: Juan Pablo Sánchez Noli y Sabrina García/Industrias de Lamemoria e Ana D’angelo/Pagina12
A recente publicação em língua espanhola do livro Todos estos años de gente: historia social, protesta y política en América Latina (2020) nos convida a refletir sobre um campo historiográfico há muito referenciado em nossas academias, mas que segue em grande e profícuo movimento: a História Social e seus sujeitos. Organizado por Andrea Andujar e Ernesto Bohoslavsky, o livro reúne renomados historiadores com diferentes abordagens, temáticas e teóricas, provocados pelas indagações sugeridas na mesa redonda La historia y la protesta en América Latina, que integrou a segunda edição do Congreso Internacional de la Asociación Latinoamericana e Ibérica de Historia Social – ALIHS. O encontro ocorrido em 2017, na cidade de Buenos Aires, aparece agora sob uma proposta atenta aos debates historiográficos que, perfilados pela diversidade latino-americana, convoca-nos a pensar as intersecções entre os movimentos sociais e aqueles que os estudam, com especial ênfase na relação humana experienciada no tempo. Os historiadores Andujar e Bohoslavsky, que lançaram seu livro pela Editorial Universidad Nacional General Sarmiento, convocam para o palco principal do debate o fio invisível que conecta as escolhas individuais e as coletivas envolvidas na história dos protestos, resultando num belo exercício crítico sobre memória e ação política. Leia Mais
Rebeldes y confabulados: narraciones de la política argentina | Dardo Scavino
Filósofo, crítico literário e ensaísta, o argentino Dardo Scavino (1964 -) é atualmente professor de História Cultural Latino-americana na Université de Versailles, cargo que assumiu após ter exercido docência na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidad de Buenos Aires até 1993. Sua formação acadêmica também se deu nessa instituição portenha, o que explica o grande envolvimento do autor com os assuntos políticos de sua terra natal até os dias atuais. Em seus últimos trabalhos, tem se dedicado a pensar os relatos políticos produzidos ao longo da história republicana na Argentina, analisando a gramática que os compuseram e, ainda, compõem.
A motivação do autor para tal abordagem teria surgido das imediações do Bicentenário de independência do país, momento em que Scavino percebe haver uma mudança de época por conta dos interrogantes que surgiram sobre alguns valores políticos e morais sustentados pelo Kirchnerismo. O autor começou a construir sua análise com a publicação de Narraciones de la independência: arqueología de un fervor contradictorio (2010), livro em que recupera discursos sobre a identidade política argentina por meio dos mais diversos tipos de fontes entre o século XVI e XX. Esta obra acabou conhecendo sua continuidade no lançamento de Rebeldes y confabulados: narraciones de la política argentina (2012), uma obra mais conceitual cujo propósito é percorrer os mais diversos relatos políticos perfilados no contexto do século XX a fim de sublinhar as formas narrativas que definem os atuais enunciados da política Argentina. As abordagens perpassam desde o radicalismo de Hipólito Yrigoyen (1852- 1933) até o desenvolvimentismo de Carlos Menem (1930 -). Leia Mais