O tempo da fronteira: retorno à controvérsia sobre o tempo histórico da frente de expansão e da frente pioneira | José de Souza Martins

O autor José de Souza Martins é escritor e sociólogo brasileiro. Professor aposentado do Departamento de Sociologia e Professor Emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Em sua obra intitulada “Fronteira: a degradação do Outro nos confins do humano” revela a relação existente entre teoria e realidade conflituosa nas fronteiras da Amazônia brasileira, apresentando-a como um lugar privilegiado da observação sociológica e do conhecimento sobre os conflitos e dificuldades próprios da constituição do humano no encontro de sociedades que vivem no seu limite e no limiar da História. Utiliza-se do método materialismo histórico dialético.

No quarto capítulo de sua obra – O tempo da fronteira: retorno à controvérsia sobre o tempo histórico da frente de expansão e da frente pioneira – revela as noções de frente pioneira e frente de expansão, cuja aproximação e confronto, encontros e desencontros dos diferentes grupos sociais revelam mais do que os conflitos aparentes, juntam e separam pedaços de vida entre a esperança e o destino trágico, que ocorreu em diversos momentos da história regional: escravização do índio, na exploração extrativista da busca pelas drogas do sertão, na coleta do látex, da castanha, etc. Leia Mais

Linchamentos: a Justiça Popular no Brasil | José de Souza Martins

Junho de 2015, programas televisivos e notícias na internet trazem as últimas manchetes policiais do dia: polícia “desfila” em carro aberto com suspeitos de matar PM na Paraíba. Nas imagens, a população local se aglomera neste “ato público” de punição aos “delinquentes”. A impressão é que todos se sentem empoderados pela “justiça”. Numa das cenas, um dos participantes, após esboçar uma careta, desfere um “cascudo” em um dos indivíduos já detido e, portanto, sobre a tutela da polícia – e do Estado. Talvez esses “delinquentes” jamais seriam devidamente processados, assim a “justiça popular” precisaria ser minimamente garantida, pelo menos constrangendo o sujeito.

Casos semelhantes, cada vez mais comuns em nosso país, embasaram o estudo do sociólogo José de Souza Martins em sua mais recente obra “Linchamentos: a Justiça Popular no Brasil” (Editora Contexto, 2015), na qual o autor se debruça sobre relatos de 2028 casos de linchamentos, comprovados ou tentados, nos últimos 60 anos, além do aprofundamento de dois estudos de caso. O livro é dividido em três partes: na primeira oferece uma análise sociológica quantitativa e qualitativa dos dados levantados com riqueza de detalhes; na segunda enfoca a relação dos linchamentos com a simbologia da morte; e na terceira oferece uma visão crítica de sua fonte de dados. Leia Mais

Linchamentos: a Justiça Popular no Brasil | José de Souza Martins

Junho de 2015, programas televisivos e notícias na internet trazem as últimas manchetes policiais do dia: polícia “desfila” em carro aberto com suspeitos de matar PM na Paraíba. Nas imagens, a população local se aglomera neste “ato público” de punição aos “delinquentes”. A impressão é que todos se sentem empoderados pela “justiça”. Numa das cenas, um dos participantes, após esboçar uma careta, desfere um “cascudo” em um dos indivíduos já detido e, portanto, sobre a tutela da polícia – e do Estado. Talvez esses “delinquentes” jamais seriam devidamente processados, assim a “justiça popular” precisaria ser minimamente garantida, pelo menos constrangendo o sujeito.

Casos semelhantes, cada vez mais comuns em nosso país, embasaram o estudo do sociólogo José de Souza Martins em sua mais recente obra “Linchamentos: a Justiça Popular no Brasil” (Editora Contexto, 2015), na qual o autor se debruça sobre relatos de 2028 casos de linchamentos, comprovados ou tentados, nos últimos 60 anos, além do aprofundamento de dois estudos de caso. O livro é dividido em três partes: na primeira oferece uma análise sociológica quantitativa e qualitativa dos dados levantados com riqueza de detalhes; na segunda enfoca a relação dos linchamentos com a simbologia da morte; e na terceira oferece uma visão crítica de sua fonte de dados. Leia Mais

Sociologia da Fotografia e da Imagem | José de Souza Martins

Neste novo livro, o eminente sociólogo José de Souza Martins se propõe a estudar o documento visual, como um dos instrumentos indispensáveis da leitura sociológica dos fatos e dos fenômenos sociais. Neste sentido, a inserção da imagem nas pesquisas das Ciências Sociais abriu um amplo terreno de indagações, dúvidas e experimentos. A fotografia, por ser flagrante, revelou as insuficiências da palavra como documento da consciência social e como matéria‐prima do conhecimento. “A composição fotográfica é também uma construção imaginária, expressão e momento do ato de conhecer a Sociedade com recursos e horizontes próprios e peculiares” (p.11). Não existem pesquisas no âmbito das Ciências Sociais sem a interação entre o pesquisador e o objeto que estuda. A Sociologia tem como material não a realidade em si, mas a interpretação dessa realidade que o homem simples faz dos processos interativos que vive em confronto com as referências estruturais. A fotografia tem as limitações da visão social do fotógrafo e da invisibilidade de várias dimensões da realidade social. Leia Mais

Caminhada no chão da noite: Emancipação política e a libertação nos movimentos sociais no campo – MARTINS (RBH)

MARTINS, José de Souza. Caminhada no chão da noite: Emancipação política e a libertação nos movimentos sociais no campo. São Paulo: Hucitec, 1909. Resenha de: IOKOI, Zilda Márcia Gricoli. Revista Brasileira de História, São Paulo, v.11, n.22, p.208-209, mar.1991/ago.1991.

Zilda Márcia Gricoli Iokoi – Professora do Departamento de História/USP.

Acesso ao texto integral apenas pelo link original

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