La Argentina peronista: Una historia desde abajo (1945- 1955) | Omar Acha

Con la consigna y objetivo de “90 libros de hasta 90 páginas, para leer en 90 minutos”, es que se inserta la obra que comentaremos. Con esto queremos evidenciar que no es una consigna sencilla sintetizar 10 años de historia nacional en menos de 100 páginas, es todo un desafío, y sobre todo cuando se trata del “primer peronismo”. El autor se encarga de aclarar que el concepto de “primer peronismo” a diferencia de “peronismo clásico” o “peronismo del 45”, es menos interpelante pero más adecuado a los fines de captar la variedad de experiencias que surgieron en este período (Acha, 2019: 3). Leia Mais

¿Qué es el peronismo? – De Perón a los Kirchner, el movimiento que no deja de conmover la política argentina | Alejandro Grimson

A literatura sobre a vida, o legado e o impulso político gerado por Juán Domingo Perón (1895- 1974) é vasta e variada na Argentina. O ex-coronel do Exército governou o país por dois mandatos, entre 1946-55, e por pouco menos de nove meses, entre 1973-74, sempre eleito de forma consagradora. Sua influência na vida política nacional se consolidou por meio de uma presença marcante e, sobretudo, por uma ausência que contribuiu para a formação de um personagem mítico. Golpeado, alijado do poder e levado a um exílio compulsório de quase duas décadas, Perón deu origem ao movimento que se tornou uma espécie de eixo definidor da vida pública por mais de sete décadas e gerou a esperança da afirmação de um país soberano, que se pautaria pela justiça social e por oportunidades para todos.

O ex-presidente construiu as bases essenciais do Estado argentino, no momento em que a indústria e a classe operária urbana se consolidavam em meio à Guerra Fria. O peronismo é um caso clássico do que se convencionou chamar de populismo latino-americano 2 . Mas sua perenidade e multiplicidade de facetas são de difícil definição e tornam impossível encontrar algo semelhante ao redor do mundo. Há uma constante batalha pelos sentidos do peronismo, que garante sua sobrevivência não como corrente ou sentimento político, mas como espaço público de disputas. Leia Mais

Multidões em cena: propaganda política no varguismo e peronismo | Maria Helena Rolim Capelato

Conhecida pela sua larga produção intelectual, a profª. Maria Helena Capelato é autora de O Bravo Matutino, Imprensa e ldeologia: O Jornal ”O Estado de São Paulo”, (em co-autoria com Maria Lígia Prado), O movimento de 1932: A causa Paulista, (em co-autoria com Carlos Guilherme Mota), Imprensa e História do Brasil, e Os Arautos do Liberalismo: Imprensa Paulista 1920-l94. Como se pode notar, teve sua preocupação centrada nos anos 30 e em especial no Estado Novo e na análise da imprensa no período, e agora apresenta-nos mais este livro, que é um estudo sobre o varguismo e o peronismo.

Multidões em cena tem como objeto o estudo comparado entre o varguismo e o peronismo no tocante ao significado da propaganda política idealizada e posta em prática, tanto pelo Estado Novo (1937) como pelo Peronismo (1945-1955). Estes regimes, por sua vez, inspiram-se nos métodos de propaganda nazista e fascista, adaptados para a realidade histórica brasileira e argentina, pois, nesse período, estes países têm necessidades de projetar-se enquanto Estado-Nação, e dessa maneira, nada mais adequado do que inspirar-se nas nações ditas civilizadas, daí, a inter-relação de idéias que havia no período do entre-guerras nos países que adotaram políticas antiliberais. Leia Mais