Public History and School: International Perspectives | Marko Demantowsky

Marco Demantowsky 3 Public History
Marko Demantowsky – 2019 | Imagem: De Gruyter

Em Public History and Scholl Marko Demantowsky discute a relação entre o campo acadêmico (História Pública) e a instituição socializadora (Escola) a partir de uma premissa conhecida de todos nós: a escola pública foi criada no século XVIII para servir à construção da identidade nacional, e as disciplinas literatura, religião e história são os veículos desse ensinamento, ou seja, são responsáveis pelo cultivo de certa “autocompreensão nacional” (p.vi).

Public History and School Public HistoryDemantowsky é editor da Revista-Blog Public History Weekly e professor de Didática em Ciências Sociais na Universidade de Basel (Basiléia-Suíça). Foi nesta condição e motivado pela dificuldade de ampliar as possibilidades de pesquisa em história pública em contexto multilíngue que reuniu especialistas para discutirem os quatro temas que constituem a coletânea, começando com a terminologia da área. O que significa “História Pública”? A resposta é mediada por duas outras questões: Os diferentes profissionais que atuam no cultivo da identidade nacional (museólogos, arquivistas, patrimonialistas, memorialistas) se conhecem uns aos outros o bastante e no contexto daquela função da escola? Esses profissionais estão conscientes do caráter duradouro e exemplar da “educação escolar” sobre as “histórias públicas”. (p.vi). Leia Mais

História Pública e divulgação de história | Bruno Leal Pastor de Carvalho e Ana Paula Tavares Teixeira

Copia de Mnemosine Revista Public History
Bruno Leal Pastor de Carvalho e Ana Paula Tavares Teixeira | Fotos: Comunicação Ages e Café História

CARVALHO e TAVARES Historia Publica e divulgacao de Historia 1 Public HistoryO livro coordenado por Bruno Carvalho (UnB) e Ana Teixeira, diretores do Portal Café História propõe o desenvolvimento de uma competência para o historiador: “divulgar o resultado do seu próprio trabalho para o grande público”[II]. A insatisfação expressa pela dupla é motivada, principalmente, pela necessidade de ampliar o “alcance social” dos historiadores, a dimensão e a qualidade da “consciência histórica” da “sociedade”[III]. Por essa razão, reuniram seis relatos de experiência, um estudo e três entrevistas sobre “Divulgação Científica” e “História Pública” que abrangem a editoria de livros e revista, canal no YouTube, site e portal na internet, coluna de jornal, aula em espaços públicos abertos e exposição em museu.

No primeiro capítulo – “Editando a História” –, Luciana Pinsky intencionou descrever “como é feita a divulgação da História no formato livro”. A resposta foi insuficiente porque não conseguiu traduzir esse “como” em operações, habilidades e/ou princípios. Também não conseguiu livrar-se do jargão “público em geral”, às vezes definido pelo (óbvio) “não específico” ou exemplificado como “estudantes de graduação e de pós-graduação, acadêmicos e pesquisadores”.[IV] Comentou, ainda, a efêmera iniciativa do E-Guttenberg, que divulgava monografias universitárias de jovens historiadores por meios digitais. Esse sim, um concreto exemplo de “divulgação”. Leia Mais

História Pública e História do Tempo Presente | Rogério Rosa Rodrigues e Viviane Borges

Observou-se nas últimas décadas um crescimento em estudos que destacam a memória como objeto ou fonte de pesquisas históricas. Pautada principalmente a partir da década de 1980, sua interlocução com a história permitiu intensos debates sobre temáticas caras ao passado presente. A História Oral se estabeleceu como prática no campo, consolidou diferentes vertentes teórico-metodológicas e adensou as discussões entre memória e história. Conectada pela memória, a área se aproxima da História do Tempo Presente, e em consonância com a História Pública, busca amarrar esses pontos, com foco em produções realizadas com (e para) o público.

Essas questões estão no livro História Pública e História do Tempo Presente, lançado em 2020 pela editora Letra e Voz, com organização de Rogério Rosa Rodrigues e Viviane Borges, docentes na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Seus escritos são marcados pelas interfaces de contato entre esses campos, e desenvolvem pesquisas que abordam a relação entre temporalidades, memória, estratos temporais e o caráter público da história. A obra possui dez capítulos, divididos em artigos e entrevistas, e busca contribuir com diferentes panoramas a partir de linhas teóricas e discussões que se cruzam. Reunindo 12 autores, o livro nos convoca a pensar sobre os usos do passado, a monumentalização e o fomento de um campo preocupado com as implicações públicas do fazer histórico. Leia Mais

História pública e história do tempo presente | Rogério Rosa Rodrigues

A segunda década do século XXI marcou a consolidação do movimento da História Pública no Brasil. Apesar de sua emergência e seu estabelecimento através da formação da Rede Brasileira de História Pública, de publicações especializadas e eventos internacionais e nacionais, a História Pública ainda permanece permeada de dúvidas, críticas e estranhamentos por parte da comunidade de historiadores(as). É possível considerar que a maioria destas questões estão associadas à imagem de “novidade” em torno de uma prática que, para alguns, remonta a projetos anteriores que já existiam no âmbito universitário. Publicações como Que História Pública Queremos (2018) e História Pública no Brasil: Sentidos e Itinerários (2016) procuraram responder a algumas destas problemáticas que emergiram após a realização do curso de Introdução a História Pública na USP (2011). Em meio a tais esforços, verificou-se a expansão do interesse da comunidade por esta discussão em paralelo as possíveis críticas que emergiam. Cursos de graduação e pós-graduação foram revisados e/ou criados, projetos em diferentes níveis passaram a pensar a dimensão pública de suas produções e, acima de tudo, historiadoras(es) repensaram seu próprio ofício.

O que se percebe é um processo de construção de um movimento, mais que a fundação de um campo da História Pública (Santhiago 2016), que tem defendido a centralidade do público na prática historiográfica. Seja como uma história com, para, pelo ou através dos públicos, a História Pública tem revisitado as regras estruturais do campo disciplinar. Atenta a este processo, a editora Letra e Voz publica, desde 2019, a coleção “História pública e…” que mapeia as relações entre a prática da história pública na interface com outros campos, como a divulgação histórica (2019) e o ensino de história (2021). Em sua proposta, os livros da coleção reúnem artigos que possibilitam a reflexão epistêmica da História Pública e entrevistas com historiadores nacionais e internacionais de referência. Leia Mais

História pública e ensino de história | Miriam Hermeto e Rodrigo de Almeida Ferreira

Miriam Hermeto e Rodrigo de Almeida Public History
Miriam Hermeto e Rodrigo de Almeida Ferreira (em primeiro plano) | Fotos: UFMG e UFF

ALMEIDA Historia publica e ensino de historia Public HistoryO estranhamento de todo dia para aqueles e aquelas que experimentam, seja na formação inicial ou continuada, seja no trabalho escolar ou na pesquisa acadêmica, o ensino de história como um campo de conhecimento, mas também de práticas profissionais, talvez seja muito seme­lhante à experiência de um estrangeiro olhando as suas fontes e os seus materiais, interagindo com os sujeitos do campo, buscando sempre autorizar a superação da dolorosa sensação de alheamento e exterioridade com a sua prática e a experiência que dela decorre. Quem sabe, eles não encontrem nesse belo trabalho organizado por Miriam Hermeto e Rodrigo de Almeida Ferreira, com a contribuição de especialistas sempre (ou quase sempre) compartilhando a autoridade com professores de ofício da educação básica – via de regra experimentando percursos de formação continuada –, uma aliança generosa e solidária? Que esta resenha possa somar-se a essa alian­ça potente, em uma perspectiva de compreensão narrativa e empatia (RITIVOI, 2018), assumindo um lugar de professor entre professores de História.

Bons textos nos fazem pensar uma segunda vez sobre o que já sabemos, ou julgamos saber. E pensar ainda uma vez mais sobre o repensado, em uma espiral de sentidos que não se esgota entre paredes, nem do laboratório nem da sala de aula. E ainda que esses espaços sejam, às vezes, referências incontornáveis para o que pensamos e para o modo como pensamos, também eles não cabem definitivamente em si mesmos. Estão aí estes tempos de pandemia e de afastamento social a forçar a dilatação paradoxal das nossas referências e das nossas reflexões. O que sabe­mos sobre o ensino de história? O que sabemos sobre a história pública? O que sabemos sobre esse lugar para onde convergem nossos saberes sobre ambos? Se não trazem respostas prontas e definitivas a tantas perguntas, os textos reunidos em História pública e ensino de história parecem seguir o conhecido conselho de Clifford Geertz (2009), segundo o qual, quando não conhecemos bem a resposta, devemos discutir a pergunta: eles trazem, sem dúvida, uma excelente contribuição à continuidade do debate. Leia Mais

Que história pública queremos? What Public History do we want? | Ana Maria Mauad e Ricardo Santhiago

ANA MARIA MAUAD e RICARDO SANTHIAGO Public History

Ana Maria Mauad e Ricardo Santhiago | Fotos: Bazar do Tempo e Hypotheses

MAUAD e SANTHIAGO Historia publica Public HistoryOs estudos históricos têm enfrentado, nas últimas décadas, desafios relacionados à sua legitimidade, credibilidade e autorização social em diferentes níveis. O maior deles é o caso do crescente negacionismo que atravessa o combate pela história de modo cada vez mais frequente.

Nesse cenário, as atividades de história pública vem sendo conduzidas no sentido de desestabilizar essas críticas, uma vez que têm como característica a participação do público nos debates que envolvem a construção das próprias pesquisas e/ou do seu produto final. Leia Mais

História pública e ensino de história | Miriam Hermeto e Rodrigo de Almeida Ferreira

O estranhamento de todo dia para aqueles e aquelas que experimentam, seja na formação inicial ou continuada, seja no trabalho escolar ou na pesquisa acadêmica, o ensino de história como um campo de conhecimento, mas também de práticas profissionais, talvez seja muito semelhante à experiência de um estrangeiro olhando as suas fontes e os seus materiais, interagindo com os sujeitos do campo, buscando sempre autorizar a superação da dolorosa sensação de alheamento e exterioridade com a sua prática e a experiência que dela decorre. Quem sabe, eles não encontrem nesse belo trabalho organizado por Miriam Hermeto e Rodrigo de Almeida Ferreira, com a contribuição de especialistas sempre (ou quase sempre) compartilhando a autoridade com professores de ofício da educação básica – via de regra experimentando percursos de formação continuada –, uma aliança generosa e solidária?

Que esta resenha possa somar-se a essa aliança potente, em uma perspectiva de compreensão narrativa e empatia (RITIVOI, 2018), assumindo um lugar de professor entre professores de História. Leia Mais

História Pública e divulgação da história / Bruno L. P. de Carvalho e Ana Paula T. Teixeira

Copia de Mnemosine Revista Public History
Bruno Leal Pastor de Carvalho e Ana Paula Tavares Teixeira / Fotos: Comunicação Ages e Café História /

CARVALHO e TAVARES Historia Publica e divulgacao de Historia 1 Public HistoryEste livro tem como proposta apresentar as experiências e as reflexões sobre as formas de divulgar o conhecimento histórico acumulado, demonstrando a ampliação dos suportes de circulação da produção historiográfica.

A obra é uma coletânea composta de seis capítulos e três entrevistas produzidas por historiadores, jornalistas e por gente que transita nesses dois campos. São profissionais com perspectivas históricas variadas, com diferentes experiências e inserções distintas como produtores/mediadores de representações da História. O conjunto dos textos deste livro compreende diferentes linguagens e suportes da História Pública, com discussões sobre como ampliar o acesso do conhecimento histórico pesquisado em revistas acadêmicas, livros, vídeos do Youtube, sites, museus e espaços públicos da cidade.

Os coordenadores Bruno Leal Pastor de Carvalho e Ana Paula Tavares Teixeira são investigadores da História Pública no Brasil e contribuíram neste volume para o desenvolvimento da temática ao colocar juntos colegas que trabalham a dimensão pública do conhecimento histórico. Leia Mais

Que história pública queremos? Ana Mauad, Ricardo Santhiago e Viviane Trindade

Organizado por Ana Maria Mauad, Ricardo Santhiago e Viviane Trindade Borges, o livro “Que história pública queremos?” (What public history do we want?) convida os leitores a participarem de um debate que caracteriza o campo e os caminhos da história pública no Brasil. Como novidade, essa produção de 2018, escrita por historiadores brasileiros e brasilianistas, oferece a tradução dos seus vinte capítulos para o inglês, o que ressalta não só a relevância dos percursos reflexivos (Que história pública queremos?) e práticos (Que história pública fazemos?) estabelecidos em território nacional, mas suas perspectivas de alcance internacional, que não descartam, segundo os organizadores, influências e diálogos do Brasil com as tradições teóricas estrangeiras referentes à área.

Adicionam-se ao catálogo editado pela Letra e Voz1 esses textos em que os autores compartilham suas visões sobre história e história pública ao mesmo tempo que repensam seus próprios campos, temas, objetos, métodos e objetivos de pesquisa. Assim, o que caracteriza a contribuição do livro perante a pretendida história pública brasileira é exatamente a união entre uma espécie de autoavaliação das trajetórias e experiências teóricas e práticas do ofício do historiador e a redescoberta da “dimensão pública do conhecimento histórico” (MAUAD; SANTIAGO; BORGES, 2018, p. 11). Leia Mais

Public History and School, International Perspectives – DEMANTOWSKY (Nv)

DEMANTOWSKY, Marko (Ed.). Public History and School. International Perspectives. Oldenbourg: De Gruyter, 2019. Resenha de: CECCOLI, Paolo. Novecento.org – Didattica dela storia in rete, 1 lug. 2019.

Tra gli specialisti e gli studiosi di didattica della storia il dibattito sulla public history è più vivo che mai. In questo ambito Marko Demantowski, direttore esecutivo della rivista on line https://public-history-weekly.degruyter.com/ha curato una raccolta di saggi, corredata da un’ampia e interessante bibliografia, sul rapporto fra public history e scuola che vale la pena di trattare[1].

Il testo parte da una tesi forte: qualunque cosa sia la public history, ci sono ragioni storiche e concettuali per sostenere che essa trovi nella scuola un luogo d’elezione.

Uno dei progetti più riusciti della modernità, diffuso in tutto il mondo e garantito dagli stati, è la gigantesca istituzione che chiamiamo scuola, specialmente quando è offerta gratuitamente e resa obbligatoria per tutti. Dal XVIII secolo in poi, ciò che segna la graduale apparizione di questo progetto governativo enormemente dispendioso è connotato da specifici interessi che si compongono parzialmente con la tradizione religiosa e militare. Uno scopo preciso promosse il successo della creazione delle scuole come istituzioni obbligatorie e universali o, se vogliamo, come lunghi e collettivi riti di passaggio. Fu l’integrazione interna nei nuovi stati nazionali emergenti e la fondazione della loro coerenza di fronte alle precedenti diversità geografiche, sociali, linguistiche e religiose[2].

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Public history: discussioni e pratiche – FARNETTI et al (BC)

FARNETTI, Paolo Bertella; BERTUCELLI, Lorenzo; BOTTI, Alfonso Botti (A cura di). Public history: discussioni e pratiche. Milano – Udine: Mimesis, 2017. 338p. Resenha de: PERILLO, Ernesto. Il Bollettino di Clio, n.10, p.105-109, gen., 2019.

La Public History?  “Un nuovo contenitore trendy che in sostanza indica una storia spiegata a gente che non la sa da parte di altra gente che non la sa nemmeno lei, un po’ l’imparicchia e un po’ l’inventa”, secondo la definizione dello storico F. Cardini, a proposito della Saga dei Medici prodotto da Rai Fiction-Luz Vide.

Il libro di cui si parla in questa recensione può aiutare a capirci qualcosa di più. Diviso in due parti, il volume raccoglie nella prima il dibattito sulle definizioni della PH, ne ripercorre la storia negli Stati Uniti (sul finire degli anni Settanta del secolo scorso) e in Italia (di PH si è cominciato a parlare dal 2000; l’Associazione italiana di Public History (AIPH) nasce nel 2016), esplorando alcuni dei nodi metodologici più significativi, in particolare i rapporti tra PH, storia accademica, uso pubblico della storia, memoria. Leia Mais

História Pública no Brasil: Sentidos e itinerários | Ana M. Mauad, Juniele Almeida e Ricardo SAnthiago

Este texto pretende resenhar o livro História pública no Brasil: Sentidos e itinerários, obra organizada por Ana Maria Mauad, Juniele Rabêlo de Almeida e Ricardo Santhiago. Nesta importante publicação, os organizadores reúnem textos de alguns dos principais pensadores sobre história pública no Brasil e em outros países. O livro passa a ser uma referência imprescindível por ser plural e apresentar várias perspectivas sobre o tema.

A proposta tem dois momentos. No primeiro, pretendo constituir um panorama geral do livro naquilo que, na minha perspectiva, é mais importante para a história pública. No segundo momento eu proponho uma pequena reflexão/contribuição já que participei dos dois simpósios retratados no livro1 e também por que sou membro da Rede Brasileira de História Pública. Leia Mais

Introdução à História Pública – ALMEIDA; ROVAI (RO)

ALMEIDA, Juniete Rabêlo; ROVAI, Marta Gouveia de Oliveira (Orgs.). Introdução à História Pública. São Paulo: Editora Letra e Voz, 2011. 231p. Resenha de: ULISSES, Ivaneide Barbosa. Argumentos por uma História Pública: perspectivas e possibilidades. Revista Observatório, [Palmas], v.3, n.2, p..622-630, abr./jun., 2017.

Ivaneide Barbosa Ulisses – Doutora em História pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, mestre em História Social pela Universidade Federal do Ceará. Professora do Curso de História – Universidade Estadual do Ceará/Faculdade Dom Aureliano Matos. E-mail: ivaulisses@yahoo.com.br.

Acesso apenas pelo link original

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História Pública no Brasil: Sentidos e itinerários | Ana Maria Mauad, Juniele Rabêlo de Almeida, Ricardo Santhiago

A tentativa de compreensão e a elaboração da noção de “História Pública” são dois movimentos recentes dentro do campo historiográfico brasileiro, o que, no entanto, não significa que tal debate esteja ausente de outras iniciativas que tangenciam a construção do conhecimento histórico ao longo do tempo produzido no país – inclusive aquelas encabeçadas por sujeitos que não são institucionalmente reconhecidos como historiadores. O livro História Pública no Brasil: Sentidos e itinerários lançado recentemente, no ano de 2016, segue este percurso que busca trazer à cena a reflexão da história e seus inúmeros públicos – considerando também a multiplicidade de significados desse último termo. Já na apresentação da obra é evidente o desejo de fugir de uma simplificação do que seria a História Pública, buscando assim constituir um campo de estudos que permita desenvolver esta concepção, inclusive, assumindo a sua multi e interdisciplinaridade. Leia Mais

Public History. A Practical Guide – SAYER (IJHLTR)

Faye Sayer /

SAYER F Public History A Practical Guide Public HistorySAYER, Faye. Public History. A Practical Guide. London, Bloomsbury, 2015. Resenha de: HARNETT, Penelope. International Journal of Historical Learning Teaching and Research, London, v.14, n.2, p.150, 2017.

What’s the point of history? In a time when the value of studying the humanities is often questioned this book provides a genuine attempt to analyse how history impacts on people’s lives. The book explains how the past connects with its public, discussing the role which interpretations play in contributing to social and cultural traditions alongside developing personal understanding. Public History is described as a dynamic undertaking involving dialogue between historians, the past and different audiences and Sayer provides detailed examples of how this occurs in different spheres.

Chapters focus on a different aspects of public history (e.g. museums, archives and heritage centres, teaching history, media history etc.) offering readers a comprehensive guide to a range of issues. The context of each chapter is explained in helpful introductions which are then followed by discussion, illustrated by specific case studies. Leia Mais

História pública no Brasil: Sentidos e itinerários – MAUAD et al (RTA)

MAUAD, Ana Maria; ALMEIDA, Juniele Rabêlo de; SANTHIAGO, Ricardo (orgs.). História pública no Brasil: Sentidos e itinerários. São Paulo: Letra e Voz, 2016, 348p. Resenha de: FRAZÃO, Samira Moratti. História pública no Brasil: espaço de apropriações e disputas. Revista Tempo e Argumento, Florianópolis, v.8, n.19, p.374-379. set./dez., 2016.

Na contemporaneidade, momento em que a história é vista midiaticamente como uma bússola para questões políticas, sociais, religiosas e culturais que emergem no presente, como refletir a necessidade de revisitar o passado com abordagens que fogem às práticas históricas institucionalizadas? Como pode ser traduzida fora do ambiente acadêmico essa produção ou intenção de propor um conhecimento histórico que se encontra em circulação em diversos suportes e tecnologias? A história pública pode ser uma das respostas a essas e outras questões abordadas no livro “História Pública no Brasil: Sentidos e itinerários”, lançado em 2016 pela editora Letra e Voz.

Para além de novas reflexões, a obra é uma continuidade ao trabalho empreendido em 2011, ano em que foi lançado o livro “Introdução à História Pública”, organizado por Juniele Rabêlo de Almeida e Marta Gouveia de Oliveira Rovai. Posteriormente os pesquisadores, entre historiadores, comunicólogos e especialistas de diversas áreas das Ciências Humanas e Sociais, formaram a Rede Brasileira de História Pública (RBHP), cujos membros – dos quais se destacam Ana Maria Mauad, Juniele Rabêlo de Almeida e Ricardo Santhiago, organizadores deste livro – propõem com “História pública no Brasil” conectar percepções atualizadas sobre a prática, considerada uma produção histórica “feita para, com e pelo público” (MAUAD, ALMEIDA & SANTHIAGO, 2016, p. 12, grifo dos autores). Leia Mais

Novi Cives. Cittadini dall’infanzia in poi – BORGHI; GARCÍA PÉREZ (C-HHT)

BORGHI, Beatrice; GARCÍA PÉREZ, Francisco F.; MORENO FERNÁNDEZ, Olga. Novi Cives. Cittadini dall’infanzia in poi. Bologna: Pàtron Editore, 2015. Resenha de: BELLATTI, Ilaria. Clío – History and History Teaching, Zaragoza, n.41, 2015.

El libro que aquí se presenta es la obra colectiva de especialistas de distintas áreas de las Ciencias Sociales que debaten sobre la importancia de la Educación para la Ciudadanía activa en la escuela obligatoria y en la formación docente, potenciando distintos aspectos de la enseñanza de la Historia y del Patrimonio cultural, y de la Geografía.

En línea con la trayectoria de difusión científica perseguida por la editorial Pàtron, los editores, se cimentan con una publicación orientada a la comprensión de los problemas sociales actuales, poniendo de manifiesto la necesidad de remodelar la relación entre los individuos y la comunidad a la luz de los nuevos retos de la cohesión social. Leia Mais

The Public History Reader – KEAN; MARTIN (Rg)

KEAN, Hilda; MARTIN, Paul (Org). The Public History Reader. London / New York: Routledge, 2013. Resenha de: SANTHIAGO, Ricardo. A história pública e suas vertentes em The Public History Reader. Resgate, v.22, n.28, p.103-106, jul./dez., 2014.

Um “reader” pode ser tão somente aquilo que a adoção deste termo exige que ele seja: uma antologia, um compêndio, uma reunião de traba­lhos escritos por uma variedade de autores. Mas um “reader” de certa área de conhecimento, propondo­-se como tal, pode ter também – e desejavelmente tem – um caráter pedagógico valioso: o de compilar aquilo que se produziu de mais significativo nessa área, embrulhando esse conteúdo numa obra única, amplamente acessível, que contribui, para o bem ou para o mal, para a fixação de um cânone.

Essa é uma tarefa um tanto quanto ingrata – pelo menos se levada a cabo com responsabilidade. Ela compreende percorrer criticamente a vastidão de toda uma literatura, decompondo-a e recompon­do-a de modo a decifrar certa tradição intelectual e propor trilhas de compreensão a serem seguidas por leitores nem sempre despertos para o nível de interpretação subjacente a elementos que se apre­sentam como editoriais. Ela comporta, ainda, um encargo nada modesto: guiar os que doravante se dirigirão à antologia não para se introduzirem a um corpo de conhecimento, ou para complementá-lo, mas para substituir a leitura integral de um número colossal de obras. Nesse sentido, um bom reader de uma área teria uma espécie de função Leia Mais

The Public History Reader – KEAN; KEAN (PHR)

KEAN, Hilda; MARTIN, Paul (Ed). The Public History Reader. Oxford and New York: Routledge, 2013. Resenha  de: FOSTER, Meg. Public History Review, v.21, p.102-104, 2014.

When confronted with the question, ‘what is public history?” many students and practitioners alike find themselves struggling for answers. Is it ‘the employment of historians and historical method outside of academia’, as Robert Kelley famously declared in The Public Historian? Perhaps it describes ‘practices that communicate and engage with history in public areas’, as Paul Ashton and Paula Hamilton assert in their book History at The Crossroads? Following Raphael Samuel, does it refer to an ever changing, social process, the work at any one time of ‘a thousand different hands?’ As Paul Ashton has written in the Public History Review (2010), ‘Public history is an elastic, nuanced and contentious term. Its meaning has changed over time and across cultures in different local, regional, national and international contexts.’ Even the leading body of public history in America, the National Council of Public History (NCPH), has been forced to confront this issue. In their introduction to the subject, ‘What is Public History?’, the NCPH argues that the most apt definition is perhaps the simplest; people should know public history when they see it. For students who are relatively unexposed to the area, and for public historians who are faced with the ever-changing contours of their field, even this description is inadequate. Hilda Kean and Paul Martin’s recent collection The Public History Reader helps to address this uncertainty. In an accessible and engaging way, this book shows readers some of public history’s many faces. Leia Mais

Cultura Histórica & Patrimônio | UNIFAL | 2012-2017

Cultura Historica e Patrimonio Public History

A revista Cultura histórica & Patrimônio (Alfenas, 2012-2017) é um periódico do curso de História da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), de periodicidade semestral, dedicado à publicação de artigos originais, resenhas de livros e entrevistas da área de História, com ênfase para a produção acerca da Cultura histórica, do Patrimônio, da Educação histórica e da História pública.

Periodicidade semestral

Acesso livre

ISSN 2316 5014

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The Lowell Experiment: Public History in a Postindustrial City – STANTON (PHR)

STANTON, Cathy. The Lowell Experiment: Public History in a Postindustrial City. Amherst and Boston: University of Massachusetts Press, 2006. 304p. Resenha de: ASHTON, Paul. Public History Review, v.14, 2007.

Lowell National Historical Park was established in Massachusetts in the United States in 1979. It was part of an experiment which drew on a new economic industry – cultural tourism – to rehabilitate a former textile city, once held up as an exemplar of capitalist industrialisation, that had been devastated by late twentieth-century deindustrialisation.

In her highly readable and original book, The Lowell Experiment, Cathy Stanton explores the politics of public history on a number of levels using this National Historical Park (NHP) as a rich case study. Public history’s role in facilitating change, rather than simply recording or reflecting it (pxiii), is treated as are divisions within the public history movement in the USA and the contested nature of the term ‘public history’. Leia Mais

Between the Flags: One Hundred Summers of Australian Surf Lifesving – JAGGARD (PHR)

JAGGARD, Ed (Ed). Between the Flags: One Hundred Summers of Australian Surf Lifesving. Sydney: UNSW Press, 2006. 262p. Resenha de: CORNWALL, Jennifer. Public History Review, v.14, 2007.

Ed Jaggard, in the editorial introduction to Between the Flags: one hundred years of Australian surf lifesaving, acknowledges that, with a few exceptions, the ninety or so Ed largely amateur individual histories of surf lifesaving clubs produced to date have kept to ‘a familiar script’ of self-affirmation – ‘progress, mateship, self-help, legendary stories, competition success and notable acts of bravery’. While celebratory in part, this history of the surf lifesaving movement, the largest volunteer-based organisation in Australia, offers a comprehensive examination and critique of the subject. The book is a collection of chapters exploring particular themes of the movement’s history, including its origins in the emergence of Australian beach culture, the development of surf lifesaving techniques and technologies, courageous rescues, the place of surf lifesaving as a national and international sport as well as an examination of club culture.

The eleven contributors represent an impressive line up of academics and other writers either involved in the lifesaving movement or with an interest in Australian beach culture and sport. Among them are Professor Douglas Booth, who has written extensively about the history of Australian beach culture, and Nancy Cushing, a lecturer in Australian history at the University of Newcastle (one of the three female writers). Leia Mais

Archives: Recordkeeping in Society – McKEMMISCH et al (PHR)

McKEMMISCH, Sue; PIGGOTT, Michael; REED, Barbara; UPWARD, Frank (Ed). Archives: Recordkeeping in Society. Charles Sturt University/Centre for Information Studies, 2005. 247p. Resenha de: SASSOON, Joana. Public History Review, v.12, 2006.

Writing about memory is a popular topic for historians. Public History Review volume 10 had the title Remembering and Forgetting. Historians now recognise museums as memory institutions, with an analytical focus on the exhibition as a representation of contemporary ideas. In order, however, to penetrate the exhibition, the historical processes of collecting, preserving and documenting need to be understood. This kind of archaeology of exhibitions requires a sound understanding of internal institutional processes. To take this further, what is missing in stories historians tell using archival institutions is the purposeful interaction with the histories of that very long food chain of creating and preserving records. Ultimately, historical stories can be enriched through understanding the institutional processes through which historians’ ‘food’ is produced.

If you believe that archives are simply storehouses of raw material, and that archivists are the passive keepers of historical records, then this is definitely the book for you. A whole new world will be opened up. Archival materials and institutional practice are situated firmly within the core of the craft of history, and it can be argued that to undertake sound historical research requires understanding the theoretical framework of archival practice, the processes and power of the recordkeepers and the contexts, functions and nature of the original records. To this end, Archives: Recordkeeping in society introduces readers not only to a theoretical understanding of what the raw materials of history are and how they come into being, but also the conceptual frameworks which shape what recordkeepers do with them. In doing so, this book draws on a wide international archival literature, presenting the arguments in clear and comprehensible prose, through authors who have international reputations. Leia Mais

The Powerhouse Museum and its Precursors 1880-2005 – DAVISON; WEBBER (PHR)

DAVISON, Graeme; WEBBER, Kimberley (Ed). The Powerhouse Museum and its Precursors 1880-2005. Sydney: Powerehouse Publisching; University of NWW Press, 2005. 288p. Resenha de: SCORRANO, Armanda. Public History Review, v.12, 2006.

The Powerhouse Museum was conceived by the trustees of the Australian Museum in 1878. By 1880, Australia’s first Technological and Industrial Museum was open to the public. Over the next 125 years, the museum experienced various metamorphoses and name changes, most notably its transformation into the Powerhouse Museum which opened during Australia’s Bicentenary in 1988. On the 125th anniversary of the birth of this world-renown museum comes Yesterday’s Tomorrows: the Powerhouse Museum and its precursors 1880-2005, edited by eminent urban and public historian Graeme Davison and Powerhouse Museum curator of social history Kimberley Webber.

This visually appealing book approaches the history of the museum from a thematic perspective, focusing on innovative exhibitions and bold personalities that have peppered the museum’s past. Broken into three sections – ‘Visions’, ‘Stories from the Collections’, and ‘Tomorrows’ – this collection of essays covers a broad spectrum of topics in the museum’s history. Quirky stories of past curators and popular objects ensure an entertaining read, with copious images providing engaging illustrations of bygone days. The book positions the Powerhouse Museum as an innovative educational institution providing a window on cutting-edge technological advances, bringing the world of technology to the everyday visitor. The history of the museum is dealt with in sufficient detail to ensure the general reader gains a comprehensive understanding of the vision, struggles and triumphs of this pioneering institution. Leia Mais