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História e Defesa / Antíteses / 2009
Editorial
É com grande prazer que anunciamos o lançamento de um novo número de Antíteses, demonstração de que o trabalho tem sido fecundo. Na breve história da nossa revista avançamos a passos largos, fruto do empenho e da confiança que o corpo editorial, os autores e os avaliadores depositam nesta ferramenta de divulgação e contato da comunidade acadêmica, que já deixou de ser apenas da Universidade Estadual de Londrina para abranger uma ampla rede, que vem se expandindo e consolidando rapidamente.
Como parte da estratégia de qualificação e diversificação regional, dentro e fora do Brasil, incorporamos nos Conselhos a mais colegas latino-americanos de renome, como Ana Frega, da Universidad de la República, do Uruguai; Maria Luisa Soux Muñoz Reyes, da Universidad Mayor de San Andrés, da Bolívia e Rita Ana Giacalone, da Universidad Central de Venezuela; assim como destacados especialistas brasileiros das regiões Norte e Nordeste, como Almir de Carvalho Bueno, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte; Dilton Candido Souza Maynard, da Universidade Federal de Sergipe e Temis Gomes Parente, da Universidade Federal do Tocantins, que seguramente nos ajudarão na empreitada com o mesmo afinco dos que já vêm participando.
Nesse sentido, informamos que Gabriela Dalla Corte Caballero, da Universitát de Barcelona, Espanha, coordenará o dossiê “Diálogos Europa América. Passado e Presente”, correspondente ao volume 4, número 7, de janeiro-junho de 2011, com o qual pretendemos dar outro importante impulso na direção que nos permita estreitar laços com acadêmicos dos Velho e Novo continentes.
Como manifestamos, o ano que fechamos foi intenso também em resultados. A nossa alegria de informar no mês de fevereiro passado o ingresso da revista no Latindex se multiplicou, pois, além dos indexadores já elencados em números passados, fomos incorporados ainda em: BASE, EZB, HeBISVerbundkatalog e vLib, da MPG, da Alemanha; Citation Linker, do consórcio entre o MPG e o SFX, da Alemanha e da Inglaterra, respectivamente; OAKList, da Austrália; VUB, da Bélgica; PIRATE, do Canadá; Current Abstracts, EBSCO A-to-Z, Fonte Acadêmica e TOC Premier, os quatro do EBSCO Host, Ejournals.org, Google Scholar, Journal Finder, JournalSeek, New Jour, WorldCat, do OCLC, Refbase, ResearchGATE e Researching Brazil Bibliographic Index, dos Estados Unidos; SPARC Europe, da Europa; HKU Libraries, de Hong Kong; MetaLib e SFX, os dois do Ex Libris, da Inglaterra; TULIPS-Linker, do Japão; CLASE e Maestroteca, do México; BIBSYS, da Noruega; e DOAJ, da Suécia. Encontram-se também avançados os processos de indexação no Scopus, da Holanda, e RedALyC, do México.
Várias destas incorporações nos auxiliaram na obtenção de ferramentas de preservação digital e de direitos autorais, assim como permitiram a presença da revista nos catálogos digitais (Online Public Access Catalog: OPAC) de bibliotecas do mundo todo. Assim, com o ingresso no DOAJ, Antíteses passou a ser preservada digitalmente pela Koninklijke Bibliotheek, Biblioteca Nacional da Holanda, e suas colaborações registradas e protegidas autoralmente pela Scientific Commons; já com a admissão no Portal do CLACSO será incorporada numa coleção especial do RedALyC, cujo ingresso já estava sendo providenciado independentemente com pareceres favoráveis, e as colaborações também estarão protegidas autoralmente pela Creative Commons; e a Universidade Estadual de Londrina deu parecer favorável para a filiação à CrossRef, com o objetivo de colocar o Digital Object Identifier (DOI) nas colaborações, com o que poderemos obter indicadores bibliométricos mais acurados.
Passando ao conteúdo desse número, o dossiê “História e Defesa”, alusivo ao III Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos da Defesa, que se realizou no mês de julho deste ano na UEL, é aberto por Celso Castro, como coordenador e autor convidado, brindando-nos com um estudo sobre o trote no Colégio Naval, ritual de passagem usual também em outras instituições de vários países; na seqüência José Otávio Aguiar discorre acerca de literatura Wushia, Budismo, marcialidade e ascese, abordagem pouco usual por estas latitudes; Cristina Souza da Rosa escreve sobre a educação militar na Itália de Mussolini; Helder Gordim da Silveira analisa a visão militar brasileira da Guerra do Chaco, em especial sua projeção geopolítica e a rivalidade internacional na América do Sul; Gabriel Carrizo disserta sobre a Patagonia argentina no período de entreguerras, particularmente sobre as origens da Zona Militar de Comodoro Rivadavia; Hernán Comastri escreve sobre os limites e potencialidades da transferência científico-tecnológica, impulsionada por cientistas alemães na Argentina peronista; Nilo Dias Oliveira analisa as atividades do Serviço Secreto do DOPS, de São Paulo, objetivando vigiar as Forças Armadas; Maria Valeria Galvan discorre sobre os discursos dos órgãos de inteligência argentinos a respeito de um movimento de direita, o Tacuara, ocorrido durante a Guerra Fria; Mariana Joffily analisa as estratégias de defesa nos interrogatórios políticos da Oban e do DOI-CODI; Ananda Simões Fernandes e Marina Franco escrevem acerca da Doutrina de Segurança Nacional, na Escola Superior de Guerra do Brasil e na política estatal na Argentina, respectivamente; Ramiro José dos Reis analisa a metodologia de Terror de Estado no seqüestro e cárcere de dois militantes uruguaios; Andrea Rodriguez observa o cotidiano da guerra nas experiências dos integrantes do Apostadero Naval Malvinas no conflito do Atlântico Sul; e, fechando o dossiê, Claudia Marques Amaral escreve sobre um tema universal, embora centrado nos jovens portugueses, a mobilização de conhecimento histórico escolar na resolução de situações de conflito.
Destes, os trabalhos de Marina Franco e Mariana Joffily foram selecionados a tradução para o inglês, após uma difícil escolha que levou em consideração seus méritos acadêmicos e relevância temática. O principal intuito dessa iniciativa é o de internacionalizar a revista, oferecendo à comunidade de fala anglo-saxã a oportunidade de aproximação às problemáticas candentes nas historiografias argentina e brasileira, que têm se tomado freqüentes nas páginas de Antíteses.
Seguidamente, na seção de artigos, Macarena Perusset nos fala da tensão entre a regulamentação jurídica e os usos e costumes no Paraguai colonial; Paula Caldo junto a Sandra Fernández sobre os usos do epistolário no estudo da sociabilidade; Amelia Beatriz Garcia acerca das Malvinas e da Antártida nos textos escolares para a “Nueva Argentina” de Perón; e, finalmente, Alejandra Reta sobre o Frente Estudiantil Nacional no processo contestatário dos anos sessenta na Argentina.
Continuando com o intuito de revelar trabalhos promissores na seção Primeiros Passos, Odilon Caldeira Neto nos apresenta um artigo no qual reflete sobre um tema sempre candente, como o da memória e da justiça no caso do negacionismo. Nas resenhas, Thiago Rodrigo da Silva nos reapresenta o clássico de Fernando Oliveira, A Arte da Guerra do Mar, e José Miguel Arias Neto a coletânea organizada por Celso Castro e Piero Leiner intitulada Antropologia dos militares – Reflexões sobre pesquisas de campo.
Fechando o número, nossos ex alunos, já mestres, Andre Camargo Lopes, Milton Genésio de Brito, Vandergleison Judar, Juliana Dela Torres e Márcia Raquel Branco de Almeida nos brindam os resumos das suas dissertações, defendidas durante este semestre, em nosso Programa de Pós-graduação em História Social.
Por último, agradecemos a todos os que colaboraram de inúmeras formas para que a revista seja uma realidade e fique à disposição dos leitores, em especial a Celso Castro, coordenador do dossiê. Desejamos-lhe, igualmente, uma ótima leitura e os convidamos a que continuem enviando colaborações, na espera que no ano próximo as conquistas, pessoais e coletivas, continuem.
Hernán Ramírez – Editor
Londrina, dezembro de 2008.
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