Dos corpos negros: escravidão, raça e pós-abolição em perspectiva comparada | Revista de História Comparada | 2022

É  com grande prazer que ora apresentamos o dossiê ”Dos corpos negros: escravidão, raça e pós-abolição em perspectiva comparada ”. A problemática abordada incide, a partir de diferentes pesquisas, sobre  o corpo negro feminino no período escravista e no pós-abolição, entendido como basilar na estruturação das realações de exploração e reprodução  na escravidão e na contrução dos caminhos da liberdade. Compreendemos o pós-abolição como um período que se inicia com a abolição, mas que acolhe um longo período de nossa história. À medida que os rastros e traços das relações  sociais brasileiras continuam a moldar a nossa estrutura social, consideramos que a etapa pós-abolição ainda não foi superada entre nós.

O objetivo das organizadoras foi oferecer ao público especializado  um panorama atualizado deste importante tema, a partir do acolhimento de difrerentes reflexões e pesquisas que têm sido desenvolvidas por um grupo de  pesquisadoras do Brasil e do exterior. Agradecemos à Revista de História Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pelo acolhimento de nossa proposta e pelo espaço oferecido para sua publicação. Os nossos agradecimentos se estendem igualmente às pesquisadoras que enviaram seus artigos e aos pareceristas que gentilmente se propuseram à leitura e análise-  atentos, generosos e críticos- dos trabalhos que apresentamos ao público. Leia Mais

Questões rurais na América Latina em perspectiva comparada / Revista de História Comparada / 2020

[Questões rurais na América Latina em perspectiva comparada]. Revista de História Comparada. Rio de Janeiro, v.14, n.2, 2020. Acessar dossiê [DR]

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História comparada e sistemas sociais: repensando as ciências sociais no século 21 / Revista de História Comparada / 2019

Há um chiste que diz que a vista mais bonita de Niterói é o Rio de Janeiro. Tem-se aí uma óbvia provocação que enfurece os niteroienses: subentende-se que a cidade, separada do Rio pela Baía de Guanabara, não teria belezas naturais, restando a seus moradores admirar os contornos da cidade vizinha. Os niteroienses respondem ao gracejo dizendo que têm do Rio de Janeiro o que há de melhor, a visão panorâmica, dando a entender que de perto a capital do Estado deixa a desejar. Não é tarefa difícil desmentir a falta de belas paisagens em Niterói e de pormenores bonitos no Rio de Janeiro. Regionalismos à parte, o que ressalta na troca de gentilezas entre cariocas e niteroienses é o ponto de referência adotado na observação. Diante de uma tela monumental, o observador pode aproximar a vista e reconhecer o talento do artista pelos detalhes da pincelada, mas teria dificuldade de ver o conjunto da pintura; de modo contrário, poderia se afastar e ver a tela inteira, mas perderia os detalhes que só a proximidade torna visíveis. Em ambos os casos, há limites para o bom senso: com o nariz quase tocando o quadro, a vista embaçaria e nada seria apreciado, assim como não teria nada a admirar caso estivesse demasiado distante e o quadro monumental se tornasse um ponto perdido no horizonte. Leia Mais

História comparada / Estudos Ibero-Americanos / 2003

Conforme anunciado, estamos entregando um número de Estudos Ibero-Americanos dedicado ao tema “história comparada”. Ficamos satisfeitos com a resposta ao nosso convite. Como os leitores poderão verificar, a compreensão do que seja e a prática da comparação são bastante diferentes de autor para autor.

Ao contrário da tradição desta revista de publicar número reduzido de artigos de caráter teórico-metodológico e de fazê-lo nas páginas finais, iniciamos, desta vez, com dois artigos teóricos, para depois passarmos aos textos mais empíricos. Nesta segunda parte adotamos o critério cronológico, de forma que os artigos que tratam de temas mais recentes ficaram para as páginas finais – sem que nisso esteja embutido qualquer julgamento sobre a qualidade dos respectivos artigos.

Mais uma vez – como já aconteceu no número anterior – gostaríamos de destacar que está abaixo do desejável a oferta de textos para a seção “resenhas”. Esperamos que isso mude.

Cabe também destacar que a revista está aberta a sugestões para temas ou até a publicação de conjuntos de textos produzidos em eventos temáticos. Claro que essa situação dependerá de negociações, mas não está excluída. O objetivo sempre foi – e continua sendo – o de servir à Ciência História no terreno específico dos estudos do mundo ibero-americano.

Esperamos que os leitores tirem algum proveito dessa nova edição de Estudos Ibero-Americanos.

René E. Gertz


GERTZ, René Ernaini. Apresentação. Estudos Ibero-Americanos. Porto Alegre, v.29, n.2, dez., 2003. Acessar publicação original [DR]

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