Pesos and Politics. Business/Elites/Foreigners/ and Government in Mexico/1854-1940 | Mark Wasserman

Cuando nos proponemos analizar las dinámicas económicas que predominaron en la etapa denominada por la historiografía como porfiriato y sus etapas consecutivas, la revolución y la postrevolución, varias concepciones se nos anteponen y nos impiden preguntarnos hasta qué punto dichas interpretaciones reproducen una visión sesgada de lo que fue la dinámica económica y de poder en esos tiempos. El libro de Mark Wasserman lo que busca es, mediante un análisis de las relaciones personales de ciertos sujetos empresariales importantes de la época, dar una interpretación alternativa que se contraponga a la concepción de que la dinámica de correlación de fuerzas que se instauró en el periodo de gobierno de Porfirio Díaz se rompió con el proceso revolucionario de 1910. Por esto, busca sostener que la dinámica de relaciones de poder se mantuvo a lo largo de la época del conflicto armado y más allá, a los tiempos de los gobiernos de Álvaro Obregón y Plutarco Elías Calles. Leia Mais

O governo local na fronteira Oeste: a rivalidade entre Cuiabá e Vila Bela no século XVIII – JESUS (RBH)

JESUS, Nauk Maria de. O governo local na fronteira Oeste: a rivalidade entre Cuiabá e Vila Bela no século XVIII. Dourados: Ed. Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), 2011. 197p. Resenha de: MOURA, Denise A. Soares de. Revista Brasileira de História, São Paulo, v.34, n.68, jul./dez. 2014.

A pesquisa sobre o governo local das câmaras tem longa tradição na historiografia portuguesa, mas apenas no século XXI tornou-se objeto de interesse da historiografia brasileira. Nos anos 1940 Edmundo Zenha escreveu uma obra específica sobre o município e o poder municipal no Brasil colônia. Mas foi um historiador anglo-saxão, John Russell-Wood, que na década de 1970 realizou densa pesquisa sobre a câmara de Vila Rica.

Em 2001, em um contexto de forte mudança de rumo teórico-metodológico da historiografia no Brasil (Fragoso, 2001; Sousa, 2003; Comissoli, 2006; Souza, 2007; Borrego, 2010; Monteiro, 2010), Maria Fernanda Bicalho publicou um texto repleto de sugestões de pesquisa sobre o governo das câmaras (Cunha; Fonseca, 2005; Zenha, 1948; Russell-Wood, 1977; Bicalho, 2001) que estimulou uma série de outras pesquisas.

Uma delas é o livro O governo local na fronteira Oeste, originalmente tese de Doutorado defendida na Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2006, com o título Na trama dos conflitos: a administração na fronteira Oeste da América portuguesa (1719-1778). A autora, Nauk Maria de Jesus, é professora na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e especialista na História do Mato Grosso. Recentemente publicou também o Dicionário de História de Mato Grosso, com verbetes referentes ao período colonial.

O livro é uma versão resumida da volumosa tese e está formado por três capítulos distribuídos ao longo de 197 páginas que tratam de questões econômicas, políticas e administrativas das duas principais vilas situadas na fronteira oeste do Brasil: Vila Real do Cuiabá (fundada em 1727) e Vila Bela da Santíssima Trindade (de 1752).

Uma questão central da obra é a da disputa ocorrida essas duas câmaras, a partir de 1752, por privilégios e posições de precedência, algo que garantia status na estrutura administrativa e o acesso a melhores receitas orçamentárias. A criação da capitania de Mato Grosso, em 1748, é o pano de fundo dessa rivalidade.

O primeiro capítulo do livro disseca a estrutura humana e funcional das duas câmaras, identificando seu corpo de funcionários e fornecendo dados que permitem até mesmo medir a diferença com instituições camarárias de outras regiões.

Chamo atenção, por exemplo, para a constatação da autora de que existiu juiz de fora na Câmara de Vila Bela na época de sua fundação, o que significou a eliminação temporária da figura do juiz ordinário. Pesquisadores sobre o governo local das câmaras compreendem o quanto esse dado é importante por evidenciar as diferenciações regionais do poder do Império na América. Em São Paulo, por exemplo, há notícia de instalação de juiz de fora apenas em 1803.

Ou seja, nas regiões de fronteira com o Império hispânico, onde havia um ambiente bastante favorável para relações de interesses entre diferentes grupos étnico e sociais, a Coroa portuguesa pode ter tido maior zelo em manter a justiça nas mãos de funcionários régios, ao invés dos eleitos localmente, como acontecia com os juízes ordinários.

Como mostra a autora, em Vila Real ou em Vila Bela, assim como aconteceu em Vila Rica, não houve a formação de um corpo de funcionários oriundos e aparentados nas elites dos primeiros conquistadores. No caso das duas câmaras do Mato Grosso, esses funcionários foram comerciantes, também proprietários de terras e engenhos e criadores de gado, mas sem o verniz das linhagens. Alguns foram oficiais de ofício, sapateiros por exemplo, que com as oportunidades próprias de toda área fronteiriça e de ocupação tardia, ascenderam socialmente por serviços prestados à Coroa ou pela labuta cotidiana de mercador.

O capítulo 2 aborda o período de regência da câmara de Vila Real do Cuiabá e sua atuação. O Oeste do território do Brasil pertencia à capitania de São Paulo, e seu governador, Rodrigo César de Menezes, associado com a ordem municipal, trabalhou para a efetiva incorporação da região ao Império português. Essa iniciativa conjunta deu origem, em 1748, às capitanias de Goiás e Mato Grosso.

Nesse processo de reordenamento administrativo da região houve uma série de conflitos com a população indígena local, especialmente os Paiaguás, envolvidos em negócios de contrabando, extravios do ouro e comércio de mão de obra cativa indígena. Essas lutas contra o gentio, que na realidade significavam também o combate das próprias pretensões castelhanas na zona fronteiriça, marcaram a identidade de vassalos da câmara de Vila Real. Ao arriscar suas vidas nos confrontos com Paiaguás e espanhóis, esses vassalos se viam como executores de determinados serviços e, portanto, dotados de certos direitos.

O capítulo 3 focaliza a rivalidade que existiu entre as duas câmaras no processo de implantação da ordem administrativa na fronteira Oeste. Quando de sua fundação, Vila Bela alcançou uma série de honras e privilégios que na realidade Vila Real considerava como seus de direito, tendo em vista os vários serviços que havia prestado ao rei na ocasião do estabelecimento dos primeiros povoamentos, como o combate aos índios e aos espanhóis. Vila Bela foi agraciada com benefícios e isenções, status de “vila-capital”, tornando-se sede do aparato administrativo e fiscal da capitania e recebendo em seu território instituições como a Ouvidoria, a Intendência do ouro e a Provedoria da Real Fazenda.

Embora a historiografia sobre a ordem municipal viva atualmente um início de renovação, com o surgimento dos primeiros trabalhos que concentram suas investigações sobre um funcionário específico (Schmachtenberg, 2012), O governo local na fronteira Oeste, diferindo da tradição monográfica portuguesa e mesmo dos primeiros trabalhos concluídos no Brasil, focalizou relações intercamarárias, o que é um ponto de originalidade da obra.

Essas rivalidades entre câmaras não foram específicas do Mato Grosso. Uma série de outras do mesmo gênero aconteceram e podem ter sido um dos últimos esforços de reordenamento administrativo do Império português em seu período tardio (1790-1820). Desde 1768 a vila de Santos disputou precedência com a de São Paulo. O ilustrado Marcelino Pereira Cleto chegou a defender a ideia de que a vila de Santos fosse alçada à condição de sede administrativa da capitania.

Mesmo em 1812 a transferência da sede da comarca da vila de Paranaguá para a de Curitiba foi motivo de bastante mal-estar entre essas duas câmaras (Severino, 2009). Houve, portanto, um contexto de transferência de poderes municipais no período colonial tardio que ainda não foi suficientemente pesquisado.

O que faltou no livro, embora apareça na tese, foi a melhor explicitação da terminologia administrativa do período. Alguns pesquisadores vêm se dedicando a esse aspecto bastante revelador da lógica hierárquica do antigo regime (Damasceno, 2003), o que contribui para um maior rigor nas conclusões sobre a história administrativa da época moderna.

A expressão “vila-capital”, ao se referir à câmara principal ou à condição administrativa disputada por ambas as câmaras, poderia ter sido mais problematizada. Essa expressão parece não ter feito parte da terminologia administrativa oficial da época. Os dicionaristas Raphael Bluteau (1728) e Antonio de Morais Silva (1798) definem como unidades administrativas os julgados, vilas, cidades, comarcas e paróquias. Capital não é definida como unidade regional-administrativa. Neste caso, a expressão “capital” que aparece nas representações, ofícios e petições analisados pela autora não teria sido, talvez, uma invenção dos próprios habitantes das vilas em disputa? Ou seja: em que medida a escrita pública local não foi responsável por reelaborar a terminologia administrativa da época, criando novas expressões que atribuíam status a uma localidade?

Assim, do mesmo modo como os habitantes da colônia foram responsáveis por criar outras designações sociais, esse mesmo processo pode ter ocorrido nas designações urbano-administrativas, como o O governo local na fronteira Oeste sugere ao leitor, deixando ainda ao pesquisador em História administrativa uma questão nova para ser problematizada por meio dos escritos municipais.

Referências

BICALHO, Maria Fernanda Baptista. História do Brasil. História Moderna, História do Poder e das ideias políticas. In: ARRUDA, J. J.; Fonseca, L. A. (Org.) Brasil-Portugal. História: Agenda para o milênio. Bauru, SP: Edusc; São Paulo: Fapesp; Portugal: ICCTI, 2001. p.143-166.         [ Links ]

BORREGO, Maria Aparecida de Menezes. A teia mercantil: negócios e poderes em São Paulo (1711-1765). São Paulo: Alameda, 2010.         [ Links ]

COMISSOLI, Adriano. Os “homens bons” e a câmara de Porto Alegre (1767-1808). Dissertação (Mestrado em História) – Departamento de História, Universidade Federal Fluminense. Niterói, 2006.         [ Links ]

CUNHA, Mafalda Soares; FONSECA, Teresa (Org.) Os municípios no Portugal Moderno: dos forais manuelinos às reformas liberais. Évora: Colibri; Cidehus/EU, 2005.         [ Links ]

DAMASCENO, Claudia. Funções, hierarquias e privilégios urbanos: as concessões dos títulos de vilas e cidades na capitania de Minas Gerais. Varia História, Belo Horizonte: UFMG, v.29, p.39-51, jan. 2003.         [ Links ]

FRAGOSO, João et al. O antigo regime nos trópicos: a dinâmica imperial portuguesa. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2001.         [ Links ]

MONTEIRO, Livia Nascimento. Administrando o bem comum: os “Homens bons” e a câmara de São João del Rey, 1730-1760. Dissertação (Mestrado em História Social) – Departamento de História, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2010.         [ Links ]

RUSSELL-WOOD, A. J. R. O governo local na América Portuguesa: um estudo de divergência cultural. Revista de História, São Paulo: Universidade de São Paulo, n.9, p.25-79, jan.-mar. 1977.         [ Links ]

SCHMACHTENBERG, Ricardo. “A arte de governar”: redes de poder e relações familiares entre os juízes almotacés na câmara municipal de Rio Pardo/RS, 1811-c.1830. Tese (Doutorado em História) – Departamento de História, Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Porto Alegre, 2012.         [ Links ]

SEVERINO, Caroline Silva. A dinâmica do poder e da autoridade na comarca de Paranaguá e Curitiba, 1765-1822. Dissertação (Mestrado em História) – Unesp. Franca, 2009.         [ Links ]

SOUSA, Avanete Pereira. Poder local, cidade e atividades econômicas (Bahia, século XVIII). Tese (Doutorado em História) – Departamento de História, FFLCH, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2003.         [ Links ]

SOUZA, George Félix Cabral de. Elite y ejercicio del poder en el Brasil colonial: la Cámara municipal de Recife (1710-1822). Tesis (Doctorado en História) – Departamento de História, Universidad de Salamanca, 2007.         [ Links ]

ZENHA, Edmundo. O município no Brasil, 1532-1700. São Paulo: Instituto Progresso Editorial, 1948.         [ Links ]

Denise A. Soares de Moura – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), Campus Franca. E-mail: dmsoa1@yahoo.com.br

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Todo Chávez: De Sabaneta al socialismo del siglo XXI / Eleazar D. Rangel

Introdução

Todo Chávez se trata da publicação de uma entrevista de Hugo Chávez com o jornalista Eleazar Díaz Rangel. A obra parte das origens de Chávez até seu alçamento à presidência da república – e as suas dificuldades para montar um governo, o qual se distanciava das correntes políticas tradicionais do país. A entrevista se inicia com perguntas sobre a infância e adolescência de Chávez, um rapaz aficionado por baseball, até a seu contato com o Exército e, posteriormente, com a sua vida política.

A obra se divide em diferentes partes. Nas três primeiras, estão contidas a entrevista. Nesta parte, Chávez é indagado e discorre sobre sua infância, ingresso no Exército e a articulação do golpe de 4 de Fevereiro de 1992. Na segunda, há uma abordagem sobre o seu governo e a ideologia bolivariana. Na terceira parte, temos uma análise do golpe de abril de 2002. Leia Mais

Gobernar es ejercitar. Fragmentos históricos de la Educación Física en Iberoamérica | Pablo Scharagrodsky

El libro Gobernar es ejercitar. Fragmentos históricos de la Educación Física en Iberoamérica reúne un conjunto variado de historias acerca de la Educación Física y de las prácticas corporales en Argentina, Brasil, Uruguay, Colombia y España en diferentes períodos y desde una perspectiva crítica, a fin de identificar y analizar diversos aspectos de lo corporal que hacen a la salud, al poder, al género, a las políticas de exclusión, negación y omisión de otras alternativas posibles de vivir y experimentar la corporeidad. El texto recorre diferentes análisis sobre la Educación Física y las prácticas corporales en tanto “potentes formas de gobernar los cuerpos… Ejercitar los cuerpos se convirtió en una potente metáfora…” (Scharagrodsky, p. 14)

El historiador e investigador argentino en el campo de la Educación y de la Educación Física, Pablo Scharagrodsky, con lucidez, organizó el libro en tres secciones tituladas: fragmentos de una pedagogía corporal higiénico/moral; fragmentos de una pedagogía corporal en clave de género; y fragmentos de una pedagogía corporal en la historia reciente. El texto reúne diez brillantes investigadores/historiadores de los mencionados países, sumado a la distinción crítica y perspicaz de Estanislao Antelo quien, orientado por dos preguntas, prologa el libro interrogando la idea de cuerpo: ¿qué es un cuerpo físicamente educado? y ¿qué tipo de personas produce una escuela que dice intervenir metódicamente sobre los cuerpos de las nuevas generaciones, con el objetivo de mejorar su existencia? Antelo no alberga dudas: somos lo que nos ha sido enseñado corporalmente. Desmitificador de inocentes bondades de la Educación Física y de las prácticas corporales, especialmente en el territorio de la salud, propone una sugerente idea que, a la vez, oficia de síntesis “el libro que va a leer hace añicos la prosa bienintencionada y pueril, que promete bienestar en zapatillas.” (p. 11). Leia Mais

Alien Invasion: How the Harris Tories Mismanaged Ontario – COHEN (CSS)

COHEN, Ruth. Ed. Alien Invasion: How the Harris Tories Mismanaged Ontario. Toronto: Insomniac Press, 2001. 240p. Resenha de: GLASSFORD, Larry A. Canadian Social Studies, v.39, n.1, p., 2004.

When the Ontario PCs captured the provincial election of 1995, their platform was encapsulated in the suggestive slogan The Common Sense Revolution. A combination of anti-bureaucratic populism and economic neo-conservatism, it had been cobbled together in the early Nineties by a klatch of aggressive young backroom boys (and one girl) connected to the Tory leader, Mike Harris. To the surprise of some, and chagrin of many, the newly elected Conservative government proceeded to implement its revolution of program cutbacks, tax reductions and intra-governmental restructuring. Both the breakneck speed of implementation and a ham-handed insensitivity toward democratic process accounted for some of the widespread public opposition to the Harris government’s reforms. More to the point, however, was the accumulating impact of the legislated changes themselves.

Taken together the new policies were beginning to alter the fundamental nature of the Ontario political economy. Ruth Cohen’s edited collection of articles and speeches is entitled Alien Invasion because in her opinion, and that of many other Ontarians, the stridently neo-conservative tone of the Common Sense Revolution put it outside the boundaries of the province’s traditional political culture. Regardless of their political stripe and Ontario had experienced governments of NDP, Liberal and PC affiliation in the 15 years leading up to 1995 all Ontario administrations had subscribed to the view that the state could and would play a positive role in the lives of its citizens. As part of this vision, a mixed economy combining both private and public enterprise was widely seen as the Ontario norm. Political change, when it came, would be evolutionary and incremental, and preceded by meaningful consultation with all major interest groups. Not for nothing was the party which had ruled Ontario for most of the 20th century, and continuously from 1942-1985, named Progressive Conservative. The dialectic dialogue implicit in that apparent oxymoron of a title told the observer all one needed to know about Ontario’s political traditions.

Opponents of the Harris government drew comfort from the fact that Bob Rae’s New Democrats, and David Petersons’s Liberals, had both been turfed out by the voters after five years in office. To their shock and dismay, the Ontario PCs rose from the ashes of controversy, and won a new majority in 1999. Masters of media spin, and rolling in donated dough, the Harris team waged a clever campaign that exploited the divisions in the opposition ranks to turn 40 percent of the popular vote into 60 percent of the seats. Now they had four more years to entrench themselves and their ideas. Thoroughly alarmed, the forces opposed to the Common Sense Revolution feared for the very survival of their kinder, gentler vision of Ontario. This book is one result of that renewed resolve to drive the alien invaders out of the province, once and for all.

The editor of this collection is a retired teacher and activist in the Ontario Secondary School Teachers’ Federation. The OSSTF was among the most prominent of a wide range of organized interest groups arrayed against the Harris PCs. For two weeks in the fall of 1997, they and the other teacher unions shut down the province’s elementary and secondary schools in an historic walkout protesting against Bill 160, a law that drastically revamped public education in Ontario. Characteristically, the PC government stood firm and talked tough till it got its way, but the victory may have been pyrrhic. Subsequent polling revealed that the tide of public opinion began to turn against the Harris regime partway through the strike and, notwithstanding the miraculous but temporary PC comeback during the 1999 election campaign, they were never as strong with the public again.

Some of the items in this edited collection are real gems. The detailed transcript of the rookie Education Minister, John Snobelen, spouting his convoluted and sophomoric ideas of transformational change, is alone worth the price of this book. He seriously counselled the creation of an invented crisis in the field of education, all the better to guarantee the success of his radical restructuring plans. Another prize is the transcript of a speech by Ian Angell, a British academic, delivered sometime in the Nineties to the Association of Manufacturers and Exporters of Canada. Angell painted a vivid picture of the Brave New World of global capitalism with more than the usual candor. Those lucky enough to be in work will have to work harder, for more hours each week, for less pay, in less secure jobs, he declared. And they had damn well better be grateful. In contrast to lowly labour, the Alphas would be in global seventh heaven. We are free to exploit workers, he continued. Management can finally get its revenge and kill off those damn trade unions (p. 174).

Not all of the thirty-plus items achieve this level of interest. There are newspaper articles, pundit columns, investigative features, even internet items, all loosely united by their connection either to the aims and record of the Harris government, or to the broader theory of global capitalism. Unfortunately, the editing is sloppy in places, both in terms of undetected typos, and by the fact that many articles are both undated and unsourced. These are quibbles, however, for anyone eager to find the materials from which to build a coherent critique of the neo-con mantras of free enterprise, free markets, and no free lunch. Susan George’s A Short History of Neo-Liberalism (pp.184-193), and David C. Korten’s The Global Economy: Can It Be Fixed? (206-216) are particularly insightful. For those eager to translate words into actions, Jane Kelsey’s Tips On How to Oppose Corporate Rule (pp.217-221) provides a plethora of practical pointers for potential opponents of the New Right.

Although the title of this volume fingers the Harris PC government in Ontario as the villain, the articles in the second half of the book make it clear that the real adversary is a connected set of neo-liberal ideas articulated by a global network of influential and affluent disciples. It will not be stopped by a mere election defeat.

Larry A. Glassford – University of Windsor. Windsor, Ontario.

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Prime Ministers: Ranking Canada’s Leaders – HILMER (CSS)

HILLMER, J. L. Granatstein Norman. Prime Ministers: Ranking Canada’s Leaders. Toronto: Harper Collins, 1999. 234p. COUCILL, Irma. Canada’s Prime Ministers, Governors General and Fathers of Confederation. Markham, Ontario: Pembroke Publishers, 1999. 180p. Resenha de: GLASSFORD, Larry A. Canadian Social Studies, v.36, n.1, 2001.

What makes a great prime minister of Canada? What makes a poor one? What are the key factors that determine success or failure? For that matter, what do we assess, or measure: – length of time in office? – deeds accomplished? – disasters avoided? – popularity with the public? – accolades from political peers? – respect from subsequent historians?

The premise of the book by J.L. Granatstein and Norman Hillmer, two eminent Canadian historians noted for their contributions in the fields of national political, military and diplomatic history, is that the collective judgment of academic scholars is a sound means of determining the success of our country’s prime ministers. In 1997, they conducted a survey of 26 Canadian scholars – political historians mostly, with a couple of narrative political scientists thrown in – to determine a comparative ranking of the 20 individuals who have served as Canada’s prime minister. The respondents were asked to rate the PMs on the familiar scale of 0 (for total failure) to 10 (for enduring greatness). The results of their survey were published as a leading article in the April 21, 1997 issue of Maclean’s magazine. Granatstein and Hillmer then expanded that article into this 200-plus-page book, with individual chapters for each prime minister except the four immediate successors to John A. Macdonald, whose combined service from 1891-1896 is disposed of in one chapter.

Although actual point totals are not produced in either the original Maclean’s piece or this followup book, the authors tell us that the consensus of their panel of experts (which included themselves) pointed to William Lyon Mackenzie King as the top-ranked Canadian prime minister. Apparently 14 respondents placed King either first, or tied for first. The other two leaders earning their Great rating (an A-plus surely) were John A. Macdonald (2nd) and Wilfrid Laurier (3rd). A fourth PM, Louis St. Laurent, was awarded a near-Great grade, perhaps the equivalent of an A-minus. The High-Average (B?) leaders were Pierre Trudeau (5th), Lester Pearson (6th) and Robert Borden (7th) respectively, followed by the average (C?) prime ministers: Brian Mulroney (8th), Jean Chretien (9th), John Thompson (10th), Alexander Mackenzie (11th), R.B. Bennett (12th) and John Diefenbaker (13th). Two prime ministers, Arthur Meighen (14th) and Joe Clark (15th) scraped through with a Low-Average (D?) Rating. Those PMs adjudged to be failures (F for sure) were Charles Tupper, John Abbott, John Turner, Mackenzie Bowell and Kim Campbell.

How did this panel of professorial pundits arrive at their collective judgment? According to the Maclean’s article, they were not given precise criteria, but were asked to consider electoral success, national unity, success in achieving domestic or foreign policy goals, and leadership in cabinet, party and country. (p.35). These ratings, the authors report at the beginning of their book, were then averaged to form a ranked list. In addition to the numerical scores, each scholar was asked to write a commentary, justifying his or her rating (both p. 9). The comments of the academics were utilized throughout the five-page Maclean’s spread to buttress the authors’ own remarks. The book, while adhering to the prime-ministerial ranking of the earlier article, is more clearly the authors’ own creation, although an occasional panelist’s quote finds its way into the chapter-length biographies.

How did the experts do? The absence of actual point-totals tells us that this is not meant to be a scientific survey meeting rigid statistical criteria. Furthermore, upon what basis was the so-called panel of experts chosen? The authors are silent on the point, other than to note that five are relatively younger scholars, and that together, the panelists represent the several geographic regions of the country. An actual list of 25 names was appended to the Maclean’s article, indicating the presence of five female scholars amongst such luminaries as Michael Bliss, Craig Brown, Desmond Morton, Blair Neatby and Peter Waite. Seeing these names, we might ask where are the Greg Kealeys and Veronica Strong-Boags? Were representatives of the new Canadian historical establishment not polled in significant numbers or did they refuse to answer? We are not told. The lesson is clear. This is not rigorous social science analysis. It has been written as much for enjoyment as for enlightenment – and why not? Who said history should be so stuffy anyways? The joy of the reading is augmented by the inclusion of 27 political cartoons – some famous, some not – distributed throughout the book.

Surprisingly, a number of the better chapters are devoted to lesser PMs. Joe Clark and John Turner, frequently savaged in the popular press, merit full-length chapters that are evenhanded, leaning to sympathetic. Pierre Trudeau, still alive at the time of publication, and Jean Chretien, not yet a three-time election winner when the book went to press, receive the back of the authors’ hands, by comparison. Lester Pearson is praised; John Diefenbaker is, if not defamed, certainly panned. The chapter on R.B. Bennett is remarkably positive, given the panel’s low rating, but Robert Borden is, at best, damned with faint praise. Clearly, too, the authors expect Brian Mulroney’s eventual rehabilitation. The panel was harsh on Kim Campbell, but the authors less so – pointing out that the novelty of her gender first helped, then hindered her national political career. The one really bizarre rating by the expert panel was to place John Thompson tenth. He served scarcely more than 2 years in office, and never won an election as leader. Even the co-authors seem dumbfounded. In the Maclean’s article, they attribute his surprising showing to the recent appearance of a fine, modern full-length biography. (P,35). That professional historians could be so easily swayed casts more than a little doubt on the validity of the whole exercise.

One prominent aspect of the ranking must be challenged. William Lyon Mackenzie King was not our greatest prime minister, contrary to the panelists and co-authors. That honour must be reserved for John A. Macdonald. Both had flawed personal characters – King with his seances, ouija boards and crystal balls, Macdonald with his weakness for the bottle. Neither might even have made it to the office of prime minister in the current era of fishbowl journalism. Both built a great political party; Macdonald, however, also built a country – one which King admittedly helped to preserve. It is quite possible, though, to picture Macdonald managing the political crises faced by King. One cannot imagine King managing to pull off Confederation. He lacked the vision, and the personal charisma. King is deservedly among the top three leaders, on a par with his idol, Wilfrid Laurier. But one has only to consider the remarkable accomplishments of King’s successor, Louis St. Laurent, during his first half dozen years in office, to grasp the what- might-have-beens of Mackenzie King’s lengthy time in office. In describing St. Laurent, the authors note his one deficiency – an absence of deviousness. This quality King held in spades. King’s other specialty, as he mentioned once to an apprenticing Lester Pearson, was to focus on avoiding bad actions – no small achievement, but not the full measure of a truly great prime minister. The existence of the Canadian federation itself is John A. Macdonald’s legacy to us. He is still Number One.

The other book under review here, authored by Irma Coucill, is not in the same league as that by Granatstein and Hillmer, judged on the basis of the written content. The author presents one-page thumbnail sketches of Canada’s 20 prime ministers, 25 governors-general since 1867 (excluding Adrienne Clarkson, who had not yet been appointed), and 36 Fathers of Confederation, defined as those colonial politicians from British North America who attended at least one of the formative conferences in Charlottetown, Quebec or London. The first edition of this work appeared in the lead-up to Centennial year, which explains something about the boosterish tone of the mini-biographies. Unfortunately, the pages added for subsequent editions are sometimes marred by inaccuracies. Nunavut is mis-spelled on page 46, for example. However, the great strength of this book is not its print, but its visuals – that is to say, the marvellous full-page, black and white portraits of each leader, all drawn by the author, herself.

Read the first book for the challenge of critiquing Granatstein, Hillmer and friends’ assessments of our prime ministers. Browse the second one for the pleasure of Irma Coucill’s portraits.

Larry A. Glassford – Faculty of Education. University of Windsor. Windsor, Ontario.

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