La circulación de impresos en América Latina: del relativo aislamiento a una maraña de circuitos internos | Anuário Colombiano de Historia Social y de la Cultura | 2021

Poetas hispano americanos La circulación de impresos en América Latina
Poetas hispoano-americanos | Foto: Archivo Libanés de México | Crear en Salamanca

Desde los pioneros trabajos de Lucien Febvre y Henri-Jean Martin, pero sobre todo a partir de las investigaciones y reflexiones de Roger Chartier y Robert Darnton, que abrieron senderos teóricos y metodológicos precisos en el proceso de afirmación y expansión de la nueva historia cultural, el interés de los historiadores por la circulación de libros e impresos ha ido en aumento. El modelo del circuito de la comunicación, propuesto por Darnton en 1982, fue especialmente estimulante. A pesar de las críticas recibidas y de la posterior aparición de modelos alternativos, el formulado por el historiador norteamericano se convirtió en un pilar para la historia contemporánea del libro.[1]Al recalcar la necesidad de atender los tres estadios elementales del ciclo de vida de los libros, producción, circulación y recepción, el circuito de la comunicación permitía apreciar estos materiales en su doble naturaleza, cultural y económica, así como evidenciar su dimensión social al relevar el largo y heterogéneo conjunto de actores detrás de su concepción, difusión y usos finales. En otras palabras, el constructo darntoniano favorecía, más allá de sus límites, la puesta en tensión de la autoría, el lugar especial de los mediadores y las mediaciones (encuadernadores, tipógrafos, impresores, almacenistas, proveedores, vendedores, contrabandistas, etc.), del trabajo del editor, y el peso de la lectura como práctica que, aunque concebida como última instancia, no dejaba de repercutir de nuevo sobre el ciclo mismo. Leia Mais

Impressos, edição, circulação e leituras destes e de outros tempos / Outros Tempos / 2014

A Revista Outros Tempos chega aos dez anos de existência com muito a comemorar, mas também com enormes desafios. De um projeto experimental, iniciado em 2004, até aqui, muito se caminhou. Em 2008, tornou-se semestral, ano em que também foi instituída a prática dos Dossiês, organizados a partir das mais variadas temáticas e, a partir de 2013, contando com a participação de um organizador convidado de outra Instituição. Nesse número, o Dossiê Impressos, edição, circulação e leituras destes e de outros tempos conta com a co-organização de Giselle Martins Venancio, da Universidade Federal Fluminense.

Juntos, propusemos a construção de um mosaico a partir de pesquisadores de diversas Instituições, nacionais e internacionais, dedicados ao circuito que envolve o mundo da impressão e da leitura.

Na parte 1, denominada Geografias do livro: espaços, circulação e leitura na América e Europa, o foco recai sobre os espaços que os impressos ocupavam, como: a Livraria da Casa do Correio no Maranhão (Marcelo Cheche Galves) e o Gabinete Português de Leitura (Cesar Augusto Castro e Samuel Luis Velázquez Castellanos), ambos na cidade de São Luís; a Biblioteca do Liceu da Parahyba do Norte (Claudia Engler Cury) e do Conde da Ega, em Lisboa (Claudio Luiz Denipoti); ou ainda as ruas de Buenos Aires no final do Setecentos (Maria Verónica Secreto). Na parte 2, Histórias de homens e livros: coleção, edição e textos na América e na Europa, o leitor poderá acompanhar a trajetória de algumas coleções como: Bibliotheca Constitucional do Cidadão Brasileiro (Luiz Fernando Saraiva), Salgari (Nuno Medeiros), Brasiliana (Giselle Martins Venancio) e Reconquista do Brasil (Gisella Amorim Serrano).

Ainda no âmbito do Dossiê, apresentamos: duas resenhas (por Mariana Rodrigues Tavares, O que é um autor. Revisão de uma genealogia. Roger Chartier; e, por Valério Negreiros, A Feira dos Mitos: a fabricação do folclore e da cultura popular. Durval Muniz Albuquerque); um estudo de caso sobre um publicista radicado no Maranhão na transição do mundo luso-brasileiro (Yuri Costa); e, por fim, brindamos o leitor com a entrevista de Jean Yves Mollier (Os processos de edição: do século XIX ao XXI).

Na seção de artigos livres, mais diversa por concepção, apresentamos Brasis, de tempos e localidades distintas: no Oitocentos, a questão do trabalho no Cariri cearense (Ana Sara Ribeiro Parente Cortez Irffi) e a questão indígena na província de Goiás (Maria de Fátima Oliveira e Leandro Mendes Rocha); no século XX, os viajantes do Mato Grosso (Nataniél Dal Moro) e as identidades pantaneiras (Ilsyane do Rocio Kmitta), as lutas camponeses no Sul do Pará (Fábio Tadeu de Melo Pessôa) e o corporativismo no governo Vargas (Pedro Paulo Lima Barbosa).

Boa leitura!

Giselle Martins Venancio

Marcelo Cheche Galves


VENANCIO, Giselle Martins; GALVES, Marcelo Cheche. Apresentação. Outros Tempos, Maranhão, v. 11, n. 18, 2014. Acessar publicação original [DR]

Acessar dossiê