Posts com a Tag ‘Cinquenta Tons de Cinza (T)’
50 Tons de Cinza / E. L. James
JAMES, E. L. Cinquenta tons de cinza. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2012. Tradução de Adalgisa Campos da Silva.
1. Resenha de: LIMA, Thaisa. MinhaContraCapa.com.br 11 abr. 2014. Acessar publicação original. [IF]
Sinopse
Quando Anastasia Steele entrevista o jovem empresário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Grey admite que também a deseja — mas em seus próprios termos.
Chocada e ao mesmo tempo seduzida pelas estranhas preferências de Grey, Ana hesita. Por trás da fachada de sucesso — os negócios multinacionais, a vasta fortuna, a amada família —, Grey é um homem atormentado por demônios do passado e consumido pela necessidade de controle. Quando eles embarcam num apaixonado e sensual caso de amor, Ana não só descobre mais sobre seus próprios desejos, como também sobre os segredos obscuros que Grey tenta manter escondidos…
…Então, por alguma razão ergo a vista… e sou capturada pelo atrevido olhar cinzento de Christian Grey, que está parado no balcão, encarando-me atentamente.
Parada cardíaca.
– Srta. Steele. Que surpresa agradável. – O olhar dele é firme e intenso.
Droga. Que diabo ele está fazendo aqui todo despenteado e esportivo, com um suéter grosso, jeans e botas? Acho que meu queixo caiu, e não consigo encontrar meu cérebro nem minha voz.
– Sr. Grey – murmuro, porque é só o que consigo. Pg. 25
Anastasia Steele é uma jovem inocente de 21 anos que estuda literatura, trabalha em uma loja de material de construção e nunca teve um namorado na vida. Ela tem uma melhor amiga chamada Katherine Kavanagh com quem divide um apartamento. Indiretamente, Kate é a responsável por colocar Ana na maior armadilha de toda sua vida.
Kate estuda jornalismo e é responsável pelo jornal da faculdade. Após meses de insistência e espera, Kate consegue uma entrevista muito importante, mas justamente no dia da mesma ela adoece e pede que Ana vá em seu lugar. O entrevistado é o jovem multimilionário, CEO da Grey Enterprises Holdings, Christian Grey .
Com apenas 28 anos de idade, Christian é considerado um prodígio, pois comanda um negócio multinacional e é dono de uma imensa fortuna. Sem mencionar que ele é lindo, atraente e extremamente controlador . Um homem extremamente misterioso e nenhum meio de comunicação nunca publicou nada sobre sua vida pessoal.
Ao chegar para fazer a entrevista, como totalmente desastrada que é, Ana cai de quatro estatelada no chão diante de Christian. Ao levantar os olhos ela se depara com o homem mais lindo que ela já viu na vida, possuidor de olhos acinzentados muito atraente e sedutor. Ana fica totalmente sem jeito ao tentar ler as perguntas de Kate e enrubesce o tempo inteiro diante daquele olhar penetrante e firme de Grey. Pela primeira vez na vida se sente atraída por um homem, sentindo toda a eletricidade entre os dois no ar. Em contrapartida, ele é muito educado e visivelmente parece estar se divertindo com a timidez dela.
Ana se encanta imediatamente por ele e não consegue entender como aquele homem está interessado por ela . Apesar dos dois não terem nada em comum, Ana está disposta a se entregar a esse amor. Esperando flores e chocolate, ela recebe uma lista de exigências nada convencional, um termo de confidencialidade e um contrato pra lá de exigente.
Assustada e seduzida por esse homem, Ana resolve dar uma chance e se aventura nessa história de amor. Um mundo totalmente novo, com a descoberta de novas sensações, ela tenta conhecer mais da obscura personalidade de Grey aceitando suas exigências, mas ela não sabe que o que ela queria mesmo era o coração dele e o que ele estava disposto a dar eram noites de prazer.
– Isso quer dizer que você vai fazer amor comigo hoje à noite, Christian? Puta merda. Será que acabei de dizer isso? Ele fica boquiaberto, mas logo se recupera.
– Não, Anastasia, não quero dizer isso. Em primeiro lugar, eu não faço amor. Eu fodo… com força. Em segundo lugar, ainda tem uma papelada para assinar. E em terceiro, você ainda não sabe onde está se metendo. Ainda pode cair fora. Venha, quero mostrar meu quarto de jogos. Pg. 89
[warning]Leia a resenha ouvindo a trilha sonora do livro clicando aqui.[/warning]Com toda certeza essa não é uma leitura para menores. Aliás, nenhum romance erótico é. Apesar de gostar do estilo, esse é o primeiro que leio. Por que escolhi a trilogia 50 tons de cinza? Por pura curiosidade! Sim, os livros são um grande sucesso e milhões de pessoas já o leram, então eu resolvi começar por eles para saber o motivo desse sucesso.
Comprei os livros e fui pesquisar um pouco sobre eles. Descobri que ele é baseado em uma fanfic de Crepúsculo. Não li os livros (Crepúsculo), então não posso afirmar que a trilogia seja uma cópia da outra trilogia.
Além disso, fiquei sabendo de outros pontos:
Os protagonistas eram uma caricatura de Bella e Edward e muitos achavam que a narrativa era fraca e repetitiva, enquanto outros adoram o livro.
É um livro erótico com práticas de BDSM “Bondage, Disciplina, Submissão, Sadismo e Masoquismo”. Eu já tinha ouvido falar sobre isso, mas meu conhecimento era zero até então (depois fiz umas pesquisas no Wikpédia – sugestão do Grey :p ).
Bem, depois de várias críticas negativas sobre a trilogia, minha curiosidade aumentou mais ainda e resolvi ler o livro para poder tirar minhas próprias conclusões.
Para começar, no início me surpreendi pela narrativa ser em primeira pessoa pela Anastasia, mas logo em seguida a ficha caiu. Já que tudo está voltado para os sentimentos e sensações de Ana, não poderia ser diferente, não é mesmo?
O que dizer dessa personagem? Vou logo dizendo que terminei a leitura com ódio mortal de Anastasia! Ela tem 21 anos e em relação a sentimentos é muito boboca. Sim, boboca! Ser tímida ou ingênua é uma coisa, mas ser uma completa alheia a tudo que envolva um relacionamento aí já é demais! Ficar corada por alguém segurar sua mão? Só pode estar brincando! Tive vontade de bater nessa mulher diante de algumas atitudes que ela toma no decorrer da trama. E eu não suportava mais ver ela corar, morder os lábios ou falar com sua “deusa interior”.
No começo até dá para engolir essa bobeira da Ana, mas depois isso vai ficando cansativo. Ainda bem que a trama é muito boa e o enredo também. Mesmo com a narrativa sendo um pouco cansativa (por se repetir algumas vezes) o livro é viciante e o ponto alto aqui é o Sr. Grey. Christian é um personagem apaixonante e o mistério que envolve sua vida te leva a ler o livro até o final e ficar com vontade de já começar a ler o outro em seguida. Acho que como todas as mulheres que leram esse livro (com certeza alguns homens também), estou apaixonada por Christian.
Para vocês terem uma ideia, todo o mistério que envolve o passado de Christian me fez ler esse livro muito rápido para poder descobrir mais… muito mais dele.
E o assunto polêmico que faz com quem muitas pessoas odeiem, ou simplesmente tenham preconceito literário, está no quesito “cenas de sexo explícito”. Sim, o livro está repleto delas e a editora não suavizou em nada essas cenas. A edição está impecável. Sinceramente, acho que estou procurando pelo em ovo porque não vi nada de outro mundo descrito no livro. Pelo contrário, achei até que as cenas eram muito superficiais. Tem todo um erotismo envolvendo o casal e Christina,- ah o Christian… – é um sonho de consumo e sabe muito bem o que faz. Tenho que comentar uma coisa aqui: tudo bem que eu até entendo o efeito Grey sobre a Ana, mas… só eu achei que essa mulher goza com muita facilidade? Quem já leu o livro, deixa sua opinião por favor. Achei que em alguns momentos as cenas de sexo ficaram cansativas e repetitivas, já que Anastasia estava sempre imediatamente pronta para ele…
Enfim, essa resenha já ficou gigantesca, então vamos concluir. Tirando os pontos negativos apontados, eu recomendo sim o livro para quem gosta desse estilo literário. Apesar do livro estar classificado para o público adulto, ele é bem juvenil no quesito romance. Acredito que seja por isso que o público adulto critique tanto a narrativa de E L James.
A Editora Intrínseca está de parabéns pela edição dessa obra.
[important]Minha Nota: 10,0 – Porque Christian Grey merece muito mais que isso![/important]
2. Resenha de: DAHMER, Gaby. Resenha tripla – Trilogia Cinquenta tons. Gaby Dahmer, 12 fev. 2006. Acessar publicação original [IF].
Gabriela Dahmer Coitinho ou Gaby, 30 anos, tatuada, aquariana, blogueira e estudante de Marketing Digital. Gaúcha residindo no litoral de Santa Catarina. Apaixonada por livros, filmes/séries, praia, trilhas e animais.
Olha quem veio com resenha de livros? Isso mesmo. E decidi fazer resenha tripla, já que é uma trilogia e eu devorei os livros. O que me assusta um pouco, se eu pensar bem nisso, pois eu era relutante demais para ler eles. Mas, me rendi. E posso dizer? Foi ótimo fazer isso.
Eu, definitivamente, não possuía interesse nenhum em pegar esses livros para ler. Ainda lembro, que em 2012, uma antiga colega de trabalho estava lendo, falava muito bem e tudo mais. Mas não me despertou curiosidade nenhuma. Passando-se o tempo, estreou o filme e, como tenho ponto fraco por eles, decidi arriscar. E não é que gostei? Depois de assistir, a curiosidade em ler a história por completo, nasceu e eu peguei os livros. Hoje em dia, são uns dos meus muitos queridinhos.
Sinopses:
Cinquenta tons de cinza:
Quando Anastasia Steele entrevista o jovem empresário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Grey admite que também a deseja.
Cinquenta tons mais escuros:
Assustada com os segredos obscuros do belo e atormentado Christian Grey, Ana Steele põe um ponto final em seu relacionamento com o jovem empresário e concentra-se em sua nova carreira, numa editora de livros. Mas o desejo por Grey domina cada pensamento de Ana e, quando ele propõe um novo acordo, ela não consegue resistir. Em pouco tempo, Ana descobre mais sobre o angustiante passado de seu amargurado e dominador parceiro do que jamais imaginou ser possível. Enquanto Christian tenta se livrar de seus demônios interiores, Ana se vê diante da decisão mais importante da sua vida.
Cinquenta tons de liberdade:
Quando a ingênua Anastasia Steele conheceu o jovem empresário Christian Grey, teve início um sensual caso de amor que mudou a vida dos dois irrevogavelmente. Chocada, intrigada e, por fim, repelida pelas estranhas exigências sexuais de Christian, Ana exige um comprometimento mais profundo. Determinado a não perdê-la, ele concorda. Agora, Ana e Christian têm tudo: amor, paixão, intimidade, riqueza e um mundo de possibilidades a sua frente. Mas Ana sabe que o relacionamento não será fácil, e a vida a dois reserva desafios que nenhum deles seria capaz de imaginar. Ana precisa se ajustar ao mundo de opulência de Grey sem sacrificar sua identidade. E ele precisa aprender a dominar seu impulso controlador e se livrar do que o atormentava no passado. Quando parece que a força dessa união vai vencer qualquer obstáculo, a malícia, o infortúnio e o destino conspiram para transformar os piores medos de Ana em realidade.
Minha opinião sobre cada livro:
Finalmente consegui terminar esses livros e devo dizer que me surpreendi demais com tudo, cada detalhe e história. A autora se preocupou com tudo, não deixando nada passar. Gostei tanto, que senti a necessidade de me aprofundar mais nas pesquisas sobre BDSM (só eu fui saber mais, será?). Vi que parte do que eu sabia, o mínimo, era muito preconceituoso, já que esse mundo é muito diferente.
Livro Um • No início da trama, tudo é empolgante, te deixa sem ar, envolvido e levemente apaixonado. E, devo admitir, em muitos momentos me senti excitada pelas cenas explícitas, e gostei muito dessa sensação. Me senti seduzida pelo Grey (e quem não?), pois ele sabia mesmo como chamar atenção e fazer as pessoas o desejarem, afinal de contas, era o que ele mais sabia fazer, no que ele era melhor. Tive um caso de amor e ódio pela Anastasia, já que ela era meio lenta para entender coisas que estavam na cara dela.
Livro Dois • Este livro, para mim, foi o melhor dos três. Nele, os segredos de Grey começam a vir a tona, os sentimentos que ele possui e não reconhece, começam a transparecer nas suas atitudes. Foi o livro de maiores revelações, onde podemos entender boa parte do que acontece com ele, nos prendendo mais ainda na história. O legal, é que neste livro a autora também dá evidência para alguns outros personagens, nos permitindo conhecê-los um pouco mais, e não só ao casal e seu mundinho.
Livro Três • É como sempre penso, as maiores surpresas sempre são guardadas para o final. Mesmo que tenha sido, parcialmente, previsível, eu amei. Chorei demais com o final da história, pois acabou de um jeito tão legal. E podemos ver o quanto os personagens cresceram e se desenvolveram no decorrer de toda história. Estão mais maduros e responsáveis, mais sensatos. Mas, o que mais gostei neste 3º livro, foi que a autora colocou dois capítulos extras, contando o primeiro momento em família do Grey e como ele se sentiu ao conhecer a Anastasia. Ela deu uma palinha do que podemos esperar do livro “Grey”, este que estou ansiosa para ler.
Quem já leu a trilogia também? O que acharam e como se sentiram? Comentem.
3. Resenha de: AVELAR, Bryan Philip. Resenha, crítica, degola de: 50 tons de cinza (livro). Cabana do Leitor. 10 fev. 2015. Acessar publicação original [IF].
50 Tons de cinza conta a estória nada normal (nem divertida, envolvente ou qualquer coisa positiva que possa caber como elogio a um livro) de Anastasia, uma jovem mulher que conhece o Sr. Grey (por isso o cinza, pegou, pegou?) durante uma entrevista para ajudar a sua colega de quarto. O mesmo sente atração por ela e começa a persegui-la até que eles engatam num relacionamento “quase amoroso”. O dito diferencial? Ele curte dominação.
Fui aconselhado por um amigo certa vez a não atrair xiitas com opiniões francas demais. Mas em certos casos não existe muito o que fazer a respeito, então vamos aos fatos do livro que não podem ser ditos de modo simpático (pode conter spoilers leves).
1 – Li 50 tons de cinza para fazer o programa do nosso canal do youtube, não podia ter feito escolha pior.
2- O livro é uma fanfic de crepúsculo.
3- A autora me soou bem machista e abusiva com mulheres com baixa auto-estima.
4- Os personagens são enfadonhos e genéricos (o que talvez tenha feito um monte de gente se identificar com eles).
5- A leitura é fraca, penosa e nem um pouco fluida.
6- A protagonista não tem qualidades reais (e aparentemente tem labirintite).
7- O tema de dominação e BDSM é extremamente mal explorado (tanto é que a maioria dos leitores que são adeptos da pratica criticaram e muito o livro).
8- O nome da fanfic antes de se tornar 50 tons de cinza era “Mestres do universo”.
9- No caso desse livro pode-se aplicar a expressão porno para vovôs como descrição ( o que deve explicar porque vendeu tanto no Reino Unido, a rainha deve ter comprado vários).
10- Eu realmente queria ter escolhido outro tema, foi divertido falar sobre, mas o fato de ter que ler o 50 tons não compensou.
E é isso pessoal, espero de verdade que quem vá ver o filme tenha uma experiência melhor do que a que eu tive com o livro. Porque de verdade, tem tudo pra dar certo, a história é tão fraca que provavelmente a roteirista fez mágica.
Quanto ao livro : Leia por sua conta e risco.
4. Resenha de: CASTRO, Sabrina. Livros E Fuxicos. 12 ago. 2012. Acessar publicação original [IF].
Contrariando minha mania estranha de não ler ou assistir o que o mundo inteiro cobiça, resolvi comprar o e-book de Cinquenta Tons de Cinza antes mesmo de seu lançamento aqui no Brasil (mas agora já tenho meu exemplar nacional). Além disso, foi pura curiosidade. Afinal, a trilogia era, originalmente, uma de Crepúsculo e eu precisava conferir.
Bem, Cinquenta Tons de Cinza começa com Anastasia Steele tendo que substituir sua amiga Kate na entrevista que faria a Christian Grey, para um artigo da faculdade. Ana, que sempre quebra os galhos de sua amiga, aceitou o desafio mesmo contrariada, pois Kate estava doente. A princípio, pode-se até comparar – um pouquinho – Ana com Bella: o carro velho, o jeito desengonçado e a aversão à moda. No entanto, apenas isso. Muito provavelmente a autora deve ter modificado várias partes do texto para publicação e, na minha opinião, não vi nada muito relacionado com a saga de Steph.
Christian é um empresário multimilionário, lindo e muito peculiar. Não parece NADA com Edward Cullen (exceto o suspense e o dinheiro) e, se tivesse que compará-lo com uma personagem, diria que ele está mais para Trent “Perfeito” Kalamack, da série The Hollows (ou Rachel Morgan), de Kim Harrison. Adoro homens misteriosos e sérios, mas com aquele ar sedutor e olhar cheio de promessas. Esse é Christian Grey. Às vezes é meio seco e arrogante, mas os motivos vão sendo desvendados conforme a leitura se aprofunda.
Ao fim da entrevista, Ana e Christian já estão envolvidos. Ela, virgem com seus 21 anos e seus hormônios a flor da pele. E ele, com seus 27 anos (no Brasil traduziram 28) de puro charme e acostumado a ter tudo o que quer. Após este fato, eles se encontram mais duas vezes, mas durante a comemoração pelo término de suas provas e conclusão da faculdade, Ana bebe demais e acaba ligando para Grey. Daí, é fácil imaginar o que vai acontecer, não é?
Grey manifesta uma pontinha da superproteção de Edward e vai em busca de salvar sua donzela indefesa. Eles passam a noite juntos, mas não rola nada. AINDA. Em seguida, há alguns acontecimentos até que ele a convida para jantar e a leva para seu “matadouro” (risos). É aí que a coisa fica sinistra. Claro está o interesse dos dois, mas Grey tem uma PAPELADA que precisa ser assinada antes de qualquer relação sexual. Você fica: WHAT? E eis o grande segredo do cara de olhos cinza: Ele é meio “pervertido”. Não no sentido pejorativo, mas é que ele gosta de sexo não convencional, se é que me entendem.
No início Ana fica perplexa e, quando ele descobre que ela é virgem, tudo muda. Não que os fetiches dele desapareçam instantaneamente, mas um lado (lá no fundo) mais romântico aflora. Daí em diante, minha gente, a coisa esquenta. O livro é regado a la J. R. Ward. Tirando a parte chata em que Ana lê o contrato com seus deveres e obrigações, o livro do início ao fim é muito bom. É gostoso de ler, principalmente a troca de e-mails deles (é muito bacana).
Grey tem segredos e Ana quer desvendá-los. Ela é luz e ele é trevas… É um “romance” intenso e eles percebem que não conseguem ficar longe um do outro. Ri em vários momentos, imaginando as caras e bocas da Ana e de seus pensamentos um tanto engraçados envolvendo a sua “deusa interior”. Ana se vê diante do cara mais perfeito que já viu em toda sua vida e ele também está por ela. Porém, ele não é do tipo que namora e passeia de mãos dadas pela rua. Ele é do tipo possessivo, dominador, controlador ao extremo e cheio de fetiches… Mas que vai (suspira) ser o homem que ela deseja. ! Uma das minhas partes favoritas.
Deixando o enredo principal de lado, é inevitável perceber que Grey tem traços de uma infância traumática e que isso influenciou severamente na construção da sua personalidade. Além disso, você se depara com inúmeras descobertas, superações… No entanto, esses detalhes nas entrelinhas só são percebidos se você não ficar paranoico procurando comparações com Crepúsculo. Por essa razão, considero o livro reflexivo, apesar das inúmeras cenas de sexo e comentários sobre o texto ser ruim e fraco (não ao meu ver, claro).
Fiquei realmente maravilhada com a forma que a autora desenvolveu a trama. Grey, mesmo sendo um homem maduro e com mais experiência de vida que qualquer um de nós vá ter, ainda assim não havia descoberto o amor, não sabia que poderia ser amado e por aí vai. É um livro simplesmente incrível. E não me refiro ao erotismo, mas sim aos detalhes. Já Ana, não me surpreende tanto, pois tem atitudes que se esperam de uma jovem de 21 anos e é pouco experiente. E parte do encanto se dá por conta disso, pois os dois se descobrem juntos! !
Bem, acredito que, ao resenhar um livro, expomos nossas opiniões apenas para debate e não como um veredito. Então, recomendo que leiam e tenham suas impressões. Eu adorei, já li o segundo e estou super ansiosa pelo terceiro. Vou ficando por aqui, senão acabo contando todo o livro para vocês! *-*
É isso. Se eu recomendo? Claaaaaro que sim!
Resenha de: OCANHA, Paula Barbosa. Resenha sobre a trilogia “50 Tons de Cinza. Ponto e Vírgula. 26 nov. 2012. Acessar publicação original [IF].
Então eu li a trilogia Cinquenta Tons de Cinza – formada pelo livro que resenhei em setembro e pelos livros Cinquenta Tons Mais Escuros e Cinquenta Tons de Liberdade, da autora britânica Erika L. James. No post passado eu tinha lido somente o primeiro livro, e fui criticada (com razão) por ter dado minha opinião em cima da obra parcialmente avaliada. Por isso estou escrevendo novamente, para dizer que fiquei feliz por ter lido os três livros. Só serviu para reafirmar a minha crítica anterior. A obra é ruim. Fraca. Irritante. E uma cópia deslavada de Crepúsculo.
Agora vamos desenvolver o raciocínio. Quando li o primeiro livro só tinha achado ele arrastado e a personagem principal – Anastasia Steele – extremamente boba e irritante, e minha crítica tinha basicamente a ver com o quanto a obra era infantilizada e atrairia leitores de uma faixa etária não apropriada. Depois de ler os três fiquei ainda mais irritada com a obra, porque como o primeiro ficava só na promessa (basicamente enrolava e não acontecia nada), ainda existia a possibilidade dos outros dois salvarem a história…
Pessoal que ainda não leu os três: a partir deste ponto o texto possui spoilers (ou seja, possuem informações que podem estragar a surpresa de quem ainda não conhece o texto. Só leia se quiser conhecer as informações ou se já leu a trilogia).
Assim como em Crepúsculo, Ana é perseguida por “pessoas más”. Ambos os casais casam em um período ridículo de tempo depois de iniciar a relação. Os dois personagens principais homens são controladores, muito ricos e superprotetores. As duas engravidam “sem querer”, causando um problema no relacionamento. Em certa passagem, Grey algema Ana, e depois se arrepende por ter deixado marcas nos braços e pernas dela. Edward, na primeira noite com sua esposa – ainda humana – também se arrepende das marcas deixadas em Bella. Tirando as interjeições cansativas da Ana, ao pensar sobre Grey, que são iguais o tempo todo, todo o livro é ridiculamente igual à saga dos vampiros.
A diferença básica é: a autora de Crepúsculo criou personalidade para personagens fantasiosos. A escritora de “50 Tons”, mesmo querendo criar um personagem “real”, fez um homem que não existe. O livro é de ficção, mas teria que ser de ficção científica para que Grey conseguisse fazer o tanto de sexo que faz com Ana. Ele teria que ser um robô! E eu não tenho nada contra Ana ser virgem aos 21 anos (como afirmaram nos comentários). Muito pelo contrário. O problema é que os dois como casal não convencem – pelo menos não convenceram a mim. O livro teria que ser descrito como “conto de fadas erótico”, e não “romance erótico”.
No início do segundo livro PARECE que a autora vai sair um pouco da narrativa repetitiva, quando começa a descrever a história de Grey quando criança. Mas logo ela volta a ser cansativa e o livro é basicamente extremamente superficial. Algumas pontas sobre a história dele ficaram perdidas, assim como a descrição da cena em que Ana é sequestrada, depois de entrar em um banco ARMADA para sacar R$ 5 milhões de dólares (uma coisa muito plausível) foi simplesmente cortada no meio. Parece que a autora cansou de descrever o fato. Após Ana ter dado um tiro na perna do sequestrador ela desmaia. Na próxima página tudo estava resolvido, os bandidos estavam presos e todo mundo foi feliz para sempre.
A minha opinião é a mesma do primeiro texto, e eu não sou do tipo que não dá o braço a torcer. Se a história tivesse se desenvolvido de outra forma, não teria problema nenhum em admitir isso neste post. Mas não foi o caso. O livro é bobo. Não mudei minha opinião depois de ler a obra toda – aliás, ela só piorou. Se eu tivesse lido somente o primeiro livro, neste momento eu odiaria MENOS a história.
FIM DO SPOILER
Assim como quando “O Código Da Vinci”, de Dan Brown, foi lançado e depois muitos copiaram a ideia, alguém já lançou outra trilogia erótica – copiando 50 Tons de Cinza. O primeiro livro da série chama Toda Sua, e eu já terminei de ler. Pretendo fazer um comparativo sobre as duas trilogias em breve.
Obrigada por acessarem e deixarem comentários. Quero deixar aqui meu respeito para quem gostou dos livros – cada um tem sua opinião, e por isso o que eu escrevi aqui chama-se “resenha crítica” e não “verdade absoluta”. O texto é baseado na MINHA percepção da obra, conforme MINHA bagagem emocional e literária. Cada um tem a sua!
Beijos e até a próxima! =)
5. Resenha de: ORLANDIN, Gabi. Cinquenta Tons de Cinza. Fluffy.Com.Br. Acessar publicação original [IF].
“Quando Anastasia Steele entrevista o jovem empresário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Grey admite que também a deseja – mas em seus próprios termos.
Chocada e ao mesmo tempo seduzida pelas estranhas preferências de Grey, Ana hesita. Por trás da fachada de sucesso – os negócios multinacionais, a vasta fortuna, a amada família -, Grey é um homem atormentado por demônios do passado e consumido pela necessidade de controle. Quando eles embarcam num apaixonado e sensual caso de amor, Ana não só descobre mais sobre seus próprios desejos, como também sobre os segredos obscuros que Grey tenta manter escondidos…”
Para quem não sabe, “Cinquenta Tons de Cinza” nasceu de uma fanfic inspirada em Crepúsculo, isto é, vocês sabem como a Bella é leeenta, então Anastacia não é muito diferente – e consegue ser mais chata que a personagem de Stephenie Meyer. A moça tem 21 anos, é virgem, e só beijou, tipo, uns dois caras na vida. Mas quando conhece Christian bilionário-sexy-misterioso Grey, ela sente-se atraída pelo poder que ele exerce sobre ela.
A história não tem nada demais, é bem simples, e o que a torna diferente de qualquer outra é, justamente, o sexo. Christian é um homem muito enigmático, que não quer compromisso e só quer fazer sexo com as mulheres que assinam um contrato , concordando serem suas submissas. Preciso dizer que teve algumas partes da narrativa que quase me tiraram a vontade de continuar lendo, porque as palavras são chulas, descrevendo coisas que, para mim, foram nojentas. Claro, é um livro erótico, precisava ter aqueles detalhes, mas a autora podia ter pegado mais leve, principalmente nos muitos palavrões (demais, demaaaais!), e nas expressões repetitivas e desnecessárias.
Ana não quer só sexo com Grey, porque ela se apaixona por ele, ao passo que ele quer apenas isso dela – inicialmente. Ele está acostumado com mulheres que são inteiramente submissas dele, fazendo tudo o que ele diz, sem contestar. Ana não é uma submissa, e não aceita ser uma, contrariando Grey em quase tudo. E, ao mesmo tempo em que isso o irrita, o deixa excitado, pois ninguém o tinha desafiado antes. Será que Grey conseguiria amar de verdade uma mulher? Ou será que ele não tem coração para isso?
Não concordo com todas as coisas más que ouvi em vídeos ou li em resenhas a respeito do livro. Chegaram a dizer que este é o pior livro já escrito, que Ana só faz sexo porque recebe um monte de presentes caros de Grey e coisas do tipo. Isso não tem nada a ver, tanto que Ana não gosta quando Grey a presenteia, e só aceita como uma espécie de “empréstimo“. Então, pessoas, se vocês não gostaram do livro, entendam que outras talvez possam gostar, e não escandalizem isso, fazendo com que suas palavras se tornem regra geral para todo mundo.
Acho que, no fim, o que o salvou foi o final, quando Ana abre os olhos e começa a enxergar melhor as coisas, então, acho que valeu a pena ter lido, porque as últimas páginas nos deixam sedentos pela continuação. Não vou recomendar, porque acho que essa é uma leitura muito específica, e precisa ser lida por quem não tem preconceitos. Eu li porque queria tirar minhas próprias conclusões, então, se você tiver mais de 18 anos, sinta-se à vontade de fazer o mesmo, mas não se empolgue muito.
Em breve resenharei os próximos dois volumes, para quem ficar interessado
6. Resenha de: CARDOSO, Joice. Cinquenta Tons de Cinza. Estante Diagonal. 20 dez. 2014. Acessar publicação original [IF].
Esperei 4 anos para ler o “tão” polêmico Cinquenta Tons de Cinza da autora E L James, na época que ele estourou não me senti nem um pouco atraída, e mesmo depois de começar a ler continuei com esta sensação. Mas por que resolvi ler então? Simples, curiosidade depois de ver o primeiro trailer da adaptação.
Antes de qualquer coisa, eu sempre acreditei que para se ter uma opinião formada sobre algo e ter argumentos para discutir sobre tal coisa, nada melhor do quer ler e ter um pouco de conhecimento sobre né?! Afinal, quem sou eu para falar que evitem ou não um livro? pelo contrário eu estimulo a curiosidade, leiam e tirem suas próprias conclusões pois só assim terão a sua opinião e não serão meras mentes influenciáveis.
Pois bem, não vou me estender muito na história, até por que ela é bem curta mesmo, e acreditem a autora conseguiu escrever mais de 400 páginas em cima disso. No primeiro livro da trilogia conheceremos Anastacia Steele, uma estudante de jornalismo. Ana é aquela pessoa atrapalhada, com auto estima baixíssima, 20 e poucos anos, virgem e desengonçada. Quando sua amiga Kate fica doente, Ana fica responsável por cobri-la em uma entrevista para a faculdade. É assim que ela vai parar na Grey Enterprises Holdings, empresa administrada por Christian Grey, um jovem bem sucedido de apenas 27 anos, rico, inteligente e solteiro mas principalmente misterioso e intimidador.
Ana intriga Christian com sua inocência, seu jeito retraído e quieta chamam a atenção dele de tal forma, que aquela não seria a única vez que os dois se encontrariam se dependesse dele. Cristian confunde as atitudes de Ana como a de uma submissa e ele como dominador e adepto do sadomasoquismo e afins aproveita a chance e o interesse dela e propõe um contrato, do qual ela se entregaria de livre e espontânea vontade a ele apenas para satisfazê-lo.
Já adianto que, até o final do livro ela não decide se assina ou não este contrato, mas isso não os impede de se relacionarem e no caso de Ana de se apaixonar pelo magnata. Sim, ela se apaixonada por ele. Mas por quê? Anastacia simplesmente não se acha digna de um tratamento melhor? eu sinceramente não sei.
Basicamente, é isso que acontece no livro todo, só isso. Claro que não contarei alguns detalhes importantes da história, mas vamos a parte que dou minha real opinião OK?! O livro poderia ser reduzido pela metade em números de páginas, não gostei da forma como a autora arrastava uma cena a outra apenas para narrar mais um ato de sexo, aliá, o que na minha opinião é muito forçado, por que Anastacia é virgem! Mencionei isso antes? E para uma pessoa virgem fazer sexo três vezes seguidas em sua primeira vez, seria no mínimo desconfortável certo?
Para a autora, não. Enfim.. apesar disso analisando o personagem masculino achei que ele fez seu papel bem, frio, seco, interessado apenas naquilo que ele queria, e como queria. E Anastacia? Ela só me irritou, sem contar as partes que ela mantém um diálogo com sua “Deusa Interior”, isso não me convenceu, nem um pouco. Totalmente desnecessário mas OK.
Uma parte que eu gostei e dei muitas risadas foram os e-mails trocados entre os dois personagens, eram através deles que Ana mostrava um mínimo de personalidade, afinal estava longe da intimidação de Grey. Depois da leitura pude entender bem por que o livro fez tanto sucesso, e a resposta é bem simples! Os responsáveis são exatamente aqueles que dizem que não gostam, que dizem que é ruim, que é fraco, etc.. E isso que desperta a curiosidade dos leitores, isso que despertou a minha, mesmo que bem mais tarde.
Cinquenta Tons de Cinza bateu inúmeros recordes, vendeu 10 milhões de livros nas seis primeiras semanas nos EUA, a trilogia toda soma quarenta milhões de cópias vendidas em trinta e sete países e no Brasil, lançado pela Intrínseca vendeu 30 milhões de cópias em dez semanas. Por estes motivos que a primeira adaptação do livro já tem data marcada para 13 de fevereiro de 2015, que terá Dakota Johnson como Ana e Jamie Dornan como Christian Grey. Como se não bastasse o filme terá nada mais, nada menos do que as versões exclusivas de Crazy in Love e Haunted da Beyonce. Ahh… e eu falei que o primeiro trailer do filme conquistou também a marca histórica de anúncio de filme mais visto na Internet? Então…
Para quem não entendeu ainda o livro é um erótico, mas não se enganem, eu já li coisas MUITO piores por aí e que não receberam metade das críticas que 50 Tons leva e levou, aliás os diálogos são até “educados” comparado por exemplo com Paixão Sem Limites de Abbi Glines (resenha aqui), afinal estamos falando de Sr. Grey né?
O livro tem sim uma história acontecendo por trás de todo o erotismo, mas infelizmente neste primeiro livro é deixada de lado pela autora. Digo isso “neste primeiro livro” por que já li o segundo livro e a história teve uma guinada, o sexo ainda está lá, mas agora a história flui com muito mais inteligência, principalmente porque conhecemos muito mais sobre a vida de Christian e entramos mais no psicológico e nos sentimentos dos personagens.
Cinquenta Tons é um livro que não agrada todo mundo. Mas querendo ou não, é um fenômeno mundial. Mesmo que para isso tenha que fazer um uso exagerado das inseguranças das mulheres, como a forma que transmite algumas atitudes perseguidoras e doentias de Christian em relação a Ana, como se fosse algo natural…entre outros. Nada contra OK?! IMO aqui! A leitura não vai te acrescentar quase em nada, mas carrega um romance sim, mesmo que ele tenha sido desenvolvido muito lentamente.
O que começa de forma fria, aos poucos vai ganhando profundidade e confiança, aquele Christian cheio de muralhas erguidas pronto para dominar, passa a ser o submisso da história e Anastacia passa a ser a dominadora do coração dele desvendando aos poucos as 50 sombras de Grey.Concluindo, o livro não me agradou, mas sinceramente? Acredito que o filme vai conseguir me convencer, vai passar a mensagem que o livro definitivamente não conseguiu, afinal as cenas de sexo serão cortadas em mais de 50% e conseguiremos finalmente ver claramente a história de amor? desses dois personagens. Duas coisas podem me convencer a ler o último livro: Christian Grey e o filme. Vamos ver o que vai dar.
Joice Cardoso – Criadora e editora do Estante Diagonal, estudante de Marketing, apaixonada por livros, romances, cachorrinhos e finais felizes. Há 5 anos falando sobre livros na internet. Divirtam-se e sintam-se a vontade para ler e comentar o quanto quiserem.
7. Resenha de: MAIA, Ygo. Resenha: “Cinquenta tons de cinza”. Mergulnando na Leitura. 26 mai. 2013. Acessar publicação original [IF].
A história
O livro conta a história de Anastasia Steele, uma jovem e ingênua estudante de literatura que aos 21 anos nunca teve um namorado. Ana, como prefere ser chamada, é uma mulher bonita, inteligente, mas extremamente desastrada. Ela mora com a amiga autoritária Katherine Kavanagh – ou simplesmente Kate –, que estuda jornalismo.
Kate consegue marcar um horário para entrevistar Christian Grey, um bilionário de 28 anos que comanda um negócio multinacional. Não obstante, ela acaba adoecendo no dia da entrevista e solicita que Ana a realize em seu lugar. Ana corresponde ao pedido de Kate e nem imagina os rumos que sua vida iria tomar após aquele dia.
Quando Ana e Christian se conhecem, logo sentem uma forte atração um pelo outro. Apesar de sua inexperiência, Ana parece decidida a encarar um relacionamento e se entregar ao amor. Christian, por sua vez, é um homem com preferências estranhas e isso faz Ana hesitar em um primeiro momento.
Não demora muito para que eles embarquem num intenso e sensual caso de amor. Ana ignora completamente os conselhos de sua amiga Kate e se deixa seduzir pelo homem que, para ela, é sinônimo de perfeição. Ela descobre mais sobre seus próprios desejos e se choca ao descobrir também que por trás daquele homem de sucesso existe um passado misterioso e segredos obscuros.
# Opinião
Eu não avalio esse livro como ruim, mas ele ficou longe de entrar para a minha lista de favoritos. O que mais me chama atenção é que essa trilogia alcançou um sucesso estrondoso, principalmente entre o público feminino.
Talvez a grande jogada da autora tenha sido criar uma protagonista bonita, com autoestima quase nula e absurdamente ingênua. A mocinha boba que se apaixona pelo bilionário atraente e é correspondida (mesmo que de maneira estranha), foi a aposta de E. L. James.
As semelhanças com a saga Crepúsculo foram visíveis. Isso eu já esperava, por conta do “burburinho” acerca dessa trilogia, mas confesso que fiquei um pouco incomodado por não sentir a originalidade do produto que eu tinha em mãos.
Nas primeiras páginas, gostei do desenvolvimento da narrativa e de como a protagonista fora apresentada. Contudo, no decorrer dos capítulos eu não suportava mais quando Ana revirava os olhos, dizia os mesmos palavrões, mordia o lábio inferior, discutia com a sua “deusa interior” e com o seu inconsciente. No início foi interessante, cômico até. Depois ficou cansativo.
Em um determinado momento do livro, alguns personagens simplesmente desaparecem e toda a trama fica concentrada em Ana e Christian. A grande parte do livro se resume em sexo, sexo e mais sexo. As cenas picantes ficaram repetitivas e os diálogos muito superficiais.
Destaco como um acerto da autora quando o casal passou a se comunicar por e-mails. A leitura ficou mais leve e fluiu melhor. Além disso, os mistérios sobre o passado de Christian deram ritmo ao livro e despertaram a minha curiosidade. Ponto para E. L. James! Os segredos que o “Sr. Perfeição” esconde, alavancaram meu interesse em ler o segundo volume.
# Extra
O livro pode ser facilmente manuseado, o tamanho da fonte também contribui para uma boa leitura. A Editora Intrínseca caprichou, não tenho queixas quanto a isso. “Cinquenta tons de cinza” é um livro de conteúdo erótico, portanto, destinado a maiores de 18 anos. Por isso, não recomendo a leitura a qualquer pessoa.
Vale salientar que esta resenha é baseada no meu ponto de vista. Para interagir e dar a sua opinião, deixe um comentário.
8. Resenha de: CARAPINHEIRO, Bela. Resenha + crítica: Cinquenta tons de ciza (+18). A Bela não a Fera. 03 mar. 2015. Acessar publicação original [IF].
Sinopse: Quando Anastásia Steele entrevista o jovem empresário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Grey admite que também a deseja – mas em seus próprios termos. Chocada e ao mesmo tempo seduzida pelas estranhas preferências de Grey, Ana hesita. Por trás da fachada de sucesso – os negócios multinacionais, a vasta fortuna, a amada família -, Grey é um homem atormentado por demônios do passado e consumido pela necessidade de controle. Quando eles embarcam num apaixonado e sensual caso de amor, Ana não só descobre mais sobre seus próprios desejos, como também sobre os segredos obscuros que Grey tenta manter escondidos…
Resenha: Podem pasmar porque eu li de verdade… Eu li o livro TO-DO. Em uma semana. Quer saber mesmo minha opinião?
Me senti entediada durante o livro porque não passa de um romance mamão com açúcar em que o casal tenta mostrar as tecnicas de BDSM.
“Mas como assim, Bela?”
Gente, sério, eu pensei que todo esse furduncio por causa do livro Cinquenta tons de cinza tivesse algum segredinho apimentado mas não achei nada de WOW. Achei uma leitura apimentada para donas de casa, tipo Sabrina e Julia (pra meninas mais novinhas, vale a pena conhecer esses livros que suas mamães com certeza leram).
O livro parece ser a história de um cara sem sentimentos que curte uns sadomasoquismo que submete uma ninfeta indefesa mas ao começar a ler eu só vejo a Anastácia como uma garota insegura -igual qualquer outra e o Grey, um cara que parece ser indomável mas cai aos pés como um juvenil apaixonado por uma virgem. Ah, fala sério?!
‘Blábláblá não durmo com as mulheres que fodo. Blablabla não faço amorzinho’ – Todo e qualquer argumento invalidado com essa foto, Mr. Grey.
Dos 16 aos 20 eu tive fake: que era -na minha época- basicamente criar uma vida virtual, onde você era alguém de banda e tinha relacionamento, filhos e até um msn próprio para a vida dele. Durante esses quatro anos, tive relacionamentos no mundo fake que exigiam sexo virtual, nada de fotos das pessoas mas sim ‘turnos’ de sexo. Quase uma narrativa do momento. Tenha certeza, que a maior parte dos turnos que participei eram 300x mais exitântes do que a descrição da escritora para a posição cachorrinho.
Aliás, muitos dos que tinham fake, também escreviam Fanfictions (histórias que giram em torno de uma continuação de filme, livros e/ou de pessoas famosas). A L. James escrevia Fanfictions do Crepúsculo. E decidiu por mudar os nomes e criar este livro.
Então, o porque de todo o alvoroço em torno do livro (e do filme) 50 tons de cinza?
Pelo simples fato de que em pleno ano de 2015 mulheres ainda são reprimidas no quesito sexo, no querer, no desejar, no se tocar e de se sentirem potentes. Que em pleno ano da luta do feminismo, mulheres não possam desejar serem submissas a seus homens, ter desejos e coisas do tipo porque já vem um turbilhão de ativistas reclamando que o livro é machista, porque se o Cristian Grey fosse um pobre e feio ninguém o desejaria.
Toda a audiência da Anastácia sendo submissa do Mr. Grey só entra na minha cabeça que existem formas de enxergar esse conflito com o feminismo: a diferença entre a forma que as pessoas interpretam o livro (que vai da cultura e da vivência de cada uma das leitoras) á mulheres que dizem que ‘queriam um Grey pra ter em casa’ (que é um BAITA COMPORTAMENTO DE MULHER MAL COMIDA, alienada e burra).
Antes de ler o livro, eu julgava-o por ser romance de mulher alienada porque todas que eu via lendo, estavam escondendo aquele sorrisinho safado em canto de lábios. Essas mesmas que não se dão por completo para seus homens, que não se masturbam e conhecem seus limites.
Tem também as que dizem ‘ai que horror, não quero saber dessas técnicas de BDSM, é terrível’ porque essas cabecinhas de funis vão passar o resto da vida achando que amor é fazer papai e mamãe e histórias tipo Nicholas Sparks. Saber os limites que seu corpo chega e tentar coisas novas é do ser humano. É o animalesco aceitável.
É bom ter essa fuga de realidade (que está gerando o auê pelo 50 tons de cinza) mas tem que deixar de ser um problema e parar de interferir no pensamento das pessoas. Tem que interferir na vida real, fazer com que as pessoas gozem mais da sua vida do que ficar impondo o que diacho a escritora estava pensando quando ela escreveu, porque bla bla afronta o feminismo e tudo que mulher lutou até o momento.
Porque enquanto existem mulheres lutando por ai por seus direitos, existem outras que destroem toda uma luta por causa de um cara ficcional ‘rico, bonito e deus do sexo’.
Acredito que todo o frenesi causado pelo livro (e o filme) 50 tons de cinza seja uma evidência de que ainda existem mulheres que acham tentador serem submetidas a um homem para conseguir algo em troca. É o tal ‘bom partido’ que as cabeças ocas acreditam que tem que agarrar, ao invés de se concentrarem em uma vida saborosa na gozolândia seja com um cara simpático e que mexeu com seu coração.
E uma observação: não faço nem questão de continuar a leitura das sequencias. Existem livros maravilhosos a minha espera. Tipo Sabrina e Julia HUSIHAUISHUIAHSUIHAUISH
Outra observação: se for pra comentar algo nada a ver com o post, nem comente, por favor.
Bela Carapinheiro – Brasileira morando na Finlândia. Book worm. Colecionadora de camisetas de banda e ingressos para shows. Blogueira Old School. Since 2004
9. Resenha de: FERNÁNDEZ, Bru. Resenha: “Cinquenta tons de cinza”.Livros em Série. 03 ago. 2012. Acessar publicação original [IF].
Quando Anastasia Steele entrevista o jovem empresário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Grey admite que também a deseja – mas em seu próprios termos…
Que atire a primeira pedra quem não ficou – nem um pouquinho – curiosa sobre essa nova trilogia adulta que estourou nos EUA nos últimos meses e causou o maior rebuliço no mundo literário, que chega agora ao Brasil através da editora Intrínseca: Cinquenta tons de cinza. Se ao ler a sinopse você teve a impressão de que ele é mais um livro de romance, ou simplesmente um livro de putaria, você não poderia estar mais enganado(a). Sim, a maior parte do livro é composta por cenas de sexo entre os protagonistas, e é legal você ler esse livro com uma mente aberta, sem preconceitos. Porém somos levados a ver além do sexo na escrita de E. L. James.
O livro de estreia da trilogia nos apresenta os dois personagens principais da saga: Anastacia Steele, uma jovem constantemente descrita como inocente e ingênua e o imponente e – algumas vezes – assustador Sr. Christian Grey. Ana acaba caindo (literalmente) na sala de Christian para entrevistá-lo no lugar de sua melhor amiga, Kate, que adoeceu e, para não perder a oportunidade, pediu para que a amiga fosse em seu lugar. Fiquei com um pé atrás com a personagem de Ana no começo do livro pois ela é muito atrapalhada e desastrada e isso me lembrou muito da Bella Swan. Tudo bem que o livro surgiu de uma fan fiction (história escrita por fãs sobre seu fandom favorito) de Crepúsculo, mas copiar a personagem já seria demais. Tive a boa surpresa de ver que Ana é uma personagem muito mais profunda e muito mais mulher do que Bella. Como toda jovem ela tem seus receios, seus questionamentos, porém tem uma mente aberta e está disposta a sacrificar sentimentos e partes da sua vida para poder ficar com Christian.
Já o personagem de Christian Grey, não poderia ser melhor construído: descrito como um deus grego, extremamente rico, trabalhador e jovem, a autora deu a ele um ar completamente misterioso. O seu personagem nos faz virar as páginas do livro loucamente em busca de respostas sobre seu estilo de vida, seu passado e suas razões para ser tão controlador a ponto de se importar tanto com coisas como a segurança de um carro e se Ana está comendo o suficiente. Christian é encantador, cativante, misterioso, impaciente, possessivo e em alguns momentos seu personagem se torna sombrio. É praticamente impossível não se interessar por ele! O Sr. Grey também é muito direto em tudo o que diz e por muitas vezes me peguei rindo da forma como ele consegue constranger Ana com suas perguntas diretas e sórdidas.
Ana acaba se apaixonando, mas Christian não é do tipo que namora: ele nunca é visto com uma mulher em eventos públicos e nem com sua família, e suas relações são sempre com submissas, sendo ele o dominador – com direito até a contrato assinado e lista de exigências. Ana se questiona se ela é capaz de mudar tanto seus hábitos e sua vida, para poder ficar com Sr. Grey (chamá-lo sempre dessa forma, é uma de suas exigências). É muito fácil simpatizar com Anastacia pois o envolvimento com Christian, além de carnal, também a afeta de maneira psicológica. Apesar de ceder em vários momentos, Ana não é uma garota sonsa e encara Christian em vários momentos, desafiando-o, sendo irônica com ele.
É uma boa leitura, para sair do mundo sobrenatural e de fantasia. São apenas dois humanos com suas falhas e com sentimentos múltiplos e desconhecidos sendo despertados, testando seus limites, que estão tentando achar uma forma de poderem conviver e serem felizes juntos. Ou não. Cinquenta tons de cinza não é somente um livro erótico, mas também um livro sobre relacionamentos e o quanto cada pessoa está disposta a ceder pela pessoa que ama.
Quer mais? Cinquenta tons mais escuros será lançado em setembro!
10. Resenha de: PITANÇA, Vivian. Resenha: 50 Tons de Cinza. Reflexão Literária. 15 nov. 2013. Acessar publicação original [IF]
Sinopse: Quando Anastasia Steele entrevista o jovem empresário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Grey admite que também a deseja – mas em seus próprios termos. Chocada e ao mesmo tempo seduzida pelas estranhas preferências de Grey, Ana hesita. Por trás da fachada de sucesso – os negócios multinacionais, a vasta fortuna, a amada família -, Grey é um homem atormentado por demônios do passado e consumido pela necessidade de controle. Quando eles embarcam num apaixonado e sensual caso de amor, Ana não só descobre mais sobre seus próprios desejos, como também sobre os segredos obscuros que Grey tenta manter escondidos…
Relação de amor e ódio
Fanfic de Crepúsculo, odiado pelos pseudointelectuais e por alguns intelectuais, amado pelas donas de casa, polêmico e controverso.
Muitas, muitas semelhanças com Crepúsculo e ao mesmo tempo, muitas diferenças. Das semelhanças, pude notar que as protagonistas trazem a mesma insegurança. Porém, considero errôneo, já que em Cinquenta Tons de Cinza, Anastasia Steele é mais velha que a Bella e está terminando a faculdade. Então, penso que pela sua vida, suas atitudes deveriam ser mais maduras. Uma coisa que chama atenção é que pela insegurança que possui, nunca percebe o interesse que desperta nos homens – como em Crepúsculo – e não sei se por isso, nunca se interessou por ninguém. Sim, ela está terminando a faculdade e percebemos que ela nunca se interessou por nenhum homem em sua vida, só tendo como relação, o beijo de dois caras. Tudo bem… Mas o normal não seria que quando se interessasse por alguém fosse cautelosa, duvidasse dos seus sentimentos, fosse mais romântica, e ficasse com um pé atrás? O passado dos personagens diz muito a respeito de suas atitudes. Mas ela não faz isso. Ao ver Christian Grey, um louco desejo a invade e bum! A identidade construída no passado da personagem vai por água abaixo. Ela, que deveria parecer uma garota inteligente, que lê bons livros, parece extremamente imatura em alguns momentos. Talvez, nesta parte, a autora tenha captado algumas das características que os livros de romance passam para as meninas. A ideia de que o cara perfeito vai chegar e vai dar tudo certo. Coisa que geralmente algumas adolescentes pensam. Sabe isso de “ele é perfeito, tudo vai dar certo com ele”, quando na verdade ela nem conhece o cara direito? Esta é a ingenuidade que Anastasia Steele, de mais ou menos 21 anos, traz, nos contextos que eu disse. Isso me incomodou um pouco, pois acaba repassando esta ideia para o pessoal que é fã de Crepúsculo e ainda não cresceu tanto assim, e pegou Cinquenta Tons para ler. E é errado, já que é um livro com conteúdo adulto, mas acontece, não podemos fingir que não acontece.
“Katherine vive me provocando dizendo que me falta o gene “preciso de um namorado”, mas a verdade é que eu simplesmente nunca conheci alguém que… bem, me atraia, embora parte de mim anseie por pernas bambas, coração na boca, frio na barriga, noites em claro. Às vezes, me pergunto se há algo de errado comigo. Talvez eu tenha passado muito tempo na companhia dos meus heróis literários românticos e, consequentemente, tenha ideais e expectativas elevados demais. Mas, na verdade, ninguém nunca me fez sentir assim.”
Também há a característica em comum com a Bella de não compartilhar sentimentos. Nada de contar as coisas aos amigos, e sim, guardar muito para si própria. Entretanto, Anastasia parece pelo menos ter amigos antes de encontrar seu “amado”. Enquanto Bella havia mudado de cidade (pelo que parece, na outra ela também não se encaixava bem) e os “amigos” do atual colégio mostram seus verdadeiros sentimentos no decorrer da obra. Outra semelhança é a família. A mãe mora longe, é meio “moderninha”. E o padrasto que ela considera como pai gosta de futebol, é de poucas palavras…
A escrita é rasa. E podemos notar que ao longo do livro, evolui. Afinal, é o primeiro livro da escritora, que começou sem intenção de publicar e não é formada especialmente para escrever. Em alguns momentos, parece dar uma caída, em outros uma levantada. Dá para rir em uma boa quantidade de partes. E as semelhanças com a escrita da Stephenie Meyer, que eu reparei são as expressões usadas. E…. só. Sim, só reparei isso. Um exemplo? “Franzir o cenho”. Tem bastante expressões do tipo que nos acostumamos a ver nos livros da SM. Mas não se compara muito. Se pegarmos A Hospedeira e Cinquenta Tons de Cinza, podemos dizer que o segundo é péssimo em comparação ao primeiro. A escrita é rasa, sim, mas “dá para ler”.
Dando mais detalhes do que diz a sinopse, podemos dizer que Anastasia vai entrevistar Grey fazendo um favor à sua amiga que está doente. E ao conhece-lo, como disse, acontece a “mágica”. Correntes elétricas passam pelo seu corpo, e depois ela passa a pensar nele toda hora… Sem saber muito a respeito dele, o que reparamos a princípio é que é uma pessoa extremamente orgulhosa e vaidosa. E claro, controladora. Quer sempre controlar tudo, inclusive nas relações… Semelhante ao Edward, ele tem aquilo de “superproteção, porque ela é frágil e desastrada”. E ele quer sempre dar presentes caros a ela, que a princípio, se recusa, mas depois aceita. A Bella já não é assim, ela recusa os “presentes fantásticos”, e quando ganha, geralmente há acordos, onde ganhar o presente para ela é o lado ruim, e para ele o lado bom, como por exemplo quando vão se casar e ela fica com o carro a prova de mísseis… Repito, quando vão casar, não no início da relação, quando não há nada definido. Porém, a questão é Cinquenta Tons, então vamos lá. Em dados momentos, ele também tem aquilo de “sou perigoso, não sou bom para você”, super cliché. E ao longo da história, descobrimos o porquê, apesar de não ser nada sobrenatural e ficar bem óbvio pouco depois, mas claro, só a protagonista não percebe.
“— Os negócios têm a ver com pessoas, Srta. Steele, e sou muito bom em avaliar pessoas. Sei como elas funcionam, o que as faz florescer, o que não faz, o que as inspira e como incentivá-las. Emprego uma equipe excepcional, e recompenso-a bem. — Ele faz uma pausa e me fita com aqueles olhos cinzentos. — Acredito que, para alcançar o sucesso em qualquer projeto, é preciso dominá-lo, entendê-lo por completo, conhecer cada detalhe. Trabalho muito para isso. Tomo decisões com base na lógica e nos fatos. Tenho um instinto natural capaz de detectar e promover uma boa ideia, e boas pessoas. No fim, o fator preponderante sempre se resume a pessoas competentes.”
Após a entrevista, ele passa a quase “persegui-la”, e então há vários encontros de ambos, que desenvolvem o relacionamento. Até o dia em que ela vai à casa dele, decidida a perder a virgindade. Sim, porque para ela, ele é “incrível”, causa um efeito que “nenhum homem causou até então”. Só que lá, quando o assunto sexo é abordado, ela descobre que ele é sadomasoquista, e vê o seu “quarto vermelho da dor”. Um quarto repleto de elementos de tortura, assustadores. E a atitude de uma virgem normal, seria se assustar completamente, recuar, ficar com o pé atrás… Ainda mais pelo contexto de sua vida, terminado a faculdade, leitora de clássicos, a princípio tímida e confusa, entre outras coisas. Mas não, ela até se surpreende, mas acha legal. Está disposta a topar, desde que o tenha.
“Nunca me senti à vontade com entrevistas cara a cara, prefiro o anonimato de uma discussão em grupo onde posso me sentar sem ser notada no fundo da sala. Para ser franca, gosto mesmo é de ficar sozinha, lendo um romance inglês clássico, encolhida numa cadeira na biblioteca do campus.”
Entre essas e outras, a história corre e vamos descobrindo mais sobre Christian Grey, vemos que ele é misterioso, e tem um passado que corresponde às suas atitudes. Este ponto se mostra positivo, pois conseguimos compreender melhor, e pela parte dele, podemos dizer que não se perdeu, sendo um fantoche nas mãos da escritora. Ele foi melhor construído do que Anastasia.
Portanto, meu veredito é uma relação de amor e ódio com este livro. E é a primeira vez que sofro deste mal. “Poxa, Vivian, mas você fez tantas críticas negativas à história, como assim amor e ódio?”. Simples, quando li, estava saindo de uma semana de provas enlouquecida. Sabe os dias em que você não faz mais nada, só estuda, estuda, estuda e preenche sua mente, que fica louca por descanso? Sim, quando saí, tudo o que a minha mente precisava era de descanso. Então eu peguei o livro, que foi o primeiro que li que contém conteúdo “adulto”, como neste, e me diverti. Li sem criticar, sem refletir muito a respeito, só por me divertir. E sim, eu me diverti lendo o livro. Porém, meses depois, quando sentei para fazer a resenha, comecei a me questionar mais sobre os fatos da história e constatei vários erros. E entendo, porque o livro desagradou tanta gente. Mas devo dizer, ele é mais do que as críticas negativas. É possível se divertir e encarar mais as coisas como ficção, esquecendo os padrões que geralmente os livros têm que seguir. A semelhança com a realidade, às vezes se perde, e em alguns livros que deveriam representar a realidade, isso é ruim. As contradições. Por essas e outras, recebem muitas críticas negativas. Consegui analisar o que me incomodou e o que me agradou. Terminei de ler este livro em menos de uma semana, e consegui me divertir, mas nem por isso, não enxerguei pontos que aos meus olhos soaram bons e ruins.
Então, para apreciar a leitura, você deve ser livre de preconceitos, e claro, gostar do gênero, ou ter curiosidade em conhecer, como eu tive. Ler sem ficar fazendo sua mente te alertar toda hora sobre os 212131231 erros que o livro tem. Se deixar levar pela leitura, sem ler como se fosse um livro que estão te obrigando a ler. É aquilo que expus no texto “gosto literário não define caráter”, leia o que você goste, não leia para criticar e se sentir melhor que os outros, porque ninguém é melhor que ninguém, e preconceito literário é algo muito antiquado. Se ainda assim não gostar, tudo bem, acontece com qualquer um, nos decepcionamos com os livros, e cada um tem um gosto diferente. Entenda e respeite isso, como tenho certeza de que goste que façam com você. 😉
Citação negativa:
“Nenhum homem jamais me afetou desse modo como Christian Grey o fez, eu não posso entender o porquê.É sua aparência? Sua civilidade? Sua riqueza? Seu Poder? Eu não entendo minha reação irracional. Eu dou um suspiro enorme de alívio. O que em nome dos céus foi tudo aquilo? ” – Anastasia
Por que negativa? Aparência, civilidade, riqueza e poder são motivos para alguém mexer com você no sentido romântico? São motivos para interesse, não para amor verdadeiro, ou as explosões que aconteceram, não para ela suportar tudo o que suportou por ele. Na verdade, creio que não encontramos motivos para amar alguém ou sentir uma atração irresistível romântica, mas dar exemplos como esses é demais, não é? Mais uma contradição.
Citações positivas:
“— É fácil encontrar mulheres que queiram fazer isso? – Ele ergue a sobrancelha para mim.
— Você ficaria espantada — diz secamente.
— Então, por que eu? Eu realmente não entendo. — Anastasia, eu já lhe disse. Há alguma coisa em você. Não consigo deixá-la. — Ele sorri com ironia. — Sou como a mariposa atraída pela chama. — Sua voz fica sombria. — Quero você desesperadamente, sobretudo agora, que está mordendo o lábio de novo.Ele respira fundo e engole em seco.Meu estômago dá cambalhotas. Ele me quer… de um jeito esquisito, é verdade, mas esse homem lindo, estranho e pervertido me quer. — Acho que você inverteu as coisas — resmungo.Eu sou a mariposa e ele é a chama, e vou me queimar. Eu sei.”
“Revendo minha vida antes dele, é como se tudo tivesse sido em preto e branco, como nas fotos de José. Agora meu mundo inteiro está a cores, e elas são ricas, vivas e saturadas. Estou planando em um raio de luz deslumbrante, a luz ofuscante de Christian. Ainda sou Ícaro, voando perto demais do sol. Rio de mim mesma. Voar com Christian: quem poderia resistir a um homem que pode voar? “
“— Você foi escoteira? — pergunta, os lábios esculturais e sensuais repuxados num sorriso. Não olhe para a boca dele!
— Atividades organizadas em grupo não são minha praia, Sr. Grey. Ele ergue uma sobrancelha.
— Qual é a sua praia, Anastasia? — pergunta ele, de novo com aquela voz suave e o sorriso misterioso. Olho para ele incapaz de me expressar. Estou em placas tectônicas móveis. Tente ficar calma, Ana, implora de joelhos meu inconsciente torturado.
— Livros — murmuro, mas, no íntimo, meu inconsciente está gritando: Você! Você é a minha praia!”
“— Você sabe, Anastasia, este foi um fim de semana de primeiras vezes para mim também — diz baixinho.
— Foi?
— Eu nunca dormi com ninguém, nunca fiz sexo na minha cama, nunca levei uma garota no Charlie Tango, nunca apresentei uma mulher à minha mãe. O que você está fazendo comigo? — Seus olhos ardem em chamas, com uma intensidade que me tira o fôlego.”
“Para uma moça tão inteligente, espirituosa e bonita, você tem alguns autênticos problemas de autoestima…”
“É muito difícil crescer numa família perfeita quando você não é perfeito.”
Observação: Resenha feita por mim como postadora no blog Flor de Lis.
Beijos açucarados
11. RODRIGUES, Karol. Resenha: Cinquenta Tons de Cinza. Miss Carbono. 24 ago. 2012. Acessar publicação original [IF].
Uma jovem inocente. Um homem sedutor, misterioso, fascinante e extremamente belo. Um triângulo amoroso (Ou não, já que a mocinha só tem olhos para o mocinho e o ‘terceiro’ é apenas um bom amigo). Isso tudo parece familiar?
Escrito e divulgado online como uma FanFic de Crepúsculo, 50 Tons de Cinza teve seus direitos comprados por uma editora americana e se tornou um sucesso editorial. Mas antes tiveram que mudar o nome dos personagens: Edward Cullen agora é Christian Grey, Isabella “Bella” Swan se torna Anastásia “Ana” Steele, Jacob é José… E assim sucessivamente.
Confesso que me interessei por esse livro apenas por essa familiaridade com a série da Stephenie Meyer, queria saber como seria essa tal “versão erótica” de Crepúsculo. Além disso o sucesso editorial de “50 tons” também me impressionou: O livro já foi traduzido para as mais diversas línguas, é o livro mais vendido na história da Inglaterra (31 milhões) e no mês de julho representou 75% das vendas de ‘Ficção Adulta’ nos Estados Unidos.
É importante falar de números quando se trata desse livro, pois, com números tão expressivos, também vem a expectativa. Por que é tão vendido? Por que fez tanto sucesso? Comprei na Bienal do livro e comecei minha leitura assim que retornei da viagem.
Passando para o enredo, o livro conta a história de Anastasia e sua atração instantânea e irremediável pelo empresário Christian Grey. Ana deseja aquele homem maravilhoso e ele também parece encantado com ela, porém, Christian quer Ana em seus próprios termos.
Depois de fazê-la assinar um contrato de confidencialidade, para que nada do que ele disser caia na mídia, Christian se revela como um Dom, ou dominador sexual, e oferece a Anastasia outro contrato para que ela seja sua submissa.
Pense em chicotes, algemas e roupas de courotudo que envolva prazer associado à dor. É isso o que Christian propõe a virgem Anastásia, um mundo obscuro e ao mesmo tempo erótico, no qual ela vai se envolvendo cada vez mais, conforme a história vai se desenvolvendo.
Narrado em primeira pessoa, sob o ponto de vista de Ana, o livro tem pouca ou nenhuma ação, se limitando aos pensamentos românticos da mocinha, sua troca de emails com Grey e várias cenas de sexo, das mais diversas maneiras e nas mais diversas, situações.
É bom relembrar que, embora tenha vários elementos de umYABook, se trata de um romance adulto. Isso significa bastantes cenas eróticas, foco principalmente no relacionamento do herói e da heroína da história e palavras de baixo calão/palavrões. Perdi a conta da quantidade de “Puta merda”, “porra” e “foder” que li nesse livro. Deixo isso claro para já desaconselhar à leitura para aqueles que são sensíveis a esse tipo de palavreado e às situações descritas. Não é só o sexo que pode incomodar alguns leitores, mas também a obsessão quase patológica de Christian por ser obedecido e, também, de provocar dor em Anastasia. Obviamente tudo é consensual, mas só leia se tiver estômago para BDSM*.
Analisando o livro friamente, tenho que concordar com os críticos, pelo menos no que se refere a escrita da autora. L. James não escreve bem, utiliza em excesso algumas palavras/expressões e parece perdida em algumas partes do livro. Senti falta de uma linha condutora que fosse além do “misterioso passado de Christian Grey”, mas o livro se resume basicamente a isso.
“Isso não tem nada a ver com a cor cinza. Isso é pornografia”
Claro, a também a profusão de situações sexuais no livro. Fico imaginando o que raios vão fazer na adaptação cinematográficapara que não fique parecendo forçado ou promiscuo. Acho que, mais do que um ator certo ou atriz, o filme precisará de um bom diretor, se quiser ser além de um ‘erotismo barato’ e tentar contextualizar as cenas com a situação emocional de Christian, além de mostrar as implicações de algumas dessas cenas no relacionamento do casal.
Voltando ao livro, apesar de parecer repetitivo em alguns momentos, eu li esse livro em 2 Tudo por que a autora tem esse hábito de terminar cada capítulo com um gancho, de forma que o leitor se sinta compelido a ler o próximo. Não entendo muito de Fics, mas, se eu não me engano, o autor divulga 1 capitulo por vez e o pessoal vai lendo e comentando o que acha. Imagino que seja esse o motivo dos “ganchos” e da profusão de cenas romântico-sexuais (quase uma por capitulo mesmo)por que eu ouvi dizer que a autora não fez nenhuma adaptação antes de publicar o livro, apenas trocou os nomes dos personagens.
O que me faz lembrar da obsessão de alguns de rotularem “50 tons” como um cópia de Crepúsculo. No começo vi mais relação entre as histórias, alguns diálogos de Ana e Christian me lembraram outros de Bella e Edward e as cenas em que Christian salva Ana (primeiro de um atropelamento e depois de um homem ‘saidinho’) também foram uma clara referência à Saga da Stephenie Meyer.
Mas depois a história perde esse ar de fanfic, os personagens passam a tomar rumos completamente diferentes. Se Edward não quer que Bella o toque por que tem medo de se descontrolar e feri-la, Christian não deixa que Ana o toque por causa de seus inúmeros traumas físicos (cicatrizes) e emocionais. Ana, por sua vez, é uma heroína mais corajosa e independente que Bella, não se limitando ao papel de submissa: Ela vai até as sombras de Grey para tentar levá-lo para luz, pois sabe que sem isso jamais poderão ficar juntos.
É por isso que, quando eu comparo as duas histórias, eu imagino que colocaram “Crepúsculo” em frente a um espelho daqueles de circo, que mostram um reflexo distorcido e um pouco bizarro: Esse reflexo é “50 tons de cinza”. Você vê as semelhanças, mas também vê diferenças tão gritantes que se pergunta se, de fato, uma coisa surgiu a partir da outra.
Talvez o que ambas as histórias tenham em comum é serem amadas pelo seu publico e detestada pelo restante das pessoas. Já ouvi falarem tão mal desse livro quanto falam de Crepúsculo, uma coisa a qual todo Best-seller está exposto: Ainda não surgiu (e creio que demora um tempo para surgir)um livro que seja sucesso de público e crítica em nosso século.
Mas, apesar dos (muitos) pesares, eu gostei desse livro. Dou nota 8e confesso que estou contanto os dias para o lançamento de “50 tons mais escuros”, pretendo terminar a trilogia e ver como esse relacionamento termina. Só não recomendaria esse livro para alguém que nunca tenha lido nada do gênero romance Adulto, apesar de ser bem fraquinho para o gênero, pode chocar os mais sensíveis (não digam que não avisei).
Porém também estou um pouco temerosa: Algo me diz que essa saga não irá terminar de uma maneira tão feliz quanto à outra que lhe deu origem. É esperar para ver.
BDSM: “Sigla” para Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão e Sadomasoquismo. Leia mais sobre o assunto nesse artigo do Wikipédia.
:Termino de escrever essa resenha e, como sempre faço, só então fui ler as opiniões de outros blogs. Destaco a resenha do Romances in Pink que, além de sintetizar precisamente o livro, também levantou um assunto que não tinha me ocorrido enquanto escrevia: Por que a autora retrata BDSM como uma coisa ruim? Leia a resenha aqui.
Você leu “50 tons de cinza”? Pretende ler? Comente!
12. Resenha de: VIANA, Laryssa. Resenha crítica: 50 Tons de Cinza. LittleLary Cult. 26 out. 2012. Acessar publicação original [IF].
Estava muito curiosa para ler o livro 50 Tons de Cinza, da escritora L. James. Muito “barulho” estava sendo feito em relação ao livro, algo que me deixou curiosa e intrigada para saber o que de tão interessante o livro tinha em suas 480 páginas. Ainda não estava ciente do conteúdo sexual do livro, mas o que despertou a vontade de lê-lo foi quando li em algum site/revista que James escrevia fanficsbaseadas nos livros de Stephenie Meyer. Não sou fã da obra Crepúsculo e já não preciso mais citar no blog os motivos do meu desgosto em relação à saga dos vampiros brilhantes, mas confesso que fiquei ainda mais curiosas sobre o livro depois de saber que James escrevia aquelas famigeradas estórias feitas por fãs, e que logo de cara conseguiu seu primeiro livro e de quebra emplacá-lo na lista dos mais vendido.
Já com o livro em mãos, e já ciente do conteúdo erótico, resolvi ler o livro com a mente aberta, afinal admiti para mim mesma que coragem a escritora possuía restava saber se também possuía talento. Assim que acabei de ler o primeiro capítulo do livro, parei e pensei comigo mesma: hoje em dia qualquer coisa realmente faz sucesso. Sendo completamente sincera com vocês, leitores do blog, mas fazia tempo se não anos que lia um livro tão mal escrito e vago. Nem mesmo os livros da Saga Crepúsculo expressaram tamanho descontentamento em minha pessoa.
Sinopse: Quando Anastasia Steele entrevista o jovem empresário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Grey admite que também a deseja – mas em seus próprios termos…
Os dois personagens principais do livro são desprovidos de qualquer característica importante. Nas fanficsque a autora escrevia baseadas nas obras de Stephenie Meyer os leitores de suas estórias já conheciam os personagens e suas ideologias, o que mudava era que James criava um lado mais erotizado das obras de Meyer. Mas, sendo 50 Tons de Cinza um livro diferente do universo criado por Meyer, e com novos personagens chega a ser irônico que a autores tenha utilizado tantas páginas para descrever as roupas dos personagens, o espaço onde estes se encontravam e as cenas de sexo sadomasoquistas do que dá um conteúdo mais trabalhado aos dois protagonistas.
Como se a falta de caracterização interna já não fosse o suficiente, James se mostra ser também uma escritora sem criatividade. O livro é recheado de homenagens, fazendo uso do maior dos eufemismos, descaradas da obra de Stephenie Meyer. Anastasia, assim com Bella possui uma estranha dependência pelo seu “cavaleiro das trevas”, é introspectiva, feminista e é irritante. Christian, assim como Edward alerta a Anastasia que ele não era o homem que ela imaginava que ele fosse, que ela deveria ficar longe dele apesar do mesmo não conseguir ficar longe dela, e por aí vai. Quando você pensa que não existem mais “coincidências” a autora apresenta mais semelhanças que vão desde bobagens até características importantes do enredo da obra de Meyer. Senti-me lendo um Crepúsculo erótico, mas com outros nomes e bem mais mal escrito.
Como disse antes, James não possui nenhum talento para a literatura. O livro é bastante repetitivo tanto em expressões pejorativas (“Porra, “Puta Merda”…) quanto no enredo da obra. Gastar dias e horas lendo um livro sobre sexo, através dos olhos de uma virgem que usa expressões como “minha deusa interior dançou um samba” só porque foi tocada ou só por que um homem como Grey, rico e bonito, se mostrou interessado nela beira ao ridículo. Tem momentos no livro em que somos bombardeados com um festival de páginas com troca de emails entre Anastasia e Grey que só me fizeram pensar que James estava com preguiça de colocar sua cabecinha para funcionar e resolveu assim mesmo continuar a preencher as páginas do livro com emails irritantes entre os dois personagens. Preferia muito mais ler os livros de Nicholas Sparks, que são igualmente desnecessários no mundo literal, do que voltar a ler os dois outros livros da autora.
Ainda falando da falta de habilidade que a autora tem de escrever, não tem como se importar com nenhum dos dois protagonistas. Anastasia é simplesmente uma chata, que não possui convicções ou características relevantes, e no mínimo possui problemas mentais piores que Bella. Christian não possui carisma, e parece que a toda hora James tenta criar uma empatia entre o leitor e o personagem, assim como tenta dar a todo custo uma profundidade maior a este. Os outros personagens são cópias baratas dos coadjuvantes da saga dos vampiros luminosos, a única diferença é que fazem sexo, falam palavrão e não são chupadores de sangue (precisei escrever isso…).
Sendo assim não sobra na realidade muita razão para ler o livro a não ser a curiosidade para também ler o tal “livro sobre sexo que todo mundo está comentando”. Uma obra mal escrita, que pega carona no sucesso da obra de outra escritora, com personagens sem carisma e pouca história para as 480 páginas do livro, 50 Tons de Cinzaé um sucesso inexplicável, mas não passa de um livro pornô cansativo e sem conteúdo escrito por uma mulher desprovida de qualquer talento.
13. Resenha de: FERNANDES, Isie. Cinquenta Tons de Cinza. De Dai para Isie. 22 ago. 2012.
Sinopse
Quando a estudante de literatura Anastasia Steele entrevista o jovem bilionário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que o deseja e que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Christian admite que também a deseja – mas em seus próprios termos.
Chocada e ao mesmo tempo seduzida pelas estranhas preferências de Grey, Ana hesita. Por trás da fachada de sucesso – os negócios multinacionais, a vasta fortuna, a amada família – ele é um homem atormentado por demônios do passado e consumido pela necessidade de controle. Ao embarcar num apaixonado e sensual caso de amor, Ana não só descobre mais sobre seus próprios desejos, como também sobre os segredos obscuros que Grey tenta manter escondidos.Resenha
Após sofrer pressão psicológica da parte de Katherine Kavanagh, Kate, sua melhor amiga e colega de apartamento, Anastasia Steele, estudante de vinte e dois anos, decide dirigir de Vancouver, Washington, até Seattle, a fim de entrevistar o bilionário Christian Grey. Mas Ana não sabe nada a respeito do magnata industrial, já que a responsável pela edição de formatura do jornal da faculdade é Kate, e termina se surpreendendo ao descobrir que ele é extremamente jovem e atraente.
Como Ana é muito desengonçada, a entrevista prossegue quase normalmente. No final, muito gentil – ou cheio de interesse -, Grey resolve acompanhá-la até o elevador, o que a deixa ainda mais desconsertada. Contudo, alguns dias depois da entrevista, quando ele aparece de supetão na Clayton’s, loja de material de construção em que ela trabalha, é que Ana fica desnorteada. A partir de então, os dois começam a se encontrar e, como era de imaginar, a se envolver. O problema é que Christian Grey não é um homem comum e que Anastasia Steele é ingênua demais para ter noção de quão perigoso ele pode ser.
Presentes caros, passeios extraordinários, viagens de primeira classe e tantos outros prazeres físicos e materiais são proporcionados pelo poderoso Christian Grey. Desse modo, parece nascer uma excêntrica relação, cheia de intensidade, mas inundada por enigmas.
Vários blogueiros dizem que é muito difícil resenhar os livros que amamos. Esse não é o meu caso com Cinquenta Tons de Cinza. Não, eu não o odiei. Apenas afirmo, com toda certeza, que ele está longe de entrar para a lista dos meus favoritos.
Bom, como romancista, não posso ler um livro de qualquer jeito – ainda mais esse “grande” best-seller. Eu preciso analisá-lo pelo menos sob três aspectos: história, técnica do autor e desenvolvimento geral. Confiram a minha análise através dos destaques positivos e negativos.
– Positivos
História: Eu sempre digo que, se a narração tiver bom ritmo, os diálogos forem bons e os personagens bem desenvolvidos, a história pode até não ser muito boa que eu consigo gostar. Esse é o caso.
Técnica: Para principiante, a autora foi inteligente. Além de criar um personagem forte, Christian Grey, ela fez uma boa pesquisa sobre os temas e cenários discorridos na história, o que a valorizou.
Desenvolvimento geral: O ritmo crescente prende o leitor. A leitura é fluida, acelerada e divertida. Há aspectos que considerei cansativos e desnecessários – os vários clichês -, mas a ideia dos e-mails foi perfeita. Isso e Christian Grey, apesar de sua loucura, sem dúvida, é o que há de melhor no livro.
Negativos
História: 1º) Anastasia começa desengonçada e, de repente, cadê os dois pés esquerdos? 2º) Depois que a relação entre os protagonistas esquenta, por que eles nunca tomam banho? 3º) Se Anastasia é tão ingênua e inocente, por que é que ela só pensa nas cenas impróprias para menores? O.k. ela está descobrindo sua paixão e sua sensualidade, mas tanto?! 4º) Ana põe o maldito vestido de Kate duas vezes seguidas para sair com Grey, não usa creme hidratante, perfumes, maquiagem!… Será que ela é um menino? 5º) Por que do meio para o final do livro, subitamente, Ana e Grey ficam tão limpinhos: banho pra cá, pra lá, de chuveiro, de banheira?…
Técnica: Pra começo de conversa, que eu saiba, a característica básica de um romance (gênero literário) é a obra ter um conflito central e vários pequenos conflitos (subenredos), porém, tudo em Cinquenta Tons de Cinza gira em torno da relação excêntrica entre Anastasia e Grey. Afinal de contas, por que Kate e Elliot se apaixonaram perdidamente, e tão rápido? O que José sentiu ao ser desprezado? Por que Ray e Carla se separaram?… Esse, sem dúvida, é um dos maiores problemas da narração em primeira pessoa. Se o autor não tiver boa técnica, termina centralizando demais a história no narrador-personagem. Só por isso, eu já diria que Cinquenta Tons de Cinza não é um romance adulto, mas um conto erótico.
Desenvolvimento geral: 1º) Apesar de a narração ter um ritmo bom, a narradora consegue atingir vários picos de chatice. Nos primeiros capítulos, Ana Steele enrubesce por tudo, tanto que eu já estava enrubescendo de chateação por ler a mesma palavra trocentas vezes numa única página. 2º) Como se não bastasse a face de Anastasia enrubescer milhares de vezes, sua mente repete a frase “Minha deusa interior” na mesma proporção do patrimônio financeiro de Grey. 3º) Os “olhos cinzentos” de Christian, os “meus Cinquenta Tons”, ele é “muito bonito”, com aquela “calça de tirar o fôlego” e blá-blá-blá… Tudo bem que o autor precisa marcar a personalidade do personagem, mas assim já é demais. 4º) Não entendi pra que tanto palavrão. Desde quando é preciso xingar pra reforçar a ideia de que o conteúdo do livro é adulto? Achei de muito mau gosto, especialmente, porque E L James queria dar a Ana uma imagem de menina pura e inocente. Com aqueles pensamentos lascivos? Com aquela boca suja?
Depois de tudo que eu disse a respeito de Cinquenta Tons de Cinza, minha conclusão é: não o odiei, mas também não o amei. Não me enriqueceu em nada, e nem me deixou curiosa pelo próximo. Christian Grey é um personagem incrível! Por ele e pela parte dos e-mails, valeu a pena. As cenas de intimidade, impróprias para menores, confesso ter lido apenas uma e pulado todas as outras – fui lendo por cima. Por quê? Achei excessivas, cansativas, um tanto irreais e desnecessárias. Bem, esse é o meu ponto de vista. Se você, leitor, tem mais de dezoito anos e ficou instigado a lê-lo, aguarde pelos sorteios de um exemplar e de uma coleção completa que farei aqui no blog.
Recomendo a leitura para maiores de dezoito anos que gostam do gênero.
14. Resenha de: NEGO DITO. Cinquenta Tons de Cinza. Livrada! 12 ago. 2012. Acessar publicação original [IF]
AVISO: Essa é a primeira e a última vez que um livro tão imbecil será comentado neste blog. Favor não insistir. Obrigado.
Eis que estava aqui sem ideias do que escrever hoje e pedi para que meus amigos leitores do Facebook indicarem qualquer porcaria que lhes viesse à cabeça. O pessoal se mostrou bem receptivo à ideia e sugeriu coisas interessantes, mas sempre tem um gaiato que quer ver o circo pegar fogo (sim, estou falando com o senhor, sr. Gabriel Ferreira) e que não tarda a jogar a merda no ventilador. “Cinquenta tons de cinza”, grita ele em meio à balbúrdia de gente sensata, o suficientemente alto para chegar a meus sensíveis ouvidos. Boa ideia, rapaz, vamos abrir mais um hectare de espaço ao latifúndio que esse lixo conseguiu na imprensa, mas vamos fazer o serviço direito, então. Vamos fazer essa concessão inédita para nunca mais, e depois podem pedir à vontade Harry Potter, Stephen King, Dan Brown, Marian Keyes, David Baldacci, Padre Marcelo Rossi, Nora Roberts e Nicholas Sparks que vou fazer ouvidos moucos até fazer bico.
Pois muito bem, vamos aos fatos: Cinquenta Tons de Cinza é chamado de mommy porn (pornô para mamães) por duas razões: 1- é pornográfico. 2- só tiazona curte. E por tiazona me refiro tanto à balzaca que ficou pra titia quanto aquela que já engatou a quarta marcha no motor da menopausa. Bom, o fato de só tiazona curtir, por sua vez, desmembra-se em mais três razões: 1- tiazona curte ler o livro da moda. 2- tiazona sempre está precisada (if you know what i mean). 3- tiazona não sabe usar o redtube. Ainda assim, as razões não justificam o bafafá em cima do livro, então vamos falar um pouco sobre ele para que vocês possam chegar a suas conclusões.
O (cof cof) romance conta a história de Anastasia Steele, uma menina virgem de 21 anos, sem nenhum atrativo físico visível que, como todo barro, tem uma amiga gata. Essa amiga, por sua vez, é estudante de jornalismo e está fazendo uma matéria para a faculdade com o magnata Christian Grey, de 28 anos que, por alguma razão que foge a qualquer lógica, é benemérito da faculdade onde elas estudam. A amiga pega uma gripe e pede então para que Anastasia vá entrevistar o sujeito em seu lugar. E ela vai, é claro, todo barro é pau mandado de alguma gata. Aqui já dá pra vocês adivinharem o resto: a vida dela muda por causa dessa coisinha, no melhor estilo Faroeste Caboclo, Indignação, e qualquer outra obra com paralelos identificáveis. Ela se encanta com o sujeito e ele, de quem a lógica já não é a melhor das amigas, parece se encantar com ela também. E os dois começam num flerte mais coxinha que álbum do Dave Matthews Band. Até que ela descobre tudo: Christian Grey é uma espécie de Eike Batista sadomasô, curte dar umas chicotadas e fazer um bondage pra estreitar as relações. E a menina, que nunca nem viu uma jeba na vida, se vê obrigada a escolher entre a velha vida de lisura em que vivia ou embarcar na vibe de um Adônis bilionário cujo único “defeito” é dar umas porradinhas na mulher (quem nunca, Goleiro Bruno…). A princípio ela fica balançada, mas aí chega um Macbook aqui, um carro novo ali, a inveja da amiga gata acolá e, por alguma razão inexplicável, ela topa. Que coisa, não?
E pronto, o resto do livro é putaria maluca até o final. Quer dizer, maluca mesmo é a do Marquês de Sade. É uma putaria, digamos, heterodoxa. Descrições pudicas de cenas de sexo que mostram que mesmo pra uma narradora de baixaria a mulher não serve. Não consegue nem entrar num consenso pra dar nome pro próprio órgão sexual, pô! “Eu o sentia ali”. Ali, aonde, filha? Ali virando a direita na entrada da Régis Bittencourt? Entra nos mínimos detalhes, mas nomenclatura anatômica é coisa de pervertido agora? Decida-se.
Desnecessário acrescentar, mas vai que tem algum desavisado que passou batido pela minha advertência inicial: o livro é irritantemente mal escrito. Vocabulário paupérrimo, estrutura mais simples do que fazer barquinho de papel, tentativas patéticas de digressão e menções deploráveis a uma “deusa interior”. Sério, cada vez que a mulher falava em “deusa interior” eu tinha vontade de bater a cabeça na parede.
Vou confessar uma coisa: até ler esse livro, eu era daquele time dos otimistas. Dizia que o importante era que o povo tava lendo, gastando dinheiro em livro, se dedicando a uma atividade minimamente intelectual, etc. Mas depois de Cinquenta Tons de Cinza, amarguei geral. Vão tomar vergonha na cara e ler coisa que preste, porque descer o intelecto de um adulto ao nível dessa joça é pedir pra tomar uns cascudos. Desculpa, gente, não costumo me alterar nem dar esses ataques de arrogância, mas essa leitura me tirou do sério. Claro, quem gosta de ler coisa boa e quiser pegar isso aí pra ver qual é, pode ficar à vontade, minha birra não é com vocês. Mas se você passa de Harry Potter pra Stephen King, de Stephen King pra Paulo Coelho, de Paulo Coelho pra, sei lá, Zibia Gasparetto, e ainda dá uma arrematada com Cinquenta Tons de Cinza, fica esperto pro cérebro não atrofiar.
Eu poderia me estender sobre esse livro por páginas e páginas da tão preciosa internet, mas receio comprometer ainda mais o bom senso, porque eu sou sempre da turma do deixa disso e ficar criando polêmica não é mais a minha área. Mas resta explicar uma coisa: como essa porcaria de livro fez sucesso? Afinal, não é nem uma história, é um pornô com aquelas tramas toscas de fundo, no estilo dos saudosos VHS tapados da locadora. Todos esses exemplares vendidos se devem a essa fantasia de meia-idade de ser subjugada por um bonitão ricaço? Christian Grey não fala como se tivesse 28 anos, fala como se fosse um senhor de 59 num corpitcho de mancebo, e a Anastasia fala como se fosse uma menina de dez anos num corpo de 27, então a distância de educação emocional aí aumenta uns três canyons. Junte os pontos, então: a protagonista é um barro infantilizado (barro, pra quem não sabe, é mulher feia, ou fraca. E por fraca quero dizer pobre de espírito), e tem a chance de, pela primeira vez na vida, fazer inveja na amiga gata e ser comida por um cara rico, bonitão, na flor da idade que, ao invés de ficar por aí de bauduco nocauteando as pistoleiras, prefere uma parada mais intimista e monogâmica, embore ainda goste de mandar. É nesse “me pega no colo, me deita na cama e me faz mulher” que reside o sucesso de Cinquenta Tons de Cinza? Vocês me dizem.
Comentário final: 450 páginas de pura baboseira. Já sabe em quem tacar, né?