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Catástrofes, crises e respostas políticas e sociais | Antíteses | 2021
Ao longo dos séculos, as sociedades humanas buscaram entender e explicar as manifestações violentas da natureza que se abatiam sobre elas sob as mais diversas formas (secas, chuvas intensas e tempestades, inundações, sismos, erupções, pragas, epidemias). Durante muito tempo, também, as explicações fornecidas estiveram integradas em cosmologias ou narrativas que correspondiam a tipos de crenças mágicas ou religiosas que, ao mesmo tempo que davam um sentido ao cosmos e procuravam aliviar a ansiedade das sociedades antigas face à sua vulnerabilidade, legitimavam uma determinada ordem política e social.
No Ocidente europeu, foi sobretudo a partir do período renascentista que se assistiu ao emergir de novos discursos acerca da origem dos fenómenos naturais, ainda que a narrativa dominante permanecesse associada a visões religiosas ou mágicas — para não dizer supersticiosas: basta pensar na multiplicação de interpretações negativas, associadas ao Diabo, dos flagelos naturais e no número de processos por feitiçaria (HILDESHEIMER, 1990; MANDROU, 1968) — do mundo e também ao aumento de registos relativos à ocorrência desses mesmos fenómenos. A este respeito, importa saber se o crescimento verificado em relação aos registos correspondeu a uma efectiva maior frequência dos mesmos — pensemos, por exemplo, nos efeitos da Pequena Idade do Gelo, que alguns textos deste dossiê focarão —, a uma maior curiosidade pré-científica ou a um eventual uso político desse tipo de manifestações. Em suma, trata-se de uma questão heurística de crítica das fontes e da sua colocação em contexto, sendo certo que a sua distribuição é bastante assimétrica. Leia Mais
Discursos desde la catástrofe. Prensa, solidaridad y urgencia en Chile, 1906-2010 – ONETTO (RHYG)
ONETTO, Mauricio. Discursos desde la catástrofe. Prensa, solidaridad y urgencia en Chile, 1906-2010. Santiago: Acto Editores, 2018.p. Resenha de: MOYA ROJAS, Pablo. Revista de Historia y Geografía, Santiago, n.40, p.165-169, 2019.
Los terremotos y sus consecuencias en el mundo y en Chile han sido trabajados en diferentes libros y artículos como Earthquakes: science and society (1999) y “Seismicity anomalies of M 5.0 earthquakes in Chile during 1964-2015” (2018). El libro que reseñamos se suma a la bibliografía que aborda esta temática, aportando con fuentes que describen los más significativos terremotos del último siglo; pero además presenta una novedosa propuesta, que contraviene las ideas de autores como Jorge Larraín en su libro Identidad Chilena (2001) y Rolando Mellafe en su artículo “El acontecer infausto en el carácter chileno: una proposición de historia de las mentalidades” (1980), en cuanto a que el fatalismo, en este caso materializado a través de los terremotos y la solidaridad, son rasgos que identifican a todo chileno.
En este libro Onetto cuestiona esta idea que ha sido transmitida en el tiempo, planteando que lejos de existir una identidad chilena, más bien lo que se da es una identificación a causa de la repetición de un acontecimiento, en este caso lo que él denomina como “catástrofes”, ya que la identidad se forma a través de otros componentes, que para el autor del libro que reseñamos serían la materialidad derechos comunes, prácticas sociales igualitarias, o el respeto mutuo entre los conciudadanos. A partir de lo anterior, el fundamento central del libro es que se debe rechazar la idea identitaria creada a partir de las catástrofes, debido a que este discurso está dirigido en parte por los medios de comunicación, buscando una identificación positiva y de exclusividad para aquella historia y pueblo que la protagoniza. Leia Mais