A história ambiental do capitalismo no mundo colonial, séc. XV-XIX | Tempo | 2022

Colonizacao extinguiu metade das cobras e lagartos de arquipelago no Caribe Jose Francisco Dos Santos EyeEmGetty Images
Colonização extinguiu metade das cobras e lagartos de arquipélago no Caribe | Jose Francisco Dos Santos / EyeEm/Getty Images

História ambiental

Um espectro ronda a formação da história ambiental como campo disciplinar: o espectro da crise ecológica planetária. Ao longo de um pós-guerra marcado pela crescente hegemonia do capital financeiro ocidental, a intensificação de processos de extração e industrialização e o aumento exponencial da população mundial, certos movimentos sociais de cunho “ambientalista” se consolidaram com base em grupos da classe média e alta em países industrializados norte-americanos e europeus. Porta-vozes, polemistas e manifestantes ambientalistas no pós-guerra conscientizaram seus públicos sobre questões de biodiversidade e sustentabilidade, pressionando a elite político-administrativa de vários órgãos governamentais a legislar e estabelecer ordens regulatórias voltadas à “proteção ambiental”, como foi o caso nos Estados Unidos. Com exceção dos movimentos mais diversos e radicais de Environmental Justice (cf. Pellow, 2017), inicialmente as manifestações principais do movimento ambientalista norte-americano, tendo em conta obras de referência como as de Rachel Carson e Garrett Hardin, articulavam seus objetivos dentro das estruturas do Estado-nação. Com frequência, medidas rumo à sustentabilidade ecológica foram imaginadas tanto por ambientalistas quanto por governantes como formas de remediar danos perpetrados por coletivos humanos nem sempre claramente definidos, reconhecidos, porém, como ameaças à viabilidade de conglomerações não humanas imaginadas como “natureza”, separadas ontologicamente da esfera humana. Tais ameaças à ordem ecológica eram vistas – e continuam sendo vistas – em múltiplas escalas temporais e cronológicas: o choque de um cataclismo nuclear, o desgaste nocivo da poluição agroindustrial, a extração desinibida de recursos naturais precipitando extinções de espécies diversas, o esgotamento de recursos naturais necessários para o sustento da vida no planeta. Ao movimento ambientalista do pós-guerra, por fim, não faltavam narrativas de declínio ou apocalipse planetário; faltavam historiadores. Não foi por acaso, portanto, que o campo conhecido como história ambiental se cristalizou na historiografia internacional ao longo das últimas décadas do século XX. Leia Mais

Capitalismo, Trabalho e Trabalhadores / História & Perspectivas / 2016

Neste momento de instabilidades e atentados a direitos sociais se faz necessário repensar trajetórias e recompor forças para resistirmos às alterações que temos vivenciado. O dossiê número 55 de História & Perspectivas – Capitalismo, Trabalho e Trabalhadores –, nesse sentido, busca levantar debate sobre o campo político / social e o campo acadêmico no que tange às transformações no mundo dos trabalhadores.

No processo de elaboração do mesmo, fomos surpreendidos com a notícia do falecimento de Ellen Meiksins Wood. A historiadora americana foi importante referência para pesquisas sobre trabalhadores, neoliberalismo, globalização e produção do conhecimento histórico. No interior do dossiê, a Revista presta aqui homenagens a Ellen Wood, publicando um de seus textos, intitulado “Os coveiros do capitalismo”, e o obituário, “Lembrando Ellen Meiksins Wood”, escrito por Vivek Chibber, professor de sociologia da New York University.

Deslocando os focos de análise e trazendo outras temáticas para a reflexão a respeito da militância intelectual, temos a honra de publicar a tradução: “Reflexões sobre Jacoby e tudo mais” de E. P. Thompson. O texto foi proferido entre 1987-1988, quando Thompson participou de atividades no programa de História e Sociedade da Universidade de Minnesota. O texto dialoga, se podemos atribuir este tipo de atividade a Thompson, com o livro “The Last Intellectuals: American Culture in the Age of Academe”, de Russell Jacoby que havia sido recentemente lançado. Entre as temáticas visitadas, destacam-se formas de interligação entre os intelectuais radicais e classes trabalhadoras.

O Dossiê Capitalismo, Trabalho e Trabalhadores se completa com os seguintes artigos. “Fundição: o concurso literário para operários promovido pelo Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio em 1944”, escrito por Adriano Luiz Duarte, o artigo analisa o romance Fundição, premiado no segundo concurso nacional de romance e teatro promovido pelo Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio em 1944, a partir da relação entre história, literatura e sociedade.

Os temas da descoberta de petróleo no Pré-sal e recentes disputas em torno do sistema de partilha de concessão da exploração dos recursos naturais brasileiros são tratados por Carlos Lucena, Lurdes Lucena e Fabiane Santana Previtali, no artigo: “A resistência petroleira e a privatização no Pré-sal no Brasil”.

O artigo de autoria de Sonia Maria Rummert e Aline Amoêdo Corrêa Ribeiro, “Trabalho e lazer regidos pela mesma lógica de conformação. O caso dos comerciários no SESC, entre as décadas de 1940 e 1970”, aborda o Serviço Social do Comércio a partir de documentos que expressam a ótica da burguesia comercial frente a indícios de resistência, representados por um conjunto de críticas e reivindicações, da fração da classe trabalhadora constituída pelos comerciários.

Luciana Raimundo e Ricardo Gaspar Muller, em “A dívida pública e a desresponsabilização do Estado: A percepção de uma experiência ligada às Finanças Solidárias” partem do estudo de caso do Banco Comunitário União Sampaio, da Agência Popular Solano Trindade e da Associação de Mulheres do Campo Limpo e Adjacências, na zona sul da cidade de São Paulo – dentro dos princípios da Economia Solidária – para, entre outros, discutir a percepção da comunidade organizada sobre as ações do Estado no atendimento das demandas locais.

Em “Gestão eficiente, tecnologia moderna e trabalho arcaico: a indústria de conservas de frutas e hortaliças no pampa gaúcho”, Laura Senna Ferreira e Maria Soledad Etcheverry abordam processos de racionalização do trabalho, modernização tecnológica e precarização da força de trabalho no setor de conservas de frutas e hortaliças, especialmente na cidade de Pelotas (RS), no período correspondente entre anos de 1970 até o final dos anos 2000.

No artigo “A educação dos trabalhadores sob a influência do capital internacional: aproximações entre Brasil e Portugal”, Cílson César Fagiani, Robson Luiz de França e Antonio Bosco de Lima traçam discussões sobre o processo de globalização do capital e implicações na educação dos trabalhadores no Brasil e em Portugal, especialmente a partir da década de 1990.

A partir de apontamentos advindos de pesquisas teóricas e estudos realizados sobre trabalho operário, no período 1990-2015, Sérgio Paulo Morais, em “Memórias em disputa: globalização, trabalho industrial e pautas sindicais (1990-2015)”, discute “tradições seletivas”, empreendidas por empresas globais, frente memórias e lutas de sindicatos nacionais.

Além do dossiê, a Revista publica, neste Número 55, os seguintes artigos: “Agronegócio, trabalhadores rurais, sindicalismo: Avicultura no Oeste do Paraná, 1970-2013”, escrito por Vagner José Moreira, discute experiências de trabalhadores rurais na região Oeste do Paraná, no período de 1970 a 2013, perscrutando a inserção desses sujeitos no processo de produção e agroindustrialização de aves, no final do século XX e início do século XXI.

Alexandre Luzzi Las Casas, Rosane Aparecida F. Bacha e Cristiano Marcelo Espínola Carvalho, em “O agronegócio e o marketing rural no estado de Mato Grosso do Sul”, ao discutirem o conceito ampliado de marketing às peculiaridades do agronegócio, e em especial no estado do Mato Grosso dos Sul, apresentam a forte elevação da produção agrícola brasileira nos últimos trinta anos, fazendo um balanço das relações de produção e distribuição de mercadorias advindas daquele setor.

“Da Arena ao picadeiro: uma análise da crise de legitimidade do presidente José Sarney (1985-1990)”, artigo de Ivan Colangelo Salomão, acompanha parte da trajetória política de José Sarney, apresentação motivos que levaram à “hostilidade das ruas e a indiferença do establishment político”.

Carlos Martins Junior e Antonio Firmino de Oliveira Neto discutem ameaça do “caos urbano” derivado do crescimento físico e demográfico das metrópoles, na passagem do século XIX para o XX. De acordo com os autores “as elites dirigentes urbanas aprofundaram um abrangente processo de reformas, cujo sentido ultrapassava em muito a ideia da simples ‘remodelação’ e ‘embelezamento’ das cidades”. Esse enredo é aqui discutido no artigo intitulado: “Representações do “caos urbano” e o sentido das reformas nas metrópoles brasileiras da bélle époque”.

“Narrativas sobre formação e escolarização no curso de história: Universidade Federal de Goiás – Regional Catalão, 1991- 2004” é umartigo assinado por Michele Ferreira da Silva, Wolney Honório Filho e Rita Tatiana Cardoso Erbs, que trata de narrativas de histórias de vida, da formação e escolarização de ex-alunas e professores-formadores do curso de História da UFG (Catalão). A pesquisa, de acordo com os autores, revelou que “o processo de escolarização pode ser formativo, também pode ocupar tanto um papel secundário quanto influenciar negativamente na formação docente”.

Anderson Francisco Ribeiro e Antonio Carlos de Souza contribuem com este número da revista, com o interessante artigo “O lugar da pornografia na sociedade brasileira: as Guerras Púbicas e o direito ao erótico (1964-1985)”. A discussão perpassa o período da Ditadura Militar brasileira e demostra que, frente a repressão e censura a livros e revistas, há um aumento no número de publicações eróticas e pornográficas. Além disso, a discussão aborda e problematiza discursos sobre a sexualidade e a afirmação de identidades masculinas e femininas.

Por fim, esperamos que as análises propostas pelos diversos autores despertem o interesse e incentivem a produção de novos debates.

Sérgio Paulo Morais


MORAIS, Sérgio Paulo. Capitalismo, Trabalho e Trabalhadores. História & Perspectivas, Uberlândia, V.29, N.55, 2016. Acessar publicação original [DR].

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Processo civilizador capitalista e tradução nas cidades do Ceará (1860-1930). Agentes e coisas / Embornal / 2015

A cultura material tem um recorte temporal e espacial. Por isso, no nosso trabalho, entenderemos cultura material ligada ao que denominamos de tradução do processo civilizador capitalista da segunda europeização no Ceará, entre os anos de 1860 e 1930. Trata-se, portanto, quando falamos de segunda europeização, dos encontros culturais entre os agentes europeus e os agentes locais da tradução daquele processo civilizador capitalista no Ceará. Encontros mediados pelas sociabilidades que as coisas propiciam. Três aspectos nos parecem importantes para apreendermos a tradução do processo civilizador capitalista, do ponto de vista da cultura material: as empresas e as coisas mediadoras dos encontros culturais; e os homens que, com suas relações, tanto materiais como afetivas, vão tecendo a paisagem específica do processo civilizador capitalista no Ceará. O que chamamos de tradução da civilização.

A definição de cultura material aqui é compreendida a partir da relação entre seu papel de consumo, função sígnica e a produção social dos indivíduos. Nessa perspectiva, que é também a de Marcelo Rede, “a cultura material é equacionada a um sistema de comunicação por meio do qual as sociedades criam e expressam conteúdos discursivos de modo semelhante ao que ocorre com os códigos verbais” (REDE: 2012, p. 138). Portanto, a cultura material, é a dimensão física da vida humana constantemente sujeita aos sentidos atribuídos nas interações sociais. Não se trata somente da ação do homem transformando as coisas, mas, sobretudo, das representações e das práticas que constituem a ação social e sua impossibilidade sem a existência das coisas. Trata-se, portanto, da ‘relação entre o homem e os objetos (sendo aliás o próprio homem , em seu corpo físico, um objeto material), pois o homem não pode estar ausente quando se trata de cultura” (PESEZ: 2005, p. 242) A cultura material é também temporalidade porque espelham as contextualizações. As coisas produzidas e consumidas no Ceará, no período do processo civilizador capitalista da primeira europeização, hegemonicamente portuguesa (1603-1860), são diferentes da segunda europeização, hegemonicamente inglesa, francesa e alemã (1860-1930). As coisas da primeira europeização são preponderantemente as da pecuária, cuja matéria-prima era a carne e o couro bovino. As coisas da segunda europeização estão ligadas ao algodão, ao ferro e, em seguida, a uma variedade de matéria prima decorrentes da Revolução Industrial. Ou seja, “longe de formar um cenário estático, também as coisas físicas têm uma trajetória, uma vida social com sucessivas mutações” (REDE: 2012, p. 147).

Depreende-se daí que trataremos de um contexto específico, o da “segunda europeização”, que encontra na produção do algodão sua matéria-prima e, em Fortaleza, sua centralização econômica, social, política e cultural, não deixando de fazer, porém, uma incursão no período anterior. A segunda europeização é a da chegada das primeiras empresas inglesas e francesas e, consequentemente, inauguração de um novo ambiente de produção e consumo no Ceará.

A nossa pesquisa sobre cultura material nos levou para duas categorias estratégicas: “processo civilizador capitalista” e “tradução civilizacional”. No que concerne à categoria “processo civilizador capitalista”, ela é, antes de tudo, um processo civilizador (ELIAS, 1993), uma experiência complexa (MORIN: 2012) dos investimentos do capital material e do capital simbólico (BOURDIEU: 2003), cujo investimento sobre a população (FOUCAULT: 1979) se constitui no modelo contextualmente hegemônico de bem-estar e estar bem no mundo. Este modelo, por sua vez, se alimenta e se retroalimenta dos encontros entre agentes das cultur as contextualmente hegemônicas e agentes das culturas em processo de tradução do processo civilizador capitalista. Por isso, tanto podemos pensar em termos de cultura material ou, como propôs Braudel, em termos de “civilização material”, “vida material”: os homens, os alimentos e as bebidas, as técnicas e as cidades (BRAUDEL: 1996).

A materialidade do processo civilizador capitalista, do ponto de vista de seus investimentos, é a organização do capital material e do capital simbólico na dimensão da economia- mundo (WALLERSTEIN: 2001), orientada pela produção de saberes que racionalizam a produção, o consumo material, as individuações e as interdependências necessárias para a internacionalização de sua mundialização (MICHALET: 2003). Assim, na contradição entre o racional e o irracional, os planos e as contingências definem a estética, elabora os códigos ético-espirituais e os direitos de contenção das exacerbações ego-narcísicas da acumulação de capital causadas pelo valor das coisas. Estes aspectos não trabalharemos aqui.

No que diz respeito a categoria “tradução da civilização”, para defini-la começaremos por afirmar que ela não reconhece explicações sobre o atraso do capitalismo brasileiro em relação ao norte-americano, inglês ou francês e, consequentemente, não incorpora as argumentações do atraso cearense comparado com outros estados do Brasil. Na história dos encontros culturais que aqui analisamos, concluímos que os hibridismos, a exemplo de mestiçagem, imitação, apropriação, acomodação ou aculturação, não são suficientes para dar contar dos trânsitos culturais, devido as “deformações” necessárias que o trânsito provoca tanto na tradução das ideias como na tradução dos usos das mercadorias, das coisas “civilizantes”. Vamos preferir utilizar a categoria tradução concordando com Burke que vê nele um termo neutro, “com associações de relativismo cultural. Esta foi de fato uma das razões de seu apelo original para os antropólogos” (BURKE: 2003, p. 58/9).

Por mais que se imite não conseguimos, e não é uma questão de desejo, sermos ou transpormos os modos de utilização das mercadorias exatamente como os franceses, os ingleses ou os norte-americanos o fizeram ou fazem. O processo civilizador é homogeneidade na diferença.

As historicidades das culturas “locais” deformam os “imperialismos”, as “culturas dominantes”. Se o processo civilizador capitalista é homogeneidade na diferença não é por uma questão de democracia, de alteridade, mas devido aos limites causados pelos trânsitos complexos entre as culturas contextualmente hegemônicas e as não-hegemônicas. A tradução é, nesse caso, uma “zona de intersecção cultural” com influências “para cima” (a mundialização do processo civilizador capitalista) e influências “para baixo” (traduções da civilização). Ou seja, a tradução da civilização é o processo civilizador capitalista agregado de suas “natividades” históricas. É a categoria que “tem a vantagem de enfatizar o trabalho que tem que ser feito por indivíduos ou grupos para domesticar o que é estrangeiro” (BURKER: 2003, p58). A tradução, numa certa medida, não seria a biografia das coisas que, no contexto de encontros culturais, mostra que “o que é significativo sobre adoção de objetos estrangeiros – ideias estrangeiras – não é a sua adoção, mas sim a maneira pela qual eles são aculturadamente redefinido e colocados em uso?” (KOPITTOF: 2008, p. 93).

Um dos aspectos importante da tradução cultural é a cultura material, as coisas, as mercadorias e sua propiciação de momentos e sociabilidades diversas. Da praça de compra e de venda ao consumo público, privado, do acordar ao deitar, do amor ao ódio, do repouso ao suplício as mercadorias estão lá. Elas não só fazem parte do que é mais visível, mas do que define o processo civilizador capitalista. Por isso, talvez, é que Igor Koppitof veja na mercantilização o processo de transformação do sistema em sua “totalidade”, pois uma “biografia econômica culturalmente informada de um objeto o encarará como uma entidade culturalmente construída, dotada de significados culturalmente específicos e classificada e reclassificada em categorias culturalmente constituídas” (KOPITTOF: 2008, p. 94).

O presente trabalho, portanto, trata de compreender o processo civilizador capitalista, da segunda europeização, a partir da tradução da materialidade da vida; do seu deslocamento da capital, Fortaleza, para as outras cidades do Ceará (Aracati, Crato, Sobral, Quixadá) e entender como essa materialidade se modificou enquanto transformou paisagens e relações sociais. Os encontros entre estrangeiros e população nativa foram se impondo sobre a persistente primeira europeização, da pecuária, e “atualizando” suas formas de produzir, consumir e “amar” a partir das influências europeias. Essas transformações causadas pelos agentes do “imperialismo informal” (estrangeiros e nativos) modificaram as práticas comerciais e industriais, o conceito de organização da espacialidade urbana, assim como dos materiais de construção (introdução do ferro, por exemplo), o ambiente do interior das casas (novos design dos móveis e dos objetos de higiene pessoal), das vestimentas, de bebidas (vinhos do porto, chapagnes francesas etc), de comidas (fois gras, manteiga inglesa etc). Esperamos que gostem tanto como nós que estudamos e trabalhos nestes temas.

Boa leitura.

Referências

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Antônio de Pádua Santiago de Freitas

Altemar da Costa Muniz

Ana Alice Miranda Menescal

Tito Barros Leal

Organizadores

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