Rio Branco, a América do Sul e a modernização do Brasil | Carlos Henrique Cardin e João Almino

Para comemorar o primeiro centenário da posse do barão do Rio Branco como Ministro das Relações Exteriores, a Funag, o Instituto Rio Branco e o Ipri organizaram um seminário no IRBr nos dias 28 e 29 de agosto de 2002. O encontro analisou a atuação de Rio Branco por meio de cinco enfoques: sua visão do Brasil e do mundo, seus contemporâneos, o trabalho pela modernização do Brasil, a política para as Américas e a política brasileira para o Prata. Os textos apresentados foram reunidos por Carlos Henrique Cardim e João Almino, dando origem ao livro lançado, em 2002, pela EMC Edições, prefaciado por Fernando Henrique Cardoso.

Na abertura dos trabalhos, Celso Lafer realçou a relação entre a tradição de uma diplomacia brasileira ancorada à história e à herança paradigmática do fazer diplomático do Barão como diretriz e orientação para as decisões do país. Leia Mais

Relações internacionais: visões do Brasil e da América Latina | Estevão Chaves de Rezende Martins || A construção da Europa: a última utopia das relações internacionais | Antônio Carlos Lessa || Relações internacionais: economia política e globalização | Carlos Pio || Relações internacionais: teorias e agendas  | Antônio Jorge Ramalho da Rocha || Cooperação/ integração e processo negociador: a construção do Mercosul | Alcides Costa Vaz || Relações internacionais: cultura e poder | Estevão Chaves de Rezende Martins || Relações internacionais da América Latina: velhos e novos paradigmas | Amado Luiz Cervo || Relações internacionais e temas sociais: a década das conferências | José Augusto Lindgren Alves || Relações internacionais: dois séculos de história | José Flávio Sobra Saraiva

Com a publicação de mais quatro volumes, completa-se a coleção “Relações Internacionais”, do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais (Ibri), organizada pelo diretor desse, José Flávio Sombra Saraiva. Com o apoio da Fundação Alexandre de Gusmão (Funag) e o patrocínio da Petrobrás, a coleção vem ao encontro e confirma, ao mesmo tempo, a maturidade que tem alcançado a produção acadêmica brasileira na área de relações internacionais.

O volume organizado por Estevão Chaves de Rezende Martins, Relações internacionais: visões do Brasil e da América Latina, reúne uma série de trabalhos sobre diversos temas importantes, escritos por especialistas brasileiros, argentinos e europeus. O livro é uma bela e mais do que merecida homenagem a Amado Luiz Cervo, editor desta Revista, que tem uma produção acadêmica notável no âmbito da história das relações internacionais, particularmente da política externa brasileira. Leia Mais

América latina no século XIX: tramas, telas e textos | Maria Lígia Coelho Prado

Não existe historiador que se preze que jamais tenha tomado contato com as obras de Bloch, Thompson, Duby, somente para citar alguns, independentemente da área de atuação ou do objeto de estudo de sua especialidade. Isto se dá não apenas por serem autores ditos “clássicos”, mas, sobretudo, por tratar-se de textos cuja leitura permite discutir, transcendendo a problemática proposta, a própria disciplina histórica. O livro da Profa. Maria Lígia Prado, sem ter a pretensão de ser um “clássico”, convida o leitor à analise de diferentes possibilidades de abordagem para a história. Apesar da delimitação sugerida pelo título, não se trata de um livro restrito aos latino-americanistas. Pelo contrário, interessa a todos que buscam refletir sobre a escrita da história, com ênfase sobre a (nova) história política e os imaginários sociais. Utilizando o recurso da análise comparativa, Maria Lígia Prado tece a trama do século XIX latino-americano abrindo mão de uma narrativa cronológica, ao promover uma separação temática dos ensaios, sem, no entanto, abandonar, no enredo subjacente, os marcos temáticos da história latino-americana. Assim, o livro começa com a guerra de independência e termina com a discussão dos projetos de identidade nacional, passando por propostas de independência frustradas, por projetos pós-independência, pela consolidação de instituições, pela literatura e vida cultural e, ainda, pela consolidação do Estado Nacional. Em cada um desses tópicos houve a escolha de um foco privilegiado para a análise. Leia Mais

Relações internacionais: dois séculos de história | Entre a preponderância européia e a emergência americano-soviética | Entre a ordem bipolar e o policentrismo (1947 a nossos dias)| José Flávio Sobra Saraiva || Relações internacionais e temas sociais: a década das conferências | José Augusto Lindgren Alves || Relações internacionais da América Latina: velhos e novos paradigmas | Amado Luiz Cervo || Relações internacionais: cultura e poder | Estevão Chaves de Rezende Martins || Cooperação/ integração e processo negociador: a construção do Mercosul | Alcides Costa Vaz

Foram lançados em 2002 mais dois títulos da coleção “Relações Internacionais”, que se juntam aos quatro levados a público no segundo semestre de 2001. A coleção é publicada pelo Instituto Brasileiro de Relações Internacionais (IBRI) e organizada por José Flávio Sombra Saraiva, diretor-geral do Instituto, com o apoio da Fundação Alexandre de Gusmão (Funag) e o patrocínio da Petrobras. O IBRI cumpre, assim, uma das importantes missões a que se propôs, que é a de difundir os estudos desenvolvidos no Brasil sobre as relações internacionais e sobre a inserção do país no cenário internacional. A coleção, distinta de outras que recentemente incorporaram-se ao mercado editorial do país, volta-se, com efeito, à exposição do atual pensamento brasileiro em relações internacionais.

Os dois volumes de “Relações internacionais: dois séculos de história”, organizados por José Flávio Sombra Saraiva, são, não por acaso, os dois primeiros títulos da coleção “Relações internacionais”. Trata-se de uma versão ampliada e revista de “Relações internacionais: da construção do mundo liberal à globalização (1815 a nossos dias)”, lançado em 1997, rapidamente esgotado. O primeiro volume intitula-se Entre a preponderância européia e a emergência americano-soviética (1815-1947) e o segundo Entre a ordem bipolar e o policentrismo (de 1947 a nossos dias). O leitor encontra nos dois caprichados volumes uma excelente síntese de quase dois séculos da história das relações internacionais, escrita de maneira acessível e instigante por quatro especialistas: além do organizador, José Flávio Sombra Saraiva, Amado Luiz Cervo, Wolfgang Döpcke e Paulo Roberto de Almeida. Os autores utilizaram bibliografia atualizada e da mais alta qualidade, trazida ao final de cada capítulo, o que permite ao leitor prosseguir facilmente no aprofundamento de temas que são de seu maior interesse. Leia Mais

El Cono Sur. Una historia común | Mario Rapoport e Amado Luiz Cervo

Relançado em edição revista e ampliada pela Editora Fondo de Cultura Económica, El Cono Sur.Una historia común (História do Cone Sul. Rio de Janeiro: Revan, 1998) amplia a oportunidade oferecida ao público das relações internacionais de conhecer uma nova história da América Latina, contada de forma conjunta por alguns dos mais renomados pesquisadores brasileiros e argentinos, como Amado Luiz Cervo, Mario Rapoport, Luiz Alberto Moniz Bandeira, Eduardo Azcuy Ameghino, Edmundo A. Heredia e Francisco Doratioto.

No momento em que mudanças políticas e econômicas fundamentais surpreendem os principais países latino-americanos, os trabalhos apresentados pelos autores servem como uma resposta às indagações muitas vezes feitas pelos tomadores de decisão a respeito da importância da renovação e aprofundamento dos laços de integração regional como forma de recuperação dos rumos do desenvolvimento. Leia Mais

O rei no espelho. A monarquia portuguesa e a colonização da América: 1640-1720 | Rodrigo Bentes Monteiro

Publicado em 2002, O rei no espelho, de Rodrigo Bentes Monteiro, parte da análise de movimentos de caráter contestatório, ocorridos em Seiscentos e Setecentos, nas possessões americanas de Portugal, a fim de perscrutar as relações entre os vassalos sediados em diferentes regiões da América portuguesa e o Estado metropolitano, em momentos de crise política no âmbito europeu.

O autor parte da assunção de que, no tocante ao Brasil, há de fato possessões coloniais, não possessão, pois, adotando a formulação de Ilmar Rohloff de Mattos referente à noção de região, concebe social, política e economicamente a colônia americana como conjunto de enclaves de colonização lusa na América e busca, a partir de tal assunção, compreender como as diferentes realidades regionais implicaram formas diferenciadas de relacionamento entre vassalos e Coroa. Leia Mais

Cartografias dos estudos culturais: uma versão latino-americana | Ana Carolina D. Escosteguy

Resenhista

Eugênio Rezende de Carvalho – Professor da Universidade Federal de Goiás.

Referências desta Resenha

ESCOSTEGUY, Ana Carolina D. Cartografias dos estudos culturais: uma versão latino-americana. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. Resenha de: CARVALHO, Eugênio Rezende de. História Revista. Goiânia, v.7, 1-2, p. 169-176, jan./dez.2002. Acesso apenas pelo link original [DR]

Mercosul e Política | Marcos Aurélio Guedes de Oliveira

O cenário internacional dos últimos anos se apresentou para o Mercado Comum do Sul como palco de relevantes crises que chegam a pôr em dúvida a vida futura do bloco. Mesmo as visões de importantes nomes da academia ou da política dos países do Cone Sul tornam-se nebulosas ao olhar para o Mercosul e ao tentar perceber qual caminho tomará o bloco sul americano depois dos últimos acontecimentos.

Acompanhando as crises, é grande o número de informações e publicações que chegam aos leitores que não contemplam satisfatoriamente a essência dos problemas reais enfrentados pelo principal projeto de integração da América do Sul. Leia Mais

As Relações entre o Brasil e o Paraguai (1889-1930): do afastamento pragmático à reaproximação cautelosa | Francisco M. Doratioto || José Martí e Domingo Sarmento: duas idéias de construção da hispano-América | Dinair A. Silva || Segurança Coletiva e Segurança Nacional: a Colômbia entre 1950-1982 | César Miguel Torres Del Rio || Entre Mitos/ Utopia e Razão: os olhares franceses sobre o Brasil (século XVI a XVIII) | Carmen L. P. Almeida || A Parceria Bloqueada: as relações entre França e Brasil/ 1945-2000 | Antônio C. M. Lessa || Políticas Semelhantes em Momentos Diferentes: exame e comparação entre a Política Externa Independente (1961-1964) e o Pragmatismo Responsável (1974-1979) | Luiz F. Ligiéro || Dimensões Culturais nas Relações Sindicais entre o Brasil e a Itália (1968-1995) | Adriano Sandri || Opinião Pública e Política Exterior nos governos Jânio Quadros e João Goulart (1961-1964) | Tânia M. P. G. Manzur || O Parlamento e a Política Externa Brasileira (1961- 1967) | Antônio J. Barbosa || Los Palestinos: historia de una guerra sin fin y de una paz ilusoria en el cercano oriente | Cristina R. Sivolella || Do Pragmatismo Consciente à Parceria Estratégica: as relações Brasil-África do Sul (1918-2000) | Pio Penna Filho || Entre América e Europa: a política externa brasileira na década de 1920 | Eugênio V. Garcia

As relações internacionais, enquanto objeto de estudo, vêm se desenvolvendo de maneira satisfatória nos últimos anos no Brasil. Parte desse avanço é devido ao surgimento de cursos de pós-graduação na área, que colocam o estudo das relações internacionais, de modo geral, e a inserção externa do Brasil, em particular, no centro das preocupações de pesquisa. O primeiro programa de pós-graduação em História das Relações Internacionais na América do Sul foi criado na Universidade de Brasília, em 1976. Em torno desse Programa formou-se uma tradição brasiliense de estudo de relações internacionais. Ao longo de mais de vinte anos de atuação, o Programa produziu cerca de sessenta dissertações de mestrado e, com a implantação do doutorado em 1994, doze teses.

Uma particularidade das teses de doutorado do Programa é a diversidade temática. A ampliação dessa linha de pesquisa permitiu a modernização da História das Relações Internacionais. Assim, junto com os estudos que privilegiam as relações bilaterais do Brasil, inseriram-se novos temas e objetos de investigação. Com efeito, há estudos que aprofundam a análise das parcerias estratégicas, a opinião pública, a imagem, a segurança internacional, o pensamento político, as relações internacionais do Brasil e as relações internacionais contemporâneas. Tais estudos evidenciam a diversificação de olhares sobre a inserção internacional do Brasil. Leia Mais

Sistema Mundial y Mercosur: Globalización, Regionalismo y Políticas Exteriores Comparadas | Raúl Bernal-Meza

Bernal-Meza irrompeu nos meios acadêmicos, em 1994, com o livro América Latina en la economía política mundial (Buenos Aires: GELA) na contracorrente da comunidade epistêmica liderada por Carlos Escudé, que advogava de forma acrítica para a Argentina os parâmetros do neoliberalismo. Nesse novo livro, com pensamento vigoroso, o autor amplia o escopo da análise e aprofunda o tema, utilizando a evolução da teoria nos últimos anos e a expansão da base empírica de observação que a experiência de inserção internacional latino-americana engendrou. Mais do que isso: percorrendo o caminho do geral ao particular, expõe os parâmetros da ordem global, vincula-os aos países da região, para situar no conjunto – mundial e local – o processo de integração do Cone Sul. Nada de tão ambicioso em seu escopo acadêmico observou-se até o momento quanto esse tratado do Mercosul, de 480 páginas, escrito pelo docente-pesquisador, cuja atuação se espraia por várias Universidades e centros de estudo da Argentina.

O livro desenvolve quatro temas distintos, os quais, juntos, dão progressão à construção do pensamento: sistema mundial, América Latina, Mercosul e relações entre Brasil e Argentina. O ponto de partida do texto é fornecido pela análise das conseqüências da globalização, medidas pelo estudo da natureza e da trajetória do sistema mundial. A reflexão contorna, nesse intuito, as divergentes concepções de mundo e de ordem internacional que se apresentam. E interpreta o atual sistema mundial a partir de seus subsistemas, o econômico, o político e o eidético-cultural, trabalhando a identificação das tendências e das mudanças no cenário internacional. Leia Mais

The Paraguayan War (1864-1870) | Leslie Bethell || História do Cone Sul | Amado Luiz Cervo e Mário Raport || A guerra contra o Paraguai | Júlio J. Chiavenato || A espada de Dâmocles: O exército/ a guerra do Paraguai e a crise do Império | Wilma Peres Costa || A Guerra do Paraguai | Francisco Doratioto || Guerra do Paraguai: como construímos o conflito | Alfredo da Mota Menezes

Até onde as relações entre os Estados processam-se em virtude do confronto dos interesses independentes de cada um deles? Em que medida a História de um povo ou de um conflito pode ser pensada como um contexto autônomo frente ao contato com outras nações? As respostas para estas perguntas são múltiplas, mas, divergentes ou não, há algo que as torna semelhantes: a cada forma de contar a História das relações internacionais corresponde um projeto – pessoal ou mais comumente coletivo –, de manter ou de transformar a situação atual da convivência entre os povos. Em outras palavras, o conhecimento produzido sobre o mundo não costuma estar desvinculado de um conjunto específico de interesses.

O tema da Guerra do Paraguai é perfeito para explicitar essas questões. Realmente, diversas pesquisas têm sido realizadas recentemente sobre o assunto e isso não é por acaso, já que aquele conflito representa um divisor de águas na história do Cone Sul. Numa época em que a globalização e o Mercosul dão o tom dos debates políticos e acadêmicos envolvendo o relacionamento dos países sul-americanos, discutir as origens da guerra e o real peso de influências externas ao sub-continente nas mesmas torna-se um exercício fundamental. Leia Mais

Supermadre: la mujer dentro de la política em América Latina | Elsa M. Chaney

CHANEY, Elsa M. Supermadre: la mujer dentro de la política em América Latina. Mexico: Fondo de Cultura Económica, 1983. Resenha de: NADER, Maria Beatriz. Dimensões. Vitória, n.8, p.133-137, 1999. Acesso apenas pelo link original [DR]

Relações internacionais e política externa do Brasil: dos descobrimentos à globalização | Paulo Roberto de Almeida || A política externa do regime militar brasileiro: multilateralização/ desenvolvimento e construção de uma potência média (1964-1985) | Paulo G. Fagundes Vizentini || Mercosul: fundamentos e perspectivas | Paulo Roberto de Almeida

As relações internacionais enquanto objeto de estudo vêm desenvolvendo-se de maneira amplamente satisfatória nos últimos anos no Brasil, com o acúmulo quantitativo e o progresso qualitativo dos trabalhos divulgados nesse campo. Muito desse avanço é devido ao surgimento de cursos de pós-graduação – nem todos stricto sensu – que colocam as relações internacionais de modo geral e a inserção externa do Brasil de modo particular no centro das preocupações de pesquisa e de elaboração de monografias. Outro tanto pode ser visto como o resultado de iniciativas propriamente editoriais, com a tradução de bons livros publicados no exterior e a publicação, isoladamente ou em coleções especializadas, dos trabalhos produzidos por cientistas sociais e historiadores do Brasil.

Os dois primeiros livros aqui resenhados inauguram, precisamente, uma nova coleção editorial, a “relações internacionais e integração” da UFGRS, ao passo que o terceiro é veiculado por uma editora mais tradicional no campo das letras jurídicas. Os dois autores militam, um de modo pleno, o outro em tempo parcial, nas pesquisas e na docência acadêmica, combinando a interpretação sociológica com uma visão histórica das relações internacionais do Brasil. Essa visão histórica é mais centrada no caso da pesquisa de Paulo Vizentini, enfocando a política externa do regime militar no Brasil entre 1964 e 1985, e mais dispersa no caso de Paulo Almeida, indo dos séculos XV-XVI (“diplomacia dos descobrimentos”), passando pela emergência do multilateralismo contemporâneo, a partir do século XIX, até o recente surgimento (1995) da Organização Mundial de Comércio (“diplomacia do desenvolvimento”). Leia Mais

História do Cone Sul | Amado Luiz Cervo e Mario Rapoport

Este livro que acaba de ser trazido a público, História do Cone Sul, vem cumprir importante missão. Trata-se de obra coletiva, realizada por professores e pesquisadores da Universidade de Brasília e da Universidad de Buenos Aires, que pretende expor “uma nova visão do assunto”, à luz dos avanços mais recentes do conhecimento histórico e da própria realidade política regional. Do ponto de vista da criação e propagação de ideologias, a história das relações internacionais na América do Sul padecia de males de origem, que por força da repetição irrefletida de certas visões e conceitos, não acompanhava a evolução intrínseca verificada na sub-região desde o final da década de 1980. Assim, entre os objetivos dos autores estava também “redigir um texto didático para servir ao ensino de História nas universidades e nas escolas”, o que, além de necessário e urgente, preenche incômoda lacuna que insistia em nos acompanhar.

A propósito do título do livro, um dos autores assinala que o nome Cone Sul é “objetável”, pois, além de associar uma forma geométrica a um ponto cardeal, sem aludir a qualquer categoria histórica, política, econômica ou cultural, a denominação corresponde a “concepções estereotipadas do espaço”, em geral relativas a “elucubrações geopolíticas clássicas”. A questão do nome, ainda segundo o próprio livro, permanece “como uma matéria pendente” e, quer me parecer, não invalida nem põe em risco o conteúdo da obra, muito mais importante e relevante do que qualquer debate estéril sobre um conceito que, se não é consensual, ao menos identifica e remete o leitor, pela via do senso comum, ao objeto de estudo a que se refere, conforme uma rápida passagem pelo sumário pode provar. Leia Mais

Argentina y Brasil: enfrentando el Siglo XXI | Felipe A. M. de la Balze || Processos de integração regional e sociedade: o sindicalismo na Argentina/ Brasil/ México e Venezuela Hélio Zylberstain, Iram J. Rodrigues e Maria S. P. de Castro || MERCOSUL: direito da integração | Ana C. P. Pereira || Sistema de Solução de Controvérsia no MERCOSUL: perspectivas para a construção de um modelo institucional permanente | Luizella G. B. branco || A ordem jurídica do MERCOSUL | Deisy F. L. Ventura || MERCOSUL: acordos e protocolos na área jurídica | 

A produção acadêmica e a literatura especializada sobre os processos de integração regional na América Latina e, em especial, sobre o Mercosul e o processo Brasil-Argentina, parecem finalmente estar encontrando, no Brasil, uma “velocidade de cruzeiro”. As obras que são discutidas a seguir tratam todas dos desafios jurídicos, político-institucionais e econômicos da construção da integração regional, demonstrando que, se a sua marcha econômico-comercial adota o estilo andante-veloce, o ritmo jurídico-institucional conhece, por motivos diversos, um certo compasso de espera. Se os teóricos e “juristas” da integração impacientam-se com a “resistência anticomunitária” dos burocratas governamentais, os empresários, agricultores e sindicatos operários manifestam visível preocupação com uma certa “pressa livre-cambista” que vigoraria sobretudo no vizinho do Prata.

É precisamente da Argentina que nos vem o primeiro dos livros compulsados neste artigo-resenha, aliás o único da meia dúzia de obras aqui discutidas, confirmando plenamente a fama de boa qualidade analítica dos estudos publicados na outra margem do Prata. Ele foi organizado por Felipe de la Balze para o CARI, o Conselho Argentino de Relações Internacionais. Leia Mais

Memória, cidade, cultura | Cléia Schiavo Weyrauch

WEYRAUCH, Cléia Schiavo; ZETTEL, Jaime. Organização e introdução. Memória, cidade, cultura. Resenha de: WEYRAUCH, Cléia Schiavo. CLIO – Revista de pesquisa histórica. Recife, v.16, n.1, p.159-165, jan./dez. 1996.

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Manifestaciones religiosas en el mundo colonial americano | Manuel Ramos Medina, Clara García Ayluardo

Resenhista

Margo Glantz Leia Mais

Españoles hacia América. La emigración en massa/ 1880-1930 | Nicol´s Sánchez-Albomoz

La cercanía al cumplimiento de los 500 años de la llegada de los españoles a América ha multiplicado el número de investigaciones y publicaciones en diferentes áreas de la historia común. No podía quedar ausente de estas preocupaciones lo referido a la emigración española de fines del siglo x1x y primeras décadas del xx. Proceso que involucró a tres millones y medio de personas que atravesaron el “charco” para instalarse temporal o definitivamente en tierras americanas.

Quién con mayor propiedad podía asumir la tarea de recoger parte de las investigaciones realizadas que el distinguido profesor Nicolás Sánchez-Albomoz. Figura en la que confluyen acabados conocimientos sobre la evolución demográfica de España y América, avalados por publicaciones ampliamente difundidas, a más de su experiencia personal de vivir en el exilio como hijo del presidente de la República Española en el exilio, Claudio Sánchez-Albomoz (1962-1971). Leia Mais

Historia social de Chile y América | Rolando Mellafe

Reseñar una obra de la naturaleza de la presente entraña un doble compromiso; el primero apreciar a cabalidad la notable concepción historiográfica de su creador, nuestro reciente Premio Nacional de Historia.

El segundo, intentar sintetizar, desde la propia perspectiva del autor, el texto en cuestión, destacando algunos de los múltiples enfoques, sugerencias metodológicas, directrices para la investigación, en las que tan generosamente se prodiga, a través de una incursión vertical y horizontal por las realidades sociales. Estas son entendidas a la manera braudeliana, como todas las formas amplias de la vida colectiva y sus representaciones en los campos de la economía, las arquitecturas sociales, las mentalidades colectivas, etc. Leia Mais

Tamaño de la familia en la historia de Latinoamerica (1562-1950) | Rolando Mellafe

Resenhista

René Salinas M. – Universidad de Chile.

Referências desta Resenha

MELLAFE, Rolando. Tamaño de la familia en la historia de Latinoamerica (1562-1950). Sobretiro de la Revista Histórica. Vol. IV, No. 1. Lima, Perú. Julio 1980. pp. 3-19. Resenha de: M., René Salinas. Cuadernos de Historia. Santiago, n.1, p. 157-159, diciembre, 1981.

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