Espaços urbanos e metropolização no Brasil (1940-1970)/Acervo/2023

O dossiê “Espaços urbanos e metropolização no Brasil (1940-1970)” ora publicado na revista Acervo tem como marca a interdisciplinaridade. Composto por catorze artigos, duas resenhas, uma entrevista e um texto de apresentação de conjuntos documentais do Arquivo Nacional, contou com a colaboração de historiadores, urbanistas, geógrafos e cientistas sociais. A diversidade epistêmica reflete a variação das escalas de análise e as diferentes formas de narrar e compreender o processo de formação do espaço urbano entre as décadas de 1940 e 1970. Um segundo aspecto do dossiê é que ele espelha a diversidade regional das estruturas urbanas constituídas no Brasil; as contribuições recebidas obrigam o leitor a deslocar suas referências analíticas e culturais para cidades e regiões metropolitanas distintas. Periodizações, conceitos e instituições são válidos em um contexto urbano e perdem sentido ou ganham outra dimensão quando inseridos em outro quadro sócio-histórico, ainda que se preservem balizas e questões análogas.

Nestes artigos o leitor vai encontrar subsídios para pensar a metropolização das cidades brasileiras em geral, e com enfoques regionais no Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e Natal (RN). Em comum às análises, tem-se o campo de discussão interdisciplinar dos estudos urbanos, que tem como traço a problematização da noção de cidade, numa perspectiva avessa aos discursos e ao senso comum que fazem da metrópole um símbolo da modernidade e da modernização. As utopias urbanas, propaladas em várias retóricas públicas cotidianas, são colocadas no chão das experiências e das suas contradições sócio-históricas. Assim, ganham evidência: a) as formas como a construção de equipamentos (rodovias, avenidas, conjuntos habitacionais, estádios de futebol e outras infraestruturas) e as normas urbanísticas que redefinem as funções de um território e as experiências sociais constituídas nessa configuração espacial; b) os conflitos de interesses econômicos, sociais, culturais e políticos nos movimentos sociais e os agenciamentos políticos de partidos, associações civis e empresários que demarcam novos usos do território e maneiras de organizar a estrutura administrativa e política das cidades; c) uma história intelectual e social do urbano que procura compreender as categorias de imaginação do espaço a partir da prática dos atores (evidenciando a heterogeneidade de visões e representações da cidade) e de sua inserção em redes de sociabilidade marcadas por diferentes projetos e relações de poder. Leia Mais

Independências: 200 anos de história e historiografia/Acervo/2022

Em 2022 completaram-se 200 anos da(s) Independência(s) do Brasil. Datas marcantes costumam ser oportunidades instigantes para comemoração e reflexão. Afinal, transformam-se em uma oportunidade para revisitar temas e renovar olhares, interpretações e abordagens sobre eles. No caso dessa efeméride, foi o que aconteceu, dentro e fora da academia. Teses e dissertações, exposições, livros, sítios eletrônicos, seminários e simpósios, textos e um sem-número de artigos científicos foram produzidos ao longo deste ano (e ainda deverão continuar a ser publicados nos próximos), trazendo à tona antigas questões, mas fornecendo novos encaminhamentos e novas roupagens. Leia Mais

Independências: 200 anos de história e historiografia/Acervo/2022

Em 2022 completaram-se 200 anos da(s) Independência(s) do Brasil. Datas marcantes costumam ser oportunidades instigantes para comemoração e reflexão. Afinal, transformam-se em uma oportunidade para revisitar temas e renovar olhares, interpretações e abordagens sobre eles. No caso dessa efeméride, foi o que aconteceu, dentro e fora da academia. Teses e dissertações, exposições, livros, sítios eletrônicos, seminários e simpósios, textos e um sem-número de artigos científicos foram produzidos ao longo deste ano (e ainda deverão continuar a ser publicados nos próximos), trazendo à tona antigas questões, mas fornecendo novos encaminhamentos e novas roupagens.

Comemorar o bicentenário da Independência não é somente voltar-se para o passado, mas é também refletir sobre os problemas apresentados pelo presente e sobre as expectativas com o futuro do país. Ao fim de 200 anos de emancipação, cabe perguntarmos que país é esse que foi construído e qual país desejamos daqui para frente. Leia Mais

Organização do conhecimento em arquivos/Acervo/2022

A aproximação entre a arquivologia e a ciência da informação, observada nos últimos anos, deve-se principalmente ao aumento da busca de informação e da construção de conhecimento pelos sujeitos. A partir de teorias e práticas arquivísticas para organizar e tratar documentos, é possível apontar as interações com a ciência da informação, entre elas a identificação de conceitos comuns às duas disciplinas, como indexação, análise de assunto e classificação, embora com suas respectivas especificidades. Leia Mais

Dados e arquivos/Acervo/2021

O advento das novas tecnologias de informação e comunicação, associado a um cenário de movimentos sociais, políticos e econômicos, proporcionou um ambiente de intensas transformações no contexto da produção e circulação de objetos informacionais digitais nas últimas décadas. Considerando dados, informações e documentos como partes desses objetos informacionais digitais, grandes volumes são criados diariamente e podem ser tidos como resultado do uso intensivo da tecnologia em diversas áreas do conhecimento e da sociedade. Nesse contexto, inúmeras reflexões são necessárias e urgentes para entender as implicações, barreiras e potencialidades do uso desses objetos digitais para diferentes fins. Leia Mais

História indígena, agência e diálogos interdisciplinares/Acervo/2021

“História indígena, agência e diálogos interdisciplinares”, primeiro dossiê da revista Acervo a tratar da história dos povos originários no Brasil, nos dá a dimensão da significativa presença e atuação dos povos indígenas em nossa história. Ao agregar artigos que abordam temas, temporalidades e espaços diversos, destacando as agências indígenas dos séculos XVI ao XXI, esta edição evidencia o crescente avanço dos estudos sobre os indígenas na condição de sujeitos, cujas ações e escolhas influenciavam os rumos dos processos históricos. Fundamentados nas mais diversas fontes primárias e secundárias problematizadas à luz de análises interdisciplinares, os 28 artigos aqui publicados tratam de operações historiográficas e etnográficas que, no mais das vezes combinadas, revelam agências e trajetórias de homens e mulheres indígenas que vivenciaram realidades diversas em múltiplos processos de contatos interétnicos. Sem desconsiderar a extrema violência que caracterizou esses processos, historiadores e antropólogos desenvolvem narrativas inovadoras e decoloniais que demonstram as atuações políticas e culturais dos inúmeros e diferenciados povos que não se imobilizaram frente às incalculáveis agressões e ameaças com que depararam ao longo dos séculos. Leia Mais

História da arquivologia no Brasil: instituições, atores e dinâmica social/Acervo/2021

Nas duas últimas décadas, a pesquisa em arquivologia no Brasil alcançou um crescimento significativo, traduzido em teses e dissertações produzidas em programas de pós-graduação de diferentes áreas do conhecimento. O amplo espectro de temas e abordagens, contudo, pouco contempla o que poderíamos nominar “história dos arquivos e da arquivologia”. Leia Mais

Usos e usuários de arquivos/Acervo/2020

O dossiê temático desta edição da revista Acervo aborda um tema ainda pouco explorado na arquivologia brasileira: os usos e usuários de instituições arquivísticas. Para fins de apresentação deste dossiê, usamos a palavra arquivo com “a” minúsculo para nos referirmos às instituições arquivísticas, sejam públicas ou privadas, e também aos serviços de arquivo, embora cientes da polissemia da palavra assim utilizada. Leia Mais

As várias faces dos feminismos: memória, história, acervos/Acervo/2020

Feminismo anarquista, feminismo negro, feminismo cristão, feminismo islâmico, ecofeminismo, feminismo decolonial (ou descolonial), feminismo latino-americano, feminismo imigrante… Em tempos e espaços diversos, empunhando várias bandeiras de luta, enfrentando violentas críticas e embates, perpassados por tensões teóricas e políticas fragmentadoras, os feminismos estão presentes em todos os continentes e cumprem um papel fundamental na sociedade contemporânea. Mas, para melhor compreendê-los em sua historicidade e complexidade, torna-se cada vez mais necessário refletir sobre a importância da preservação de acervos que guardam as memórias do engajamento feminino em lutas políticas fundamentais pelos direitos das mulheres, contra as discriminações e os preconceitos de gênero, contra a escravidão de africanas(os), contra o racismo e as desigualdades sociais e econômicas, pela democracia, entre muitas outras. Leia Mais

Memória e legado das resistências negras/Acervo/2020

O dossiê Memória e legado das resistências negras surge num momento em que devemos reafirmar o que demorou tanto para ser afirmado e reconhecido por boa parte das elites política, intelectual e acadêmica do país: o legado de negros e negras do Brasil não se resume a uma visão congelada e estereotipada da religião, das danças e da culinária afro-brasileira. Leia Mais

Um marco para a fotografia: 180 anos de Daguerre/Acervo/2019

O relato lido por François Arago em 7 de janeiro na Academia de Ciências, e repetido na célebre sessão conjunta das academias de ciências e artes em 19 de agosto de 1839, estabelece em cerca de cinquenta páginas uma genealogia da imagem afinal obtida a partir dos experimentos iniciados por Nicéphore Niépce (1765-1833), a quem Louis Daguerre (1787-1851) se associou em 1829 (Arago, 1839). A partir das imagens óticas alcançadas nas câmaras obscuras, o daguerreótipo representou a possibilidade de fixar e conservar sobre uma superfície as imagens assim captadas. A trajetória descrita visava garantir a primazia das pesquisas realizadas pela dupla sobre as demais tentativas precedentes ou simultâneas. A técnica doada ao mundo pelo governo do rei Louis-Philippe I ficava ainda a dever a captura das cores, como advertiu o cientista. Arago iria mesmo lamentar que o daguerreótipo não existisse em 1798 na campanha do Egito, privando o público de conhecer com exatidão aquele tesouro ainda intocado. Leia Mais

Estado da arte da arquivologia no Brasil 2/Acervo/2019

Em 2018, o Arquivo Nacional completou 180 anos. É o maior arquivo da América Latina, com mais de sessenta quilômetros de documentos de várias tipologias, que perpassam toda a história brasileira. Em suas bases de dados, é possível consultar quase mil fundos, que contêm desde documentos oficiais até acervos privados. Leia Mais

Moda e indumentária: entre imagens e artefatos/Acervo/2018

A elaboração de um dossiê permite uma reflexão importante acerca da área, da atuação profissional, da pesquisa. Da chamada para submissões à publicação dos trabalhos aprovados, há uma série de eventos que vão se sobrepondo à ideia inicial do dossiê e dão vida própria ao formato que os leitores têm em mãos. Nesse sentido, a experiência de editar esse material para publicação numa revista como a Acervo foi muito enriquecedora, apresentando também alguns desafios que nos transformaram pessoal e profissionalmente. Leia Mais

Diversidades e(m) arquivos/Acervo/2018

Nos últimos anos, observamos uma série de políticas e ações em prol da diversidade cultural no Brasil e no restante do mundo. E os arquivos não estão indiferentes a esse contexto. Em 2010, a Declaração Universal sobre os Arquivos e o Conselho Internacional de Arquivos (ICA) reconheceram a importância da “diversidade dos arquivos ao registrarem todas as áreas da atividade humana” e, em 2017, o tema do encontro anual do ICA foi “Arquivos, cidadania e interculturalismo”. Leia Mais

Estado Novo, 80 anos: arquivos e histórias/Acervo/2017

A revista Acervo apresenta ao leitor, neste número, um dos temas mais importantes da história brasileira: o Estado Novo, nome pelo qual a ditadura de Getúlio Vargas ficou conhecida (1937-1945). Implantado pelo golpe de estado, desferido em 10 de novembro de 1937, esse regime político completou, em 2017, oitenta anos. Seu nome oficial, entretanto, era Estado Nacional, como de fato aparece na Constituição outorgada pelo presidente. Oficialmente, Estado Novo era o nome da ditadura portuguesa de Antônio de Oliveira Salazar, instituída quatro anos antes do golpe, e cujo nome acabou sendo adotado livremente no Brasil. Leia Mais

Família/Acervo/2017

O dossiê da revista Acervo ora em tela atualiza a discussão sobre família e apresenta algumas tendências contemporâneas de seu estudo nas ciências humanas, com destaque para os campos da história, da antropologia e dos direitos humanos. Tais reflexões são resultado tanto dos desafios enfrentados pelas famílias e seus atores, no que compete à conquista e manutenção de direitos na atualidade, a exemplo do Estatuto da Família que tramita no Congresso Nacional (PL 6583/2013) e dos altos índices de violência contra a mulher no Brasil, quanto do fruto de uma longa tradição intelectual de reflexão sobre a família brasileira. Nos artigos que se seguem, o leitor terá a oportunidade de compreender as noções e organizações familiares que coexistiram em diferentes tempos e espaços, sua importância nas disputas políticas e sociais, bem como as fontes e metodologias de pesquisa utilizadas para apreender essa miríade de vivências e experiências. Leia Mais

Acervo | Arquivo Nacional | 2012

Acervo

Acervo (Rio de Janeiro, 2012-) é a revista do Arquivo Nacional, publicada desde 1986. Seus números são quadrimestrais, e, desde maio de 2021, foi adotado o formato de publicação contínua. A revista tem por objetivo divulgar estudos e fontes nas áreas de ciências humanas e sociais aplicadas, especialmente história e arquivologia. É composta pelas seções Entrevista, Dossiê Temático, Artigos Livres, Documento e Resenha.

O periódico se dirige a todos aqueles interessados nos temas relacionados a arquivologia, ciência da informação e história.

Periodicidade quadrimestral.

Acesso livre

ISSN 2237-8723 (online)

ISSN 0102-700-X (impresso)

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