Construyendo un reino de este mundo. Ensayo histórico sobre clericalismo y política en Chile | Ana María Stuven, Vasco Castillo
En las últimas décadas los escándalos por abusos sexuales han impactado fuertemente al mundo de la Iglesia Católica no solo en Chile, sino a nivel global. Dentro de las diversas explicaciones que se han movilizado para entender este fenómeno, que van desde las dimensiones patológicas de quienes asumen el sacerdocio, hasta el impacto de prácticas como el celibato en la sexualidad de los curas, una que proporciona uno de los marcos analíticos más sólido es aquella que vincula esta serie de abusos con la representación simbólica del sacerdote como una figura de autoridad y superioridad ante la comunidad; figura, además, perteneciente a una estructura de poder eclesiástica que contribuye a la impunidad de las malas prácticas, debido a su secretismo y ausencia de escrutinio público. Ambas dimensiones suelen ir de la mano y potencian una desviación de la vida religiosa de acuerdo con los estándares bíblicos, que se conceptualiza como “clericalismo”. Este concepto, clave a lo largo del texto que presenta la historiadora Ana María Stuven y el politólogo Vasco Castillo, es presentado -siguiendo la definición proporcionada por el Papa Francisco- como “una manera desviada de concebir la autoridad de la Iglesia”, caracterizada por la autopercepción sacerdotal de que, en virtud de su ordenación, poseen superioridad en el seno de la comunidad. Leia Mais
Eu vou piorar | Fernanda Bastos
Eu vou piorar é o segundo livro da poeta Fernanda Bastos. O primeiro foi Dessa cor (2018), ambos publicados pela Editora Figura de Linguagem. Escritora jovem, nascida em 1985, Bastos inscreve-se na escrita contemporânea de mulheres negras que acionam a criação literária a partir do diálogo interdisciplinar entre a história e a literatura. E que tem como principais temas o racismo, o machismo e questões de classe. Eu vou piorar é um livro de poemas objetivos no uso da linguagem e diretos nas referências histórico-sociais. É uma publicação exigente com a pessoa leitora, pois pressupõe uma abertura para entender a literatura nesse encontro com outras formas do saber e disposta à dinâmica de uma leitura como experiência de vida. A objetividade temática e a assertividade da linguagem direta são resultados de uma criação literária complexa, que se relaciona com um desejo da autora, mulher negra contemporânea, de escapar das opressões. Como disse Glória Anzaldúa, o conjunto de relações significativas que marcam o escrever de uma mulher negra são: experiências pessoais, visão de mundo segundo a realidade vivida, vida interior, “nossa história, nossa economia”.1 E esse conjunto de relações marcam o desejo que é, ainda seguindo Anzaldúa, a ânsia de não repetir a performance da opressão, movimento de criação literária utilizados pela poeta Fernanda Bastos. Leia Mais
Intimações do desumano | Edson Lopes Cardoso
Edson Lopes Cardoso é uma das pessoas-bússolas quando pensamos em ativismo político, intelectualidade e movimento negro brasileiro contemporâneo. E digo isso não como mero protocolo, digo com o sentimento de quem nasceu exatos quarenta anos depois dele e encontrou caminhos em comum alicerçados com ideias e reflexões sobre as armadilhas da violência estrutural sofisticada que é o racismo. Como mulher negra, também nascida na Bahia (em Berimbau – Conceição do Jacuípe), formada em jornalismo (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia), que enveredou por espaços acadêmicos e por Brasília, é inspirador acessar obras literárias e também trajetórias de pessoas negras que contribuíram com estratégias a favor de uma coletividade que teve historicamente os direitos negados. Com sua percepção apurada, Edson Cardoso continua sinalizando às máscaras que ainda seguem ativadas na sociedade brasileira. E com sua experiência de vida e combate, trança pensamentos com as gerações que o antecedeu e com as posteriores, com o compromisso de amplificar a dignidade das vidas negras. Leia Mais
Carnaval e Política: o Ilê Aiyê e a reinvenção da África | Niyi Afolabi
Vinte e dois anos atrás, escrevi para o n. 24 da Afro-Ásia uma resenha sobre o livro de Michel Agier, Anthropologie du Carnaval, uma contribuição substancial sobre o Ilê Aiyê, o bloco afro de Salvador que, ao longo dessas quatro décadas e meia, vem recebendo mais atenção de pesquisadores, jornalistas e cronistas.1 Provavelmente, trata-se do grupo de exaltação à Negritude que mais atrai os acadêmicos, bem como o Afoxé Filhos de Gandhy e as casas de Candomblé mais famosas, como o Gantois, a Casa Branca e o Axé Opô Afonjá. Leia Mais
Continuo preta: a vida de Sueli Carneiro | Bianca Santana
O livro Continuo preta é a mais completa biografia de Sueli Carneiro realizada até o momento no Brasil. Não é a primeira vez que a filósofa brasileira foi biografada. Este é o segundo livro sobre a vida da feminista afro- -latino-americana. O primeiro perfil biográfico foi escrito pela pesquisadora e jornalista Rosane Borges, baseado em entrevistas com Sueli Carneiro e publicado pela Editora Summus, em 2009. Ao contrário, nessa segunda biografia, escrita por Bianca Santana, há evidente investigação documental, além de entrevistas com Sueli, seus familiares, círculos de amigos e de militantes políticos. No livro, passamos a conhecer com mais profundidade as origens da personagem retratada e sua tortuosa trajetória social até tornar-se respeitável intelectual pública no Brasil. Leia Mais
¿Cómo se enseña la última dictadura a los jóvenes? Experiencias de transmisión del pasado reciente en una escuela de la ciudad de La Plata | Viviana Pappier
- Me gusta que aparezcan las continuidades y los nietos que van apareciendo, que se vaya completando la historia.
A. Que se vaya completando y que nos metamos en la historia porque tiene que ver con nosotros.
D. ¿Cómo les parece que se puede representar esta idea de que no está cerrado?
A. Un espiral…
Hubert Harrison: The Struggle for Equality/1918–1927 | Jeffrey B. Perry
Um verdadeiro tour de force. Hubert Harrison: The Struggle for Equality, 1918–1927 (Nova Iorque: Columbia University Press, 2021, 998 páginas), segunda parte da ambiciosa biografia escrita por Jeffrey B. Perry, retrata os últimos anos daquele que foi considerado “o pai do radicalismo do Harlem”, completando a trajetória de um dos mais importantes ativistas políticos afro- -americanos do início do século passado. Leia Mais
La primera mentira. Mitos y relatos distorsionados en la enseñanza de la Historia | Daniel Jiménez Martín
La primera mentira. Mitos y relatos distorsionados en la enseñanza de la Historia, recoge los principales problemas a los que se enfrentan los historiadores a la hora de cubrir el apartado docente de obligado cumplimiento en su carrera profesional. Para ello realiza un amplio recorrido desde la época prehistórica hasta las etapas más recientes de la Historia, efectuando un repaso por todos los mitos construidos y mantenidos desde hace décadas o incluso siglos. Denuncia la falta de experiencia didáctica de buena parte de los docentes, en todas las etapas educativas, especialmente en la Educación Secundaria y la universitaria porque la formación de los profesores radica en la propia investigación histórica en vez de en la forma de transmitir ese conocimiento histórico. Leia Mais
Construir Valparaíso: Tecnología/ municipalidad y estado/ 1820-1920 | Samuel J. Martland
El desarrollo urbano de una ciudad está estrechamente vinculado a las características geográficas del territorio que ocupa, pero también a la manera como se organizan sus gobernantes y a las herramientas tecnológicas de las que disponen sus habitantes. El libro de Samuel J. Martland plantea una aproximación a la historia de Valparaíso durante el siglo XIX a través de un análisis en el cual articula la tecnología urbana, la administración municipal, las empresas privadas y la formación del Estado. En ese sentido, su hipótesis general plantea que “(…) esta ciudad fue un lugar de experimentación y adelantos no solo tecnológicos -el muchas veces citado “progreso”- sino, también, en los reglamentos de seguridad y comodidad, y en la organización administrativa y cívica1. Para su demostración, el historiador norteamericano propone una estructura cronológica basada en cinco capítulos. Ahora bien, antes de entrar en la discusión específica de cada uno, es fundamental abordar algunos elementos generales sobre la propuesta formal, epistemológica y metodológica del autor que se puede observar en la introducción y a lo largo de todo el libro. Leia Mais
Barry Farm Hillsdale in Anacostia: A Historic African Community | Alcione M. Amos
Quando li o livro de Alcione Amos me convenci logo de sua importância para a compreensão da história dos negros norte-americanos. Estava na leitura do seu livro durante o julgamento do policial que matou George Floyd, e na sua finalização o ex-presidente Barack Obama disse mais ou menos isso: “enquanto os afro-americanos forem tratados como diferentes pela força policial e pela sociedade, jamais teremos democracia em nosso país”. Obama atingira o cerne do problema: o afro-americano – e outros grupos minoritários politicamente – apesar de todas as tentativas para a sua integração na sociedade americana, permanecia como o estranho, o diferente. Mudanças significativas ocorreram; porém, efetivas barreiras invisíveis impedem uma participação igualitária dos negros. Mais: expulsando-os do território administrado, ou quando possível, destruindo-os fisicamente. Enfim, quando aparecem figuras inusitadas como Trump, elementos adormecidos ou retraídos ganham força e aparecem sem pudor, configurando o racismo nacionalista.1 Racismo construído por séculos de opressão e violência. Dessa forma, nada disso pode ser esquecido, por atravessar a vida de milhões de afro-descendentes em todo o país. Entretanto, a formulação como o racismo se desencadeou não foi homogênea, sendo diversificada local e regionalmente, além de variada temporalmente. Leia Mais
Diásporas imaginadas: Atlântico Negro e histórias afro-brasileiras | Kim Butler
É mais que oportuna a publicação, no Brasil, do livro Diásporas imaginadas. O texto é resultado de uma profícua colaboração entre a historiadora norte-americana Kim Butler e o historiador brasileiro Petrônio Domingues. Ambos uniram seus esforços para apresentar um estudo que envereda por questões epistemológicas relacionadas aos estudos da diáspora e avançam na investigação de experiências da diáspora africana, mais especificamente da diáspora afro-atlântica, ao longo do século XX. Butler, que há mais de três décadas se dedica aos estudos da diáspora e investiga experiências brasileiras, recebeu Domingues no Department of Africana Studies, na Universidade de Rutgers, Nova Jersey (Estados Unidos), por ocasião de seu pós-doutoramento. Naquela oportunidade, Domingues, docente na Universidade Federal de Sergipe, cuja trajetória é igualmente longa nos estudos acerca da mobilização negra no Brasil, pôde investir na abordagem transnacional, introduzindo novas nuances à sua pesquisa. Leia Mais
De que lado você samba? Raça/ política e ciência na Bahia do pós-abolição | Gabriela dos Reis Sampaio, Wlamyra Ribeiro de Albuquerque
Os historiadores da escravidão no Brasil têm feito milagres com os documentos dos períodos colonial e imperial para escrever uma valiosa história dos escravizados. Está menos estabelecida, contudo, a questão sobre o que aconteceu com esses mesmos indivíduos com o advento da abolição e, especialmente, com o advento da República. E a natureza ambígua da Primeira República no Brasil ― imposta por um golpe militar contra uma monarquia que presidira a abolição ― torna a realidade dessa transição política ainda mais ambivalente. De que maneira os ideais republicanos abriram espaço para garantir direitos e autonomia aos negros, e de que maneira os mesmos ideais foram usados para impor a continuidade e o controle? Gabriela dos Reis Sampaio e Wlamyra Ribeiro de Albuquerque examinam ambos os lados desse debate para concluir que os primeiros anos da era republicana trouxeram tanto novos espaços como novos controles para a população negra; mas a análise elegante das autoras imprime uma ênfase decisiva no último aspecto e expõe as atitudes repressivas das elites republicanas para manter suas posições no topo das hierarquias racial e política. Conforme elas escrevem com eloquência, Leia Mais
O massacre dos libertos: sobre república e raça no Brasil | Matheus Gato
À luz da “sociologia histórica do racismo”, a obra de Matheus Gato narra e analisa um trágico confronto envolvendo libertos, policiais e republicanos, em São Luís do Maranhão, dois dias após o golpe militar que derrubou a Monarquia. Aos gritos de morras à República, um grande número de homens negros (alguns sobrestimaram em 3000 deles) cruzou as ruas da cidade desde a manhã daquele dia. Leia Mais
Fantina: cenas da escravidão | Francisco Coelho Duarte Badaró
Não é comum, no campo da História, que obras literárias sejam resenhadas em revistas acadêmicas. A reedição recente de Fantina: cenas da escravidão, romance lançado originalmente em 1881 por Duarte Badaró, merece figurar como uma exceção, tanto pela sua evidente relação com um dos campos mais desenvolvidos da historiografia brasileira quanto pelo significativo aparato crítico que o acompanha. Publicada pela Chão Editora, especializada na edição de fontes primárias de grande interesse, a obra em questão vem acompanhada de um alentado posfácio de autoria de Sidney Chalhoub – cuja produção historiográfica ajudou a iluminar, ao longo das últimas décadas, a experiência da escravidão brasileira, sobretudo no Rio de Janeiro da segunda metade do século XIX. Juntos, o romance e o posfácio compõem uma obra que se apresenta, ao mesmo tempo, como um testemunho atento sobre uma das dimensões mais trágicas da ideologia de domínio que sustentou no Brasil o regime escravocrata – a naturalização da violência senhorial contra as mulheres escravizadas – e como um minucioso exercício metodológico sobre a relação entre a produção literária do período e a história social. Leia Mais
The Sacred Cause: The Abolitionist Movement/Afro-Brazilian Mobilization/and Imperial Politics in Rio de Janeiro | Jeffrey Needell
Datando o início do abolicionismo organizado no Rio de Janeiro a partir de 1880, Jeffrey Needell tratará das estratégias de líderes, ativistas e dos debates dentro do governo imperial. Crítico de uma “interpretação materialista” do abolicionismo brasileiro, Needell enfatiza que “as teses abolicionistas defendidas nos últimos cinquenta anos não conseguiram demonstrar precisamente a articulação [da política abolicionista] entre os afro-brasileiros, o movimento e o governo parlamentarista da monarquia brasileira (1822-1889)” (p. 1). Ele deixa clara sua intenção de demonstrar “a presença e a participação da classe média e das massas afro- -brasileiras no movimento” (p. 65). Dado seu foco sobre o papel decisivo das “massas” afro-brasileiras para acabar com o regime escravista em maio de 1888, um título mais apropriado para a monografia poderia ter sido The Sacred Cause: AfroBrazilian Mobilization, the Abolitionist Movement, and Imperial Politics in Rio de Janeiro. Leia Mais
Nazário e um plano de rebelião escrava na Aldeia dos Anjos: “os brancos eram uns pelos outros/por isso os negros também deviam fazer o mesmo” | Wagner de Azevedo Pedroso
A historiografia que estuda o extremo sul do Brasil já há muito abandonou a ideia de que naquela região a escravidão inexistiu ou teve pouco impacto. Se, por muito tempo, advogou-se que a mão de obra escrava era pouco importante para a economia e para a sociedade na província de São Pedro do Rio Grande do Sul, hoje em dia essa hipótese já caiu por terra, graças à multiplicação de estudos rigorosos produzidos nos programas de pós-graduação em História. Leia Mais
Palmares & Cucaú: o aprendizado da dominação | Silvia Hunold Lara || Guerra contra Palmares: o manuscrito de 1678 | Silvia Hunold Lara, Phablo Roberto Marchis Fachin
Palmares tem sido estudado e descrito desde o início do século XIX na literatura científica brasileira e, ocasionalmente, na portuguesa. É bem conhecido no Brasil graças tanto a trabalhos acadêmicos quanto à representação popular; mas é também muito conhecido fora do Brasil, pois há uma extensa historiografia sobre aquela comunidade quilombola escrita em inglês (e bem menos em outras línguas). Leia Mais
Politics as a Science: A Prolegomenon | Phillipe C. Schmitter, Marc Blecher
Distinct methodological approaches to studying political phenomena are at the core of the growing discussion in Political Science as a discipline, despite this debate dating back decades (GOODIN, 2011). Schmitter and Blecher summarize this topic in “Politics as a Science: A Prolegomenon” in the first of seven chapters of the book. To infer is a huge challenge due to the complexity of politics. How can we measure power? There is no single answer to this question. There are many ways to achieve this goal. The authors argue that one method to solve questions such as this is to analyze the rules’ functions and the practices of human social life. Leia Mais
Blood and Boundaries: The Limits of Religious and Racial Exclusion in Early Modern Latin America | Stuart Schwartz
Stuart Schwartz é certamente um dos mais importantes autores da historiografia atual sobre o mundo ibérico na primeira modernidade. Para simplificar, podemos definir este campo como o dos estudos sobre Portugal e Espanha, além de seus domínios e espaços de interesse entre os séculos XV e o XIX. Schwartz tem pesquisado sobre as dimensões da vida econômica, social, política e cultural, com atenção para a formação econômica, as instituições do poder e da justiça, a luta social, formas de resistência e negociação, assim como aspectos da cultura política, intelectual e religiosa dos povos imersos e submersos nesse espaço dos impérios português e espanhol. Seus livros, artigos e textos compõem uma obra vasta e plural, mas coesa; uma obra comprometida com o estudo crítico da sociedade e de expressões da resistência popular. Leia Mais
Zoológicos humanos: gente em exibição na era do imperialismo | Sandra S. M. Koutsoukos
O livro aqui resenhado apresenta como protagonistas Eko, Iko, Hilda, Kurt, Elly, Stephan, Krao, Schlitzie, Peter, Bunny, Violetta, Mungo, William, Charles, Lavinia, George, Minnie, Sarah, Betty, Byrne, Ella, Lazzaro, Giovanni, Millie, Christine, Violet, Daisy, Chang, Eng, Maria, Rosalina, Liou-Seng, Liou-Tang, Joseph, Fanny, Quacke, “Manuel”, “Marie”, Abal, Nancy, Ota, Bomushubba, Shamba, Kondola, Lumbango, Latuna, Kalamma, Malengu, Lumo, Antonio, Ibag, Singwa, Johnny, entre outros tantos. Eles compõem um enorme grupo de seres humanos que foram desumanizados a partir da prática, consolidada no século XIX, de exibir seres humanos considerados exóticos, selvagens ou monstruosos em museus, teatros, circos, zoológicos, feiras e instituições científicas, tendo-se como base o discurso que se convencionou chamar “racismo científico” no mundo ocidental, um dos esteios fundamentais dos Estados imperialistas europeus. Leia Mais
Imaging Culture: Photography in Mali/West Africa | Candace Keller
Aqueles que se interessam por fotografia africana contemporânea, e mesmo os que gostam de fotografia contemporânea sem outro adjetivo, já devem ter tido contato com as obras de Seydou Keïta (1921- 2001) e Malick Sidibé (1936-2016). Ambos malineses, mestres da fotografia preto-e-branco em estúdio, foram “descobertos” por curadores e colecionadores europeus no início da década de 1990. Ao longo dos anos que se seguiram participaram de exposições, receberam prêmios e seus trabalhos se tornaram ícones no mercado internacional de arte. Leia Mais
África/margens e oceanos: perspectivas de história social | Lucilene Reginaldo, Roquinaldo Ferreira
Resenhar coletâneas é sempre uma tarefa difícil devido à multiplicidade de temáticas e argumentos, e ainda mais quando a obra em questão se insere em um campo fora da especialidade do resenhista. A importância do livro África, margens e oceanos me impôs, porém, o abandono da cautela, justificada pelo fato de que ele não interessa apenas aos africanistas. Publicada como parte da coleção Várias Histórias ― uma das mais tradicionais da historiografia brasileira ― e inserida na renomada tradição da história social da Unicamp, esta obra oferece ao leitor uma saborosa seleção da produção brasileira sobre a história da África entre os séculos XVI e XX, com participação ainda de estudiosos dos EUA e de Portugal. Leia Mais
Slave Trade and Abolition: Gender/Commerce and Economic Transition in Luanda | Vanessa Oliveira
Slave Trade and Abolition, publicado em 2021, é a mais recente obra de Vanessa Oliveira. O livro analisa as estratégias adotadas pelos comerciantes sediados em Luanda face ao processo de transição do tráfico transatlântico de escravos para o comércio “lícito” de produtos tropicais. A obra presta particular atenção às interações sociais entre estrangeiros e a população local nas esferas do comércio, casamento e da exploração da mão de obra africana. Trata-se do estudo social e económico mais aprofundado e abrangente sobre Luanda no período do tráfico de escravos e após a abolição. No livro, a autora procura, com base na micro-história conectada à história global, desvendar as vivências cotidianas experimentadas pelos comerciantes de escravos em Luanda, sem perder de vista as conexões atlânticas dos seus residentes. Semelhante metodologia pode ser observada na obra Crosscultural Exchange in the Atlantic World, de Roquinaldo Ferreira, na qual o autor evidencia os fortes laços culturais e outros que interligavam Brasil e Angola na época do tráfico de escravos.1 Leia Mais
O novo conservadorismo brasileiro: de Reagan a Bolsonaro | Marina Basso Lacerda
Não é difícil entender por que o livro de Marina Basso Lacerda, O novo conservadorismo brasileiro, fruto de sua tese de doutorado no IESP/UERJ, foi finalista no Prêmio Jabuti 2020 na categoria de Ciências Sociais. O livro é bom. Bem distribuído, conciso e sóbrio. Mas, assim como qualquer obra, há alguns defeitos que abrem flancos para críticas. O mais complexo deles pautado no próprio conceito que permeia todo o livro: neoconservadorismo. É inegável que há uma nova configuração na política brasileira, cujo marco inicial pode ser pensado nas Jornadas de Julho de 2013. Não que o Bolsonarismo seja consequência direta das Jornadas, mas aquele momento pode ser pensado como a gênesis de um processo de ruptura e turbulências que foram gradualmente se intensificando a cada ano. Mas até que ponto essa direita, que sem dúvida ascendeu, pode ser entendida como uma nova direita? E, mais problemático, é possível utilizar apenas um conceito para englobar uma configuração tão heterogênea de grupos que vão de conservadores laicos a fundamentalistas religiosos? Leia Mais
The Yorùbá: A New History | Akinwum Ogundiran
O autor deste erudito e estimulante livro sobre os iorubás declarou, durante uma recente discussão promovida pela ASWAD – Association for the Study of the Worldwide African Diaspora (Associação para o Estudo da Diáspora Africana Mundial), que seu projeto nasceu de sua crescente percepção de que os dados históricos, arqueológicos, antropológicos e culturais relativos ao tema não se alinhavam com as representações do passado desse povo em grande parte da literatura acadêmica.1 Enquanto suas próprias pesquisas apontam para origens antigas e complexos processos de mudança através de longo horizonte temporal, um corpo crescente de literatura histórica, na sua opinião, “achata […] a história iorubá” e “trata a cultura [iorubá] como fossilizada num passado atemporal” (p. 3). De fato, tem havido uma tendência nos últimos setenta e cinco anos de representar o século XIX, o período do encontro missionário cristão e colonial europeu, como o “lócus e centro gravitacional da mudança cultural [iorubá]” (p.3). O desejo de Ogundiran de corrigir esse legado colonial e descolonizar a historiografia africana inspirou-o a escrever um grande e importante livro, pelo qual os leitores podem ficar agradecidos. Leia Mais
Coleção Atualidades Pedagógicas: do projeto político ao projeto editorial (1931-1981) | Maria Rita de Almeida Toledo
Do muito ou pouco que lemos sobre determinado assunto, sempre somos influenciados por uma biblioteca real ou imaginária que nos precedeu, o que vale para os livros que nunca lemos e que também fazem parte de nossa estante intelectual. Jorge Luis Borges (1899-1986) talvez seja o escritor que mais se debruçou sobre o tema das influências, das tradições e das traduções de leituras transformadas em metáforas da “babel literária” (PINTO, 1998). Tal assunto não é novidade para quem estuda a história das edições, dos livros, da leitura e dos leitores ou para quem lê com frequência a literatura de ficção, mas é absolutamente novo em determinadas prescrições de sala de aula para a formação de professores e de suas práticas, que ecoam leituras efetivamente realizadas ou meramente “copiadas” pela memória e pela imaginação. Leia Mais
Escola nova em circuito internacional: cem anos da New Education Fellowship | Rafaela Silva Rabelo, Diana Gonçalves Vidal
O livro “Escola Nova em circuito internacional: cem anos da New Education Fellowship” foi uma das iniciativas de publicização dos resultados investigativos do projeto temático “Saberes e práticas em fronteiras: por uma história transnacional da educação (1810-…)1”. Nessa publicação congregaram-se textos não somente da sua coordenadora, a professora Dra. Diana Gonçalves Vidal, como também dos seus integrantes em suas mais variadas etapas formativas, da iniciação científica ao pósdoutorado. Trata-se, portanto, de um livro cuja organização e composição ilustrou movimentos de pesquisa diversos em relação à mesma problemática. Ademais, ele se insere em uma perspectiva transnacional2 para o entendimento da história que vem ganhando, paulatinamente, tônus conceitual, metodológico e espaço em pesquisas, ainda que não se trate de uma perspectiva recente (STRUCK; FERRIS; REVEL, 2011). Leia Mais
Alfaletrar: toda criança pode aprender a ler e a escrever | Magda Soares
A autora do livro “Alfaletrar: toda criança pode aprender a ler e a escrever”, Magda Becker Soares, é professora emérita da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Fundou o Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (CEALE), que tanto tem contribuído com a alfabetização e leitura no Brasil. O livro é fruto de um grande projeto desenvolvido no município de Lagoa Santa/MG e, disso, pode-se dizer tratar-se de uma imersão nas realidades de escolas públicas, embora especificamente no município mineiro, mas que, com certeza, se expandirá por muitos outros do Brasil, a partir da leitura dessa obra que dele foi gerada, e que carrega/traz como mote principal a certeza de que “toda criança pode aprender a ler e a escrever”! Leia Mais
Literatura/História e Memória em Gabriel García Márquez | Michelle Márcia Cobra Torre
O Caribe Colombiano é um território mágico e singular, com múltiplas influências culturais e uma vasta produção artística. Na literatura, citando apenas alguns nomes, autores como Álvaro Cepeda Samudio, Roberto Burgos, Clinton Ramirez, Teobaldo Noriega expressam essa riqueza e diversidade. Nascido em Aracataca, pequeno povoado do Departamento de Magdalena, um ambiente rodeado por trens, telégrafos e fazendas bananeiras – sob a exploração da legendária United Fruit Company –, Gabriel García Márquez se tornou um escritor universal e consagrado, laureado com o prêmio Nobel de Literatura em 1982. Leia Mais
Cultural Heritage and the Future | Cornelius Holtorf, Anders Högberg
A obra Cultural Heritage and the Future, editada pelos arqueólogos Cornelius Holtorf e Anders Högberg, conta com a contribuição de 19 autores especializados em diversas áreas das Humanidades relacionadas ao estudo de patrimônio e tem como público-alvo profissionais, acadêmicos e estudantes dos campos de museologia e estudos patrimoniais, arqueologia, antropologia, arquitetura, estudos de conservação, sociologia, história e geografia. Embora esses campos estejam citados na primeira página do livro, o seu conteúdo vai além, podendo ser lido por qualquer pessoa que se interesse pela memória humana e o futuro dela: mesmo não tomando para si essa responsabilidade, o livro também pode ser lido como uma contribuição (muito relevante) aos estudos sobre o Antropoceno. Leia Mais
Georges Canguilhem: Vitalismo y Ciencias Humanas | Francisco Vázquez García
¿Puede un filósofo tener más de una vida? Esta eventualidad, por más que contradiga alguna de nuestras más elementales creencias prácticas cotidianas sobre el funcionamiento del mundo, no es una anomalía, sino una constante del campo filosófico nacional e internacional. Como ha sido ampliamente constatado por los trabajos más reconocidos de la sociología de la filosofía, como los de Louis Pinto o Randall Collins, algunos nombres, lejos de caer en el olvido, son objeto de recuperaciones simbólicas o de esfuerzos prolongados para ser integrados en el (limitado) “espacio de la atención” en filosofía, cobrando así una “nueva vida” y alimentando las disputas que constituyen el curso natural de la existencia del campo intelectual. Todo apunta a que, a juzgar por el número creciente de publicaciones francesas e internacionales que le conciernen, este fenómeno podría estar recientemente teniendo lugar en relación a un nombre probablemente menos reconocido de lo que se merece en el espacio filosófico internacional: el del filósofo francés Georges Canguilhem. Leia Mais
O cravo no Rio de Janeiro do século XX | Marcelo Fagerlande, Mayra Pereira, Maria Ainda Barroso
A música como fato urbano pode não ser uma exclusividade da cidade do Rio de Janeiro, mas não há dúvida de que se consagrou como um tema importante para a história da cidade e para a consideração de sua singularidade. Por outro lado, essa perspectiva enriquece igualmente a história da música como construção histórica. Esse entrelaçamento entre a história da música e a história da cidade tem sido um campo fértil de pesquisa e que ganha uma nova contribuição com o lançamento do livro O cravo no Rio de Janeiro no século XX, escrito por Marcelo Fagerlande, Mayra Pereira e Maria Aída Barroso. Leia Mais
Anarquistas de ultramar: Anarquismo/indigenismo/descolonización | C. Taibo
Hay una serie de estudios, muy específicos, destinados a entender y difundir cómo es que los anarquistas extendieron su filosofía por el mundo, en nivel intelectual y en dimensión práctica. Porque si algo caracterizó a los emisarios libertarios decimonónicos fue el no desligar la praxis de la idea. Esto lo entendieron, casi en un consenso general, los investigadores en las primeras décadas del siglo XX. Su producción historiográfica así lo constata. Pasar lista, por todos los autores sería una labor inconmensurable. Pero podemos identificar, al menos para los casos que son más contiguos a los contextos latinoamericanos, los trabajos puntuales de José C. Valadés y John M. Hart en México; Iaacov Oved en Argentina; Luis Heredia M. para el caso chileno; y el de Ricardo Melgar Bao en su compilado del movimiento obrero en Hispanoamérica. Leia Mais
A pediatra | Andréa del Fuego
A obra em análise é um livro de cento e cinquenta e nove páginas e editado pela Companhia das Letras, de São Paulo, com primeira edição em 2021. O livro em foco foi-nos indicado pela professora doutora Ana Crélia Dias. Leia Mais
Historia de la Legión española. La infantería legendaria. De África a Afganistán | Luis Eugenio Togores
En ¡A mí la Legión!, película de 1942, lo primero que ve el espectador después de los créditos de producción es una placa que dice lo siguiente: “Sea esta película un homenaje a todos los que dieron su vida por la Patria al grito de ¡¡Viva la Legión!!”. 1 Este mismo espíritu parece adoptar Luis Eugenio Togores en su Historia de la Legión española. La infantería legendaria. De África a Afganistán, una auténtica apología sobre los hechos de armas, el carácter y las formas de vida de la Legión Española. Curiosamente, el libro no tiene introducción. En ningún momento el autor presenta sus objetivos, el estado de la cuestión o las preguntas que lo motivaron a escribir sobre el tema. Los giros literarios predominan en la profusión de anécdotas que introduce, relatando los hechos con la soltura del corresponsal de guerra, en lugar de intentar un enfoque más analítico. De hecho, el libro no presenta problemas a explicar, sino que parte de una serie de convicciones que quiere plasmar de manera rotunda. Su gran objetivo no declarado es convencer al lector que la Legión ha sido una de las mejores unidades militares de todos los tiempos. Las fuentes que expone son, casi enteramente, provenientes de la propia Legión: cartas de legionarios, documentos del Ejército y memorias de oficiales. Además, utiliza los lemas del Credo Revolucionario como si fuesen una representación pura de la realidad. Raramente cita libros o fuentes alternativas, y cuando lo hace, no es para hacer un contraste o generar preguntas, sino para confirmar sus conclusiones o destruir argumentos contrarios a ellas. El inconveniente que Togores parece no advertir es que su procedimiento perjudica su credibilidad. Ante el elogio constante de las virtudes legionarias, sin contraste o moderación algunos, el lector termina por perder la medida de lo verosímil y puede dudar de todas las afirmaciones del historiador. Leia Mais
Institutions and Ideology in Republican Rome. Speech/Audience and Decision | Henriette Van Der Blom, Christa Gray
En los últimos años, la producción historiográfica relativa a la República romana se expandió notablemente. Una parte considerable del esfuerzo colectivo, realizado por investigadores de diversas latitudes geográficas, se encuentra orientado a comprender la naturaleza del régimen político y las relaciones sociales que caracterizaron su dinámica de funcionamiento. El debate, sobre la mayor o menor incidencia del elemento popular, promovió un original desarrollo conceptual que expandió los límites formales de las categorías teóricas empleadas. Al respecto, pueden citarse los múltiples aportes que realizaron las editoras del presente volumen sobre la cultura y la comunicación política. Henriette Van der Blom publicó Oratory and Political Career in the Late Roman Republic (2016), a su vez, junto con Catherine Steel editaron Community and Communication: Oratory and Politics in Republican Rome (2013), por su parte, Steel es autora de Roman Oratory (2006) y Christa Gray editó, en colaboración con Balbo, Marshal y Steel, Reading Republican Oratory: Reconstructions, Contexts, Receptions (2018). En Institutions and Ideology… analizan los contextos institucionales y los marcos ideológicos dentro de los cuales tuvieron lugar la producción de discursos públicos y la circulación de ideas en la Roma republicana. Las contribuciones compiladas en este volumen, presentadas en un ciclo de conferencias que tuvo lugar en Abril de 2014 en la ciudad de Londres, son el resultado del proyecto The Fragments of Republican Roman Oratory, financiado por el Consejo Europeo de Investigación. Leia Mais
O Rio de Janeiro nas notícias da Gazeta de Lisboa/1751-1800 | Carlos Francisco Moura
Desde a década de 1990, a história do Rio de Janeiro foi renovada pela exploração de fontes de época que noutros tempos se mantinham inexploradas na historiografia carioca e fluminense. Em relação aos estudos do período colonial, não há dúvida de que o Projeto Resgate Barão do Rio Branco, iniciado pela Biblioteca Nacional brasileira no contexto das iniciativas comemorativas do quinto centenário do Descobrimento do Brasil, foi decisivo para tornar acessível as fontes da administração colonial lusitana referentes ao Brasil, por meio da sua microfilmagem, digitalização e difusão por meio eletrônico. Nesse conjunto, interessa destacar especialmente que a difusão dos numerosos documentos manuscritos referentes à capitania do Rio de Janeiro permitiu que a pesquisa histórica renovasse seus temas e aprofundasse a suas análises. Esse quadro geral evidenciou como a história colonial do Rio de Janeiro não pode prescindir do conhecimento dos acervos de origem portuguesa. Leia Mais
La reconfiguración del orden letrado: el Colegio de San Juan de Letrán de la Ciudad de México | Rosalina Ríos Zúñiga
En años recientes, el estudio de los colegios en el México colonial e independiente ha tenido un importante auge entre los académicos y ha dado continuidad a la línea de investigación que comenzó en 1970 dedicada al estudio de la historia de la educación desde una perspectiva social. Dentro de esta corriente, el libro de Rosalina Ríos Zúñiga, La reconfiguración del orden letrado: el Colegio de San Juan de Letrán de la Ciudad de México, plasma la historia de dicho colegio a finales del siglo XVIII y gran parte del XIX en sus múltiples funciones y modalidades de interacción. Escrito desde la historia social, Ríos Zúñiga escogió para su estudio el colegio de San Juan de Letrán por ser uno de los más importantes de la capital, y por lo tanto, como su título lo anuncia, representa un caso útil para analizar, en palabras de la autora, el “proceso de reconfiguración del orden letrado que experimentaron las corporaciones educativas hacia el modelo que terminaría imponiéndose con el positivismo” (p. 27). Leia Mais
De bucal en bucal: relatos de vida de boxeo | Fernanda Lara Manríquez
“Varias de las historias que leeremos a continuación nos muestran el camino que cada peleador ha tenido que recorrer para llegar a donde está ahora, así como también lo que los impulsa para seguir adelante en este deporte que requiere de grandes habilidades físicas, pero también emocionales. Cada historia nos muestra que arriba de un ring no importan las diferencias entre clases sociales, razas, lenguas, color de piel, género, o maneras de pensar, son solo dos individuos que se enfrentan en igualdad de condiciones con el objetivo de vencer a su contrincante, y es aquí donde el papel del entrenador marca la diferencia” (p. 7). Leia Mais
Mujeres criminales. Entre la ley y la justicia | Martha Santillán Esqueda
Martha Santillán, especialista en la criminalidad femenina en el decenio de 1940 en México, nos presenta en Mujeres criminales. Entre la ley y la justicia, los casos de cinco mujeres: Clementina, María Antonieta, Amalia, Teresa y Carmen, quienes, entre las décadas de 1930 y 1940, fueron procesadas ante los tribunales por cometer actos delictivos en la Ciudad de México. Clementina fue acusada de asesinar a su marido tras una riña conyugal, María Antonieta por asesinar a su hermano tras años de violencia sexual; Amalia y Teresa fueron arrestadas por abortar, y Carmen fue imputada por el robo y asesinato del propietario de una cantina. Leia Mais
Marginalidad/delito y punición. Robos y asaltos en Jalisco (1846-1861) | Sebastián Porfirio Herrera Guevara
Más allá de los importantes desarrollos de la historia sociocultural del crimen, la justicia y el castigo en las últimas décadas, huelga decir que los delitos contra la propiedad no han sido los más atendidos por los profesionales de la historia, tal como queda evidenciado en la magra producción existente para las primeras décadas republicanas, aún en el caso de la Ciudad de México. Ciertamente, la historiografía mexicana especializada ha concentrado sus mayores esfuerzos en el periodo comprendido entre 1850 y 1950, con especial énfasis en el Porfiriato. Aunque la obra que comentaremos en esta ocasión no escapa de esta temporalidad privilegiada, resulta un interesante ejercicio desde la perspectiva de la historia regional, fundamental para la comprensión de la agencia delictiva de los sectores populares en general y de los ladrones en particular. Leia Mais
Between the Ottomans and the Entente: The First War in the Syrian and Lebanese Diaspora/1908-1925 | Stacy D. Fahrenthold
A Primeira Guerra Mundial pode ser compreendida utilizando-se distintas perspectivas de análise, que podem privilegiar os conflitos bélicos, as relações diplomáticas entre os países que se envolveram na guerra e o resultado da assinatura de tratados que impactaram na conformação de uma geopolítica. A relevância deste episódio é destacada por diferentes autores. Para o historiador Eric Hobsbawm, ele representou o fim dos Impérios e de uma forma de organização política que perdurou por grande parte do século XIX e início do XX (Hobsbawm, 2009, p. 24)1. Para a filósofa Rosa Luxemburgo, a guerra foi o resultado do desenvolvimento capitalista, que buscava a conquista dos mercados mundiais para assegurar as condições necessárias para a acumulação do capital, sendo “a expressão política do processo de acumulação do capital, em sua luta para conquistar as regiões não capitalistas que não se encontrem ainda dominadas” (Luxemburgo, 1970, p. 392). Leia Mais
La redefinición de lo posible: Militancia política y movilización social en El Salvador (1970 a 2012) | Kristina Pirker
El libro de Kristina Pirker es recomendable para un amplio público. A aquellos que no conocen en profundidad la historia reciente de El Salvador, el texto les aportará una mirada que tiene la virtud de articular los estudios clásicos con investigaciones más recientes. Asimismo, el análisis de escala nacional y perspectiva de largo plazo se encuentra enriquecido por aquellos estudios que abordan procesos más acotados en tiempo y espacio. Finalmente, la claridad en la escritura permite recorrer -con profundidad analítica y, a la vez, fluidez- cuatro décadas claves y muy cambiantes de la historia reciente de El Salvador. Leia Mais
La gestión cultural en la era digital | Gonzalo F. Fernández Suárez, Maria Dolores Fernández Tilve
Nos encontramos ante un volumen, coordinado por los profesores Gonzalo Fernández Suárez y Dolores Fernández Tilve (Universidad de Santiago de Compostela), que recoge múltiples aportaciones (18 capítulos) elaboradas por un total de 26 autores y autoras de diferentes instituciones y países (España, Argentina, Francia, China y Japón). Leia Mais
La constelación tercermundista. Catolicismo y cultura política en la Argentina/1955-1976 | Claudia Touris
Este libro es producto de una extensa investigación de Claudia Touris para su tesis de doctorado. Su objetivo es explicar los orígenes y desarrollo de lo que denomina la “constelación tercermundista” y su vínculo con la cultura política argentina en un período signado por la inestabilidad institucional, a partir de un cruce de fuentes de distinto tipo y de una vasta colección de entrevistas. Leia Mais
Contact Strategies: Histories of Native Autonomy in Brazil | Heather F. Roller
Nas últimas décadas, apareceram numerosos estudos sobre a história das regiões fronteiriças das Américas, muitos deles focados nas estratégias dos europeus para afirmarem sua soberania sobre territórios e atraírem os povos indígenas a se tornarem súditos das monarquias1. No bojo dessa importante produção historiográfica, alguns autores têm atentado para a perspectiva indígena, demonstrando que, em realidade, foram os povos autônomos que iniciaram os contatos, impuseram as pautas nas negociações de paz, inseriram os europeus em redes nativas de diplomacia, comércio e parentesco, e, com isso, conseguiram manter sua autonomia para além do colapso dos impérios coloniais2. Leia Mais
Proyectos interdisciplinares de educación artística y literatura | Lucía Casal de la Fuente, Carmen Franco-Vázquez, Carol Guillanders, Marta Neira Rodríguez
La editorial Graó incorpora a su Colección de Análisis y Estudios una compilación de experiencias didácticas innovadoras que abarcan desde la educación infantil a la universitaria siempre bajo el prisma de su practicidad. El grupo de investigación LITER21 de la Universidad de Santiago de Compostela selecciona un conjunto de proyectos educativos experimentados en contextos reales que tienen como nexo de unión el trabajo por proyectos y la interdisciplinariedad (arte contemporáneo, literatura infantil y juvenil o el cine se mezclan en sus propuestas). Todo bajo la reivindicación de un compromiso ciudadano y con el medio ambiente, el feminismo y la importancia de la creatividad de todo proceso de enseñanza. Leia Mais
Lembrança do presente: ensaios sobre a condição histórica na era da internet | Mateus Henrique de Faria Pereira
Existe atualmente uma ampla literatura dedicada a refletir sobre as conexões entre história e internet. As revoluções que o universo online aporta nas práticas de pesquisa e ensino de história têm sido objeto de densas análises por especialistas em diversas áreas do campo historiográfico. O novo livro de Mateus Henrique de Faria Pereira adentra esse debate com uma contribuição original, que está situada nas fronteiras entre Teoria da História e História do Tempo Presente. Leia Mais
Diario de una temporada en el Quinto Piso | Juan Carlos Torre
La publicación de un libro de Memorias de un hombre público abre siempre una puerta a los laberintos del Estado. El libro de Torre asoma a las dificultades que presupuso la conducción económica al nacer la democracia argentina en la década de 1980. Libro de recuerdos, evocador de sentimientos pero también reflexión sociológica sobre los mismos hechos que narra como miembro del equipo del ministro Juan Vital Sourrouille. El autor advierte que la “democracia formal” implicaba un giro trascendental en la forma de entender el Estado, más lejos de Leviathán y más cerca del consenso. La democratización implicaba reconocer que la ley requería deliberación, confrontación y que la política económica era uno de los temas centrales en debate. Leia Mais
La política exterior de la Revolución Mexicana en el Centenario de la Constitución de 1917 | Alberto Enríquez Perea, Rosa Isabel Gaytán Guzmán, Alfonso Francisco Sánchez Mugica
El libro abarca más de cien años de la historia de las relaciones de México con el mundo, inicia con la revolución mexicana y se centra en el estudio de los principios, las doctrinas, los personajes y la práctica diplomática mexicana del siglo XX y XXI. Alfonso Sánchez Mugica nos introduce a los catorce estudios que conforman esta obra, producto del seminario permanente de la “Cátedra Fernando Solana” a través del Instituto Matías Romero de la Secretaría de Relaciones Exteriores de México y del Centro de Relaciones Internacionales de la Facultad de Ciencias Políticas y Sociales de la UNAM. El libro está coordinado por los académicos Alberto Enríquez Perea, Rosa Isabel Gaytán Guzmán y Alfonso Sánchez Mugica. La celebración del centenario de la Constitución de 1917, y el centenario de los estudios de las relaciones internacionales, avivaron la necesidad de repensar algunos temas de la política exterior en asuntos de reclamaciones, petróleo, retroactividad de las leyes, inversiones extranjeras, trato a extranjeros, reconocimiento de los gobiernos mexicanos, vigencia de los principios de la política exterior y reformas a la Carta Magna en esta materia, así como los retos y perspectivas de las relaciones internacionales del siglo XXI. Leia Mais
Do fake ao Fato: (des)atualizando Bolsonaro | Bruna Klen, Mateus Henrique de Faria Pereira, Valdei Lopes de Araujo
O ano de 2018 é marcado pela eleição que levou Jair Messias Bolsonaro à presidência do Brasil. Contrariando as diversas previsões existentes nos períodos anteriores, o então candidato despontou e conseguiu vencer diversos políticos famosos como Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (REDE) e Fernando Haddad (PT), o candidato que enfrentou no segundo turno. Polêmico, com visões ultraconservadoras, reacionárias de extrema-direita, Bolsonaro foi deputado federal de 1991 até o ano de sua eleição para o executivo. Ficou famoso por suas participações em programas populares como CQC da TV Bandeirantes e por entrevistas, no “Agora é Tarde” – do mesmo canal – e The Noite do SBT, ambos apresentados por Danilo Gentili. Embora sofresse certo descrédito no início, o então candidato acabou sendo eleito. Em uma eleição polêmica, marcada pelo episódio no qual sofreu uma facada, também pela prisão do principal candidato – Luiz Inácio “Lula” da Silva (PT) – e pelo protagonismo dos usos das redes sociais. Após o resultado do segundo turno, pesquisadores, analistas políticos e diversos setores da sociedade começaram a se questionar sobre como um candidato marcado por suas opiniões controversas, preconceituosas, negacionistas – atacando os centros de produção de conhecimento -, com apelo ao discurso contra os Direitos Humanos, de forma geral, contra a Constituição, o regime democrático, e que admitia não entender nada sobre saúde, economia e educação conseguiria ser eleito presidente para o mandato dos anos de 2019 até 2022. Leia Mais
Enseñanza y usos públicos de la historia en México y Chile | Sebastián Plá, Omar Turra-Díaz
El volumen que coordinan Sebastián Plá y Omar Turra-Díaz atrae a las voces de expertos en didáctica de las Ciencias Sociales de ambos países americanos -México y Chile- para mostrar el panorama de la enseñanza de la Historia en las escuelas, así como los usos públicos de la misma en Latinoamérica. Leia Mais
Los trece ranchos. Las províncias/Buenos Aires/ y la formación de la Nación Argentina (1840 – 1880) | Eduardo Míguez
Este libro viene a llenar un vacío en la historiografía argentina sobre un tema clásico que ha tenido un desarrollo importante en los últimos años. A diferencia de la tendencia predominante que privilegia los estudios provinciales, ofrece una síntesis de catorce historias provinciales que adquieren coherencia al integrarse en un relato sobre la formación del Estado argentino. La cronología es prometedora, ya que comienza revisando la poco estudiada década de 1840. La rigurosa reconstrucción histórica se sustenta en la lectura sagaz de un conjunto diverso de libros y autores que pueden incluirse en las historias provinciales. Es también una continuación de sus últimos libros. Pero no es una compilación como Un nuevo orden político; tampoco una biografía como su más reciente Mitre. Es un libro de historia política clásica, que combina narración y análisis sólidamente fundamentados en una gran variedad de datos. Con todo, contiene algunas continuidades más profundas. Leia Mais
History and Morality | Donald Bloxham
Donald Bloxham, historiador e professor da Universidade de Edinburgh, produziu diversas obras referentes aos estudos sobre genocídios, tais como Genocide on Trial: War Crimes Trials and the Formation of Holocaust History and Memory (2001), The Final Solution: A Genocide (2009) e a organização, com Dirk Moses, de The Oxford Handbook of Genocide Studies (2010). Após se consolidar como uma referência em língua inglesa acerca dos crimes de guerra e genocídios históricos, em 2020 Bloxham dedicou-se a reflexões teóricas próprias do fazer historiográfico. Why History? A History (2020) e History and Morality (2020) são dois livros, publicados ao mesmo tempo pela Oxford University Press, que levam em consideração a história de sua própria disciplina e um problema de filosofia da história, o do julgamento histórico. Esta resenha é dedicada ao segundo volume citado. Leia Mais
Brasil à parte: 1964-2019 | Perry Anderson
Tom Ginsburg (2020) registrou, em palestra proferida na Universidade de Chicago, que o ataque às democracias dá-se também pelo Poder Judiciário, não apenas por investidas militares ou avanço comunista. A expressão death by a thousand cuts, na acepção apresentada por Ginsburg, refere-se a uma lenta morte por mil cortes e busca a atualização do debate quanto à qualidade da democracia e das instituições democráticas dentro do cenário mundial. Leia Mais
La forja de una opinión pública. Leer y escribir en Buenos Aires/1800- 1810 | Pablo Martínez Gramuglia
La obra se basa en la investigación doctoral de su autor, premiada en 2020 por la Asociación de Estudios Latinoamericanos (LASA). Con un enfoque que trama la historia intelectual y cultural ofrece sugerentes reflexiones a la historia política del periodo final del régimen español en el Río de la Plata y los inicios de la Revolución. Indaga en los modos en que el impreso impactó en las prácticas de lo escrito y en las configuraciones de diversos públicos lectores, dialogando y en cierto punto debatiendo con los estudios que, en una estela habermasiana, han reconstruido la configuración de una esfera pública en la cual las nuevas modalidades de escribir informaron las propias estrategias personales de los actores, contribuyendo a su creación como “autores” en la última década colonial. Leia Mais
Cuadernos de Heródoto | Víctor Gómez Muñiz
Cuadernos de Heródoto es un conjunto de espacios on line dedicados a la didáctica y difusión de la Historia, la Geografía y la Historia del Arte, disciplinas que constituyen el campo de acción docente del profesorado de Ciencias Sociales en la enseñanza secundaria Está compuesto de una web (cuadernosdeherodoto.com), un canal de Youtube (Cuadernos de Heródoto) y perfiles en Facebook (Cuadernos de Heródoto), Twitter (@CdeHerodoto), Instagram (@cuadernos.de.herodoto) y Tiktok (@cuadernosdeherodoto), aunque esta última cuenta no aparece vinculada desde la web y parece tener carácter más personal. El motivo de reseñarlo de forma conjunta es su carácter complementario para la docencia, al facilitar tanto herramientas y recursos de apoyo a la docencia como con distintas actividades a realizar con y por el alumnado. Leia Mais
Lembrança do presente: ensaios sobre a condição histórica na era da internet | Mateus Henrique de Faria Pereira
Para lidar com a finitude, os homens atribuíram sentido, em diferentes circunstâncias históricas, ao tempo e à ausência dele: inventariaram virtudes capazes de proporcionar uma vida feliz; filosofaram sobre os sentidos da existência; compuseram cosmogonias ou mitos originários; poetizaram sobre as relações entre deuses e mortais; figuraram o além; articularam premissas sobre a transubstanciação da alma; relataram experiências xamânicas; elaboraram regimentos para validar o ritual da apoteose ou da divinização dos reis. Conceber o tempo significa refletir sobre a existência mundana e a morte; forjar elos entre mundo físico e plano metafísico, muitos deles amparados em sacrifícios e libações; constituir vínculos entre memória e esquecimento, entre ser e não-ser. Assim, faraós redivivos, imperadores deificados, almas danadas, indivíduos beatificados são produzidos conforme interesses datados e imaginários, uma vez que os agentes históricos conferem sentido ao sagrado e ao profano, aos ritos fúnebres, aos cultos à memória, gestos ancestrais cujo sentido depende de aparatos técnicos, dinâmicas sociais, saberes e estruturas simbólicas; componentes que participam da historicidade do tempo e organizam sua (in)coerência por intermédio da narrativa. Leia Mais
El sueño de Bolívar y la manipulación bolivariana. Falsificación de la historia e integración regional en américa latina | Carlos Malamud
Ha sido una práctica frecuente en las historiografías de los siglos XIX y XX, del mismo modo que en el discurso político, tanto del pasado como del presente de América Latina, establecer una línea de continuidad histórica entre los proyectos de unidad que se plantearon las naciones hispanoamericanas en los años posteriores al proceso de Independencia y las propuestas de integración latinoamericana de los siglos XX y XXI como instrumentos para la cooperación regional e intergubernamental o para la creación de instancias supranacionales. Es este el tema central del libro de Carlos Malamud. Leia Mais
Cementerios para educar | Ricard Huerta
Son los cementerios desde hace siglos espacios inseparables de cualquier realidad urbana, peculiares extensiones para el recuerdo y la memoria que, sin embargo, no han sido lo suficientemente atractivos para ser abordados por los pedagogos y los profesores de Didáctica, quizás por ser los lugares vinculados a la muerte, destinados a enterrar los cadáveres o a ser depositadas sus cenizas. Por eso es conveniente esta monografía de Ricard Huerta, catedrático de Didáctica de la Expresión Plástica en la Universitat de València, quien ya ha transitado por estos campos, puesto que en su formación de docentes ha implicado a su alumnado en proyectos donde se ha analizado la muerte desde una perspectiva cultural y educativa, y también ha desarrollado investigaciones en las que ha podido comprobar la eficacia educativa de los cementerios como espacio de reflexión estética; todo ello desde una amplitud de miras que incluye el papel que ocupan los camposantos en nuestro imaginario colectivo. Leia Mais
El paisaje del barrio histórico universitario. Puebla/ siglos XVI-XXI (vol. I) | Rosalva Loreto López
El paisaje del barrio histórico universitario. Puebla, siglos XVI-XXI, es un título de connotaciones muy amplias, tanto como lo es su contenido para lograr su objetivo general. Este es: promover la conservación de los inmuebles que forman parte del acervo de patrimonio de la Benemérita Universidad Autónoma de Puebla (BUAP), mismos en los que se materializó el devenir de la sociedad poblana, convirtiéndose así en memoria construida, en una herencia colectiva que resguarda múltiples lazos de identidad. Leia Mais
Descentrando el populismo. Peronismo en Argentina/gaitanismo en Colombia y lo perdurable de sus identidades políticas | Ana Lucía Magrini
El libro que se reseña a continuación representa una significativa contribución a la reflexión del populismo desde una temática y un lugar no común. Su motivación central es pensarlo como categoría analítica operativa y productiva para el estudio de los procesos histórico-políticos particulares. El peronismo argentino y el gaitanismo colombiano aportan el análisis particular. Leia Mais
M: o filho do século | Antonio Scurati
Por dever de ofício, historiadores com frequência riscam algumas palavras de seus dicionários. “Natural”, “espontâneo” e “inevitável” costumam ser algumas delas. Seu apelo autoexplicativo justifica a recusa: há nelas uma tendência em tornar evidente exatamente aquilo que precisa ser entendido, estudado. Agindo assim, terminam justamente por onde o fazer historiográfico deveria começar. Para o ofício, são um perigo. De qualquer forma, vale o risco em contrariar a cautela e dizer que o crescimento da extrema-direita ao redor do mundo torna o interesse por M: o filho do Século quase natural, espontâneo, e que a sua leitura vai, aos poucos, se tornando mais e mais inevitável. Lançada originalmente na Itália em 2018, a obra, que encontrou sua tradução brasileira pela Editora Intrínseca apenas um ano depois, não é propriamente um trabalho historiográfico. Tampouco seu autor é historiador. Escrito por Antonio Scurati, professor de Literatura Contemporânea da Universidade de Comunicação e Línguas (IULM) de Milão, o livro pode ser melhor definido como um “romance histórico”: uma classificação atestada não apenas pela formação e pela vinculação institucional de seu autor, mas também por ter sido laureado com o Prêmio Strega, um dos mais importantes da literatura italiana. Trata-se, portanto, de trabalho não muito frequente entre historiadores, algo que, longe de diminuir seu interesse para o grupo, o reforça. Leia Mais
El concepto de Estado y otros ensayos | Reinhart Koselleck
El concepto de Estado y otros ensayos reúne cuatro trabajos de Reinhart Koselleck, seleccionados por Elías Palti y Claudio Ingerflom, en su traducción al español. Los primeros tres ensayos, que conforman la primera parte del libro, versan sobre los principios teóricos que subyacen a la labor histórica de Koselleck. El último trabajo, que integra la segunda parte del libro, es una traducción de la voz “Estado” del Geschichtliche Grundbegriffe: Historisches Lexikon zur politisch-sozialen Sprache in Deutschland (GG), diccionario de conceptos históricos fundamentales en lengua alemana editado por Otto Brunner, Werner Conze y el propio Koselleck. Leia Mais
Ensino de História e Internet: Aprendizagens conectadas | Marcelo Fronza, Osvaldo Rodrigues Junior
O Livro Ensino de História e Internet: Aprendizagens conectadas, organizado pelos professores Dr. Osvaldo Rodrigues Junior2 e Dr. Marcelo Fronza,3 onde professores da área de ensino de História compartilham suas pesquisas desenvolvidas no contexto da educação básica e superior no Brasil, Colômbia, Portugal e Costa Rica. O livro trabalha e possui a pretensão de discorrer sobre o universo da internet e sua conexão com o ensino de História, conexão não apenas como conceito de ligação mas também como jargão usado por usuários das mídias digitais para tratar do login nas redes; a entrada na internet, com a democratização do uso da internet e das redes sociais e o uso pelos estudantes em idade escolar, infere diretamente dentro das salas de aula e os autores apresentam o uso da internet dentro do ambiente escolar, pensando nos aspectos negativos e positivos da mesma. Leia Mais
La consagración de los partidos: Política y representación en la provincia de Buenos Aires/1870- 1900 | Leonardo D. Hirsch
El debate sobre los partidos políticos constituye una temática clásica tanto para la historiografía como para las ciencias sociales en su conjunto. Perspectivas institucionalistas, sistémicas y constructivistas, intentaron explicar cómo esta organización logró imponerse en el marco de la política contemporánea. No obstante, la idea del partido político como actor ineludible de la representación no siempre existió. Leia Mais
Cuba: el largo siglo XX | Oscar Zanetti Lecuona
Cuba: el largo siglo XX es un libro necesario. Los estudios generales del pasado de la isla son escasos, los clásicos, Guerra (1952), López-Segrera (1972), Thomas (1973), Ibarra (1967), Le Riverend (1978), Pino (1984), terminan su análisis en la fecha que se editaron –o antes–, y en casos priorizan asuntos concretos, especialmente la política. De esa guisa, con perspectiva global y de largo plazo, hay también otros, por ejemplo, enfocados desde la dicotomía orden-revolución, la economía o demografía, los ferrocarriles (Domínguez, 1978; Le Riverend, 1987; Luzón, 1989; Zanetti y García-Álvarez, 1987). A partir de la década de 1990 y, sobre todo, recientemente, se ha publicado relativamente más con tal óptica, aunque insuficientes, compilaciones de la Universidad de La Habana y el Instituto de Historia de Cuba (Historia, 1991; Historia, 1992-1998), que no tratan las últimas décadas, o las obras, más abarcadoras, de Bethel (1998), Naranjo (2009), TorresCuevas y Loyola (2014), Zanetti (2013), que también complementan exámenes extensos de aspectos relevantes, de nuevo la economía o la revolución de 1959 y su deriva hasta la actualidad, la industria azucarera, las relaciones de la isla con Estados Unidos (Martínez-Fernández, 2016; Santamaría, 2011; Santamaría y Azcona, 2020; Zanetti, 2009). Leia Mais
Historia conceptual en el Atlántico ibérico. Lenguajes/ tiempos y revoluciones | Javier Fernández Sebastián
Si algo distingue a Javier Fernández Sebastián en su quehacer historiográfico es su capacidad de situarse cómodamente en un carrefour entre disciplinas, autores y experiencias “cruzar las fronteras de su especialidad y abrirse a otras disciplinas” (p. 209), como el mismo lo manifiesta. Este libro es una muestra cabal de los distintos momentos de esos cruces y encuentros en torno a la definición de un objeto de estudio, la historia conceptual (en particular en su desarrollo iberoamericano), al ras de los acontecimientos y las experiencias. Leia Mais
Un letrado en busca de un Estado. Trayectoria jurídicopolítica de Pedro José Agrelo (1776-1846) | Ariel Eiris
En las últimas décadas el campo historiográfico vivenció un renovado interés por las biografías. Fruto de ello fueron, por ejemplo, la serie de publicaciones efectuadas por reconocidos historiadores e historiadoras sobre figuras de la talla de Mariquita Sánchez, Bernardino Rivadavia, José de San Martín, Juan Manuel de Rosas, etc. En dicha línea se incorpora Un letrado en busca de un Estado. Trayectoria jurídico-política de Pedro José Agrelo (1776-1846) de Ariel Eiris. Leia Mais
México frente al exilio cubano/ 1925-1940 | Laura Beatriz Moreno Rodríguez
México frente al exilio cubano, 1925-1940 es un trabajo de gran originalidad, basado en una acuciosa investigación en la prensa de la época, pero sobre todo en los archivos de inteligencia de México y Cuba. La investigación en los materiales de seguridad nacional brinda la posibilidad de comprender las decisiones políticas más allá de lo que nos ofrecen otras fuentes estatales o la prensa y abren paso, en ocasiones, a explicaciones inéditas o revelan relaciones ocultas al ojo público. Estas fuentes, sin ser una panacea que aseguren nuevas historias por necesidad, sin duda pueden contener ingredientes que conduzcan a interpretaciones distintas o a matizar algunas explicaciones. Además de los acervos de inteligencia, y de una amplia bibliografía, la autora consultó archivos estatales como el Archivo General de la Nación, el Archivo Genaro Estrada de la Secretaría de Relaciones Exteriores, el Archivo del Instituto de Historia de Cuba, el Archivo Nacional de la República de Cuba y el Archivo del Ministerio de Relaciones Exteriores de Cuba. La riqueza de fuentes primarias que nutren este texto es ya, de entrada, una invitación a conocer los resultados de la pesquisa elaborada por Moreno Rodríguez. Hubiese sido deseable que la autora en la sección dedicada a las fuentes señalara los fondos consultados dentro de los referidos archivos. Leia Mais
Las moradas del castigo. Origen y trayectoria de las prisiones en el Chile republicano (1778-1965) | Marco León León
El desarrollo que la historiografía de las prisiones latinoamericanas ha experimentado en las últimas décadas es notable y continúa en expansión. Contribuciones como las de Padilla Arroyo, Aguirre, Salvatore, Speckman Guerra, Caimari, Trujillo Bretón, Cesano, J. Núñez, A. García Basalo, Fessler, Luciano –entre muchos otros– dan sobrada cuenta de ello. En la larga lista de historiadores e historiadoras que han contribuido a ese crecimiento, sin duda debe mencionarse a Marco Antonio León León, profesor titular del departamento de Ciencias Sociales de la Universidad del Bio Bio (Chile) y autor de una serie de contribuciones notables en esa línea historiográfica. Su último libro, Las moradas del castigo. Origen y trayectoria de las prisiones en el Chile republicano (1778-1965), es un esfuerzo de síntesis, actualización y ampliación cronológica de su obra de 2003: Encierro y corrección. La configuración de un sistema de prisiones en Chile (1800-1911), publicación en tres tomos de su tesis doctoral, defendida en 2002 en la Universidad Católica de Chile. Leia Mais
Ejército de Línea y poder central. Guerra/política militar y construcción estatal en la Argentina/1860 – 1880 | Lucas Codesido
La publicación de este libro en 2021 tuvo algo de acontecimiento en el submundo de la literatura militar decimonónica en Argentina. No existe bibliografía abundante sobre el Ejército de Línea en la segunda mitad del siglo XIX, y en particular en el periodo en el que el autor se detiene. Aunque un conjunto de investigadores venimos estudiando dicho referente, los marcos temporales apenas llegan a la década de 1880 y salvo excepciones, no vamos río arriba, hacia las décadas de 1870, 1860 o 1850. Leia Mais
Matar a la madre. Infanticidios/honor y género en la provincia de Buenos Aires 1882- 1921 | Sol Calandria
El infanticidio como figura delictiva compone la lista de crímenes que por inefable y aberrante resulta complejo de abordar para las ciencias sociales y los estudios sobre la justicia. ¿Cómo contar, entonces, las historias de esas mujeres que fueron protagonistas de actos semejantes? y sobre todo ¿Cómo desnudar lo aún más aberrante, que es el contexto que las abandonó a su suerte, a una maternidad no sólo no deseada sino impracticable en la ilegitimidad y la pobreza? Leia Mais
Nerviosos y neuróticos en Buenos Aires (1880-1900). Entre médicos/ boticarios y mercaderes | Mauro Vallejo
Durante el tránsito del siglo XIX al XX, comenzó a funcionar un modelo de negocio transnacional en diversas regiones de América Latina: el de la producción, circulación y consumo de productos milagrosos para el cuidado de la salud. En años recientes, algunos historiadores han abierto líneas de investigación sobre el mercado sanitario de importación y el impacto de la publicidad médica en la promoción del autoconsumo, sobre todo entre las poblaciones habitantes de las grandes urbes. 1 Estas investigaciones sugieren, por un lado, que diversas mercancías, productos y artefactos eléctricos aparecieron de manera vertiginosa en contextos locales en desarrollo; y, por el otro, que la puesta en circulación de los productos promovió códigos higiénicos, hábitos de consumo y actitudes saludables en los espacios domésticos. Cabe resaltar que este proceso se dio en el marco del liberalismo decimonónico, el cual posibilitó la emergencia de una nueva legión de compradores que podían adquirir comestibles, elixires, pastillas, emplastos y bebidas vigorosas ofertadas mediante estrategias de mercado que apelaban a todo tipo de retóricas milagrosas.2 Es factible pensar que un comprador afectado por dolores reumáticos, insomnio, cansancio crónico o cambios de comportamiento pudiera reconocer sus dolencias, físicas y psicológicas, en dichas mercancías, sin el temor de percibirse como un enfermo mental. Por lo regular, los publicistas asociaban sus bienes de consumo con un tipo de padecimiento que, en todo caso, podía “curarse”. Si bien hoy podemos calibrar cómo se fueron construyendo nuevas necesidades para nuevos públicos, aún quedan interrogantes para la historia cultural, como la cuestión de la subjetividad y la producción del sujeto consumista, la vida urbana y la privatización de los servicios de salud. Estos son algunos de los temas que se abordan en el libro Nerviosos y neuróticos en Buenos Aires (1880-1900). Entre médicos, boticarios y mercaderes, escrito por el investigador Mauro Vallejo y publicado en Miño y Dávila editores. Un lector poco especializado en el tema podrá comprender en esta obra que el dispositivo publicitario asechó a propios y extraños, logrando gestionar una experiencia inédita en torno a un sujeto peculiar: el neurótico citadino. Leia Mais
Estudios sobre historia y clima. Argentina/ Colombia/ Chile/ España/ Guatemala/ México y Venezuela (vol.1) | Luis Arrioja, Armando Alberola
Estudios sobre historia y clima es el resultado de un esfuerzo colectivo en un campo de estudio que ha tenido un crecimiento sostenido en las últimas dos décadas en el marco del cambio ambiental global. Más que resumir el contenido del libro para los lectores, vale destacar algunos de sus aportes. Primero, desde el punto de vista metodológico, especialmente en los ocho capítulos que versan sobre las pulsaciones durante la Pequeña Edad de Hielo entre los siglos XVI y XIX, un periodo sin registros meteorológicos instrumentales continuos en la mayoría de las áreas de estudio, los autores recurren a un repertorio variado de fuentes para obtener información indirecta: relatos de cronistas y viajeros, actas capitulares, libros sacramentales, correspondencia, documentos administrativos, tratados naturalistas, por mencionar algunos. Cada capítulo nos recuerda que la sequía, las precipitaciones abundantes o las heladas no siempre se registran de manera explícita, sino que es necesario reconstruirlas a partir de otros fenómenos consecuentes o concomitantes como las erupciones volcánicas, plagas de langosta, ratones, gusanos o de chahuistle, la carestía, la migración, las epidemias, la mortalidad, las epizootias, entre otros. Y no porque el clima sea la causa fundamental de todos ellos, sino porque las sociedades deben responder frente a la mutua exacerbación de múltiples factores estresantes. Leia Mais
La configuración hidrosocial del espacio en los Altos de Jalisco/México/1935-2012. Un estudio desde la Geografía Crítica sobre la apropiación del agua/actores sociales y relaciones de poder | Antonio Rodríguez Sánchez
El libro que aquí reseño es resultado en parte de la tesis doctoral que Antonio Rodríguez defendió en de 2015 y, por la otra, del trabajo invertido para su transformación en libro, una de las tareas prioritarias contraídas por el autor durante su estancia posdoctoral que en el transcurso de dos años realizó en el Instituto Mora. En principio, para mi es significativo que dicha obra, autoría de un colega regionalista, egresado de la Maestría en Estudios Regionales se publique con el sello de Estudios Regionales en la colección Contemporánea del Instituto Mora. Leia Mais
La mia Grecia | Nikos Kazantzakis
Tutta l’umanità per guarire dovrebbe passare dal nobile sanatorio della Grecia (da La mia Grecia, p. 74).
Si deve al lavoro encomiabile di Crocetti editore la riscoperta di uno dei più grandi scrittori greci della prima metà del Novecento: Nikos Kazantzakis (Hiraklion 1883-Friburgo in Brisgovia 1957). Infatti, grazie alla recente pubblicazione di diverse opere di questo poeta, che per la prima volta sono tradotte direttamente dal greco all’italiano , la cultura italiana oggi ha modo di accostarsi in modo nuovo alla profondità concettuale di uno degli autori più prolifici e affascinanti del panorama letterario mondiale. In questo commento, si cercherà di ripercorrere gli aspetti più rilevanti de La mia Grecia, una raccolta di riflessioni frutto di un viaggio in treno nella sua terra nel 1937, commissionato dalla rivista Kathimerini. Leia Mais
A Companion To The Political Culture of the Roman Republic | Valentina Arena, Jonathan Prag
El presente libro se aproxima a estudiar el mundo político de la Roma republicana desde el lente de la Political Culture. Esto, según sus editores, quiere decir que, además del estudio sobre el funcionamiento oficial de la política a través de las instituciones políticas y religiosas, la cultura política comprende aquel sistema de valores compartidos y de estrategias desplegadas en función de un consenso que permitió legitimar el funcionamiento de la república romana en distintos niveles. Leia Mais
Una justicia transicional para México/ experiencias y realidades | Juan Carlos Abreu y Abreu
Lo primero que puede decirse de este texto es que posee un propósito práctico: ayudar a que México transite y desarrolle un proceso sólido de justicia transicional. Tiene como soporte de dicho propósito el Plan Nacional de Desarrollo 2019-2024 (PND) emitido por el poder ejecutivo de este país. Leia Mais
Serving Athena: the festival of the Panathenaia and the construction of Athenian identities | Julia L. Shear
L’oggetto di indagine della più recente monografia di Julia L. Shear nasce, come lei stessa informa i suoi lettori nella prefazione (p. xvii), da uno dei primi interessi di ricerca dell’Autrice. Già verso la fine degli anni Novanta, la studiosa si era dedicata alla comprensione storica del fenomeno delle Panatenee, seguendo la discussione sviluppatasi nell’ambiente accademico statunitense intorno all’interpretazione di J.B. Connelly del fregio del Partenone. Oggi, la ricca esperienza da lei maturata nei diversi campi che contribuiscono alla comprensione della storia della Grecia antica ha consentito all’Autrice di presentare i risultati di un lavoro il cui scopo non è semplicemente quello di scrivere una storia delle Panatenee (p. 34). Come si evince subito dal sottotitolo, lo studio si pone in linea con uno dei temi più attuali delle scienze dell’antichità e, più genericamente, delle scienze umane. Con questo studio, l’Autrice si rivolge, senza discostarsi dall’analisi dei realia, ad un aspetto spesso trascurato, ma fondamentale, della festa ateniese, ossia la sua capacità di innescare dinamiche relazionali in grado di fornire ai partecipanti modelli identitari. Serving Athena è dunque un’esaustiva ricostruzione storica delle Panatenee sensibile alla diacronia del fenomeno analizzato, ma anche un saggio di metodo che mostra come si possa arricchire la produzione storiografica contemporanea sulle società antiche grazie all’integrazione di categorie operative e modelli ermeneutici provenienti dalle scienze sociali. Leia Mais
Fútbol en Cuba. Entre el balón y “la pelota” en la comunidad global | Miguel Lisbona Guillén
En las dos últimas décadas, la afición por el fútbol ha tenido un auge exponencial, consolidándose como el deporte con mayor número de seguidores en el mundo: cerca de 650 millones de personas.1 Este fenómeno se debe –en buena medida– a la difusión instantánea y masiva de jugadores, equipos, torneos y mercadotecnia, a través del internet y las diferentes plataformas virtuales. De acuerdo con la Federación Internacional de Fútbol Asociación (FIFA), la tecnología digital omnipresente ha generado nuevas generaciones de seguidores que utilizan el internet de forma casi permanente. En los propios términos de la FIFA, “no solo se interesan por los 90 minutos del partido, sino también por lo que rodea el encuentro; no solo quieren ver los torneos más consolidados, sino también competiciones de eSports. Los hábitos de los hinchas evolucionan, como también lo hace la manera en que viven el fútbol”.2 Las cifras proporcionadas por FIFA son ejemplificativas: 83% de los aficionados a este deporte usan smartphone mientras ven televisión; el consumo de contenidos del Mundial Femenil de Francia 2019 aumentó 460% respecto a la edición anterior de 2015, y el 77% de los telespectadores del Mundial de Rusia 2018 utilizaron un teléfono móvil o una tableta mientras seguían los partidos por televisión. El fútbol es hoy un deporte que se consume vorazmente de forma digital desde cualquier rincón del mundo. Leia Mais
Mujeres del pasado y del presente. Una visión desde la arqueología peruana | Carito Tavera Medina, Quispe Lady Santana
El libro Mujeres del Pasado y del Presente, compilado por Lady Santana Quispe y Carito Tavera Medina, es un acercamiento a la praxis arqueológica en Perú desde una perspectiva feminista y de género. Basado en el simposio “Mujeres del pasado y del presente: Una Visión desde la Arqueología Peruana”, fue presentado en la Facultad de Ciencias Sociales de la Universidad Nacional Mayor de San Marcos (Lima) entre el 26 y 28 de junio del 2019. Si bien este no es el primer simposio dedicado al tema (aunque sí uno de los pocos), es la primera vez que estas temáticas se ven consolidadas en un libro publicado en el país. Sólo este dato deja vislumbrar un llamado urgente a la comunidad que trabaja alrededor de la arqueología. Leia Mais
Ganaderos novohispanos del siglo XVIII. Los condes de San Mateo de Valparaíso y marqueses del Jaral de Berrio | Ana Guillermina Gómez Murillo
En el centro de la ciudad de México (en la calle de Venustiano Carranza) se encuentra el imponente edificio que fue la casa de Miguel de Berrio y Zaldívar, marqués del Jaral de Berrio y su esposa Ana María de la Campa Cos, condesa de San Mateo de Valparaíso. Su fachada de cantera gris (chiluca) y tezontle con detalles de Talavera no pasa desapercibido. 1 Leia Mais
La giustizia in scena. Diritto e potere in Eschilo e Sofocle | Emanuele Stolfi
La giustizia in scena rappresenta un contributo innovativo nel vasto panorama degli studi sul diritto greco antico, ponendosi come modello per l’interlocuzione scientifica tra gli storici dei diritti antichi e gli studiosi della tragedia. L’Autore, pur riconoscendo l’attenzione di giuristi e filosofi del diritto ai quesiti posti dai testi tragici alla moderna sensibilità giuridica e la recente fortuna della corrente di studi «Law in Literature», rileva un limitato interesse da parte degli storici dell’esperienza giuridica. Questo libro indica le possibili direzioni del contributo degli studiosi di diritto greco all’esame del teatro di Eschilo e Sofocle, proponendo un’integrazione del metodo storico-giuridico entro ampie linee di indagine (filologicoletterarie, linguistiche, antropologiche) per illustrare questioni nevralgiche rappresentate dai tragediografi. Leia Mais
Palabra de médico. El doctor Luis Guillermo Ibarra Ibarra y la historia de la medicina de rehabilitación en México | María José Garrido Asperó
Desde el título de la obra Palabra de médico. El doctor Luis Guillermo Ibarra Ibarra y la historia de la medicina de rehabilitación de María José Garrido Asperó encuentro la importancia y pertinencia de su publicación y edición en la colección Testimonios. Son varias las razones, entre otras, están: su contribución y aporte al campo de los estudios de la Historia de la Medicina de Rehabilitación en México, pero también al campo de estudios de la Educación Especial y de la Discapacidad en México en la primera mitad del siglo XX y las primeras décadas del XXI; su aportación fundamental está en el conocimiento que brinda de los procesos sociales del acontecer contemporáneo en México, en este caso, de la salud y la medicina desde la visión de los sujetos, protagonistas y testigos de la historia de la rehabilitación en México, a través de la trascendental trayectoria profesional del doctor Luis Guillermo Ibarra Ibarra. De ahí que se desprende la tercera contribución de la obra de Garrido Asperó al campo de estudio de la Historia Oral, como lo afirma Graciela de Garay (1997) “campo de estudio que se interesa considerar el ámbito subjetivo de la experiencia humana concreta y del acontecer sociohistórico como lo expresan los sujetos históricos considerados” (p. 10). Leia Mais
La persistencia en el exilio. Redes político-intelectuales de los apristas en Chile (1922-1945) | Sebastián Hernández Toledo
La Alianza Popular Revolucionaria Americana ha sido uno de los grandes referentes políticos, intelectuales y culturales del siglo XX latinoamericano. Agrupación política peruana mejor conocida como APRA debido a sus siglas, sus discursos latinoamericanistas y antiimperialistas, su alcance simbólico, la movilidad espacial de sus representantes o su constante temporal, le ganaron un lugar en el mapa identitario de la región. Desde hace ya varios años ha surgido una nueva mirada para estudiar qué fue la APRA: cuáles fueron sus alcances, sus limitaciones y el valor que se le puede asignar dentro de la historiografía contemporánea. Dentro de esta ola de escritos encontramos el libro del novel historiador chileno Sebastián Hernández Toledo, quien analiza de modo crítico, dinámico y transnacional lo que fue la APRA entre 1922 y 1945. La obra propone profundizar en las conexiones entre apristas exiliados y los socialistas chilenos, particularmente la vida pública de los peruanos en el destierro, considerando también cuáles fueron las consecuencias en el país de acogida. Leia Mais
Las conexiones del mundo y el Atlántico/ 1450- 1850 | Marcello Carmagnani
El libro Las conexiones del mundo y el Atlántico, 1450- 1850, es una novedad editorial de la pluma de Marcello Carmagnani. En español, es una coedición de El Colegio de México, el Fideicomiso Historia de las Américas y el Fondo de Cultura Económica. 1 Es una contribución necesaria de una interpretación de la historia mundial que toma como escenario central el océano Atlántico. Lo hace mediante una serie de elementos que se constituyen en ejes de análisis de un problema extenso, complejo, diverso, con diferentes aristas y de gran aliento. Se ocupa de un espacio de amplias dimensiones, en el que se involucran de manera directa, tradiciones culturales de varios orígenes como las europeas, africanas y americanas; pero junto con ellas, también, las del continente asiático, sin dejar de ver las especificidades. Leia Mais
Historia mínima de las izquierdas en México | Ariel Rodríguez Kuri
El reto para una obra como Historia mínima de las izquierdas en México, de Ariel Rodríguez Kuri, no era menor: hay más de un siglo de eventos y luchas cuya diversidad reclama entender su especificidad histórica, mientras que coyunturas como la de 2018 revelan la necesidad de identificar sus elementos comunes. Me parece que el autor no sólo hace contribuciones importantes en ambos planos, sino que llega a ellas con originalidad. Son varias las perspectivas para el estudio de las izquierdas mexicanas que logra trascender: aquellas intelectuales elaboradas a partir de teorías, ideologías o personajes clave; las de carácter más organizacional, centradas en partidos y grandes siglas; o bien las tipológicas, basadas en familias o dicotomías conceptuales como reforma/revolución. Leia Mais
El Brexit. La relación del Reino Unido con la Unión Europea | Alicia Gutiérrez González
El Reino Unido de la Gran Bretaña e Irlanda del Norte fue miembro de la Unión Europea (en adelante UE) desde el 1 de enero de 1973 hasta el 31 de enero de 2020. Debido a su posición –aislamiento geográfico– dentro de la plataforma continental europea, los países del Reino Unido, también llamados “naciones constitutivas” (Gales, Inglaterra, Irlanda del Norte y Escocia) han tenido un desempeño un tanto distinto del resto de Europa. Debido a lo anterior, no resulta sorpresivo que, después de 47 años de ser parte de esta comunidad política, haya decidido abandonarla. Esto fue así debido a que, desde su incorporación, gozó de un estatus jurídico particular, para obtener una “Europa a la Carta”, lo que le permitió disfrutar del privilegio llamado “cheque británico”, con el que, pese a las aportaciones económicas que estaba obligada a dar a la Unión Europea, el Reino Unido podía obtener la devolución de dos terceras partes de la diferencia “entre lo que percibe del presupuesto y lo que aporta al mismo título de recursos de Impuesto al Valor Agregado (IVA) y Renta Nacional Bruta (RNV)” (p. 40). Un estatus jurídico particular que la hacia un caso único. Leia Mais
“Para que estén a punto con sus armas para lo que se ofreciere”: indios en la defensa del suroriente cubano/ siglos XVI-XVIII | Lilyam Padrón Reyes
La historiadora Lilyam Padrón Reyes es doctora en Historia por la Universidad de Cádiz y profesora de Historia Moderna, Contemporánea, de América y del Arte en la misma institución. Sus temas de interés están centrados en la historia marítima e historia social, enfocándose en la representación del espacio cultural marítimo como parte de las dinámicas globales que tendrían inicios durante la época moderna especialmente entre Andalucía y América. En su texto Para que estén a punto con sus armas… la autora hace evidente su interés por esas líneas temáticas ubicando geográficamente al lector en la isla de Cuba, un sitio constantemente disputado en el Caribe por su valor geoestratégico para la corona española durante el siglo XVIII. Leia Mais
Cavaleiros de cola, papel e plástico: sobre os usos do passado medieval na contemporaneidade | Carlile Lanziere Júnior
Adolf Hitler numa propaganda nazista vestido com uma armadura e empunhando um estandarte com a suástica, manifestantes conservadores armados com escudos e espadas nos Estados Unidos, um cavaleiro com trajes que remetem à Idade Média e falas em latim convocando para atos contra o Supremo Tribunal Federal (STF) no Brasil. Percorrendo décadas de usos (e abusos) da Idade Média por movimentos políticos dos séculos XX e XXI, Cavaleiros de cola, papel e plástico: sobre os usos do passado medieval na contemporaneidade (2021) é expressão da atualidade e, quiçá, urgência dos estudos medievais no mundo contemporâneo, em especial no Brasil.
Em seu sétimo livro, o medievalista brasileiro Carlile Lanzieri Júnior, professor da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), explora novos domínios da história e da medievalística internacional, indicando a guinada arrojada que caracteriza as suas investigações nos últimos anos. Ainda que enquadrado entre os jovens historiadores brasileiros, Lanzieri Júnior é nome reconhecido entre os medievalistas do país, com dezenas de artigos e capítulos voltados, sobretudo, ao tema da sociedade e educação na Idade Média Central, dos intelectuais medievais e do controverso Renascimento do século XII. No entanto, demonstrando a inquietude que marca os intelectuais, ao menos desde 2016 o autor vem debruçando-se sobre novas abordagens e referenciais teóricos, em especial a História Global e os estudos pós-coloniais.1 Soma-se a tais vias a preocupação recente com os usos do passado medieval nas mídias digitais e na política contemporânea, temática que orientou projeto de pesquisa realizado na UFMT2 e que tem sido explorada nos últimos artigos,3 lives e eventos nacionais. Destarte, pode-se afirmar que Cavaleiros de cola, papel e plástico foi forjado no intenso diálogo acadêmico, estando atento aos problemas do tempo presente. Leia Mais
Europa Medieval | Chris Wickham
Escrever um manual é sempre um desafio para um pesquisador, seja ele de qual área for. Um desafio sedutor, mas que bem poucos aceitam em função das numerosas escolhas e sacrifícios a serem feitos. Certamente, temas considerados relevantes ficarão de fora ou serão dispostos em poucas páginas para que outros igualmente relevantes sejam expostos com os cuidados que os nem sempre generosos limites editoriais permitirão. Em muitos casos, um equilíbrio demasiado tênue cujo resultado final pode agradar a alguns e desagradar a outros tantos. Não há como fugir disso. Ao concluir a leitura das trezentas e setenta e cinco páginas da edição portuguesa de Europa Medieval, acrescidas de algumas outras dezenas com notas explicativas, bibliografia consultada e sugerida e índice onomástico, ficamos com a sensação de que Christopher John Wickham, ou simplesmente Chris Wickham, concluiu de maneira exitosa o desafio ao qual foi submetido.
Atualmente professor de História Medieval da renomada Universidade de Oxford, depois de uma longa passagem pela Universidade de Birmingham, ambas na Inglaterra, Chris Wickham há décadas se dedica a temas relacionados à política e à economia em regiões específicas da Europa ao longo do medievo como, por exemplo, a Itália. Somente em anos mais recentes, manuais introdutórios de divulgação tornaram-se o ponto central de seu trabalho constituído pela publicação de dezenas de outros livros e artigos acadêmicos apresentados em congressos realizados em várias partes do mundo, além da própria docência universitária. Leia Mais
Gender and Diplomacy. Women and Men in European Embassies from the 15th to the 18th Century | Roberta Anderson, Laura Oliván Santaliestra e Suna Suner
1 En marzo de 2016 varios especialistas provenientes de diferentes casas de estudio de Europa y Rusia se reunieron en las instalaciones del Don Juan Archiv (Viena) para reflexionar en torno a la relación entre género y diplomacia entre los siglos XV y XVIII. El evento contó con la coordinación académica de Suna Suner, Laura Oliván Santaliestra y Reinhard Eisendle. El libro que reseñamos, publicado en 2021, recoge los trabajos presentados en el mencionado simposio. Se trata de una publicación de referencia que desarrolla una línea de investigación con notoria actualidad en el mundo académico: la historia diplomática de las mujeres. Leia Mais
Jamaxi. Rio Branco, v.5, n.2, 2021.
Fronteiras multissituadas, Fronteiras Epistemológicas e fronteiras no Ensino de História
APRESENTAÇÃO
- “FRONTEIRAS MULTISSITUADAS, FRONTEIRAS EPISTEMOLÓGICAS E FRONTEIRAS NO ENSINO DE HISTÓRIA”
- Tânia Mara Rezende MACHADO, Vanessa Generoso Paes, Zuila G. C. Santos
ARTIGO
- JORNALISMO E SOCIEDADE: AS CONCEPÇÕES DE AMAZÔNIA NOS DISCURSOS DA AGÊNCIA DE NOTÍCIAS AMAZÔNIA REAL
- Fernanda Salvo, Miguel Felippe França Rodrigues
- HISTÓRIA, IDEOLOGIA E MÍDIAS SOCIAIS NO ENSINO DE HISTÓRIA: O CASO BRASIL PARALELO
- Mauro Henrique Miranda de Alcântara, Rebeca de Paula Belmont, Maria Gabrielli Favoretti Fornazier
- TENDÊNCIAS NAS POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO BRASIL: FRAGMENTAÇÃO E DESCONTINUIDADE
- Carmem Lúcia Caetano de Souza, Cristovam da Silva Alves, Danielle Prado Nepomuceno, Virgínia Mara Próspero da Cunha
- RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E ENSINO DE HISTÓRIA: TENSÕES ENTRE A LEI 10.639/2003 E A BNCC
- Giovanna Sanches Serbilla Jesuino, Suzana Lopes Salgado Ribeiro
- DIGITAL PLURAL: PLATAFORMA DIGITAL DE EXTENSÃO, EDUCAÇÃO E INOVAÇÃO SOCIAL DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
- Andrea Paula dos Santos Oliveira Kamensky, Marcio Alexandre Aveiro de Souza, Mariana Fernandes da Costa, Luciana Pereira
- O ENTRE-LUGAR DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE DOCENTES A PARTIR DO PIBID: FRONTEIRAS ENTRE SER ESTUDANTE E PROFESSOR
- Diego Machado, Ozana Oliveira, Luciene Mendes
- A FORMAÇÃO OFERECIDA NO CURSO DE PEDAGOGIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ (UENP) EM ANÁLISE
- Viviani Fernanda Hojas, Érica Tatiana de Almeida Santos Guilherme
- AS CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA CRÍTICA SOCIAL PARA A ARTE, CULTURA E EDUCAÇÃO
- Carlos Eduardo da Silva, Tânia Mara Rezende Machado
- DIREITO À IMIGRAÇÃO – A REPRESENTAÇÃO DO IMIGRANTE NAS LEIS BRASILEIRAS DO FINAL DO SÉCULO XIX
- Vanessa Generoso Paes
- EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA NA FRONTEIRA DA CONTEMPORANEIDADE: REDES DE INTOLERÂNCIA E MEMES DE PRECONCEITO E RACISMO NA ESCOLA E NA SOCIEDADE
- Heleno Szerwinsk de Mendonça Rocha
Publicado: 2021-12-31
Fronteiras multissituadas, fronteiras epistemológicas e fronteiras no ensino de história | Jamaxi | 2021
EPÍGRAFE
O GUARDIÃO DAS FRONTEIRAS
A partir de George Landow
“No lugar do posto de controle de saída da fronteira, o guardião do país vizinho pediu que o estudioso de Ecologia Cognitiva mostrasse seu passaporte, chamando-o: – Ei, você, faz o quê?
A resposta foi: – Apesar do meu nome, não trabalho exatamente com Ecologia, mas com o conhecimento.
– Negativo: há muito a Filosofia se encarrega disso foi a objeção do guardião das fronteiras. Vá pleitear a sua saída pela outra porta.
– Espere! Entendo o conhecimento de uma forma ampla. Ocupo-me dos signos, de todos os vestígios sensíveis ligados às intenções na produção e atribuição de sentidos, explicou o estudioso.
– Ora – refutou novamente o guarda – isso é o que faz a Semiologia. Você está querendo burlar a segurança?
– Absolutamente! De fato – ponderou o estudioso – alguns teóricos trabalham sobre o sentido dos signos. Mas interessam-me mais diretamente as relações de poder que são travadas na arena da comunicação.
– Hum… – observou-o o guardião, desconfiado. – Sim, já entendo, trata-se então de Filosofia da Linguagem. Leia Mais
A guerra do retorno: como resolver o problema dos refugiados e estabelecer a par entre palestinos e israelenses | Adi Schwartz e Einat Wilf
Adi Schwartz e Einat Wilf | Foto: [Miriam Alster] (2018)
O livro, publicado em setembro de 2021, traz dois autores israelenses que se propõem a debater a questão dos refugiados palestinos e a estabelecer uma alternativa para a paz entre ambos os grupos. Segundo informações no site da editora de publicação do livro, Adi Schwartz é jornalista e escritor, estudou na Universidade de Tel Aviv e concentra seus estudos no conflito árabe-israelense e na história de Israel II. Já Einat Wilf é PhD em Ciência política pela Universidade de Cambridge e foi membro do Parlamento israelense, tendo escrito outros livros que tratam da sociedade israelense III.
A Guerra do retorno é mais uma publicação sobre um tema que há muito vem sendo debatido nos meios intelectuais, políticos e acadêmicos, pois nos quase setenta anos que se passaram desde o primeiro conflito árabe-israelense diversos artigos e publicações foram escritos. No entanto ainda há muito a ser dito IV. Dividido em cinco capítulos, os autores traçam um panorama que engloba o início da guerra até os dias atuais, focando especificamente na questão dos refugiados: sua origem, o debate acerca do seu direito de retorno, o tratamento dos países árabes e a construção da imagem do palestino enquanto refugiado nos meios internacionais. Leia Mais
História do tempo presente na formação de pessoas: prescrições brasileiras, francesas e estadunidenses para o ensino secundário (1999-2014) | Itamar Freitas
itamar Freitas | (Fotos: Adilson Andrade/AscomUFS (2017)
O professor Itamar Freitas, em seu recente livro, apresenta aspectos sobre o ensino de História por meio de um estudo comparativo e assimétrico sobre três países: Brasil, Estados Unidos e França, entre a década de 90 e os anos 2000, o livro é divido em três partes e onze capítulos. É apresentado que a História do Tempo Presente surge para dar respostas aos sobreviventes das imprevisibilidades e complexidades que ocorreram no século XX, logo há nela uma crítica ao modelo de história objetivista. O autor relata que nesse período ocorreram grandes avanços no desenvolvimento humano, devido o pensamento racionalista, porém como afirma Hobsbawn (1995) foi nessa mesma época que o ser humano chegou mais próximo de se autodestruir, e a razão em sua busca da objetividade apresentou-se como uma força motriz para esse fim.
A primeira parte do livro “HTP e prescrições para o ensino no Brasil” Freitas apresenta a HTP na educação brasileira. No primeiro capítulo, História do Tempo Presente nos periódicos especializados brasileiros (2007 – 2014) é apresentado que no Brasil os estudos sobre a HTP são recentes, sendo fruto de reflexões acadêmicas dos anos 90. A estrutura moderna, da história linear, era dominante nesse período, e com o passar dos anos a HTP ganha notoriedade, em estudos de pós-graduação. O autor afirma que a HTP no Brasil auxiliou na compreensão de vários contextos, dentre eles a revisão do conceito de memória. Nesse sentido, seu estudo centrou-se em quatro periódicos, pelo critério de todos apresentarem e assumirem o termo de História do Tempo Presente. Segundo Freitas, as produções acadêmicas nos periódicos pesquisados, apontam que ela não é uma ação jornalística, e sim um fazer científico. Entendo que uma ação midiática é permeada de intencionalidades, logo ao relatar o presente, ela busca informar e não o refletir. Leia Mais
Antissemitismo: uma presença atual | Francisco Carlos Teixeira da Silva e Karl Schurster
Francisco Carlos Teixeira da Silva e Karl Schurster | Fotos: Valor e ADUFEPE
Cogitar a ojeriza ao Outro, no sentido primevo de captá-lo por sua dissemelhança, é um processo inquietante que têm alcançado novas entonações na contemporaneidade, seja pelo resgate de uma historicidade perversa daquele apreendido como o desafeto comum, ou pela inclusão das mais variadas categorias que, na ótica opressora, se tornam predispostas à violência. Para avançar nesse debate, considera-se neste texto o raciocínio presente na obra “Antissemitismo: uma presença atual” no ensejo de indicar como a intolerância inflamou-se nos incitamentos públicos, revelando a banalização de atitudes que se pensavam superadas.
Nesse prisma, a produção mencionada propõe verificar de quais formas se estruturam as práticas correntes de segregação. Esta, redigida em quatro idiomas – inglês, espanhol, alemão e português – viabiliza a difusão de tal controvérsia para além do território nacional, tendo em vista que ao aludir-se a uma tendência global, a sua ponderação necessita também acontecer de modo abrangente, coeficiente acessível pela pluralidade linguística. De forma enfática, aborda que o antissemitismo está longe de caracterizar um anacronismo, pelo contrário, é um elemento pungente na sociedade e deve ser rechaçado a cada dia. Leia Mais
História oral e historiografia: questões sensíveis | Angela de Castro Gomes
Angela de Castro Gomes | Foto: Bruno Leal, 2020
Há algum tempo sabemos como os discursos da memória marcaram um “giro subjetivo” (SARLO, 2012) que continua a pautar redefinições dos modos de pensar os sentidos de fazer história no mundo contemporâneo. Um de seus rastros mais evidentes é o sinal de como a lida com o passado não é objeto exclusivo da historiografia universitária. Diante de questões interligadas como o “‘boom da memória’, a emergência da ‘história pública’ e a crescente preocupação internacional com a ‘(in)justiça histórica’”, é válido destacar a observação de que para a teoria da história manter-se relevante para historiadores/as e para a sociedade em dimensões alargadas deve considerar a “diversidade de mecanismos para lidar com o passado e a forma como tais mecanismos são incorporados, interagem com, e até constituem parcialmente contextos culturais, sociais e políticos mais amplos” (BEVERNAGE, 2020, p. 11 e 15). Leia Mais
Ramón y Cajal. El ocaso de un gênio | Marcos Larriba
En Ramón y Cajal. El ocaso de un genio se da suma relevancia, merced a la experiencia de poder consultar algunas anotaciones de puño y letra de Santiago Ramón y Cajal, a un aspecto que revela la dimensión histórica de la figura del creador de la teoría neuronal: el tipo de vida que siguió el genio aragonés en su vejez, representada en la constancia con la que continuó cultivando todo tipo de disciplinas del saber: la medicina, la fotografía, la pintura, la literatura… El marco temporal de este ensayo del joven investigador Marcos Larriba, profesor en la Facultad de Química de la Universidad Complutense de Madrid, es el de la última etapa de Cajal, ya jubilado, pero consciente y, seguramente, espectador incrédulo de los efectos de su dimensión histórica.
No es de extrañar, por tanto, que existan numerosos estudios biográficos para ahondar en la figura del Cajal científico, del Cajal interdisciplinar, de los cuales, unos cuantos se han convertido en lectura obligatoria para cualquier persona interesada en la figura del premio nobel: véanse los trabajos, entre muchos otros, de Gregorio Marañón, Alonso García Durán, Charles Scott Sherrington, Enriqueta Lewy o José María López Piñero. Si bien algunas de estas obras corrigen aspectos reseñados por otras de ellas, eso no ha sido óbice para que en tiempos más recientes se haya considerado necesario traer de nuevo a la palestra a don Santiago. Prueba de ello sería un libro como Cajal: un grito por la ciencia (2019) de José Ramón Alonso Peña y Juan Andrés de Carlos Segovia y, el que nos ocupa, Ramón y Cajal. El ocaso de un genio. Leia Mais