Tres Revoluciones que estremecieron el continente en el siglo xx | Sergio Guerra Viaboy, Alejo Mldonado Gallardo e Roberto Gonzalez Araja

Sin duda el trabajo investigativo de los profesores Sergio Guerra Vilaboy, Alejo Maldonado y Roberto Gonzalez Arana, constituye un destacado aporte para una mejor comprensión sobre tres revoluciones en la historia latinoamericana del siglo pasado.

La literatura sobre las revoluciones de independencia latinoamericana es abundante y contrasta con las publicaciones sobre las ocurridas en el siglo XX. Es por ello que al analizar comparativamente estos hechos históricos ocurridos a comienzos de 1910 en México, a mitad de los años en Cuba, y a fin de los años setenta en Nicaragua hallamos elementos similares en todas como el tema de la lucha por la tierra en cada país, la reacción ante dictaduras opresivas en cada nación, y sin duda, el papel protagónico de los Estados Unidos como artífice y soporte de cada gobierno militar. Leia Mais

La ciudad judicial. Una aproximación a los lugares de y para la justicia criminal en la Ciudad de México (1824-1846) | Graciela Flores Flores

Es casi un lugar común afirmar que la Ciudad de México ha gozado de desmedida atención por parte de los historiadores. Aunque dicha percepción es válida en el caso de algunas temáticas y de ciertos períodos (verbigracia el Porfiriato), también es verídico que, en lo concerniente a las investigaciones sobre el derecho, la justicia y las instituciones judiciales, la capital mexicana resulta un territorio casi virginal. Dichos déficits son todavía más patentes si nos trasladamos a la primera mitad del siglo XIX, época caracterizada por los especialistas como “transicional” o “de las leyes que arreglaban la administración de justicia”, y que, pese a su decisiva importancia para la comprensión de la historia mexicana, no ha sido debidamente justipreciada, en detrimento de etapas posteriores.

El libro que presentamos a continuación, perteneciente a la colección Historia del derecho en América Latina de la editorial Tirant lo Blanch, es el resultado de la investigación posdoctoral de Graciela Flores en el Instituto de Investigaciones Sociales de la Universidad Nacional Autónoma de México. Hablamos de un ejercicio interdisciplinario en donde confluyen la historia, el derecho y la geografía, pues uno de los ejes rectores del texto son las representaciones plasmadas en treinta y dos planos, de juzgados, tribunales, jueces, sitios de ejecución del castigo y oficiales de justicia operantes en la Ciudad de México durante las primeras décadas republicanas. Leia Mais

Kurdish Women’s Stories | Houzan Mahmoud

Embora pouco conhecido no Brasil, o povo curdo é um dos maiores povos sem Estado do mundo. Formado por aproximadamente 40 milhões de indivíduos, essa comunidade étnica encontra-se dividida entre os Estados da Síria, da Turquia, do Irã e do Iraque; além das mais de cinco milhões de pessoas dispersas na diáspora – sobretudo nos Estados Unidos e em países da Europa central, como a França, Alemanha, Bélgica e Holanda. Leia Mais

Gênero & Interdisciplinaridade | Luciana Rosar Fornazari Klanovicz

A coletânea Gênero & Interdisciplinaridade organizada por Luciana R. F. Klanovicz (2020) inaugura a coleção “Desenvolvimento Comunitário e Interdisciplinaridade”. O livro reúne investigações e experiências de diversas/os pesquisadoras e pesquisadores brasileiras/os de variadas áreas do conhecimento que adotam perspectivas interdisciplinares a partir das quais a categoria gênero é discutida. Leia Mais

A cidade que dança: clubes e bailes negros no Rio de Janeiro (1881-1933) | Leonardo Affonso de Miranda Pereira

O livro aqui resenhado é resultado de mais de uma década de pesquisa realizada por meio da lente cuidadosa da história social. O historiador Leonardo Pereira apresenta ao público leitor uma pesquisa sofisticada, com ampla utilização de fontes conhecidas e inéditas, orais e escritas. Combina questões caras ao público especializado que se interessa por cultura, política, trabalho e sociedade, ou seja, pela história complexa da sociedade no sentido atribuído por Eric Hobsbawn.1 É capaz de proporcionar para aquela leitora e aquele leitor que não são versados na ciência histórica elementos fundamentais para compreender como a dança e a música, no seu aspecto vivencial, transformado e recriado por gentes negras de origens populares, tão caras ainda hoje à cidade do Rio de Janeiro, têm uma trajetória que remonta ao fim do regime escravista e, sobretudo, às primeiras décadas da República. Leia Mais

Los feminismos ante el islam: el velo y los cuerpos de las mujeres | Ángeles Ramírez Fernández, Laura Mijares Molina

La reflexión sobre el velo y las mujeres musulmanas para los feminismos españoles, y europeos en general, viene siendo desde los últimos años uno de los dilemas morales y políticos más recurrentes, tanto en el ámbito de los movimientos sociales, como en el de la academia, así como en otros espacios híbridos en los que uno y otro se relacionan con mayor o menor éxito. Por ello, plantear una reseña sobre Los feminismos ante el islam: el velo y los cuerpos de las mujeres (Ángeles RAMÍREZ FERNÁNDEZ; Laura MIJARES MOLINA, 2021) es también acercarse a este dilema si se parte desde una ambigua posición que bascula entre la de hombre blanco, occidental y académico, y otra determinada por el respeto a la diversidad y la “asunción” de muchos de los fines perseguidos por algunos movimientos de la galaxia feminista, antirracista, anticapitalista, autónoma y libertaria. Leia Mais

Enciclopédia Negra | Flávio dos Santos Gomes, Jaime Lauriano, Lilia Moritz Schwarcz

Com suas quase setecentas páginas, a Enciclopédia Negra foi pensada como uma reação a “um grande e constrangedor silêncio” (p. 9). Na introdução, os organizadores fazem uma dura crítica aos arquivos, manuais e livros didáticos, que em grande parte contribuíram para silenciar por muito tempo a história, a trajetória e as lutas da população negra. Partindo dessa constatação, propõem como mola-mestra da obra dar visibilidade a personalidades negras africanas e afro-brasileiras que viveram no Brasil desde os primeiros séculos de colonização até tempos recentes. A obra apresenta mais de 550 personalidades e está organizada em 417 verbetes individuais e coletivos. Visando alcançar um público amplo, seus autores proporcionam uma linguagem clara, direta e acessível a todos. Leia Mais

Nas ruas: abolicionismo/republicanismo e movimento operário no Recife | Felipe Azevedo e Souza

Há livros que costuram temas apaixonantes. Esse é um deles. Temas já clássicos na história do Brasil, como o abolicionismo, o republicanismo, o movimento operário, foram discutidos com o aporte de novos conceitos, base documental sólida e uma abordagem sensível às fontes, sem plainar no alto de teorias grandiloquentes que, não raro, deixam de escrutinar as experiências vividas pelos sujeitos. A História Política, que praticamente funda a História como ciência, tem em Felipe Azevedo e Silva um sopro renovador, um frescor que traz sujeitos subalternos ao centro de suas próprias inquietudes e projetos políticos. E aqui já expresso uma contribuição inestimável: o escrutínio do autor sobre as eleições nos últimos anos do Império e primeiras décadas da República tem muito a ensinar para nós, contemporâneos de uma República em crise, onde, para muitos, votar parece um fardo. Leia Mais

Hiding in Plain Sight: Black Women/the Law/and the Making of a White Argentine Republic | Erika Edwards

O livro aqui resenhado busca investigar as origens do embranquecimento e da narrativa que produziu o apagamento da população negra no imaginário da Argentina. Diferentemente da ideologia da mestizaje, que prevaleceu na América Latina, na Argentina a identidade nacional pode ser sintetizada em uma frase repetida por sua população: “no hay negros en Argentina”. Erika Edwards, professora da Universidade do Texas – El Paso, discute a invisibilidade da população negra a partir de um conceito mais abrangente de embranquecimento, que foi ao mesmo tempo físico – com a efetiva diminuição dos negros na composição demográfica do país – e cultural – com seu apagamento da narrativa nacional.1 Leia Mais

Bicentenário da Independência do Brasil: História e Memória/Resgate – Revista Interdisciplinar de Cultura/2022

Este dossiê da Resgate: revista interdisciplinar de Cultura do Centro de Memória-Unicamp nasceu de um convite feito pela editora Profª Heloisa Helena Pimenta Rocha para que, com base nos trabalhos apresentados no X Seminário Nacional do CMU (2021), se organizasse um número especial sobre o Bicentenário da Independência. O X Seminário apresentou-se com o título Independência ou Morte? Distintamente da exultante exclamação que dá nome a representação da Independência do Brasil criada por Pedro Américo, o título do Seminário anunciava as comemorações do Bicentenário com um questionamento suscitado pela tragédia de milhares de mortes evitáveis provocadas pela pandemia de Covid-19, mas, sobretudo, pela irresponsabilidade do governo brasileiro na condução da política de combate ao alastramento do vírus. Não havia o que comemorar. Havia, sim, um convite para que os participantes do seminário refletissem criticamente sobre a nossa história transcorridos os 200 anos da Independência. Aceito o desafio de realizar o dossiê com o propósito explicitado, convidamos para participar da empreitada a Profª Milena Fernandes de Oliveira e, assim, formamos a curadoria aprovada pelo conselho da Resgate. Leia Mais

Viaggi coloniali. Politica/letteratura e tecnologia in movimento tra Ottocento e Novecento | Mario Coglitore

Il percorso scientifico – e letterario sarebbe opportuno aggiungere – di Mario Coglitore si arricchisce ulteriormente con una ampia ricognizione sul mondo coloniale. Viaggi coloniali, politica, letteratura e tecnologia in movimento tra Ottocento e Novecento, che fin dal titolo fa riferimento ad una pluralità di aspetti che contraddistinsero l’epoca dell’imperialismo e che risultano necessari per comprenderla, ci conduce in un avvincente cuore di tenebra1. Scandito secondo i movimenti musicali, il libro ha la capacità di farsi leggere a più livelli: lo studioso come il lettore comune trovano una materia di grande interesse per affrontare quel viaggio al termine della notte che fu il colonialismo2. I tre atti dell’opera di Coglitore costituiscono altrettanti assaggi narrati per il piacere di chi sfoglia queste pagine, costruiti in un ordine studiato che corrisponde alla visione dell’autore: dalla storia dell’irlandese Roger Casement, che non esitò a denunciare con crudezza lo sfruttamento dei lavoratori sudamericani ed africani da parte delle grandi imprese occidentali, al ben noto romanziere Emilio Salgari e all’immagine che offrì del mondo coloniale estremo-orientale senza mai muoversi di casa, ma occupando egualmente un significativo spazio simbolico, analogo in questo ad un personaggio come Jules Verne; fino alla sanguinosa storia della realizzazione da parte dei colonizzatori francesi della linea ferroviaria Congo-Oceano, esempio truce di quanto poco contassero le vite dei locali nella mente dei dominatori coloniali spesso fra loro in competizione rispetto al commercio di materie prime. Coglitore non fa sconti ai protagonisti del sistema coloniale del tempo, che presenta sotto le vesti di barbarie, in linea del resto con la vasta prevalente storiografia del settore. Collocandosi nel filone aperto in pratica ormai quarant’anni fa dal celebre libro di Edward Said, Orientalism, Viaggi coloniali passa con disinvoltura da un argomento all’altro, seguendo un filo ermeneutico ben teso dall’autore3. Forte di una propria cifra stilistica e capace di offrire un terreno di incontro di più generi e aree di ricerca con un’impostazione comune alle varie parti, Coglitore destruttura i tre capitoli del libro per ricomporli poi all’interno di un quadro assai mosso in cui combina il concetto di mobilità, reale o immaginaria, con la letteratura e con l’uso della tecnologia, ridisegnando il mondo sulla base di spazi di sfruttamento economico e sociale appartenenti all’universo culturale occidentale.

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O maior revolucionário das Américas: a vida épica de Toussaint Louverture | Sudhir Hazareesingh

A publicação do livro de Sudhir Hazareesingh diminui em alto nível a escassez de bibliografia disponível no Brasil acerca dos acontecimentos que eclodiram em agosto de 1791, conhecidos por Revolução Haitiana, que levou à abolição da escravidão em 1793 naquela lucrativa colônia francesa, fundando novos direitos para seus habitantes, e da qual resultou sua independência da França, em janeiro de 1804. Apesar das traduções para o português de livros como os de C. R. L. James e de Michael-Rolph Trouillot, este mais recente, e da publicação do de Marco Morel,1 ainda há pouca coisa sobre suas repercussões por aqui, mais especificamente, sobre como escravizados, libertos, senhores e autoridades policiais reagiram ao evento, revelando, a depender do protagonista, rebeldia, ameaça e medo de abalos à escravidão.2 Leia Mais

Boletín del Instituto de Historia Argentina y Americana Dr. Emilio Ravignani. Buenos Aires, v.56, ene./jun. 2022.

Artículos

Notas y Debates

Reseñas

Publicado: 01 01 2022

Los trece ranchos. Las províncias/Buenos Aires/ y la formación de la Nación Argentina (1840-1880) | Eduardo Míguez

Los últimos años fueron testigos de la necesaria aparición de un cúmulo de trabajos que ampliaron el conocimiento respecto de las realidades provinciales durante la segunda mitad del siglo XIX. El texto que aquí reseñamos, es, a la vez, deudor y síntesis de esa tradición. Leia Mais

Revista Izquierdas. Santiago, n.51, 2022.

MONOGRÁFICO – ESPECIAL ISSUE Movimientos sociales, activismos y resistencias desde la escuela

MONOGRÁFICOEl marxismo latinoamericano frente al desafío de la crítica al eurocentrismo

Entrevistas

Reseñas

 

Claves. Montevieo, v.8, n.15, 2022.

Claves

Ciencias, tecnología y política en el espacio atlántico, siglos XIX y XX

Tema Central

Temática Libre

Foros y Eventos

La Redacción

La Redacción

Bibliográficas

La Redacción

 

En tela de juicio. Justicia penal/ homicidios célebres y opinión pública (México/ siglo XX) | Elisa Speckman Guerra

¿Qué tienen en común el cantante Augusto Guty Cárdenas y el militar Humberto Mariles? Por supuesto, la celebridad que obtuvo cada uno en su ámbito profesional (la música y el deporte ecuestre, respectivamente), pero también el sino de la tragedia. Cárdenas murió a balazos, en la cumbre del éxito, con apenas 26 años, en 1932. Poco más de treinta años después, Mariles mató a tiros y vio eclipsar su buena estrella al involucrarse en asuntos criminosos. Uno víctima, el otro victimario, aunque en los procesos judiciales que se desarrollaron en torno a ellos se intentó demostrar que Guty Cárdenas fue menos víctima de lo que parecía y Humberto Mariles, menos victimario de lo que todos los indicios apuntaban. Los suyos son apenas dos de los diversos casos que analiza Elisa Speckman en su libro En tela de juicio. Leia Mais

Memoria y Olvido: usos públicos del pasado desde la Academia Colombiana de Historia (1930-1960) | Sandra Patricia Rodríguez Ávila

Repensar el pasado trae consigo cuestionarse el cómo y porqué de su implementación para determinados fines; en este caso, el libro de Sandra Rodríguez invita a adentrarse y reflexionar en torno a esas estrategias, esos usos públicos que puso en práctica la Academia Colombiana de Historia entre 1930 y 1960 para la construcción de la memoria oficial mediante el fomento de las festividades patrias, la enseñanza de la historia en los diversos planos de la escolaridad y la ordenación del patrimonio histórico y cultural de la nación. Lo que expone Rodríguez en su libro puede tomarse como un proceso que inició con mayor ahínco con la conmemoración del primer Centenario en 1910, donde se buscó exaltar los valores de los próceres de la Independencia, tales como su patriotismo capaz de llevarlos al sacrificio en el cadalso, su valentía y su audacia, bien fuese en el campo de batalla o en el ejercicio político o científico. Junto con esto se puso a España como la madre patria, a la Iglesia como agente principal de la civilización y a los valores hispanistas como aglutinadores de una nación fragmentada por razón de las guerras civiles del siglo XIX y la Guerra de los Mil Días1 .

El libro de Rodríguez, resultante de la investigación para su tesis doctoral del año 2013, se divide en 4 capítulos: en el primero, titulado “El culto y cultivo de la historia como uso público del pasado”, la autora se dispone a mostrar la conformación de la Academia a partir de historiadores aficionados integrantes de la élite política de la capital, considerados a sí mismos como los descendientes de los próceres de la Independencia nacional y portadores de la tradición y valores hispánicos, que se identificaban bajo el modelo intelectual y moral adoptado por las élites desde el periodo de la Regeneración2. Además, este apartado deja ver la publicación del Boletín de Historia y Antigüedades de la Academia como su principal propuesta de difusión, junto con otros lanzamientos y propuestas editoriales, donde se destacan la Historia Extensa de Colombia y la producción de textos escolares para la enseñanza de la historia como Historia de Colombia para la enseñanza secundaria y el Compendio de la historia de Colombia para la enseñanza en las escuelas primarias de la República de Jesús María Henao y Gerardo Arrubla, a partir de los cuales se basaron la mayoría de libros de texto escolares hasta los años 50. Finalmente, el capítulo culmina destacando la creación y consolidación de los centros y academias de historia a nivel regional, impulsados por la Academia, permitiendo de esta manera una multiplicidad de “brazos” que articulaban la labor de la entidad en la capital al resto del país. Leia Mais

El culto a Juárez. La construcción retórica del héroe (1872-1976) | Rebeca Villalobos Álvarez

Un libro inteligente y oportuno que centra su atención en las formas y recursos a través de los cuales, desde la retórica de textos e imágenes, se construye la figura de un héroe. En este caso se analiza en particular aquella que refiere a la construcción de un héroe nacional y para ello se vale de un nombre fundamental del imaginario mexicano: Benito Juárez. Leia Mais

Por el rey y por la independencia mexicana. José Gabriel Armijo y Vicente Guerrero (1814-1821) | Eduardo Miranda Arrieta, José Magaña Morales

Al estilo clásico de las Vidas paralelas de Plutarco, en las que se contaron las historias entrecruzadas de personajes ilustres, los autores de estas vidas nos ofrecen un repaso un tanto detallado de las ocurrencias entre el comandante virreinal José Gabriel de Armijo y el líder insurgente Vicente Guerrero, quienes mantuvieron una pugna entre la fidelidad al rey y la lucha por la independencia. No nos presentan biografías convencionales, donde se estudia la temporalidad completa de la vida del personaje, sino abordajes biográficos centrados en un periodo particular de sus acciones políticas y militares, específicamente entre 1814 y 1821, cuando su protagonismo fue más determinante. Leia Mais

Lynching and Local Justice. Legitimacy and Accountability in Weak States | Danielle Jung e Dara Kay Cohen

The book Lynching and Local Justice, Legitimacy and Accountability in Weak States written by Danielle F. Jung and Dara Kay Cohen – respectively Political Science and Public Policy’s scholars – and published by the Cambridge University Press in 2020, is part of the Cambridge Elements in Political Economy’s series, which draws on political science, economics and economic history to investigate new facets of political economy, a rapidly growing field of study.

The book aims at understanding through a new theory why lynching still can occur in the twenty-first century, its relationship with state governance, and how this type of violence impacts the state’s legitimacy. Leia Mais

Moral Crisis in the Ottoman Empire: Society Politics/and Gender during WWI | Çiğdem Oğuz

Il volume qui presentato è il risultato di più di sette anni di ricerche ed è una versione rivista della tesi presentata dall’autrice per la conclusione del suo percorso di studi Turchi all’Istituto per gli Area Studies dell’università di Leiden in collaborazione con l’Istituto Atatürk per lo studio della storia Turca Moderna della Boğaziçi Universitesi.

Il tema, la crisi della morale nell’Impero Ottomano durante la Prima Guerra Mondiale, si presenta sin da subito molto interessante, non solo per le fonti utilizzate dall’autrice – la stampa – , ma anche per il taglio con cui Oğuz presenta questo argomento. Leia Mais

Repúblicas del Nuevo Mundo: el experimento político latinoamericano del siglo XIX | Hilda Sábato

El siglo XIX puede ser considerado como el umbral histórico en el que comenzaron a tomar forma los procesos políticos, institucionales y sociales que dieron cuerpo a la modernidad Occidental. Las rupturas que se vivieron en dicho proceso histórico no solo afectaron al viejo continente, pues las revoluciones migraron y tuvieron repercusiones en todo el mundo. Más aún, sería imposible decir que los origenes de este siglo convulso son exclusivamente europeos. Las revueltas, las revoluciones y los descontentos sociales e intelectuales emanaron de diferentes latitudes continentales. La independencia de los Estados Unidos, la Revolución Haitiana y Revolución Francesa dan fe de la compleja geografía a partir de la cual se comenzó a fisurar el Antiguo Régimen. De la misma manera, es importante subrayar que los estímulos ocasionados por estas crisis no se asentaron de la misma manera en todos los territorios. Las situaciones particulares y de contexto de cada espacio determinaron la forma de las transformaciones, de los actores y de los conflictos. A pesar de que sí pueden ubicarse patrones generales y globales de cambio, no es pertinente pretender que estos se vivieron de la misma manera en todos lados. Leia Mais

La urbanización del río Tunjuelo: desigualdad y cambio ambiental en Bogotá a mediados del siglo XX | Vladimir Sánchez Calderón

En el marco de los desarrollos recientes que viene adelantando la historia ambiental colombiana, el nombre de Fabio Vladimir Sánchez es quizás uno de los que figura con más regularidad en distintos espacios. La apreciación no se limita a su producción científica, pues se extiende a la participación que el profesor Sánchez ha demostrado tener en redes académicas y eventos de notable enriquecimiento para este campo; varios de ellos promovidos inicialmente por él (mesas temáticas, dosieres, paneles y conversatorios), pero coordinados de manera colaborativa con colegas, estudiantes de diferentes niveles formativos y jóvenes investigadores adscritos a su semillero Geohistorias, en el que proyectos afines a la historia urbana también han encontrado un asidero para recuperar, con especial interés, los procesos de metropolización ocurridos en el oriente colombiano. A los resultados anteriores hoy se suma la afortunada aparición del libro que aquí se reseña, derivado de la tesis doctoral que Sánchez realizó en la Universidad de los Andes y publicado por el sello editorial de la Universidad Industrial de Santander, donde actualmente se desempeña como profesor de la Escuela de Historia. Leia Mais

Il buon tedesco | Carlo Greppi

La storia non è tutta in bianco o in nero, ma è fatta di sfumature. E sono proprio queste sfumature ad interessare il lavoro degli storici. Il capitano della marina tedesca Rudolf Jacobs è stato una di queste sfumature; un uomo che ha deciso di prendere una posizione marcata e disertare il suo esercito per unirsi alla resistenza. Perché lo ha fatto? In questo libro Carlo Greppi svolge su di lui un’approfondita ricerca sfruttando al massimo i documenti, a volte solo brani, pezzi, brandelli, per narrare una parte della Storia poco conosciuta, magari non fatta pervenire a noi volutamente: quella di militari tedeschi e austriaci che hanno disertato il loro esercito per unirsi al partigianato. È un lavoro di pregio che racconta una storia, ma che svela anche, in modo sciolto e disinvolto, la metodologia di ricerca storica che ne è alla base. È un libro che invita alla riflessione sugli eventi, sulle scelte e, in definitiva, sulla natura stessa dell’uomo, posto a compiere scelte ardue in alcuni momenti cruciali della storia.

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Una questione di provincia. Criminalità e camorra tra età giolittiana e fascismo | Carolina Castellano

Gli studi sulla genesi sociale e storica delle camorre “di provincia” tra Ottocento e Novecento risultano comparativamente meno attenzionati dalla letteratura sul tema. Fatta eccezione per alcuni lavori più o meno recenti, talvolta riferibili a letteratura grigia e d’inchiesta giornalistica, il panorama delle ricerche storico-sociali metodologicamente solide sul fenomeno camorristico nella Campania Felix, nella bassa piana del Volturno e nella Terra di lavoro, non è ricchissimo. Eppure, una porzione significativa del dibattito sulle origini delle camorre nello Stato unitario si è dispiegato in questi luoghi, dove ha assunto tratti peculiari e simili alla mafia siciliana del latifondo, sulle cui forme la storia e le scienze sociali hanno certamente rivolto maggiore attenzione, producendo una bibliografia assai più ricca1.

Il volume di Carolina Castellano, storica contemporaneista presso l’Università di Napoli Federico II, aggiunge interessanti tasselli alla comprensione delle camorre dell’entroterra. Da tempo attenta alla storia della giustizia, del settarismo ottocentesco e della criminalità organizzata campana, su questi temi Castellano è già autrice di una articolata produzione, al cui interno troviamo – tra gli altri – il volume Affari di camorra2. Curato con Luciano Brancaccio, sociologo, quel volume raccoglie i risultati di una ricerca condotta da diverse prospettive disciplinari, che alla storia contemporanea e alla sociologia affiancano l’economia, la teoria dell’organizzazione e le scienze giuridiche. La collaborazione tra queste e altre discipline è propria del Laboratorio di Ricerca sulle Mafie e la Corruzione (Lirmac), attivato presso il Dipartimento di Scienze Sociali della Federico II, di cui Carolina Castellano è co-fondatrice. A parere di chi scrive, nell’ultimo lavoro di Castellano, Una questione di provincia. Criminalità e camorra tra età giolittiana e fascismo, si può apprezzare l’effetto positivo di questo percorso di cooperazione interdisciplinare. Cooperazione che non disconosce distinzioni e sensibilità, punti di vista e tradizioni di ricerca interne alle diverse prospettive: Una questione di provincia è un saggio di storia contemporanea. Eppure, prosegue e alimenta un confronto con strumenti metodologici e linguaggi differenti, rafforzando il tenore delle conoscenze acquisite e delle chiavi interpretative3 . Conoscenze e interpretazioni che in questo modo sono di maggiore interesse non solo per l’erudizione accademica, ma anche per il dibattito pubblico e per alimentare proposte politiche4 ; una angolatura che trova particolare riscontro nell’interesse che l’Autrice rivolge all’anticamorra storica, laddove le fonti giudiziarie e di polizia non sono unicamente contenitori di informazioni, ma punti di vista dai quali riflettere sulla costruzione pubblica e politica della “camorra rurale”, sulle politiche di sicurezza e di ordine pubblico, sull’uso partigiano della strumentazione giuridico-giudiziaria. Leia Mais

La Repubblica di Weimar: democrazia e modernità | Chritoph Cornelissen

Stretta fra la fine della Prima guerra mondiale (1918) e l’avvento del nazismo (1933), la Repubblica di Weimar viene spesso associata nell’immaginario comune a un fallimento: violenza politica, crisi economica e inflazione galoppante, instabilità nella guida dei governi e debolezza del parlamento sono alcuni degli elementi che l’avrebbero condannata all’insuccesso. Un insuccesso talmente bruciante che avrebbe portato la nuova Repubblica federale tedesca, nata dopo la fine della seconda guerra mondiale, a smarcarsi il più possibile dall’esperienza di Weimar, sostenendo che il nuovo assetto istituzionale sarebbe stato di tutt’altra pasta. Soprattutto quando, come in questo caso, le convinzioni sono così consolidate, una rinnovata attenzione storiografica può essere opportuna. Il volume curato da Christoph Cornelissen e da Gabriele D’Ottavio nasce da un convegno tenutosi nel 2019 a Trento e si propone, nel centenario della fondazione della Repubblica di Weimar, di riprendere alcuni argomenti grazie a degli articoli firmati da studiosi e studiose di entrambe le aree culturali (i saggi scritti in origine in tedesco sono stati tradotti da Enzo Morandi). Più esattamente, vengono proposte delle coppie di temi (Costituzione e rivoluzione, società postbellica e cultura politica, crisi economica e crisi sociale, aspirazioni individuali e diritti collettivi, dimensione globale e prospettiva europea, eredità e attualità) che danno forma alla struttura del libro e separano per coppie i dodici saggi presenti.

Christoph Cornelissen insegna Storia contemporanea presso l’Università di Francoforte sul Meno e dal 2017 è il direttore dell’Istituto storico Italo-Germanico della Fondazione Bruno Kessler di Trento, l’istituto che ha organizzato insieme ad altri e ha ospitato il convegno sul centenario di Weimar. Gabriele D’Ottavio lavora come ricercatore di storia contemporanea presso l’università di Trento, oltre a essere affiliated fellow presso lo stesso Istituto italo-germanico. Leia Mais

Historia Caribe. Barranquilla, v.17, n.40, Enero-Junio, 2022.

Tema Abierto

Editorial

Artículos

Reseñas

Publicado: 2022-01-01

Néstor Perlongher: memórias, poéticas e espacialidades desejantes/ Cadernos Pagu/2022

O dossiê que, para a nossa felicidade, trazemos neste número 66 dos cadernos pagu responde a um tempo que, acreditamos, precisa ser notado. Ocorre que, no dia 26 de novembro deste ano de 2022, completam-se 30 anos do falecimento do antropólogo, poeta e militante argentino Néstor Perlongher. Sua dissertação em Antropologia Social, defendida em 1986 e orientada por Mariza Corrêa, uma das fundadoras do Núcleo de Estudos de Gênero Pagu (Unicamp), completará, em breve, 35 anos. Notar o tempo de Néstor e de uma obra que marcou profundamente as trajetórias intelectuais e artísticas de tantas pessoas é convertê-los em oportunidade de futuro. Leia Mais

La Cuestión Malvinas: un tema que incomoda/Historia de la Educación. Anuario/2022

El 2 de abril de 1982, durante la más atroz dictadura cívicomilitar que padeció la Argentina, la rutina escolar se vio alterada. La jornada se abrió con discursos improvisados para la ocasión por directivos o docentes, entonaciones de canciones patrióticas más o menos sentidas o fingidas, y referencias alusivas en las clases del día. El país había amanecido con la noticia de que las Islas Malvinas habían sido recuperadas mediante una ocupación militar. Sin embargo, un poco más de dos meses después, el 15 de junio de ese mismo año, al día posterior a la rendición de las FF. AA. argentinas, se repitieron esas escenas con un tono más resignado. Leia Mais

Historia Ambiental/Ciencia Nueva. Revista de Historia y Política/2022

En 1989, Augusto Ángel Maya1 , uno de los pioneros de los estudios ambientales en Colombia, advertía sobre el retardo del método histórico para dejarse interrogar por la problemática ambiental. Al abogar por la «necesidad de una historia ambiental» criticaba que la vieja racionalidad desligaba el acontecer social de sus entornos naturales, y que el paisaje significa la raíz explicativa de la actividad social y simbólica. Desde entonces, sus reflexiones se han transformado en tierra fértil para una disciplina que sin mayores aspavientos ha venido labrando un nuevo escenario de estudios y reflexiones sobre las relaciones críticas pasado– presente–futuro en el contexto de unas condiciones socioambientales cada vez más apremiantes para la humanidad y en especial para los sectores más vulnerables de la sociedad. Leia Mais

Relações de gênero: temas, problemas e perspectivas/Canoa do Tempo/2022

O dossiê que ora apresentamos pretende fornecer um panorama dos estudos de gênero, seus principais temas, problemas e perspectivas por meio de entrevistas realizadas com as historiadoras Joana Maria Pedro (UFSC) e Solange Rocha (UFPB) e de pesquisas realizadas sobre diferentes espaços e temporalidades. Assim, as trajetórias profissionais das duas historiadoras entrevistadas, bem como os artigos elencados, nos informam sobre o surgimento e desenvolvimento deste campo específico de conhecimento – articulado às intersecções de classe, raça∕etnia, geração, sexualidade, entre outras variáveis sociais4 – para além de revelar os debates historiográficos travados em seu interior desde os anos de 1980∕1990. Leia Mais

Jardines en tiempo de los Austrias. De la ficción caballeresca a la realidad nobiliária | María del Rosario Aguilar Perdomo

Em um de seus certeiros artigos, a investigadora da Universidade de Zaragoza Maria Carmen Marín Pina há tempos chamou a atenção e estabeleceu algumas coordenadas para melhor avaliação das “histórias fingidas”1 – tal como ficaram conhecidos os livros de cavalarias ao longo do século XVI ibérico e dos seguintes, principalmente depois do Prólogo do Amadis de Gaula (1508), de Garci Rodríguez de Montalvo, onde vieram à baila questões polêmicas envolvendo a “verdade” e a “verossimilhança” na composição desse tipo de texto, no rastro da tradição aristotélica em plena voga em períodos de Humanismos e Renascimentos, quando ainda eram bem audíveis os ecos da matéria arturiana ou “de Bretanha”. De fato, o tema do “fingimento” em Arte não era e não é simples, conforme o atestaram tantos pensadores antigos e cristãos, a começar pela etimologia de fingo, fingere, de que se originou a palavra: ambíguo de nascença, colocando em cena o gosto medieval pelas similitudes analógicas, o termo significou inicialmente “modelar em barro, em cera, esculpir”; “arranjar, dar forma, representar”; derivando logo para “imaginar, inventar, fazer parecer real” e daí, em zona sempre limítrofe, para “dissimular, faltar com a verdade, criar como fantasia”. Cumpre lembrar, ainda, que justamente a “ficção”, em que o gênero cavaleiresco se insere, vem do latim fictio, onis = “invenção, coisa fingida, obras que tratam de personagens imaginárias”. Leia Mais

Fantasmas modernos. Montagem de uma outra herança | Paola Berenstein Jacques

A modernidade é um fenômeno histórico altamente complexo, e que não pode ser facilmente enquadrado em perspectivas lineares ou unívocas. Qual seria a sua “verdadeira” natureza? Sintética (coesa e construtiva), ou analítica (fragmentária e destrutiva)? Voltada à integração das múltiplas artes, como na ideia alemã de “obra de arte total” (Gesamtkunstwerk), ou, ao contrário, como defendia Clement Greenberg, vocacionada à purificação e à autonomia de cada arte conforme suas técnicas e meios específicos? (1)

São muitas as correntes e vertentes modernas, com discursos múltiplos, dissonantes, e por vezes inconclusos e intervalares. Diversidade e polifonia que, no entanto, não evitou que essa mesma modernidade, confundida com os vários modernismos, e sua miríade de vanguardas, fosse lida como razoavelmente una e homogênea, e dotada de um discurso coerente, contínuo, teleológico e sem fissuras. Tendência generalizante das leituras históricas e historiográficas que é particularmente forte no caso da arquitetura e do urbanismo, onde a clara predominância das vanguardas de matriz construtiva eclipsou uma série de outras produções não alinhadas a ela. Produções estas que, uma vez amputadas de seu lugar e de sua organicidade histórica, parecem ter se tornado desgarradas, destituídas de sentido, entendidas como isoladas e estéreis, e, portanto, aparentemente incapazes de deixar heranças fecundas. Esse é o grande mito da modernidade que o belíssimo livro de Paola Berenstein Jacques –Fantasmas modernos: montagem de uma outra herança vol. 1 – vem contestar e desmascarar, refazendo minuciosamente as pontes dinamitadas, e revelando sementes muito frutíferas que nos pareciam invisíveis. Leia Mais

Arquitectura e instrução. O projeto moderno do Liceu (1836-1936) | Gonçalo Canto Muniz

Como ocorreu a trajetória arquitetônica dos liceus portugueses no período entre o século 19 e o Século 20? Gonçalo Moniz, que é referência no tema da arquitetura escolar, amplia essa questão além dos aspectos espaciais, trazendo uma articulação com o contexto político e as legislações educacionais no período analisado, considerando que o programa arquitetônico dos liceus sofreu transformações a partir de exigências pedagógicas, higiênicas e construtivas.

O recorte temporal escolhido pelo autor destaca os dois marcos relevantes na história do ensino secundário: o ano de 1836, com a reforma educacional que criou o Liceu e o ano de 1936, com a vinculação dos Liceus à ideologia do Estado Novo, definindo uma nova arquitetura nacionalista. Nessa arco temporal de cem anos, são identificados os diversos agentes que atuaram nessas transformações, estabelecendo uma relação entre as reformas de ensino e a sociedade. O conceito de modernidade e de classicismo das obras são aplicados nos diversos contextos, evoluindo no tempo e no espaço. O percurso histórico e arquitetônico dos liceus portugueses expressaram uma cultura racionalista moderna, associada a um caráter clássico, permitindo-se criar uma conexão entre as Belas-Artes e o Movimento Moderno. Leia Mais

The disappearance of rituals: a topology of the presente | Byung-Chul Han

O desaparecimento dos rituais: uma topologia do presente é um ensaio publicado em 2019, originalmente em língua alemã, foi traduzido em inglês e em português em 2020, esta última pela editora Herder. Trata-se de uma obra curta, como ocorre com as outras produções do filósofo e teórico cultural sul-coreano Byung-Chul Han, que é professor de Filosofia e Estudos Culturais na Universidade de Artes de Berlim. O livro possui pouco mais de cem páginas divididos em dez capítulos que discutem temas como a produtividade, a autenticidade, os rituais, “o fim da história”, o império dos signos, os dados (dataísmo), entre outros assuntos que estão concatenados pela escrita direta e simples, inclusive, aos outros ritos da vida moderna, como a pornografia.

O autor toma como ponto de partida as reflexões sobre a vida moderna e a tecnologia, aliando-as ao seu pensamento filosófico e, em certa medida, recorrendo aos referentes históricos para embasar noções teórico-críticas quanto ao mundo contemporâneo, como por exemplo as tecnologias digitais e os seus impactos na sociedade. Nessa perspectiva, caso venhamos a pensar nas proposições de Agamben (2013) quanto ao contemporâneo – o qual também é referenciado por Han neste e em outros ensaios –, é possível dizer que Han é um contemporâneo de seu tempo. Isto significa que ele enxerga as obscuridades do momento em que vive ao estabelecer uma relação de dissociação e anacronismo, de desconforto com o tempo a que “pertence” e percebendo os confrontos e problemáticas de seu entorno. Leia Mais

517: Weltgeschichte eines Jahres [Historia mundial de un año] | Heinz Schilling

La transformación de la producción de contenidos históricos, enfocados principalmente en el placer y la experiencia del público, ha significado un cambio también en los géneros narrativos de los libros que manejan estos contenidos, por lo que el género de difusión sigue siendo cada vez más atractivo y variado en el mercado editorial contemporáneo1 . Libros como A people’s History of America —con la variación francesa de Gérard Noiriel—, The Square and the Tower, la serie de historias mínimas que se publican en el Colegio de México, la apasionante biografía Chocolat de Gérard Noiriel o el último éxito en ventas de Francia Histoire mondiale de la France2 son ejemplo de tal transformación pues no solo siguen la regla de oro de usar un lenguaje claro y sencillo para un público amplio sino que también exploran formas diferentes de exposición; de ahí que la linealidad temporal, la unidad de tema y otras limitaciones —a veces propias del rigor académico— se desvanezcan y se traslapen como en una obra de Shakespeare.

En lengua alemana también han aparecido textos similares en esta década3 .El libro de Heinz Schilling 1517 —homónimo en su título con el de Peter Marshall4 —, que apareció en la lista de los best sellers de la revista Spiegel del año 20175 , se inscribe en la categoría comentada aunque hunde sus raíces en la tradicional escritura sinóptica —synoptische Geschichtsschreibung— de la historia universal6 . Se trata de un libro de no ficción —o, como se conoce en Alemania, Sachbuch— que versa sobre un radio geográfico global y una temporalidad que trata de reducirse a una vuelta alrededor del sol: un espacio desbordado y un tiempo restringido, la astronomía por encima de la geología —en términos de John Sterling7 —, la invitación de Mefistófeles a Fausto a ver el mundo en una noche. La labor, a pesar de lo tentadora, resulta más arriesgada que la de Geoffrey Parker en su monumental Global Crisis; que la genial propuesta de Timothy Brooks en Vermeer’s Hat; o que la de Tony Judt en su ya clásico Postwar. Leia Mais

1938: reforma universitaria/ higiene social y antifascismo en la UNLP. Itinerarios/ militancias y publicidades en torno a las conmemoraciones del ‘18 | Adrián Celentano

En algún rincón de El libro de los amores ridículos, Milan Kundera sostiene que los seres humanos atravesamos el presente con los ojos vendados; sin más opción que intuir o adivinar lo que en realidad vivimos. Solo el paso del tiempo puede quitar aquella venda para mirar al pasado y entender qué fue aquello vivido y cuál fue su sentido. En esa dirección se mueve el trabajo conjunto de este equipo de investigadores, quienes levantaron esa venda —desde el presente y a través de la revisión documental— para analizar las disputas políticas que tenían lugar en el campo intelectual de la Argentina de los años de 1930.

El libro retoma la experiencia de lucha y posicionamiento político al interior de la Universidad Nacional de la Plata (UNLP) a través del estudio de la Revista de la Facultad de Ciencias Médicas y Centro de Estudiantes de Medicina (en adelante RFCMyCEM), cuyo análisis, lejos de ser baladí, funciona como una clave para pensar las tensiones de ese momento. Tales disputas, si Nietzsche no erró al pensar en la idea del eterno retorno, son útiles para pensar las disyuntivas del presente. Leia Mais

Historia y Sociedad. Medelín, n.42, enero-junio, 2022.

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Publicado: 2022-01-01

Em busca do desenvolvimento perdido: um projeto novo-desenvolvimentista para o Brasil | Luiz Carlos Bresser-Pereira

O livro “Em busca do desenvolvimento perdido: um projeto novo-desenvolvimentista para o Brasil” foi escrito por Luiz Carlos Bresser-Pereira e lançado pela editora FGV Editora. Luiz Carlos Bresser-Pereira nasceu em 1934, em São Paulo, foi Ministro da Fazenda em 1985 e Ministro da Administração Federal e Reforma do Estado no governo de Fernando Henrique Cardoso (1999). Ganhou o título de professor emérito da Fundação Getúlio Vargas da qual é professor desde 1959, e é editor da Revista de Economia Política desde 1981.

A obra foi lançada em 2018 e se trata da proposição de um novo projeto desenvolvimentista como uma alternativa ao liberalismo econômico. Em princípio é feito uma abordagem da formação econômica, discorrendo sobre a adoção de investimentos no modo de produção industrial como foco de um projeto de desenvolvimento na década de 1940 a 1950, a estagnação econômica e a perda do projeto de desenvolvimento anterior a partir de 1980 e a adoção de medidas neoliberais como tentativa de retomada do crescimento econômico brasileiro a partir de 1990. O livro conta com uma introdução e sete capítulos. O autor tem forte base teórica em Marx, Weber, clássicos do desenvolvimentismo e Keynes, sendo indiscutível que sua obra tem matiz pós-keynesiana onde o desenvolvimento econômico é determinado pela demanda, acrescido ao argumento a ideia de Bresser-Pereira de que o acesso a essa demanda se daria a partir do controle da taxa de câmbio e da disciplina fiscal. Leia Mais

The Invisible hand?: how market economies have emerged and declined since 500 AD | Bas van Bavel

No ensejo das recentes contribuições da história na discussão sobre a desigualdade, o livro de Bavel aporta com um estudo de fôlego sobre ascensão e declínio das chamadas economias de mercado na longa duração. O tópico da desigualdade econômica e consequente polarização social ganhou a arena pública na década de 2010, em especial com a publicação de The Haves and the Have-Nots: a brief and idyosincratic history of inequality de Branko Milanovic (2010) e logo após o livro de Thomas Piketty Capital in the 21st Century (2013). Ambos os trabalhos de economistas renomados lançaram mão de uma mesma ferramenta para catapultar o debate sobre desigualdade: a história. Para surpresa de muitos historiadores, economistas têm progressivamente utilizado o método histórico na média e longa duração para debater e encontrar origens, nexos causais e idiossincrasias nas desigualdades do capitalismo do século XXI. O livro de Bavel assenta posições do historiador e sua capacidade analítica na longa duração para o debate que então excluía (ou era excluído) por historiadores profissionais.

O argumento do livro de Bavel é simples: 1- Podemos encontrar modelos de economias de mercado ao longo da história, sendo consideradas aquelas que alocam fatores de produção (terra, trabalho e capital) através do sistema abstrato e impessoal do mercado. 2- Economias de mercado de alocam terra, trabalho e capital via mercado alcançam grande e acelerado desenvolvimento econômico; 3- O acelerado crescimento econômico fundado na comercialização dos fatores de produção leva a um aumento das desigualdades, aguda polarização social e declínio das ditas sociedades. Leia Mais

Revista de Economia Politica e História Econômica, v.17, n.47, jan. 2022.

REPHE 47 – janeiro de 2022

[Artigos]

  • A Era do Capital
  • Osvaldo Luis Angel Coggiola
  • A condução do Estado helênico ao longo do período de ocupação nazifascista e a configuração da política grega. (1940-1960)
  • Talysson Benilson Gonçalves Bastos
  • Maria de Fátima Silva do Carmo Previdelli
  • O legado socioeconômico do Estado brasileiro e chileno durante os governos militares
  • Rodolfo Vieira Nunes George
  • André Willrich Sales
  • Política monetária a partir do ano 2000: Uma análise da atuação das autoridades monetárias
  • Heldo Siqueira da Silva Júnior
  • O “PIL: ferrovias”, bloco no poder e contradições do Estado: um relato
  • Roberto Mauro da Silva Fernandes
  • Evolução Recente da Agricultura Familiar no Maranhão
  • Cesar Augustus Labre Lemos de Freitas
  • Anderson Nunes Silva
  • Dionatan Silva Carvalho
  • Estratégia de desenvolvimento regional a partir da complexidade econômica: uma proposta para a região metropolitana da grande São Luís-MA
  • Laura Regina Carneiro
  • Ricardo Zimbrão Affonso de Paula
  • Wilson França Ribeiro Filho
  • Rodrigo Gustavo de Souza
  • Smith, Mandeville e a moral do brasileiro contemporâneo
  • Alexandre Lyra Martins
  • Leôncio Basbaum – revolução e militância (1950-1960)
  • Renan Somogyi Rodrigues da Silva

Resenhas:

  • BAVEL, Bas van. The Invisible hand?: how market economies have emerged and declined since 500 AD. Oxford: Oxford University Press, 2016.
  • BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Em busca do desenvolvimento perdido: um projeto novo-desenvolvimentista para o Brasil. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2018

Construyendo un reino de este mundo. Ensayo histórico sobre clericalismo y política en Chile | Ana María Stuven, Vasco Castillo

En las últimas décadas los escándalos por abusos sexuales han impactado fuertemente al mundo de la Iglesia Católica no solo en Chile, sino a nivel global. Dentro de las diversas explicaciones que se han movilizado para entender este fenómeno, que van desde las dimensiones patológicas de quienes asumen el sacerdocio, hasta el impacto de prácticas como el celibato en la sexualidad de los curas, una que proporciona uno de los marcos analíticos más sólido es aquella que vincula esta serie de abusos con la representación simbólica del sacerdote como una figura de autoridad y superioridad ante la comunidad; figura, además, perteneciente a una estructura de poder eclesiástica que contribuye a la impunidad de las malas prácticas, debido a su secretismo y ausencia de escrutinio público. Ambas dimensiones suelen ir de la mano y potencian una desviación de la vida religiosa de acuerdo con los estándares bíblicos, que se conceptualiza como “clericalismo”. Este concepto, clave a lo largo del texto que presenta la historiadora Ana María Stuven y el politólogo Vasco Castillo, es presentado -siguiendo la definición proporcionada por el Papa Francisco- como “una manera desviada de concebir la autoridad de la Iglesia”, caracterizada por la autopercepción sacerdotal de que, en virtud de su ordenación, poseen superioridad en el seno de la comunidad. Leia Mais

Eu vou piorar | Fernanda Bastos

Eu vou piorar é o segundo livro da poeta Fernanda Bastos. O primeiro foi Dessa cor (2018), ambos publicados pela Editora Figura de Linguagem. Escritora jovem, nascida em 1985, Bastos inscreve-se na escrita contemporânea de mulheres negras que acionam a criação literária a partir do diálogo interdisciplinar entre a história e a literatura. E que tem como principais temas o racismo, o machismo e questões de classe. Eu vou piorar é um livro de poemas objetivos no uso da linguagem e diretos nas referências histórico-sociais. É uma publicação exigente com a pessoa leitora, pois pressupõe uma abertura para entender a literatura nesse encontro com outras formas do saber e disposta à dinâmica de uma leitura como experiência de vida. A objetividade temática e a assertividade da linguagem direta são resultados de uma criação literária complexa, que se relaciona com um desejo da autora, mulher negra contemporânea, de escapar das opressões. Como disse Glória Anzaldúa, o conjunto de relações significativas que marcam o escrever de uma mulher negra são: experiências pessoais, visão de mundo segundo a realidade vivida, vida interior, “nossa história, nossa economia”.1 E esse conjunto de relações marcam o desejo que é, ainda seguindo Anzaldúa, a ânsia de não repetir a performance da opressão, movimento de criação literária utilizados pela poeta Fernanda Bastos. Leia Mais

Intimações do desumano | Edson Lopes Cardoso

Edson Lopes Cardoso é uma das pessoas-bússolas quando pensamos em ativismo político, intelectualidade e movimento negro brasileiro contemporâneo. E digo isso não como mero protocolo, digo com o sentimento de quem nasceu exatos quarenta anos depois dele e encontrou caminhos em comum alicerçados com ideias e reflexões sobre as armadilhas da violência estrutural sofisticada que é o racismo. Como mulher negra, também nascida na Bahia (em Berimbau – Conceição do Jacuípe), formada em jornalismo (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia), que enveredou por espaços acadêmicos e por Brasília, é inspirador acessar obras literárias e também trajetórias de pessoas negras que contribuíram com estratégias a favor de uma coletividade que teve historicamente os direitos negados. Com sua percepção apurada, Edson Cardoso continua sinalizando às máscaras que ainda seguem ativadas na sociedade brasileira. E com sua experiência de vida e combate, trança pensamentos com as gerações que o antecedeu e com as posteriores, com o compromisso de amplificar a dignidade das vidas negras. Leia Mais

Carnaval e Política: o Ilê Aiyê e a reinvenção da África | Niyi Afolabi

Vinte e dois anos atrás, escrevi para o n. 24 da Afro-Ásia uma resenha sobre o livro de Michel Agier, Anthropologie du Carnaval, uma contribuição substancial sobre o Ilê Aiyê, o bloco afro de Salvador que, ao longo dessas quatro décadas e meia, vem recebendo mais atenção de pesquisadores, jornalistas e cronistas.1 Provavelmente, trata-se do grupo de exaltação à Negritude que mais atrai os acadêmicos, bem como o Afoxé Filhos de Gandhy e as casas de Candomblé mais famosas, como o Gantois, a Casa Branca e o Axé Opô Afonjá. Leia Mais

Continuo preta: a vida de Sueli Carneiro | Bianca Santana

O livro Continuo preta é a mais completa biografia de Sueli Carneiro realizada até o momento no Brasil. Não é a primeira vez que a filósofa brasileira foi biografada. Este é o segundo livro sobre a vida da feminista afro- -latino-americana. O primeiro perfil biográfico foi escrito pela pesquisadora e jornalista Rosane Borges, baseado em entrevistas com Sueli Carneiro e publicado pela Editora Summus, em 2009. Ao contrário, nessa segunda biografia, escrita por Bianca Santana, há evidente investigação documental, além de entrevistas com Sueli, seus familiares, círculos de amigos e de militantes políticos. No livro, passamos a conhecer com mais profundidade as origens da personagem retratada e sua tortuosa trajetória social até tornar-se respeitável intelectual pública no Brasil. Leia Mais

¿Cómo se enseña la última dictadura a los jóvenes? Experiencias de transmisión del pasado reciente en una escuela de la ciudad de La Plata | Viviana Pappier

  1. Me gusta que aparezcan las continuidades y los nietos que van apareciendo, que se vaya completando la historia.
    A. Que se vaya completando y que nos metamos en la historia porque tiene que ver con nosotros.
    D. ¿Cómo les parece que se puede representar esta idea de que no está cerrado?
    A. Un espiral…

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Hubert Harrison: The Struggle for Equality/1918–1927 | Jeffrey B. Perry

Um verdadeiro tour de force. Hubert Harrison: The Struggle for Equality, 1918–1927 (Nova Iorque: Columbia University Press, 2021, 998 páginas), segunda parte da ambiciosa biografia escrita por Jeffrey B. Perry, retrata os últimos anos daquele que foi considerado “o pai do radicalismo do Harlem”, completando a trajetória de um dos mais importantes ativistas políticos afro- -americanos do início do século passado. Leia Mais

La primera mentira. Mitos y relatos distorsionados en la enseñanza de la Historia | Daniel Jiménez Martín

La primera mentira. Mitos y relatos distorsionados en la enseñanza de la Historia, recoge los principales problemas a los que se enfrentan los historiadores a la hora de cubrir el apartado docente de obligado cumplimiento en su carrera profesional. Para ello realiza un amplio recorrido desde la época prehistórica hasta las etapas más recientes de la Historia, efectuando un repaso por todos los mitos construidos y mantenidos desde hace décadas o incluso siglos. Denuncia la falta de experiencia didáctica de buena parte de los docentes, en todas las etapas educativas, especialmente en la Educación Secundaria y la universitaria porque la formación de los profesores radica en la propia investigación histórica en vez de en la forma de transmitir ese conocimiento histórico. Leia Mais

Construir Valparaíso: Tecnología/ municipalidad y estado/ 1820-1920 | Samuel J. Martland

El desarrollo urbano de una ciudad está estrechamente vinculado a las características geográficas del territorio que ocupa, pero también a la manera como se organizan sus gobernantes y a las herramientas tecnológicas de las que disponen sus habitantes. El libro de Samuel J. Martland plantea una aproximación a la historia de Valparaíso durante el siglo XIX a través de un análisis en el cual articula la tecnología urbana, la administración municipal, las empresas privadas y la formación del Estado. En ese sentido, su hipótesis general plantea que “(…) esta ciudad fue un lugar de experimentación y adelantos no solo tecnológicos -el muchas veces citado “progreso”- sino, también, en los reglamentos de seguridad y comodidad, y en la organización administrativa y cívica1. Para su demostración, el historiador norteamericano propone una estructura cronológica basada en cinco capítulos. Ahora bien, antes de entrar en la discusión específica de cada uno, es fundamental abordar algunos elementos generales sobre la propuesta formal, epistemológica y metodológica del autor que se puede observar en la introducción y a lo largo de todo el libro. Leia Mais

Ofícios de Clio. Pelotas, v. 7 n. 13 (2022)

EDIÇÃO COMPLETA

APRESENTAÇÕES

DOSSIÊ: OS MUNDOS DO TRABALHO NO BRASIL INDEPENDENTE

DOSSIÊ EDUCAÇÃO

ARTIGOS LIVRES

Barry Farm Hillsdale in Anacostia: A Historic African Community | Alcione M. Amos

Quando li o livro de Alcione Amos me convenci logo de sua importância para a compreensão da história dos negros norte-americanos. Estava na leitura do seu livro durante o julgamento do policial que matou George Floyd, e na sua finalização o ex-presidente Barack Obama disse mais ou menos isso: “enquanto os afro-americanos forem tratados como diferentes pela força policial e pela sociedade, jamais teremos democracia em nosso país”. Obama atingira o cerne do problema: o afro-americano – e outros grupos minoritários politicamente – apesar de todas as tentativas para a sua integração na sociedade americana, permanecia como o estranho, o diferente. Mudanças significativas ocorreram; porém, efetivas barreiras invisíveis impedem uma participação igualitária dos negros. Mais: expulsando-os do território administrado, ou quando possível, destruindo-os fisicamente. Enfim, quando aparecem figuras inusitadas como Trump, elementos adormecidos ou retraídos ganham força e aparecem sem pudor, configurando o racismo nacionalista.1 Racismo construído por séculos de opressão e violência. Dessa forma, nada disso pode ser esquecido, por atravessar a vida de milhões de afro-descendentes em todo o país. Entretanto, a formulação como o racismo se desencadeou não foi homogênea, sendo diversificada local e regionalmente, além de variada temporalmente. Leia Mais

Diásporas imaginadas: Atlântico Negro e histórias afro-brasileiras | Kim Butler

É mais que oportuna a publicação, no Brasil, do livro Diásporas imaginadas. O texto é resultado de uma profícua colaboração entre a historiadora norte-americana Kim Butler e o historiador brasileiro Petrônio Domingues. Ambos uniram seus esforços para apresentar um estudo que envereda por questões epistemológicas relacionadas aos estudos da diáspora e avançam na investigação de experiências da diáspora africana, mais especificamente da diáspora afro-atlântica, ao longo do século XX. Butler, que há mais de três décadas se dedica aos estudos da diáspora e investiga experiências brasileiras, recebeu Domingues no Department of Africana Studies, na Universidade de Rutgers, Nova Jersey (Estados Unidos), por ocasião de seu pós-doutoramento. Naquela oportunidade, Domingues, docente na Universidade Federal de Sergipe, cuja trajetória é igualmente longa nos estudos acerca da mobilização negra no Brasil, pôde investir na abordagem transnacional, introduzindo novas nuances à sua pesquisa. Leia Mais

De que lado você samba? Raça/ política e ciência na Bahia do pós-abolição | Gabriela dos Reis Sampaio, Wlamyra Ribeiro de Albuquerque

Os historiadores da escravidão no Brasil têm feito milagres com os documentos dos períodos colonial e imperial para escrever uma valiosa história dos escravizados. Está menos estabelecida, contudo, a questão sobre o que aconteceu com esses mesmos indivíduos com o advento da abolição e, especialmente, com o advento da República. E a natureza ambígua da Primeira República no Brasil ― imposta por um golpe militar contra uma monarquia que presidira a abolição ― torna a realidade dessa transição política ainda mais ambivalente. De que maneira os ideais republicanos abriram espaço para garantir direitos e autonomia aos negros, e de que maneira os mesmos ideais foram usados para impor a continuidade e o controle? Gabriela dos Reis Sampaio e Wlamyra Ribeiro de Albuquerque examinam ambos os lados desse debate para concluir que os primeiros anos da era republicana trouxeram tanto novos espaços como novos controles para a população negra; mas a análise elegante das autoras imprime uma ênfase decisiva no último aspecto e expõe as atitudes repressivas das elites republicanas para manter suas posições no topo das hierarquias racial e política. Conforme elas escrevem com eloquência, Leia Mais

Los nuevos actores sociales en América Latina: rupturas, continuidades y transformaciones/Anuario de la Escuela de Historia Virtual/2022

I

El título del presente dossier lo definimos a principios de noviembre de 2020: “Los nuevos actores sociales en América Latina: rupturas, continuidades y transformaciones”. Recurrimos a un lenguaje clásico de la sociología y de la historia, arraigado en los esquemas lógicos y en las inclinaciones protagónicas persistentes del campo académico regional, para convocar a un conjunto de colegas a compartir sus avances de investigación sobre un sustrato problemático igualmente persistente: el que atañe al devenir de los procesos de cambio social en América Latina. El término devenir se refiere a algo que puede sobrevenir, suceder o llegar a ser. Alude por lo tanto a un punto de indeterminación de un movimiento que involucra diferentes estaciones del tiempo futuro. Desde mediados del siglo XIX, quienes pretendieron asomarse al futuro regional de una forma metódica debieron sumergirse en una historia social localizada. Y para que dicho ejercicio de historización singular pudiese ofrecer algún rendimiento prospectivo resultó necesario identificar los modos de progresión de los vectores de fuerza determinantes de cada sociedad histórica. Nos referimos a aquellos núcleos que no solo concentran el poder suficiente para reglamentar la edificación de una sociedad dada, sino para movilizar el cambio de una sociedad a otra. La reconstrucción de dicho escenario sociohistórico, compuesto por un cúmulo enigmático de duraciones temporales y de procedencias que se solapan, se entremezclan y se desplazan entre sí, resultó ser una condición necesaria para poder dimensionar los juegos de poder que se fueron conformando en cada uno de los tiempos presentes considerados. Y la delimitación de esos juegos sucesivos de apropiación ofrecieron el campo de observación inmediato para reconocer los nuevos actores emergentes en las sociedades y para conseguir aventurar cuánta fuerza social son capaces de acumular en determinada circunstancia para la realización de sus propios intereses y proyectos. Por lo tanto, al volver a preguntarnos en este dossier por los nuevos actores sociales en América Latina, asumimos que estamos en la búsqueda no solo de actores novedosos sino también expansivos, que pueden tornarse protagónicos. Y junto a ello presuponemos que el sentido principal que justifica su observación esta íntimamente ligado a la pretensión de conocer en qué medida esa presencia novedosa podría marcar la evolución de las diferentes esferas sociales involucradas. Esta pretensión clásica de subsumir la observación de los actores a la pregunta por el cambio social estuvo presente en la convocatoria que le hicimos llegar en su momento a los/as autores/as invitados/as. Y prácticamente un año y medio despues, llegados a esta instancia final, observamos felizmente que tales inquietudes están presentes, de uno u otro modo, en la totalidad de los textos que aquí logramos reunir. Leia Mais

O massacre dos libertos: sobre república e raça no Brasil | Matheus Gato

À luz da “sociologia histórica do racismo”, a obra de Matheus Gato narra e analisa um trágico confronto envolvendo libertos, policiais e republicanos, em São Luís do Maranhão, dois dias após o golpe militar que derrubou a Monarquia. Aos gritos de morras à República, um grande número de homens negros (alguns sobrestimaram em 3000 deles) cruzou as ruas da cidade desde a manhã daquele dia. Leia Mais

Fantina: cenas da escravidão | Francisco Coelho Duarte Badaró

Não é comum, no campo da História, que obras literárias sejam resenhadas em revistas acadêmicas. A reedição recente de Fantina: cenas da escravidão, romance lançado originalmente em 1881 por Duarte Badaró, merece figurar como uma exceção, tanto pela sua evidente relação com um dos campos mais desenvolvidos da historiografia brasileira quanto pelo significativo aparato crítico que o acompanha. Publicada pela Chão Editora, especializada na edição de fontes primárias de grande interesse, a obra em questão vem acompanhada de um alentado posfácio de autoria de Sidney Chalhoub – cuja produção historiográfica ajudou a iluminar, ao longo das últimas décadas, a experiência da escravidão brasileira, sobretudo no Rio de Janeiro da segunda metade do século XIX. Juntos, o romance e o posfácio compõem uma obra que se apresenta, ao mesmo tempo, como um testemunho atento sobre uma das dimensões mais trágicas da ideologia de domínio que sustentou no Brasil o regime escravocrata – a naturalização da violência senhorial contra as mulheres escravizadas – e como um minucioso exercício metodológico sobre a relação entre a produção literária do período e a história social. Leia Mais

The Sacred Cause: The Abolitionist Movement/Afro-Brazilian Mobilization/and Imperial Politics in Rio de Janeiro | Jeffrey Needell

Datando o início do abolicionismo organizado no Rio de Janeiro a partir de 1880, Jeffrey Needell tratará das estratégias de líderes, ativistas e dos debates dentro do governo imperial. Crítico de uma “interpretação materialista” do abolicionismo brasileiro, Needell enfatiza que “as teses abolicionistas defendidas nos últimos cinquenta anos não conseguiram demonstrar precisamente a articulação [da política abolicionista] entre os afro-brasileiros, o movimento e o governo parlamentarista da monarquia brasileira (1822-1889)” (p. 1). Ele deixa clara sua intenção de demonstrar “a presença e a participação da classe média e das massas afro- -brasileiras no movimento” (p. 65). Dado seu foco sobre o papel decisivo das “massas” afro-brasileiras para acabar com o regime escravista em maio de 1888, um título mais apropriado para a monografia poderia ter sido The Sacred Cause: AfroBrazilian Mobilization, the Abolitionist Movement, and Imperial Politics in Rio de Janeiro. Leia Mais

Nazário e um plano de rebelião escrava na Aldeia dos Anjos: “os brancos eram uns pelos outros/por isso os negros também deviam fazer o mesmo” | Wagner de Azevedo Pedroso

A historiografia que estuda o extremo sul do Brasil já há muito abandonou a ideia de que naquela região a escravidão inexistiu ou teve pouco impacto. Se, por muito tempo, advogou-se que a mão de obra escrava era pouco importante para a economia e para a sociedade na província de São Pedro do Rio Grande do Sul, hoje em dia essa hipótese já caiu por terra, graças à multiplicação de estudos rigorosos produzidos nos programas de pós-graduação em História. Leia Mais

Arturo A. Roig. A cien años de su nacimiento/Estudios de Filosofía Práctica e Historia de las Ideas/2022

Arturo Andrés Roig nació el 16 de julio de 1922 y falleció el 30 de abril de 2012 en Mendoza (Argentina). Cursó estudios de Filosofía en la Universidad Nacional de Cuyo y egresó de la misma en 1949. Obtuvo en 1953 una beca para realizar en Francia estudios sobre filosofía antigua con el profesor Pierre-Maxime Schuhl, estancia de estudios que duró dos años. A su regreso, su labor se concentró en la profundización de los estudios platónicos, tarea que abarcaría más de diez años. Se abocó a la reconstrucción de la historia cultural de su provincia natal y a la investigación de la presencia del krausismo y del espiritualismo en el Río de la Plata. Fue docente de la Facultad de Filosofía y Letras desde 1959 hasta 1975, momento en que se vio obligado, junto a su familia, a exiliarse y dejar la cátedra por la persecución política ocurrida durante el gobierno de María Estela de Perón y la gestión del ministro de Educación Oscar Ivanissevich. Entre 1973 y 1974 ocupó el cargo de secretario académico de la Universidad Nacional de Cuyo, gestión en la que impulsó transformaciones en la organización de los saberes en la universidad y particularmente en la Facultad de Filosofía y Letras, en el marco de una pedagogía participativa alentada por ideales democráticos. En su exilio residió un breve tiempo en México y luego en el Ecuador, país en el que vivió hasta su regreso a la Argentina en 1984. Durante esos años dedicó sus estudios al rescate de la historia del pensamiento social y filosófico del Ecuador, fundó y dirigió el Instituto de Estudios Latinoamericanos de la Pontificia Universidad Católica del Ecuador. El gobierno ecuatoriano le otorgó la condecoración al mérito cultural en 1983. Ya en Mendoza fue restituido por orden judicial en su cargo universitario, del que se jubiló en 1985, e incorporado en el Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET) como Investigador Principal y como Director general del Centro Regional de Investigaciones Científicas y Técnicas de Mendoza (CRICYT), dependiente del CONICET. Unos años después fue director fundador del Instituto de Ciencias Humanas, Sociales y Ambientales (INCIHUSA). Leia Mais

El exilio y sus variantes: aproximaciones filosóficas/Estudios de Filosofía Práctica e Historia de las Ideas/2022

El exilio es un castigo político que ha estado presente en la mayoría de las civilizaciones a lo largo de los tiempos. Durante siglo, millares de hombres y de mujeres fueron expulsados mediante este dispositivo de sus territorios y, sin embargo, esa es solo una de las caras del exilio, pues la expulsión trae aparejada consigo la imposibilidad del retorno al terruño y a la comunidad, en forma definitiva o temporaria. Leia Mais

Palmares & Cucaú: o aprendizado da dominação | Silvia Hunold Lara || Guerra contra Palmares: o manuscrito de 1678 | Silvia Hunold Lara, Phablo Roberto Marchis Fachin

Palmares tem sido estudado e descrito desde o início do século XIX na literatura científica brasileira e, ocasionalmente, na portuguesa. É bem conhecido no Brasil graças tanto a trabalhos acadêmicos quanto à representação popular; mas é também muito conhecido fora do Brasil, pois há uma extensa historiografia sobre aquela comunidade quilombola escrita em inglês (e bem menos em outras línguas). Leia Mais

Politics as a Science: A Prolegomenon | Phillipe C. Schmitter, Marc Blecher

Distinct methodological approaches to studying political phenomena are at the core of the growing discussion in Political Science as a discipline, despite this debate dating back decades (GOODIN, 2011). Schmitter and Blecher summarize this topic in “Politics as a Science: A Prolegomenon” in the first of seven chapters of the book. To infer is a huge challenge due to the complexity of politics. How can we measure power? There is no single answer to this question. There are many ways to achieve this goal. The authors argue that one method to solve questions such as this is to analyze the rules’ functions and the practices of human social life. Leia Mais

Blood and Boundaries: The Limits of Religious and Racial Exclusion in Early Modern Latin America | Stuart Schwartz

Stuart Schwartz é certamente um dos mais importantes autores da historiografia atual sobre o mundo ibérico na primeira modernidade. Para simplificar, podemos definir este campo como o dos estudos sobre Portugal e Espanha, além de seus domínios e espaços de interesse entre os séculos XV e o XIX. Schwartz tem pesquisado sobre as dimensões da vida econômica, social, política e cultural, com atenção para a formação econômica, as instituições do poder e da justiça, a luta social, formas de resistência e negociação, assim como aspectos da cultura política, intelectual e religiosa dos povos imersos e submersos nesse espaço dos impérios português e espanhol. Seus livros, artigos e textos compõem uma obra vasta e plural, mas coesa; uma obra comprometida com o estudo crítico da sociedade e de expressões da resistência popular. Leia Mais

Zoológicos humanos: gente em exibição na era do imperialismo | Sandra S. M. Koutsoukos

O livro aqui resenhado apresenta como protagonistas Eko, Iko, Hilda, Kurt, Elly, Stephan, Krao, Schlitzie, Peter, Bunny, Violetta, Mungo, William, Charles, Lavinia, George, Minnie, Sarah, Betty, Byrne, Ella, Lazzaro, Giovanni, Millie, Christine, Violet, Daisy, Chang, Eng, Maria, Rosalina, Liou-Seng, Liou-Tang, Joseph, Fanny, Quacke, “Manuel”, “Marie”, Abal, Nancy, Ota, Bomushubba, Shamba, Kondola, Lumbango, Latuna, Kalamma, Malengu, Lumo, Antonio, Ibag, Singwa, Johnny, entre outros tantos. Eles compõem um enorme grupo de seres humanos que foram desumanizados a partir da prática, consolidada no século XIX, de exibir seres humanos considerados exóticos, selvagens ou monstruosos em museus, teatros, circos, zoológicos, feiras e instituições científicas, tendo-se como base o discurso que se convencionou chamar “racismo científico” no mundo ocidental, um dos esteios fundamentais dos Estados imperialistas europeus. Leia Mais

Entre el dinamismo y la pervivencia: agronegocio, actores y dinámicas socio-productivas desde una mirada histórica/Anuario del Instituto de Historia Argentina/2022

El agronegocio como modelo productivo supuso un desplazamiento en prácticas y formas de concebir la actividad agropecuaria de los actores que conforman el heterogéneo mundo rural argentino. En la actualidad, numerosas investigaciones, en particular las ancladas en el campo de la sociología rural, han procurado explicaciones de estos procesos cuya clave radica en acentuar los aspectos novedosos que promueve el agronegocio. Así, comúnmente se señala una serie de rupturas como, por ejemplo, el lugar preponderante de lo financiero por sobre lo agropecuario, el despliegue de estrategias empresariales, la incorporación de tecnologías, la articulación entre campo-ciudad, entre otros. Sin desconocer estos fenómenos, el agronegocio reconoce una significativa continuidad no solo con prácticas y discursos sino también con procesos productivos que en el modelo anterior ya ocupaban un lugar considerable. En ese sentido, la propuesta del presente dossier consiste en recuperar la historicidad de procesos, de diversos actores sociales, de prácticas y de sus discursos que se consideran centrales en el desarrollo del agronegocio. Leia Mais

Imaging Culture: Photography in Mali/West Africa | Candace Keller

Aqueles que se interessam por fotografia africana contemporânea, e mesmo os que gostam de fotografia contemporânea sem outro adjetivo, já devem ter tido contato com as obras de Seydou Keïta (1921- 2001) e Malick Sidibé (1936-2016). Ambos malineses, mestres da fotografia preto-e-branco em estúdio, foram “descobertos” por curadores e colecionadores europeus no início da década de 1990. Ao longo dos anos que se seguiram participaram de exposições, receberam prêmios e seus trabalhos se tornaram ícones no mercado internacional de arte. Leia Mais

Revista do Arquivo. São Paulo, n.14 2022.

Ano VII – Nº 14 – Junho de 2022

Capa

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EDITORIAL

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INTRODUÇÃO AO DOSSIÊ

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AUTORAS CONVIDADAS

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VERSÃO

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RESENHA

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INTÉRPRETES DO ACERVO

PRATA DA CASA

VITRINE

ARQUIVO EM IMAGENS

África/margens e oceanos: perspectivas de história social | Lucilene Reginaldo, Roquinaldo Ferreira

Resenhar coletâneas é sempre uma tarefa difícil devido à multiplicidade de temáticas e argumentos, e ainda mais quando a obra em questão se insere em um campo fora da especialidade do resenhista. A importância do livro África, margens e oceanos me impôs, porém, o abandono da cautela, justificada pelo fato de que ele não interessa apenas aos africanistas. Publicada como parte da coleção Várias Histórias ― uma das mais tradicionais da historiografia brasileira ― e inserida na renomada tradição da história social da Unicamp, esta obra oferece ao leitor uma saborosa seleção da produção brasileira sobre a história da África entre os séculos XVI e XX, com participação ainda de estudiosos dos EUA e de Portugal. Leia Mais

Slave Trade and Abolition: Gender/Commerce and Economic Transition in Luanda | Vanessa Oliveira

Slave Trade and Abolition, publicado em 2021, é a mais recente obra de Vanessa Oliveira. O livro analisa as estratégias adotadas pelos comerciantes sediados em Luanda face ao processo de transição do tráfico transatlântico de escravos para o comércio “lícito” de produtos tropicais. A obra presta particular atenção às interações sociais entre estrangeiros e a população local nas esferas do comércio, casamento e da exploração da mão de obra africana. Trata-se do estudo social e económico mais aprofundado e abrangente sobre Luanda no período do tráfico de escravos e após a abolição. No livro, a autora procura, com base na micro-história conectada à história global, desvendar as vivências cotidianas experimentadas pelos comerciantes de escravos em Luanda, sem perder de vista as conexões atlânticas dos seus residentes. Semelhante metodologia pode ser observada na obra Crosscultural Exchange in the Atlantic World, de Roquinaldo Ferreira, na qual o autor evidencia os fortes laços culturais e outros que interligavam Brasil e Angola na época do tráfico de escravos.1 Leia Mais

O novo conservadorismo brasileiro: de Reagan a Bolsonaro | Marina Basso Lacerda

Não é difícil entender por que o livro de Marina Basso Lacerda, O novo conservadorismo brasileiro, fruto de sua tese de doutorado no IESP/UERJ, foi finalista no Prêmio Jabuti 2020 na categoria de Ciências Sociais. O livro é bom. Bem distribuído, conciso e sóbrio. Mas, assim como qualquer obra, há alguns defeitos que abrem flancos para críticas. O mais complexo deles pautado no próprio conceito que permeia todo o livro: neoconservadorismo. É inegável que há uma nova configuração na política brasileira, cujo marco inicial pode ser pensado nas Jornadas de Julho de 2013. Não que o Bolsonarismo seja consequência direta das Jornadas, mas aquele momento pode ser pensado como a gênesis de um processo de ruptura e turbulências que foram gradualmente se intensificando a cada ano. Mas até que ponto essa direita, que sem dúvida ascendeu, pode ser entendida como uma nova direita? E, mais problemático, é possível utilizar apenas um conceito para englobar uma configuração tão heterogênea de grupos que vão de conservadores laicos a fundamentalistas religiosos? Leia Mais

The Yorùbá: A New History | Akinwum Ogundiran

O autor deste erudito e estimulante livro sobre os iorubás declarou, durante uma recente discussão promovida pela ASWAD – Association for the Study of the Worldwide African Diaspora (Associação para o Estudo da Diáspora Africana Mundial), que seu projeto nasceu de sua crescente percepção de que os dados históricos, arqueológicos, antropológicos e culturais relativos ao tema não se alinhavam com as representações do passado desse povo em grande parte da literatura acadêmica.1 Enquanto suas próprias pesquisas apontam para origens antigas e complexos processos de mudança através de longo horizonte temporal, um corpo crescente de literatura histórica, na sua opinião, “achata […] a história iorubá” e “trata a cultura [iorubá] como fossilizada num passado atemporal” (p. 3). De fato, tem havido uma tendência nos últimos setenta e cinco anos de representar o século XIX, o período do encontro missionário cristão e colonial europeu, como o “lócus e centro gravitacional da mudança cultural [iorubá]” (p.3). O desejo de Ogundiran de corrigir esse legado colonial e descolonizar a historiografia africana inspirou-o a escrever um grande e importante livro, pelo qual os leitores podem ficar agradecidos. Leia Mais

Coleção Atualidades Pedagógicas: do projeto político ao projeto editorial (1931-1981) | Maria Rita de Almeida Toledo

Do muito ou pouco que lemos sobre determinado assunto, sempre somos influenciados por uma biblioteca real ou imaginária que nos precedeu, o que vale para os livros que nunca lemos e que também fazem parte de nossa estante intelectual. Jorge Luis Borges (1899-1986) talvez seja o escritor que mais se debruçou sobre o tema das influências, das tradições e das traduções de leituras transformadas em metáforas da “babel literária” (PINTO, 1998). Tal assunto não é novidade para quem estuda a história das edições, dos livros, da leitura e dos leitores ou para quem lê com frequência a literatura de ficção, mas é absolutamente novo em determinadas prescrições de sala de aula para a formação de professores e de suas práticas, que ecoam leituras efetivamente realizadas ou meramente “copiadas” pela memória e pela imaginação. Leia Mais

História e Arqueologia: diálogos interdisciplinares/Dimensões – Revista de História da UFES/2022

Nos últimos anos, na esteira do spatial turning, 2 a História ampliou suas perspectivas metodológicas e documentais, afastando-se de uma tradicional lógica logocêntrica, o que a posicionou na seara dos estudos atinentes à cultura material e a associou intimamente a disciplinas com agendas afins de investigação, a exemplo da Arqueologia. A materialidade dos homens no tempo emerge, a partir deste momento, como elemento ativo na história. Os lugares ocupados pelos indivíduos são agora percebidos como espaços onde suas ações se desenvolvem, condicionando, não raras vezes, seus movimentos e evocando simbolicamente uma gama de representações. Dentro desta perspectiva, não é mais possível entrever os eventos pretéritos sem considerar o ambiente físico onde eles aconteceram. As paisagens e os lugares construídos, imaginados e apropriados pelos homens não são mais ignorados, sendo compreendidos como uma dimensão fundamental da história (BARROS, 2017; MARTINS; SILVA, 2019, p. 97-101). Leia Mais

Escola nova em circuito internacional: cem anos da New Education Fellowship | Rafaela Silva Rabelo, Diana Gonçalves Vidal

O livro “Escola Nova em circuito internacional: cem anos da New Education Fellowship” foi uma das iniciativas de publicização dos resultados investigativos do projeto temático “Saberes e práticas em fronteiras: por uma história transnacional da educação (1810-…)1”. Nessa publicação congregaram-se textos não somente da sua coordenadora, a professora Dra. Diana Gonçalves Vidal, como também dos seus integrantes em suas mais variadas etapas formativas, da iniciação científica ao pósdoutorado. Trata-se, portanto, de um livro cuja organização e composição ilustrou movimentos de pesquisa diversos em relação à mesma problemática. Ademais, ele se insere em uma perspectiva transnacional2 para o entendimento da história que vem ganhando, paulatinamente, tônus conceitual, metodológico e espaço em pesquisas, ainda que não se trate de uma perspectiva recente (STRUCK; FERRIS; REVEL, 2011). Leia Mais

Historia y Grafía. México, n.58, 2022.

Medios audiovisuales y escritura de la historia en México

Ensayos

Reseñas Críticas

Publicado: 2022-01-01

Alfaletrar: toda criança pode aprender a ler e a escrever | Magda Soares

A autora do livro “Alfaletrar: toda criança pode aprender a ler e a escrever”, Magda Becker Soares, é professora emérita da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Fundou o Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (CEALE), que tanto tem contribuído com a alfabetização e leitura no Brasil. O livro é fruto de um grande projeto desenvolvido no município de Lagoa Santa/MG e, disso, pode-se dizer tratar-se de uma imersão nas realidades de escolas públicas, embora especificamente no município mineiro, mas que, com certeza, se expandirá por muitos outros do Brasil, a partir da leitura dessa obra que dele foi gerada, e que carrega/traz como mote principal a certeza de que “toda criança pode aprender a ler e a escrever”! Leia Mais

Literatura/História e Memória em Gabriel García Márquez | Michelle Márcia Cobra Torre

O Caribe Colombiano é um território mágico e singular, com múltiplas influências culturais e uma vasta produção artística. Na literatura, citando apenas alguns nomes, autores como Álvaro Cepeda Samudio, Roberto Burgos, Clinton Ramirez, Teobaldo Noriega expressam essa riqueza e diversidade. Nascido em Aracataca, pequeno povoado do Departamento de Magdalena, um ambiente rodeado por trens, telégrafos e fazendas bananeiras – sob a exploração da legendária United Fruit Company –, Gabriel García Márquez se tornou um escritor universal e consagrado, laureado com o prêmio Nobel de Literatura em 1982. Leia Mais

Repensando o tráfico transatlântico de africanos escravizados na era da ilegalidade/Afro-Ásia/2022

Às vezes te sinto como avó,

outras vezes te sinto como mãe.

Quando te sinto como neto

me sinto como sou.

Quando te sinto como filho

não estou me sentindo bem eu,

estou me sentindo aquele

que arrancaram de dentro de ti.

À Africa – Oliveira Silveira Leia Mais

Teatro latino-americano contemporâneo: memória e testemunho/Literatura, História e Memória/2022

Querer ofrecer un panorama de las prácticas escénicas latinoamericanas contemporáneas o incluso, más concretamente, del teatro latinoamericano contemporáneo, es a todas luces una empresa abocada al fracaso. La amplitud y variedad de sus territorialidades culturales impide tal cometido o, en el mejor de los casos, nos llevaría al reduccionismo. Dicho esto, podemos señalar que una línea temática y escénica que el teatro latinoamericano contemporáneo frecuenta es la reflexión sobre la memoria y la historia, con inclusión en el teatro más reciente del testimonio y la consecuente liberación del concepto de representación, convirtiendo a este género artístico en un vehículo privilegiado de debate entre la cultura y la poítica y su representación. Por lo demás, la función política del teatro es reivindicada no sólo en su aspecto temático más explícito sino también en relación con el lugar que ocupa el individuo en la sociedad, el cuerpo en el espacio público, la mirada sobre el otro o la exposición a la mirada de los demás. Junto a ello, la metateatralidad, ya presente en los clásicos, cobra en la dramaturgia contemporánea una evidente preponderancia temática y escénica. Leia Mais

Temas y problemáticas de la historia digital en Argentina, 2022/Escuela de Historia/2022

Introducción

Desde hace mucho tiempo, el poder de cómputo de las computadoras despierta interés entre les historiadores. Al repasar un libro pionero como el Edward Shorter, The historian and the computer (1971), no es difícil reconocer algunas problemáticas que en la actualidad son igual de relevantes para la investigación histórica, especialmente en lo que respecta a los datos, a los métodos y a los peligros que el autor enumera. Más extraño nos resulta el entorno: máquinas enormes, tarjetas perforadas, lenguajes ya casi extintos. Todavía más excéntrico es el anexo del libro de Cardoso y Pérez Brignoli, Los métodos de la historia (1976), que remite al libro de Shorter y que lleva por título “El uso de la computación en historia”; en el que entre muchas advertencias (“de ningún modo se trata de que el historiador deba aprender a manejar el computador, o tan siquiera programar el procesamiento de la información” [p. 412]), los autores ilustran las esotéricas relaciones entre padrones y procesamiento de datos con imágenes de tarjetas perforadas y hojas de codificación. La idea poco sofisticada que comparaba la computadora con la calculadora sumada a los deseos de precisión y clausura formulados por alguna versión de la historia social, entre nosotros la más conocida fue la cliometría, hizo posibles amonestaciones que todavía circulan, incluso en sus modos más inocentes. Leia Mais

Imigração no tempo presente: experiências de vida e direitos humanos no Brasil/Revista Transversos/2022

A temática da imigração tem obtido grande repercussão nos meios de comunicação de massa, que, com frequência, têm noticiado esse fenômeno e seus desdobramentos no tempo presente. Embora o assunto remonte, no tempo e no espaço, a séculos anteriores, durante o período da grande imigração, na contemporaneidade, esse movimento tem se revestido de inúmeras preocupações. A grande mídia tem publicado matérias que aludem os impactos dos deslocamentos para o Brasil e suas implicações para a sociedade. Aponta-se para uma noção de crise migratória sem precedentes, motivada por questões que dizem respeito ao racismo e à xenofobia, além dos problemas que envolvem acolhimento a imigrantes, reconhecimento de cidadania e direitos humanos. Leia Mais

Cultural Heritage and the Future | Cornelius Holtorf, Anders Högberg

A obra Cultural Heritage and the Future, editada pelos arqueólogos Cornelius Holtorf e Anders Högberg, conta com a contribuição de 19 autores especializados em diversas áreas das Humanidades relacionadas ao estudo de patrimônio e tem como público-alvo profissionais, acadêmicos e estudantes dos campos de museologia e estudos patrimoniais, arqueologia, antropologia, arquitetura, estudos de conservação, sociologia, história e geografia. Embora esses campos estejam citados na primeira página do livro, o seu conteúdo vai além, podendo ser lido por qualquer pessoa que se interesse pela memória humana e o futuro dela: mesmo não tomando para si essa responsabilidade, o livro também pode ser lido como uma contribuição (muito relevante) aos estudos sobre o Antropoceno. Leia Mais

Georges Canguilhem: Vitalismo y Ciencias Humanas | Francisco Vázquez García

¿Puede un filósofo tener más de una vida? Esta eventualidad, por más que contradiga alguna de nuestras más elementales creencias prácticas cotidianas sobre el funcionamiento del mundo, no es una anomalía, sino una constante del campo filosófico nacional e internacional. Como ha sido ampliamente constatado por los trabajos más reconocidos de la sociología de la filosofía, como los de Louis Pinto o Randall Collins, algunos nombres, lejos de caer en el olvido, son objeto de recuperaciones simbólicas o de esfuerzos prolongados para ser integrados en el (limitado) “espacio de la atención” en filosofía, cobrando así una “nueva vida” y alimentando las disputas que constituyen el curso natural de la existencia del campo intelectual. Todo apunta a que, a juzgar por el número creciente de publicaciones francesas e internacionales que le conciernen, este fenómeno podría estar recientemente teniendo lugar en relación a un nombre probablemente menos reconocido de lo que se merece en el espacio filosófico internacional: el del filósofo francés Georges Canguilhem. Leia Mais

O cravo no Rio de Janeiro do século XX | Marcelo Fagerlande, Mayra Pereira, Maria Ainda Barroso

A música como fato urbano pode não ser uma exclusividade da cidade do Rio de Janeiro, mas não há dúvida de que se consagrou como um tema importante para a história da cidade e para a consideração de sua singularidade. Por outro lado, essa perspectiva enriquece igualmente a história da música como construção histórica. Esse entrelaçamento entre a história da música e a história da cidade tem sido um campo fértil de pesquisa e que ganha uma nova contribuição com o lançamento do livro O cravo no Rio de Janeiro no século XX, escrito por Marcelo Fagerlande, Mayra Pereira e Maria Aída Barroso. Leia Mais

Anarquistas de ultramar: Anarquismo/indigenismo/descolonización | C. Taibo

Hay una serie de estudios, muy específicos, destinados a entender y difundir cómo es que los anarquistas extendieron su filosofía por el mundo, en nivel intelectual y en dimensión práctica. Porque si algo caracterizó a los emisarios libertarios decimonónicos fue el no desligar la praxis de la idea. Esto lo entendieron, casi en un consenso general, los investigadores en las primeras décadas del siglo XX. Su producción historiográfica así lo constata. Pasar lista, por todos los autores sería una labor inconmensurable. Pero podemos identificar, al menos para los casos que son más contiguos a los contextos latinoamericanos, los trabajos puntuales de José C. Valadés y John M. Hart en México; Iaacov Oved en Argentina; Luis Heredia M. para el caso chileno; y el de Ricardo Melgar Bao en su compilado del movimiento obrero en Hispanoamérica. Leia Mais

Historia de la Legión española. La infantería legendaria. De África a Afganistán | Luis Eugenio Togores

En ¡A mí la Legión!, película de 1942, lo primero que ve el espectador después de los créditos de producción es una placa que dice lo siguiente: “Sea esta película un homenaje a todos los que dieron su vida por la Patria al grito de ¡¡Viva la Legión!!”. 1 Este mismo espíritu parece adoptar Luis Eugenio Togores en su Historia de la Legión española. La infantería legendaria. De África a Afganistán, una auténtica apología sobre los hechos de armas, el carácter y las formas de vida de la Legión Española. Curiosamente, el libro no tiene introducción. En ningún momento el autor presenta sus objetivos, el estado de la cuestión o las preguntas que lo motivaron a escribir sobre el tema. Los giros literarios predominan en la profusión de anécdotas que introduce, relatando los hechos con la soltura del corresponsal de guerra, en lugar de intentar un enfoque más analítico. De hecho, el libro no presenta problemas a explicar, sino que parte de una serie de convicciones que quiere plasmar de manera rotunda. Su gran objetivo no declarado es convencer al lector que la Legión ha sido una de las mejores unidades militares de todos los tiempos. Las fuentes que expone son, casi enteramente, provenientes de la propia Legión: cartas de legionarios, documentos del Ejército y memorias de oficiales. Además, utiliza los lemas del Credo Revolucionario como si fuesen una representación pura de la realidad. Raramente cita libros o fuentes alternativas, y cuando lo hace, no es para hacer un contraste o generar preguntas, sino para confirmar sus conclusiones o destruir argumentos contrarios a ellas. El inconveniente que Togores parece no advertir es que su procedimiento perjudica su credibilidad. Ante el elogio constante de las virtudes legionarias, sin contraste o moderación algunos, el lector termina por perder la medida de lo verosímil y puede dudar de todas las afirmaciones del historiador. Leia Mais

Alfabetização: desafios contemporâneos/Linhas/2022

Desde 2020, o Centro de Ciências Humanas e da Educação da Universidade do Estado de Santa Catarina acolhe a Associação Brasileira de Alfabetização – ABALF. Essa parceria aproximou a UDESC, bem como o Programa de Pós-Graduação em Educação de professores e professoras, pesquisadores e pesquisadoras na área da alfabetização na Educação Básica e Superior. É neste movimento e diálogo que foi tecido o Dossiê Alfabetização: desafios contemporâneos. Leia Mais

Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Rio de Janeiro, v.183, n.488 jan./abr. 2022

Revista IHGB – Número 488

Carta ao Leitor 15

I – ARTIGOS E ENSAIOS

  • ARTICLES AND ESSAYS
  • O dia seguinte do primeiro Código Civil Brasileiro:  Vigência e prática judicial no Rio de Janeiro (1917-1927)
  • The Day After the First Brazilian Civil Code: Validity and Judicial Practice in Rio de Janeiro (1917-1927)
  • Alan Wruck Garcia Rangel
  • Gustavo Silveira Siqueira
  • Santa Catarina na Exposição de História do Brasil de 1881
  • Santa Catarina at the Brazilian History Exhibition of 1881
  • Murilo Ristow Catarina
  • Sandra Paschoal Leite de Camargo Guedes
  • Em busca de outros sentidos: As críticas ao modelo  interpretativo Pradiano e as recentes explicações das estruturas coloniais
  • In search of other meanings: Critiques of Prado´s interpretive model and the recent explanations of colonial structures
  • Luís Carlos Albano Duarte Sousa
  • Johny Santana de Araújo
  • Raimundo Jucier Sousa de Assis
  • As crianças realmente deveriam seguir a condição do ventre escravizado? Instabilidades no princípio do partus sequitur ventrem na construção da escravidão colonial
  • Should children really follow the condition of the enslaved womb? Instabilities in the principle of partus sequitur ventrem in the development of colonial slavery
  • Paulo Henrique Rodrigues Pereira
  • “Um tributo à memória de meu pai”: as interpretações de Emílio Joaquim da Silva Maia sobre a história do Brasil a fim de recuperar a memória de seu pai Joaquim José da Silva Maia no século XIX
  • “A tribute to my father’s memory”: Emilio Joaquim da Silva Maia’s interpretations of Brazilian History and the revival of his father´s Memory, Joaquim José da Silva Maia, in the 19th century
  • Walquiria de Rezende Tofanelli Alves
  • Entre comendadores, cruzes e colares: a ordem do mérito judiciário trabalhista no Rio de Janeiro
  • Among Commendations, Crosses and Collars: the Order of Judicial Merit for Labor in Rio de Janeiro
  • Fernando Fontainha Luiza Meira Bastos
  • Temas do Direito Administrativo na Doutrina Jurídica Brasileira do século XIX: análise quantitativa (1857-1884)
  • Themes of Administrative Law in the Brazilian legal Doctrine of the 19th Century: a Quantitative Analysis (1857-1884)
  • Walter Guandalini Junior
  • Os primórdios do lúpulo no Brasil: A trajetória alcoólica brasileira até o domínio cervejeiro e a introdução do lúpulo
  • The beginnings of hops culture in Brazil: History of alcoholic beverages in Brazil until the dominance of beer and the introduction of hops
  • Eduardo Fernandes Marcusso

II – COMUNICAÇÕES

  • NOTIFICATIONS
  • Origem do epíteto “Cidade Maravilhosa” para designar o Rio de Janeiro: lenda e verdade
  • Origin of the Epithet “Marvelous City” to designate the City of Rio de Janeiro: Legend and Truth
  • Ivo Korytowski
  • Homenagem aos 150 anos de nascimento do sócio Luiz Gastão D’escragnolle Dória
  • Tribute to the 150 years of birth of partner Luiz Gastão D’escragnolle Dória
  • Vera Cabana Andrade
  • Benfeitores da Revista do IHGB
  • Colaboradores Pareceristas
  • Normas de publicação
  • Guide for the afuthors

Institutions and Ideology in Republican Rome. Speech/Audience and Decision | Henriette Van Der Blom, Christa Gray

En los últimos años, la producción historiográfica relativa a la República romana se expandió notablemente. Una parte considerable del esfuerzo colectivo, realizado por investigadores de diversas latitudes geográficas, se encuentra orientado a comprender la naturaleza del régimen político y las relaciones sociales que caracterizaron su dinámica de funcionamiento. El debate, sobre la mayor o menor incidencia del elemento popular, promovió un original desarrollo conceptual que expandió los límites formales de las categorías teóricas empleadas. Al respecto, pueden citarse los múltiples aportes que realizaron las editoras del presente volumen sobre la cultura y la comunicación política. Henriette Van der Blom publicó Oratory and Political Career in the Late Roman Republic (2016), a su vez, junto con Catherine Steel editaron Community and Communication: Oratory and Politics in Republican Rome (2013), por su parte, Steel es autora de Roman Oratory (2006) y Christa Gray editó, en colaboración con Balbo, Marshal y Steel, Reading Republican Oratory: Reconstructions, Contexts, Receptions (2018). En Institutions and Ideology… analizan los contextos institucionales y los marcos ideológicos dentro de los cuales tuvieron lugar la producción de discursos públicos y la circulación de ideas en la Roma republicana. Las contribuciones compiladas en este volumen, presentadas en un ciclo de conferencias que tuvo lugar en Abril de 2014 en la ciudad de Londres, son el resultado del proyecto The Fragments of Republican Roman Oratory, financiado por el Consejo Europeo de Investigación. Leia Mais

El exilio en el contexto latinoamericano: problemas y perspectivas desde el discurso (siglos XIX-XXI)/Secuencia/2022

El exilio ha sido objeto de constante interés en las últimas décadas tanto en el seno de las ciencias sociales como de las humanas,1 y no sólo a modo de fenómeno que ha merecido consideración por sí mismo, sino también como punto de partida de investigaciones fruto de diferentes corrientes de estudio.2 El tema, de hecho, ha suscitado numerosas aproximaciones al pasado, lejano y cercano –incluso a cuestiones de estricta actualidad–, a la vez que a infinidad de espacios en que este se ha manifestado de una u otra forma. De esta manera, se puede acceder a los discursos de sus protagonistas y, por consiguiente, incidir mediante nuevos acercamientos en expresiones ya conocidas o mostrar otras ignoradas hasta la fecha, en las que cabe profundizar. Los discursos, asimismo, pueden proceder de quienes han retratado el exilio sin haberlo tenido que vivir en primera persona. Todo ello queda cifrado, entre otros cauces, en textos de muy distinta condición (correspondencia epistolar, novelas, poemas, autobiografías, documentos administrativos, etc.),3 que permiten recuperar itinerarios más interesantes en un sentido personal o colectivo, pero elocuentes de la realidad histórica.4 Leia Mais

O Rio de Janeiro nas notícias da Gazeta de Lisboa/1751-1800 | Carlos Francisco Moura

Desde a década de 1990, a história do Rio de Janeiro foi renovada pela exploração de fontes de época que noutros tempos se mantinham inexploradas na historiografia carioca e fluminense. Em relação aos estudos do período colonial, não há dúvida de que o Projeto Resgate Barão do Rio Branco, iniciado pela Biblioteca Nacional brasileira no contexto das iniciativas comemorativas do quinto centenário do Descobrimento do Brasil, foi decisivo para tornar acessível as fontes da administração colonial lusitana referentes ao Brasil, por meio da sua microfilmagem, digitalização e difusão por meio eletrônico. Nesse conjunto, interessa destacar especialmente que a difusão dos numerosos documentos manuscritos referentes à capitania do Rio de Janeiro permitiu que a pesquisa histórica renovasse seus temas e aprofundasse a suas análises. Esse quadro geral evidenciou como a história colonial do Rio de Janeiro não pode prescindir do conhecimento dos acervos de origem portuguesa. Leia Mais

La reconfiguración del orden letrado: el Colegio de San Juan de Letrán de la Ciudad de México | Rosalina Ríos Zúñiga

En años recientes, el estudio de los colegios en el México colonial e independiente ha tenido un importante auge entre los académicos y ha dado continuidad a la línea de investigación que comenzó en 1970 dedicada al estudio de la historia de la educación desde una perspectiva social. Dentro de esta corriente, el libro de Rosalina Ríos Zúñiga, La reconfiguración del orden letrado: el Colegio de San Juan de Letrán de la Ciudad de México, plasma la historia de dicho colegio a finales del siglo XVIII y gran parte del XIX en sus múltiples funciones y modalidades de interacción. Escrito desde la historia social, Ríos Zúñiga escogió para su estudio el colegio de San Juan de Letrán por ser uno de los más importantes de la capital, y por lo tanto, como su título lo anuncia, representa un caso útil para analizar, en palabras de la autora, el “proceso de reconfiguración del orden letrado que experimentaron las corporaciones educativas hacia el modelo que terminaría imponiéndose con el positivismo” (p. 27). Leia Mais

Povos indígenas, migrações e deslocamentos territoriais/Escritas/2022

A discussão sobre a inconstitucionalidade da tese do Marco Temporal tem estimulado a produção científica em diferentes campos do conhecimento que se dedicam à investigação sobre a relação das populações indígenas e seus territórios. A necessidade de uma maior compreensão sobre deslocamentos, migrações e fluxos territoriais efetuados por populações indígenas em específicos contextos socioculturais – seja em situações de perseguição, subordinação e violência, ou motivados por dimensões cosmológicas e/ou ecológicas, entre outros – complexifica um acirrado debate político atualmente judicializado, que possui como aspectos centrais a territorialidade, a historicidade e as relações interétnicas em processos sociais de resistência e conflitos de curta, média e longa durações. Leia Mais

Educação Histórica. Curitiba, n.24, jan./jun., 2022.

REDUH 24 Revista de Educação Histórica

APRESENTAÇÃO……………………………………………………………………… 09

RESENHA

De bucal en bucal: relatos de vida de boxeo | Fernanda Lara Manríquez

“Varias de las historias que leeremos a continuación nos muestran el camino que cada peleador ha tenido que recorrer para llegar a donde está ahora, así como también lo que los impulsa para seguir adelante en este deporte que requiere de grandes habilidades físicas, pero también emocionales. Cada historia nos muestra que arriba de un ring no importan las diferencias entre clases sociales, razas, lenguas, color de piel, género, o maneras de pensar, son solo dos individuos que se enfrentan en igualdad de condiciones con el objetivo de vencer a su contrincante, y es aquí donde el papel del entrenador marca la diferencia” (p. 7). Leia Mais

El marxismo latinoamericano frente al desafío de la crítica al eurocentrismo/Revista Izquierdas/2022

La intencionalidad permanente de revelar el carácter difícilmente universal de los planteamientos foráneos, reconstruir el proceso social de su devenir e imaginar otras trayectorias y criterios que permitan repensar lo que somos en la teoría social latinoamericana como parte del Sur Global, ha estado marcado por la teoría Marxista a lo largo de los dos últimos siglos. En consonancia, el objetivo del presente monográfico será mostrar cómo en los diversos “períodos históricos” se configura una crítica constante al eurocentrismo marxista y la incesante búsqueda de darle una salida original o una respuesta a la problemática que presenta la teoría marxista. Leia Mais