Mulheres empilhadas | Patrícia Melo
Patrícia Melo | Imagem: Agenda BH
A imaginação como dinamismo criador é a rejeição da tirania da forma fixa que parece se oferecer à percepção. As imagens dinâmicas não só formam, mas, sobretudo, deformam, transformam, ampliam e aprofundam a chamada realidade. É a imaginação, poder maior da natureza humana, que não só inventa coisas, mas, principalmente, inventa caminhos novos.
(Norma Telles, 2010, p. 2) Há exatamente 15 anos, no mês de agosto de 2006, foi sancionada a lei responsável por prevenir, punir e erradicar a violência contra a mulher no Brasil. Fruto da luta contra as violências experienciadas por mulheres e com o apoio de órgãos internacionais, o gênero foi reconhecido como um marcador fundamental de opressões sistematizadas e invisibilizadas pelo Estado, que se ausentava diante da necessidade de medidas legais, ações efetivas e reconhecimento dos agressores.1 A resistência se deu através de vozes e atuações femininas que, organizadas em coletivos feministas, centros de advocacia e assessoria jurídica, possibilitaram a aprovação da lei e continuam zelando por ela. Inspirado nesse contexto real, o romance ficcional Mulheres Empilhadas da premiada autora brasileira Patrícia Melo, nasce em 2019 como um alerta da importância de estarmos atentas ao crime que continua nos tirando a vida. Leia Mais
A invenção das mulheres: construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero | Oyèrónke Oyëwümí
Oyèrónkẹ´ Oyěwùmí | Imagem: Facebook
A obra “A invenção das mulheres – Construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero” foi publicada no Brasil pela Editora Bazar do Tempo no primeiro semestre de 2021. Tal publicação é derivada de seu original em inglês “The Invention of Women: Making an African Sense of Western Gender Discourse” (1997) sob autoria da professora e socióloga nigeriana de origem iorubá, Oyèrónkẹ´ Oyěwùmí. A autora busca compreender a maneira pela qual o gênero foi construído na sociedade iorubá, levando em consideração toda a interferência ocidental nas produções de conhecimento africanas sob histórico de dominação europeia naquele continente, investigando principalmente o contexto da pré-colonização na iorubalândia.
Um dos apontamentos da autora em relação aos Estudos Africanos foi a de que diversos esquemas, teorias e conhecimentos acadêmicos de origem ocidental foram apropriados e utilizados como maneira de compreender o continente africano. Tais compreensões foram comumente impostas pelo domínio estrangeiro (nos processos colonizatórios e tráficos escravagistas do atlântico, por exemplo) às sociedades africanas. Leia Mais
Histórias das violências de gênero contra as mulheres | Manduarisawa | 2021
Parece estranho que, em pleno ano de 2022, o tema das violências de gênero contra mulheres e meninas esteja apenas começando a ganhar um apelo geral entre a sociedade brasileira. Historicamente, a sociedade brasileira legitimou, por meio das instituições públicas, a desigualdade de gênero que, por sua vez, é fruto de heranças histórico-jurídicas que remontam ao período colonial. Exemplo disto é a utilização do termo mulher honesta no Código Penal de 1940, a fim de se fixar parâmetros para auferir um juízo de valor em casos de crimes sexuais cometidos contra mulheres (só foi retirado do ordenamento brasileiro nos anos 2000, por ser considerado um parâmetro comportamental estereotipado). Também o Código Civil brasileiro de 1916 – que trazia pesada carga semântica no tratamento direcionado às relações entre homens e mulheres – só foi alterado nos anos 2000, quando homens e mulheres passaram a receber tratamento normativo equiparado.
Reforçamos, portanto, que ainda que as mulheres tenham obtido grandes conquistas em âmbito internacional e nacional, a violência de gênero contra mulheres ainda é recorrente em nosso país e no restante do mundo. Só no Brasil, no primeiro semestre de 2020, ao menos 648 mulheres foram assassinadas por motivação relacionada ao gênero. O índice representa aumento de 1,9% em relação ao mesmo período, de janeiro a junho, no ano anterior, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública – FBSP e integram o 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Leia Mais
The Typewriter Century: A Cultural History of Writing Practices | Martyn Lyns
Martyn Lyons | Imagem: Thames & Hudson
Martyn Lyons claims that the role of the typewriter in modernization has been taken for granted by cultural historians, a state he aims to correct in The Typewriter Century. Subtitled A Cultural History of Writing Practices, Lyons notes how the introduction of typewriters changed everyday office procedures, but most of his attention is on celebrity writers and their often uneasy relationship with the machine.
Touching on writers from a wide range of genres, including philosophy, social commentary, canonical literature, pulp fiction, children’s stories, crime, and romance, the book provides an entertaining look at how authors made peace — or not — with the typewriter by examining writers’ correspondence, media interviews, advertisements, websites, and blogs. The Typewriter Century provides a feast of anecdotes and interesting facts about writers familiar to bibliophiles; Gustav Flaubert, Jacques Derrida, Jackie Collins, Jack Kerouac, J. K. Rowling, Ezra Pound, and many more names appear in these pages. Leia Mais
Toward the Health of a Nation: The Institute of Health Policy, Management and Evaluation — The First Seventy Years | Leslie A. Boehm
Leslie A. Boehm | Imagem: University of Toronto
This book is a lengthy institutional history of the Institute of Health Policy, Management and Evaluation (IHPME) at the University of Toronto, published by the Institute itself. The Institute and its various precursors were the most important public health education programs in Canada for most of the twentieth century, providing essential training for individuals who would shape public health at the local, provincial, and federal levels. The genealogy of the IHPME goes back to the founding of the School of Hygiene at the University of Toronto in 1924, with Dr. J. G.
FitzGerald as its director. Funded by the Rockefeller Foundation, the School would establish an international reputation under FitzGerald’s leadership. The rapid expansion of hospitals after the Second World War drove demand for a new class of managers. The Department of Hospital Administration, nestled within the School of Hygiene, welcomed its first class in September 1947. Not surprisingly, graduates of the hospital administration program found employment in hospitals and in government. After 1967, the focus shifted from “hospital” to “health” administration as the school refined its programs, while concurrently solidifying its position as an important training centre for a cadre of administrators who would become influential throughout English-speaking Canada. Leia Mais
Marie-Esther Robichaud. Une éducatrice acadienne et son temps/ 1929– 1964 | Nicolas Landry
NIcolas Landry | Imagem: Acadie Nouvelle
Parmi les richesses des archives du campus de l’Université de Moncton, campus de Shippagan, on retrouve un fonds très intéressant sur l’état du système scolaire francophone dans le monde acadien au Nouveau-Brunswick au milieu du siècle dernier, c’est-à-dire de 1929 à 1964 environ. En effet, ces documents, surtout des lettres et des rapports, recèlent des informations importantes sur la formation du corps enseignant au primaire et au secondaire. De plus, les documents témoignent de l’évolution du système scolaire, des heurs et des malheurs des maîtres tant dans les petites écoles que dans les écoles secondaires et les collèges. Ces précieux documents sont signés par Marie-Esther Robichaud, enseignante, puis directrice d’école et ultimement, assistante du surintendant des écoles dans le comté de Gloucester dans le nord-est du Nouveau-Brunswick. L’historien, Nicolas Landry, a exploré ce fonds d’archives. Il nous en livre une solide description.
Landry témoigne tout autant des grands progrès qu’il a fallu accomplir pour amener une certaine uniformité à la fois dans le contenu des matières enseignées et dans la formation du personnel enseignant que des succès qui viendront couronner les efforts de Marie-Esther Robichaud et des nombreux problèmes auxquels elle aura su apporter des solutions. Ces informations nous sont présentées en sept chapitres. Leia Mais
Genèse et legs des controverses liées aux programmes d’histoire du Québec (1961–2013) | Olivier Lemieux
Detalhe de capa de Genèse et legs des controverses liées aux programmes d’histoire du Québec (1961–2013)
S’engager à narrer le récit de l’enseignement de l’histoire au Québec est un défi de taille, considérant les conflits et les controverses que le sujet soulève. Lemieux s’y est intéressé dès son parcours doctoral et le présent livre en est un des résultats. La parenté entre ce livre et la thèse de Lemieux est frappante dans le meilleur des sens : la plume de l’auteur est assurée, le texte est limpide, les éléments sont bien sélectionnés, expliqués et résumés. Le texte est organisé autour d’une question clé : pourquoi l’enseignement de l’histoire nationale, tel qu’il est présenté dans les programmes officiels québécois, est-il au centre de controverses? Avec une telle question, on peut comprendre que Lemieux, dans son développement, doit s’attarder aux grands débats, aux enjeux de société et aux controverses ayant agité le Québec autour de ce sujet sensible.
Nous devons commencer par souligner la présence d’une préface élogieuse de Claude Corbo qui donne le ton au livre. Ce dernier est organisé autour de cinq chapitres, un premier expliquant la démarche menée par Lemieux pour retracer le fil conducteur permettant de répondre à sa question de recherche et les quatre suivants organisant les différents éléments constitutifs du récit qu’il brossera de l’enseignement de l’histoire. Leia Mais
Utopian Universities: A Global History of the New Campuses of the 1960s | Jill Pellew e Miles Taylor
Detalhe de capa de Utopian Universities: A Global History of the New Campuses of the 1960s
The 1960s were a period of expansion in many higher education systems. In their introduction to Utopian Universities, Pellew and Taylor note that approximately 200 new university campuses were created during the decade, and these initiatives provided a unique space to redesign the university in physical, organizational, and curricular terms. Emerging from a two-year project, this edited volume focuses on the developments and aspirations associated with a selection of these new universities, contributing to our understanding of this important developmental phase within higher education in some jurisdictions.
The first section of the book, which focuses on the development of nine new universities in the United Kingdom (UK) (including seven in England) is the strongest and most integrated component of the volume, in large part because of the relatively common contextual elements underscoring these initiatives, but also because the section includes a number of quite masterful thematic analyses. These include an outstanding chapter by William Whyte describing the influence of the “Redbrick” civic universities on the new British universities that emerged in the 1960s, and the fascinating assumptions underscoring the design and architecture of these new campuses. Leia Mais
Intimate Integration: A History of the Sixties Scoop and the Colonization of Indigenous Kinship | Allyson Stevenson
Allyson Stevenson | Imagem: Eagle feather News
Social workers, like teachers, played a significant if unintentional role in the colonization of First Nations and Métis peoples in Canada by engaging in approaches to providing services where “assimilation took the guise of benign and de-racialized technologies of helping” (109). Métis scholar and historian Allyson Stevenson reveals this truth in her detailed and critical account of Sixties Scoop when there was a sudden escalation in the apprehension and transracial adoption of Indigenous children.
While Stevenson, an adoptee herself, focuses her account on Métis experiences in Saskatchewan, she provides an examination of broader historical contexts and regional, national, and even international policies and laws that sustained the “colonial intrusion into the intimate realm of Indigenous families” (4). Leia Mais
Reunion, Remembrance, and Reclamation at an Urban Indian Residential School | Survivors of the Assiniboia Indian Residential School e Andrew Woolford
Theodore Fontaine, a survivor of the Assiniboia Indian Residential School and one of the authors of “Did you see us? Reunion, Remembrance and Reclamation at an Urban Indian Residential School.” | Imagem: CTV News
Did You See Us? asks readers to participate in a reunion amongst a sociologist, the Winnipeg community, and Survivors of the Assiniboia Indian Residential School. Operating between 1958 and 1973, this residential institution was different than the previous fifteen that existed in Manitoba, as it was both the first residential high school in the province and the first within an urban setting (Winnipeg). Administered by the Oblates of Mary Immaculate, the school existed as a place to offer high school education for students from remote communities. In this way, the school presented itself to be a typical urban high school, but the varied student perspectives acknowledged, “it was still a residential school” (16).
By the time survivors arrived at Assiniboia, they had experienced multiple residential schools under the direction of various religious denominations. Therefore, some students, including the late Theodore Fontaine, thought of the school as “a little oasis in a sea of turbulent seas” due to the higher quality of food and caring teachers who pushed them to do well both in academics and extracurriculars (29). The school day was still structured around prayers, a strict segregation of genders, and isolation from their home communities. However, in comparison to their former Indian day, residential, or public schooling experiences that happened before or after Assiniboia, the urban high school was remembered more fondly for many students. These recollections were in part due to the friendships that were made, additional extracurricular activities including dances, sports, community events, and the opportunity for many students to explore an urban area for the first time.
The physical book was created in conjunction with Survivors from The Assiniboia Residential School Legacy Group and Dr. Andrew Woolford, an experienced sociologist on this topic. As a settler scholar, Woolford’s name does not appear on the cover of the book and only appears after the Survivors’ stories in part 3. This act of centring the community’s history as an author demonstrates Woolford’s commitment to answering the title of the book, Did You See Us? We are forced to confront this story from the perspective of residential school survivors rather than an academic. Woolford’s chapter is followed by four additional parts, which recount stories from former staff, neighbours, the general Winnipeg community, and three separate reunions (2013, 2015, 2017).
Together, these distinct parts combine Indigenous community research, oral history, and archival analysis into an informative account of this understudied institution. The purpose of the book is to help survivors in “reclaiming our former school and its legacy” for healing and commemoration (xxiii). This was a twofold goal which included the creation of new spaces to share stories about the school while survivors were still alive, and at the same time educating the broader Winnipeg community about its legacy. In this manner, the story becomes a collection of multiple perspectives that reads more circular than linear. This works particularly well due to the incompleteness of the archival record and the varied experiences students remembered that was largely dependent on their previous schooling and in what decade they attended.
In the mid 1970s, when the school was being demolished, only a few students’ embroidery work was saved along with the 1958–59 class photograph. The book fills in those missing details when the physical building was reconstructed to fit the needs of a new RCMP forensic lab. Did You See Us? also included the perceptions of white students around the school, nearby neighbours, former staff, and the local Winnipeg community members who were actively engaged in the reunion. Woolford balances the varied perspectives of those both inside and outside the institution with the reality of the genocidal policies during this period. Did You See Us?, then, is not just a book, but a physical archive constructed through a particular context which included physical reunions, the sharing of historical posters, and the production of a peer-reviewed text. The book is larger than its physical presence as it represents a relational memory that was led by the local Indigenous community and translated into an academic text.
The book does present a historical conundrum when conducting research at a school reunion. As one survivor, Betty Ross, noted, “the residential school either made you or broke you” (9). As a result, we hear a lot from the students who were “made” in the school and nothing from the students who either passed away before the reunion or did not want to relive those memories with classmates (9). Woolford is blunt about these missing pieces: “They are an incomplete set of remembrances” in the sense that only some stories could have been possibly shared in 2017 (199).
However, these “incomplete” memories are better than no memories, and the book itself represents the most complete information. It also presents several troubling questions about the reality of educational integration efforts for Indigenous people in this period and the ongoing experience of Indigenous students who still attend high school far from their home communities.3 In a circular way, the former school building now houses the Canadian Centre for Child Protection, ensuring the memory and legacy of its former occupants are remembered. I would highly recommend this book for new settler scholars in Indigenous studies. Woolford is honest about his inexperience hosting survivor reunions and his reluctance to engage in work that only benefits academics rather than the Indigenous communities in their area. Woolford employs an “unsettling methodology” which supported the Assiniboia Survivors Legacy Group to own, control, access, and possess their histories, and is an excellent template for future Indigenous community-led research in education (198). The book will serve as an important archive of the Assiniboia Indian Residential School and represents an urban community’s reckoning with its colonial past.
Resenhista.
Jackson Pind – Queen’s University.
Referências desta resenha
Survivors of the Assiniboia Indian Residential School; WOOLFORD, Andrew (eds.). Did You See Us? Reunion, Remembrance, and Reclamation at an Urban Indian Residential School. Winnipeg: University of Manitoba Press, 2021. 272p. Resenha de: PIND, Jackson. Historical Studies in Education / Revue d’histoire De l’éducation. Vancouver, v.34, n.1, 2022. Acessar publicação original.
Hall-Dennis and The Road to Utopia: Education and Modernity in Ontario | Josh Cole
Detalhe de capa de Hall-Dennis and The Road to Utopia: Education and Modernity in Ontario
When you open Josh Cole’s book Hall-Dennis and The Road to Utopia you find a series of photos of children and teachers happily working in open concept classrooms, engaging with new postwar technology (TVs, headphones, tape machines), and running freely in fields. These photos are part of the 1968 Ontario education document Living and Learning: The Report of the Provincial Committee on Aims and Objectives of Education, also known as the Hall-Dennis Report. The images, along with the written report, suggest a new purpose for education, at the forefront of modernity, progress, and creativity. Cole argues these images were used to indicate schools were no longer “a place of confinement but instead a place of enjoyment,” now depicted as modern art galleries, highlighting “clean lines, bright lights and a modernistic sensibility” (185). However, Cole also suggests that the images, and much of the narrative in the report, were a veneer of openness and did not represent the real substance of the report, which was to maintain conservative libertarian positions on individualism and citizenship. Leia Mais
Colour Matters: Essays on the Experiences/ Education/ and Pursuits of Black Youth | Carl E. James
Carl E. James | Imagem: Tweeter
Dr. Carl E. James (FRSC) is currently the Jean Augustine Chair in Education, Community and Diaspora in the Faculty of Education at York University. Over the past three decades, his scholarship has focused on the intersections of race, ethnicity, culture, language, and identity in the Canadian context. Dr. James’ essay collection entitled Colour Matters: Essays on the Experiences, Education, and Pursuits of Black Youth is a culmination of his research about Black Canadian youth.
A key feature of this collection is that James structures the chapters with a “Call and Response” style, a linguistic form originating in sub-Saharan Africa. James describes this as a conversation that is meant to provoke larger critical dialogues. Each chapter begins with a “Call” that is, an essay drawn on primary and secondary research conducted by James over the past two decades. The second part of the chapter is a “Response” from one of ten internationally recognized scholars from the United Kingdom, Canada, and the United States. This structure allows the reader to integrate new perspectives about each topic. Leia Mais
Boom Kids: Growing Up in the Calgary Suburbs/ 1950–1970 | James A. Onusco
Detalhe de capa de Boom Kids: Growing Up in the Calgary Suburbs/ 1950–1970
Since their conception, scholars have treated suburbs as a sociological petri dish, a delineated space in which to examine an evolving landscape and the social dynamics within its borders. Almost every field of history has a stake in the suburban narra-tive, producing diverse work interrogating gender and sexuality, evolutions in tran-sit, housing, and consumerism, the politics of city planning and local governance, impacts on health and the environment, and the intertwined notions of conformity, gatekeepers, and outsiders. The history of childhood has often travelled to the sub-urbs. This is most apparent in studies of North America’s postwar suburbs, when parents were increasingly outnumbered by their baby boom offspring and a child-hood focused on academics, safety, and character building was championed. James Onusko’s Boom Kids: Growing Up in the Calgary Suburbs, 1950–1970 contributes to this discourse by shifting the oft dominant central Canada-focus of both childhood and suburban history to the prairies. Onusko recounts the history of Calgary’s Banff Trail suburb from the vantage point of its youngest residents to demonstrate “both consciously and unconsciously [how] children and adolescents influenced suburbia, just as it shaped them” (2). Leia Mais
Historical Studies in Education. Vancouver, v.31, n.1, 2022.
Articles
- “Were It Not for the Spirit of the Boys… There Would Have Been No Story”: Memory and Childhood in Residential School Narratives
- Eric Farr
- “What Porto Rico Can Do for the United States”: The Imperial Roots of the School Survey and Statistics Movement in the United States, 1898-1915
- Brianna Lafoon
- “Neither Unimportant nor Uninstructive”: An Examination of the Socio-Political Context and Content of Rev. Moses Harvey’s 1885 Newfoundland History Textbook for Schools
- Rebecca Faye Ralph
Book Reviews
- James A. Onusko, Boom Kids: Growing Up in the Calgary Suburbs, 1950-1970
- Tarah Brookfield
- Carl E. James, ed., Colour Matters: Essays on the Experiences, Education, and Pursuits of Black Youth
- Alana Butler
- Josh Cole, Hall-Dennis and The Road to Utopia: Education and Modernity in Ontario
- Rose Fine-Meyer
- Jill Pellew and Miles Taylor, eds., Utopian Universities: A Global History of the New Campuses of the 1960s
- Glen A. Jones
- Allyson D. Stevenson, Intimate Integration: A History of the Sixties Scoop and the Colonization of Indigenous Kinship
- Lynn Lemisko
- Survivors of the Assiniboia Indian Residential School and Andrew Woolford, eds., Did You See Us? Reunion, Remembrance, and Reclamation at an Urban Indian Residential School
- Jackson Pind
- Leslie A. Boehm, Toward the Health of a Nation: The Institute of Health Policy, Management and Evaluation – The First Seventy Years
- Peter L. Twohig
- Martyn Lyons, The Typewriter Century: A Cultural History of Writing Practices
- Julie Zatzman
- Nicolas Landry, Marie-Esther Robichaud. Une éducatrice acadienne et son temps, 1929–1964
- Marc Lavoie
- PDF (Français (Canada))
- Olivier Lemieux, Genèse et legs des controverses liées aux programmes d’histoire du Québec (1961–2013)
- Laurie Pageau
- PDF (Français (Canada))
- Contributors
- Guidelines for Authors
Published June 10, 2022
Isaac Newton and the Study of Chronology: Prophecy, History and Method | Schilt Cornelis J.
Cornelis J. Schilt | Imagem: Corpus Newtonicum
Al pie de su monumento funerario en la Abadía de Westminster se lee que Isaac Newton fue un intérprete diligente, sagaz y fiel de la Naturaleza, de la Antigüedad y de la Sagrada Escritura (Naturae, Antiquitatis, S. Scripturae sedulus, sagax, fidus interpres). El segundo elemento, la Antigüedad, es el que menos esperable resulta para el público de hoy: se refiere a la prolongada dedicación del genio inglés a los estudios de cronología. Esta ardua disciplina, hoy olvidada, servía como punto de encuentro de biblistas, astrónomos y anticuarios; perseguía una datación precisa de los sucesos de la Antigüedad con vistas a la integración, en una única línea temporal coherente, de las dispares cronologías ofrecidas por los relatos bíblicos y las narraciones de los historiadores paganos. La punta de iceberg de los desvelos cronológicos de Newton fue la póstuma Chronology of Ancient Kingdoms Amended (1728), una obra que Richard Westfall juzgó “de un tedio colosal”, solo leída por “el reducidísimo grupo de quienes por sus pecados deben atraversar el purgatorio que representa” (Never at Rest, Cambridge, 1980, p. 815).
Graduados en Medicina por la Universidad de Irache (1613-1769) | Fernando Serrano Larráyoz
Fernando Serrano Larráyoz | Imagem: Diario de Navarra
El estudio de la difusión del conocimiento científico en la península Ibérica ha manifestado una constante dicotomía en su aproximación a las realidades académicas de la Edad Moderna. Mientras que, ya desde el siglo XIX, ha sido constante el esfuerzo destinado a desentrañar los horizontes docentes, la articulación institucional, los medios de financiación, los marcos culturales y las dinámicas sociales surgidas al albur de los grandes centros universitarios de Castilla (Salamanca, Alcalá, Valladolid), Portugal (Coímbra) y la corona de Aragón (Zaragoza, Valencia), menos atención se ha dado a los polos que, por su posición geográfica fuera de grandes urbes o dada su divergente naturaleza de origen (colegios o universidades menores), también jalonaron el cursus honorum de profesores y estudiantes de las “cuatro partes del mundo” pertenecientes al rey de España o a otros príncipes y repúblicas de la Cristiandad católica. Casos como las universidades -unas derivadas de estudios generales medievales, otras de nuevo cuño- de Ávila, Osma, Osuna, Gandía, Oñate, Almagro, Orihuela, Baeza, Sahagún o el mismísimo monasterio de San Lorenzo el Real de El Escorial han permanecido en el olvido historiográfico hasta fechas relativamente recientes. Sin embargo, y pese a las críticas que conforme avanzaban los siglos modernos se hicieran de la calidad de su doctrina o a la facilidad para la obtención de los títulos, los perfiles sui generis de tales espacios del saber han demostrado la heterogeneidad institucional de los estudios superiores hispanos (de complejos universitarios urbanos a colegios/conventos-universidad) y una estrecha vinculación tanto a órdenes religiosas como a aristócratas fundadores o patronos.
Tratado breve de medicina y de todas las enfermedades. Estudio, selección y notas de Marcos Cortés Guadarrama | Agustín Farfán Fray
Tratado breve de Medicina, de Agustín Farfán (1610). Detalhe de capa.
Esta edición del Tratado breve de medicina y de todas las enfermedades, que publicara originalmente el médico y fraile Agustín Farfán, en México, allá por 1592, merece una bienvenida entusiasta. Sobre todo, merece celebrarse la concepción y el resultado del trabajo de su responsable, Marcos Cortés Guadarrama, profesor y estudioso de la literatura hispánica y actualmente investigador en la Universidad Veracruzana, en México. Celebración que hay que hacer extensiva a la editorial que ha hecho posible este empeño de publicar un grueso volumen de quinientas páginas. Y más en estos tiempos en que muchas editoriales académicas se espantan ante la idea de aprobar la publicación de cualquier cosa que sobrepase los dos centenares de páginas, pretextando la necesidad de no perder lectores ni una supuesta ganancia económica, que, en realidad, en la mayoría de los casos, se deriva del pago que efectúan los propios autores o sus proyectos de investigación y no del número de ejemplares vendidos. La edición que reseñamos tiene varios méritos indiscutibles. En primer lugar, se lleva a cabo una acertada selección de los textos de la edición original; selección que resulta imprescindible, dada la esencia última del Tratado, que pese a su estructura compleja no deja de ser, en gran medida, un recetario, lo que, forzosamente, da lugar a numerosas reiteraciones que harían tediosa la lectura. En segundo lugar, el autor ha anotado con esmero todo el texto, guiando la lectura contemporánea de un texto de medicina de hace más de cuatro siglos y ofreciendo al lector un mundo de sugerencias bibliográficas, itinerarios de lectura y aclaraciones conceptuales con las cuales el texto de Farfán adquiere todo su alcance y significado. Y en tercer lugar, la edición va precedida, además, de un estudio introductorio que, en realidad, es una auténtica monografía sobre la literatura médica en castellano, en España y en México, de los siglos XV y XVI: ciento setenta y cinco páginas densas de citas, de aparato crítico, de un completo análisis del texto, de su autor y del contexto histórico, científico y literario en el que se produjo. Así es que resulta muy grato para el lector encontrarse ante una edición generosamente anotada y una introducción que permite en todo momento una lectura contextualizada del texto original de Farfán. Baste citar aquí esta breve puesta en contexto de la obra de Farfán que, según su editor, se inscribe “dentro de un marco estructural para la misión agustiniana que siempre se esforzó por mantener a los encomenderos, perpetuarlos como único modelo social para el virreinato de la Nueva España” (p. 115).
Radical History em contextos globais | Esboços | 2022
Detalhe de capa de Radical History Review (May 2020, 137)
A lthough radical history has been considered at times as mere political activism, the field is recently growing and empowering academically in multiple directions, including global history. One of radical history’s main demands is to recognize silenced historical practice and experience, as well as alignment with libertarian movements, organizations, and social groups. And while radical history usually focuses on marginalized peoples, ideas, and actions, it also demands clear political positionality from authors and audiences. In doing so, radical history is unsettling yet engaging, and its particular strength is offering a conflagrant critique of what German radical leftists have called the “herrschende Verhältnisse” (ruling conditions)—past and present.
Radical history perspectives, we argue, emerged most prominently from post-1960s British labor history, European history workshops, the American civil rights movement, radical feminism, and avant la lettre postcolonial criticism with a demand for undogmatic Marxist and other leftist historic analysis of capitalism, inequality, and injustice—in most cases as history from below. During the 1990s and 2000s, radical history perspectives increasingly integrated analyses of racism and sexism into the earlier, predominating analyses of class and class struggles. On the one hand, this broadened radical history’s scope, for instance by including cultural history and postcolonial perspectives. On the other hand, this opening demonstrates that radical history scholarship itself was not unaffected by global political and economic changes (end of the Cold War; late capitalism, etc.) that also brought about differing intellectual demands (DIRLIK, 1994; KWON, 2010). Nevertheless, radical history is a strong umbrella term for a very heterogeneous field of critical scholarship that pushes our understanding of key analytical categories, including gender, sexuality, race, class, disability, ethnicity, and class, and that also allows for intersectional and global approaches to explore discrimination, oppression, and exploitation. The main focus remains on radical politics and movements, and their histories and struggles, as publications that set the tone of the field, do not hide.1 Leia Mais
Sulla consolazione | Girolamo Cardano
Girolamo Cardano | Desenho: Autor desconhecido
Consolar: acto de paliar el infortunio, de mitigar la aflicción, de confortar en la desventura, de amortiguar la desgracia. En definitiva, aliviar el sufrimiento. Girolamo se llama nuestro misericordioso consolador. Nombre de santo. Aquel monje cristiano traductor de la Biblia en el tardo imperio romano. Imagen de escribano bíblico inmortalizada por Caravaggio en una delicada pintura al oleo. Por su parte, el apellido identifica al libertino progenitor. Fue hijo bastardo del abogado Fazio. Un descendiente de la noble casa de los Cardano. Conocido jurista y talentoso matemático, asistente del mismísimo Leonardo da Vinci en materia de números. Girolamo nació el otoño de 1501 en la localidad de Pavía. Cuentan sus memorias que las líneas de la mano le auguraban un porvenir aciago atribuyéndole el papel de ignorante mentecato. Sin embargo, poseyó las dotes del estudio y del entendimiento algebraico.
No fue casual que publicase la primera solución general para las ecuaciones de tercer y cuarto grado. Matemático, médico, filósofo, astrónomo, halló en la razón moral de las cosas el fundamento de la condición humana. Conocimientos que trasladó a sus contemporáneos en manuales perspicaces, ingeniosos, agudos. Sobre la sabiduría; Sobre la variedad de las cosas; Sobre la inmortalidad de las almas; Sobre la sutileza de las cosas; Sobre el provecho que debe sacarse de la adversidad; El libro de los sueños; Proxeneta, libro sobre la prudencia civil; El libro de los secretos; dan ejemplo de sus muchas obras. Textos que analizan en profundidad la existencia del hombre. Hubo también una autobiografía, Mi vida, conocida hoy en múltiples idiomas. Amén de otros textos sobre matemáticas, medicina, astronomía. Producción enciclopédica fruto de continuas cavilaciones. «Doy vueltas a muchos y graves asuntos y hasta de cosas que no pueden ser», confiesa este sabio renacentista. Un intelectual del cinquecento italiano. Pese a sus grandes méritos, personaje e ideario fueron olvidados. La contrarreforma católica pos-Renacimiento condenó su pensar heterodoxo. Prohibido leer libros subversivos. Giordano Bruno y Tommaso Campanella lo hicieron. Por ejemplo. Aquel acabó en la hoguera. Este dio con sus huesos en la cárcel. Cierto, no solo por leer a Cardano. Pero la lectura ayudó. Transcurrirán varios siglos hasta que la historiografía contemporánea rescate parcialmente su figura. En especial, la alemana. Hoy es un personaje recordado en Italia, menos lejos de dicha geografía.
Asclepio. Madrid, v.74, n.1, 2022.
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- [es] Serología y lucha antivenérea en el Instituto de Transfusión Sanguínea de Valencia (1937-1938): María Hervás Moncho
- Xavier García Ferrandis, Jon Arrizabalaga
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- [es] Tecnologías médicas asociadas a la transfusión sanguínea en tiempos de autarquía: el aparato transfusor del Dr. Agustí Amell (1943)
- Carlos Hervás Puyal
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- [es] El servicio de transfusión del ejército republicano durante la Guerra Civil Española y su influencia en Gran Bretaña en la Segunda Guerra Mundial
- Linda Palfreeman, Peter H. Pinkerton
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Estudios
- [es] La herencia de Prometeo. Las enfermedades ocupacionales en el Corpus Hippocraticum
- César Sierra Martín
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- [en] Las epidemias de cólera en Estambul Otomano tardío, la atención médica y las Hermanas de la Caridad Católicas francesas
- Ceren Gülser İlikan Rasimoğlu
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- [es] De la melancolía a la locura: embarazo, parto y posparto (España y el mundo hispánico, siglos XVI-XVII)
- Jesús M. Usunáriz
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- [es] La relación entre la leche y la mortalidad en la infancia: un problema de salud pública en Chile (Santiago, 1930-1962)
- José Julián Soto Lara, Pablo Sebastián Chávez Zúñiga
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- [pt] Alveitares e alveitaria no Portugal Medieval
- André Filipe Oliveira da Silva
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- [es] En torno a la correspondencia internacional de Zoel García de Galdeano
- Pedro J. Miana, Antonio M. Oller Marcén
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Reseñas
- [es] Cardano, Girolamo. Sulla consolazione. Firenze, Olschki editore, 2021, XVI + 191 pp. [ISBN 978 88 222 6745 0]
- Andrés Galera
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- [es] Fray Agustín Farfán. Tratado breve de medicina y de todas las enfermedades. Estudio, selección y notas de Marcos Cortés Guadarrama, Madrid-Fráncfort, Iberoamericana-Vervuert, 2020. 501 p. ISBN 978-84-9192-114-1. 35 €]
- José Pardo-Tomás
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- [es] Serrano Larráyoz, Fernando. Graduados en Medicina por la Universidad de Irache (1613-1769). Pamplona, Pamiela Universitas, 2019, 381 páginas [ISBN: 978-84-9172-125-3]
- Roberto Quirós Rosado
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- [es] Schilt, Cornelis J. Isaac Newton and the Study of Chronology: Prophecy, History and Method. Amsterdam, Amsterdam University Press, 2021, 309 páginas [ISBN: 978-94-6372-116-5]
- Pablo Toribio
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- [es] Vázquez García, Francisco. Pater infamis. Genealogía del cura pederasta en España (1880-1912). Madrid, Cátedra, 2020 + 296 páginas [ISBN: 978-84-376-4077-9]
- Francisco Molina Artaloytia
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- [es] Mateo Alarcón, Pedro Luis; Morente Muñoz, Carmen; Hidalgo Álvarez, Roque. Jesús Yoldi Bereau: un universitario al servicio del bien común. Granada, Editorial Universidad de Granada, 2021, 330 pp. [ISBN: 978-84-338-6821-3 (tapa blanda)]
- Francisco A. González Redondo
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- [es] Marco, Jorge. Paraísos en el infierno. Drogas y Guerra Civil española. Granada, Comares, 2021, VIII + 424 páginas [ISBN: 978-84-1369-122-0 (tapa blanda)].
- Francisco Jiménez Aguilar
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- [es] López Sánchez, José María; Fernández Gallego, Alba. A imprenta y tírese. 80 años de la editorial CSIC. Madrid, CSIC, 2021, 748 páginas [ISBN: 978-84-00-10697-3 (tapa dura)]
- Fernando García Naharro
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PUBLICADO: 2022-06-30
Antrope. Tomar, n.14, julho, 2022.
Editorial
- Ana Cruz
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- SANTUÁRIOS DE ARTE RUPESTRE AO AR LIVRE NO ALENTEJO: O CASO DO PENEDO DO FERRO (MONFORTE, PORTUGAL)
- Leonor Rocha, Paula Morgado
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- ¿CÓMO MEJORAR NUESTRAS ACTIVIDADES DIVULGATIVAS?: DISEÑO DE FORMULARIOS PARA CONOCER LA OPINIÓN DEL USUARIO
- Nidia Aliseda, Juan F. Gibaja, Millán Mozota, menairo@hotmail.com
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- LA INVESTIGACION ACTUALISTICA Y EXPERIMENTAL EN LOS ESTUDIOS LITICOS DE SUDAMERICA
- Hugo G. Nami
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- ANÁLISE ANTROPOLÓGICA DO MATERIAL OSTEOLÓGICO PROVENIENTE DO MONUMENTO MEGALÍTICO ANTA II DO REGO DA MURTA, ALVAIÁZERE (LEIRIA): CASO DE ESTUDO DE UM INDIVÍDUO ADULTO COM PATOLOGIA TRAUMÁTICA E SUA RELAÇÃO COM O CONTEXTO DEPOSITADO
- Daniel Alves, Augusto Ferreira, alexfiga@ipt.pt
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- CONTRIBUTOS PARA O ESTUDO DA PALEOFARINAÇÃO NO VALE DO SOUSA SUPERIOR: O CASO DO TERRITÓRIO DE LOUSADA ENTRE O IV MILÉNIO E O SÉCULO VI D.C.
- Manuel Nunes, Paulo Lemos
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- POSSÍVEL ITINERÁRIO ROMANO POR TAROUCA
- José d’Encarnação, José Carlos Santos
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- ESTATUETA DE BRONZE DE VALE DO JUNCO (ORTIGA, MAÇÃO)
- José d’Encarnação, Fernando Coimbra
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- INTERVENÇÃO ARQUEOLÓGICA NA RUA 25 DE ABRIL, N.º 56, SANTA CRUZ, GRACIOSA
- José Luís Neto, Luís Borges, Tânia Manuel Casimiro
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- INTERVENÇÃO ARQUEOLÓGICA NO CASTELO DA ROCHA NEGRA, CEDROS, FAIAL
- José Luís Neto,Luís Borges, Tânia Manuel Casimiro
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- QUINTAIS URBANOS: A MATERIALIDADE EVIDENCIADA PELA ARQUEOLOGIA NO CENTRO HISTÓRICO DE BELÉM-AMAZÔNIA-BRASIL
- Ana Paula Claudino Gonçalves
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- SEGNO E SIMBOLO
- Anna Luana Tallarita
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Pater infamis. Genealogía del cura pederasta en España (1880-1912) | Francisco Vázquez García
Francisco Vázquez García | Imagem: Loreto Camacho/Diario de Cadiz
La propuesta de Francisco Vázquez es una historia crítica cultural o, si se quiere, filosófica en el sentido que algunos entendemos una posible forma de hacer filosofía. A partir de un estudio de casos empíricos orientados por una epistemología y una ontología históricas, nos proporciona herramientas con las que hacer una ontología (y una epistemología) del presente. Pensar el presente, sin anacronismos y con un suficiente equipaje histórico, es precisamente lo que posibilitará la lectura de este estudio genealógico sobre una figura “tenebrosa” cuya relevancia es cuidadosamente desbridada en su contexto. Ello requiere acotar el campo de intervención, a saber, el abuso de menores por parte de eclesiásticos en la España de la Restauración. Es en ese periodo, en el paso del siglo XIX al XX, cuando podemos rastrear la problematización (y “construcción”) del problema de los clérigos perpetradores de abusos sobre menores.
La metodología que hemos tildado de “filosófica” de acometer una historia crítica cultural, como el propio autor reconoce, nos coloca en el brete de diseñar un espacio en el que sea posible la confluencia de ámbitos de los estudios históricos dispares para que tengan la oportunidad de, solapándose y entrelazándose, confluir para un análisis tan profundo como holístico. El anticlericalismo, el género, la medicina, la infancia, la criminología, la prensa y los avatares de las identidades nacionales son focos historiográficos que esta obra visita con estrategia genealógica. Dicha genealogía permite evaluar cómo las subjetividades del presente han ido pergeñándose en una relación tanto de recepción como de rupturas, continuidades y discontinuidades con perfiles anteriores con los que hay que enfrentar reediciones conceptuales, solapamientos y brechas no siempre evidentes.
Jesús Yoldi Bereau: un universitario al servicio del bien común | Pedro Luis Mateo Alarcón, Carmen Muñoz Morente e Rogue Hidalgo Álvarez
Fotografía tomada en el Jardín Botánico de la Universidad de Granada, muy probablemente en 1928. A la izquierda, el profesor Gonzalo Gallas y a la derecha, el profesor Jesús Yoldi. En el centro, Pieter Zeeman y su esposa. El segundo por la izquiera es el profesor Juan Antonio Tercedor Díaz, decano de la Facultad de Ciencias | Imagem: Blogsaverroes
El libro que reseñamos está estructurado en cinco partes fundamentales, además de una presentación, un prólogo y una introducción. Pero no se busque un capítulo de conclusiones; tal vez los autores han preferido que sea el lector quien las saque tras su lectura. En realidad, el libro es mucho más que la biografía del que fuera catedrático de Química General de la Universidad de Granada desde 1924 hasta 1936. Es un análisis de las condiciones históricas que llevaron a la ciencia española desde el centro, Universidad Central de Madrid, hacia la periferia; de las transformaciones sociales y económicas que vivió la sociedad española durante las tres primeras décadas del siglo XX, de su reflejo en una universidad periférica como era la Universidad de Granada; del cambio de mentalidad que se operó en la élite intelectual española desde la pérdida de las últimas posesiones coloniales en 1898, y de la toma de conciencia de la pobreza generalizada en que vivía la mayoría de la población.
Como en una sucesión infinita de elementos van apareciendo las diferentes “cuestiones”. La cuestión universitaria, que reivindicaba la autonomía frente al Gobierno de turno para distanciarse de sus cíclicas crisis políticas, la cuestión social, con la aparición de una nueva clase social, el proletariado; la cuestión militar y la situación en Marruecos, que ponía de manifiesto todas las corruptelas del régimen oligárquico; la cuestión religiosa, que en sus múltiples formas subordinaba al Estado Español ante el Estado Vaticano; y la cuestión regional, dado que las élites y el Estado, a los ojos de los autores, obviaban que dentro de España había gentes que pensaban en cuatro lenguas diferentes y que la castellanización, y, por tanto, lo que consideran la “nacionalización”, habrían sido incompletas. Este era el mundo en que se crió Jesús Yoldi Bereau después de nacer en Arizkun, una pequeña aldea del Valle del Baztán, donde además existía un barrio, Bozate, habitado por los agotes, una minoria social marginada por razones que todavía hoy se continuan investigando. Yoldi abandonó pronto su pueblo para estudiar el Bachillerato en el Instituto General y Técnico de Zaragoza y la licenciatura en Ciencias Químicas en la universidad de la ciudad aragonesa, obteniendo el premio extraordinario en 1915, doctorándose por la Universidad Central de Madrid dos años después.
Paraísos en el infierno. Drogas y Guerra Civil española | Jorge Marco
Drogas en la Guerra Civil española | Foto: Albero Segovia/Biblioteca Nacional de España/The Objective.
Tras los estudios pioneros llevados a cabo en España en el pasado siglo, la historia de las drogas no ha vuelto a despertar una atención historiográfica similar. Esta tendencia llama la atención si se echa un rápido vistazo a las manifestaciones culturales recientes. Hitos como la publicación y posterior censura de Fariña (2015), obra del periodista gallego Nacho Carretero, el éxito televisivo de series como The Wire y Narcos, o los constantes reportajes sobre el auge del cultivo y el tráfico de estupefacientes a lo largo y ancho del país, reflejan el interés que esta cuestión despierta. En cambio, las y los historiadores han pasado de puntillas por este problema, publicándose algunas investigaciones que no han tenido la suficiente continuidad. Y eso que trabajos como este de Jorge Marco son una excelente demostración de la importancia social de las “sustancias psicoactivas”, pero ante todo por la posición privilegiada que estas ofrecen para profundizar en periodos tan transitados como la Guerra Civil española.
Una pequeña muestra de esta investigación se publicó en 2019 y sirvió para presentar la inusual Salida de las tinieblas, memorias del valenciano Juan Alonso Pérez. Al igual que su Hijos de una guerra (2010; 2019) permitía introducirse de una forma más atractiva a Guerrilleros y Vecinos en Armas (2012), este libro enmarcó el contexto vital, emocional e intelectual que ha llevado a la escritura final de esta obra. El testimonio de este médico ex toxicómano no solo es insólito por el tipo de relato vital que despliega, su tono y su intencionalidad, sino por la cantidad de elementos que ilumina sobre las drogas de nuestro pasado reciente. Las vívidas notas de su diario y la narración introspectiva de algunas de las experiencias que le tocó lidiar a causa de sus adicciones al alcohol y la morfina sirven para abrir una realidad que había quedado velada desde su publicación en la Transición, con la epidemia de consumo de heroína en ciernes. El escaso éxito comercial e interés académico de la primera edición resulta hoy insólito, si se considera el impacto que tuvieron más adelante muchas de estas sustancias, pero también por el peso que, como puede observarse entre sus líneas, ya tenían en procesos en los que habían sido circunscritas a lo meramente anecdótico o trivial.
A imprenta y tírese. 80 años de la editorial CSIC | José María López Sánchez e Aba Fernández Gallego
La Editorial CSIC celebra su 75º aniversario | Imagens: CSIC
El segundo número de la flamante colección “Historia del CSIC” de la editorial del Consejo es un voluminoso libro editado en tapa dura que aborda, en esta ocasión, no tanto la historia administrativa e institucional del Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC) (que también), sino, más concretamente, la historia de su Oficina o Departamento de Publicaciones. En otras palabras, el lector o lectora que se acerque a este libro encontrará en él una exhaustiva historia -fundamentada, principalmente, en un intenso y riguroso trabajo de investigación en fondos archivísticos- de los orígenes y el desarrollo de lo que hoy es la Editorial CSIC.
Una historia, por tanto, que hunde sus raíces necesariamente en los albores de la dictadura del general Francisco Franco (1892-1975) y en las entrañas del arbor scientiae del CSIC, la “joya de la corona” -dirán los autores- del ministro José Ibáñez Martín (1896-1969), su fundador y primer presidente. Así, navegando entre órdenes ministeriales, informes y demás documentos oficiales, los lectores conocerán cómo al tiempo que se articulaba normativamente al Consejo se creaba también, en abril de 1940, el cargo de Vicesecretario General del CSIC que ocuparía Alfredo Sánchez Bella (1916-1999). Él será el principal encargado de dar forma al embrión de la Oficina de Publicaciones del CSIC gestada entonces, paradójicamente, a partir del depósito de publicaciones de la extinta Junta para Ampliación de Estudios (JAE) y de los contratos de edición recibidos del Instituto de España. No obstante, pronto se pondría en funcionamiento un verdadero servicio editorial propio que encontró en la figura de Rafael de Balbín Lucas (1910-1978) al hombre que orientaría su política de publicaciones durante más de treinta años.
La transfusión de sangre en España: tecnologías médicas y retos sociales (1909-1943) | Asclepio. Revista de Historia de la Medicina y de la Ciencia | 2022
Los días 24 y 25 de octubre de 2019 tuvo lugar en la Residència d’Investigadors de Barcelona un simposio bajo el título de Cirurgia de guerra: Josep Trueta i la medicina experimental (1921-1945). Aquel encuentro estuvo coordinado por Àlvar Martínez-Vidal (Institut Interuniversitari López Piñero – UV) y Jon Arrizabalaga (CSIC, Institució Milà i Fontanals, Barcelona) y organizado por la Societat Catalana d’Història de la Ciència i la Tècnica (SCHCT-IEC) y se financió, en parte, a través del Proyecto MINECO/FEDER HAR2015-67723-P “Acciones de socorro y tecnologías médicas en emergencias humanitarias”. Si bien en aquella ocasión la transfusión de sangre no se trató de manera monográfica, se hizo muy evidente la importancia de su abordaje en profundidad debido a las lagunas historiográficas existentes. En consecuencia, en noviembre de 2020, con el mundo confinado por la amenaza de la Covid-19, Linda Palfreeman y Xavier García Ferrandis coordinaron una mesa temática en el transcurso de la XVI Trobada d’Història de la Ciència i de la Tècnica, titulada La transfusió de sang en la història: tecnologies mèdiques i reptes socials. Al mes siguiente, tuvo lugar una reunión de trabajo telemática entre los participantes en aquella mesa redonda, cuyo objetivo fue proseguir con el debate iniciado en la Trobada. Estos son los antecedentes inmediatos de este dosier monográfico, que se ha financiado en parte gracias al proyecto “Acción médica humanitaria transnacional e innovación tecnológica en espacios de confinamiento (1870-1950)” (PID2019-104581GB-I00), del Ministerio de Ciencia, Innovación y Universidades del Gobierno de España. Leia Mais
Esboços – Histórias em Contextos Globais. Florianópolis, v. 29, n.50, 2022.
Expediente
- Expediente
- Jó Klanovicz
- PDF/A
Editorial
Dossiê “Radical History em contextos globais”
- A Plea for Radical History in Global Contexts
- Danielle Heberle Viegas, Robert Kramm
- PDF/A (English)
- A radicalidade da solidariedade social: protestos e mudança política no Brasil contemporâneo
- Tatiana Vargas Maia, Denise De Sordi
- PDF/A
- Escapar para o front: a estranha radicalização do movimento estudantil da Alemanha Ocidental
- Benedikt Sepp
- PDF/A (English)
- ¿Qué buscó destruir el genocidio? La historia de los obreros de Norwinco (Tucumán, Argentina, 1975-1976)
- Ana Sofia Jemio
- PDF/A
- Traduzindo ideias: Black Sociology e a mobilização intelectual antirracista entre os Estados Unidos e o Brasil (década de 1970)
- Rafael Petry Trapp
- PDF/A
- Rastafari, repatriación y lucha armada en Jamaica: un análisis del activismo de la African Reform Church en clave de la cultura afrocreolé (1959-1960)
- Ariel Mogni
- PDF/A
- Imagens anticlericais radicais: a formação e a circulação de um imaginário subversivo na imprensa anticlerical argentina e brasileira no decorrer do século XX
- Caroline Poletto
- PDF/A
- Os signos da cultura POP no grafite palestino: circulação e ativismo digital em perspectiva
- Vitoria Paschoal Baldin
- PDF/A
- Tempo em Fragmentos: distopia, temporalidade e consciência histórica na era digitaldistopía, temporalidad y conciencia histórica en la era digital
- Isabela Gomes Parucker, Daniela Linkevicius de Andrade
- PDF/A
Publicado: 2022-06-09
História da Enfermagem: Revista Eletrônica. Brasília, v.13, n.1, 2022.
EDITORIAL
- Nova é a história que se ressignifica e recontextualiza no tempo presente
Pacita Geovana Gama de Sousa Aperibense, Maria Lígia dos Reis Bellaguarda, Tânia Cristina Franco Santos, Gilberto Tadeu Reis da Silva, Fernando Porto - New is the story that resignifies and recontextualizes itself in the present time
Pacita Geovana Gama de Sousa Aperibense, Maria Lígia dos Reis Bellaguarda, Tânia Cristina Franco Santos, Gilberto Tadeu Reis da Silva, Fernando Porto - Nuevo es el relato que se resignifica y recontextualiza en el tiempo presente
Pacita Geovana Gama de Sousa Aperibense, Maria Lígia dos Reis Bellaguarda, Tânia Cristina Franco Santos, Gilberto Tadeu Reis da Silva, Fernando Porto
ARTIGOS ORIGINAIS
- Centro Acadêmico de Enfermagem da Universidade de Brasília: campus Darcy Ribeiro (1982–1990)
Nursing Students’ Union of the University of Brasilia: Darcy Ribeiro Campus (1982–1990)
Centro de Estudiantes de Enfermería de la Universidad de Brasilia: Campus Darcy Ribeiro (1982–1990)
Rosália Souza Gomes, Andréa Mathes Faustino, Luciana Barizon Luchesi, Fernando Porto - Negative nursing stereotypes: past or present?
Estereótipos negativos na Enfermagem: passado ou presente?
Estereotipos negativos en Enfermería: ¿Pasado o presente?
Jossane Julie Pereira, Luciana Barizon Luchesi, Pauline Paul, Carla Cristina da Cruz Almeida Lima, Isabel Amélia Costa Mendes - Escolas de Enfermeiros e de Enfermagem em Coimbra: um percurso de 140 anos
Schools of Nurses and Nursing in Coimbra: a journey of 140 years
Escuelas de Enfermeros y Enfermería en Coimbra: un viaje de 140 años
Paulo Joaquim Pina Queirós
FONTES / DOCUMENTOS HISTÓRICOS
- Educação profissional em saúde pública: especialização na UFMG 1988 (fac-símile)
Professional education in public health: specialization at UFMG 1988
Educación profesional en salud pública: Especialización en la UFMG 1988
Pablo Alexandre Silva, Gabriela Vieira de Castro, Bárbara Costa Moreira, Fernanda Batista Oliveira Santos
IN MEMORIAM
- Benevina Maria Vilar Teixeira Nunes: uma vida de histórias dedicadas à ciência da Enfermagem
Benevina Maria Vilar Teixeira Nunes: a life of stories dedicated to the science of Nursing
Benevina Maria Vilar Teixeira Nunes: una vida de historias dedicadas a la ciencia de la Enfermería
Francisca Aline Amaral da Silva, Natalia Maria Freitas e Silva Maia, Ana Maria Ribeiro dos Santos, Elaine Maria Leite Rangel Andrade, Fernanda Batista Oliveira Santos
POSTED BY: HERE 8 DE JUNHO DE 2022
Em busca do Submarino U-513. Uma incrível aventura nos mares do sul | Vilfredo Schürmann
Vilfredo Schurmann | Foto: Maria Muina/Veja
A localização do Submarino alemão U-513 está entre os maiores feitos da Arqueologia Subaquática no Brasil, considerando a complexidade para encontrar um casco soçobrado a 130 metros de profundidade, a 83 km da costa, no través da Ilha do Arvoredo, litoral de Santa Catarina. Também é uma importante contribuição à História Naval, pois encontrar barcos da Segunda Guerra Mundial que causaram tantas perdas humanas e materiais pode ter muitos significados e abrir novas linhas de investigação. A localização foi em tempo recorde, cerca de dois anos desde o início efetivo do projeto, considerando a imprecisão da coordenada registrada pelo avião da Marinha norte-americana que afundou o submarino alemão, em julho de 1943. Ou seja, não era conhecido o local exato do afundamento, daí a importância teórica e metodológica do projeto e seus caminhos para descobrir uma posição oceânica! Para dar a compreender a complexidade desta expedição científica, o livro destaca as palavras do oceanógrafo Thomáz Tessler, um dos membros da equipe: “para entendermos o quanto a área de busca é importante no planejamento”, ele fez a seguinte analogia: “é como encontrar metade de uma ervilha em um campo de futebol… você só pode enxergá-la um centímetro à sua frente, isso porque a distância entre o sensor do magnetômetro e o objeto que estamos procurando não pode ser grande”. Leia Mais
Navigator. Rio de Janeiro, v.18, n.35, 2022.
Dossiê O mar e as lutas pela independência na América luso-espanhola
Apresentação
- Apresentação
- Editores
Dossiê
- Apresentação do DossiêO mar e as lutas pela independência na América Luso-Espanhola
- Fernando da Silva Camargo
- Geopolítica portuária e as Independências no Prata
- Fernando da Silva Camargo
- Os caminhos fluidos do corso insurgenteuma análise da atuação dos corsários do Prata revolucionário do século XIX
- Eduardo Sartoretto
- Thomas Cochrane e as presas de guerra em Guayaquil e no Brasil
- Sergio Willian de Castro Oliveira Filho
- Pela glória e pela honra do Império!Recrutamento, organização e atuação do Batalhão da Paraíba na Guerra de Independência na Bahia (1822-1823)
- George Henrique de Vasconcelos Gomes, Leandro Vilar Oliveira
- Maria Graham na Confederação do Equadoruma inglesa como mediadora entre o Império e a República
- Denise Maria Couto Gomes Porto
Artigos
- AstrolábiosO Sacramento B e a última viagem do Galeão
- Vagner da Rosa Rigola
- Proposta da musealização do Vapor Bahia como forma de preservação e identidade marítima de sítios de naufrágios em Pernambuco, Brasil
- Ana Paula Barradas Maranhão, Anne Caroline Barbosa dos Passos, Ismael de Freitas Paiva, Carlos Celestino Rios e Souza
Resenha
- Resenha “É como procurar meia ervilha em um campo de futebol…”SCHÜRMANN, Vilfredo. Em busca do Submarino U-513. Uma incrível aventura nos mares do sul. São Paulo: Schürmann, 2021.
- Francisco Silva Noelli
Documento
- O Cours de mathématiques de Étiènne Bezout
- Carlos André Lopes da Silva
Publicado: 2022-06-08
História de la Educación – Anuario. Buenos Aires, Vol. 21 Núm. 1, 2020
Número completo
Editorial
- Sustentar las agendas.
- Eduardo Galak, Ana Abramowski
Dossier Historia de la Educación Inicial
- Presentación. Historiografía de la Educación Inicial en la Argentina. Reflexiones sobre un campo en construcción.
- Mónica Fernández Pais, Rosana Elizabeth Ponce
- Balances sobre la producción en historia de la educación inicial en Argentina. Tres categorías de entrada historiográfica: infancia(s), instituciones educativas y formación docente.
- Victoria Soledad Almiron, Alcides David Musín
- De la Escuela de Párvulos n.° 2 al Kindergarten «Pestalozzi»: materialidad de una escuela en la Ciudad de México (1885-1918).
- Adriana Alejandra García Serrano
- De las escuelas de párvulos a la obligatoriedad de la educación preescolar en México
- Alejandro Ortiz Cirilo, Elena Guadalupe Rodríguez Roa
- Los primeros Jardines de Infantes anexos a las Escuelas Normales (1884-1945). Debates alrededor de la infancia escolarizada.
- Laura Graciela Rodríguez
- Missão de estudos ao Uruguai: o que dizem os professores acerca do jardim de infância.
- Caroline Braga Michel, Eduardo Arriada, Gabriela Medeiros Nogueira
- A educação do corpo da criança pequena como um projeto civilizador: ressonâncias no debate educacional brasileiro (Minas Gerais, décadas de 1920 e 1930).
- Meily Assbú Linhales, Giovanna Camila da Silva
- A educação infantil da assistência social para a educação: uma experiência no interior do Brasil (Naviraí, 1974-2005).
- Larissa Wayhs Trein Montiel, Magda Sarat
- Tramas históricas de los procesos de consolidación de la educación inicial y de la formación docente específica en Bariloche, Río Negro (1966-1989).
- Ivana Evans
- ¿Puericultoras, técnicas o profesionales especializadas? Un análisis histórico de la formación docente para la educación infantil en Argentina a partir de sus planes de estudio.
- Ignacio García Hervás, Jennifer Guevara, Ángela Aisenstein
Reseñas
- Gondra, José Gonçalves (2018) . A emergência da escola. São Paulo: Cortez.
- Andrés Eduardo García Lainez
- Cuerpos, géneros, sensibilidades y emociones. La propuesta pedagógica de Leticia Cossettini (Rosario, 1935-1950).
- Micaela Pellegrini Malpiedi
- Fiorucci, Flavia y Bustamante Vismara, José (ed. científicos) (2019). Palabras claves en la historia de la educación argentina. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Editorial Universitaria (UNIPE), 320 pp. ISBN 978-987-3805-43-1.
- Jonathan Ott
- Construcciones de alteridades y escuela primaria. La educación escolar e infancia indígena y migrante en la configuración de la educación pública argentina (1880-1930).
- María Belén Trejo
Publicado: 2022-06-07
História de la Educación – Anuario. Buenos Aires, Vol. 23 Núm. 1, 2022
Número completo
Editorial
- Repensar la Historia de la Educación
- Eduardo Galak, Ana Abramowski
- Dossier Cuestión Malvinas
- Presentación. La cuestión Malvinas: un tema que incomoda.
- Pablo Pineau, Glenda Miralles
- El lugar de Malvinas en la Historia. Su vínculo con las políticas de identidad nacional desde fines del siglo XIX en Argentina.
- Javier Alejandro Colussi
- La Cuestión Malvinas en la historia de las aulas argentinas: intensidades, presencias y des-presencias.
- Pablo Pineau, Alejandra Birgin
- La educación durante el conflicto por el Beagle: de los documentos secretos de acción psicológica a las aulas santafesinas (1977-1982).
- Natalia García
- Malvinas como relato de corte generacional. La reconstrucción de redes de socialización, gremialismo y confianza en el Colegio Nacional de Buenos Aires.
- Alicia Méndez
- La última dictadura cívico-militar argentina (1976-1983) como régimen visual: visualidades en disputa al interior del Colegio Nacional de Buenos Aires en la Guerra de Malvinas.
- Maya Corredor
- Malvinas y pandemia. Un análisis de las propuestas de enseñanza elaboradas en el marco de la Continuidad Pedagógica de la provincia de Buenos Aires
- Cecilia Linare, Florencia Bottazzi
- Malvinas como contenido escolar: una mirada histórica a partir del análisis de los Diseños Curriculares, de la Ley Nacional de Educación de 2006, de documentos curriculares anexos y capacitaciones, desde 1981 hasta la actualidad en CABA
- Mauro Ariel Falduto, Emanuel Mauro Antunes Colombo, Fernanda Gabriela Puliafito
- De silencios y olvidos: la guerra de Malvinas en los manuales escolares Kapelusz para el Nivel Primario de la provincia de Buenos Aires en los primeros años de la posguerra en democracia.
- Flavia Lorena Martínez
Publicado: 2022-06-07
Fênix – Revista de História e Estudos Culturais. Uberlândia, v.19, n.1, 2022.
- Vol. 19 Ano XIX nº 1 – Janeiro – Junho de 2022
- Editorial
- Fênix – Revista de História e Estudos Culturais – Volume 19, Ano XIX, Número 1 – Janeiro / Junho – 2022
- https://doi.org/10.35355/revistafenix.v19i1.1233
- Rosangela Patriota Ramos , Alcides Freire Ramos, Robson Pereira da Silva
- Artigos
- Os estudos culturais na perspectiva pós-colonialista e interculturalista
- https://doi.org/10.35355/revistafenix.v19i1.1019
- Aline Bazzarella Merçon , Kleber José dos Santos
- As origens das disciplinas científicasuma contra-história da ciência ocidental
- https://doi.org/10.35355/revistafenix.v19i1.1000
- Roberto Barbosa
- “Internacionalismo cultural x nacionalismo cultural”narrativas em torno da repatriação de bens culturais
- https://doi.org/10.35355/revistafenix.v19i1.992
- Jaqueline de Jesus Hoiça
- Populismo, uma discussão sobre o tema
- https://doi.org/10.35355/revistafenix.v19i1.927
- Cláudio Alfradique
- Olivares e a universidade de Salamancalógicas corporativas em uma dedicatória
- https://doi.org/10.35355/revistafenix.v19i1.998
- Guilherme Amorim de Carvalho
- O Banquete e o Simpósio Antigos como oportunidades educacionaisa perspectiva de Ateneu de Náucratis
- https://doi.org/10.35355/revistafenix.v19i1.1002
- Milton Torres
- Reflexões sobre o ensino de História localum estudo de caso em Garanhuns-Pernambuco
- https://doi.org/10.35355/revistafenix.v19i1.988
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- Jesiane Debastiani
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- Nathan Lermen
- 662- 667
Publicado: 2022-06-06
Antonio Fagundes no palco da História: um ator | Rosangela Patriota
Antonio Fagundes, Cássia Kiss e Rosangela Patriota | Imagens: A G News
A definição de um bom trabalho historiográfico depende de variáveis que convergem para o trato acadêmico sistematizado e com fundamentação teórica. Diante disso, o acesso ao conhecimento é possível, entre outras coisas, pela capacidade do historiador em se disponibilizar a apreciar um determinado tema e, a partir daí, realizar recortes, recuperar fontes, organizar ideias, confrontar versões e tomar decisões diretamente relacionadas à composição da narrativa e da análise. Enfim, construir interpretações na área de História é um processo denso, que demanda tempo e envolvimento com a pesquisa. Certamente por isso, livros publicados por pesquisadores experientes chamam a atenção e auxiliam as novas gerações de pesquisadores.
Lançado em 2018, pela Editora Perspectiva, o livro Antonio Fagundes no palco da história: um ator, da historiadora Rosangela Patriota, é um desses casos. Dedicada ao estudo da relação entre História e Teatro, a pesquisadora possui vasto currículo, que abrange, por exemplo, a publicação de inúmeros artigos e livros, o desenvolvimento de projetos de pesquisas financiados por órgãos de fomento e orientações de mestrado e doutorado que versam sobre o tema.
Construindo instrumentos de avaliação para o Ensino Fundamental
Um instrumento de avaliação, como descrito etimologicamente, é um “meio” (Houaiss, 2021) interposto entre a expressão do seu desejo (formalizado em objetivo, meta) e a imagem do seu desejo supostamente satisfeito.
O instrumento não tem fim em si mesmo. Não é bom nem mau por si próprio. Sobre o instrumento, dizemos que ele é adequado ou que ele não é adequado para realizar determinado propósito de certo profissional.
No mesmo caminho, se você deseja que o seu aluno interiorize o valor do respeito ao tempo de fala e à natureza da opinião do colega, o observar os seus gestos e o analisar as suas falas em meio à um trabalho que ele realiza em equipe são os instrumentos de ensino-aprendizagem.
Se você deseja que o seu aluno retenha uma definição de fato e lança mão da comunicação oral ou da sugestão de leitura para que o seu aluno retenha a definição de fato, o comunicar oralmente ou o fornecer texto e solicitar que o aluno o leia são os instrumentos de ensino-aprendizagem.
Em outra situação, se você deseja aferir se o seu aluno retém uma definição de fato e lança mão da comunicação oral ou da sugestão de leitura para que o seu aluno conheça uma definição de fato e ele retém, o comunicar oralmente ou o fornecer texto e solicitar que o aluno o leia e expresse noção de fato são os instrumentos de avaliação da aprendizagem.
Você pode estar pensando que o último parágrafo lido repete o anterior. Mas não repetimos os parágrafos. Ao empregar os mesmos exemplos, quisemos demonstrar que um instrumento de ensino-aprendizagem pode ganhar a forma de um instrumento de avaliação e é isso que acontece, em geral, quando as ações – ensinar/aprender/ avaliar – são coerentes e alinhadas entre si. A distinção, por exemplo, entre o enunciado de ensino-aprendizagem e o de avaliação é apenas de função. A natureza é idêntica.
Se você conseguiu elaborar expectativas de aprendizagem e traduzi-las em atos de ensino-aprendizagem constitutivos de sequências didáticas, você já sabe construir instrumentos de avaliação. O que fazemos agora é, apenas, rememorar declarações anteriores, definindo, tipificando e exemplificando cada um dos constituintes dos instrumentos de avaliação: habilidades, conhecimentos declarativos, conhecimentos funcionais, capacidades, itens de resposta selecionada e itens de resposta construída.
O Item de prova é um “instrumento de avaliação” ou simples “unidade de medida” (Luckesi (2014, pos. 865, 612-625; Osterlind; 2002, p.19, p.37; Haladyna; Rodrigues, 2013, p.44; Pasquali, 1980, p.63). Essa unidade de medida tem a função de aferir o cumprimento de expectativas de aprendizagem. O item, por sua vez, informa ao aluno quais os conhecimentos, habilidades ou conjunto de tarefas relacionadas a uma competência científica ou profissional que você espera que ele atinja.
O “item” de prova é referido cotidianamente como “questão” ou “tarefa”. Estes dois termos são imprecisos porque somente expressam uma parte do enunciado: o comando do item (Osterlind, 2002, p.22, p.30). Aqui, o item de prova – proveniente da palavra “item”, unidade individual de um conjunto definido por características gerais (Houaiss, 2020) – está constituído por quatro partes: enunciado, estímulo, comando e alternativas de resposta (gabarito e distratores e justificativas das alternativas de resposta). Observe exemplos clássicos de item de prova nas ilustrações 2 e 3.
Ilustração 2. Exemplo de estrutura de um item de prova para o Ensino superiorLeia o texto abaixo [Enunciado]Segundo Katrin Weller, investigadora do GESIS Leibniz Institute for the Social Sciences, na Alemanha, as redes sociais deixaram de ser apenas um meio para comunicar com os amigos e familiares. Tornaram-se uma forma de registar os mais importantes acontecimentos sociais do nosso século. É por isso natural que, com o passar das décadas, plataformas como o Twitter ou o Facebook acabem por servir como fonte histórica. (Cipriano, 2015) [Estímulo]Com base nesta proposição e nas informações colhidas na entrevista original (disponível aqui), selecione a frase que, de modo mais completo possível, responde à questão que se segue: “Que dificuldade as fontes digitais, como as mensagens do Facebook e do Twiter, podem apresentar aos que querem utilizá-las como fontes históricas sobre o tempo presente?” [Comando]( ) a fragilidade da conservação dos dados digitais.( ) a futilidade do teor das mensagens.( ) a extensão dos acervos.( ) [Não sei]. [Opções de resposta] |
O item da ilustração 2 é destinado à avaliação de alunos do ensino superior, mas a estrutura retórica do item de prova é igual à do item de prova planejado para o ensino básico, já que possui estímulo, comando e opções de resposta.
No que diz respeito ao comando, o que planejador deseja que o aluno faça é responder (verbo indicador da ação) a uma questão sobre dificuldades de uso de fontes digitais (complemento do verbo indicador da ação), de modo mais completo (circunstância).
Já na ilustração 3, direcionada aos anos iniciais, o que o planejador deseja que o aluno faça é identificar (verbo indicador da ação) uma opinião (complemento do verbo indicador da ação), expressa em um texto do gênero notícia (circunstância).
Ilustração 3. Exemplo de estrutura de um item de prova para o 5º ano do Ensino FundamentalLeia a notícia a seguir. [Enunciado]Honestidade: criança devolve dinheiro que achou em livro[...] “Apesar do senso comum dizer que é preciso levar vantagem em tudo, a honestidade ainda vale a pena”. Com esse desabafo, o professor de História deuma escola municipal, F. Duarte, contou a história de uma criança que mostrou a essência da palavra honestidade em ações.Emoções à parte, o professor informou que durante a aula de História do 6º ano Manhã, nessa terça-feira (26), a aluna Ana K. de L. M., de apenas 10 anos, pegou um livro da sala de leitura, quando se surpreendeu com a quantia de R$300 ao folheá-lo.Ao ver o dinheiro, a menina logo anunciou ao professor sobre o que tinha achado. Segundo Duarte, um colega de classe perguntou o porquê de ela ter falado e não ter colocado dentro do bolso. A resposta de Ana K. foi dura: “Eu não quero ficar com nada de ninguém”.A criança, então, foi levada de sala em sala, sendo apontada como um exemplo de honestidade a ser seguido pelos demais. [...] (NARLLA, H. Tribuna do Ceará, 27 mar. 2013. Disponível em: <http://tribunadoceara.uol.com.br/noticias/fortaleza/honestidade-crianca-devolve-dinheiro-que-achou-em-livro>. Acesso em: 14 dez. 2017. Fragmento) [Estímulo]Nessa notícia, há uma opinião que está expressa em: [Comando] ( A ) “‘Apesar do senso comum dizer que é preciso levar vantagem em tudo, a honestidade ainda vale a pena’.” ( B ) “[...] a aluna Ana K. de L. M., de apenas 10 anos, pegou um livro da sala de leitura.” [Opções de resposta] ( C ) “Ao ver o dinheiro, a menina logo anunciou ao professor sobre o que tinha achado.” [Gabarito ou opção de resposta correta] ( D ) “[...] um colega de classe perguntou o porquê de ela ter falado e não ter colocado dentro do bolso. [Distrator ou opção de resposta incorreta] Justificativa A O aluno que seleciona esta alternativa entende que a fala do professor expressa a opinião dele em relação à ação da aluna. B O aluno que seleciona esta alternativa não compreende que ela apresenta uma descrição objetiva da aluna e de suas respectivas ações. C O aluno que seleciona esta alternativa não compreende que, no trecho, há apenas fatos. [Justificativas do Gabarito] D O aluno que seleciona esta alternativa não compreende que o trecho apresenta apenas um relato de um acontecimento, sem se emitir nenhuma opinião. [Justificativas do Detrator] Fonte: Edocente.com, sd. |
Em geral, os itens são constituídos por uma quantidade de elementos que varia entre três e oito. A nomenclatura desses elementos, entretanto, pouco muda.
Nesta aula, separamos “enunciado”, “estímulo” e “comando”, designamos as opções de respostas por “gabarito” e “distratores” e incluímos as “justificativas do gabarito e dos distratores” e a escala de pontuação ou rubrica como elemento estruturante do item (Osterlind, 2002, p.19; Haladyna; Rodrigues, 2013, p.3; Rodriguez; Albano, 2017, p.35; CAED, sd. p.17).
O enunciado é o primeiro elemento do item de prova. Ele é constituído por um comando preliminar que orienta o que fazer, inicialmente, um texto escrito, uma imagem ou um infográfico para responder ao comando principal (vulgarmente chamado de questão de prova).
Estímulo é o nome desse texto que o aluno é convocado a ler: um fragmento de poema, uma história, fotografia, gráfico de linhas etc. Ele corresponde à aprendizagem esperada, pois contempla, de modo indireto, informações que podem aumentar a convicção do(a) aluno(a) de que a alternativa selecionada está correta.
O estímulo também chama a atenção do aluno para o tema que está em avaliação. Ele evoca a lembrança do aluno para o centro do programa de curso. Ele faz o papel de um professor ao dizer, implicitamente: Caro aluno, esta questão se refere à primeira unidade, que trata de assunto tal.
O estímulo, por fim, pode fornecer informações sobre tempo, espaço e circunstâncias, situando o aluno, evocando seus conhecimentos prévios. Por essa razão, o estímulo é muitas vezes chamado de “contexto”.
O comando, como a palavra sugere, informa ao aluno o que ele deve fazer, em acordo com a expectativa de aprendizagem. Por essa razão, comandos devem ser breves e claros. Podem ser interrogações, declarações afirmativas completas ou incompletas.
Um comando pode traduzir exatamente uma expectativa de aprendizagem e/ou uma atividade de ensino-aprendizagem, mas pode também dar conta de apenas uma ação dentre as prescritas por uma expectativa ou uma atividade de aprendizagem. Dizendo de outro modo, um comando pode dar conta de parte de uma expectativa, de uma ou de várias expectativas, de parte de uma atividade ou de várias ou atividades de ensino-aprendizagem.
As alternativas de resposta também correspondem à aprendizagem esperada. São enunciados que oferecem possibilidades de o(a) aluno(a) demonstrar que conhece o suficiente os elementos de composição de itens de prova para identificá-los entre outras expressões que não correspondem a elementos de composição de itens de prova “conforme” prescrito pelo autor citado no estímulo.
A estrutura sintática das alternativas depende da estrutura sintática de um comando. Se ele afirma algo, certamente requererá do aluno confirmação ou negação como resposta. Se ele deixa incompleta a declaração, provavelmente, solicitará que o aluno complete a frase.
Quanto ao número ideal de alternativas de resposta, não há consenso entre especialistas. Aqui, sugerimos que empreguem três alternativas com uma quarta alternativa (se for adequado) valiosa para a avaliação diagnóstica e a autoavaliação: a alternativa “não sei”.
As alternativas de resposta não devem ser produzidas aleatoriamente. Se a função da avaliação é auxiliar o aluno, nenhuma alternativa de induzi-lo à erro (ao menos a um novo erro). Alternativas de respostas são o que são: alternativas. Não podem ser armadilhas. Devem ajudar a medir o que o aluno sabe ou sabe fazer.
Assim (para consumo interno), cada alternativa de resposta deve ser acompanhada de uma justificativa. Para a alternativa correta, escrevemos gabarito. Para as incorretas, escrevemos distratores. Essas são as expressões técnicas para as explicações sobre as prováveis causas de erro e as causas das respostas corretas.
Além das alternativas de resposta, com seus respectivos distratores e gabarito, o item de prova pode conter uma escala de pontuação ou rubrica.
A rubrica tem a função de orientar a conversão dos resultados em conceitos ou notas. Elas hierarquizam o desempenho no contexto individual de aprendizagem e permitem comparações. Elas nos auxiliam também a construir perfis do desempenho coletivo.
Essa situação vale, principalmente, para os itens de formado aberto ou de resposta construída pelo(a) aluno(a), como nas ilustrações 4 e 5.
Ilustração 4. Exemplo de rubrica de um item de prova para o 3º ano do Ensino FundamentalMarque as palavras do quadro que estão na música do cravo e da rosa.ManhãO CRAVO BRIGOU COM A ROSADEBAIXO DE UMA SACADAO CRAVO SAIU FERIDOE A ROSA DESPEDAÇADAQuestão 4
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Ilustração 5. Mais um exemplo de rubrica de um item de prova para o 3º ano do Ensino Fundamental (II)Escreva o seu nome. [Comando]________________________________________________________ [Resposta a ser construída]Questão 1
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Na ilustração 4, temos um item de prova do tipo resposta selecionada, ou seja, para o item que apresenta possibilidades de resposta e limita a ação do aluno à tais possibilidades. A rubrica para este item é construída com elementos contáveis. O desempenho do aluno é tipificado a partir da quantidade de palavras que ele consegue relacionar entre o que lembra e o que identifica visualmente.
Já Na ilustração 5, temos um item de prova do tipo resposta construída, ou seja, pra o item que solicita do aluno a criação da resposta. Mais que no caso anterior, o item de resposta construída mede qualitativamente o desempenho do aluno, analisando integralidade da escrita do nome e pela clareza da grafia, por exemplo.
5.4. Especificando o objeto da mensuração
Já vimos as semelhanças sintáticas entre os enunciados de expectativas de aprendizagem, atividades e itens de prova. Vimos, inclusive, que todos eles são estruturados em verbos e complementos aos quais designamos, em geral, por habilidades e conhecimentos e (em alguns casos de coligação desses termos) capacidades. Aqui, vamos definir e detalhar esses três elementos constituintes do que se chama, cotidiana e equivocamente de “conteúdo.
Considerem o exemplo expresso na ilustração 6. Designando os objetos pela terminologia acima, percebemos implicitamente o “identificar” como uma habilidade e a “opinião sobre a princesa” como conhecimento.
Ilustração 6. Exemplo de item de prova que contempla habilidade e conhecimento
Leia o texto abaixo e responda à questão. [Enunciado]PRINCESA NENÚFAR ELFO-ELFANasceu já bem pálida, de olhos claros e cabelos loiros, quase brancos. Foi se tornando invisível já na infância e viveu o resto da vida num castelo mal-assombrado, com fantasmas amigos da família. Dizem que é muito bonita, mas é bem difícil de se saber se é verdade.(SOUZA, Flávio de. Príncipes e princesas, sapos e lagartos. Histórias modernas de tempos antigos. Editora FTD, sdt., p.16. Fragmento).A opinião das pessoas sobre a princesa é de que ela [Enunciado/Comando](A) É muito bonita. [Gabarito](B) é pálida, de olhos claros.(C) tem cabelos quase brancos.(D) vive num castelo. [Alternativa de resposta]Caracterize uma carta de sesmaria expedida no século XVI a partir da análise dos seus elementos físicos.Fonte: Elaborado por JUIZ DE FORA, 2008. p.27. Adaptado). |
Quando anunciamos o que o aluno deve aprender (ilustração 5.4), estamos tratando do convencional “conteúdo”. Se o que o aluno deve aprender é caracterizar identificar a opinião de pessoas sobre determinado personagem, podemos concluir que o conteúdo ou o objeto da aprendizagem é constituído por esses dois elementos: a habilidade (identificar) e o conhecimento (uma opinião).
Por isso, desse ponto em diante, solicitamos que substituam, momentaneamente, a palavra conteúdo pela expressão objeto de aprendizagem (o que o aluno deve aprender), ou seja, conteúdo, nesta nossa atividade de aprendizagem, significa “habilidade”, “conhecimento” e “valor”.
Habilidade é a qualidade de poder fazer e é o próprio poder de fazer algo. Ser ou estar habilitado e ser ou estar apto ou demonstrar destreza ou disposição (Houaiss, 2020).
Ser habilidoso ou hábil a distinguir fato de opinião, por exemplo, é demonstrar poder de distinguir fato de opinião, é demonstrar domínio ou maestria na distinção entre fato e opinião. É demonstrar o poder de selecionar, criticar e sintetizar informações de fonte confiável, transformá-las em argumentos e convencer o outro sobre a plausibilidade, a coerência ou a superioridade da sua opinião.
Não há nada de estranho em uma prova que solicita ao aluno recuperar de memória e descrever a sua lembrança de como ele mesmo (ou alguém) executou determinado procedimento ou criou um produto. A habilidade de rememorar não é inerente ao comportamentalismo, assim como a habilidade de aplicar não é inerente ao construtivismo.
Numa tipificação singela e funcional, identificamos (em todas as expectativas de aprendizagem, de atividades e itens de prova): habilidades de baixa complexidade, como os processos mentais de lembrar, compreender, e habilidades mentais de alta complexidade, como os processos de aplicar, criar e criticar.
A seleção da complexidade (alta ou de baixa) e a hierarquização (a habilidade que vem antes, durante ou depois) no planejamento e a fundamentação das hierarquias entre as habilidades segue padrões ditados por várias das taxonomias (de objetivos educacionais, de habilidades e conhecimentos etc.) que circulam entre os teóricos do currículo, do desenvolvimento humano e da aprendizagem.
No início de uma unidade, você pode considerar fundamental a retenção de alguns conceitos e, por isso, planejar atividades que mobilizem habilidades de baixa complexidade como o “lembrar” e o “identificar”. Na última unidade, da mesma forma, quando você julgar que o aluno já domina determinadas categorias, pode programar atividades que envolvam o domínio de processos ou de criação de produtos. A esses atos de planejamento, nós chamamos de progressão das aprendizagens.
Esses níveis de complexidade ou estratégias de planejamento da progressão das aprendizagens, evidentemente, estão aqui dispostos de modo didático e teórico. Na prática, a complexidade de uma atividade ou de um item de prova pode ser estabelecida por outras variáveis, como quantidade de ações requeridas em uma tarefa, a faixa etária à qual pertence o aluno, a experiência prévia (ou a ausência dela) e o conhecimento exigido para o desempenho do aluno.
Isso é importante reter: nem toda estratégia de ensino-aprendizagem se inicia com atividades que requerem baixas habilidades (mentais, psicomotoras etc.). A complexidade de uma atividade depende da combinação que fazemos, principalmente, entre a habilidade, o conhecimento e o valor. Vamos tratar de cada um desses elementos, iniciando com o menos comum.
Valor é uma qualidade que conferimos aos a um pensamento, um sentimento, uma ação e, sobretudo, aos produtos de uma ação. Dizemos, então, que um objeto vale ou não vale, e que vale mais ou vale menos em comparação a outro objeto.
Da mesma forma, dizemos que a ação de votar vale, não vale, vale mais ou vale menos que a ação de eleger-se; dizemos que o direito não se vacinar é inferior (vale menos) ao direito à saúde coletiva (vale mais); que o direito à liberdade individual pode ser cassado (vale menos) pelo Estado; que o Estado tem o direito de prender (vale mais) alguém provoca uma comprovada morte dolosa, cerceando o direito à vida (vale mais) do outro.
Valores não são genéticos. Valores são aprendidos. Valores são, portanto, objetos de ensino-aprendizagem. Por isso, valores estão prescritos na Constituição. Já no preâmbulo da Carta, nos deparamos com a expressão “valores supremos”. Eles são: os direitos à “liberdade”, “segurança”, “bem-estar”, “desenvolvimento”, “igualdade” e “justiça”. Valores também estão prescritos nos “fundamentos do Estado de Direito”, como os “valores sociais do trabalho e da livre iniciativa”. Estão no capítulo relativo aos direitos políticos a exemplo da “igualdade de direito de voto”.
Esses valores são desmembrados em outros valores e traduzidos em princípios, expectativas de aprendizagens e em descritores de avaliação na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, na BNCC e na Matriz do SAEB.
Contudo, valores por si sós não constituem expectativas de aprendizagem. Da mesma forma que, na vida prática, os pensamentos, os sentimentos e as ações estão imersas em valores (pensamos, sentimos e agimos fundamentados em valores), no planejamento do ensino-aprendizagem e da avaliação, os valores podem ou não estar explícitos nas expectativas de aprendizagem e nos descritores. Em geral, eles podem ser visualizados no conjunto da expectativa e, principalmente, nos conhecimentos veiculados por essa mesma expectativa.
Conhecimento é uma percepção mental. É um objeto de aprendizagem passível de lembrança, compreensão ou aplicação. Conhecimentos, em geral, são tipificados como: fato, conceito, princípio ou processo (Bloom, 1977).
Essa divisão quadripartite facilita o nosso trabalho de ensinar a construir expectativas de aprendizagem e comandos de item. No dia a dia, contudo, encontramos mais de duas centenas de palavras indicadoras de conhecimento.
Não bastasse tal variação, conhecimentos são classificados de diferentes maneiras, em acordo com a noção de desenvolvimento humano e de cognição que fundamentam as já referidas taxonomias.
Além da sequência anunciada acima – fato/conceito/princípio/processo –, vocês vão encontrar conhecimento tipificado como: processual/metacognitivo (Anderson e Krathwohl, 2001), informacional/mental/psicomotor (Marzano; Kendall, 2007), verbal/quantitativo/analítico (Haladyna; Rodrigues, 2013), conhecimento funcional/declarativo (Biggs; Tang, 2011).
Mas não vamos discutir a complexidade dessas alternativas. Nesta aula, tomamos o caminho mais conhecido e didático que é separar, de modo típico-ideal, o verbo e o seu complemento.
Ilustração 7.Identificar e elaborar diferentes formas de representação (desenhos, mapasmentais, maquetes) para representar componentes da paisagem dos lugares de vivência. (EF02GE08-BNCC) |
Na Ilustração 7, por exemplo, é fácil separar, de modo típico-ideal, o verbo e o seu complemento. O “identifique” e o “elabore” e o implícito “represente” são habilidades, enquanto a expressão “formas de representação” é um conhecimento a ser demonstrado.
Por outro lado, quando solicitamos que o aluno leia um texto ficcional e elabore uma maquete de um engenho colonial para representar as distinções sociais e econômicas dos senhores de engenho, dos trabalhadores livres e dos trabalhadores escravizados anunciadas no referido texto, a separação clara entre habilidade e conhecimento com vistas à avaliação é praticamente impossível.
Essa dificuldade também encontramos ao solicitar do aluno que demonstre o que deve fazer uma pessoa que quer proteger animais abandonados nas ruas, engajando-se em atividades de uma Organização Não Governamental.
Em ambas as situações, traduzir as tarefas em uma frase, deixando nítidos os conhecimentos e as habilidades a serem mobilizadas é uma tarefa inglória.
Assim, para designar esse complexo de habilidades e conhecimentos com o objetivo de cumprir tarefas complexas, demandadas por certa situação de estudo, trabalho ou na resolução de um problema na vida prática, empregaremos outra palavra: capacidade.
Capacidade é o poder mental e/ou físico de fazer algo com alguma coisa. As capacidades reúnem habilidades e conhecimentos para resolver tarefas complexas no contexto de determinada demanda formativa de sociabilidade, científica ou profissional.
Para a primeira tarefa acima, a expressão que sintetiza esses conhecimentos e habilidades é a “capacidade de representar o passado mediante a elaboração de artefatos associados a narrativas orais”. No caso do segundo exemplo, a expressão síntese é a “capacidade de engajar-se em projetos solidários de proteção aos animais”.
5.5. Selecionando tipos de itens de prova
Essa natureza do objeto de aprendizagem – uma habilidade, um conhecimento, uma capacidade que mobiliza habilidade, conhecimento e valor, por exemplo – é um determinante da escolha do tipo de item que constituirá a sua prova.
Aqui, é importante repetir o que afirmamos sobre o comando: não há item bom ou ruim. Há item adequado ou inadequado ao que você quer mensurar e à situação (diagnosticar, atribuir notas etc.).
Suponhamos que você queira medir o grau de compreensão que o aluno retem de fato; suponhamos, ainda que queira fazê-lo de modo rápido e diagnóstico e, ainda, que deseje comparar os resultados dos alunos para construir um perfil da turma. Neste caso, você pode lançar mão do item de resposta construída, ou seja, do item que apresenta alternativas de respostas para a livre escolha do aluno.
Na ilustração 8, temos um exemplo de aferição da compreensão de fato, mediante a leitura de notícia de jornal, o grifo de palavras e a seleção de uma entre as alternativas fornecidas pelo professor.
Ilustração 8. Exemplo de item de prova do tipo resposta selecionada
Leia a imagem e o texto e responda o que se pede [Enunciado]Igreja 'flutua' a 31 m para ser preservada em obra na região da Avenida PaulistaComplexo Matarazzo, que terá hotel e shopping, mantém estrutura suspensaA operação, que surpreendeu quem mora e trabalha ao lado do terreno, foi projetada para proteger a estrutura da igreja de Santa Luzia durante as obras do futuro complexo Cidade Matarazzo. Inaugurada em 1922, ela é tombada como patrimônio histórico. Ao redor da igreja, será construído um conjunto com hotel, shopping e uma torre de 22 andares assinada pelo arquiteto francês Jean Nouvel.De acordo com o engenheiro Maurício Bianchi, responsável pela obra no complexo Matarazzo, foi necessário manter a capela suspensa para aproveitar ao máximo o terreno. Ele explica que várias partes do antigo hospital são protegidas pelo patrimônio histórico, o que obriga o aproveitamento máximo de cada centímetro. Um sistema de oito profundas colunas - com 31 metros de altura, além de outros 23 metros sob o solo - conectadas por uma laje foi construído no entorno e abaixo da capela, que originalmente possuía só 1,5 metro de fundação.Para evitar qualquer rachadura, a escavação das colunas não foi feita com bateestacas, mas sim com uma perfuratriz de baixa percussão, da maneira mais lenta possível. "Eu deixava até um copo de água sobre o altar para ter certeza de que as vibrações eram mínimas", conta Bianchi. 9Somente então foi iniciada a etapa mais delicada do procedimento. Através de processos como o hidrojateamento, espécie de bombeamento de água sob alta pressão, a terra acomodada sob o prédio foi lentamente removida. Questionado sobre os eventuais prejuízos que a operação causou ao prédio, ele é categórico: "O resultado é impecável”.Apenas o piso da capela Santa Luzia sofreu modificações. Para mantê-lo intacto e sem quebras, foi necessário desmontá-lo em peças, que foram catalogadas uma a uma, como em um quebra-cabeças. O altar também seria removido, mas os engenheiros temeram danos ao mármore e preferiram instalar sob ele uma laje adicional de sustentação. (Adaptado de acesso em 05.jul.2018) [Estímulo]QUESTÃO 1Quando questionado sobre o resultado da operação, Maurício Bianchi afirma que foi [Enunciado/Comando](A) surpreendente.(B) impecável.(C) satisfatório.(D) vibrante. [Alternativas de resposta]
Fonte: Elaborado por São Paulo (2018, p.8-9). |
Se, por outro lado, você não quer aferir apenas o grau de compreensão do aluno sobre os traços distintivos de opinião, desejando perceber o seu poder de apresentar opinião pessoal baseada em fatos e quer conhecer individualmente as dificuldades e facilidades dos alunos, você pode lançar mão do item de resposta construída, ou seja, do item que exige a construção de textos como parte principal do cumprimento da tarefa.
Neste segundo caso (ilustração 9), você terá que construir uma escala de pontuação ou uma rubrica para avaliar o desempenho a partir de parâmetros justos e quantificáveis.
Ilustração 9. Exemplo de item de prova do tipo resposta selecionada
Leia a imagem e o texto e responda o que se pede [Enunciado]Igreja 'flutua' a 31 m para ser preservada em obra na região da Avenida PaulistaComplexo Matarazzo, que terá hotel e shopping, mantém estrutura suspensaA operação, que surpreendeu quem mora e trabalha ao lado do terreno, foi projetada para proteger a estrutura da igreja de Santa Luzia durante as obras do futuro complexo Cidade Matarazzo. Inaugurada em 1922, ela é tombada como patrimônio histórico. Ao redor da igreja, será construído um conjunto com hotel, shopping e uma torre de 22 andares assinada pelo arquiteto francês Jean Nouvel.De acordo com o engenheiro Maurício Bianchi, responsável pela obra no complexo Matarazzo, foi necessário manter a capela suspensa para aproveitar ao máximo o terreno. Ele explica que várias partes do antigo hospital são protegidas pelo patrimônio histórico, o que obriga o aproveitamento máximo de cada centímetro. Um sistema de oito profundas colunas - com 31 metros de altura, além de outros 23 metros sob o solo - conectadas por uma laje foi construído no entorno e abaixo da capela, que originalmente possuía só 1,5 metro de fundação. [...] (Adaptado de acesso em 05.jul.2018) [Estímulo]QUESTÃO 1O complexo Cidade Matarazzo deveria ou não deveria ser construído em torno da igreja de Santa Luzia? Apresente a sua opinião sobre essa questão por escrito, considerando informações fornecidas no texto acima e respeitando as normas da língua culta.
Fonte: Adaptado de São Paulo (2018, p.8-9). |
Atividade
Na literatura especializada, nos manuais de formação continuada, nos livros didáticos, no sites de suporte ao professor vocês encontrarão centenas de formatos de itens de prova que se enquadram em um desses dois tipos básicos que tratamos aqui. Agora, revisem os conhecimentos apreendidos neste texto e construam vocês mesmos os seus próprios inventários de modelos.
Aqui, em sala, contudo, vamos elaborar três itens de prova adequados a conteúdo distinto: conhecimento declarativo (um saber) e conhecimento funcional (um saber-fazer).
Elaborem um item de prova (diagnóstica, formativa ou somativa) construído com o auxílio do texto que acabamos de interpretar, entre os três tipos listados abaixo.
- Um item de prova para conhecimentos declarativos com alternativa de resposta selecionada;
- Um item de prova para conhecimentos declarativos com alternativa de resposta construída, acompanhado de rubrica ou escala de pontuação.
- Um item de prova para conhecimentos funcionais, acompanhado da respectiva rubrica ou escala de pontuação.
Bom trabalho!
Referências
ARREDONDO, Santiago Castillo e DIAGO, Jesús Cabrerizo. Introdução. In: Avaliação educacional e promoção escolar. Curitiba: Ibpex; São Paulo: Unesp, 2009. pp. 27-87. [Primeira edição em espanhol – 2003].
AUSUBEL, David P., NOVAK, Joseph D., HANESIAN, Helen. Psicologia educacional. 2 ed. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980. [Primeira edição em inglês – 1978.
BLOOM, B. Taxonomy of educational objectives. An Arbor: Edwards Bros., 1956.
KANT, Immanuel. Prefácio à segunda edição. In: Crítica da razão pura. São Paulo: Nova Cultural, 2000. pp. 35-51.
PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar: convite à viagem. Porto Alegre: Artmed, 2000. pp. 49-51. [Primeira edição em francês – 1999].
SKINNER, Burrhus Frederich. Tecnologia do ensino. São Paulo: Herder/Editora da USP, 1972.
TYLER, Ralph W. Princípios básicos de currículo e ensino. 4 ed. Porto Alegre: Globo, 1977. [Primeira edição em inglês – 1948].
Avaliação Educacional
Bem-vindos
Colegas, bom dia!
Sejam bem-vindos ao curso de “Avaliação Educacional”. Espero que todos estejam com saúde e assim permaneçam durante o curso.
Para evitar quebra de expectativas com o nosso curso, antecipo essa minuta do programa, informando o que a Universidade (o professor) vai oferecer a vocês e o que a Universidade (o professor) está esperando de vocês.
Para os que já foram meus alunos nos últimos dois anos, o texto que se segue não apresenta novidades. Para os mais recentes, pode resultar em algum estranhamento e/ou desconforto. Por isso, peço que leiam com atenção e se certifiquem de querem mesmo seguir este curso e com o atual professor.
Essa mensagem também cumpre outra função. Gostaria de transformar o primeiro dia de encontro em lugar de aprendizagem efetiva, ao contrário de uma situação de explicitação de programas. A vida universitária é muito cara, para vocês e para os contribuintes. Vamos usar o tempo da melhor forma possível.
Até breve
Itamar Freitas.
A natureza metodológica do curso
O curso é estruturado em 60 horas de encontros 20 horas de atividades em equipe. Trata-se de um empreendimento estruturado em métodos ativos de ensino-aprendizagem. Isso significa que, praticamente, NÃO HÁ aulas expositivas do professor. NÃO HÁ coisas a serem ouvidas ou vistas em exposição oral. NÃO HÁ aulas/textos/atividades de recuperação para os que faltam às atividades. Todo o trabalho de aluno é feito em equipe e todos os materiais necessários ao desenvolvimento do curso estarão disponíveis no primeiro dia semestre letivo. Os encontros são momentos para a discussão e a experimentação, abertos a erros e acertos e à comunicação do não saber, por parte dos alunos, inclusive. O curso, portanto, é mediado por estratégias comuns à “Sala de aula invertida” à “Aprendizagem por projetos” e à “aprendizagem por pares e/ou trios”.
Pré-requisitos para a permanência no curso
Da parte de vocês, espero que estejam predispostos a trabalhar em equipe, já no primeiro encontro (trios), fazer pesquisa bibliográfica, leituras e produção de textos, discutir tais produções com o professor e com a turma e, por fim, submeterem-se à avaliação (inclusive com nota válida para a obtenção dos créditos) pelos colegas.
Comprometimentos do professor do curso
Da minha parte, garanto a oferta de literatura especializada e atualizada sobre a matéria do curso (contida no programa e nos anexos), base de dados especializada para as buscas (blog Resenha Crítica organizado pelo professor), espaço virtual de interação, quando necessário (meet, conta pessoal do professor), modelos de gêneros textuais (modelo de resenha, modelo de resumo, modelo de pré-projeto de avaliação, modelo de revisão da literatura produzidos pelo professor), modelo de itens de prova e modelos de prova produzidos pelo professor), formulários de avaliação da atividade dos trios (produzidos pelo professor) e equacionamento de dúvidas sobre o cumprimento das tarefas (sob a mediação do professor).
Produtos desenvolvidos pelos alunos durante o curso
De modo objetivo, o curso prescreve a construção de dois produtos em trio: uma avaliação da aprendizagem originada de um problema real, apresentado pelo professor, relacionado às competências profissionais dos licenciados em Pedagogia requeridas ao trabalho com a Educação Infantil (O Eu, o outro e nós", "Corpo, gestos e movimentos", "Traços, sons cores e formas", "Fala, pensamento e imaginação", "Quantidades, relações e transformações"), construída e disponibilizada aos colegas em cinco semanas; uma avaliação da aprendizagem originada de um problema real, apresentado pelo professor, relacionado às competências profissionais dos licenciados em Pedagogia requeridas ao trabalho com o ensino dos Anos Iniciais (aprendizagem de leitura e escrita, letramento histórico, letramento geográfico, letramento matemático e letramento em ciências), construída e disponibilizada aos colegas em cinco semanas.
Avaliação e notas
Os dois produtos serão submetidos à avaliação do professor e da turma. A avaliação do professor é formativa e continuada e a avaliação dos alunos será somativa. As notas totais atribuídas a cada produto variam de 0 a 10 e seguem para o sistema acadêmico.
As avaliações dos produtos são do tipo colaborativo (coavaliação), ou seja, cada trio vai avaliar o trabalho de todos os outros trios, mediante formulário fornecido pelo professor, preenchido em datas previamente acordadas e a nota parcial (relativa ao produto) do trio resultará da média simples de todas as notas emitidas pela turma.
UNIDADE 1 - AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Objetivo desta unidade é revisar conceitos e procedimentos básicos sobre avaliação da aprendizagem na Educação Infantil e no Ensino Fundamental.
Espero que, ao final da unidade, vocês sejam capazes identificar definições e formulações corretas avaliação, avaliação educacional, avaliação da aprendizagem, expectativas de aprendizagem, item de prova do tipo resposta selecionada e item de prova de resposta construída coerentes com a literatura especializada, disponível nesta seção.
Encontro 1 (04/julho/2022) Planejamento
- Programa, atividades e planejamento.
Encontro 2 (11/julho/2022) Avaliação da aprendizagem - conceitos básicos.
- Texto básico: "Avaliação e Avaliação educacional" - Itamar Freitas e Margarida Oliveira
- Atividade do professor: exposição e discussão sobre conceitos básicos da avaliação da aprendizagem
- Atividade dos alunos: leitura e fichamento por resumo / produção de três expectativas de aprendizagem
Encontro 3 (08/agosto/2022) Instrumentos de avaliação.
- Texto básico: "Construindo instrumentos de avaliação" - Itamar Freitas e Margarida Oliveira
- Atividade do professor: exposição e discussão sobre conceitos básicos da avaliação da aprendizagem
- Atividade dos alunos: leitura e fichamento por resumo / produção de três expectativas de aprendizagem
Encontro 4 (15/agosto/2022) Experiência docente com a avaliação educacional.
-
- Entrevistas com alunos-professores e registro fílmico.
Encontro 5 (22/agosto/2022) Expectativas de aprendizagem, atividades e itens de prova.
- Texto básico: Construindo enunciados de expectativa de aprendizagem, atividades e itens de prova.
- Atividade dos alunos: leitura e fichamento do texto
Encontro 6 (29/agosto/2022) Avaliação (com consulta), mediante prova objetiva de 20 questões, versando sobre os textos lidos e discutidos nos encontros 02, 03 e 05.
Encontro 7 (12/setembro/2022) Correção colaborativa da avaliação da Unidade I.
UNIDADE II - Temas planejados sob demanda dos alunos
Encontro 8 (19/setembro/2022) A BNCC sob o ponto de vista da Avaliação
- Texto básico: Estrutura da BNCC.
- Atividade do professor: exposição e discussão sobre fins, natureza e estrutura da BNCC.
Encontro 9 (26/setembro/2022) A BNCC sob o ponto de vista da Avaliação
- Texto básico: Usos da estrutura da BNCC para a Educação Infantil.
- Atividade do professor: exposição e discussão sobre possibilidades de relacionamento entre a BNCC e as atividades da educação infantil.
Encontro 10 (03/outubro/2022) BNCC e avaliação de portadores de necessidades especiais
- Texto básico:
- Atividade do professor: exposição e discussão sobre possibilidades de relacionamento entre a BNCC e as atividades da educação infantil para portadores de necessidades especiais.
Encontro 11 (10/outubro/2022) BNCC e avaliação de portadores de necessidades especiais
- Texto básico:
- Atividade do professor: exposição e discussão sobre possibilidades de relacionamento entre a BNCC e as atividades da educação infantil para portadores de necessidades especiais.
Encontro 12 (17/outubro/2022) BNCC e produção de sequências didáticas.
- Texto básico:
- Atividade do professor: exposição e discussão sobre possibilidades de relacionamento entre a BNCC e as atividades da educação infantil para portadores de necessidades especiais.
Carga horária dos dias 24 e 31 de outubro estão reservadas a estudos dirigidos sobre a Unidade II, com preparação aos encontros 13 e 14.
Encontro 13 (07/novembro/2022) Avaliação da Unidade II.
Encontro 14 (14/novembro/2022) Correção colaborativa da avaliação da Unidade II.
REFERÊNCIAS PARA CONSULTA
ALMEIDA, Geraldo Peçanha de. Neurociência e sequência didática para educação infantil. Rio de Janeiro: Walk Editora, 2015.
ALVES, Deise Luci Santana. Observação e registro: possibilidades e reflexões para professores de creches. Bauru: UNESP, 2017.
ARREDONDO, Santiago Castillo e DIAGO, Jesús Cabrerizo. Introdução. In: Avaliação educacional e promoção escolar. Curitiba: Ibpex; São Paulo: Unesp, 2009. pp. 27-87. [Primeira edição em espanhol – 2003].
AUSUBEL, David P., NOVAK, Joseph D., HANESIAN, Helen. Psicologia educacional. 2 ed. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980. [Primeira edição em inglês – 1978.
BLOOM, Benjamin S., ENGELHART, D. Marx e FURST, J. Edward et. al. Taxionomia de objetivos educacionais: domínio cognitivo. 6 ed. Porto Alegre: Globo, 1977. [Primeira edição em inglês – 1956].
BLOOM, Benjamin S., HASTINGS, J. Thomas, MADAUS, George F. Evaliación del aprendizaje. 2 ed. Buenos Aires: Troquel, 1975. [Primeira edição em inglês – 1971]. v. 1.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Escalas de Proficiência do SAEB. Brasília: MEC/INEP/DAEB, 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Matriz de Referência de Ciências Humanas – Anos Iniciais. Brasília: MEC/INEP/DAEB, 2018.
KANT, Immanuel. Prefácio à segunda edição. In: Crítica da razão pura. São Paulo: Nova Cultural, 2000. pp. 35-51.
MASSON, Steve Pour que s’activent les neurones. Les Cahiers Pédagogiques, [Paris], n. 527, p.17-18, Février, 2016.
OLIVEIRA-FORMOSINHO, Júlia. Documentação pedagógica e avaliação na educação infantil: um caminho para a transformação. Porto Alegre: Penso, 2019.
OSTETTO, Luciana Esmeralda (Org.). Registros na Educação Infantil: pesquisa e prática pedagógica. São Paulo: Papirus, sd.
PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar: convite à viagem. Porto Alegre: Artmed, 2000. pp. 49-51. [Primeira edição em francês – 1999].
SKINNER, Burrhus Frederich. Tecnologia do ensino. São Paulo: Herder/Editora da USP, 1972.
TYLER, Ralph W. Princípios básicos de currículo e ensino. 4 ed. Porto Alegre: Globo, 1977. [Primeira edição em inglês – 1948].
REFERÊNCIAS PARA AMPLIAR O CONHECIMENTO SOBRE A MATÉRIA
Vídeos
- Avaliação da aprendizagem - Cipriano Luckesi (19 min)
- Avaliação na Educação Infantil - Jussara Hoffmann
- Avaliação da aprendizagem nos anos iniciais - Claudineide Lima Irmã
Teses e dissertações
- Avaliação da aprendizagem na Educação Básica – o estado do conhecimento (2008-2017) - Marli Ribeiro Rodrigues Ginoza
Livros
- A avaliação desmistificada-Artmed - Charles Hadji
- Avaliação da aprendizagem escolar - Cipriano Luckesi
Capítulos de livro
- Avaliação - Da excelência à regulação das aprendizagens - Philippe Perrenoud
- Avaliação educacional e promoção escolar - Santiago Castillo
- Avaliar para aprender - Fundamentos práticas e políticas - Domingos Fernandes
- Resenhas - Désirée Motta-Roth e Graciela H. Hendges
Artigo de revista
- A qualidade da educação - Bernard Charlot
Outros modos de abordar a avaliação da aprendizagem nos anos iniciais do Ensino Fundamental
Historia de América Latina Contemporánea. Córdoba, núm. 16, 2022
Artículos
- El discurso antifascista del Partido Socialista y de la Unión Cívica Radical en la Cámara de Diputados de la Nación Argentina (1938-1943) ¿Unidad o diversidad?
- María Jimena Irisarri
- Revisitando subjetividades: Exiliadas uruguayas a través de sus cartas, 1976-1985
- Marisa Ruiz
- Conjeturas sobre el exilio de Aída Bortnik en Madrid. Redes afectivas, profesionales y escriturarias (1976-1979)
- Ramiro Manduca
- Derechos humanos, prensa y política en la inmediata posdictadura. El semanario El Periodista de Buenos Aires, del Informe de la CONADEP al Nunca más
- Eduardo Raíces
- De Marilyn Monroe a Tupac Amaru: El pop achorado y los afiches de la reforma agraria peruana (1968-1973) como vanguardia artística
- Matías Nahuel Oberlin Molina
- Cuerpos para la guerra: Un análisis de los testimonios de las guerrilleras de las FARC-EP
- Florencia Scolaro
- Interpelaciones, desgastes y consecuencias. Una mirada a las asambleas de huelguistas en enero de 1907 en Rosario
- Carlos Alberto Álvarez
Reseñas Bibliográficas
- Patricio Herrera, editor, América y la Guerra Fría Transnacional, Editorial América en movimiento, Valparaíso, 2021, 217 páginas, ISBN: 978-956-964556-3
- Mario Vega Henriquez
Publicado: 2022-06-04
Ágora. Vitória, v.33, n.1, 2022.
A Independência e a diversidade de projetos provinciais
- E depois da Independência?: Os “portugueses” do Maranhão no Império do Brasil
- Marcelo Cheche Galves, Roni Cesar Andrade de Araújo
- As múltiplas faces da linguagem política liberal no processo de construção da autonomia da política da América Portuguesa (1821)
- Jorge Vinícius Monteiro Vianna
- Trânsitos e negociações indígenas no Espírito Santo a partir da Independência: os Botocudos entre as florestas e os aldeamentos
- Francieli Aparecida Marinato
- A província do Espírito Santo: redes mercantis e a emancipação da América portuguesa (1815 – 1825)
- Rodrigo da Silva Goularte
Artigos
- Matronas na África Romana: estratégias familiares e agência política feminina na Apologia de Apuleio e nas inscrições epigráficas das cidades da Tripolitânia (Séculos I-II D.C.)
- Belchior Monteiro Lima Neto
- Os Ludi Saeculares de Domiciano a partir dos testemunhos monetários (88 EC)
- Irlan Cotrim
- O partido do governo e o partido da oposição: distinção de identidades e debate político na imprensa do Rio de Janeiro (1837)
- Driely Neves Coutinho
- Notas sobre a posição pradiana frente à tese do feudalismo brasileiro
- Caio Rodrigues Schechner
Publicado: 03-06-2022
200 años después. Los escolares preguntan/los historiadores responden | Proyecto ESpecial Bicentenario de la Independencia del Perú
En las últimas décadas en el Perú, la relación entre la enseñanza de la historia a nivel escolar y la investigación académica de temas históricos ha funcionado como si de compartimientos estancos se trataran. La poca interacción entre historiadores y docentes ha hecho que interpretaciones tradicionales y caducas sobre procesos y eventos históricos se mantengan y reproduzcan, sin que haya un cambio en el discurso histórico nacional, más allá de algunos usos políticos (y demagógicos) de determinados sucesos, como el reciente Conflicto Armado Interno (1980-2000), el gobierno militar de Juan Velasco Alvarado (1968-1975), o la Guerra del Pacífico (1879-1883). En ese mismo sentido, el proceso de independencia peruano ha logrado, en los últimos años, encontrar un consenso en la población, superando polémicas sobre, por ejemplo, la naturaleza misma del proceso independentista; a la vez que ampliando la narrativa histórica para incluir a actores sociales que, tanto en el discurso académico como en el educativo, estuvieron silenciados: indígenas, afroperuanos, mujeres, etc. Además, gracias al contexto de la conmemoración del bicentenario de la independencia peruana, se creó un ambiente propicio para fomentar encuentros entre el mundo académico y los escolares.
Así, el Proyecto Especial Bicentenario de la Independencia del Perú propició la creación de un espacio en el cual los escolares pudieran realizar cuestionamientos sobre el proceso de independencia a un grupo de historiadores especialistas en el tema. Así, el texto[1] recoge las preguntas de un total de 100 estudiantes entre los 10 y los 16 años (pp. 160-163), provenientes de 90 centros educativos públicos, de los cuales 25 correspondieron a los Colegios de Alto Rendimiento (COAR), ubicados en cada departamento del país; mientras que únicamente 5 colegios pertenecen al área metropolitana de la capital del país (pp. 156-159). No ocurre lo mismo respecto a los historiadores que fueron consultados: de un total de 37 profesionales, únicamente 2 trabajan fuera de la capital; y del resto, 12 laboran en instituciones extranjeras. Del grupo restante, resalta que la mayoría pertenezca a dos universidades: la Universidad Nacional Mayor de San Marcos (9) y la Pontificia Universidad Católica del Perú (6), ambas con una larga tradición de investigación histórica. El hecho que la mayoría de preguntas provenga de escolares de las provincias del país puede servir como base para futuras reflexiones sobre las dinámicas de intercambio y de construcción de saberes, especialmente los relacionados a las narrativas históricas nacionales y los mecanismos por los cuales estas se reproducen a distintos niveles. Asimismo, que la abrumadora mayoría de académicos provenga de la capital muestra las desigualdades de incorporación de los intelectuales de provincia en los debates académicos y políticos a nivel nacional. Leia Mais
Historia del despojo. El origen de la propiedad particular en el territorio mapuche | Martín Correa Cabrera
Martín Correa Cabrera | Imagem: El Ciudadano
“Tras la historia del despojo –escribe Rodrigo Curipán Levipan, werken del lof Rankilko, en el prólogo del libro de Martín Correa Cabrera, Historia del despojo. El origen de la propiedad particular en el territorio mapuche– duerme escondida una verdad que pocos se atreven a mirar de frente y profundizar en los hechos para entender el mal llamado ‘Conflicto Mapuche’”.
Es esta verdad la que una vez más Martín Correa comparte con sus lectores con nuevos antecedentes que demuestran como el pueblo mapuche ha sido violentado y despojado de sus tierras, causándole altos niveles de pobreza y, en general, un atraso a toda la región de la Araucanía. La negación del Estado de reconocerlo como pueblo-nación –señala el autor– es uno de los principales obstáculos del cual se derivan otros, como la imposibilidad de recuperar las tierras usurpadas, la falta de autonomía y la demanda de control territorial, que impiden iniciar un diálogo que conduzca a la paz. Leia Mais
A vida sportiva de Nichteroy (séc. XIX-1919) | Victor Andrade Melo
Victor Andrade Melo | Foto: Sérgio Settani Giglio/Ludopédio
O presente livro resenhado trata-se de uma contribuição para as discussões acadêmicas sobre a história do esporte nacional. A obra intitulada “A vida sportiva de Nictheroy”, publicada pela Editora Niterói Livros em parceria com a Fundação de Arte de Niterói, foi escrita por Victor Andrade de Melo3, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O livro é organizado em cinco capítulos e tem por objetivo investigar as experiências esportivas estruturadas na antiga capital do estado do Rio de Janeiro – Niterói. Essa localidade é carinhosamente apelidada de “Cidade Sorriso”, por seu acolhimento e hospitalidade, e “Cidade Invicta” por sua atuação na Revolta da Armada (1891-1894).
Há que se destacar que o recorte temporal abordado pelo autor, em especial o século XIX, foi um período emblemático na história do Brasil. Representa uma época singular no que tange a sua formação enquanto estado-nação em um território que passou de colônia para império e, posteriormente, à república. Foi um momento de intensas mudanças no que diz respeito ao desenvolvimento das ideias de modernidade e progresso. Aliás, elementos de ordem progressista são aspectos percorridos pelo autor durante toda obra, ao sinalizar que nesse contexto, o esporte, objeto central de sua investigação, emergia como uma importante prática moderna e modernizadora. Destaca-se, ainda, que para a escrita da presente obra, Victor Andrade de Melo usufruiu de uma estrutura descritiva e materialista da história social, pautada em fontes coletadas de jornais4 referentes ao local e período investigado. Essas empirias foram rotineiramente apresentadas com o suporte de ilustrações e mapas da cidade de Niterói, características que se figuraram na obra como elementos chave, pois facilitam a localização geográfica das dinâmicas e aproximam com riqueza o leitor da vida social, cultural e econômica explorada. Leia Mais
Cadernos de Clio. Curitiba, v.13, n.2, 2022.
- [01/07/2022]
- DOI: http://dx.doi.org/10.5380/clio.v13i2
Sumário - Editorial
- Bruno Gustavo Borel
- Artigos
- HOMENS NOBRES NÃO BEBEM?: LOVECRAFT E A HISTÓRIA DA LEI SECA NO CONTO OLD BUGS
- Alexandre Bartilotti Machado, João Matheus Silva Guimarães
- Por Natureza E Por Ofício: Um Revolucionário Entrevistado
- Giulia Abatti Kasper
- A imprensa republicana na defesa das elites: O Paiz e a Revolta da Chibata de 1910
- Guilherme Bohn dos Santos
- Do otimismo nuclear à destruição: uma análise histórica e cultural da ficção pós apocalíptica de Fallout
- Juliana Stonoga
- Nota de Pesquisa
- Um feminismo afro-latino-americano na Argentina? Antirracismo e abolicionismo penal nas mobilizações feministas (1980-2022)
- Rafaela Zimkovicz
Recorde – Revista de História do Esporte. Rio de Janeiro, v.15, n.1, 2022.
Artigos
- PRENSA, DEPORTE, AVIACIÓN Y MUERTE: EL CASO DEL ‘PRIMER SPORTSMAN’ ARGENTINO
- Pablo Ariel Scharagrodsky
- EL MOVIMIENTO OLÍMPICO ARGENTINO, EL DEPORTE Y LA DIPLOMACIA CULTURAL EN LOS AÑOS VEINTE
- César R. Torres
- NOTAS SOBRE LA IDEA DE “CULTURA FÍSICA” EN LA ARGENTINA DURANTE LA PRIMERA MITAD DEL SIGLO XX
- Pablo Kopelovich, Alejo Levoratti
- A “VIDA EFÊMERA” DA ASSOCIAÇÃO GOYANA DE ESPORTES ATHLETICOS – AGEA (1930 – 1934)
- Jean Carlo Ribeiro, Fábio Santana Nunes
- CONSTRUÇÃO DO HIPÓDROMO DE UVARANAS NO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA-PR: UMA ANÁLISE DE CONJUNTURA
- Guilherme Moreira Caetano Pinto, Thaiane Moleta Vargas, Carlos Maurício Zaremba, Bruno Pedroso, Constantino Ribeiro de Oliveira Junior, Alfredo Cesar Antunes
- QUADRO NACIONAL DE ÁRBITRAS DE FUTSAL: UMA HISTÓRIA PARA POSSIBILITAR OUTRAS HISTÓRIAS
- Maria das Dores Pinto Sant’Ana Lima, Bruno Otávio de Lacerda Abrahão, Christiane Garcia Macedo
- ESPORTE UNIVERSITÁRIO NA DÉCADA DE 1930: “UMA EXPRESSÃO DO AMADORISMO”
- Vitor Lucas de Faria Pessoa
- PRÁTICAS CORPORAIS EM OLIVEIRA, MINAS GERAIS, 1916-1920
- Daniel Venâncio de Oliveira Amaral
- PERCURSOS DA GINÁSTICA EM JUIZ DE FORA: INÍCIO DO SÉCULO XX ATÉ MEADOS DA DÉCADA DE 1980
- Paula Jenevain Grazinoli
- ENTRE PÁS E PICARETAS: O FUTEBOL DE TRABALHADORES NEGROS NA LONDRINA DOS ANOS DE 1930
- André Xavier da Silva
- O PREÇO DA EMOÇÃO: AS TRANSFORMAÇÕES NO CUSTO DO LAZER FUTEBOLÍSTICO NO ESTÁDIO MINEIRÃO ENTRE 1994 E 2018
- Felipe Pereira de Queiroz, Silvio Ricardo da Silva
- INSTITUIÇÕES ESPORTIVAS, ÁRBITROS E REGRAS DO FUTEBOL: TRANSFORMAÇÕES, PROCESSOS E DISPUTAS
- Bruno Boschilia, Sérgio Settani Giglio, Wanderley Marchi Jr.
- REPRESENTAÇÃO DO FEMININO: AS MÚLTIPLAS IDENTIFICAÇÕES DAS TORCEDORAS DE FUTEBOL
- Daniela Torres de Araújo
- FUTEBOL E O MUNDO DO TRABALHO: UMA RELAÇÃO DIALETICAMENTE ESTABELECIDA
- Gabriel Vielmo Gomes, Maristela da Silva Souza
- PUGNAS INTERNACIONAIS: ILHEENSES VERSUS TRIPULANTES BRITÂNICOS DO NAVIO DE GUERRA DELHI EM 1930
- Ramom de Souza Norte, Thiago Santos de Santana, Fábio Santana Nunes, Marcial Cotes
Resenhas
- A CIDADE SORRISO – UMA HISTÓRIA DA EXPERIÊNCIA ESPORTIVA DE NITERÓI (século XIX-1919)
- Letícia Cristina Lima Moraes, Leonardo do Couto Gomes
El cadáver de Balmaceda. Locura, suicidio y muerte en Chile (1890-1921) | Mario Fabregat Peredo
Balmaceda muerto | Imagem: wikipedia
En el contexto de la continua renovación temática en la historiografía chilena tenemos el privilegio de presenciar durante los últimos años la emergencia de un campo de estudios historiográficos sobre el suicidio, que recoge elementos de la historia cultural, historia de las ideas, de las ciencias y de las emociones, entre otros aportes, para el tratamiento de las fuentes y del tema. Al trabajo de Daniela Belmar, A nadie se culpe de mi muerte. Suicidios entre 1920-1940. Santiago y San Felipe de 20181 y al texto Más Allá De La Muerte, Recopilación De Cartas y Notas Suicidas (Chile, 1870-1937) de Mario Fabregat Peredo y la misma Daniela Belmar, de 20202, se sumó a fines del año 2020 el presente trabajo de Mario Fabregat.
Este trabajo de Mario Fabregat, desde el aspecto académico, se asienta sobre investigaciones monográficas previas, una tesis doctoral sobre el tema e investigaciones en archivos sobre Balmaceda con persistencia de años, lo que encamina el libro hacia la vereda firme de la investigación historiográfica, tomando como punto material y simbólico el cadáver del presidente suicida de 1891, José Manuel Balmaceda, el texto aspira a indagar en una época, en una cultura y en una sociedad, la santiaguina de fines del siglo XIX y principios del XX. Es un intento que recuerda al bello libro de Carl E. Schorske sobre la Viena de fin de siglo3, en su aspiración por conocer la sensibilidad de una ciudad, de una cultura y de una época a través de un acceso del espacio cultural como las ideas, la música, el arte y, en el caso del libro de Fabregat a través de las ideas sobre la locura, el suicidio y la muerte. Leia Mais
Passés singuliers. Le “je” dans l’écriture de l’histoire | Enzo Traverso
Enzo Traverso | Imagem: Quatro Cinco Um
Enzo Traverso es un intelectual que no requiere de mayores presentaciones. Sus investigaciones cruzan temáticas como la memoria, el antisemitismo, los totalitarismos, el pensamiento marxista y el sentido de la historia en la sociedad contemporánea. En Passés singuliers, aborda la problemática concreta relacionada con el énfasis individual asumido en su narrativa sobre el pasado, hasta ahora, tradicionalmente elaborada en tercera persona.
Al respecto, el autor plantea en este libro un conjunto de ejemplos que muestran el giro presente en los escritos de un conjunto de autores en donde, la voz propia aparece para otorgar elocuencia a su experiencia del pasado, reconstruido a partir de su testimonio de los hechos, introduciéndonos en un debate de carácter epistemológico acerca del rol de las subjetividades en el relato histórico. Leia Mais
Historia conceptual en el Atlántico ibérico: lenguaje, tiempos, revoluciones | Javier Fernández Sebastián
Javier Fernández Sebastián | Imagem: Web UNSAM
En las últimas dos décadas, el campo de la historia intelectual en el mundo iberoamericano ha sufrido una renovación disciplinar impresionante. La recepción de una serie de novedosas metodologías para el estudio del pensamiento, conceptos y lenguajes políticos, como la escuela alemana de historia conceptual (Begriffsgeschichte), el enfoque contextualista de la llamada “Escuela de Cambridge” y la vertiente francesa de historia conceptual de lo político han sido claves en este sentido. En el ambiente académico iberoamericano, el historiador español Javier Fernández Sebastián ha desempeñado un rol decisivo en dicho proceso, especialmente a través del liderazgo de la red Iberconceptos (Proyecto Iberoamericano de Historia Conceptual), que aglutina a más de un centenar de investigadores e investigadoras y que ha sido el responsable de una obra de referencia clave en la disciplina: el monumental Diccionario político y social del mundo iberoamericano, publicado entre 2009 y 2014, donde se abordan en distintos ámbitos nacionales y comparados una veintena de conceptos políticos claves de la modernidad, tales como democracia, pueblo, nación, constitución, libertad, civilización, soberanía, etc. Dicha actividad, sumada a su diálogo permanente con proyectos y asociaciones europeas, le ha permitido construir una visión amplia de los problemas político-intelectuales del mundo iberoamericano en el tránsito del siglo XVIII al XIX, abordando patrones comunes y diferencias con el resto de Europa. Leia Mais
Cuadernos de Historia. Santiago, n.56, Junio, 2022.
ESTUDIOS
- Rapto femenino y ‘saber-hacer en situación judicial’. Provincia del Maule, Chile, 1826-1857
- Víctor Brangier …
- Leyes de escasa aplicación. El sorteo de las normas de comportamiento personal para los magistrados de la audiencia de Lima (si…
- Ismael Jiménez Jiménez
- La idea de “América” en la narrativa sobre independencia nacional. Análisis de textos escolares en Venezuela y Chile (2000-2017)
- Ramón Alexander Uzcátegui Pacheco
- Más allá de Tutankhamon: Orientalismo en los márgenes de la egiptología
- Leila Salem
- “Compartir las satisfacciones del triunfo o las desventuras de la derrota”: Perú y Bolivia en los albores de la guerra del Pac…
- Carlos Donoso Rojas
- La historiografía española a través de Castilla. Un estudio de caso a partir de los pensionados vinculados al Centro de Estudio…
- Carlos Sanz Simón …
- La revolución del sonido, Salvador Allende, la Unidad Popular y la adquisición y gestión de las radios Portales, Corporación y …
- Alfonso Salgado Muñoz
- Orígenes de las exposiciones chilenas, 1848-1872, un gesto republicano
- Danilo Duarte
- 10.5354/0719-1243.2022.67230
- ESTUDIOS
- Postguerra y reajustes sociales: la criminalidad común en la provincia de Pinar del Río, Cuba (1944-1951)
- Juana Marta León Iglesias
- “Del gualato al subcontrato salmonero”, trayectorias laborales de campesinos y campesinas del sur austral de Chile (1970-1990).
- Marcela Vargas Cárdenas …
- Empresariado textil y comunidad local: hacia una nueva zona de acción paternalista, Tomé 1900-1940
- Nicole Fuentealba Romero
- El intelectual durante la Unidad Popular, un análisis a través de las revistas Chile Hoy, La Quinta Rueda y Punto Final
- Danny Monsálvez Araneda …
- Intervención del Estado en los sindicatos, leyes laborales y situación del movimiento obrero en Chile a través de folletos e in…
- Vicente Mellado Carrasco
- Un testimonio inédito y (casi) desconocido de la Paces de Quillín, 1641
- Francis Goicovich
RESEÑAS
- Enzo Traverso. Passés singuliers. Le “je” dans l’écriture de l’histoire
- Mario Vega Henríquez
- Javier Fernández Sebastián. Historia conceptual en el Atlántico ibérico: lenguaje, tiempos, revoluciones
- Gabriel Cid
- Martín Correa Cabrera. Historia del despojo. El origen de la propiedad particular en el territorio mapuche
- Jorge Pinto Rodríguez
- Mario Fabregat Peredo. El cadáver de Balmaceda. Locura, suicidio y muerte en Chile (1890-1921)
- Marcelo Sánchez Delgado
Alberto Flores Galindo. Utopía, historia y revolución | Carlos Aguirre e Charles Walker
Alberto Flores Galindo | Foto: Silvia Beatriz Suárez Moncada
Las últimas décadas del siglo XX fueron testigos del ocaso de los «intelectuales públicos», los cuales fueron desplazados paulatinamente por los «técnicos». Estos últimos tienden a proclamar que sus propuestas están basadas en las evidencias, aunque en la mayoría de ocasiones ocultan sus posturas políticas e ideológicas detrás de una «estadística» basada en sesgos de selección. Al mismo tiempo, las direcciones de las universidades han seleccionados cuáles son los géneros o el tipo de publicación válida para la carrera de los investigadores al priorizar los artículos de revistas académicas especializadas, que no suelen ser consultadas fuera de un campo específico del conocimiento. Esta situación ha traído como consecuencia una paradoja: a pesar que la información en la actualidad puede difundirse a una mayor velocidad y llegar a un espectro más amplio de la población, los nuevos conocimientos y los debates en las ciencias sociales y las humanidades demoran más en estar al alcance de un público amplio y toman aún más tiempo en llegar a los textos escolares. Una de las posibles consecuencias de este doble proceso, el reemplazo del «intelectual» por el «técnico» y la separación entre el investigador y una audiencia amplia, es el deterioro del debate sobre los asuntos públicos. Por ello, resulta interesante leer la compilación de ensayos que hacen Carlos Aguirre y Charles Walker sobre uno de los intelectuales públicos peruanos más importantes: Alberto Flores Galindo. Leia Mais
Negociación, lágrimas y maldiciones. La fiscalidad extraordinaria en la monarquía hispánica, 1620- 1814 | Guillermina del Valle Pavón
Detalhe de capa de Negociación, lágrimas y maldiciones. La fiscalidad extraordinaria en la monarquía hispánica, 1620- 1814.
Este último libro coordinado por Guillermina del Valle nos invita a replantear muchas ideas preconcebidas sobre la naturaleza de la fiscalidad extraordinaria y en especial sobre la dinámica política y social que existió detrás de las solicitudes de donativos que realizaba la Corona española. Los diversos estudios presentados en esta publicación demuestran que la categoría de donativo, ampliamente usada por la historiografía desde hace décadas para referirse al dinero enviado de parte de los súbditos al rey por fuera de sus obligaciones tributarias «formales», podría inducir a nociones equívocas si se asumen algunos presupuestos de su acepción moderna como la voluntariedad o la falta de interés por alguna recompensa. Por el contrario, al ser estudiados desde su contexto específico, su proceso de petición, recolección y entrega nos revelan otras características sobre el marco en el cual se sostiene la relación del monarca con sus súbditos americanos. Precisamente, una de las características que resalta de esta publicación es la variedad de aristas desde la cual es posible aproximarse al estudio de las donaciones: desde los fundamentos de la noción de donativo hasta las tramas políticas detrás de sus negociaciones. Leia Mais
Territorialidad indígena, mercado de tierras y política interétnica en la Frontera Sur (Pampas, Nor-Patagonia y Araucanía, siglo XIX)/Diálogo Andino/2022
Durante la segunda mitad del siglo XIX, al menos tres factores caracterizaron e incidieron en los procesos sociales y políticos de las Pampas, Norpatagonia y Araucanía: la organización y consolidación de los Estados nacionales de Argentina y Chile; la desarticulación de la Frontera Sur -cuyo acontecimiento crucial fueron las campañas de ocupación llamadas “Conquista del Desierto” (1879-1885) y “Pacificación de la Araucanía” (1861-1883)- y la formación y el despliegue de un mercado de tierras mediante la enajenación, parcelación y apropiación pública y privada de los territorios hasta entonces de dominio indígena. Estos factores, a su vez, fueron los que generaron las condiciones para la producción agrícola y ganadera que, desde entonces, dinamizó una parte significativa de los modelos económicos de ambos países. Leia Mais
Transfeminismo | Letícia Carolina Pereira do Nascimento
Letícia Carolina Pereira do Nascimento | Foto: Raissa Morais
“Eu travesti, assumi que sou divina. E criei a mim mesma. Somos criadoras, crias de dores. A vida se faz frente à morte voraz” (Letícia NASCIMENTO, 2021). É por meio dessas articulações que Letícia Nascimento dá pistas, na epígrafe da obra, do que podemos esperar de Transfeminismo. O livro, publicado pela editora Jandaíra em 2021, compõe a coleção “Feminismos Plurais”, a qual é organizada pela feminista negra e filósofa Djamila Ribeiro. A autora, ademais, é a responsável pela apresentação da publicação, na qual destaca a importância da coletânea enquanto produção intelectual didática empreendida por mulheres negras, mulheres indígenas e homens negros, além de poderosa ferramenta para revelar outras narrativas. No caso de Transfeminismo, isso se dá mediante os escritos de uma mulher travesti, negra, gorda, pedagoga, doutoranda e que atua como professora na Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Com a pergunta “E não posso ser eu uma mulher?” (NASCIMENTO, 2021, p. 20), Letícia Nascimento abre seu caminho à empreitada de debater o transfeminismo a partir do seu olhar e do olhar de outras mulheres transexuais e travestis. A famosa frase de Sojourner Truth – “E eu não sou uma mulher?” (NASCIMENTO, 2021, p. 17) -, pronunciada durante uma conferência em Ohio, Estados Unidos, em 1851, é renovada pela perspectiva da autora por duas vias: a primeira alinhada ao pensamento de Truth, na qualidade de mulher negra, na desconstrução da visão de uma mulher universal, mas dando um passo além ao pensar nas travestis e transexuais e em suas vivências das feminilidades; e a segunda ao trazer o verbo poder como oposição às pessoas, e muitas vezes às feministas, que insistem em delimitar “quem pode e quem não pode ser uma mulher” (NASCIMENTO, 2021, p. 20). Leia Mais
Do Glamour à Política: Janaína Dutra em meandros heteronormativos | Juciana Oliveira Sampaio
Detalhe de capa de Do Glamour à Política: Janaína Dutra em meandros heteronormativos
Do Glamour à Política: Janaína Dutra em meandros heteronormativos é uma edição conjunta da Editora da Universidade Federal do Maranhão com a Paco Editorial. Publicado em 2020, o livro, escrito por Juciana Oliveira Sampaio, professora do Instituto Federal do Maranhão, apresenta os resultados da pesquisa realizada durante o curso de doutorado, pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Maranhão, concluído em 2015, sob a orientação da professora Sandra Maria Nascimento Sousa. A pesquisa foi premiada na categoria Melhor Tese de Doutorado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão, em 2016.
No livro, temos acesso a um registro detalhado sobre a trajetória da travesti Janaína Dutra, reconhecida como a primeira travesti advogada do Brasil. Abrangendo um período histórico que se concentra entre a década de 1980 e a primeira década deste século, a pesquisadora aborda um amplo espectro das relações sociais nas quais Janaína estava envolvida, seu processo de transição e produção de um corpo que refletia como ela desejava ser identificada, sua atividade como advogada, a atuação como militante de movimentos sociais pró-direitos de travestis, lésbicas e homossexuais, além de suas relações familiares e afetivas. Este registro fundamenta uma análise minuciosa sobre os processos de construção de si, e sobre a mobilização de identidades como instrumento político. Ao lermos a trajetória de Janaína Dutra, evidenciamos que,
por mais que o foco da pesquisa seja um sujeito específico, o olhar está voltado para a cultura, para as normas impostas, para as convenções a que o sujeito está assujeitado, entendendo que as identidades são socialmente construídas, disciplinando, normatizando e controlando os sujeitos (Juciana SAMPAIO, 2020, p. 113).
A densa revisão teórica e a atenção metodológica colaboram para a elaboração de uma análise que se estrutura a partir de identificação de categorias como memória, sexualidade, identidade e travestilidade em um cenário de emergência dos Estudos Queer no Brasil. Sob a forte influência das discussões promovidas por Michel Foucault e Judith Butler, o trabalho dedica importante atenção às relações de poder que perpassam os processos de construção dos sujeitos, bem como sobre o uso político e os limites da identidade como um elemento que sugere uma homogeneização de um grupo e que tende a apagar as especificidades dos sujeitos.
O grande número de depoimentos coletados com parentes, amigos, antigos namorados e colegas de militância, além das próprias impressões de Juciana, que conheceu Janaína, junto a diversas fontes documentais, às quais a pesquisadora teve acesso, são utilizados para reconstruir a trajetória de Janaína dando atenção às tensões que envolvem a produção de um ícone político, ação que se acentua após a morte da militante, em 2004. Ao apresentar todos esses elementos, em vez de reconhecer a excepcionalidade com que o título de primeira travesti advogada do Brasil envolvia Janaína, a pesquisa busca compreender os elementos que foram mobilizados para a produção de um ícone do movimento LGBTQIA+.
Ao descrever seu processo de transição de um homem gay para uma travesti, no contexto heteronormativo brasileiro e, especificamente, nordestino, que se inicia próximo aos trinta anos, após a conclusão do Curso de Direito em uma reconhecida universidade do estado do Ceará, é possível perceber que o fato de não ter vivenciado o processo de graduação como travesti, permitiu que Janaína não experimentasse as violências que costumam ser vividas por travestis que acessam ambientes de ensino durante a transição ou após transicionarem, cujo exemplo mais direto é a luta pelo direito ao uso do nome social e pelo acesso a banheiros públicos.
Durante a atuação em entidades como o Grupo de Resistência Asa Branca, a fundação da Associação de Travestis do Ceará, e a indicação para a atuação na Articulação Nacional de Travestis e Transexuais e na Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, Janaína lutava por temas que ainda estão longe de serem atendidos em sua totalidade, como o acesso à alteração do registro civil; acesso a técnicas de intervenção corporal pelo Sistema Único de Saúde; despatologização da transexualidade; combate à violência e à transfobia; inserção da temática da diversidade sexual nas escolas; políticas públicas de capacitação profissional e inserção de travestis no mercado de trabalho; cotas específicas para travestis em concursos e universidades; e linhas de crédito para empresários que empregassem travestis.
A conclusão de Juciana Sampaio remete à simbologia que envolve a produção de imagens positivadas, pois a participação de Janaína em eventos e diversas atividades em que ela representava a militante, politicamente envolvida com atividades que buscavam a profissionalização de travestis e o acesso destas a programas de saúde pública, juntamente com o trabalho em projetos, associações e órgãos públicos, quebrava a expectativa de que travestis só tinham espaço dentro da prostituição. Além disso, é destacada a relevância do contexto em que Janaína aparece, o final dos anos de 1990 e início dos anos 2000, período de consolidação de uma rede de organismos envolvidos na luta por direitos das travestis e transexuais.
Embora questione o discurso mobilizado por Janaína que identificava a atuação de travestis na prostituição como um problema, Sampaio reconhece que a contribuição que ela buscava, com a divulgação destes discursos, era a separação entre o termo prostituição e travestis. Nesse sentido, a intensa reprodução do título de primeira travesti advogada do Brasil colabora com a produção da travesti como sujeito que rompe com a designação de abjeto que a sociedade brasileira costuma atribuir a elas. Embora, recentemente, consigamos identificar travestis aprovadas em cursos de graduação e pós-graduação, no final dos anos 1990, encontrar uma travesti inserida no campo do Direito, com registro na Ordem dos Advogados do Brasil era algo inesperado. Nesse cenário, Janaína Dutra foi envolvida pelo sentido de representatividade que é associado a pioneiras como Jovanna Baby, pioneira no movimento social de travestis e transexuais; Katia Tapety, primeira vereadora travesti do Brasil; e Luma Andrade, reconhecida como a primeira travesti a obter um título de doutorado no Brasil, entre muitas outras.
Janaína foi um sujeito atravessado pela sua época, pelo contexto em que esteve inserida. Ela teve sua experiência marcada pelo afastamento da noção de inteligibilidade do gênero, nomeando sua subjetividade pela categoria de travesti, não porque entendia que aquela era sua essência, mas porque entendia como uma experiência que dizia algo sobre si. Longe de encarar a identidade travesti como um dado, Janaína a acionava, chegando a assumi-la estrategicamente. Isso a levou a estabelecer uma constante negociação com os outros, consigo mesma, com as instituições que a cercaram (SAMPAIO, 2020, p. 487).
Ao registrar os elementos que intermediam a negociação estabelecida por Janaína Dutra, Sampaio nos fornece um rico documento para pensarmos os processos de negociação/construção do gênero na produção de sujeitos e de identidades como instrumento político, acionadas para a conquista de direitos e consequente melhoria das condições de vida, sobretudo, para um segmento da população que segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais, no Brasil, tem uma expectativa de vida média de 35 anos, o que significa menos da metade da expectativa média da população brasileira (Bruna BENEVIDES; Sayonara NOGUEIRA, 2021).
Referências
SAMPAIO, Juciana Oliveira. Do Glamour à Política: Janaína Dutra em meandros heteronormativos Jundiaí: EDUFMA; Paco Editorial, 2020.
BENEVIDES, Bruna G.; NOGUEIRA, Sayonara Naider Bonfim (Orgs.). Assassinatos e violência contra travestis e transexuais brasileiras em 2020 São Paulo: Expressão Popular, ANTRA, IBTE, 2021. Disponível em Disponível em https://antrabrasil.files.wordpress.com/2021/01/dossie-trans-2021-29jan2021.pdf Acesso em 01/06/2021.
» https://antrabrasil.files.wordpress.com/2021/01/dossie-trans-2021-29jan2021.pdf
Resenhista
Renato Kerly Marques Silva – Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, SC, E-mail: ppglitufsc@gmail.com http://orcid.org/0000-0003-2250-929X
Referências desta Resenha
SAMPAIO, Juciana Oliveira. Do Glamour à Política: Janaína Dutra em meandros heteronormativos. Jundiaí: EDUFMA; Paco Editorial, 2020. Resenha de: SILVA, Renato Kerly Marques. Janaína Dutra, primeira travesti advogada do Brasil. Revista Estudos Feministas. Florianópolis, v. 30, n. 2, e84160, 2022. Acessar publicação original [DR]
Mujer saber, feminismo | Teresa Díaz Canals
Teresa Díaz Canals (terceira mulher, da esquerda para a direita) com alunas do curso “‘Feminismos: Historia, política y eticidad” (2018) | Imagens: Las Tres Juanas
Escrever pode ser um ato de resistência. Como afirmou Gloria Anzaldúa (2000, p. 232) “escrevo para registrar o que os outros apagam quando falo, para reescrever as histórias mal escritas sobre mim, sobre você” (ANZALDÚA, 2000). A escrita do livro Mujer, Saber, Feminismo de Teresa Díaz Canals (2018) é também uma forma de contestar as tentativas de silenciamento que, emergentes numa sociedade sexista, advertiram à autora “não mexer com estes assuntos” (Teresa DÍAZ CANALS, 2018, p. 3). O volume assume o compromisso de historicizar a trajetória de mulheres cubanas submetidas ao epistemicídio (Ramón GROSFOGUEL, 2013). Ao fazê-lo, o livro não só enuncia uma ausência epistêmica, mas produz reflexões sobre os estudos de gênero e feministas, enquanto uma matriz de pensamento e de luta política fundamental na sociedade cubana.
Para resenhar este livro adotei uma política de localização (Adrienne RICH, 2002 [1984]), frisando minhas posições sociais enquanto feminista, pesquisadora do campo dos estudos de gênero em Cuba, mulher negra e cisgênero que pertence a uma geração de cubanas/os que nasceu no seio de importantes conquistas sociais revolucionárias, as que criaram várias agendas políticas não isentas de paradoxos. Uma política de localização implica considerar que os conhecimentos que produzimos são afetados pelos lugares que habitamos, começando pelo nosso próprio corpo enquanto território mais próximo. Atenta a essas questões optei por aderir ao conceito de epistemicídio enunciado pelo porto-riquenho Ramón Grosfoguel (2013), considerando quem subscreve que “o conhecimento produzido pelas mulheres (ocidentais e não ocidentais) também é inferiorizado e marginalizado pelo cânone do pensamento” (GROSFOGUEL, 2013, p. 35, tradução minha)1. Assim nomeia-se um tipo específico de apagamento de saberes, o sexismo epistêmico. Foi a partir desta formulação que mergulhei na obra Mujer, saber, feminismo. Leia Mais
O patriarcado do salário | Silvia Federici
Silvia Federici | Imagem: Outros Quinhentos
Nascida em Parma, Itália, em 1942, Silvia Federici mudou-se para os Estados Unidos em 1967 onde estudou filosofia na Universidade de Buffalo, Nova York. No ano de 1972 a filósofa participou da fundação do Coletivo Feminista Internacional (International Feminist Colletctive), uma organização que impulsionou a campanha que pauta o salário para o trabalho doméstico. Juntamente com outras ativistas e intelectuais como Mariarosa Dalla Costa, Selma James, Maria Mies e Vandana Shiva, Federici tem se debruçado a pensar teoricamente a reprodução sexual, o trabalho reprodutivo e de cuidado, como fio condutor das relações de classe e as dominações.
Publicado em 2021 no Brasil, o livro O patriarcado do salário, escrito por Silvia Federici, nos dá subsídios para pensarmos a relação entre feminismo e marxismo a partir da discussão da reprodução social. O volume é composto por sete ensaios escritos entre os anos de 1975 a 2008, nos quais a autora retoma importantes discussões feitas por Karl Marx e Friedrich Engels sobre a questão do trabalho, articulando-a à luz da teoria feminista. Leia Mais
La infancia del torno. Orfandad, adopciones y algunas prácticas olvidadas en el Montevideo del siglo XIX | Laura Costa
María Laura Osta | Imagem: Universidad de Montevideo
La infancia del torno, expresión que utiliza María Laura Osta (2020) para caracterizar a la población huérfana, abandonada o expósita que transitó por el Asilo de Expósitos y Huérfanos de Montevideo durante buena parte de los siglos XIX y XX, es el centro de atención del libro. Esta infancia es “de frontera” (María Laura OSTA, 2020, p. 23), puesto que su consideración histórica demanda una mirada que cuestiona las relaciones de poder establecidas en la sociedad. El objetivo de la obra es visibilizar las experiencias referidas al torno y explicar las dinámicas sociales que se estructuran en función de los discursos, los saberes y las políticas sobre la infancia, así como también atender su capacidad de agencia. Toma postura en favor de las corrientes historiográficas que apuntan a respetar la individualidad de la niña, niño y del y la joven y a entender esta categoría de acuerdo con su capacidad para generar modificaciones a nivel institucional (Susana SOSENSKI; Elena JACKSON, 2012; Silvia Maria FÁVERO AREND et al., 2018; Bárbara POTTHAST; Sandra CARRERAS, 2005; Isabella COSSE et al, 2011; Claudia FREIDENRAIJ, 2020).
La infancia del torno. Orfandad, adopciones y algunas prácticas olvidadas en el Montevideo del siglo XIX es la segunda parte – o una puesta en diálogo – de una primera obra editada en el año anterior. Imágenes resistentes. El lenguaje de las “señales” en las prácticas de abandono en Montevideo (1895-1934) es un catálogo, pero más que eso, es un análisis iconográfico de las “huellas” con las que la mayoría de los niños y las niñas eran depositados en el torno (OSTA, 2019). Leia Mais
Uma história feita por mãos negras: relações raciais, quilombos e movimentos | Beatriz Nascimento
Beatriz Nascimento | Imagem: Carta Capital
Uma história feita por mãos negras: relações raciais, quilombos e movimentos, coletânea lançada pela editora Zahar em 2021, reúne um conjunto muito especial de escritos da intelectual sergipana Beatriz Nascimento (1942-1995), entrelaçando os sentidos de sua atuação enquanto militante antirracista e feminista, à efervescência do período em que a temática da desigualdade racial adentra o universo acadêmico e disputa uma representação na mídia impressa nacional. Sua trajetória de vida, assim como sua aguçada sensibilidade, foi significativa para a construção deste seu papel de pioneirismo e de “afirmação da mulher negra como sujeito do conhecimento sobre seu povo” (Sueli CARNEIRO, 2006, p. 11)1. Organizada pelo antropólogo Alex Ratts, o conjunto de vinte e quatro escritos produzidos entre 1974 e 1994, primorosamente selecionados e devidamente contextualizados, não apenas fazem justiça ao legado de um pensamento de alto teor crítico-revolucionário, que fora, ainda, pouco reverberado no espaço acadêmico, mas também reitera a atualidade de suas formulações. Leia Mais
Histórica. Lima, v. 45, n.2, 2021.
Artículos
- Estrategias políticas de un familiar de la Inquisición en Buenos Aires. El caso de Juan Ignacio de Ezcurra (1784-1806)
- Samir Nasif
- Patronazgo en la corte virreinal novohispana: los criados, allegados y paniaguados del marqués de Guadalcázar (1612-1621)
- Eduardo Ayala Tafoya
- El trabajo cautivo, la ley de 1849 y los inicios de la inmigración extranjera en el Perú republicano
- Miguel Situ Chang
- Sobre el discurso de la historia. Por una episteme del saber histórico
- Francisco Sevillano
Entrevista
- «Para que sea memoria, y que se ponga en el archibo»: Literatura e Historia en Latinoamérica colonial. Una entrevista a Rolena Adorno
- Stephanie Rohner
- Notas
- Más allá del pasamontañas: una mirada humana a la violencia política en el Perú
- Gianluca Fiorini
Reseñas
- Valle Pavón, Guillermina del (coord.). Negociación, lágrimas y maldiciones. La fiscalidad extraordinaria en la monarquía hispánica, 1620- 1814. Ciudad de México: Instituto de Investigaciones Dr. José María Luis Mora, 2020, 323 pp.
- David Mogrovejo Vidal
- Barbón, María Soledad. Colonial Loyalties. Celebrating the Spanish Monarchy in Eighteenth-Century Lima. Notre Dame: University of Notre Dame Press, 2019, 249 pp., ilust.
- Pedro M. Guibovich Pérez
- Puente Candamo, José Agustín de la. El Perú y su Independencia. Reflexiones ante el Bicentenario [Prólogo y edición de José de la Puente Brunke]. Lima: Universidad Ricardo Palma, Editorial Universitaria, 2021, 249 pp.
- Patricio A. Alvarado Luna
- Aguirre, Carlos y Walker, Charles. Alberto Flores Galindo. Utopía, historia y revolución. Lima: La Siniestra Ensayos, 2020, 234 pp.
- Martín Monsalve Zanatti
Flechas invisibles. La agresión mágica entre las sociedades indígenas de la Araucanía/ Pampas y Norpatagonia (siglos XVI-XIX) | Joaquín T. García Insausti
Este trabajo de García Insausti, doctor en Historia por la Universidad Nacional del Sur (Bahía Blanca, Buenos Aires, Argentina) propone, a lo largo de nueve capítulos, introducirnos en el estudio de una temática que aborda parte de la cosmovisión de las antiguas sociedades indígenas de la región de Araucanía, Pampas y Norpatagonia y ha sido poco estudiada hasta el momento. El autor centra su investigación en torno a las creencias sobre la agresión mágica, o kalkatun, que existía entre estas poblaciones. A partir de un diverso conjunto de fuentes registradas entre los siglos XVI y XIX analiza en profundidad tanto las creencias como las dinámicas sociales relacionadas con esta práctica mágica.
Los dos primeros capítulos presentan el estado de la cuestión del tema central de obra y los antecedentes teóricos, respectivamente. En el primer capítulo, “Brujería y sistema de creencias indígena”, el autor transita por los diferentes aportes sobre las investigaciones previas en torno al concepto de brujería y este recorrido culmina con los análisis realizados en el área de estudio. El segundo, “Kalkutun, brujería y hechicería”, se centra fundamentalmente en reflexionar sobre la aplicabilidad de estos términos en el estudio de las prácticas y dinámicas de la agresión mágica. Leia Mais
El país indiviso. Poblamiento, conflictos por la tierra y mestizajes en Los Llanos de La Rioja durante la Colonia | Roxana Oixadós e Judith Farberman
El país indiviso de Roxana Boixadós y Judith Farberman tiene como objetivo estudiar la configuración de la región de Los Llanos -actual Argentina- durante el largo siglo XVIII, analizando sus dinámicas geográficas y sociales y los conflictos en torno a las tierras. Dentro del corpus documental utilizado se destacan censos e informes así como los protagonistas de los mismos, entre ellos el cura Sebastián Cándido Sotomayor y el juez Josep Antonio Baigorri de la Fuente.1
El libro se compone de cinco capítulos. El capítulo I se centra en la descripción del paisaje de Los Llanos y sus transformaciones históricas. Las autoras destacan la importancia de las aguadas naturales, los oasis, las represas y los pozos como ordenadores de la economía local -siendo la ganadería la principal ocupación de la zona- y debido a las consecuencias que producían las sequias. Se menciona por primera vez la formación de propiedades indivisas gestionadas por los grupos de parentesco, por medio de las tierras que se entregaron en merced. Leia Mais
Investigar colecciones, museos y prácticas de la museística. Reflexiones e instrumentos para la discusión colectiva | Claves – Revista de Historia | 2022
Museo Nacional de Artes Visuales, Montevideo | Imagem: Tripadvisor
Algunos indicios revelan que la formación y puesta en valor de colecciones públicas y privadas, como también las experiencias culturales vinculadas a su exposición museográfica, continúan generando interés y no dejan de incrementarse promovidas por múltiples actores. Señalemos por ejemplo las diversas iniciativas para registrar la vida cotidiana durante la pandemia de COVID19 y crear colecciones de mascarillas, jeringas, frascos de desinfectantes y producciones artísticas para la posteridad.1 O la multiplicación de espacios de formación académica en ámbitos públicos y privados orientados a la museología, a la gestión del patrimonio y las políticas patrimoniales, a la curaduría, al diseño de exposiciones y al estudio, conservación y restauración de una amplia heterogeneidad de colecciones, lo que a su vez promueve el desarrollo profesional en archivos, bibliotecas y museos. Sin embargo – y aunque es indudable que los itinerarios que modelaron la ciencia museológica son todavía muy recientes- el campo de investigación que sitúa su objeto de estudio en la reconstrucción de las trayectorias de las colecciones y la historia de los museos sigue siendo poroso, fragmentado en torno a núcleos disciplinares que tienden a desarrollarse con escaso diálogo, produciendo conocimientos cualitativa y cuantitativamente dispares que dificultan análisis integrales. Leia Mais
Estudos Feministas. Florianópolis. v.20, n.2, 2022.
- A politização do íntimo no maio feminista chileno e no movimento #ChileAcordou Artículos
- Lara, Camila Ponce
- Resumo: EN ES PT
- Texto: ES
- PDF: ES
- Entre a perceção e a realidade: Glass ceiling na elite administrativa em Portugal Artigos
- Ramos, Rosária Maria Pereira; Pita, Vanessa Tatiana Silvino; Ferreira, Ana Paula Ventura
- Resumo: EN ES PT
- Texto: PT
- PDF: PT
- Narrativas do feminicídio na Amazônia Artigos
- Miranda, Cynthia Mara; Carvalho, Carlos Alberto de
- Resumo: EN ES PT
- Texto: EN PT
- PDF: EN PT
- Ser-menina e a imagem de Greta Thunberg na capa da revista Time Ponto De Vista
- Barbosa, Karina Gomes
- Resumo: EN ES PT
- Texto: PT
- PDF: PT
- Quando se é sujeito e objeto da própria escrita Resenhas
- Silva, Luiza de Melo
- Texto: PT
- PDF: PT
- Transfeminismo: vivências, (r)ex(s)istências e autodeterminação Resenhas
- Rodarte, Ana Paula Veloso Silveira Teodoro
- Texto: PT
- PDF: PT
- Janaína Dutra, primeira travesti advogada do Brasil Resenhas
- Silva, Renato Kerly Marques
- Texto: PT
- PDF: PT
- Sobre epistemicídios e outros apagamentos: mulheres e feminismos em Cuba Resenhas
- Mestre Malfrán, Yarlenis Ileinis
- Texto: PT
- PDF: PT
- Repensando as relações entre gênero e capitalismo: discussão sobre trabalho e salário Resenhas
- Galetti, Camila Carolina Hildebrand
- Texto: PT
- PDF: PT
- A infância do torno, a infância de fronteira Resenhas
- Constantín, Facundo Álvarez
- Texto: ES
- PDF: ES
A linguagem fascista | Carlos Piovezani e Emilio Gentile
Carlos Piovezani e Emilio Gentile | Imagens: UFSCAR e Igoriziano
A ascensão da extrema direita nos últimos anos aconteceu em sequência ao fim de governos que adotaram posturas progressistas no que condiz à concessão de direitos. Assim, após o governo de Barack Obama (2009-2017), o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, tivemos a eleição do republicano Donald Trump; no Brasil, por sua vez, os doze anos de governos petistas foram encerrados com o impedimento da presidente Dilma Rousseff, em 2016. Dois anos mais tarde, Jair Messias Bolsonaro, então filiado ao Partido Social Liberal (PSL), foi eleito presidente. Frente a esse quadro, interrogamo-nos: como lideranças extremistas, associadas a discursos fascistas, conseguiram conquistar legiões de seguidores? Essa questão foi o cerne do livro A linguagem fascista, escrita por Carlos Piovezani e Emilio Gentile, lançado pela editora Hedra, em 2020.
Os autores possuem amplo conhecimento nos estudos acerca de linguagem e dos fascismos; Piovezani é linguista e professor associado do Departamento de Letras e do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal de São Carlos. Além disso, atuou como professor convidado na École de Hautes Études en Sciences Sociales e foi autor de obras como A voz do povo: uma longa história de discriminações (2020). Já Emilio Gentile é historiador e professor emérito da Università La Sapienza de Roma, sendo considerado um dos principais especialistas mundiais em fascismo. Entre os livros publicados por ele estão Le origini dell’ ideologia fascista (1975) e Quien és fascista (2019). Leia Mais
Revista Eletrônica História em Reflexão. Dourados, v. 16, n. 31, 2022.
DOSSIÊ: Ensino de História e Cultura Indígena nas escolas
EQUIPE EDITORIAL
Organizadores do Dossiê:
- Éder da Silva Novak (UFGD)
Isabel Cristina Rodrigues (UEM)
Luisa Tombini Wittmann (UDESC).
APRESENTAÇÃO
- Apresentação do Dossiê Ensino de História e Cultura Indígena nas escolasTransformações e permanências, conquistas e desafios no pós Lei 11.645/2008
ARTIGOS DO DOSSIÊ
- Revisitando a Lei 11645/2008A Contribuição das Cosmologias Indígenas em Sala de Aula
- Clovis Antonio Brighenti
- As Nações Indígenas na Coleção de Livros DidáticosHistória, Sociedade & Cidadania
- Edson Silva
- A Questão Indígena nos Marcos Legais de Educação BásicaUma Análise Sobre a BNCC de História
- Igor Luis Andreo, José Victor Joly
- O Conceito ‘Nomadismo’ a BNCC e nos Livros Didáticos do Ensino Fundamental/Anos Iniciais – 4º E 5º AnosEntre o Prescrito e o Interpretado para o Ensino De História
- Isabel Cristina Rodrigues, Franciele Sabchuk
- O Octogenário “Dia Do Índio”Histórias e Culturas Indígenas em Escolas Brasileiras Antes e Depois da Lei N.º 11.645/ 2008
- Giovani José da Silva
- O Dia do Índio na Escola Não Indígena – Uma Tradição que Precisa Ser (Des)InventadaDo Decreto-Lei Nº 5.540/1943 à Lei 11.645/2008
- Poliene Soares dos Santos Bicalho, Roseli Martins Tristão Maciel, Fernanda Alves da Silva Oliveira
- Lei N. 11.645/08O que Devemos Aprender com os Indígenas?
- Cláudia Cristina do Lago Borges, Vânia Cristina da Silva
- A Lei 11.645/08 e as Diferenças Étnico-Racial em Sala de AulaRepresentações Docentes
- Carlos Magno Naglis Vieira, Daniele Gonçalves Colman
- Análise Antropológica do Ensino da Temática Indígena em Escolas de Campo Grande – MS
- Evelyn de Souza Santiago Candido da Silva, Victor Ferri Mauro, Antonio Hilario Aguilera Urquiza
- “Quero e vou continuar sendo índia aqui, lá ou acolá”Ensino de história indígena através de narrativas de mulheres Laklãnõ-Xokleng que vivem em cidades
- Clarice Ehmke Gayo, Luisa Tombini Wittmann
- Historicidade, Alteridade e DiversidadeOs Desafios do Ensino de História e Cultura Indígena nas Escolas
- Éder da Silva Novak, Ivana Aparecida da Cunha Marques, Angelita Verônica dos Santos
EXPEDIENTE
PUBLICADO: 01-06-2022
Memoria y disciplinas: aproximaciones a la historia de las ciencias | Rafael Guevara Fefer e Miguel García Murcia
Detalhe de capa de Memoria y disciplinas: aproximaciones a la historia de las ciencias (2021).
Los estudios en historia de la ciencia se encuentran cada vez más consolidados mundialmente, aunque son escasas las reflexiones en torno a los problemas insertos en el binomio ciencia-historia, tanto en las disciplinas que estudiamos como en las narrativas que construimos al abordar el análisis del devenir científico. Ello, a pesar de que las memorias e historias de las comunidades científicas se encuentran entrelazadas con la construcción de sus saberes, plasmadas tanto en los órganos de publicación como en los nombres de las calles y los monumentos que embellecen los edificios públicos, así como en las salas de los museos y los libros especializados de toda índole. Los seis capítulos que integran el libro Memoria y disciplinas: aproximaciones a la historia de las ciencias (Guevara Fefer, García Murcia, 2021) develan y analizan estos procesos de construcción, su expresión en piedra, exhibición o papel, y sus variopintos usos y destinatarios.
Son procesos de larga data, porque la historiografía de las ciencias surge entre los siglos XVIII y XIX, y acompaña los procesos de institucionalización de estos nuevos saberes en ambos lados del océano, expresando la axiología e identidad epistémica que construyen y sostienen los científicos para erigir disciplinas universales que, al mismo tiempo, se encuentran arraigadas en la localidad. Bajo estos planteamientos iniciales, los coordinadores de este libro, Rafael Guevara Fefer y Miguel García Murcia, plantean en el estudio introductorio los principales ejes de análisis que guían los trabajos expuestos en la obra colectiva para mostrar cómo los científicos mexicanos, al tiempo que construían sus disciplinas y espacios de saber especializado, imaginaron e impusieron “un pasado al servicio de sus agendas políticas y epistémicas” (p.12), en un proceso constante de reiteración que se alimentó del olvido y la memoria (la personal y la colectiva) y, con ello, construyeron un patrimonio e identidad colectivos que dio sentido a su práctica presente y futura. Porque el control sobre la memoria – proponen – es un acto político, una herramienta de poder y un instrumento de legitimización de las ciencias. Leia Mais
Ensino de História e Cultura Indígena nas escolas: transformações e permanências, conquistas e desafios no pós Lei 11.645/2008 | Revista Eletrônica História em Reflexão | 2022
Projeto cria condições para uma formação escolar própria aos indígenas | Foto: Gustavo Diehl/UFRGS
É com satisfação e alegria que apresentamos o Dossiê Ensino de História e Cultura Indígena nas escolas: transformações e permanências, conquistas e desafios no pós Lei 11.645/2008. Neste número da Revista História em Reflexão, reunimos estudos de pesquisadores(as) doutores(as), doutorandos(as), mestres(as) e intelectuais indígenas que analisam o ensino de História e Cultura Indígena desde a promulgação da Lei 11.645/2008.
As autoras e autores nos brindam com análises de suas experiências de ensino e pesquisa das Histórias e Culturas Indígenas, que apontam transformações e permanências a partir da Lei, nos marcos legais da legislação da política educacional brasileira, como nas diretrizes curriculares nacionais para formação inicial e continuada de docentes para a Educação Básica (DCNs), nos projetos pedagógicos de cursos de graduação/licenciatura em História (PPCs), nas diretrizes estaduais para a educação básica para a área de história (DCEs), na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), e nos materiais didáticos. Por diferentes abordagens teórico-metodológicas, problematizando e evidenciando as conquistas e os desafios na trajetória do ensino de Histórias e Culturas Indígenas, os artigos são consensuais no destaque dos povos indígenas como protagonistas de suas próprias histórias, bem como da história do Brasil, e, fundamentalmente, como partícipes e produtores de conhecimento histórico. Leia Mais
Memoria Americana – Cuadernos de Etnohistoria. Buenos Aires, v.30, n.1, 2022.
Convocatoria abierta: 6 artículos y 2 reseñas.
Presentación
- Preliminares: autoridades, créditos y sumario
- Comité Editorial Memoria Americana
Convocatoria abierta
- Arte rupestre en contexto colonial. Análisis preliminares del sitio Alero Estancia Guayascate, norte de Córdoba (Argentina)
- Laura López, María Andrea Recalde
- “Las quentas de las Benditas Ánimas”. Un acercamiento a la economía de una cofradía de indios rural en Omaguaca, siglo XVII
- María Eugenia González
- Las disputas por las memorias de la conquista: la crónica de Fernando de Alva Ixtlilxóchitl
- Clementina Battcock, Jhonnatan Zavala
- Espacios y actividades cotidianas de la infancia nahua prehispánica
- Alejandro Díaz Barriga Cuevas
- De levo a pueblo, la evolución sociopolítica y demográfica de los mapuche de Concepción: los coyunche y sus transformaciones en el marco de la encomienda de Alonso Galiano, 1550-1700
- Daniel Stewart, José Manuel Zavala
- Innovaciones industriales tempranas, empresarios, mujeres letradas y comerciantes mapuche en la frontera de Concepción y la Araucanía. El Correo del Sur 1849-1865
- Luis Iván Inostroza Córdoba, Yéssica González Gómez, Carlos Del Valle Rojas
Reseñas
- Reseña de: Flechas invisibles. La agresión mágica entre las sociedades indígenas de la Araucanía, Pampas y Norpatagonia (siglos XVI-XIX), de Joaquín García Insausti (2021). Rosario, Prohistoria.
- Lauro Ezequiel Rodríguez
- Reseña de: El país indiviso, de Roxana Boixadós y Judith Farberman (2021). Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Prometeo Libros
- Mario Emanuel Larreburo
Publicado: 2022-06-01
El Perú y su Independencia. Reflexiones ante el Bicentenario | José Agustín de la Puente Candamo
José Agustín de la Puente Candamo | Foto: Hugo Pérez/Archivo El Comercio
El Perú y su Independencia. Reflexiones ante el Bicentenario, el reciente libro póstumo de José Agustín de la Puente Candamo y editado por José de la Puente Brunke, nos presenta la reedición de una selección de textos sobre la independencia del Perú escritos a lo largo de setenta años. En estos, se aprecia claramente su visión del proceso independentista peruano e hispanoamericano. El primero influenciado por la idea de peruanidad y la vinculación con el mestizaje propuestas por José de la Riva-Agüero y Víctor Andrés Belaunde, así como la idea del Perú «como sujeto histórico que se va formando a lo largo de siglos» (XV), y el segundo como la «maduración» del sentimiento americano frente a la metrópoli desde —para él— mediados del siglo XVIII hasta las guerras napoleónicas de inicios del siglo XIX.
El libro cuenta con doce capítulos agrupados en dos partes, una introducción, un colofón y bibliografía general. En la introducción, se reproduce el discurso de agradecimiento al Doctorado Honoris Causa otorgado por la Universidad Ricardo Palma (2007), donde se da cuenta su acercamiento a la Historia, los motivos que lo llevaron a seguir la docencia y el estudio de la independencia, así como la importancia de los cursos de historia del Perú en el ámbito escolar y universitario, muchas veces dejados de lado. Leia Mais
Catálogo de ponchos e instrumentos musicales | María Paula Olabarrieta, Inés VAn Peteghem, Melanie Plesch e Jorge Carlos Gregorio Carman
Detalhe de cartaz “Ponchos/instrumentos musicales” | Museo Histórico Nacional
En el año 2021 el Museo Histórico Nacional de Argentina (MHNA) publicó un catálogo sobre sus colecciones de ponchos e instrumentos musicales. El trabajo realizado con el patrocinio de la Asociación de Apoyo al Museo Histórico Nacional y el Consejo de Participación Cultural del Gobierno de la Ciudad de Buenos Aires, es una continuación del proyecto iniciado en 2019 cuando hicieron lo mismo sobre las colecciones de miniaturas, daguerrotipos, muebles de guarda y contadores que conserva el Museo. Este libro entonces concreta los esfuerzos que la institución lleva adelante en la investigación y difusión de sus colecciones.
El catálogo cuenta con un cuidado diseño a lo largo de sus 119 páginas. A las imágenes de las piezas destacadas, cuidadosamente seleccionadas, se suman otras de iconografía que, aunque se echa de menos en algunas de ellas un pie de imagen que las referencie, de todos modos, ilustran al lector sobre los aspectos desarrollados. Su contenido es el fruto de un trabajo colaborativo entre los técnicos del museo y otros investigadores invitados. Se estructura en dos bloques temáticos, cada uno de ellos destinado a una de las colecciones abordadas, que incluye un texto que recoge la investigación que los técnicos responsables realizaron sobre los instrumentos musicales del museo; el aporte de los investigadores invitados; una selección de piezas destacadas, acompañadas de un texto sobre cada una; y el catálogo general de la colección, donde se presentan las fotografías de los objetos con sus respectivas cédulas catalográficas. Leia Mais
Fotografía/ Estado y sentimiento patriótico en el Uruguay de Terra | Ana María Rodríguez Ayçaguer
Detalhe de capa de Fotografía, Estado y sentimiento patriótico en el Uruguay de Terra
Este libro es un ejemplo de cómo el trabajo de archivo y sus experiencias «erráticas» al decir de Lila Caimari (La vida en el archivo, 2017), producen frutos mucho más allá de los planes iniciales de quien investiga, abriendo puertas a agendas tan imprevistas como fructíferas.
En él se ofrece una descripción con relativo detalle de un proyecto cultural estratégico en un momento clave de la historia política uruguaya, el régimen terrista. En un trabajo organizado de acuerdo a varios ejes: el contexto político y las figuras de las que surge el proyecto, sus posibles antecedentes, su implementación en etapas y el análisis de lo que se conoce de su registro fotográfico, la autora nos acerca a las discusiones y prácticas políticas de la época en lo relacionado al lugar de la cultura y en particular al que la idea de «patria» tuvo en un modelo que se presentaba como alternativa al batllismo. Leia Mais
Las pacifistas en un mundo de catástrofes (1914-1945) | Ivette Trochon
Ivette Trochon | Foto: Fernando Pena/Brecha
Esta obra de Yvette Trochon ofrece la posibilidad de incursionar en un tema escasamente tratado por la historiografía regional y menos aún por la uruguaya: el pacifismo femenino. La autora nos introduce en el mundo de la guerra y la paz, rescatando el rol de las «pacifistas», aquellas mujeres «que hicieron públicas sus inclinaciones por la paz a través de la literatura, el periodismo, el arte o la militancia en organizaciones creadas específicamente para tales fines» (16). El hilo conductor de la obra es el análisis de las reflexiones femeninas sobre la paz y las prácticas concretas que llevaron a cabo para alcanzarla o defenderla. Sin dejar de lado, a las voces masculinas que también abogaron por la paz, desde diversas perspectivas: filosóficas, jurídicas, historiográficas, socialistas. Si bien el pacifismo no surge en este período, fue en estas décadas que adquirió un carácter masivo, por la emergencia de asociaciones con marcados discursos antimilitaristas, opuestas al servicio militar obligatorio y promotoras de la objeción de consciencia. Leia Mais
Ni muertes ni palizas/ las mujeres se organizan. La construcción de la violencia doméstica como problema político-público (1984-1995) | Lucía Verónica Martínez
Detalhe de capa de Ni muertes ni palizas, las mujeres se organizan. La construcción de la violencia doméstica como problema político-público (1984-1995)
Este libro es la primera obra de Lucía Verónica Martínez Hernández. Se trata de una adaptación de su tesis de maestría en Historia Política (FCS, FHCE y AGU), realizada bajo la dirección del Dr. Diego Sempol y defendida en 2020, convirtiéndola en la primera mujer egresada de dicho programa de posgrado.
Conjugando aportes de la historia de género, la teoría feminista y los estudios de los movimientos sociales la autora se sumerge en el análisis y descripción del proceso sociopolítico que derivó en la configuración de la violencia doméstica como un problema político-público en el Uruguay de 1984- 1995. Lo hace a partir de una mirada de la transición democrática en clave de género, que pone el énfasis en el papel que desempeñó el movimiento de mujeres y feministas del Uruguay (MMFU) en la democratización del país, a través de una serie de reivindicaciones y acciones tendientes a la desnaturalización y politización de las múltiples formas de violencia hacia las mujeres, hasta entonces circunscriptas al universo privado. Explora las interacciones (y tensiones) entre el MMFU y el Estado uruguayo, así como la incidencia de los organismos internacionales en la consecución parcial de una serie de demandas relacionadas con la violencia doméstica y, finalmente, con su tipificación como delito en el Código Penal. Leia Mais
Una historia de la emancipación negra. Esclavitud y abolición en la Argentina | Magdalena Candioti
Magdalena Candioti | Imagem: Litus
El libro Una historia de la emancipación negra. Esclavitud y abolición en la Argentina de Magdalena Candioti representa un importante avance en la historiografía argentina y da cuenta de una línea de investigación que la autora viene desarrollando desde hace ya varios años. Como señala Candioti en las primeras páginas del libro, su motivación surge de la escasez de estudios sobre la abolición en Argentina, escasez que no resulta casual ni aislada, sino que puede explicarse por «los silencios en torno al arribo forzado de miles de africanos y africanas a la región y sus luchas por liberarse».
La autora parte de dos preguntas centrales: cómo se terminó la esclavitud en el Río de la Plata y qué hicieron las personas esclavizadas para emanciparse. Se concentra en el período 1813-1860, en lo que denomina «el tiempo de los libertos» o sea desde la ley de libertad de vientres hasta la Constitución que prohibió la existencia de esclavos en el país. Si bien los antecedentes argentinos son escasos, hay una especial preocupación de la autora por dialogar con una amplia historiografía regional e internacional que se ha producido recientemente sobre esta misma temática. Leia Mais
Entre la vida y la muerte. Salud y enfermedad en el Uruguay de entresiglos | Andrés Azpiroz, Ana Cuesta, Gabriel Fernández e Laura Irigoyen
Entre a vida e a morte. Exposição | Imagem: Museo Histórico Nacional de Uruguay
Entre la vida y la muerte. Salud y enfermedad en el Uruguay de entresiglos es el catálogo de una muestra del mismo nombre organizada por el Museo Histórico Nacional en el marco de la celebración del Día del Patrimonio, que en el año 2020 el Ministerio de Educación y Cultura a través de la Comisión del Patrimonio Cultural de la Nación, tuvo como lema «Medicina y salud: bienestar a preservar» y homenajeó a la figura del Dr. Manuel Quintela (1865- 1928), el prestigioso médico que hacia 1910 tomó la iniciativa de crear el Hospital de Clínicas en el ámbito de la Facultad de Medicina de la Universidad de la República. El contexto excepcional de pandemia de COVID/19 que vivía el mundo en ese momento, envistió al Día del Patrimonio y a la exposición del Museo de un carácter singular.
La exposición Entre la vida y la muerte. Salud y enfermedad en el Uruguay de entresiglos fue inaugurada al público en la Casa Rivera del Museo Histórico Nacional el 3 de octubre de 2020, cuando comenzaron a reabrir los espacios culturales luego de la pandemia. Aunque estuvo disponible al público hasta el 29 de abril de 2022, durante 2020 permaneció cerrada en algunas ocasiones en función de la situación de la pandemia en el país. La muestra fue el resultado de un trabajo colaborativo entre el Museo Histórico Nacional, el Departamento de Historia de la Medicina de la Facultad de Medicina de la Universidad de la República, el Laboratorio de Microbiología de la Intendencia de Montevideo y el Espacio de Recuperación Patrimonial del Hospital Vilardebó. Contó además con las gestiones del historiador de la medicina Juan Gil Pérez y el aporte de coleccionistas privados como Andrés Linardi, Carlos Hernández y Fernando Lorenzo. Leia Mais
CLAVES – Revista de Historia. Montevideo, v.8, n.14, 2022.
Investigar colecciones, museos y prácticas de la museística. Reflexiones e instrumentos para la discusión colectiva
Imagen de portada: Sala del Gaucho del Museo Colonial e Histórico de la Provincia de Buenos Aires. Década de 1940. Imagen publicada por el Complejo Museográfico Provincial Enrique Udaondo (Luján) en su página de Facebook el 9 de junio de 2020.
Tema Central
- Introducción al Tema Central nº 14: Investigar colecciones, museos y prácticas de la museística. Reflexiones e instrumentos para la discusión colectiva
- Andrés Azpiroz, María Elida Blasco
- Imágenes para la Nueva Troya. La colección iconográfica y bibliográfica de Octavio Assunção del Museo Histórico Cabildo de Montevideo
- Carolina Porley Vidal
- La inserción de lo contemporáneo. El programa «Espacio Contemporáneo» de Fundación PROA. Buenos Aires, 2008-201
- Jonathan Feldman
- Contribución documental al Tema Central: Apuntes para una cronología del Museo Histórico Nacional y el panorama museístico de Uruguay 1900 – 1985
- Andrés Azpiroz
- Contribución documental: Fiebre sanmartiniana en el Museo Histórico Nacional y en el “Museo General San Martín”. Usos del pasado y proyectos conmemorativos en las décadas de 1920 y 1930
- Carolina Carman
- Contribución documental al Tema Central: El archivo del Departamento de Antecedentes e Inventarios del Museo Histórico Nacional, Uruguay
- laura irigoyen garcía
- Contribución documental al Tema Central: Revisión crítica. Los primeros textos museográficos publicados en Argentina
- María Élida Blasco
- Contribución al Tema Central: Experiencias de investigación y modos de mirar el patrimonio artístico nacional: el caso de la exposición Imaginar la Colonia. Buenos Aires, 1810-1960
- Vanina Scocchera
- Contribución documental al Tema Central: Entrevista a directores y directoras de museos latinoamericanos
- Agustín Sarhan
Temática Libre
- «Entre mazorqueros y pillos»: peleas vecinales y tensiones sociopolíticas en la campaña bonaerense post-Caseros (1854-1858)
- Ignacio Zubizarreta, Carla Molteni
Bibliográficas
- Azpiroz, Andrés; Ana Cuesta, Gabriel Fernández y Laura Irigoyen (coords.). Entre la vida y la muerte. Salud y enfermedad en el Uruguay de entresiglos
- José Ignacio Estévez Rippa
- Olabarrieta, María Paula; Inés Van Peteghem y Melanie Plesch / Comp. Jorge Carlos Gregorio Carman. Catálogo de ponchos e instrumentos musicales
- Gabriel Fernández
- Rodríguez Ayçaguer, Ana María. Fotografía, Estado y sentimiento patriótico en el Uruguay de Terra. El registro fotográfico de la «Cruzada cultural» de 1934
- Clara Von Sanden
- Yvette Trochon. Las pacifistas en un mundo de catástrofes (1914-1945)
- Inés Cuadro Cawen
- Martínez Hernández , Lucía. Ni muertes ni palizas, las mujeres se organizan. La construcción de la violencia doméstica como problema político-público (1984-1995)
- Eva Taberne
- Candioti, Magdalena. Una historia de la emancipación negra. Esclavitud y abolición en la Argentina
- Florencia Thul Charbonier
Participantes en la edición
- Autores participantes en 14ª edición de Claves. Revista de Historia
- Redacción Claves
Dimensiones del conflicto: resistencia, violencia y policía en el mundo urbano | Tomás A. Mantecón Movellán, Marina Torres Arce e Susana Truchuelo García
Detalhe de capa de Dimensiones del conflicto: resistencia, violencia y policía en el mundo urbano
1Hace ya unas décadas la renovación de la historia del conflicto urbano fue contemporánea a la de la integración de personas y grupos, a la del desarrollo de mecanismos disciplinarios o la de la reacción de las sociedades y de quienes integraban las instituciones contra las fuerzas políticas dominantes. La perspectiva desde la que se podían enfocar en el final del siglo XX estos procesos era diversa y también lo fueron sus raíces historiográficas e intelectuales (más allá de la cita, más o menos rutinaria y cansina, a Foucault o Bourdieu), pero lo cierto es que sí había un intento de ligar dichas dinámicas a una comprensión global de un mundo social y político moderno que se empezaba a percibir como menos mecánico de lo que se había pensado. Un celebrado texto de 2006 de Xavier Gil Pujol1 mostraba cómo precisamente el estudio de la indisciplina había abandonado el recurso de ser la panacea para identificar movimientos sociales y se había convertido en un eficaz instrumento para evaluar dinámicas sociopolíticas muy complejas en la que los actores se adaptaban y negociaban su posición recurriendo en parte, pero sólo en parte, a una violencia explícita que en general se combinaba con otras formas de una negociación que no tenía que conllevar un consenso estable, ni fundarse en una simetría entre las partes; pero que, no por esos límites, dejaba de aunar voluntades y de generar o regenerar las bases sociales sobre las que se asentaba la dominación. Así pues, si el conflicto era muchas cosas, tiene múltiples representaciones y era apropiado por vías diversas, era bueno ubicarlo en la etiología misma de la práctica social y política, pero hacerlo de forma no unitaria, sino plural, lo que llamaba a la necesidad de diversificar las aproximaciones y comprender mejor sus ámbitos, sus implicaciones culturales y a sus protagonistas. Y este libro responde a todo ello. Leia Mais
Political Thought in Portugal and Its Empire/ c. 1500-1800 | Pedro Cardim e Nuno Gonçalo Monteiro
Pedro Cardim e Nuno Gonçalo Monteiro | Imagens: Goodreads Goodreads
1A publicação deste livro é, sem dúvida, um acontecimento editorial que merece ser assinalado. Trata-se de uma seleção criteriosa de textos fundadores do pensamento político em Portugal na era moderna (c. 1500-1800), precedida de uma cuidada e esclarecedora introdução de enquadramento interpretativo que também serve para justificar a razão e a oportunidade da sua tradução e publicação em língua inglesa. A introdução e organização editorial do livro são de autoria de Pedro Cardim e Nuno Gonçalo Monteiro que, deste modo, acrescentam às suas importantes contribuições de análise histórica do período em apreço um relevante serviço de divulgação de fontes primárias que apenas têm estado acessíveis, na sua quase generalidade, a leitores de língua portuguesa. A tradução e edição crítica de tais textos fundadores possibilita, a um público internacional alargado, o conhecimento de alguns dos principais protagonistas do debate político em Portugal nos séculos XVI a XVIII, da sua articulação ou diálogo (implícito ou explícito) com autores de referência no quadro europeu e da especificidade dos problemas de ordem institucional, social e política que emergem no contexto da monarquia portuguesa e do seu espaço imperial.
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El vuelo corto. Mujeres y migraciones en la Edad Moderna | Ofelia Rey Castelão
Ofelia Rey Castelão | Imagem: Unidade de Mulher e Ciencia – Xunta de Galicia
2Firstly, this study examines the relation of women with mobility as well as migration and work, beyond the classical approaches to the study of the topic that either portray women solely as dependent migrants in the context of family mobility and migration, or as victims of male migration and seasonal mobility. Rey Castelao does that in two different ways. On the one hand, the author looks at women as active historical agents in these processes of displacement, namely as migrant workers engaging in short- and long-distance migration with either a seasonal, temporary or permanent character. On the other hand, Rey Castelao reconstructs the trajectories and experiences of women as historical actors that not merely endured the consequences of male migration and temporary mobility but that had agency and actively looked for solutions and tried to take advantage of the new circumstances in which they found themselves in. Leia Mais
The First World Empire: Portugal/ War and Military Revolution | Heler Carvalhal, André Murteira e Roger Lee de Jesus
Croquis do sítio e ordem de batalha de Alcântara diante de Lisboa, por mar e terra. Detalhe de capa de “The First World Empire: Portugal, War and Military Revolution” | Imagem: Wikipedia
Ler História. Lisboa, n.80, 2022.
A autodeterminação de Timor-Leste
- The Self-Determination of East Timor
- L’autodétermination du Timor oriental
- La autodeterminación de Timor Oriental
- https://doi.org/10.4000/lerhistoria.9645
Outros artigos
- Other articles
- Autres articles
- Otros artículos
- Raquel Sánchez
- Aristocrats for Peace: The Anti-Duellist Conference of Budapest (1908) [Texto integral]
- Aristocratas pela paz: a Conferência Anti-Duelista de Budapeste (1908)
- Aristocrates pour la paix: la conférence anti-duelliste de Budapest (1908)
- Ewerton Luiz Figueiredo Moura da Silva
- A doença de Chagas: repercussões de uma descoberta científica brasileira em Portugal, 1909-1924 [Texto integral]
- Chagas Disease: Repercussions of a Brazilian Scientific Discovery in Portugal, 1909-1924
- Maladie de Chagas: répercussions d’une découverte scientifique brésilienne au Portugal, 1909-1924
Recensões
- Erik Odegard
- Helder Carvalhal, André Murteira and Roger Lee de Jesus (eds) (2021), The First World Empire: Portugal, War and Military Revolution. London and New York: Routledge, 302 pp. ISBN 9780367365486 [Texto integral]
- Filipa Ribeiro da Silva
- Ofelia Rey Castelao (2021), El vuelo corto. Mujeres y migraciones en la Edad Moderna. Santiago de Compostela: Universidad de Santiago de Compostela, 2021, 443 pp. ISBN 9788418445507 [Texto integral]
- José Luís Cardoso
- Pedro Cardim and Nuno Gonçalo Monteiro (eds) (2021), Political Thought in Portugal and Its Empire, c. 1500-1800. Cambridge and New York: Cambridge University Press, 2021, 344 pp. ISBN 9781108406901 [Texto integral]
- José Javier Ruiz Ibáñez
- Tomás A. Mantecón Movellán, Marina Torres Arce y Susana Truchuelo García (eds), Dimensiones del conflicto: resistencia, violencia y policía en el mundo urbano. Santander: Universidad de Cantabria, 2020, 530 pp. ISBN 9788481029307 [Texto integral]
Debates sobre História Moderna e as Américas Coloniais: os 20 anos do Antigo Regime dos Trópicos em Perspectiva | Ars Historica | 2022
“… difícil sustentar, a partir do quadro descrito, a tradicional imagem de um Império centrado, dirigido e drenado unilateralmente pela metrópole.”1
Foi com grande satisfação que aceitei o convite para redigir a apresentação do dossiê “Debates sobre História Moderna e Américas coloniais” que se insere no conjunto de celebrações do 20º aniversário da publicação do livro “O Antigo Regime nos Trópicos. A dinâmica imperial portuguesa” 2 . Essa obra teve uma forte influência na minha formação acadêmica desde graduação e marcou gerações. Logo após a primeira leitura, percebi que os estudos desenvolvidos pelos autores da coletânea iriam contribuir para o desenvolvimento da minha pesquisa sobre o governo da justiça, que começava a ganhar os primeiros apontamentos pouco tempo depois do lançamento da primeira edição. Além disso, tive o privilégio de ser orientada por uma das organizadoras, a Professora Maria Fernanda Bicalho (Universidade Federal Fluminense), ao longo da minha trajetória acadêmica na pós-graduação.
O livro, muito inovador na ocasião, suscitou intensos debates nos anos seguintes e até hoje é revisitado em debates historiográficos sobre o período colonial. A obra coletiva revelou novas abordagens possíveis para as dinâmicas econômicas, políticas, culturais e religiosas no âmbito da América lusa, propôs alternativas para superar a dualidade metrópole e colônia presente em modelos explicativos até então dominantes e forjados a partir de análises macroestruturais. Entre os muitos méritos da obra, os ensaios foram elaborados com fontes depositadas em arquivos nacionais e internacionais e destacaram as conexões entre diferentes partes espalhadas pelo globo. Como destacou A. J. R. Russell-Wood, autor do prefácio, fazia parte do livro uma geração de brasileiros que concluíram seus doutorados desde 1989, que juntos reavaliam o Antigo Regime e como o Brasil e outras partes do império encontravam-se perpassados por suas práticas e mentalidades. Essas novas formas de entender o universo colonial deram particular atenção as negociações que marcaram as relações no âmbito do império português. Leia Mais
Memórias da Plantação: episódios de racismo cotidiano | Grada Kilomba
A obra “Memórias da Plantação: episódios de racismo cotidiano”, fruto da tese de doutoramento da escritora Grada Kilomba, foi publicada inicialmente na versão em inglês no Festival Internacional de Literatura, em Berlim, no final de 2008. A sua versão em português ocorre apenas 10 anos depois, sendo necessária, segundo a autora, a inclusão de uma introdução para abarcar, problematizar e explicar como seriam traduzidas algumas terminologias para a língua portuguesa, marcada por um histórico de herança colonial e patriarcal.
Grada Kilomba inicia sua obra explicando que a adaptação em algumas palavras, ocorre justamente para deixar evidente a tentativa de desmontar uma linguagem tradicionalmente reduzida ao gênero masculino, com origens coloniais dotada de relações de poder, abusos e inferiorização de pessoas afrodescendentes, comumente objetificadas e animalizadas através de uma linguagem racista. Para sinalizar o seu posicionamento, a autora adapta para o português, algumas terminologias recorrendo ao uso do itálico e abreviação em algumas palavras. Na obra, temos, portanto, adaptações de termos como sujeito, objeto, “outra/o”, negra/o, p. (preta/o), mestiça/o, mulata/o, cabrita/o, escravizada/o(escrava/o) e subalterna. (p.15) Leia Mais
Ars Histórica. Rio de Janeiro, v.23, 2022.
Debates sobre História Moderna e as América Coloniais: os 20 anos do Antigo Regime dos Trópicos em Perspectiva
Elementos Pré-Textuais
- Elementos Pré-textuais
- Comitê Editorial
Editorial
- 23ª EDIÇÃO – DOSSIÊ OS 20 ANOS DO ANTIGO REGIME NOS TRÓPICOS EM PERSPECTIVA
- Eric Fagundes de Carvalho, Mylena Porto da Gama
Apresentação
- APRESENTAÇÃO DO DOSSIÊ: OS 20 ANOS DO ANTIGO REGIME NOS TRÓPICOS EM PERSPECTIVA
- Isabele de Mello
Entrevista
- ENTREVISTA COM JOÃO FRAGOSO: OS 20 ANOS DO ANTIGO REGIME NOS TRÓPICOS EM PERSPECTIVA
- Eric Fagundes de Carvalho, Mylena Porto da Gama, Luis Henrique Souza dos Santos
Artigos de Dossiê
- DA IBYAPABA AO CANINDÉ, ALCANÇANDO O PARNAHIBA: A PENETRAÇÃO NO SERTÃO E A FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO COLONIAL DO PIAUÍ (XVII E XVIII)
- Pedrina Nunes Araújo
- A DIVISÃO ADMINISTRATIVA DA AMÉRICA PORTUGUESA DURANTE O REGIME DAS CORTES GERAIS
- João Paulo de Barros Silva
- “ONDE MAIS COMODAMENTE PODIA HABITAR-SE…”: O ACESSO A TERRAS POR IMIGRANTES PORTUGUESES NOS SERTÕES DAS MINAS GERAIS SETECENTISTAS
- Clara Garcia de Carvalho Silva
- PARA ALÉM DO CANHENHO: O OFÍCIO DE ESCRIVÃO DA CÂMARA NA AMÉRICA PORTUGUESA COMO UM ESPAÇO DE PODER (SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII)
- Mateus Bernardo Galvão Couto
- “SEM PREJUÍZO DOS DITOS ÍNDIOS”: A CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO E A PROMOÇÃO DOS INTERESSES LOCAIS (1628-1696)
- Ludmila Gomides Freitas
- GABRIEL FERNANDES ALEIXO E D. HELENA MARIA DE MORAIS GODINHO: O CONCEITO DE FAMÍLIA
- Nara Maria de Paula Tinoco
- ALIANÇAS FAMILIARES NA AMÉRICA PORTUGUESA: REDES DE PODER E MANDO NAS MINAS GERAIS (SÉCULO XVIII)
- Débora Cristina Alves
- ENTRE A MIRAGEM E A REALIDADE DA ASCENSÃO SOCIAL: MATRIMÔNIO, CONCUBINATO E ILEGITIMIDADE NO ARRAIAL DO TEJUCO (1725-1762)
- Ane Caroline Câmara Pimenta, Thassio Ferraz Tavares Roque
- INTEGRAÇÕES SOCIAIS: O APADRINHAMENTO DE ESCRAVOS ADULTOS EM NOSSA SENHORA DA PIEDADE DE IGUAÇU (1750-1815)
- Juliana Batista
- DOS RETRATOS QUE EL-REY NÃO VIU: COMPADRIO ENTRE LIVRES E ESCRAVIZADOS NA OCUPAÇÃO DA AMÉRICA PORTUGUESA MERIDIONAL
- Márcio Blanco Razzera
- UMA MEDIAÇÃO POSSÍVEL: SOR JUANA E ANTÔNIO VIEIRA NO SÉCULO DA RESTAURAÇÃO PORTUGUESA
- Verônica Fernandes
- PROFETAS INDÍGENAS E A DESARTICULAÇÃO DO TRABALHO NAS ENCOMIENDAS E NA LAVOURA AÇUCAREIRA: UM ESTUDO DE CASO SOBRE O TAKI ONQOY E A SANTIDADE DE JAGUARIPE (SÉC. XVI)
- Natália de Souza Miranda
- O VÍCIO E A VIRTUDE: MODELOS DE COMPORTAMENTO NA BAHIA DO SÉCULO XVIII
- Igor Barbosa Reis
Artigos Livres
- TRÁFICO E TRAFICANTES: BREVES CONSIDERAÇÕES ACERCA DAS COMPANHIAS MERCADORAS DE ESCRAVIZADOS QUE ATUARAM EM JUIZ DE FORA (MG) NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX
- Dayana de Oliveira da Silva
- Notas de Pesquisa
- UM POSTO ESPIRITUAL NUMA ORDEM BÉLICA: REFLEXÕES SOBRE O CAPELÃO MILITAR NAS MINAS SETECENTISTAS E SUAS IMPLICAÇÕES NA MANUTENÇÃO DA ORDEM NO ANTIGO REGIME LUSO
- Gyovana de Almeida Félix Machado
Resenhas
- MEMÓRIAS DA PLANTAÇÃO: REFLEXÕES COTIDIANAS
- Kaique Rodrigues Vieira
Ler História. Lisboa, n.73, 2018.
Revisitar a Pneumónica de 1918-1919
- Frédéric Vidal
- Editorial[Texto integral]
Dossier: Revisitar a Pneumónica de 1918-1919
- Sob a direcção de Laurinda Abreu e José Vicente Serrão
- Laurinda Abreu e José Vicente Serrão
- Revisitar a pneumónica de 1918-1919: introdução[Texto integral]
- Revisiting the influenza pandemic of 1918-1919: introduction
- Revisiter la grippe espagnolede 1918-1919: introduction
- Frédéric Vagneron
- La grippe espagnole : une historiographie centenaire revisitée[Texto integral]
- Gripe espanhola: uma historiografia centenaria revisitada
- The Spanish flu: a century-old historiography revisited
- José Manuel Sobral e Maria Luísa Lima
- A epidemia da pneumónica em Portugal no seu tempo histórico[Texto integral]
- The influenza epidemic in Portugal in its historical time
- L’epidemie de grippe au Portugal dans son temps historique
- Helena Rebelo-de-Andrade e David Felismino
- A pandemia de gripe de 1918-1919: um desafio à ciência médica no princípio do século XX[Texto integral]
- The 1918-1919 flu pandemic: a challenge to medical sciences in the early 20th century
- La pandemie de grippe de 1918-1919: un defi pour la science medicale au debut du XXesiècle
- Laurinda Abreu
- A luta contra as invasõesepidémicas em Portugal: políticas e agentes, séculos XVI-XIX [Texto integral]
- Keeping epidemics out: policies and agents in Portugal, 16th-19th centuries
- La lutte contre les invasions épidémiques au Portugal: politiques et acteurs, XVIe-XIXesiècles
Outros artigos
- Patrícia Costa
- As finanças municipais em Portugal no século XVIII: autonomia vscentralismo [Texto integral]
- Municipal Finances in Portugal in the Eighteenth Century: Autonomy vs Centralism
- Les finances municipales au Portugal au XVIIIesiècle: autonomie vs centralisme
- Miguel Dantas da Cruz
- Soterrados em petições: os liberais e a regulamentação do comércio itinerante em Portugal, 1820-1823[Texto integral]
- Buried in Petitions: Liberals, Peddlers and the Economic Regulation of the First Portuguese Liberalism, 1820-1823
- Ensevelis sous les pétitions: les libéraux et la régulation du commerce itinérant au Portugal, 1820-1823
- Ana Paula Pires
- Lisboa e a grande guerra: subsistências e poder municipal, 1916-1918[Texto integral]
- Lisbon and the great war: food and municipal power, 1916-1918
- Lisbonne et la grande guerre : subsistances et pouvoir municipal, 1916-1918
- José Nuno Matos
- Censura vermelha: as empresas de jornais perante a greve da imprensa de 1921[Texto integral]
- Red censorship: newspaper companies before the press strike in 1921
- Censure rouge: les entreprises de journaux face a la greve de la presse en 1921
- Ramón Villares
- O nacionalismo galego no contexto da Grande Guerra: “regaleguizar”e internacionalizar [Texto integral]
- Galician Nationalism in the Context of the Great War: Reinstate Galician Values and Internationalize
- Le nationalisme galicien dans le contexte de la Grande Guerre : «regalicianiser» et internationaliser
Em debate
- João Branco
- Novas orientações no estudo dos processos de nacionalização em Portugal e Espanha[Texto integral]
- New approaches to the Portuguese and Spanish nationalization processes
- Nouvelles approches sur les processus de nationalisation au Portugal et en Espagne
Recensões
- Augusto Nascimento
- Valentim Alexandre, Contra o vento. Portugal, o império e a maré anticolonial (1945-1960)[Texto integral]
- Bruno Cardoso Reis
- Bernardo Futscher Pereira, A Diplomacia do Estado Novo: Crepúsculo do Colonialismo (1949-1961)[Texto integral]
- Sofia Sampaio
- Paulo Cunha, Uma nova história do novo cinema português[Texto integral]
- Ofelia Rey Castelao
- Rosa Congost, El joven Pierre Vilar, 1924-1939. Las lecciones de Historia[Texto integral]
Morir en las grandes pestes: las epidemias de cólera y fiebre amarilla en la Buenos Aires del siglo XIX | Maximiliano Fiquepron
Un episodio de la fiebre amarilla en Buenos Aires (1871), óleo sobre tela de Juan Manuel Blanes | Imagem: Contraeditorial
Nuestros saberes sobre las epidemias se han modificado en el curso de muy poco tiempo gracias a la reciente pandemia, ya que las experiencias históricas individuales y sociales sobre los terrores, reales o ficticios, volvieron a la palestra con más rapidez que lo esperado. Morir en las grandes pestes (Fiquepron, 2020) es un relato hacia atrás, en un Buenos Aires que no era ya una aldea, pero aún sin el aire cosmopolita del fin de siècle . Su crecimiento se debía a la llegada en pocos años de miles y miles, supuestos heraldos del progreso y la modernidad. Esos esperados inmigrantes, a quien el país abría sus brazos, arribaban en buques ciertamente infectos, luego de viajar y sufrir privaciones, y se arracimaban en conventillos y otros espacios insalubres. La pobreza, suciedad, malnutrición, escasez de agua potable y proximidad expandieron las epidemias, como en otras ciudades de entonces.
El temor a la muerte y a la enfermedad fulminante a través de virus, bacterias y parásitos, en tiempos en que despuntaba la bacteriología y reinaba entre los médicos las teorías miasmáticas, permite afirmar – como lo hacía Charles Rosenberg (1992), y se recupera en el texto – la configuración de una obra dramática para el desarrollo de una epidemia. En su primer acto, la negación ante la masividad de los decesos; en segundo, ante la visualización de los óbitos, la huida del lugar, es decir, una resolución privada o familiar, con explicaciones de las catástrofes enmarcadas entre lo divino y lo profano. El tercer acto incluye las medidas para acabar con la epidemia; y el cuarto, antes del cierre del telón, las reflexiones y enseñanzas que llevarán (o no) a futuros quehaceres para evitar próximos eventos traumáticos.
Este giro de la narrativa, que va desde la indiferencia a la desesperación y la acción-meditación, es en parte la que el autor nos propone para, con gran habilidad, tejer la trama de Morir en las grandes pestes . La elección de ambas enfermedades y la ciudad portuaria se entremezclan en la narración histórica a través de diversas fuentes (censales, iconográficas, periodísticas, médicas). Se anuda así un relato sólido sobre las representaciones frente a la crisis, los héroes y las reacciones institucionales, así como sobre los gestos mortuorios, el desprendimiento de los cuerpos infectados, y, finalmente, las memorias de ese proceso en pos de una “modelización de la epidemia” hacia el siglo XX, cuando se suponían desaparecidos para siempre las escenas de luto y estupor por las enfermedades contagiosas. Y a partir del control de esas epidemias se organizaron, de acuerdo a la hipótesis del libro, una particular gestión de la muerte a nivel público que persiste hasta la actualidad.
El examen de obras significativas donde se representó la enfermedad ha sido un recurso clásico para observar la relación entre iconografía y nociones sobre las epidemias; en este caso, se retoma la célebre Un episodio de la fiebre amarilla en Buenos Aires , óleo de Juan Manuel Blanes, dado que incluye los dos elementos claves del texto: la enfermedad y su desarrollo fatal, en la mirada de un médico, impotente frente a su tardío accionar. Se trata, como argumenta también Malosetti Costa (2001) convincentemente, de una estrategia moderna que alude a las nuevas formas de la muerte; y tanto fue así que la reproducción de esta imagen, que abre el texto, es también en la actualidad una referencia obligada sobre las epidemias en general y para toda Argentina. En esa obra pictórica también se alude a la organización primigenia de la comunidad porteña, a través de sus organismos municipales, para atender a los enfermos en las diversas parroquias.
A través de su accionar se percibe a la generación de jóvenes higienistas, posteriormente muy activos en las reformas urbanas y, en general, en el impulso de la salubridad pública en distintos órdenes institucionales. El camino iniciado en Buenos Aires, cuyo foco fue el control epidémico, se amplió luego a los territorios nacionales, a través de las medidas estatales para fomentar espacios higiénicos, a salvo de las peligrosas miasmas. Y, aquí, los médicos, con los resortes estatales, confiaron en los afanes de educadores, criminólogos, psiquiatras, intelectuales y publicistas, todos ellos supuestamente comprometidos en pos de una nación construida sobre la noción de civilidad e higiene. Las enfermedades contagiosas y su cúmulo de muertos infecciosos y a la vez, evitables, también horadaban, como demuestra Morir en las grandes pestes, la imagen de una ciudad pujante que no hacía honor a su denominación. “Buenos Aires” llevaba implícita la benéfica influencia de los vientos, a cuya naturaleza y potestad los profesionales y otros especialistas médicos confiaban la salud de la población antes de la era científica.
El control del cólera y la fiebre amarilla han sido, junto a la viruela y la peste bubónica, quienes acumularon mayor preocupación médica en tiempos pre-bacteriológicos en virtud de varios factores: desconocimiento científico de la forma de contagio, nosología y presentación de síntomas, así como una terapéutica eficaz. En virtud de esas carencias y ante el avance de las epidemias, la población desplegó una variabilidad de recursos para hacerles frente, valiéndose de las opiniones de médicos reconocidos, de remedios publicados como de acción efectiva y, por supuesto, de curadores y terapias populares como indica con maestría el autor. Ciertamente, al examinar las prácticas para culminar con el ciclo de contagios y decesos, se demuestran además de las muy diversas formas de resolución, una intensa hibridez que hace difícil separar y dirimir entre conjuntos médicos “oficiales” o bien “populares”, indígenas, domésticos y tantos más (Armus, Gómez, 2021). Y lo que se percibe es la intensidad con que todas las sociedades a lo largo y ancho de América Latina, buscaron explicaciones dentro de sus marcos culturales para las crisis que provocaban las epidemias, con su cuota letal en comunidades aisladas y con baja inmunidad.
En tal sentido, la historia social de la salud y la enfermedad, con su cuota de estudios culturales y una clara visión antropológica, está bien presente en Morir en las grandes pestes con una narrativa consistente y un cuidado repertorio sobre los avances posibles de temáticas que no son nuevas, pero que sí renuevan los múltiples aspectos de interpretar el pasado de las epidemias.
Referências
ARMUS, Diego; GÓMEZ, Pablo (ed.). The gray zones of medicine: healers and history in Latin America. Pittsburgh: University of Pittsburgh Press, 2021.
FIQUEPRON, Maximiliano. Morir en las grandes pestes: las epidemias de cólera y fiebre amarilla en la Buenos Aires del siglo XIX. Buenos Aires: Siglo Veintiuno, 2020.
MALOSETTI COSTA, Laura. Los primeros modernos: arte y sociedad en Buenos Aires a fines del siglo XIX. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2001.
ROSENBERG, Charles. Explaining epidemics and other studies in the history of medicine. Cambridge: Cambridge University Press, 1992.
Resenhista
María Silvia Di Liscia – Instituto de Estudios Históricos y Sociales de La Pampa / Universidad Nacional de La Pampa -CONICET. Santa Rosa – La Pampa – Argentina silviadiliscia@gmail.com
Referências desta resenha
FIQUEPRON, Maximiliano. Morir en las grandes pestes: las epidemias de cólera y fiebre amarilla en la Buenos Aires del siglo XIX . Buenos Aires: Siglo Veintiuno, 2020. 190. Resenha de: DI LISCIA, María Silvia. Contagio, muerte y enfermedad en la Argentina decimonónica. História, Ciências, Saúde – Manguinhos. Rio de Janeiro, v.29, n.2, Apr-Jun 2022. Acessar publicação original.
Desastres: velhos e novos desafios para a saúde coletiva | Vânia Rocha e Luciana de Resende Londe
Risco de desastre natural para a saúde | Imagem: Fiocruz
A obra Desastres: velhos e novos desafios para a saúde coletiva , publicada em 2021 pela Editora Fiocruz na coleção Temas em Saúde, foi escrita pelas biólogas Vânia Rocha, doutora em Saúde Pública pela Fiocruz, e Luciana de Resende Londe, doutora em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Para apresentar uma imagem geral, insta apontar que o livro conta com 138 páginas, divididas em cinco capítulos: “Desastres, modelo de desenvolvimento e saúde”; “Ameaças naturais”; “Ameaças tecnológicas”; “Desastres, saúde e produção de conhecimento”; e “Desafios da saúde coletiva diante dos desastres”. Logo na apresentação Rocha e Londe (2021) abordam a questão da pandemia de covid-19, deixando explícita a especificidade do momento de produção do texto e a acentuada pertinência dos temas levantados no âmbito da saúde coletiva.
O mérito inicial da escrita é apresentar os traumas, os desastres ambientais e os seus reflexos na qualidade de vida dos seres, colocando em questão o desequilíbrio ecológico e os decorrentes riscos à vida. Em um esforço ímpar de análise do meio ambiente em sua conexão com a saúde coletiva, no primeiro capítulo, “Desastres, modelo de desenvolvimento e saúde”, as autoras estreitam laços com uma abordagem histórica, ao buscar interpretar as ocupações urbanas irregulares, que se intensificaram nas décadas de 1950 e 1960. A abordagem reflete também sobre a ocupação urbana nos morros ou/e margens de rios, feita por grupos socialmente marginalizados, que acabam vulnerabilizados ao se instalar em áreas de risco. Leia Mais
Peripheral nerve: health and medicine in Cold War Latin America | Anne-Emanuelle Birn e Raúl Necochea López
Anne-Emanuelle Birn | Imagem: University of Toronto
Scholars of Latin America are familiar with the narrative of the Cold War in the region. The stories we tell about the second half of the twentieth century often rely on narrative scaffolding provided by the Cold War; after all, the global influence of the ideological, political, economic, and military battles between the United States and Soviet Union permeated all aspects of people’s lives to various degrees. In these stories, the Latin American Third World is presented as influenced, persuaded, and pressured by the two global superpowers while politicians and policymakers made decisions about the path nations would take towards development and globalization (see, e.g., Smith, 2007). In Peripheral nerve: health and medicine in Cold War Latin America , Anne-Emanuelle Birn and Raúl Necochea López present a different way to look at the Cold War era in Latin America, with a more nuanced view of how different people in different places experienced, reacted to, and acted during the Cold War. This is not an alternative approach meant to decenter the Cold War: on the contrary, the authors and editors illustrate the complexity of the Cold War on the ground, on the so-called peripheries of development. This book demonstrates that people in Latin America had the “nerve” to face international pressures and make choices that, while under the veil of the Cold War dichotomy, had more to do with the individual local realities than the larger battle between First and Second Worlds. To learn how Latin Americans dealt with the Cold War on a local and international level this book is essential. Leia Mais
História, Ciências, Saúde-Manguinhos. Rio de Janeiro, v.29, n.2, 2022.
História, Ciências, Saúde – Manguinhos em 2021 Carta Do Editor
- Cueto, Marcos
- Texto: EN PT
- PDF: EN PT
- A emergência da dengue como desafio virológico: de doença-fantasma à endemia “de estimação”, 1986-1987 Análise
- Lara, Jorge Tibilletti de
- Resumo: EN PT
- Texto: EN PT
- PDF: EN PT
- Conocimiento y poder: el papel de la astronomía en la expansión territorial de Chile, 1883-1890 Análise
- Meier-Valenzuela, Stefan; Sanhueza-Cerda, Carlos
- Resumo: EN ES
- Texto: EN ES
- PDF: EN ES
- Covid-19, a diáspora chinesa e o legado duradouro do racismo no Peru Análise
- Ragas, José; Palma, Patricia
- Resumo: EN PT
- Texto: EN PT
- PDF: EN PT
- Demografia da guerra: mortalidade em Porto Alegre na Guerra dos Farrapos, 1835-1845 Análise
- Scott, Ana Silvia Volpi; Scott, Dario
- Resumo: EN PT
- Texto: PT
- PDF: PT
- Un plaguicida en el franquismo: comunicación de riesgos tóxicos en España, 1945-1975 Análise
- Pérez, Oscar A.
- Resumo: EN ES
- Texto: ES
- PDF: ES
- O saber nos labirintos do poder: a Europa e a (inter)nacionalização da ciência na primeira metade do século XX Análise
- Clara, Fernando
- Resumo: EN PT
- Texto: PT
- PDF: PT
- The birth of a Ministry of Public Health in Colombia, 1946-1953: Cold War, invisible government and asymmetrical interdependence Analysis
- Téllez, Marlin; Quevedo, Emilio
- Resumo: EN ES
- Texto: EN
- PDF: EN
- História oral e ética: um olhar comparativo entre Brasil, Canadá e Itália Análise
- Rodeghero, Carla Simone
- Resumo: EN PT
- Texto: PT
- PDF: PT
- A Estação Biológica do Alto da Serra: um “tesouro da natureza”, 1918-1938 Análise
- Bocchi, Luna Abrano; Pataca, Ermelinda Moutinho
- Resumo: EN PT
- Texto: PT
- PDF: PT
- Medicine during the Nazi period and the Holocaust: what are the implications? An interview with Volker Roelcke Interview
- Roelcke, Volker; Mannheimer, Vivian
- Resumo: EN ES
- Texto: EN
- PDF: EN
- Uma enfermeira da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial: Fundo Virgínia Portocarrero da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz Fontes
- Bernardes, Margarida Maria Rocha; Kaminitz, Sonia Helena da Costa; Maciel, Laurinda Rosa; Almeida, Anna Beatriz de Sá; Oliveira, Alexandre Barbosa de; Porto, Fernando Rocha
- Resumo: EN PT
- Texto: PT
- PDF: PT
- Mujeres e higiene industrial en el México posrevolucionario: el informe de Juan de Beraza sobre “La Perfeccionada” (25 de octubre, 1919) Fontes
- Mena Carrillo, Juan José
- Resumo: EN ES
- Texto: ES
- PDF: ES
- Historia en tiempos pandémicos: covid-19 en Latinoamérica Debate
- Agostoni, Claudia; Ramacciotti, Karina; Lopes, Gabriel
- Resumo: EN ES
- Texto: ES
- PDF: ES
- Health and medicine in twentieth-century Latin America: historical perspectives on the Cold War Resenhas
- Espinosa, Mariola
- Texto: EN
- PDF: EN
- Quando a saúde coletiva é envolvida pelos riscos Resenhas
- Germinatti, Fernando Tadeu
- Texto: PT
- PDF: PT
- Contagio, muerte y enfermedad en la Argentina decimonónica Resenhas
- Liscia, María Silvia Di
- Texto: ES
- PDF: ES
- Pensar la historia en la ciencia Resenhas
- Hernández, Haydeé López
- Texto: ES
- PDF: ES
Clio. Recife, v.40, n.2, jul./dez., 2022.
Dossiê: Visões do tempo no medievo e a escrita da História
Apresentação
- Apresentação
- Elton Oliveira Souza de Medeiros, Isabela de Albuquerque R. do Nascimento
Dossiê
- A cavalaria nas crônicas da Batalha de Crécy (1346)
- Ives Leocelso Silva Costa
- A utilização do termo “patria” no passado medieval português: uma análise da Vida y hechos heroicos del gran condestable de Portugal
- Luciano José Vianna
- A Crônica da Irlanda entre tradições historiográficas, cronológicas e manuscritas (740 – 911)
- Kauê Junior Neckel
- Dante Alighieri, historiador
- Eduardo Leite Lisboa
- As pinturas de infâmia e a estética da suspensão: corpos retratados pendurados por pintores dos séculos XII ao XV
- Thuyla Azambuja de Freitas
Artigos Livres
- Nos discursos do patrimônio cultural analisados no livro “A Retórica da Perda”, tal retórica é sofística ou aristotélica?
- Marluce Reis Magno
- A Canoa do Pantanal: uso, importância e conhecimento pelos indígenas, europeus e comunidades tradicionais
- José Luís dos Santos Peixoto, Ariane Aparecida Carvalho de Arruda
- Os paus de arara: a migração de nordestinos na década de 1950, sob o olhar das fotorreportagens da revista O Cruzeiro
- Márcio Douglas de Carvalho e Silva
- A cidade (in) desejada: história e memória de migrantes na ocupação do bairro Piçarra (Teresina, 1945-1970)
- Marcelo de Sousa Neto, Ismael Sousa de Jesus
- Necropolítica na resposta às primeiras catástrofes climáticas do capitalismo
- José Gomes Ferreira
- “Nossas gavetas estão cheias demais”: os desejáveis e indesejáveis nas páginas do suplemento literário de Mauro de Mota (1947-1959)
- Tércio de Lima Amaral
- “Freixo de Espada À Cinta – abastecimentos alimentares em tempos de Guerra (1914 – 1918)”
- José Pedro Reis
- Sob a perspectiva de uma política expansionista: hospedarias de imigrantes de Pernambuco, 1889-1926
- Rosane Siqueira Teixeira
Sobre a Revista
- Expediente
- Arnaldo Martin Szlachta Junior
La imagen femenina em el mundo antiguo: saber y poder/Mythos – Revista de História Antiga e Medieval/2022
El propósito del presente dossier consiste en pensar el espacio del pensamiento como un topos de construcción igualitaria y de configuración de un modelo antropológico que supone, precisamente, revisar la inequidad de género como núcleo problemático. Leia Mais
Domínios da Imagem. Londrina, v.16, n.30, 2022.
- Histórias em quadrinhos Latino Americanas: a história contemporânea na cultura de massas (parte I)
- Publicado: 2022-06-01
- Expediente
- Expediente
- 1 – 4
- Expediente
- Apresentação
- Apresentação
- Rogério Ivano, Talita Sauer Medeiros
- Apresentação
- Artigos do dossiê
- Constelações em rede: diálogos contínuos do coletivo Chicks on Comics
- DOI: https://doi.org/10.5433/2237-9126.2022v16n30p11
- Luísa Loureiro Monteiro de Castro Teixeira
- 11 – 56
- Artigo Completo
- Maria Erótica: visões carnavalizantes nos quadrinhos de Claudio Seto durante a ditadura militar
- DOI: https://doi.org/10.5433/2237-9126.2022v16n30p57
- Leandro Luiz Santos, Marilda Queluz
- 57 – 122
- Artigo Completo
- A Intermidialidade no processo criativo de Julio Cortázar com o personagem Fantomas
- DOI: https://doi.org/10.5433/2237-9126.2022v16n30p123
- Herman Augusto Schmitz
- 123 – 162
- Artigo Completo
- Nossas Histórias em Quadrinhos (HQs) como artefatos de ensino interdisciplinar
- DOI: https://doi.org/10.5433/2237-9126.2022v16n30p163
- Paulo Augusto Tamanini, Jonathan Diógenes Costa, Maria do Socorro Souza
- 163 – 222
- Artigo Completo
- HQs & Divulgação científica & HQs de divulgação científica no Brasil: Intersecções
- DOI: https://doi.org/10.5433/2237-9126.2022v16n30p223
- Eduarda Fernandes da Rosa, Nataniel dos Santos Gomes
- 223 – 242
- Artigo Completo
- Artigos gerais
- Juventudes Possíveis: Espaço social da cultura juvenil na série “Nada Ortodoxa”
- DOI: https://doi.org/10.5433/2237-9126.2022v16n30p243
- Thaís Dias Delfino Cabral, Valmir Moratelli
- 243 – 272
- Artigo Completo
- O “Álbum dos Bandoleiros” da Revolução de 1923 no Rio Grande do Sul: disputa simbólica, fotografia e enquadramento da memória
- DOI: https://doi.org/10.5433/2237-9126.2022v16n30p273
- Rodrigo Lavalhos Dal Forno
- 273 – 322
- Artigo Completo
- Usos da fotografia em pesquisas nas ciências sociais e algumas hermenêuticas visuais póssíveis
- DOI: https://doi.org/10.5433/2237-9126.2022v16n30p323
- Romênia Oliveira de Souza
- 323 – 383
- Artigo Completo
- Entrevista
- História da Arte e da Imagem. Entrevista com Pablo Diener
- DOI: https://doi.org/10.5433/2237-9126.2022v16n30p384
- Thiago Costa, Ariadne Marinho, Benone Lopes
- 384 – 430
- Artigo Completo
América y la Guerra Fría Transnacional | Patricio Herrera
Esta obra recoge un interesante conjunto de trabajos presentados al seminario internacional “América en la Guerra Fría. Perspectivas sociales y políticas desde la investigación (1945-1973)” celebrado en septiembre de 2017 en la Universidad de Valparaíso, que convocó a especialistas que abordaron aristas de este período, fundamentalmente a través de la perspectiva regional del conflicto mediante el análisis de diversos sujetos en distintos ámbitos de influencia. Se trata de historias conectadas en perspectiva dialógica entre lo nacional y lo global, presentadas mediante una sugerente articulación temática que contribuye a entregar a los lectores una vista panorámica profunda y amplia a la vez. Leia Mais
Boletim de História e Filosofia da Biologia. [?], vol. 16, n. 2, jun. 2022
Publicado pela Associação Brasileira de Filosofia e História da Biologia (ABFHiB)
Sumário
Signum. Londrina, v.23, n.2, 2022.
Dossiê: Medievos e medievalidades a partir de uma História da Arte Global
- APRESENTAÇÃO DO DOSSIÊ: MEDIEVOS E MEDIEVALIDADES A PARTIR DE UMA HISTÓRIA DA ARTE GLOBAL
- Flavia Galli Tatsch, Tamara Quírico
- ESCULPINDO A LIBERDADE DOS ESTUDOS MEDIEVAIS: O RENASCIMENTO PELA PERSPECTIVA DE UMA IDADE MÉDIA GLOBAL
- Caio de Amorim Féo, Marina Barbosa do Rego Silva
- APONTAMENTOS SOBRE A CIRCULAÇÃO DO MODELO ICONOGRÁFICO DA TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS
- Elias Feitosa de Amorim Junior
- UMA ANÁLISE DO FÓLIO 32R DO LIVRO DE HORAS 50,1,016 DA BIBLIOTECA NACIONAL DO RIO DE JANEIRO: O CICLO ICONOGRÁFICO DA VIDA DA VIRGEM
- Maria Izabel Escano Duarte de Souza
- APONTAMENTOS A RESPEITO DAS CONEXÕES ENTRE OS SENTIDOS DA VISÃO E DA AUDIÇÃO NAS REPRESENTAÇÕES DE GRIFOS NA TAPEÇARIA DE BAYEUX (C. 1077)
- Paulo Christian Martins Marques da Cruz, Flavia Galli Tatsch
- ASTROLOGIA, COTIDIANO E ARTE: O CORPO ASTRAL E O HOMO SIGNORUM
- Jefferson de Albuquerque Mendes
- A PINTURA RELIGIOSA NEOBIZANTINA DE BENEDITO CALIXTO DE JESUS: UMA PERSPECTIVA DE LONGA DURAÇÃO MEDIEVAL EM SÃO PAULO
- Karin Philippov
- APONTAMENTOS DO MEDIEVO À ARQUITETURA CRISTÃ PÓS-CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II
- Richard Gomes da Silva
Artigos
- REFLEXÕES SOBRE O TRABALHO ARTISTICO FEMININO NA IDADE MEDIA
- Cinthia Rocha
- SOBRE A ESCOLHA DAS NUTRIZES: MEDICINA, DIETETICA E MORALIDADE NOS CUIDADOS DOS INFANTES ARAGONESES (1306-1318)
- Renato Toledo Silva Amatuzzi
Resenhas
Revista Brasileira de Política Internacional. Brasília, v. 65, n.2, 2022.
- International development cooperation as a global governance policy Article
- Orliange, Philippe; Zaratiegui, Thomas
- Resumo: EN
- Texto: EN
- PDF: EN
- Back to sovereignty? Policy space in investor-State dispute settlement Article
- Bas, Magdalena
- Resumo: EN
- Texto: EN
- PDF: EN
- International Law and Order Enforcement: Police Assistance Programs and Politics in US-Brazil Relations Article
- Villela, Priscila
- Resumo: EN
- Texto: EN
- PDF: EN
- “Brazilian Foreign Policy, Multilateral Institutions and Power Relations: an Interview with Ambassador Rubens Ricupero” Article
- Silva, Alexandra de Mello e; Mello, Flavia de Campos; Pinheiro, Leticia; Herz, Monica
- Resumo: EN
- Texto: EN
- PDF: EN
- “One Single Agriculture”: Dismantling Policies and Silencing Peasant Family Farmers in Brazilian Foreign Policy (2016-2022) Article
- Lima, Thiago; Waisbich, Laura Trajber; Serafim, Lizandra
- Resumo: EN
- Texto: EN
- PDF: EN
- When only China wants to play: Institutional turmoil and Chinese investment in Brazil Article
- Søndergaard, Niels; Barros-Platiau, Ana Flávia; Park, Hyeyoon
- Resumo: EN
- Texto: EN
- PDF: EN
- Marriage of convenience, love at first sight? A brief manual for teaching international relations in Brazil and beyond Article
- Steiner, Andrea Quirino; Alves, Elia Elisa Cia; Pacheco, Cristina Carvalho
- Resumo: EN
- Texto: EN
- PDF: EN
- BRICS and Global Health Diplomacy in the Covid-19 Pandemic: Situating BRICS’ diplomacy within the prevailing global health governance context Article
- Moore, Candice
- Resumo: EN
- Texto: EN
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- Borders and transit countries: the re-territorialization of Middle East pipelines Article
- Madureira, Nuno Luis
- Resumo: EN
- Texto: EN
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- South America at the core of Brazilian foreign policy during Bolsonaro’s administration (2019-2022) Article
- Saraiva, Miriam Gomes
- Resumo: EN
- Texto: EN
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- The epistemology of international politics: offensive realism and the Neorealist Scientific Research Program Article
- Mendes, Flávio Pedroso
- Resumo: EN
- Texto: EN
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The Return of Cultural Heritage to Latin America: Nationalism, policy, and politics in Colombia, Mexico and Peru | Pierre Losson
Pierre Losson | Imagem: Twitter
El estudio que nos presenta Pierre Losson sobre la lucha por la devolución de patrimonio cultural de las naciones mexicana, colombiana y peruana y su intersección con el nacionalismo es más que estimulante. Esta obra de más de 200 páginas tiene como principal objetivo analizar tres casos de estudio correspondientes a las tres naciones y analizar su intersección con el discurso nacionalista, y cómo este se crea y transforma, la creación y expansión de la política cultural estatal e investigar quienes son los actores que reclaman y bajo que coordenadas lo hacen. Igualmente, cuenta con distintos apartados en los que se analiza las tensiones entre los reclamadores y el actor que tiene que ceder el patrimonio, así como las tensiones legales que se dan y las discusiones sobre si es mejor que el artefacto se quede en el lugar en el que estaba, en una tercera nación que, bajo distintas formas, lo expolió, para asegurar su conservación, o la devuelta al país o estado en el que tuvo su origen, a pesar de la peligrosidad que pueda suponer para su conservación. Leia Mais
Diplomacia. Historia y presente | Juan Luis Manfredi
Juan Luis Manfredi | Imagem: NIUS
En un dossier cuyo objetivo era reflexionar sobre la elitización de la historia de la política exterior latinoamericana, el análisis de la diplomacia —tanto la desplegada desde el aparato estatal de los países como la realizada por actores subestatales de los mismos— no podía faltar. Se presentan a continuación dos reseñas que justamente desarrollan los conceptos de diplomacia y paradiplomacia; dos trabajos que coadyuvan a los esfuerzos por clarificar estas actividades propias de la acción exterior de los Estados y de otras unidades de nivel inferior al estatal, que requieren la especial atención por parte de los investigadores e investigadoras de la historia de las relaciones internacionales.
En las siguientes páginas son reseñadas, primero, la monografía sobre diplomacia autoría de Juan Luis Manfredi titulada Diplomacia. Historia y presente (2021), y en segundo lugar, la obra colectiva sobre paradiplomacia compilada por Mariano Alvarez, Mariana Luna Pont y Nahuel Oddone, titulada América Latina Global. Estudios regionales sobre paradiplomacia (2019). Confío en que la lectura de estas reseñas ayude a los interesados en estos estudios a decidirse por considerar y atender estas obras en sus investigaciones; ambos libros, además, constituyen materiales didácticos muy adecuados para la enseñanza y la reflexión teórica en torno a las relaciones internacionales en el nivel universitario. Leia Mais
The Mexican Heartland: How Communities Shaped Capitalism, a Nation, and World History, 1500-2000 | John Tutino
John Tutino | Imagem: Duke University Press
John Tutino’s The Mexican Heartland: How Communities Shaped Capitalism, a Nation, and World History, 1500-2000 (2018) examines Mexico’s long modern and contemporary histories, spanning from the sixteenth century, with the emergence of a silver economy, to the consolidation of Mexico City as a major world city in the twentieth century. Dr. Tutino is a professor of history based in Washington D.C. While focusing on Mexico, his work encompasses the transnational history of Latin America, and its centrality in the development of capitalism. Tutino’s book centers Latin America in global processes, namely those attached to the development and expansion of capitalism. While commodity-focused works are not particularly new, Tutino’s (2018) piece is not a work on silver or other Mexican commodities. It focuses on the agency and on the deep level of negotiation that had to exist, through centuries, for powerful actors – either Spain or postindependence elites – to exercise their dominance. While not particularly tied to Atlantic history, but rather to global movement and the convergence of Pacific and Atlantic economies and societies, Tutino’s book serves as a good example of a work that moves away from particular nation-state centric perspectives, also focusing on diverging communities within the nation-state, and their relationship to processes that go beyond the national borders. Leia Mais
História recente da política externa da América Latina uma questão de elites? | Locus: Revista de História | 2022
Carlos Enrique Paz Soldán | Imagem: Wikiwand
El estudio de la historia reciente de las relaciones internacionales latinoamericanas resulta fundamental para explicar una etapa histórica en la cual la convergencia y la integración globales se aceleraron en muchos aspectos, a pesar de los síntomas actuales de ruptura de la tendencia regionalista y desafección por el multilateralismo. La importancia de estos estudios reside, así, en el análisis de la multiplicidad de consecuencias que estos procesos suponen, tanto para los fenómenos domésticos, como para las transformaciones acaecidas en el escenario regional y global.
El título de este dossier proponía una aproximación a los estudios sobre la historia de la política exterior latinoamericana que cuestionara su carácter o naturaleza elitista. Nuestra impresión es que resulta perentorio detener la mirada en los procesos y dinámicas históricas que han cimentado en las décadas pasadas el substrato que configuró los principales rasgos de las relaciones exteriores latinoamericanas. Consideramos que uno de esos rasgos principales se trató de un sistema de gestión del poder político y económico controlado y dirigido por las élites nacionales, con un significativo hermetismo. Esta situación devino en una patrimonialización —por parte de estas élites— de los espacios de decisión exteriores a las realidades nacionales. Frente a esta situación, el papel del conjunto de la sociedad civil ha quedado marginado, invisibilizado u olvidado, tanto por el control efectivo del fenómeno por parte de los grupos tradicionales de poder, como por una narrativa excesivamente proclive a concebir y representar la construcción de la política exterior y de la integración regional como un proceso jerárquico y vertical de un único sentido: de arriba hacia abajo. Leia Mais
Locus – Revista de História. Juiz de Fora, v. 28, n.1, 2022.
Dossiê: História recente da política externa da América Latina: uma questão de elites?
- Dossiê: História recente da política externa da América Latina uma
questão de elites? (Vol. 28, n. 1, 2022); - Capa: “América Latina”, 2022. Dalila Varela Singulane;
Capa e Concepção gráfica: Dalila Varela Singulane.
Editorial
- Locus: caminhos e desafios editoriais
- Locus: caminhos e desafios editorais
- Odilon Caldeira Neto
- Por uma política de valorização das Revistas acadêmicas na área de História
- Locus: caminhos e desafios editorais
- Odilon Caldeira Neto
EDITORIAL
- Por uma política de valorização das Revistas acadêmicas na área de História
- APRESENTAÇÃO
- História recente da política externa da América Latina : uma questão de elites?
- pdf (Español (España))
- Mariana S. Leone,
- Diego Sebastián Crescentino,
- Eduardo Tamayo Belda
- DOSSIÊ
- Eugenia em países irmãos: Projetos e contratempos
- Joao Italo Silva
- A Política Externa do Regime Militar: da Ideologia ao Pragmatismo
- Paulo G. Fagundes Visentini
- A imprensa nas relações internacionais: o golpe de 1964 no Brasil como construção midiática na Argentina
- Helder Gordim da Silveira
- Todo o mundo é um palco: viagens de campanha nas eleições presidenciais brasileiras de 1989
- Guilherme Casarões
- Seção livre
- O Levante de Varsóvia entre a historiografia soviética e ocidental
- Moisés Wagner Franciscon,
- Dennison de Oliveira
- A ideologia integralista no Paraná: o periódico “A Razão”, 1935
- Rafael Athaides
- Sobre zebras na América do Sul: a noção de entrelugar e a escrita do espaço em história ambiental
- Jo Klanovicz
- Estela no silêncio da dúvida: um estudo sobre as relações afetivas no romance “O Perdão”, de Andradina de Oliveira
- Carlos Eduardo Millen Grosso
- A obra de Oliveira de Cadornega na Biblioteca Nacional de Portugal: a história da Angola seiscentista encomendada pelos Marqueses de Alegrete
- Priscila Weber
- Primo Levi e a literatura de testemunho: uma (in)definição
- Cleber Vinicius do Amaral Felipe
- Liberdade para o capital: intelectuais do IBRE-FGV e as legislações sobre capital estrangeiro no Brasil (1951-1967)
- Rafael Brasil
- Historiografia do sistema político-partidário no Rio Grande do Sul da Primeira República Brasileira: notas e questionamentos
- Rodrigo Lavalhos Dal Forno
SEÇÃO LIVRE
- Uma diversão civilizada para um bairro moderno: o hipódromo de Vila Isabel (Rio de Janeiro; 1884-1890)
- Victor Andrade de Melo
- 28 n. 1 (2022): Dossiê: História recente da política externa da América Latina: uma questão de elites?
RESENHA
- Uma Longa História do México no Contexto Global na obra The Mexican Heartland (2018), de John Tutino
- pdf (English)
- João Gabriel Rabello Sodré
- Discursos nacionais construídos sobre o patrimônio cultural e histórico
- pdf (Español (España))
- Jaime Morente
- RESENHA
- Diplomacia e paradiplomacia: atores, abordagens e desafios de um campo de estudo em expansão
- pdf (Español (España))
- Eduardo TAMAYO BELDA
ENTREVISTA
- Mulheres refugiadas e migrantes na Espanha construindo políticas de direitos: Entrevista con Adilia de las Mercedes, Asociación de Mujeres de Guatemala AMG
- pdf (Español (España))
- Mariana Stella Leone
Publicado May 31, 2022
Impressões Rebeldes. Niterói, v.10, n.1, jan./jun., 2022
- 29 de maio 2022
- REBELDES CONTRA-ATACAM
- Após reprimir violentamente a Revolução Pernambucana em 1817, o governador Luís do Rego Barreto foi alvo de um novo ataque, orquestrado pelos mesmos rebeldes que ele havia enfrentado.
- 25 de maio 2022
- PROCURA-SE UM REI
- Indignados com a Lei de Liberdade dos Indígenas, alguns moradores do Grão-Pará, numa postura surpreendente, juraram se tornar vassalos do rei da França caso ele garantisse a escravidão desses povos.
- 25 de maio 2022
- CIZÂNIAS ORIENTAIS
- Em nome da liberdade e contra a tirania, religiosos agostinhos de Goa, na Índia portuguesa, pegaram em armas no Século XVII.
- 25 de maio 2022
- ALIANÇA EXPLOSIVA
- 12 de maio 2022
- A CORRUPÇÃO DOS GRANDES
- 4 de março 2022
- MASSACRE EM CARRANCAS