Em Perspectiva. Fortaleza, v.9, n.2, 2023.

Em Perspectiva. Fortaleza, v.9, n.1, 2023.

Em Perspectiva. Fortaleza, v.8, n.2, 2022.

Em Perspectiva. Fortaleza, v.8, n.1, 2022.

Em Perspectiva. Fortaleza, v.6, n.2 2020.

Temática Livre

Editorial

Temática Livre

Resenha

Entrevista

 

 

 

Sobre o autoritarismo brasileiro | Lilia Moritz Schwarcz

Nós, os brasileiros, somos como Robinsons: estamos sempre à espera do navio que nos venha buscar da ilha a que um naufrágio nos atirou (Lima Barreto, “Transatlantismo”, Careta).

Em tempos de retrocesso, em que a esperança parece ter fugido do coração dos homens, é preciso voltar ao passado. Em momentos históricos conflitantes, nos quais a histeria e intolerância tornam-se a tônica do cotidiano, é preciso entender onde erramos, reencontrarmo-nos com o mais profundo de nós. Em momentos de frivolidades, mesquinharias, total apatia ao saber e à cultura, é preciso um pouco mais de poesia, de literatura, arte, diálogo. Como diria o poeta: “Precisamos adorar o Brasil! Se bem que seja difícil compreender o que querem esses homens, porque motivo eles se ajuntaram e qual a razão de seus sofrimentos” (ANDRADE, s.d., s.p). Leia Mais

La história como campo de batalla: interpretar las violencias del siglo XX | Enzo Traverso

A violência é um fio condutor viável para se compreender a historização do século XX? E ainda: o “campo de ruínas” em que consiste o século em questão oferece condições para a produção de conhecimento, enquanto fonte para reflexões no âmbito da Teoria da História?

As perguntas com que esta resenha se inicia podem ser respondidas por meio do livro La História como campo de batalla: interpretar las violencias del siglo XX, de Enzo Traverso, publicado originalmente L’histoire comme champ de bataille: interpréter les violences du XXe siècle, em Paris, em 2011, sem ainda tradução para o português. Objeto de investigação de um variado número de historiadores, o século XX se recusa a uma definição final: “A era dos extremos” (HOBSBAWM, 1995), “o tempo das crises” (REIS FILHO; FERREIRA ZENHA, 2000), “o século esquecido” (JUDT, 2010), “o século sombrio” (TEIXEIRA DA SILVA, 2004) são algumas das definições cunhadas pela historiografia recente. Traverso não destoa dessas acepções, definindo-o, sobretudo, como a era da violência, das guerras totais, das revoluções que naufragaram e das utopias que desmoronaram (TRAVERSO, 2012, p. 325). Leia Mais

Entre a revolução dos costumes e a ditadura militar: as cores e as dores de um país em convulsão | Adrianna Setemy

No panorama de estudos relativos a ditadura militar brasileira – e em especial no que tange as políticas de governo e aos aspectos culturais conservadores da época – foi lançado recentemente uma interessante contribuição da historiadora Adrianna Setemy, ela que é mestre e doutora em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, e com pós-doutorado na mesma instituição. Nessa obra a autora mostra com acuidade, como após o golpe de Estado de 1964 no Brasil, inúmeros fatores afetaram o comportamento das pessoas, desde o modo de se vestir, até as questões relacionadas a sexualidade, além disso, nesse mesmo interim ressalta que o mundo tomava conhecimento de uma gama de fenômenos que o abalaria, tais como: o término da Segunda Guerra Mundial, a luta dos direitos civis, a Guerra do Vietnã, da mesma maneira que, introdução da pílula anticoncepcional, a influência do rock, do movimento hippie e do uso de drogas faziam parte das manifestações políticas e culturais daquele momento. O Brasil, por sua vez, sentiu todas essas circunstâncias sob a agonia de uma ditadura, a qual, a repressão não se limitou apenas ao campo político, mas também aos costumes que contestavam os padrões da “moral e dos bons costumes”, a partir da forte interferência do moralismo. Setemy discute esses temas, tendo como fonte de investigação duas revistas Manchete e Realidade durante o intervalo entre 1964 e 1968, onde, nos anos 60 desempenharam a capacidade de abordar temas polêmicos, ganhando lucro nas vendas, sem colocar-se em risco pelo viés político da censura ou da recusa dos conservadores. Entre a revolução dos costumes e a ditadura militar é um livro, que foi lançado pela editora Letra e Voz no ano de 2019, que nos permite refletir como foi possível durante os conturbados anos ditatórias a impressa, com destaque para as revistas citadas, tratarem sobre as mudanças comportamentais que se fizeram nesse contexto. Leia Mais

História e gênero | Em Perspectiva | 2020

A revista Em Perspectiva em seu vol. 6 n. 1, abre espaço para pensar a história a partir de um olhar de gênero. A categoria, surgida no âmbito dos estudos feministas, e apropriada por diversas áreas do conhecimento, tornou-se objeto de disputa política nos últimos anos, em vários países, incluindo o Brasil. Os embates ocorrem como reações ao avanço na conquista de direitos pelas mulheres, homossexuais e pessoas transgênero e chegaram ao cotidiano de escolas, meios de comunicação, parlamentos e tribunais.

Mas para além da polêmica e da apropriação da categoria pelos movimentos sociais e partidos políticos, de que forma o gênero impactou os estudos históricos? Ou colocando de outra forma, quais as possibilidades que ela ainda potencializa para a pesquisa e escrita da história? Para pensar um pouco nesse tema, resgato um texto fundamental e fundante para a introdução da perspectiva em nossa disciplina no Brasil: O gênero como categoria útil para a análise histórica, da historiadora norte-americana Joan Scott, traduzido e publicado nos anos 1990. Leia Mais

Em Perspectiva. Fortaleza, v.6, n.1 2020.

História & Gênero

Editorial

Apresentação

Dossiê Temático

Resenha

Entrevista

História da saúde no Brasil | Luiz Teixeira, Tânia Pimenta e Gilberto Hochman

Quais questões, abordagens e conceitos mobilizam o campo da história da saúde no Brasil? Quais temas já foram abordados e quais as possibilidades de expansão nesse campo de pesquisas? O que pode ser considerada uma historiografia da saúde? Como diferenciar história da medicina, história da saúde, história das doenças e história das ciências? Esses questionamentos estão na essência da coletânea “História da Saúde no Brasil”, organizada pelos pesquisadores Luiz Teixeira, Tânia Pimenta e Gilberto Hochman, todos da Fundação Oswaldo Cruz. O livro, que reúne uma visão geral sobre os diferentes trabalhos desenvolvidos na instituição em termos de pesquisa histórica, a um só tempo materializa uma visão sobre o passado da saúde no país e uma rede de pesquisadores que têm se dedicado a temas nesse espectro nos últimos trinta anos. Compreender e discutir não somente o conteúdo do livro, mas também o projeto institucional que representa, é fundamental. Leia Mais

Em Perspectiva. Fortaleza, v.5, n.1 2019.

História & Ficção

Editorial

Apresentação

Dossiê Temático

Resenha

Entrevista

 

Sem maquiagem: o trabalho de um milhão de revendedoras de cosméticos | Ludmila Costhek Abílio

O Brasil é, hoje, o terceiro maior mercado mundial de produtos de higiene pessoal, perfumes e cosméticos. Segundo dados do setor, no ano de 2013, o país ficou atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão e à frente de gigantes como a China. A previsão é que o Brasil ocuparia, até o primeiro semestre de 2016, o segundo lugar no ranking. No Brasil, a campeã de vendas nesse setor é a Natura. A enorme quantidade de pessoas vendendo produtos cosméticos revela o crescimento exponencial desse setor. No mundo são cerca de 95 milhões de vendedoras. O Brasil tem, atualmente, 4,5 milhões. Somente a Natura tinha, em 2007, 400 mil pessoas revendendo seus produtos. Em 2014, já tinha chegado à marca de 1,3 milhões. O sucesso da Natura adveio, principalmente, da adoção, desde 1974, do “Sistema de Vendas Diretas” (SVD). As vendas nesse formato não exigem postos físicos de trabalho; elas ocorrem através de relações interpessoais, com “consultoras” que vão de porta em porta apresentar os catálogos aos clientes. Esse sistema é antigo no Brasil, mas, no último decênio cresceu de modo avassalador. O Brasil ocupa hoje a quarta posição nessa área, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, Japão e China. O volume de negócios do setor movimentou mundialmente o montante de US$ 169 bilhões em 2013; no Brasil chegou à marca de R$ 41,6 bilhões. Leia Mais

História Social | Em Perspectiva | 2018

Neste número, a Revista Em Perspectiva acolheu investigações que abordam diferentes objetos, fontes e recortes temporais com o intuito de fomentar um debate amplo em torno das potencialidades da área de concentração em História Social. Assim sendo, os trabalhos aqui reunidos têm como foco as múltiplas experiências historicamente construídas por homens e mulheres.

Partindo dessa premissa, Ana Luíza Mello Santiago de Andrade, em Coisas da cidade: as transformações urbanas de São Paulo e seus debates na imprensa periódica na década de 1920, analisa as crônicas publicadas por Plínio Barreto durante a década de 1920 no jornal O Estado de S. Paulo, no período em que ocorriam diversas obras estruturais e nos hábitos cotidianos, para perceber tanto o processo de modernização ocorrido na cidade como também a forma como a imprensa periódica atuava de forma pedagógica para ensinar os habitantes como usufruir da modernidade. Leia Mais

Em Perspectiva. Fortaleza, v.4, n.1 2018.

História Social

Editorial

Apresentação

Dossiê Temático

Resenha

A dominação e a arte da resistência: discursos ocultos | James Scott

Com o recente lançamento de A dominação e a arte da resistência pela livraria Letra Livre de Portugal (especializada em escritos libertários) podemos enfim dispor em língua portuguesa de uma das principais obras de James C. Scott. Até então os interessados nas ideias deste autor no Brasil tivemos de nos contentar com as traduções de uns poucos artigos publicados em periódicos acadêmicos.3

Há cinco décadas James C. Scott, professor de Ciência Política e Antropologia da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, vem produzindo uma extensa obra que abrange diferentes campos de estudos, como economia política, relações agrárias, hegemonia e formas de resistência, política camponesa e, mais recentemente, anarquismo. Entre os seus livros mais importantes estão: The moral economy of the peasant (1979), Weapons of the weak (1985), Seeing like a state (1998) e The art of not being governed (2009). Leia Mais

Cultura e Poder | Em Perspectiva | 2017

As práticas culturais do social se constituem nas relações de poder, no sentido que a cultura é construída em um jogo de tensão a partir do modo de viver e de sentir dos sujeitos situados em suas múltiplas temporalidade e espacialidades.

Neste número, a revista Em Perspectiva reuniu trabalhos que têm como foco as experiências dos sujeitos como campo de conflito, marcadas pelas inúmeras táticas e estratégias de poder, enfatizando o desenvolvimento de reflexões acerca da escrita, da oralidade e da imagem. Leia Mais

Em Perspectiva. Fortaleza, v.3, n.1 2017. 

Cultura & Poder

Dossiê Temático

Resenha

 

Do bispo morto ao padre matador: Dom Expedito e Padre Hosana nas construções da memória (1957-2004) | Igor Moreira Alves

No dia primeiro de julho de 1957, por volta das 18 horas e 30 minutos, três sons de disparos de revólver ecoaram no Palácio Episcopal, em Garanhuns, no agreste pernambucano. João, empregado da casa, ao ouvir o barulho, correu à porta e deparou-se com o bispo, Dom Francisco Expedito Lopes, caído ao chão, ensanguentado, moribundo. Imediatamente pediu-lhe que chamassem o Monsenhor José de Anchieta Callou. Soube-se naquele momento, pelo próprio Dom Expedito, o nome daquele que o alvejou: Padre Hosana de Siqueira e Silva, seu subordinado. O motivo seria a denúncia que chegara ao bispo de que Padre Hosana estaria tendo um caso amoroso com Maria José Martins, sua prima e empregada doméstica. Dom Expedito Lopes faleceu depois de oito horas de intensa agonia. Padre Hosana, a princípio, refugiou-se no Mosteiro de São Bento. Como menciona o autor, “o crime, com suas interpretações, deixou marcas”3. É a partir dessas (re)interpretações, das marcas do dizer, lembrar e narrar o crime, que ele constrói sua obra.

Igor Alves Moreira é licenciado em História pela Universidade Estadual Vale do Acaraú e mestre em História Social pela Universidade Federal do Ceará. Neste livro, fruto de sua dissertação de mestrado defendida em 2008 4, ele procura explorar e faz isso com maestria, como o crime que sentenciou Dom Expedito à morte e Padre Hosana ao julgamento dos homens, foi lembrado e (re)contado através das construções do lembrar. Apesar de admitir que a história é uma reconstrução da memória, Igor viola as memórias e gesta uma história intrigante5, possibilitando assim a construção de seu objeto, um acontecimento singular6. Leia Mais

A tolice da inteligência brasileira – ou como os países se deixam manipular pela elite | Jessé de Souza

Jésse de Souza é um dos principais cientistas sociais brasileiros da atualidade. Graduado em direito, mestre em sociologia pela UNB e doutor pela Universidade de Heidelberg. Possui pós-doutorado em psicanálise e filosofia na New School for Social Reasearch em Nova Iorque e uma trajetória acadêmica de pesquisas sobre classes e desigualdades sociais no Brasil. É professor titular de Ciência Política da Universidade Federal Fluminense (UFF) e foi presidente do Instituto de Pesquisa Aplicada (IPEA).

Em 2015 publicou A tolice da inteligência brasileira – ou como os países se deixam manipular pela elite, pela editora LeYa de São Paulo. Este livro polêmico pode ser considerado uma espécie de análise de conjuntura do que iria se concretizar em 2016. A obra de Jessé de Souza, quando lançada, não apresentava o impeachment como foco central de análise, mas uma tentativa de interpretação das chamadas “Jornadas de Junho” de 2013. Com intuito de articular o fenômeno das jornadas com a suposta (re) organização do pensamento conservador brasileiro, Souza dividiu sua obra em quatro partes constituintes, perfazendo a discussão clássica da teoria política e sociológica, para entender a estrutura do embasamento ideológico das elites. Leia Mais

História Social da Propriedade | Em Perspectiva | 2016

A Revista Em Perspectiva alcança o seu segundo volume, com a intenção de estimular a produção e divulgação do conhecimento a partir dos múltiplos caminhos trilhados pela História Social em consonância com diversas áreas e com a colaboração de diversos pesquisadores, que trazem para o cenário do conhecimento temas instigantes entre a História e a propriedade em diferentes temporalidades e espaços, ajudando a desfazer o mito da naturalidade do modelo proprietário moderno.

Em Desafios para a história dos direitos de propriedade da terra no Brasil, Manoela Pedroza, professora do Instituto de História da UFRJ, aborda a História Social da propriedade no Brasil, estabelecendo para tanto um diálogo teórico-metodológico nesse campo do conhecimento. Em Rezagos medievales en las concesiones de propiedad de la tierra y de las personas esclavizadas en África y América, siglos XIV a XVI, Paola Vargas Arana (Universidade Federal do Rio de Janeiro), analisa o período de ruptura entre o período medieval e a modernidade renascentista como um período de transição, onde se mantiveram legados do poder que o Estado Pontifício ostentava no período anterior, os quais influíram no início da colonização em África e América. Leia Mais

Em Perspectiva. Fortaleza, v.2, n.1 2016.

História Social da Propriedade

Edição completa

Apresentação

Apresentação História Social da Propriedade

  • Gilberto Gilvan Souza Oliveira
  • Apresentação …………………………………………………………………………………………………………… 4

Dossiê História Social da Propriedade

  • Desafios para a história dos direitos de propriedade da terra no Brasil ……………………… 7
  • Manoela Pedroza (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
  • Rezagos medievales en las concesiones de propiedad de la tierra y de las personas esclavizadas en África y América, siglos XIV a XVI ………………………………………………….. 34
  • Paola Vargas Arana (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
  • Conflitos pela posse de localidades pesqueiras da capitania do Rio Grande:
  • Séculos XVII-XVIII …………………………………………………………………………………………………. 57
  • Ana Lunara da Silva Morais (Universidade de Évora)
  • Sítios, fazendas e a dinâmica da apropriação territorial no Brasil colonial:
  • o caso do sertão do Ararobá (Pernambuco, século XVIII) ………………………………………………. 73
  • Felipe Aguiar Damasceno (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
  • Novos proprietários e velhas disputas pela apropriação de terras públicas na Primeira República:
  • Fazenda Nacional de Santa Cruz, Rio de Janeiro, 1891-1933 …………………………………………. 102
  • Manoela Pedroza (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
  • Henrique Dias Sobral Silva (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
  • O princípio do uti possidetis e o sistema de resolução ruiano para as questões de limites interestaduais durante a Primeira República ………………………………………………………… 134
  • Saul Estevam Fernandes (Pontífice Universidade Católica – RS)
  • As mulheres, as redes familiares e as doações de terras:
  • Vila de Patos, Parahyba do Norte (1855-1856) ………………………………………………………….. 157
  • Ellen Cristine Alves Silva Canuto (Universidade Federal da Paraíba)
  • A função socioambiental da propriedade rural em um assentamento de reforma agrária no norte do Rio Grande do Sul ……………………………………………………………………………… 177
  • Fábio Roberto Krzysczak (Universidade de Passo Fundo)
  • Artigos Temática Livre
  • Imigração alemã e Nacional-Socialismo:
  • perseguições e silenciamentos em São Lourenço do Sul/RS ………………………………………… 210
  • Cristiano Gehrke (Universidade Federal de Pelotas)
  • Das possibilidades de uma acolhida visual expandida:
  • a arquitetura belo-horizontina através das lentes dos fotógrafos amadores em 1953 ……….. 231
  • Lucas Mendes Menezes (Université Paris 1)
  • A imprensa e a crítica de arte em Fortaleza nos anos 1940 …………………………………….. 265
  • Anderson de Sousa Silva (Universidade Federal de Pernambuco)
  • Do mundo das ideias à caverna:
  • o conhecimento histórico na crise do presenteísmo …………………………………………………….. 284
  • Débora Regina Vogt (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

Resenhas

  • Os tiros que não saíram pela culatra ……………………………………………………………………… 314
  • Cid Morais Silveira (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
  • As aproximações ideológicas entre as origens do pensamento conservador elitista e o processo de impeachment de Dilma Rousseff …………………………………………………………. 320
  • Giane Maria de Souza (Universidade Federal de Santa Catarina)  PDF

 

A cultura no mundo líquido moderno | Zygmunt Bauman

Com seu livro intitulado A Cultura no Mundo Líquido Moderno, no original Culture in a Liquid Modern World, Zygmunt Bauman prossegue em 2013 suas análises sobre a modernidade, fazendo uma síntese das características que tomou a cultura desde a era “sólida” até a era “líquida”, bem como sua relação com o “multiculturalismo” e “globalização”.

No primeiro capítulo Bauman procura demonstrar que na atualidade não se firmam mais as antigas distinções entre a elite cultural e o chamado “grande público”, essa hierarquia cultural deu lugar a uma elite diversificada que aprecia tanto a “grande arte” quanto os programas populares de televisão e, “onivoramente”, consome diversas formas de arte, tanto populares quanto intelectualizadas, porém preocupada demais em celebrar o sucesso e outras formas festejadas ligadas a cultura. Descreve também “as peregrinações históricas do conceito de cultura”, desde o Renascimento, passando pela reviravolta causada por Pierre Bourdieu no século XX, chegando até os dias atuais, quando adentra a era “líquida”. Bauman mostra que o conceito de “cultura”, surgido no âmbito rural para incitar a ação agrícola, o arado e a semeadura, também esteve relacionado ao cultivo de almas (cultura animi), a interação entre protetores e protegidos, educadores e educados, e ainda esteve relacionado aos ideais iluministas e a construção de uma nação, de um Estado e de um Estado-nação, e ainda a aproximação entre as classes altas e o “povo”, ou seja, entre os que estão na base da sociedade e os que estão no topo. A perda de posição do conceito de “cultura” é resultado de uma série de processos de caracterizam a transformação da modernidade de seu estado “sólido” para seu estado “líquido”, o que Bauman denomina de “modernidade líquida”. Leia Mais

O Guia árabe contemporâneo sobre o Islã político | Ibrahim Abu-Rabi

Lançado em 2011 este livro vem completar duas lacunas: A primeira – existente em todo mundo euro-americano – de obras sobre o Islã e mundo árabe escritas por seus próprios interlocutores. É bem conhecida a frase de Karl Marx usada como epígrafe no clássico livro de Edward Said “Eles não podem representar a si mesmos; devem ser representados”; a segunda – a da mesma linhagem de obras publicadas em português – embora o número de obras publicadas no Brasil sobre essa temática tenha crescido desde o fatídico 11 de setembro de 2001 e trabalhos acadêmicos especializados estejam numa crescente, estudos sobre Islã e mundo árabe feitos por árabes e muçulmanos ainda são raros. Basta lembrar que entre os autores mais publicados – no Brasil sobre esta temática temos Albert Hourani e Edward Said com ascendência árabe, mas com carreiras consolidadas no Reino Unido e EUA, respectivamente, e Karen Armstrong e Bernard Lewis, sem ascendência árabe e oriundos dos mesmos países. Leia Mais

Em Perspectiva. Fortaleza, v.1, n.2 2015.

Edição completa

Temática Livre

Apresentação ………………………………………………………………………………………….. 4

  • Por uma história do Tempo Presente: historiando para além das relações entre História Oral, Memória e Micro-História
  • Fagno da Silva Soares (Universidade Federal Fluminense) ………………………. 6
  • Arranjos familiares de pessoas negras na freguesia de Nossa Senhora das Neves (Parahyba do Norte, 1861-1863)
  • Larissa Bagano Dourado (Universidade Federal da Paraíba) Solange P. da Rocha (Universidade Federal da Paraíba) ………………………… 49
  • Construindo a parentela: negros e índios lutando por visibilidade no Rio Grande do Norte imperial Genilson de Azevedo Farias (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) …………………………………………………………………………………………………………. 69
  • A cidade e sua composição:um retrato de Manáos no fim do século XIX Bruno Miranda Braga (Universidade Federal do Amazonas) …………………. 94
  • “No tempo dos antigos índios”: memória e identidade indígena no Planalto da Conquista em fins do Século XX e princípios do XXI Renata Ferreira de Oliveira (Universidade Federal do Norte de Minas Gerais) ……………………………………………………………………………………………………….. 114
  • Ceticismo e o princípio do Verum Factum nos tratados de Baltasar Gracián 
  • Diogo Luiz Lima Augusto (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) …………………………………………………………………………………………… 136
  • Tecendo redes: um espaço de referência para intelectuais nas crônicas de Rachel de
  • Queiroz (revista O Cruzeiro, 1964-1975)
  • Raquel França dos Santos Ferreira (Universidade Federal Fluminense) …… 154

Em Perspectiva. Fortaleza, v.1, n.1 2015.

Temática Livre

Edição Completa

Apresentação ………………………………………………………………………………………. 4

  • Usos do passado:
  • entre a censura e a representação no cinema brasileiro
  • Meize Regina de Lucena Lucas (Universidade Federal do Ceará) ……………………………… 7
  • Rituais manuscritos: cura, benzedura e performances rituais entre imigrantes alemães no sul do Brasil
  • Natacha Klein Käfer (Freie Universität Berlin) ………………………………………………….. 27
  • O Diretório em Pernambuco no século XIX: Instrumento de “pacificação” dos “índios brabos” no submédio São Francisco
  • Carlos Fernando dos Santos Júnior (Universidade Federal de Pernambuco) ………………… 53
  • Voltando a cena: a maçonaria pernambucana e o fim do Estado Novo
  • Augusto César Acioly Paz Silva (Universidade Federal de Pernambuco) ……………………. 81
  • Sergio Ramírez, escritor e político, e o contexto político-cultural nicaraguense
  • e centro-americano na segunda metade do século XX
  • Fred Maciel (FCHS-Unesp/campus Franca) ……………………………………………………. 103
  • Os limites da sexualidade masculina no discurso médico e nos romances para homens da passagem do século XIX para o XX
  • Fernanda Cássia dos Santos (Universidade Federal do Paraná) …………………………….. 136
  • Um olhar sobre a História Regional e Local: o rol de equipagens e a política governamental no vale do São Francisco
  • Pablo Michel Magalhães (Universidade Estadual de Feira de Santana) ……………………………………………………………………………………………………. 152
  • Diálogos anti-foucaultianos sobre a tentativa de apagamento do autor na França da época moderna
  • Thayenne Roberta Nascimento Paiva (Universidade Federal do Rio de Janeiro) …………. 172
  • Memória e História Oral: elementos para a história dos transportes rodoviários no Brasil
  • Elvis Patrik Katz (Universidade Federal do Rio Grande) ……………………………………. 191

Resenhas

  • Para entender o Islã Político
  • Ibrahim Abu-Rabi (org.)
  • Felipe Yera Barchi (Universidade Estadual de São Paulo) ………………………………….. 208
  • A cultura no mundo líquido Moderno
  • Zygmunt Bauman
  • José Fernando Saroba Monteiro (Universidade Nova de Lisboa) ……………………………. 214

Entrevista

  • Entrevista com o prof. Dr. Francesco Tiradritti
  • Università Degli Studi Di Enna “Kore”
  • por Keidy Narelly Costa Matias (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ………… 219

Em Perspectiva | UFC | 2015

Em Perspectiva

A revista eletrônica Em Perspectiva (Fortaleza, 2015-) é um periódico gratuíto, de publicação semestral do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Ceará (UFC). A Revista tem por objetivo estimular a produção intelectual no âmbito da História Social, campo da pesquisa em História, cujas abordagens apreciam análises em torno das experiências dos sujeitos históricos, a partir da qual a problematização das noções de história, sujeito e sociedade emergem enquanto vias fundamentais para a compreensão do passado e de suas representações.

Pretende-se publicar artigos que, em diálogo com outras áreas do conhecimento, discutam categorias temáticas atreladas as relações entre: memória e temporalidade, cultura e poder, migração e trabalho, bem como outras abordagens.

Periodicidade semestral

Acesso livre

ISSN 2448-0789

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