ARS. São Paulo, v.22, n.50, 2024.
- Publicado: 2024-05-22
- Artigos
- As contribuições de Ralph Appelbaum para a museografia brasileira
- Bianca Manzon Lupo
- e-174914
- A “Imagem-Sintoma” em Georges Didi-Huberman
- Marcella Imparato
- e-213992
- Olhar decolonial no arquivo especular de Jonathas de Andrade
- Bárbara Bergamaschi Novaes
- e-172982
- Dez meses, nove noites: a colaboração entre artistas e cientistas na realização da exposição 9 Evenings
- Pedro Urano
- Sombra como um índice de corporeidade: revisitando sombras na história da pintura ocidental desde seus mitos de origem até o Renascimento
- Jamerson Sérgio Passos Rezende
- e-183885
- Arte Indígena Contemporânea: apontamentos para uma perspectiva não eurocêntrica da História da Arte no Brasil
- Leandro Raphael Nascimento de Paula, Jane Marques
- e-183725
- Ensaios
- Um ensaio sobre ensaios visuais
- Amir Brito Cadôr
- e-217400
- O Mundo como Imagem e a Imagem do Mundo: Fotografando o Google Street View
- Marcelo Schellini, Lucas Eskinazi
- e-221298
- PDF (Inglês)
ARS. São Paulo, v.21, n.49, 2023.
- Publicado: 2023-12-08
- Edição completa
- ARS 49 COMPLETA
- Editorial
- Editorial
- Claudio Mubarac, Liliane Benetti, Mario Ramiro
- 1-1
- Dossiê 50 anos do PPGAV
- Reflexões sobre a prática da gravura em metal
- Evandro Carlos Jardim
- 10-31
- A linha e o lume (sobre Evandro Carlos Jardim)
- Claudio Mubarac
- 32-40
- Anamorfas
- Regina Silveira
- 43-58
- Descrever para não explicar: o papel fundador de Anamorfas para a pesquisa em Poéticas Visuais
- Gilberto Mariotti
- 59-87
- Projeto para a construção de um céu
- Carmela Gross
- 89-106
- Apresentação | Projeto para a construção de um céu
- Mario Ramiro
- 107-112
- Entrevista com Annateresa Fabris
- Annateresa Fabris, Beatrice Frudit, Eliane Pinheiro, Lara Rivetti, Leonardo Nones, Liliane Benetti
- 113-133
- Entrevista com Sônia Salzstein
- Sônia Salzstein, Beatrice Frudit, Eliane Pinheiro, Lara Rivetti, Leonardo Nones, Liliane Benetti
- 134-173
- Entrevista com Tadeu Chiarelli
- Tadeu Chiarelli, Beatrice Frudit, Eliane Pinheiro, Lara Rivetti, Leonardo Nones, Liliane Benetti
- 174-199
- Vanguardas, desmaterialização, tecnologias na arte: as reflexões de Walter Zanini
- Eduardo de Jesus
- 200-234
- Artigos
- Le Corbusier 1929: raça no Rio de Janeiro e na América Latina
- Flavio Antonio Dugo Bragaia
- 235-279
- Corpo, ambiente e luta: usos da terra na arte contemporânea
- Gabrieli Priscila Simões
- 280-322
- A pintura como resistência: Gilles Deleuze intérprete do pintor irlandês Francis Bacon
- Carlos Henrique dos Santos Fernandes
- 323-361
- Irene Buarque nos anos 80: contatos e cruzamentos entre Lisboa e São Paulo em torno da arte experimental
- Pablo Santa Olalla
- 362-414
- A condição do exílio: a permanência de David Perlov por detrás da imagem em Diary 1973-1983
- Gabriel Fampa
- 415-454
- O incêndio no Museu Nacional em Subterrânea
- Guilherme Carréra
- 455-505
- Traduções
- A estética do ruído
- Torben Sangild; Juliana Frontin
- 506-537
ARS. São Paulo, v.21, n.48, 2023.
- Publicado: 2023-08-31
- Edição completa
- ARS 48 COMPLETA
- Artigos
- O avião, a ave, o anjo: asas do progresso em Guimarães Rosa e Paul Klee
- Rhaysa Novakoski Carvalho, Gustavo de Castro da Silva
- 30-71
- Cildo Meireles e a reforma do zero da economia
- Victor Hermann
- 72-123
- Arte urbana, arte contemporânea
- Felipe Eduardo Lázaro Braga
- 124-174
- Fernanda Gomes: eloquência do silêncio
- Matheus Filipe Alves Madeira Drumond
- 175-198
- “Mulheres Fotógrafas Anos 80”: narrativas sobre uma exposição dedicada a mulheres
- Heloisa Nichele, Ronaldo de Oliveira Corrêa
- 199-235
- Processos de criação em arte generativa como metodologia de atravessamento: pesquisa colaborativa transdisciplinar com comunidades Guarani e Kaiowá
- Matheus da Rocha Montanari, Caetano Sordi
- 236-300
- Curadoria educativa de artes visuais: um processo de construção de parâmetros para os anos finais do ensino fundamental e o ensino médio
- Rachel de Sousa Vianna, Bernardo Jefferson de Oliveira
- 301-350
- Antonio María Esquivel e Los Niños: pintura, retórica e educação natural no século XIX espanhol
- Luiz Armando Bagolin, Magali dos Reis
- 351-389
- Ensaios Visuais
- Pequenas grandes ações
- Guto Lacaz
- 10-29
- Traduções
- O pintor e a polícia
- Darby English; Leandro Muniz, Liliane Benetti
- 390-443
ARS. São Paulo, v.21, n.47, 2023.
- Publicado: 2023-04-30
- Edição completa
- Ensaios Visuais
- Cadernos de referências de Hudinilson Júnior
- Hudinilson Júnior , Simone Rossi
- 9-31
- Artigos
- Queer Scrapscape: Os Cadernos de referências de Hudinilson Jr.
- Simone Rossi, Priscila Lena Farias
- 32-79
- PDF (Inglês)
- Parangolé again, meu irmão
- Mario Ramiro
- 80-105
- Celine Art Project: notas sobre arte, luxo e a maioridade do capitalismo artista
- Henrique Grimaldi Figueredo, Bárbara Venturini Ábile
- 106-163
- A estreia da arte brasileira na Exposição Internacional de Arte de Veneza (1950)
- Dunia Roquetti
- 164-197
- O funeral de Girodet e a deriva romântica
- Guilherme Simões Gomes Júnior
- 198-253
- Notas sobre a (superestimada) interatividade tecnológica
- Patrícia Teles Sobreira de Souza
- 254-287
- Cópia fiel: o problema do Campo e os limites da imagem-tempo
- Eduardo Brandão Pinto
- 288-337
- Observando cidades: Raul Mourão e a captura das ruas
- Maurício Barros de Castro
- 338-366
- Traduções
- A dança de Teseu
- Hubert Damish; Claudia Afonso
- 367-394
ARS. São Paulo, v.20, n.46, 2022.
ENSAIOS VISUAIS
ARTIGOS
- Tentando não afundar na lama: impasses da modernidade brasileira
- Guilherme Wisnik
- Anita Malfatti na Alemanha
- Carlos Pires
- Nacionalismo de exportação: Portinari, identidade brasileira e os Estados Unidos (1935-1942)
- Danielle Misura Nastari
- A produção europeia de Alberto da Veiga Guignard: anos 1919-1929
- Marcelo Bortoloti
- Posteridades de Limite no cinema brasileiro
- Mateus Araújo, Livia Azevedo Lima, Luiz Alberto Rocha Melo
- Pensar a desconstrução do cinema a partir de 68
- Leonardo Gomes Esteves
- As propostas experimentais e políticas de Paulo Herkenhoff
- Almerinda da Silva Lopes
- Sociedade de vigilância: manifestações artísticas em meio ao descarte da privacidade
- Antenor Ferreira Correa, Dr, Lorena Ferreira Alves, Dr
- Entre a atenção e o devaneio: Cézanne tardio e a visualidade que emerge no limiar do século XX
- Marcos Namba Beccari
- O líder de seu tempo e a burguesa agrilhoada: uma análise psicanalítica e iconológica de duas pinturas de Carl Alexander Simon
- Miguel Gaete
- PDF (ENGLISH)
PUBLICADO: 2022-12-31
Ars. São Paulo, v.20, n.45, 2022.
Especial Modernidade Brasileira
Esta edição especial de Ars é apresentada em duas versões: uma delas conta com ensaio visual concebido por Wallace Vieira Masuko especificamente para este número da revista, enquanto a outra é disponibilizada sem a intervenção do artista. Intitulado Vulgata, o ensaio é feito a partir da inscrição de todas as falas presentes no filme São Jerônimo, de 1999, do cineasta Júlio Bressane. Boa leitura!
ARTIGOS
- Sou eu que dou as ordens: a autorrepresentação de Heitor dos Prazeres
- Renata Bittencourt
- A fantasia decorativa da modernidade dos incultos, malcriados e desviados
- Marize Malta
- Menotti Del Picchia e o Monumento às Bandeiras: entre a loba capitolina e a anta
- Tadeu Chiarelli
- Da oferta à recusa: sobre os desaparecimentos imaginários do Monumento às Bandeiras
- Thiago Gil de Oliveira Virava
- A partir de um lance de olhos ao Borba Gato (de Santo Amaro)
- Marco Buti
- O surrealismo envergonhado
- Rosa Gabriella de Castro Gonçalves
- Como acabou o neoconcretismo?
- Nicholas Brown
- PDF (ENGLISH)
CHAMADA ABERTA | MODERNIDADE BRASILEIRA
- Frederico Morais, a Semana de 22, o Núcleo Bernardelli e o desejo de revisão histórica do modernismo no Brasil
- Fernando Oliva
- Esboço de uma definição de tragédia à brasileira: Álbum de família, de Nelson Rodrigues, encontra o modernismo dos anos 1970
- Mariana Toledo Borges
- Políticas da indigestão (Antropofagia revisitada)
- Luiz Renato Montone Pera
PUBLICADO: 2022-08-31
Ars. São Paulo, v.20, n.44, 2022.
ENSAIOS VISUAIS
ARTIGOS
- Aracy Amaral: uma visão crítica em busca de uma identidade nacional nas artes visuais – 1963/1974
- Uma cidade grafada em luz: o cinema na crônica jornalística carioca (1894-1922)
- Candeias e a Boca: registros domésticos e filmes-álbum – matérias da memória
- A geopolítica das passagens em Beitbridge Moonwalk, de Dan Halter
- Entre Japão, Brasil e México: circulações, conexões e transferências
- Estratégias de ressignificação no cinema de found footage feito por mulheres
TRADUÇÕES
PUBLICADO: 2022-04-30
Ars. São Paulo, v.19, n.43, 2021.
EDITORIAL
ENSAIOS VISUAIS
ARTIGOS
- Um cinema concreto: os filmes do Fluxus
- Do espaço cibernético à Guerra do Canaimés: imagens que ganham vida e a arte como armadilha
- Judith Scott: a tessitura do devir
- O espaço delas: a participação de artistas mulheres nos panoramas tridimensionais do MAM-SP (1972-1991)
- Contra-história, geopolítica e interseccionalidade na construção da obra de Adriana Varejão e Joana Vasconcelos
- PDF (ESPAÑOL (ESPAÑA))
- Magnolia: a construção imagética de uma muxe por Graciela Iturbide
- Comunidade miniatura: arte, modernidade e vazio
- TRADUÇÕES
- O revivalismo da arquitetura
- DIÁLOGOS COM A GRADUAÇÃO
- Umberto Baldini, Ornella Casazza e Alessandro Conti: a obra de arte e sua existência no tempo
- Pedagogia Griô: paradigmas para a arte/educação com a tradição oral
- William Blake contra os “moinhos satânicos” da racionalidade moderna
PUBLICADO: 2021-12-30
Histórias da arte sem lugar | ARS | 2021
Histórias da arte sem lugar, tal como nomeamos esta edição especial, propõe o exame da disciplina História da arte à luz dos principais problemas que se apresentam hoje ao campo da arte. Fundamentalmente, perguntamos sobre a relevância (ou não) da História da arte no debate contemporâneo da arte e da cultura, motivados pela constatação de que as últimas décadas testemunharam o surgimento de novas práticas de escrita sobre arte, dificilmente assinaláveis ao modelo tradicional da disciplina. A iniciativa de organizar um número especial da ARS sobre o tema surgiu da proposta das editoras Liliane Benetti e Sônia Salzstein e dos doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Comunicações e Artes (PPGAV-ECA) da USP Leonardo Nones e Lara Rivetti, junto a um grupo de estudantes de graduação e pós-graduação em artes visuais do Departamento de Artes Plásticas da ECA. As discussões realizadas pelo grupo desde o início de 2020 também contribuíram, de modo decisivo, para a realização desta edição.
Em meio a tais discussões, nos dávamos conta, com certa perplexidade, que muito da melhor literatura produzida entre as décadas de 1990 e 2010 sobre arte – tomemos como exemplo a arte moderna, um dos objetos caros à historiografia, notavelmente revisitado no período – não havia sido produzida sob os auspícios de uma literatura acadêmica, mas aparecera em catálogos de exposições, isto é, em contextos que impunham o confronto rente com as obras, e que levavam os autores à revisão ad hoc dos métodos e pressupostos consagrados na abordagem histórica da arte moderna – como também, e por consequência, à construção de novos instrumentos de análise. Ficava claro que dessa experiência haviam resultado leituras estimulantes da arte, e o formato ensaístico dos textos certamente terá permitido incursões sem muita cerimônia por outros campos disciplinares, sem as mediações e protocolos que a pesquisa acadêmica impunha. Leia Mais
Ars. São Paulo, v.19, n.42, 2021.
Histórias da arte sem lugar
Este número de ARS conta também com um conjunto de textos apresentados pela primeira vez em versão brasileira e cuja seleção foi realizada a partir de discussões entre os membros da equipe (estudantes, assistentes editoriais e editoras) que organizou este volume.
Os textos serão publicados aqui no site da ARS em novembro de 2021.
EDITORIAL
INTRODUÇÃO
- Pensar contra si: tarefa aos historiadores da arte hoje
- Sônia Salzstein
ARTIGOS
- Retrato sem parede
- Claudinei Roberto da Silva
- Sobre periodização: o que significa “pós-Duchamp”?A cerca de periodización: ¿qué significa “post-Duchamp?
- Thierry de Duve
- PDF (ENGLISH)
- A geopolítica dos mundos da arte ocidental: reflexão e metodologia
- Catherine Dossin
- PDF (ENGLISH)
- Modernismo global: um olhar a partir de Nova York
- Pepe Karmel
- PDF (ENGLISH)
- Fama, gravura e pinceis: citações visuais de O Juízo Final, de Michelangelo, entre a Europa e os Andes (séculos XVI-XVIII)
- Agustina Rodríguez Romero
- PDF (ESPAÑOL (ESPAÑA))
- Cânone(s), globalização e historiografia da arte
- Ivair Reinaldim
- Cuidar de borboletas: Uma origem terapêutica para a prática da História da Arte
- Kaira M. Cabañas
- O lugar da história da arte e a crise da conferência
- Maria Berbara
- África, Brasil e arte – persistentes desafios
- Roberto Conduru
- Museus em retirada: até onde vai o pluralismo das instituições?
- Tiago Mesquita
- Arte como projeto, projeto como arte
- Sérgio Martins
- Entre a ruína e o canteiro: José Resende na Mooca
- Patricia Corrêa
- “Sobra o que sempre existiu”: arte moderna e ecologia no Brasil
- Vera Beatriz Siqueira
- Em busca de um lugar: duas fontes pouco exploradas da história das artistas mulheres
- Annateresa Fabris
- Alfredo Jaar e o desejo de inventar novos modelos de pensar o mundo: América x América Latina
- Maria de Fátima Morethy Couto
RESENHAS
- Raça, povo e alteridade na modernidade brasileira
- Flávio Thales Ribeiro Francisco
CHAMADA ABERTA
- Selfie: o autorretrato do sujeito contemporâneo
- Paula Braga
- De volta à caverna de Platão: notas sobre exposições imersivas
- Priscila Sacchettin
- Tribeca/Nova York: o território artístico nas performances de Joan Jonas
- Paula Nogueira Ramos
- Absurdo! A repetição na obra de Eva Hesse
- Luiza Alcântara, Rachel Cecília de Oliveira
- Procurando Diva no Sul Global: feminismo, arte e política
- Cláudia de Oliveira, Paula Guerra
- Os museus impressos: Malasartes e A parte do fogo
- Felipe Paranaguá Braga
- O cinema letrista em 1968: a experiência do café-cinema e Le soulèvement de la jeunesse
- Fábio Uchôa
- Artista do (fim do) mundo: autodefinição, implicação y criação
- Carolina Primeira, Malandro Vermelho
- Por uma radicalidade concreta: Henry Flynt contra a vanguarda
- Bruno Trochmann, Luisa Paraguai Donati
- 1034-1086
- Os atos performativos e a construção dos acontecimentos na performance
- Andrés Felipe Restrepo Suárez
- PDF (ESPAÑOL (ESPAÑA))
TRADUÇÕES
- O que é ativismo curatorial?
- Maura Reilly; Ana Avelar, Marcella Imparato
CADERNO ESPECIAL: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Uma bibliografia em construção
- Beatrice Frudit, Caio Bonifácio, Janaína Nagata Otoch, Leandro Muniz
PUBLICADO: 2021-10-31
Modernity in Black and White, art and image, race and identity in Brazil, 1890–1945 | Rafael Cardoso
Pensar modernidade nos grandes centros urbanos nas primeiras décadas do século XX é, principalmente quando se leva em consideração a perspectiva dos trabalhadores nacionais de origem afrodescendente, acompanhar o processo de reorganização do espaço urbano de forma a reproduzir os padrões europeus em detrimentos de influências culturais negras. As principais cidades do Brasil foram buscar inspiração, principalmente, nas referências francesas e mobilizaram os recursos possíveis para controlar as manifestações de origem africanas ou indígenas. Em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, em nome da modernidade, as populações empobrecidas foram empurradas para os locais mais distantes e sem estruturas, iniciando um processo histórico de marginalização nos principais centros urbanos.
Os pesquisadores do campo da História Social, a partir de diferentes olhares e fontes, observaram o entusiasmo de estadistas com a construção de grandes avenidas, o empenho de sanitaristas com o combate às epidemias que assolavam a população, além de práticas do cotidiano que possibilitaram a contenção de indivíduos não brancos em espaços que representariam o progresso da nação brasileira1. Entre os temas debatidos também destacaram o impacto dos imigrantes europeus nas dinâmicas sociais daquele período, que convergiam para a construção de um Brasil moderno embranquecido. A partir de ideias concebidas no pensamento raciológico europeu, parte da classe política e da intelectualidade brasileira passou a condicionar o lugar do país na modernidade à constituição de uma nação branca nos trópicos em um período de longo prazo. Leia Mais
Ars. São Paulo, v.19, n.41, 2021.
EDITORIAL
ENSAIOS VISUAIS
- Arregaça: uma possível fuleragem pictórica
- Camila Soato
ARTIGOS
- A semana de cem anos
- Fred Coelho
- A insurreição da imagem ou quando o cinema visita Raoul Ubac
- Andréa C. Scansani
- Da fotografia documental à artística
- Rodolfo Ward
- O problema do tempo na obra de arte: Releituras de Henri Focillon
- Lorenna Fonseca
- Função-historiador: o projeto Grupo Atlas como modelo contemporâneo de autoria artística
- Vivian Braga dos Santos
- Por outras e outros Ocañas que merecemos
- Leandro Colling, Assumpta Sabuco Cantó
- Modernidade e desmaterialização na obra tardia de Gustave Moreau
- Mariana Garcia Vasconcellos
- 306-336
- Pinturas de Massimo Campigli no MAC USP: Entre arqueologia, memória e modernidade
- Renata Dias Ferrareto Moura Rocco
- Theodor Heuberger, Kunsthändler: Entre predileções artísticas modernistas e a propaganda nazista no Brasil (1924-1942)
- Marcelo Mari
TRADUÇÕES
- A lógica cultural do museu tardo-capitalista
- Rosalind Krauss; Leonardo Nones
DIÁLOGOS COM A GRADUAÇÃO
- A paisagem como forma simbólica: uma análise da teoria da paisagem de Anne Cauquelin
- Guilherme Sebastião
- Pensar a transparência, refletir a opacidade: Tautologia e transitividade na série Hoppe, de Mariano Klautau Filho
- Lucas Manuel Mazuquieri Reis
- O fantástico e o horror em Mort Cinder, de Oesterheld e Breccia
- Maira Pires de Castro
PUBLICADO: 2021-04-30
Ars. São Paulo, v.18, n.40, 2020.
EDITORIAL
ENSAIOS VISUAIS
- : Invertida, cortada, dobrada
- Ana Linnemann
ARTIGOS
- O Homem-Espiga
- Luiz Armando Bagolin
- Museu da Solidariedade: a contribuição de Mário Pedrosa no exílio chileno
- Luiza Mader Paladino
- O coup de tête de Manet: os segredos escondidos em plena luz do dia
- Moyra Anne Ashford
- Uma vida entre a imagem e a letra: Joan Ponç no Brasil
- Margareth Dos Santos
- PDF (ESPAÑOL (ESPAÑA))
- Recepção como elo da obra de arte com o mundo e com a história
- Diogo de Moraes Silva
- Imagens de tempo em Bill Viola: interpelações existenciais diante do nada
- Fernanda Albuquerque de Almeida
- As manifestações artísticas com o vídeo no contexto do Festival Videobrasil (1983-2001)
- Thamara Venâncio de Almeida
- O direito de olhar a partir de Foucault, Spivak e Mbembe
- Marcos Namba Beccari
- Técnica, arte e dispersão
- Marta Castello Branco
- Apropriação e apagamento como processos artísticos: uma análise comparativa de Tree of Codes, de Jonathan Safran Foer
- Luciana Lischewski Mattar, Renata Takatu
- O paradigma periódico na arte: a comunidade da escritura
- Paula Alzugaray
- Design e tipografia como elementos da expressividade da poesia de Augusto de Campos
- Tiago Santos
- TRADUÇÕES
- O Cinema do agora – sinais de vida: Uma carta de Apichatpong Weerasethakul
- Apichatpong Weerasethakul; Alexandre Wahrhaftig, Eduardo Chatagnier
PUBLICADO: 2020-12-31
Ars. São Paulo, v.18, n.39, 2020.
EDITORIAL
ENSAIOS VISUAIS
ARTIGOS
- Les Demoiseilles d’Avignon, de Picasso, entre a consagração e a contestaçãonotas sobre a crítica modernista e as contribuições feministas e pós-colonialistas à abordagem da pintura
- Janaína Nagata Otoch
- Lições de anatomiado corpo eterno à eternidade do corpo
- Ricardo Coelho
- Cruzamentos entre palavra e imagem em três momentos da arte brasileira
- Fernando Gerheim
- Das artes visuais ao “multidisciplinar” em 1986uma feira artística na Argentina pós-ditadura
- Alejandra Soledad González
- PDF (ESPAÑOL (ESPAÑA))
- As diferentes acepções da arte na obra de Flusser
- Thiago Reis
- Por mais tempo afogadoconsiderações sobre Le Noyé, de Bayard
- Fábio Luiz Oliveira Gatti
- Brasília Contemporâneaambiguidades e contradições da cidade vistas pelas lentes do cinema
- Liz da Costa Sandoval, Rogério Rezende, Luciana Sabóia Fonseca Cruz
- O cinema-caracol de Luis Tróchez Tunubaláuma câmera Misak contra o(s) colonialismo(s)
- Marcos Aurélio Felipe
TRADUÇÕES
- Hito Steyerl: três capítulos de Arte “Duty Free”: Arte na Era da Guerra Civil Planetária
- Hito Steyerl; Alex Avelino, Carolina Eiras Pinto, Cristina Ambrosio, Felipe Salem, Gabriel Ussami, Janaina Wagner, Lucas Naganuma, Pedro Andrada, Victor Maia
PUBLICADO: 2020-08-31
Ars. São Paulo, v.18, n.38, 2020.
ENSAIOS VISUAIS
ARTIGOS
- Humanidade e crítica de Harun Farockiuma análise dos temas recorrentes na montagem do documentário Imagens da prisão
- Antonio Carlos Vargas Sant’Anna, Flávia Person
- Vocês não reconhecerão mais os frutos pelos seus gostosArthur Omar e seu cinema dos anos 1970 e 1980
- Natalia Belasalma de Oliveira
- Era uma vez em Westworld
- Luiz Carlos Oliveira Junior
- Merda de artista para além da iconoclastia
- Icaro Ferraz Vidal Junior
- Experimentações Institucionais no Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (MACBA) e seus diretoresentre autonomia e conflito
- Nicole Marziale
- História da Arte e Outras Estórias
- Luiza Esper Berthoud
- PDF (ENGLISH)
- Do cartaz ao muralBramante Buffoni e o ambiente ítalo-paulista da década de 1950
- Patrícia Martins Santos Freitas
- A conjuração dos mortosJacques-Louis David, artista do porvir
- Alberto José Colosso Sartorelli
- 241 – 265
- A utopia do livro-monumentocontaminações entre fotografia, cinema, escrita e imprensa na vanguarda russa reverberadas na teoria benjaminiana
- Vitor Marcelino
- Publicamos para encontrar camaradas
- Amir Brito Cadôr
TRADUÇÕES
- Mudança no MoMA
- Hal Foster
- Regimes escópicos da modernidade
- Martin Jay
PUBLICADO: 2020-04-30
Ars. São Paulo, v.17, n.36, 2019.
ENSAIOS VISUAIS
- Ensaio visual
- Célia Euvaldo
ARTIGOS
- Mário Pedrosa e Portinarianotações sobre um texto esquecido
- Tadeu Chiarelli
- Pintura e Portinari
- Mário Pedrosa
- Em estado bruto
- Denise Ferreira da Silva; Janaína Nagata Otoch
- Sobre a mesa de mármore do café, uma iguaria canibalperspectivas do olho, entre Walter Benjamin e Georges Bataille
- Marcelo Jacques de Moraes
- Configurações indeterminadasuma análise do diagrama e da mancha como desdobramentos da anamorfose na obra de Hans Bellmer
- Alexandre Rodrigues da Costa
- O fim da arte, o contemporâneo, o começo do arquivo
- Artur de Vargas Giorgi
- 99 – 116
- A razão do ritmosérie, processologia e arquitetônica da arte conceitual
- Stéphane Huchet
- Sobre a noção de três espaços no cinema
- Cristian Borges
- Mangue Bangue, filme-limite
- Theo Costa Duarte
- Andy Warhol e o cinema como máquina da verdade
- Calac Nogueira
- 175 – 190
- Elefante brancoespaço urbano, ruínas e violência
- Natalia Christofoletti Barrenha
- Considerações filosóficas sobre o habitar e o visitar no contexto das residências artísticas do Tanztheater Wuppertal Pina Bausch
- Marcelo de Andrade Pereira, Ana Paula Parise Malavolta
- Seis textos de Jannis Kounellis
- Jimson Vilela
DIÁLOGOS COM A GRADUAÇÃO
- Absorção, teatralidade e a tradição da pintura francesa na obra de Henri Matisse
- Ilê Sartuzi
- Arte, poder e tradiçãoo Palácio Tiradentes e a construção de um imaginário político e republicano brasileiro
- Douglas de Souza Libório
- Pode a foto capturar o gesto?
- Fernanda Birolli Abrahão
PUBLICADO: 2019-08-31
Membranas: intersecções entre arte, ciência e tecnologia | ARS | 2019
Não é tarefa simples explicar a escolha do título que nomeia este dossiê especial ao qual Ars dedica sua 35ª edição, tampouco dar conta da singularidade de que o termo membrana aí se reveste, uma vez que uma definição descontextualizada não atenderia às expectativas desta proposta. As duas principais referências que nos levaram a tal enunciado remontam aos anos 2000. A primeira é o livro The postdigital membrane – imagination, technology and desire1, de Robert Pepperel2 e Michael Punt. Para estes autores, membrana seria um conceito capaz de abranger tanto o estado contínuo da realidade – que não deveria ser sacrificado por conveniências conceituais – quanto as mudanças que vêm ocorrendo com a digitalização da informação. Adjetivaram ainda o conceito como membrana pós-digital, apesar de reconhecerem tratar-se de título polêmico, pois procuravam naquele momento reconhecer o estado da tecnologia e a necessidade de novos modelos conceituais que pudessem descrever/reconhecer as intersecções entre arte, computação, filosofia e ciência sem se deixar driblar por binarismos, determinismos ou reducionismos. A metáfora utilizada pelos autores refere-se a uma membrana biológica, que dá forma a fenômenos complexos, ao mesmo tempo que possibilita continuidade e trânsito entre eles. Seria algo como uma malha transparente capaz de conectar, dividir, separar e, ao mesmo tempo, integrar elementos3.
A segunda referência é o livro Information arts: intersections of art, science, and technology de Stephen Wilson4. Neste compêndio, o autor oferece uma pesquisa abrangente de artistas que trabalham nas fronteiras entre arte, investigação científica e tecnologias emergentes. Wilson, no prefácio de seu livro, relata que, em seu último ano na Antioch College (detalhe: cursava faculdade na área de Humanidades/ Ciências Sociais, em 1967, em Yellow Springs, Ohio, EUA), resolveu que, para fazer seu trabalho de conclusão, iria aprender como o rádio funcionava, mesmo não tendo nenhum conhecimento técnico prévio. Por fim, aprendeu algumas coisas que seriam até mais importantes:
That the mystification of science and technology was unjustified; that scientific principles were understandable, just like ideas in other fields; and that technological imagination and scientific inquiry were themselves a kind of poetry – a revolutionary weaving of ideas and a bold sculpture of matter to create new possibilities.5 Leia Mais
Ars. São Paulo, v.17, n. 35, 2019.
Dossiê Membranas: intersecções entre arte, ciência e tecnologia
Capa com conteúdo em Realidade Aumentada.
CAPA
- Instruções
- Artivive App
EDITORIAL
- Membranas: intersecções entre arte, ciência e tecnologia
- Silvia Laurentiz
ARTIGOS
- Normatividad entre esteticidad y tecnicidad según Simondon: hacia una Estética del Derecho como Mecanología de las normas jurídicas
- Gonzalo S. Aguirre
- PDF (ESPAÑOL (ESPAÑA))
- La (ciencia de la) naturaleza y su propia voztiempo profundo de la interacción entre arte, tecnología y ciencia en América del Sur
- Andrés Burbano
- PDF (ESPAÑOL (ESPAÑA))
- Arte: estabilidade e ruptura, do modernismo ao zeitgeist da contemporaneidade
- Fernando Fogliano, Daniel Malva, Melina Furquim
- Scientificizing McLuhanpredicates of man-machine coupling, the triplex isomorphism hypothesis, and its aesthetic consequences
- Sérgio Roclaw Basbaum
- PDF (ENGLISH)
- O beijo da morte e o seu contexto cultural e socialuma introdução à emergência da arte tecnológica ou digital
- German Alfonso Nunez
- Conversation between Monica Tavares and Eduardo Navas
- Eduardo Navas, Monica Tavares
- Ensaio visual: Membranas de uma dissecação cartográfica
- José Dario Vargas Parra
- Discourses around vertical videos: an archaeology of “wrong” aspect ratios
- Gabriel Menotti
- PDF (ENGLISH)
- Elastic Realities – Documentary Practices between Cinema and Art
- Cornelia Lund
- PDF (ENGLISH)
- Arte e inteligências artificiais: implicações para a criatividade
- Sergio José Venancio Júnior
- O visível do invisíveldata art e visualização de dados
- Suzete Venturelli, Marcilon Almeida de Melo
- Sensescapenarrativas flutuantes
- Luisa Paraguai
- Sinestesia nas artesrelações entre ciência, arte e tecnologia
- Loren P. Bergantini
- Tecnoperformance e instalaçãopossibilidades emergentes de produção artística com drones
- Rosangella Leote, Caio Pompeu Cavalhieri
PUBLICADO: 2019-05-22
Ars. São Paulo, v.16, n.34, 2018.
EDITORIAL
ENSAIOS VISUAIS
- Ensaio Visual
- Leda Catunda
ARTIGOS
- Entrevista com Rosalind Krauss
- Yve-Alain Bois; Leonardo Nones
- Formalismo de quem?
- Yve-Alain Bois; Célia Euvaldo
- Mário Pedrosaas ideias
- Marcos Faccioli Gabriel
- Definir ou Não Definir Arte: objeções à tese da impossibilidade da definição de arte e perspectivas teóricas após Morris Weitz
- Rosi Leny Morokawa
- Têmpera, abstração e resistência em Alfredo Volpi
- Carlos Pires
- Alfredo Volpipaisagem, memória e imaginação
- Taís Cabral Monteiro
- Veneza em Volpi
- Marco Garaude Giannotti
- A questão da moda moderna brasileira no Instituto de Arte Contemporânea do Museu de Arte de São Paulo (IAC-Masp) entre 1950 e 1953
- Soraia Pauli Scarpa, Antonio Takao Kanamaru
- Entre exposição e desaparecimento: por uma ética das imagens do rosto
- Leandro Rodrigues Lage, Mariano Klautau Filho
- Entrevendo olhares espectrais: as fotografias de vítimas das ditaduras em obras de arte contemporâneas
- Ana Carolina Lima Santos
- Pathé-Baby: a literatura como se fosse cinema
- Lucas da Cunha Zamberlan
- – 286
ESCRITOS DE ARTISTAS
- Escritos não publicados de Robert Smithson
- Antonio Ewbank, Liliane Benetti
PUBLICADO: 2018-12-31
Ars. São Paulo, v.16, n.33, 2018.
EDITORIAL
ENSAIOS VISUAIS
- A Longa Noite
- Lucia Koch
ARTIGOS
- Anotações e dilemas de um curador no Brasil
- Felipe Scovino
- O beijo de Judas de Cinthia Marcelle – algumas considerações sobre a montagem de ‘The family in disorder: truth or dare’, exposição da artista no Modern Art Oxford
- Patrícia Mourão
- Vantagens do caos brasileiro: o Brasil que Oswald de Andrade descobriu em Paris
- Thiago Gil de Oliveira Virava
- Notations in passing – uma tese visual por Nathan Lyons
- Inês Pereira Coelho Bonduki
- Entre ideal e real: estética e política no último quadro de Jacques Louis David – uma leitura benjaminiana
- Francisco De Ambrosis Pinheiro Machado
- A exposição “Artistas da URSS dos últimos 15 anos” e o combate aos ‘formalistas’
- Thyago Marão Villela
- Revolução visual da arte de Eisenstein em Ivan, o Terrível
- Atilio Avancini, Fernanda Riscali
- Janelas sem horizonte: uma análise iconográfica da Anunciação no cinema
- Pedro de Andrade Lima Faissol
- Diante da catástrofe. Imagem em movimento, imagem-apagamento e cemitério marinho
- Lucia Ramos Monteiro
- Dispositivos de visibilidade & máquinas de programar. Imagens biomédicas na arte contemporânea: Juana Gómez e Laura Ferguson
- Regilene Sarzi Ribeiro
TRADUÇÕES
- Potências do falso
- Eric Baudelaire, Lucas Vieira Eskinazi, Nina Guedes
PUBLICADO: 2018-08-27
Ars. São Paulo, v.16, n.32, 2018.
EDITORIAL
ENSAIOS VISUAIS
- Ensaio visual
- José Resende
INTRODUÇÃO
- Passagens: Hubert Damisch
- Sônia Salzstein
- ARTIGOS
- Tough love
- Yve-Alain Bois
- Homenagem a Hubert Damisch
- Yve-Alain Bois
- O mensageiro
- Carlos Zílio
- Uma mulher, portanto: Le déjeuner sur l’herbe
- Hubert Damisch
- Juxtaposition, repetition, dance
- Sônia Salzstein
- PDF (ENGLISH)
- A contemporaneidade de Bispo
- Kaira Marie Cabañas
- Max Bense/Aloísio Magalhães (Alemanha, 1969): o contexto popular e transcultural de Der Weg eines Zeichens
- Susanne Neubauer
- As mulheres e a luz na obra de Umberto Boccioni
- Vanessa Beatriz Bortulucce
- Os primitivos: Mário de Andrade e Georges Bataille
- Larissa Costa da Mata
- A estética wabi-sabi: complexidade e ambiguidade
- Michiko Okano
- Cheek to cheek: Ginger e Fred vão ao paraíso
- Leopoldo Waizbort
ESCRITOS DE ARTISTAS
- O bunker e o kubo branko
- Marco Francesco Buti
PUBLICADO: 2018-04-13
Ars. São Paulo, v. 15, n.31, 2017.
ENSAIOS VISUAIS
- Ensaio visual
- Nuno Ramos
ARTIGOS
- Entre duas Barcas: notas sobre regimes de visualidade e de discursos na história da arte.
- Vera Pugliese
- A floresta geométrica de Paul Claudel: fronteira entre dois mundos
- Vera Beatriz Siqueira
- “Ask me to send these photos to you”: a producao artistica de Alair Gomes nos Estados Unidos
- André Luís Castilho Pitol
- A presença da Galeria Collectio no mercado de arte brasileiro durante a década de 1970
- Rachel Vallego
- Una poética del resentimiento: memoria y moral en la obra de Louise Bourgeois
- Cristina Peralta
- PDF (ESPAÑOL (ESPAÑA))
- Crônica de Anna Magdalena Bach: amor, trabalho e morte no cinema de Danièle Huillet e Jean-Marie Straub
- Dalila Camargo Martins
- Retratos em movimento
- Luiz Carlos Oliveira Junior
TRADUÇÕES
- Tamanho é documento
- Robert Morris
ESCRITOS DE ARTISTAS
- Escritos de artista
- Nuno Ramos
PUBLICADO: 2017-12-19
Ars. São Paulo, v.15, n.30, 2017.
INTRODUÇÃO
- “Tudo o que fiz antes, considero um prólogo”
- Dária Jaremtchuk
ENSAIOS VISUAIS
- Ensaio Visual
- Miguel Rio Branco
ARTIGOS
- O grande mundo da invenção
- Celso Favaretto
- Metaesquema, metaforma, metaobra
- Roberto Conduru
- ¡Sucia Copia!
- Maria Iñigo
- PDF (ESPAÑOL (ESPAÑA))
- Dentro do labirinto: Hélio Oiticica e o desafio do “público” no Brasil
- Guilherme Teixeira Wisnik
- “The Whitechapel experiment”, o projeto Éden e a busca por uma experiência afetiva total
- Maria de Fátima Morethy Couto
- 1970: pause / play
- Frederico Coelho
- Legal no ilegal: as Cosmococas, a Subterrânia e os jardins do Museu
- Maria Angélica Melendi
- Agripina é Roma-Manhattan, um belo quase-filme de HO
- Rubens Machado Junior
- Lágrima-Pantera, a míssil: cinema Subterrânia
- Theo Duarte
DEPOIMENTO
- Hélio Oiticica em Manhattan.
- Silviano Santiago
- Fazendo arte e cinema (ou “quasi-cinema”) com Hélio Oiticica
- Andreas Valentin
TRADUÇÕES
- Parangolé-Botticelli: pensamento da montagem e razão prática da história da arte. Forma transicional e geometria do carnaval
- Luis Pérez-Oramas
ENTREVISTAS
- Entrevista com Lynn Zelevansky
- Camila Maroja
RESENHAS
- Hélio Oiticica: dobrar a moldura, de Irene V. Small
- Adrian Anagnost
- PDF (ENGL
PUBLICADO: 2017-10-27
Hélio Oiticica: folding the frame | Irene Small
Na História da Arte do século XX, Hélio Oiticica ocupa uma posição crucial, sendo indispensável para as versões transnacionais da (neo)vanguarda e para as narrativas pós-coloniais que buscam desafiar dos modelos de transmissão artística baseados na noção de centro-periferia. Uma vez que a carreira de Oiticica encarnou uma transição do modernismo tardio para o contexto contemporâneo globalizado, suas práticas heterogêneas figuraram em exposições recentes e em relatos históricos da arte que buscavam compreender as geografias mais abrangentes da arte moderna e contemporânea. Entre essas iniciativas, vale destacar a Documenta X (1997), de Catherine David, a exposição “Out of actions: between performance and the object, 1949-1979”, no Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles (LA MoCA) e Contemporary art: world currents, livro de Terry Smith (Pearson, 2011). Embora sejam esforços admiráveis, existe ainda o risco de que esse tipo de abordagem incorra em um tipo de tokenização. De fato, a arte de Oiticica pode ser imbuída de certo exotismo, em virtude de suas origens não euro-americanas, de um imaginário erótico do Brasil. E, ao mesmo tempo, suas inovações formais são perfeitamente incorporadas a um cânone contemporâneo ampliado como construtivismo do pós-guerra (Zelevansky, 2004), arte conceitual (Alberro e Stimson, 1999), cinema expandido (Michalka, 2004), performance (Jones e Heathfield, 2012) ou participação (Bishop, 2006).
Enquanto primeira monografia em inglês sobre o artista, Hélio Oiticica: dobrar a moldura, de Irene V. Small (University of Chicago Press, 2016), enfrenta, portanto, um desafio triplo: narrar uma mini-história do Brasil e de sua arte em meados do século XX, analisar as inovações formais de Oiticica em relação às vanguardas históricas e a um reconhecido cânone euro-americano da arte do pós-guerra, além de propor uma metodologia para o estabelecimento de uma História da Arte no contexto contemporâneo da globalização. Leia Mais
A vista particular | Ricardo Lísias
Centro de Livre Expressão (CLE), intervenção na Praça da Sé, em São Paulo, intitulada Páginas Escolhidas, um dos pré-eventos que anunciavam o Evento de Fim de Década, 1979.
A arte como intervenção é uma questão antiga, embora siga atual e relevante. E a literatura desempenha um papel muito especial nesse debate. Se o paradigma da ficção realista vem fazendo água há tanto tempo, é porque modernamente não caberia mais, à literatura, reproduzir com fidelidade o mundo. Ninguém hoje defende o romance como grande mural da sociedade burguesa, como se lhe coubesse, exclusivamente, desvendar o drama do sujeito num mundo individualizado. De forma diversa, o escritor moderno instaura, em pleno gozo do caráter artificial de sua produção, um outro mundo, encravando-o no que cotidianamente chamamos de realidade. Resta lembrar que o “modernamente”, aqui, refere-se a um projeto mais que centenário de literatura moderna. Ou talvez se trate de uma potência ainda mais antiga, que aponta para os primeiros tempos do que orgulhosamente chamamos de era moderna. Mesmo evitando a mitologia dos momentos fundacionais, é difícil escapar da ideia de que Cervantes terá sido um dos primeiros autores a brincar livremente com as traves do próprio artifício literário, vendo nelas uma espécie de prisão fantástica, invenção que ameaça tomar o sujeito para transformá-lo em outra coisa. Ninguém escapa do mundo ficcional moderno: nem os personagens, nem o escritor, que se torna, ele mesmo, personagem.
O trabalho minucioso diante dos limites da ficção não é novo para Ricardo Lísias. Mas está claro, ao menos para o autor, que o rótulo da “autoficção” é insuficiente para compreender sua prosa. Para além do debate sobre a autobiografia, o que está em questão, no caso de Lísias, não é a contaminação do texto pela “realidade” vivida pelo autor, mas sim a possibilidade de se inventar um mundo completamente diferente do nosso, embora, ao mesmo tempo, incrivelmente próximo e passível de reconhecimento. É como se identificássemos cada milímetro do que é narrado, enquanto somos levados, sub-repticiamente, a um universo de absurdos que nos faz pensar que o que vemos através das lentes da ficção não é real. Ou será real? Leia Mais
Monumentalidade e sombra: o centro cívico de Brasília por Marcel Gautherot | Eloisa Espada
Como já registrei inúmeras outras vezes, a fotografia brasileira ainda se parece com um imenso iceberg, em permanente movimento, que vai emergindo aos poucos trazendo novos dados e novas conexões, geralmente surpreendentes para os pesquisadores. Nas últimas décadas tivemos acesso a inúmeras pesquisas advindas principalmente da academia que se tornaram relevantes informações para a construção de uma história da fotografia brasileira mais consistente.
De modo geral, o saber panorâmico sempre esteve registrado e propagado. O que vem crescendo agora são as pesquisas mais aprofundadas sobre determinados períodos e autores. Especificamente, vemos um crescente interesse pelo período circunscrito entre as décadas de 1940 e 1970, onde a nossa boa fotografia circulou tanto nos salões do movimento fotoclubista, quanto na imprensa, renovada que foi pelas iniciativas de algumas revistas segmentadas (revistas Senhor, Módulo, entre outras) e de grupos editoriais – Diários Associados (revista O Cruzeiro) e editora Abril (revistas Realidade, Veja, entre outras). Leia Mais
ARS | USP | 2003
Em sua política editorial, a Ars (São Paulo, 2003-) prioriza a publicação de material original e inédito, de modo que 80% dos artigos e os ensaios visuais especialmente concebidos para a revista decorrem, necessariamente, de pesquisas acadêmicas e artísticas novas. Ao lado de textos inéditos, é parte de sua política editorial a republicação periódica de textos fundamentais de história, teoria e crítica de arte, lançados há muito, no intuito de recuperar fontes relevantes de pesquisa bibliográfica para o uso nos cursos de graduação e de pós-graduação.
Como iniciativa acadêmica, nascida numa escola de artes, a revista abre-se à discussão do problema da formação, não apenas aquela dos estudantes que pretendem se tornar artistas, professores, educadores ou teóricos, mas também a formação de uma experiência de criação e reflexão, capaz de favorecer a constituição de pontos de vista emancipados no ambiente globalizado da cultura contemporânea.
A missão editorial da Ars consiste em 1) incentivar a produção artística e cultural brasileira em geral; 2) oferecer a artistas, professores de arte e pesquisadores atuantes no Brasil e no Exterior, em início de carreira ou com trajetórias profissionais já consolidadas, o fórum privilegiado de debate e intercâmbio de conhecimentos que a vida acadêmica pode propiciar; 3) constituir-se em uma instância de crítica e revigoramento recíprocos para o meio acadêmico e artístico e cultural, favorecendo uma presença propositiva da Universidade na sociedade brasileira; 4) buscar o nível da excelência acadêmica na pesquisa artística, cultural e científica; 5) incentivar o diálogo das artes visuais com outras áreas da produção cultural e científica e 6) formar um público leitor na área especializada da arte e da cultura, público ainda incipiente no ambiente brasileiro.
Periodicidade quadrimestral (a partir de 2017).
Acesso livre
ISSN: 1678-5320 (Impresso)