Posts de Itamar Freitas
Rumos da História. Vitória, v.2, n.7, jan./jul. 2019.
Expediente (1)
Artigos
- Nero e seu Principado: as visões de um debate
- Ana Lucia Santos Coelho (3-18)
- Cipriano de Cartago e a polêmica com os judeus no norte da África (século III d.C.)
- Carolline da Silva Soares (19-36)
- A estigmatização da lepra no ocidente cristão medieval
- Cícera Leyllyany F. L. F. Müller (37-64)
- Bilad Al-Zandj. Um ensaio sobre a costa oriental africana e seus habitantes à luz dos primeiros relatos árabes, nos séculos IX e X.
- José Guilherme Rodrigues da Silva (65-95)
- Breve ensaio sobre o surgimento do Tribunal do Júri no Brasil (Séc. XIX)
- Lara Ferreira Lorenzoni (96-117)
- Mulher e Política: a atuação feminina na política espiritossantense
- Leandro da Silva Lunz (118-140)
- Hildegard Rosenthal e Alice Brill: esboços de uma leitura de gênero na fotografia
- Lívia de Azevedo Silveira Rangel (141-159)
- Assistência e indigência na Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim
- Luciene Carla Corrêa Francelino (160-189)
- A constituição da devoção mariana no contexto do culto aos mártires e às virgens (séc. IV d.C.)
- Ludimila Caliman Campos (190-
- A crise contemporânea brasileira: traços econômicos e sociológicos
- Thiago Mello dos Reis (215-256)
- O teatro, a tragédia e a pólis grega: o mito na Grécia antiga como veículo de transformações do lugar teatral
- Tulio Carlos Borges Silva (257-278)
Roundtable Review do livro “Juca Paranhos: o Barão do Rio Branco”, de Luis Cláudio Villafañe Gomes Santos | Meridiano 47 | 2019
O periódico Meridiano 47 (Journal of Global Studies) foi um dos primeiros periódicos científicos completamente digitais na área de humanas no Brasil. Criada em 2000 pelo Instituto Brasileiro de Relações Internacionais – IBRI, Meridiano 47 complementava a missão editorial da sua irmã mais velha, a consolidada Revista Brasileira de Política Internacional, estabelecida em 1958. Nos seus anos iniciais, a publicação funcionou como um boletim para a divulgação de peças de opinião, publicando também resenhas de livros e artigos de resenhas.
A revista fez parte de uma geração de experimentos editoriais digitais que floresceram no projeto RelNet (Rede Brasileira de Relações Internacionais), um grande projeto de divulgação científica estabelecido na Universidade de Brasília em 1998, nos primórdios da internet no Brasil. Meridiano 47 é a sobrevivente de uma geração de experimentos de publicação científica auspiciosa, pensada para veiculação exclusivamente on line e em RelNet, lançada anos antes da multiplicação de revista que foi facilitada e impulsionada pelo modelo de publicação do acesso aberto. Faziam parte desse conjunto de experimentos editoriais nascidos no contexto do RelNet a Revista Cena Internacional e o Boletim Via Mundi, ambas editadas no então Departamento de Relações Internacionais da UnB, e já extintas. Leia Mais
Rural e Urbano. Recife, v.4, n.1, 2019.
- Mariana Zerbone Alves de Albuquerque
Artigos
- UM PERNAMBUCO QUE SE QUER EUROPEU: REPRESENTAÇÕES DA CULTURA FRANCESA NO RECIFE OITOCENTISTA E SUAS APLICAÇÕES
- John Kennedy Ferreira da Luz
- ÁREAS RURAIS NO PLANEJAMENTO: PROPOSTA DE UMA ESTRUTURA BASE PARA ELABORAÇÃO DE PLANOS DIRETORES MUNICIPAIS
- Mariana Rodrigues Ribeiro dos Santos, Victor Eduardo Lima Ranieri
- PONTE DO BELVEDERE: UM ESTUDO DA DICOTOMIA ENTRE CIDADE E NATUREZA E DA BUSCA POR NOVAS SENSAÇÕES NO MEIO URBANO NATURAL
- Isabela Castelo Branco Martins Pontes, Jordhana Raposo Andrade, Giovanna de Giácomo Andrade
- OPORTUNIDADES DE TRABALHO E A MIGRAÇÃO RURAL-URBANA NO ESPÍRITO SANTO
- Ednelson Mariano Dota
- SEGREGACIÓN SOCIOESPACIAL: URBANIZACIONES CERRADAS EN LA PARTE BAJA DE LA CUENCA DE LOS GÓMEZ, ITAGÜÍ-COLOMBIA
- Daniela Calderón Ríos, Manuela Goez Goez
Resenhas
- ENSAIOS DE MANUEL CORREIA DE ANDRADE: RESENHA DO LIVRO “O BRASIL E A QUESTÃO AGRÁRIA”.
- Maria Rita Ivo de Melo Machado
Rural e Urbano. Recife, v.4, n.2, 2019.
Artigos
- A CRITIQUE TO THE REQUALIFICATION OF THE PILAR COMMUNITY IN RECIFE ACCORDING TO THE INTEGRATED CONSERVATION APPROACH
- Fabricio Martins
- REPRESENTAÇÕES E PRÁTICAS URBANAS NOS SERTÕES DO SÃO FRANCISCO: O CASO DA CATEDRAL DE PETROLINA
- Diomedes de Oliveira Neto
- OS ESCRAVIZADOS E A LUTA PELA LIBERDADE NO RECIFE OITOCENTISTA
- André José Nascimento
- ARTISANAL COCONUT WATER BOTTLING: ALTERNATIVES OF SMALL PRODUCERS OF THE SÃO FRANCISCO VALLEY – BRAZIL
- Guilherme José Ferreira Araújo
- A SECA DO NORDESTE, AS PRÁTICAS MIGRATÓRIAS E SUAS REPRESENTAÇÕES NA MUSICOGRAFIA DE JACKSON DO PANDEIRO
- Glauber Paiva Silva
Relato de Experiência
- VIVÊNCIA E APRENDENCIA: Trocando saberes e ressignificações sob a Paisagem de Buíque – PE.
- Maria Cristina Tavares
- TERRITÓRIO SUDOESTE PAULISTA: ENTRE CONFLITOS, RELAÇÕES DE PODER E IDENTIDADES – NOTAS DE UMA PESQUISA
- Wolney Felippe Antunes Junior
Imagem e Autoritarismo / Domínios da Imagem / 2019
É com muito prazer e gratidão que a Revista Domínios da Imagem vem a público trazer mais uma edição. É importante deixar claro o significado de todo esse prazer e gratidão, pois, em dias obscuros para a produção acadêmica e científica, o trabalho de produzir e divulgar os resultados de nossas pesquisas tornou-se cada vez mais uma atitude de resistência e de perseverança. Ao mesmo tempo, somos muito gratos por todos aqueles que dedicaram seu tempo para que essa edição se tornasse realidade. Agradecemos desde a colaboração dos autores que colocaram à disposição os magníficos trabalhos que compõem essa edição até nosso corpo editorial que conta com pessoas extremamente profissionais.
Quando foi gestada a ideia de produzir um novo dossiê para a revista, pensávamos sobre o alcance das imagens como comunicadores, tanto explícitos como implícitos, das mais diversas formas de violência e autoritarismo. Divagávamos sobre a importância da imagem no transcorrer da temporalidade para descrever e enunciar as mais diversas formas que a imposição de uma pessoa ou um grupo de pessoas pode ter sido realizada às custas de outras. Foi assim que “Imagem e Autoritarismo” ganhou vida e agora também ganhou fôlego.
Em “Como o mito das Amazonas se transformou na alegoria da América”, Adriano Rodrigues de Oliveira se debruça tanto sobre fontes literárias como também em fontes iconográficas para nos mostrar as transformações acerca da representação da mulher ameríndia como sendo uma mulher selvagem, com as vergonhas à mostra sempre portando seu arco e flecha. Imagens essas que se espalharam sobre a representação do próprio continente americano como local de hostilidade em detrimento de um homem europeu cristão e medieval. O trabalho de Oliveira se torna pertinente ao nos fazer olhar para a construção das narrativas e de mitos fundadores. Concomitantemente a isso, enfatiza a produção de preconceitos e hiatos que essas narrativas carregam em seu corpo semântico.
Nos transportando para o outro lado do mundo, Richard Gonçalves André nos proporciona um encontro com a censura no Japão pós-1945. Em “O Ogro e o Demônio: a representação fotográfica da devastação nuclear em ‘Hiroshima’, de Ken Domon (1945-1958), o autor problematiza tanto os textos como as fotografias do livro “Hiroshima” de Domon, muito marcados pela bomba nuclear de Hiroshima. Nesse trabalho, André investiga o olhar humanizador do fotógrafo e a representação da trajetória de pessoas que sobreviveram ao impacto da bomba. Por trás dessas narrativas, Domon tinha como interesse transformar o sofrimento pessimista e derrotista trazido com o fim da Segunda Guerra Mundial e consequentemente os ataques nucleares em “não-ditos” para que a atenção estivesse alinhada com a prosperidade e o crescimento econômico apresentados pela sociedade japonesa. Dessa forma, André traz à luz a utilização da imagem como ferramenta ideológica e acima de tudo como instrumento de negação de um passado não tão bem visto em detrimento de um possível futuro próspero.
Voltamos novamente para a América, mas uma América distante temporalmente daquela descrita por Oliveira. Dois trabalhos candentes são apresentados sobre o Brasil durante a Ditadura Militar (1964-1985). Maria Elisa de Carvalho Sonda nos presenteia com “Para além das fronteiras discursivas: uma análise desconstrutora de Iracema, uma transa amazônica (1974)”. Se utilizando de fontes audiovisuais, Carvalho Sonda analisa os efeitos negativos ocorridos na exploração predatória da Amazônia durante o crescimento econômico anunciado pelos militares durante a década de 1970. Contextualizado com a construção da rodovia Transamazônica, a ficçãodocumental que serve como fonte de pesquisa da autora faz parte da linguagem do cinema verdade, que tem como um de seus princípios fundantes produzir o efeito do real. O trabalho de Carvalho Sonda se torna extremamente candente com a realidade vivenciada em nossa atualidade. A autora nos permite entrar em contato com a visão dos idealizadores de Iracema uma transa amazônica, que há quase meio século já abordavam os problemas ambientais que ainda discutimos nos dias de hoje. Além disso, outro aspecto que torna o trabalho de Carvalho Sonda de grande importância diz respeito ao cinema como forma de resistência ao Regime Militar brasileiro e sua visão unilateral de desenvolvimento não sustentável.
A mesma relevância pode ser observada no trabalho “Fotojornalistas brasileiros em época de ditadura: entre a estabilidade e o compromisso”, de Carlos Alberto Sampaio Barbosa. Em seu artigo, Barbosa discorre sobre três fotojornalistas brasileiros, Pedro Martinelli, Juca Martins e Jesus Carlos. Ao analisar as transformações do fotojornalismo brasileiro durante a Ditadura Militar, Barbosa também nos descreve um continente Latino-Americano conflituoso, especialmente os casos da Nicarágua e El Salvador, países em que Martinelli e Martins tiveram maior contato, enquanto Jesus teve posição mais radical ao representar a luta contra a ditadura brasileira. Em momentos que observamos uma América Latina novamente efervescente, com os conflitos no Chile, na Venezuela, na Bolívia e a polaridade política no Brasil, o trabalho de Barbosa é um ótimo olhar retrospectivo de nossa história de lutas e violência que permeiam o povo latino.
Agora nos deslocamos para o eixo da América do Norte, em especial para os Estados Unidos. Os trabalhos de Mariana Furio, Danilo Pontes Rodrigues e José Rodolfo Vieira se entrelaçam para discutir as narrativas sobre o imperialismo estadunidense na perspectiva de três autores e ilustradores de histórias em quadrinhos distintos. Coincidência ou não, os três trabalhos trazem tanto a temática narrativa como a fonte de pesquisa muito semelhantes, o que nos faz pensar como as próprias HQ’s podem ser consideradas elementos importantes para se discutir a história de uma nação. Em “O Comediante em Watchmen: uma paródia premeditada para a retomada do nacionalismo estadunidense”, Furio traz à tona a narrativa de Alan Moore em um mundo distópico em que a ameaça de uma guerra nuclear entre Estados Unidos e União Soviética está à beira de ser iniciada. Com seu recorte, Furio analisa a representação da personagem Comediante, um veterano de guerra, na batalha de Saigon no Vietnam. O intuito da autora é estabelecer vínculos entre as características militaristas do Comediante com o crescimento dos valores conservadores e nacionalistas nos Estados Unidos com o advento do século XXI.
Mais adiante, o trabalho de Danilo Pontes Rodrigues, “Doutrina Bush e violência em In the Shadow of no Towers de Art Spielgeman” discute as representações artísticas de Art Spielgeman após os ataques contra as Torres Gêmeas em 2001. Nesse artigo, o autor realiza os paralelos entre as ações tomadas pelo governo Bush, também conhecidas como Doutrina Bush, e as representações na história em Quadrinhos Shadow of no Towers. Dentre os elementos alavancados por Rodrigues, é possível observar a implementação do Patrioct Act e a privação às liberdades dos cidadãos estadunideses e as guerras no Afeganistão e no Iraque.
José Rodolfo Vieira, em “Footnotes in Gaza: Representações sobre o Hamas durante as eleições na Palestina por meio das Histórias em Quadrinhos de Joe Sacco (2002-2010)”, foca em descrever e analisar as representações tanto no trabalho de Joe Sacco como também nas representações de grandes comunicadores sociais estadunidenses, tais como o The New York Times e o The Washgington Post, e averiguar a construção de narrativas acerca do grupo fundamentalista Hamas durante as eleições de 2006 para o corpo legislativo palestino. Em seu trabalho, podemos observar como os Estados Unidos articularam para que o Hamas não fizesse parte do pleito eleitoral e como foi realizado um movimento de negação após a vitória do grupo contra seus adversários do Fatah, esses últimos alinhados à política estadunidense.
Por fim, também contamos nessa edição com a resenha realizada por Jorge Edson, do livro “Guerra Civil e Super-Heróis: Terrorismo e contraterrorismo nas Histórias em Quadrinhos”, de Victor Callari. Tal como os textos de Furio, Rodrigues e Vieira, o trabalho apresentado também tem como objeto de estudo os Estados Unidos. Edson apresenta os pontos importantes da narrativa construída por Callari e seu levantamento sobre como as Histórias em Quadrinhos tiveram relações com a política, a cultura e a economia dos EUA. Com ênfase na editora Marvel Comics, o panorama construído por Edson é muito importante para aqueles que tem como fonte de pesquisa a arte sequencial e se interessa pelos estudos da história dos Estados Unidos. Portanto, podemos dizer que as expectativas e as hipóteses levantadas quando à gestação desse dossiê foram fartamente correspondidas. Não somente pela diversidade de temas que foram abordados, como também o entrelaçamento de trabalhos que discorrem sobre um objeto muito semelhante. O resultado desse trabalho não poderia ter sido melhor e, por isso, desejamos a nossos leitores uma boa leitura e bons momentos de reflexão.
Até a próxima e obrigado!
José Rodolfo Vieira – Organizador do dossiê
VIEIRA, José Rodolfo. Apresentação. Domínios da imagem, v. 13, n. 24, jan. / jun., 2019. Acessar publicação original [DR]
Claves – Revista de Historia. Montevideo, v.5, n.9, 2019.
Afrodescendencia, cultura y sociedad en el Cono Sur, 1760-1960
Imagen de portada: Tapa de la revista Nuestra Raza, Año V, Núm. 55, Montevideo, Marzo 25 de 1938. Reproducción de una hoja de votación del Partido Autóctono Negro, Lista 61, con la lista de candidatos a la Cámara de Representantes para la Legislatura 1938-1942: Mario R. Méndez, Carmelo Gentile, Pilar E. Barrios, Rufino Silva González, Juan Carlos Martínez, Rolando E. Olivera, Victoriano Rivero, Cándido Guimaraes, Sandalio del Puerto y Roberto Sosa. (Fuente: Hemeroteca Biblioteca Nacional, Uruguay: http://bibliotecadigital.bibna.gub.uy:8080/jspui/handle/123456789/70077 )
Tema Central
- Introducción al Tema Central N° 9. Afrodescendencia, cultura y sociedad en el Cono Sur, 1760-1960
- Alex Borucki, Florencia Thul Charbonier
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- Mercado esclavista, orígenes y circulaciones regionales e inter-jurisdiccionales. Santa Fe, 1750-1810
- Gonzalo Omar Cáceres
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- Trayectorias de integración social de afromestizos militarizados por las independencias en el Cono Sur. El capitán y preceptor mulato José María Molina (Mendoza/Cuyo, 1803-1863)
- Orlando Gabriel Morales, Luis César Caballero
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- Politización miliciana en las compañías de pardos y morenos de Santa Fe: centralismo porteño, autonomía provincial y federalismo artiguista. 1810-1815
- Ariel Viola
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- Oitenta pretos africanos, novos, em um coió, debaixo do sal: tráfico internacional de africanos escravizados (Angola – Rio de Janeiro – Brasil meridional, 1836)
- Paulo Roberto Staudt Moreira
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- Entre la igualdad y la segregación. Las disputas por la educación de los afrodescendientes en el Buenos Aires postrosista
- María Agustina Barrachina
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- Memoria e identidad en el relato histórico de los intelectuales afrouruguayos del Centenario (1925- 1930)
- Hernán Rodríguez
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- Solidaridad racial para la lucha colectiva. Los textos en prensa del intelectual afrouruguayo Isabelino José Gares
- María Elena Oliva
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- Red internacional de intelectuales en la prensa afrouruguaya (1933-1948)
- Mónica García
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Temática Libre
- La Rioja y sus Repúblicas (1812 y 1815). Una experiencia local de construcción de poder
- Valentina Ayrolo
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- Litigios individuales y conflictividad colectiva. El mundo del trabajo mirado desde un estrado laboral de provincia. Santa Fe, 1949-1955
- Natacha Bacolla
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- El adiós al Swift y Armour: crisis y respuestas de los sindicatos friyeros del Cerro frente al cierre de los frigoríficos
- Lucía Siola Poggi
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- El movimiento sindical en la transición de las dictaduras militares a la democracia. Un ensayo de comparación de las experiencias en Argentina y Uruguay
- Daniel Oscar Dicósimo
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Foros y Eventos
- Jornadas Interescuelas, Universidad Nacional de Catamarca. Comentarios a propósito del libro de Beatriz Bragoni “San Martín. Una biografía política del Libertador”
- Beatriz Bragoni, Alejandra Pasino, Camila Perochena
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Bibliográficas
- Porrini Beracochea, Rodolfo (2019), Montevideo, ciudad obrera. El tiempo libre desde las izquierdas (1920-1950)
- Sabrina Álvarez
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- Aldo Marchesi (2019), Hacer la revolución. Guerrillas latinoamericanas de los años sesenta a la caída del Muro
- Líber Romero
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- Carlos Demasi (2019), El 68 uruguayo. El año que vivimos en peligro
- Matías Rodríguez Metral
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- Wilson González Demuro (2018), La prensa de Montevideo, 1814-1825. Imprentas, periódicos y debates públicos en tiempos de revolución
- Mónica Maronna
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- Di Corleto, Julieta (2018), Malas madres. Aborto e infanticidio en perspectiva histórica
- Daniel Fessler
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Participantes en la edición
- Participantes en la presente edición
- Redacción Claves
Claves – Revista de Historia. Montevideu, v.5, n.8, 2019.
Mundos del trabajo y clases trabajadoras en los siglos XIX y XX: nuevas perspectivas y aproximaciones
Imagen de portada: Entrada a la mina. Mural pintado por Diego Rivera (Guanajuato, 1886 – Ciudad de México, 1957), en uno de los corredores de la planta baja del edificio que ocupa la Secretaría de Educación Pública de México. Entre los años 1923-1928, respondiendo a una invitación del primer titular de esa repartición estatal recientemente creada, José Vasconcelos, el artista intervino los muros en los tres niveles de los dos patios del edificio, Principal y Juárez, a los que el artista denominó del Trabajo y de las Fiestas aludiendo a la temática muralista expuesta. En ellos plasmó su visión sobre las fiestas, los oficios, el reparto de tierras y las luchas del pueblo mexicano. La entrada a la mina representa el inicio de una jornada laboral, momento que los mineros pasan a través de un par de arcos para llegar a la bocamina, sin contar con indumentaria apropiada y llevando sobre sus hombros maderos, picos y palas, como si cumplieran una penitencia. (Fuente: Secretaría de Educación Pública de México, https://murales.sep.gob.mx/swb/demo/pb)
Tema Central
- Introducción al Tema Central: Mundos del trabajo y clases trabajadoras en los siglos XIX y XX: nuevas perspectivas y aproximaciones
- Rodolfo Porrini, Pablo Ferreira
- Mercado de trabajo y movilización militar en Montevideo durante la Guerra Grande (1838-1851)
- Florencia Thul Charbonier
- Los trabajadores de las grandes tiendas: Gath y Chaves, Chile, 1910-1952
- Ángela Vergara, Paola Orellana Valenzuela
- Imágenes de la familia tranviaria. Fotografía, política de archivo y racionalización del mundo del trabajo en la Compañía Chilena de Electricidad, 1920-1930
- Elisabet Prudant
- “Libres”, “democráticos” e “internacionalistas”. La Confederación Sindical del Uruguay en los años cincuenta
- Álvaro Sosa
- Los “obreros blancos” en Chile. El mutualismo y el cooperativismo entre las décadas de 1940 y 1960
- Sebastian Leiva
- Roles y representaciones de la mujer obrera según la publicación sindical ¡Lucha! de la industria de la carne (Uruguay), 1946-1952
- Alesandra Martínez Vázquez
- Raimundo Ongaro, un intelectual para la liberación de las bases
- Valeria A. Caruso
Temática Libre
- ¿Cruzando fronteras? El primer cruce a nado del Río de La Plata, Uruguay-Argentina, 1923
- Pablo Ariel Scharagrodsky
- Peregrinando entre cárceres: trajetórias de encarceramento de presos políticos na Era Vargas (décadas de 1930 e 1940)
- Priscila Sobrinho
- “Esto es Uruguay”. Turismo, fotografía e imaginario nacional durante la dictadura uruguaya. (1975—1983)
- Mauricio Bruno
Bibliográficas
- Tomás Cornejo. Ciudad de voces impresas. Historia cultural de Santiago de Chile, 1880-1910
- Nicolás Duffau
- Rodrigo Jurucê Mattos Gonçalves; Marcos Vinicius Ribeiro; Guillerme Ignácio Franco de Andrade (orgs.). Tempos conservadores. Estudos críticos sobre as direitas. Volume 2: Direitas no Cone Sul
- Mónica Alcántara
- Nancy P. Appelbaum. Dibujar la nación. La Comisión Corográfica en la Colombia del siglo XIX.
- Lucía Rodríguez
- CORTÉS, José David; FIGUEROA, Helwar Hernando; SALCEDO, Jorge Enrique (Editores). Los historiadores colombianos y su oficio: reflexiones desde el taller de la historia
- Héctor Miguel López Castrillón
- Espeche, Ximena. La paradoja uruguaya. Intelectuales, latinoamericanismo y nación a mediados de siglo XX
- Magdalena Broquetas
- Convocatorias
- Convocatoria para el Tema central Nº 9: Afrodescendencia, cultura y sociedad en el Cono Sur, 1760-1960
- Redacción Claves
Participantes en la edición
- Autores que participan en esta edición
- Redacción Claves
HAWÒ | UFG | 2019
Hawò (2019-) é uma revista científica, publicada na versão eletrônica pelo Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás. Tem como objetivo fomentar e divulgar a produção científica realizadas por pesquisadores de instituições reconhecidas, nacional e internacionalmente, que venham contribuir para a geração, preservação e difusão de novos conhecimentos nas áreas relacionadas à Antropologia Social e Cultural, Antropologia Biológica, Arqueologia, Etnolingúistica, Museologia, Arte e Cultura Popular, Patrimônio Cultural, Educação e Etno-História, em seu caráter interdisciplinar.
A revista Hawò, desde sua criação, adotou a modalidade anual de publicação contínua. Essa modalidade permite a publicação dos artigos conforme sua aprovação, agilizando assim o processo de comunicação e divulgação das pesquisas. Não há fascículos ou periodicidade definidas.
A revista Hawò oferece acesso online e aberto a todo o seu conteúdo, o que significa que todos os artigos estão disponíveis na internet para todos os usuários após sua publicação, sendo os autores responsáveis pelo conteúdo de seus artigos. Segue o princípio de disponibilizar gratuitamente as informações científicas ao público, de forma a contribuir com maior democratização ao conhecimento.
Acesso livre
Periodicidade contínua
ISSN 2675-4142
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Contemplating Historical Consciousness: Notes from the Field
CLARK, Anna; PECK, Carla L. (eds). Contemplating Historical Consciousness: Notes from the Field. Berghahn Books, 2018. Resenha de: APOSTOLIDOU, Eleni. International Journal of Research on History Didactics, n.40, p.253-263, 2019.
- Introduction
Contemplating historical consciousness: Notes from the Field, edited by Anna Clark and Carla Peck revises the effort of Peter Seixas (2004: 4) in analyzing this very interesting concept which ‘implicates historiography, collective memory and history education’. Before proceeding to the structure and the contents of the volume it would be useful to suggest a definition of the concept. Seixas (2004: 10) suggests that of McDonald and Fausser: ‘the area in which collective memory, the writing of history, and other modes of shaping images of the past in the public merge’. It is exactly this merit of historical consciousness that makes it that attractive: it is inclusive of equally disciplinary and ‘lay’ modes of thinking. The latter was appreciated also by the contributors of the 2018 volume, Chapman, Green, and Seixas. Rüsen himself in his 1987 article about history didactics in West Germany seeing historical consciousness as broader then history didactics, explains that: ‘the didactics of history now analyzes all the forms and the functions of historical knowledge and reasoning in daily, practical life’ (Rüsen, 1987: 281).
In relation to the methodology of historical consciousness studies, Rüsen in a 1993 article stated that ‘the proof of theory lies in amassing empirical evidence substantiating its theses’ (Rüsen, 1993: 79). On the same lines, contributors of the 2004 volume like Wertsch, Létourneau and Moisan and Lee exemplified the contribution of empirical research in the theorizing of historical consciousness while Lorenz urged for comparative approaches (Seixas, 2004: 14). Thus, the tradition of qualitative empirical research is adopted also by the contributors of the 2018 volume; all the fifteen contributions relate to empirical research making use of an array of research methods, instruments and types of samples. McCully and Burton conducted qualitative research using a set of images referring to the history of Ireland, and also interviewed students. Chapman used questionnaires for school students and trainee teachers including open questions, Van Nieuwenhuyse and Wils used written history exams, students essays and questionnaires also preferring qualitative approaches, van Boxtel conducted process studies among school students, Wanhalla and Green used oral history approaches, Peck paragraph writing in answer to an ‘open for self-definition’ question and interviews and Silverstein, interviews. The volume also includes research projects similar to the Rosenzweig and Thelen’s 1998 study, specifically Seixas’, Clark’s and Li’s. Finally, Lévesque and Létourneau ‘repeated’ the 2004 Létourneau and Moisan research methodology analyzing students’ narratives.
Clark and Peck distributed all the empirical wealth above in three sections: ‘Historical consciousness, curriculum and pedagogy’, ‘Historical consciousness within and beyond borders’, ‘Historical consciousness and cultural identity’. The distribution above is functional as education or pedagogy and identity constitute elements of historical consciousness. The second part ‘[…] within and beyond borders’ while it implies comparison between different countries and continents, proves to indicate a more intimate relationship of several peoples with their pasts: Canadians, Australians, Chinese.
Insisting on the structure of the volume and the content of the chapters, an editorial novelty was that the contributors responded to specific questions set by the editors. Reading the chapters through the lenses of the first two questions, ‘motives to conduct research in historical consciousness’ and contributors’ ‘conception of memory, history and historical consciousness’, I distinguished the following tendencies: research strategies that address mostly the cognitive part of historical consciousness, the articulation of methodologically valid historical narratives, and others that address existential and political orientation problems. I therefore display the several studies within the latter context which implies possible differences of the contributors in relation to memory. I must admit that despite the above attempted categorization, there are cases where one can only notice emphasis on different aspects of historical consciousness.
- Combining Cognitive and Orientational Approaches
The Dutch curriculum, as Boxtel described it, focuses ‘on the ability to apply – in a coherent way – historical thinking and reasoning skills and a chronological frame of reference […] and did not do much justice to Rüsen’s ideas about the practical function of historical interpretations; how historical knowledge and understanding is used to understand the present and to orientate […]’ (Boxtel, 2018: 62).
Boxtel herself, at the beginning of her contribution, states that she does not approach historical consciousness as a cultural or historical phenomenon, but as an individual’s understanding of the past and from a learning and teaching perspective (p. 61). She locates ‘collective memory’ in education, in students’ and teachers’ ideas about the past, and also in teachers’ and education specialists’ work in informal education and heritage places such as museums. Her earlier reference to the Dutch ‘dynamic heritage’ project (p. 63) exemplifies her attitude towards cultural heritage, the latter considered as a challenge for the students ‘to construct shared historical knowledge and acknowledge different past perspectives.’1 Van Nieuwenhuyse and Wils seem to have a different starting point: the contrast between the Belgian curriculum and teachers’ practices, and also, the transnational narrative templates located in Belgian students as opposed with ethnocentric narratives located in students’ speech internationally. More specifically, Belgian history teachers were found to be ‘past-oriented’ in contrast to the Belgian curriculum guidelines that define the development of historical consciousness as the principal goal of history education (p. 47).
Belgian teachers were also found ‘fostering students’ substantive knowledge rather than their strategic knowledge, and hence their historical consciousness’ (p. 56). The latter tendency developed despite the prevailing education culture in Belgium of following student-centered teaching methods and focusing on skills. Van Nieuwenhuyse and Wils end by suggesting a historical consciousness definition that would emphasize the need for the students to differentiate the past from the present while, at the same time, using the past to orientate in the present and the future. In this way historicist and historical consciousness tendencies would be synthesized.
Chapman admits that whilst the main characteristics of historical consciousness – ‘interests’, ‘needs for orientation in time’ ‘functions’ could be appealing – the English national curriculum has traditionally focused on the past. Nevertheless, historical consciousness research in England referred to students’ orientation in time (p. 35). As Shemilt (2009: 194) put it, ‘the possession of a ‘big picture’ of the human past is a necessary condition for the emergence of more sophisticated and socially productive manifestations of historical consciousness’. Additionally, Chapman refers to his own and his colleagues’ research conducted in 1999, 2009 and 2016. This focuses on the past’s usefulness for 16 to 19 years-old students, the purposes of school history teaching (trainee history teachers), finally on the modes of historical consciousness suggested by the English curricula.
He concludes that historical consciousness research could be rewarding in terms of illuminating problems that did not surface in different research contexts. In relation to the cognition-orientation opposition he finds that the concept of historical consciousness provides at least two affordances: the first is that with the four different types of historical consciousness, one overcomes the tension between heritage-memory and the discipline of history. The second is that, different types of historical consciousness help us to have insight to additional meaning making processes (p. 35).
- Traumatic, ‘Spatial’ and Identity Approaches
Four contributions in this volume seem to originate in the same motives on the part of authors: Wanhalla’s on ‘Mother’s darlings of the South Pacific’, King’s ‘What is black historical consciousness’, Silverstein’s, about teaching the Holocaust, and Marker’s contribution about the Coast Salish Territory. They all refer to processes of identity construction, which could count as processes to form historical consciousness, in cases where people experience trauma and marginalization.
‘Mother’s darlings of the South Pacific’ was a 2010 – mainly oral – history project that referred to the Second Word War experiences of indigenous women and their partners: American army officers that settled in South Pacific islands between 1942-1945. Wanhalla admits that the project above could belong to memory studies, though, ‘uncelebrated, not public, wartime memories’ (Leckie in Wanhalla, 2018: 92). Additionally, the project could be a historical consciousness project since it brought to the fore narratives (of indigenous women, American fathers, ex-soldiers, and their illegitimately born children, now grown-ups), that described a traumatic experience of social exclusion since American military authorities did not permit marriages between Americans and indigenous women, applying the US racial segregation laws extra- territorially. It is also a social history study that reveals unpredicted World War Two and militarization consequences on individuals’ personal lives.
King questions the way black history is being constructed at schools and generally in the public sphere, and consequently forms black historical consciousness and culture. He comments on the uses and misuses of history to construct identities as wished by the prevailing political voices. He focuses not on the space that black history occupies in history textbooks and curricula speaking in quantitative terms, but on the type of narrative developed in relation to the black people. It is a narrative of suffering and victimization, a disenfranchising one. Black people end up agentless while other ‘narratives involving the institutional aspects of racism that allowed racism to prosper for many decades in the U.S.A. remain silenced’ (p.
68). King reports what he calls ‘racial neutrality’ in public sphere that seems to create ‘collective memory ghettos’ (Traille, 2007: 36) for black people and especially youth that form relevant historical consciousness narratives.
Silverstein, starting from her own personal motive, being a Holocaust survivor descendant and having attended Jewish studies in her high school years, conducted research situated in twelve Jewish day schools in New York and Melbourne. Interviewing teachers, she identified common teaching strategies in the form of narratives relating to the future; as she puts it, the main and common concern of all these teachers is to form strategies that will ensure ‘that Holocaust education – a form of lieux de memoire – becomes public facing and acting’. There were teachers that perceived the maintenance of the Jewish traditions as an ‘obligation’ and others that transmitted to their students a chronologically developed narrative of the Holocaust ending with the founding of the state of Israel.
Nevertheless, the prevailing Holocaust narrative bore caveats as regards a possible Holocaust’s repetition even in the USA, a narrative that focused on the factors that made the Holocaust happen.
Silverstein notes that the study brought to the fore ‘how migrant groups, and post-genocide groups, negotiate their marginality, and we can thus grasp some of the pain – and some of the possibilities – imbricated in such marginality’ (p. 183).
Marker, Green and Carretero introduce another perspective as regards historical consciousness, that of space or landscape. Marker, having himself served as a teacher in a Coast Salish high school, referring to the people of Coast Salish. Its characteristics that differentiate it from the European or western historical consciousness are the following: it is articulated through space instead of time, it includes a metaphysical imperative, time is not developing in a linear but rather in a cyclical way, there is no distinction between categories of knowledge, instead a holistic view prevails. Land plays such an important role in the way Coast Salish people narrate their history that instead of referring to people’s history, we rather refer to the history of the land articulated by Coast Salish people. Apart from the space dimension I would count Marker’s contribution as another case of trauma and marginalization (like Wanhalla, King and Silverstein’s contributions): there were immense consequences that the colonization process had in the lives of indigenous people since the latter were alienated from their land and forced into another culture.
Green’s contribution bears no traumatic dimension like the previous ones: though it is similar to Marker’s contribution because of the space dimension, also to Wanhalla’s project because of the use of oral history. It also connects to Rosenzweig and Thelen’s work (the relevant contributions in this volume, too) because it focuses on family memories and their transgenerational transmission. The contribution is also interesting in relation to methodology and theory of historical consciousness. Green, like Chapman in the same volume, recognizes a certain affordance in the use of the historical consciousness concept as opposed to the collective memory one: it allows space for individual differentiation. Green also speaks in favour of the use of the term ‘consciousness’ as opposed to forms of memory that may not be conscious. Finally, she finds that the study of family memories refers to historical consciousness, since family memories are articulated in the form of narratives that connect past, present and future, also anchored to meaningful places as in the case of the Coast Salish people (p. 208).
Carretero, using as a starting point current politics, specifically the wish of Donald Trump to build a wall between the USA and Mexico to prevent prospective immigrants, notes the need for historization of current political problems to make sense of them, actually the creation of a narrative, the need to historize places, territories, displaying also the disputes about them (p. 79). The latter can be easily achieved by the use of historical maps that show political developments in an area. He finally explains how disastrous for the people historical consciousness can be, in terms of the fact that Trump wishes to replace symbolic walls, differentiated identities, as perceived by Americans and Mexicans, with concrete ones, imposing in that way a monolithic way of thinking that won’t allow individuals the possibility to discern other perspectives.
Levesque & Létourneau’s, McCully & Barton’s and Peck’s contributions originate in the relationship between people’s racial, ethnic, self-perception as opposed to school history. Levesque and Létourneau identify historical consciousness with narrative competence, thus their research question was ‘how can French Canadian students create usable stories of their collective past?’ (p.
143). They drew on previous Canadian studies in narrative competence conducted by Létourneau and Moisan and they themselves involved a sample of 635 students with an average age of 16 years and a half. Students were asked to narrate ‘the history of the French presence in Canada’. Influenced by the Howson & Shemilt’s (2011) work on students’ ‘big pictures’ of the past, Levesque and Létourneau found that ‘by the time students graduate from high school, they have acquired an important stockpile of historical information and little pictures of the collective past that vary from one region to another. Interestingly, these little pictures are part of “bigger” pictures organized in narrative templates such as la survivance’ (Levesque & Létourneau, 2018: 155). Unfortunately, students’ collective identification seems to affect the narrative template they finally select. Narrative templates despite being useful tools to organize the past have their limits too.
The latter remark about students’ commitment to their communities take us to McCully’s and Barton’s research question about ‘how history learned in school interacts with history encountered in families and the community’. In relation to motives, they both state that while being aware of several theoretical assumptions, it was school practice that contributed to the initiation of the specific research. Thus, they refer to Wertsch’s idea of ‘cultural tools’, Bakhtin’s understanding of ‘internally persuasive dialogue’, Halpern’s suggestions about how to increase empathetic understanding, ‘collective memory’, ‘imagined communities’, ‘historical consciousness’ (p. 22-23). All the above helped them to make sense of the data and to meditate on the development of a history curriculum that would help Irish students to overcome their country’s traditional political and religious division. As in Levesque & Létourneau study above, the main findings of their research were the constraining role of the communities’ narratives on students’ historical thinking, and teachers’ resistance as regards the teaching of the national controversial issues in history classes or their tendency to teach controversial topics in noncontroversial ways.
Likewise, Peck is interested in the connections between students’ ethnic identities and their historical thinking about Canada’s past (Peck, 2018: 216). Levesque & Létourneau, Peck and McCully & Barton seem to be interested in the relationship between school history and community narratives. Peck and Levesque & Létourneau, also share the experience of living in ‘settler’ states, where there are ethnic divisions and subdivisions, e.g. English speaking and French speaking Canadians, also a complex relationship with indigenous people, the ‘First Nations’. Her argument and thinking context remind me of Epstein’s ‘old’ research about ‘students’ racial identities and experiences and their historical perspective taking’ (Epstein, 1997: 29). In the same way Peck is interested in how students ‘situate’ themselves in the country, from the racial and ethnic point of view, and how they therefore connect to Canadian history, also its school version. In the end, she notes how important it is for teachers to know how students think of themselves (their identity) in order not to make teaching choices that may ‘exclude’ students not feeling any relevance to history.
- Intimate Approaches
Seixas, Clark and Li share similar historical consciousness and methodology approaches: they study the intimate, family and popular past of Canadians, Australians and Chinese people, as opposed to the formal, public past. Seixas referring to previous literature concerning the concept of progress in historical thinking exclaims, ‘Who we are to judge, how people understand and use the past […]’ (p. 105). Thus, in 2006 he conducted a 3419 participants telephone survey with the title ‘Canadians and their past’ drawing on the Rosenzweig and Thelen one ‘The presence of the past’. There were findings similar to the 1998 survey of Rosenzweig and Thelen.
Clark conducted the project ‘Private lives, public history’ in Australia, also inspired by the Rosenzweig and Thelen survey but following another methodology: she conducted small affinity group interviews from a sample of 100 participants originating in five different Australian communities and exercised ‘situational analysis’ (Clarke, 2005). Her research question was: how would the Australians engage with the nation and how would they articulate their own historical consciousness in the context of powerful public historical narratives? The findings indicated that official narratives did not speak to Australians’ experiences while they engaged with more intimate parts of the past.
Li drawing on all the above, USA., Canadian and Australian studies, conducted a similar survey in China under the title ‘Chinese and their pasts’. The sample comprised the main Taiwan sample of 425 participants and additional subsamples originating in different Chinese cities. The method of data collection was interview surveys.
Her findings were similar to the studies referred to above in the current section: places and sites of public history were highly evaluated in Chinese people’s learning about the past while there was ‘a strong push towards personal, family and local history’ (p. 138).
- Can We Discern Periods in Historical Consciousness?
Rüsen (1987: 281) saw in the turn of history education to historical consciousness in the 1970s’, the realization on the part of historians and history educators that if history were to remain in the curriculum, it should also serve extra disciplinary criteria. In Ahonen’s (2004) words ‘The progressive pedagogy of the 20th century required personal and social relevance from history. Thus, in addition to their pursuit of “literacy”, Americans have traditionally expected ethical and citizenship education from history’.
As for the 2004 volume about historical consciousness, Ahonen also notices that ‘the organization [of the chapters] reflects well the underlying idea – that people’s relation to the past is not only a matter of formal education but a broad social phenomenon’ (Ahonen, 2004: 3). The same is noted by Clark & Peck in the introduction of the 2018 volume (p. 2): ‘Taken together, this corpus of work into history-making, from the most powerful public narrative to the most intimate memoir, has come to be defined as “historical culture”’. On the other hand, according to Nordgen (2016: 481), ‘historical consciousness guides the use of history and is influenced by historical culture’. In a way historical culture facilitates historical consciousness, especially as the latter is seen as ‘uses of the past’ (Lévesque in Clark & Peck, 2018: 2).
In other words, and as Chapman and Green have also noted in this volume, historical consciousness was conceived to be something ‘more than historical literacy’ (Ahonen, 2005: 697). Despite the fact that Rüsen differentiated between disciplinary and non-disciplinary uses of the past, and even though Lee (in Clark & Peck, 2018: 4) noted that ‘Indeed, people may hold different types of historical consciousness in tension simultaneously’, one can note on the 2004 volume a tendency on the part of the authors to display their own stance as regards the dilemma historiography-memory. Thus, we have the dialogue among Simon, Lee, Rüsen and Seixas about historical consciousness and its relation with narrative and memory (Den Heyer, 2004).
In this volume, the focus rests on the different uses of the past, cognitive, political, intimate, while new dimensions occur as the ‘spatial’ one. The sections ‘Historical consciousness within and beyond borders’ and ‘Historical consciousness and cultural identity’ are indicative of the latter tendency. I would suggest that the contributors to this volume are immersed in different possibilities of making sense of the past, possibilities enabled by historical consciousness, while the contributors of the 2004 volume are more hesitant and yet focused in defining the concept, thus the references in memory’s relationship with historical consciousness and the discipline of history.
As for the ‘third period’ of historical consciousness, it may not have happened yet according to both Ahonen and Grever. Ahonen ends his 2005 review saying that ‘The culture of history is a strong shaper of people’s historical experience and consciousness: the structure and meaning-attribution in the culture deserve a coordinated study’. Grever instead refers to ‘the expanding field of virtual popular historical culture with huge audiences: video games, augmented reality, selfies, instagrams, and YouTube vloggers. These new media stimulate what Jerome de Groot calls historioglossia: a multiplicity of hybrid discourses accruing around a single historical person or event, with overlapping genres all of which might be simultaneously in operation’ (p. 228). Nordgen, when referring to ‘culture’, means the different ways and environments in which one comes in touch with the past. He therefore refers to Rosenzweig and Thelen’s research about the family experience. The latter more intimate relationship with the past is materialized in three different contributions of this volume (Seixas, Clark and Li). Grever’s reference to the means that nowadays allow contact with the past, and mediate it, the new technologies, would need another volume to discuss.
Notes
1 https://www.eur.nl/en/eshcc/research/centre-historical-culture/researchprograms- and-projects/nwo-program-heritage-education-1 (15.06.2019).
References
Ahonen, S. (2005) ‘Historical Consciousness: A Viable Paradigm for History Education?’, Journal of Curriculum Studies, 37 (6), 697-707.
Den Heyer, K. (2004) ‘A Dialogue on Narrative and Historical Consciousness,’ in P. Seixas (ed) Theorizing Historical Consciousness, Toronto: Toronto University Press, 203-211.
Epstein, T. (1997) ‘Sociocultural Approaches to Young People’s Historical Understanding’, Social Education, 66 (1), 28-31.
Lee, P. (2004) ‘Walking Backwards into Tomorrow: Historical Consciousness and Understanding History.’ International Journal of Historical Learning, Teaching and Research 4 (1), 1-46.
Nordgen, K. (2016) ‘How To Do Things in History: Use of History as a Link Between Historical Consciousness and Historical Culture’, Theory and Research in Social Education, 44 (4), 479-504.
Rüsen, J. (1987) ‘The Didactics of History in West Germany’, History and Theory, 26 (3), 275-286.
Rüsen, J. (1993) ‘The Development of Narrative Competence in Historical Learning’, Studies in Metahistory, Pretoria: Human Sciences Research Council, 63- 83.
Eleni Apostolidou
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Textbooks as Propaganda: Poland under Communist Rule: 1944-1989 – WOJDON (IJRHD)
WOJDON, Joanna. Textbooks as Propaganda: Poland under Communist Rule: 1944-1989. Routledge, 2018. Resenha de: VAJDA, Barnabas. International Journal of Research on History Didactics, n.40, p.265-260, 2019.
How did a Communist political system, the Polish one, deal with primary school textbooks? How did it try to influence teaching and learning through Marxist political messages? How did it deliberately distort the content of all school textbooks in order to make an impact on the minds and thinking of future generations? Joanna Wojdon’s Textbooks as Propaganda. Poland under Communist Rule, 1944- 1989 gives us a thorough and detailed explanation which goes well beyond Poland’s historical experience. Even if her starting point is that ‘schools were supposed to install communist ideology and a positive attitude toward the Soviet Union’ (p. 140), in fact, I am convinced that the lessons we can learn from this book stretch far beyond the post-Communist countries.
Certainly, we have already known many things. In fact, there is no need to prove that communist regimes wanted schools to indoctrinate young people even from the very first grades. And Joanna Wojdon’s book gives us a substantial amount of proof that neither the Polish nor other Eastern European communist regimes even tried to hide their intentions. On the contrary, they openly declared their ideological goals. She rightly touches upon a general rule as an overall context for communist textbooks: ‘The term “doing a textbook” was coined to characterize the flow of many lessons’, i.e.
to follow the book step by step, and she reaches an extremely important conclusion that ‘textbooks, not curricula, were what teachers and pupils actually “did”’ (p. 1).
It has also long been known that Eastern European communist school systems used to have a significant amount of teaching content in textbooks inserted purely for political reasons. Anybody with just the slightest experience form those pre-1989 years could remember the achievements of the Soviet natural sciences and especially space research, the presentation of workers’ achievements of those times – and not only in history textbooks! And this is one of the features that places Joanna Wojdon’s book on the top of our bookshelves, i.e. ‘She explores the ways in which propaganda was incorporated into each school subject, including mathematics, science, physics, chemistry, biology, geography, history, Polish language instructions, foreign language instructions, art education, music, civic education, defense training, physical education, and practical technical training.’ (p. i) Joanna Wojdon has rightly chosen primary textbooks as the source and subject of her research since she reconstructs the universal message of the communist regime aimed at ‘the youngest citizens’ who as the youngest readers are vulnerable and ‘therefore more susceptible to propaganda messages’ (p. 2). The author who is an Associate Professor of History at the University of Wroclaw, Poland, and who follows in the steps of her earlier book The World of Reading Primers: The Image of Reality in Reading Instruction Textbooks of the Soviet Bloc’(2015), nicely explores the most significant ideological strategy of the times, the all-present and omnipotent workers’ perspective which used to be the foundation of mass-oriented communist indoctrination. This one-sided world view, where the imaginative ‘worker’ was the alpha and the omega of all arguments, produced for instance ‘in the history of the Roman Empire the reason for its collapse was reduced to, the characteristics of its social classes and the rebellions of its slaves’ (p. 111).
Since Joanna Wojdon has researched almost all Polish textbooks of the selected time period (from 1944 to 1989), we can be curious to know if there was a special ideological stress in history textbooks? There certainly was. I regard as extremely fascinating how the author explores the great variety of distortions and biases in the books surveyed. Completely distorted topics such as ‘the imperialist First World War’ (p. 111) and the fact that WW I was dealt with from the universal perspective of the constant struggle of the working class rather than from the Polish national(ist) view, perfectly fits into a general pattern typical of most Eastern European communist textbooks. It is no surprise that in these textbooks, often written from the Soviet point of view (p. 118), little attention was paid to Polish national(istic) ideology (p. 114). More precisely, the nationalist layer in the textbooks was intentionally selective. One only needs to look at the fact that while on the one hand the Polish textbook omitted any trends of Russification, on the other hand they massively stress Germanization. But the most interesting discovery by Joanna Wojdon is the constant appearance of pictures of the enemy in communist Poland. It was ‘the Christian church as general, and Jesuits in particular, as exploiters of the workers’ society’ and as stubborn representatives of ‘retrograde conservativism’ (p. 115).
To measure the quality of propaganda is not an easy task, and to research the specific means and methods of propaganda in school textbooks is a huge scientific challenge. Many propaganda tricks are hidden in the language. Selective language (and branding) for national affiliation of some historical personalities was typical. It concerned for instance Charles Darwin as a ‘famous English biologist’, Dmitri Mendeleev as a ‘great Russian chemist’, and Wilhelm C. Roentgen who was left without a nationality (p. 117).
It is even more difficult to spot and identify latent language structures, i.e. deliberate omissions, or as I call them, the ‘structures of silence’. Let us be no naive, language tricks happened on purpose, deliberately and in a systematic way (p. 140). In Polish textbooks researched by Joanna Wojdon there are many well-known omissions, such as the system of Gulags or the Katyn massacre, eastern borders of Poland, as well as dozens of other ‘sensitive’ issues. As the author puts is: ‘The textbooks’ narratives […] did leave out certain historical facts, figures, processes and phenomena’ (p. 108). The same tendency to deliberate omission is true for the imagological apparatus. As a result one would rarely see church buildings as illustrations is many Eastern European textbooks. And I think that all these ‘structures of silence’ contribute to the general amnesia and harmful silence about social and historical problems.
Probably the greatest challenge for any researcher identifying the ideological burden in a history textbook is of a semiotic character, as the author puts it, ‘propaganda motives, topics and techniques intertwined in the text’ (p. 119). In other words, spotting covert messages, and especially those which are hidden not in the text but in the didactical apparatus (questions, tasks, photo captions, etc.) of the textbooks, that make both descriptive text and didactical apparatus almost cognitively indigestible. In this field Joanna Wojdon rightly states that in methodological terms, Polish communist ‘textbooks made clear judgements on everything from the past, and left children with no doubts or ambiguity’ (p. 109). It may sound weird but it is my own experience that the Marxist ideological burden was palpable in the text, nevertheless it is very, very difficult to prove it scientifically. And yet, it was a pre-calculated effect which contradicted the true nature of history as a science because for professional history ‘either – or’ situations, disquieting questions and constant doubts are fundamental. What can we say about a school textbook which entirely switches off critical thinking or multiperspectivity over people and their deeds in the past, and compels a one-sided worldview? No contradictory opinions were allowed (p. 143) in order to change societal opinion en masse, and in order to attempt to change cognitive structures from where divergent thinking is excluded (p. 143).
Since the time period selected by Joanna Wojdon is the era of the Cold War, it is worth asking how did these textbooks handle the superpower rivalry? To what extent did Polish communist textbooks present anti-Western orientation or indoctrination? What about anti- Americanism? As the author states, ‘The world as presented in geography textbooks was thus bipolar, black and white. It was an arena of battle between capitalism and socialism’ (p. 78), and there is no doubt that ridiculous comparisons between the USA and the USSR were present: ‘What monstrous amounts of pollution New York, Chicago and Los Angeles must produce each year!’ versus ‘On the wide and clean streets of Moscow there is much traffic at all hours of the day’ (p. 76). And this leads us to a contemporary question regarding current East-West cultural tensions. Was the Communist ideology in the textbooks intentionally anti-Western? If it was, has it contributed to the tensions that can be observed between current Western and Eastern Europe? Joanna Wojdon’s book is a very valuable contribution to general and international textbook research, reaching well beyond the Polish experience. In fact, she gives us a clear list of typology of the specific means of ideological indoctrination: Marxism, socialism, enemies of the system, presentist interpretations, politechnization, etc. (These are Joanna Wojdon’s expressions from pages 109-110.) I would be curious to know if these are common Eastern European patterns? There are surely subtle similarities that strongly offer themselves for international comparative textbook research. There is evidently much to offer for Eastern European readers, especially for those who are engaged in comparative analysis of history textbooks. Giving just one example: On the level of phraseology, for instance, in Poland the abbreviations ‘Before Christ’ and ‘Anno Domini’ were replaced with ‘before our era’ and ‘of our era’. The same kind of de-Christianized terminology in communist Czechoslovakia used ‘before’ and ‘after our time’. Joanna Wojdon’s typology is surely a useful ‘toolbox’ for coming-soon textbook researchers. Clearly the author is well aware of less of those textbooks research involving Tatyana Tsyrlina-Spady & Alan Stoskopf (2017), Milan Olejník (2017), Karina Korostelina (2009), Ibolya Nagy Szamborovszkyné (2013a, 2013b) and others, who have produced very valuable books and papers on textbook propaganda in the Soviet Union and its political orbit.
Joanna Wojdon’s book ends with a short and poignant Conclusion (p. 140-148) in which she raises one of the most neglected section of textbook research, i.e. ‘the question of the effectiveness of textbook propaganda is most problematic’ (p. 145). For many pupils textbooks are ‘boring’; formal schooling is not omnipotent; and education has never been only limited to schools. What’s more, we know that quite a lot of contemporary teachers did refuse to follow senseless ‘ideological rules’ (p. 147), and this kind of disobedience has had a rather strong impact on many pupils – as it is shown in some rare interview based research materials. If one considers the deep and general social apathy in Soviet bloc countries in the 1970s and 1980s (p. 145) (definitively in Czechoslovakia and Hungary), the failure of overwhelming indoctrination at schools seems to be quite clear.
There might be no doubt that the communist school textbook system, with its no-choice and competition-free textbook regime, all around Eastern Europe, was an integral part of a carefully designed social engineering system. Similar propaganda content and similar patterns ‘can be observed in other countries of the Soviet Bloc’ (p.
143) which leads us to a very contemporary problem: How should we consider those European countries where the state is the major (sometimes exclusive) sponsor of school textbooks; where there is a limited (if not entirely closed) textbook market; and where the teachers’ choice is limited to the one and only available textbook? And I think Joanna Wojdon knows this exactly. For in places she winks at us when she writes that ‘school history is notorious for being used as a tool of indoctrination, not only in Poland and not only under Communism’ (p. 108).
At least one extremely illuminating message of Joanna Wojdon’s book is clear: Democratic school systems have to maintain the power of schools (in fact, teachers) to choose their textbooks because this is the only real and significant professional force in and around schools that can compensate for any ideological push that may occur from time to time.
References
Korostelina, K. (2009) ‘Defining National Identities – The Role of History Education in Russia and Ukraine’, Lecture at Woodrow Wilson Institute, Washington, D.C., 9.02.2009.
Olejník, M. (2017) Establishment of communist regime in Czechoslovakia and an impact upon its education system, Košice: Centrum spoločenských a psychologických vied SAV, Spoočenskovedný ústav Košice.
Szamborovszkyné Nagy, I. (2013a) Oktatáspoitika és történelemtanítás a Szovjetunióban és Ukrajnában. I. rész, Szovjetunió 1945-1991 [Education policy and history teaching in the Soviet Union and Ukraine. Part 1., The Soviet Union 1945-1991], Ungvár: Líra Poligráfcentrum.
Szamborovszkyné, Nagy, I. (2013b) Oktatáspoitika és történelemtanítás a Szovjetunióban és Ukrajnában. II. rész, Ukrajna 1990-2010 [Education policy and history teaching in the Soviet Union and Ukraine. Part 2, Ukraine 1990-2010], Ungvár: Líra Poligráfcentrum.
Tsyrlina-Spady, T. & Stoskopf, A. (2017) ‘Russian History Textbooks in the Putin Era: Heroic Leaders Demand Loyal Citizens’, in: J. Zajda, T. Tsyrlina- Spady & M. Lovornet (eds) Globalisation and Historiography of National Leaders: Globalisation, Comparative Education and Policy Research, Dordrecht: Springer, 15-33.
Barnabas Vajda
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Escritas do Tempo | Unifesspa | 2019
Transformar as experiências de homens e mulheres no tempo em “matéria histórica” requer inscreve-las em diferentes narrativas. Para representa-las – e domesticar o próprio tempo, por extensão -, homens e mulheres precisam contá-las e transformá-las em relatos, pois as experiências, assim como o tempo, tornam-se efetivamente humanas e sobrevivem à ação “amnésica do tempo”, apenas quando narradas.
É com esta missão de narrar e interpretar as experiências humanas no tempo em diferentes perspectivas de análise, através de distintas interrogações, reflexões, temas e temáticas de estudo, por diferentes ângulos teóricos e metodológicos, que a Revista Escritas do Tempo ([Marabá], 2019-) nasce com uma das primeiras ações do Programa de Pós-Graduação em História (PPGHIST) da Unifesspa.
Periodicidade quadrimestral.
Acesso livre.
ISSN 2674-7758
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I Precetti della Dea: Non Essere e Contraddizione in Parmenide di Elea – GALGANO (RA)
GALGANO, Nicola Stefano. I Precetti della Dea: Non Essere e Contraddizione in Parmenide di Elea. Bologna: Diogene Multimedia, 2017. Resenha de: PRIVITELLO, Lucio Angelo. Revista Archai, Brasília, n.25, p. 1-7, 2019.
Nicola Stefano Galgano (2017), I Precetti della Dea: Non Essere e Contraddizione in Parmenide di Elea deserves to be seriously considered for translation into various languages. In this text, there resides a truly persuaded Parmenidean spirit, one that has lived by an inspired vision, while having demonstrated the courage, and measured cr aft in carving out its fortune. Due to its length and its conjectures, dutiful scholarship, and engagement with many studies and scholars of Parmenides, this admirable text also deserves a substantially longer critical review, of which this can merely serv e as a short preface. To my delight, Galgano realizes how discussions in Parmenidean scholarship can easily slip into fields of battle (Galgano, 2017, p. 216), and yet, even though Galgano has wounded, or tried to wound, more than a few theoretical positio ns, or details therein, and suffered his own wounds, his overall strategy remains “un discourse affidabile”(a trustworthy discourse) (Galgano, 2017, p. 207). With atremes ētor, Galgano seeks to follow the maxims of the goddess.
Even though the field and s ubfields of Parmenidean studies receive careful tending, more than a few brambles, thorns, and brier impede the way to its fruits. The fields of battle of scholarship tend to proliferate their own ensnaring bittersweet vines and creepers. There is a tenden cy for this to hinder and haunt the very composition of scholarly texts, of which Galgano’s is no exception. These texts become greater puzzles than what has remained of Parmenides’ poem. Hope for a greater unanimity of interpretation (Galgano, 2017, p. 13) is impossible without first retranslating and resequencing the fragment citations. This applies to puzzles that are philosophical, purely textual-philological, or stylistic (Galgano, 2017, p. 28-29, 58). Galgano offers us some delightful and telling tran slations of various fragment lines, and the reader would hope for a full view of the poem. Though Galgano accepts and uses the DK order of the fragments (Galgano, 2017, p. 37, n. 22) with very few exceptions, he gives Diels-Kranz the lie by stating that th e division of the poem in two parts (alētheia and doxa) is purely and superficially (and justly, I might add), a “didactic cliché”(Galgano, 2017, p. 102). However, Galgano then waivers. He sees the two parts of the poem as Parmenides’ two separate respons es to inherent human cognitive distortion (Galgano, 2017, p. 169). Galgano should follow this text with a new translation and sequence of Parmenides’ poem.
A few irksome thorns are: under 2.5 Il frammento 4, on page 69, should read see 6.2 “Il frammento 4”page 189, not 187, but more importantly 2.5 should be expunged from the text. After 2.6.2 “I versi 6.4-9”, the table of contents must include the important subsections and titles from 2.6.2.1 through 2.6.2.6. The same applies for the important subsections 3.2.4.1, “La meditazione del non essere”through 3.2.4.5 that follow section 3.2.4 “Il secondo cammino (versi 5-8)”. Subsection 4.1.1.1 “I versi 6.3-4”is also missing from the contents page as is 4.2.2.1 “I versi 8.6b-7a”, 4.2.2.2 “I versi 8.7b-9a”, and 4.2.2.3, “Ripresa dei versi 8.7b-9a”. The table of contents for part 6 also requires 6.1.2.1 “Versi 12 e 13a”that should read “Versi 8.12 e 13a”and the same would apply to 6.1.2.2, read “Versi 8.13b-15a”, and 6.1.2.3 “Versi 8.15-18”. While these editoria l minutiae seem inconsequential, the puzzle pieces of a text should retain the utmost clarity in outline and comprehensiveness. As a final recommendation, and due to firmly believing in the worth of Galgano’s text, and its hopeful lives in translation, or in a second Italian edition, there is need of a carefully crafted Index Locorum, Index of Authors, and a general index. These will greatly enhance the “cammino di ricerca”already provided.
Galgano’s focus is found, and gains its fascination, from the Par menidean theme of to me eon (that which is not). In tracking its many mentions through the poem, we confront the Eleatic aporia, and the object of the text, viz., to overcome the history of relegating nonbeing to a formal logic or linguistic operation, an d instead to see it as the very condition of the possibility of contradiction and the foundational comportment of human cognitive behavior. Galgano claims that the turning away from investigating to me eon (that which is not) derives from Plato, who was th e first to use and incorporate snippets of Parmenides’ poem. Galgano was justly bewildered at the vastness of his undertaking when embarking on this thematic journey (Galgano, 2017, p. 23), and more so in framing Parmenides as the first psychologist (p. 26). Nietzsche must be turning in his grave. Galgano also states that Parmenides is “the philosopher of non-being”(Galgano, 2017, p. 109), and “invented the notion of non being”(Galgano, 2017, p. 163). At this point, the reader’s lifeline appears taut betw een M. J. Henn’s category of “ontophobia”, and a quase eastern function of nihilphilia. This is due to the chase after contradictions (oute phrasais) and negative definitions that will inevitably point (phrazō) back to the subject’s cognitive operations; o r more realistically, their juridical/social Ecce Animus from the impasse of living in nots (Galgano, 2017, p. 131, n. 143, and p. 132).
Present in Galgano’s text is a highly speculative example of comparative philosophy that sneaks in (and is then brushed off) due to having sidestepped the everyday position of Parmenides as legislator, and healer to his Elean community. As a deeply respected lawgiver (in the spirit of Solon, Cadrondas, or Zaleucus), Parmenides would have plenty of examples, (and was an awe some example), with no need to import something new from the Chāndogya Upani ṣ had, to teach an Elean kouros of their social and juridical duties in trustworthy speech (Galgano, 2017, p. 151-153, 163, n. 163, p. 207). The realism Galgano is after is a social ontology, more than a gnosiological realism, or even a cosmology, and this is mentioned, but quickly glossed over, as “la dignità esistenziale di ogni essere, il che impone l’impossibilità di eliminare qualunque essere, anche quello che si giudica – in un modo o nell’altro, a torto o a ragione…”(the existential dignity of every being, that sets the impossibility to eliminate any being, even one which is judged – in one way or the other, whether wrong or right) (Galgano, 2017, p. 166). Here we see the hard kernel (zoccolo duro), and distinctive isonomy of Parmenides’ approach, and perhaps the very reason for the poem’s existence, and a page out of the book of the concrete everydayness of a social setting. Parmenides’ poem has a pre-Epicurean undertone to it from being directed at his community as a way to secure conviction in their social/cultural setting, and the world/phenomena around them, while remaining free from the disturbance of contrived unthinkable paths and hearsay. Galgano timidly gestures toward s this, but overlooks it in his otherwise very commendable text (Galgano, 2017, p. 91, 171, 177-178, 213), and his own lived and supported “quotidianità dello sviluppo della ricerca del libro”mentioned on page 216. This would have answered Galgano’s searc h for the possibility of “un altra struttura cognitive”(Galgano, 2017, p. 177-178). Look no further than to the social/cultural being, and that would in turn answer to “natural”, “super-natural”, and cognitive eccentricities (p. 178). This is how the thre e precepts of the goddess (Galgano, 2017, p. 213) return as one, for “it is all the same/ from where I begin; from there I return back again”(DK 5.1-2, best placed as fragment 2).
What presents a deeper problem (inciting further rereading of the text) is Galgano’s view of Parmenides as psychologist. On a trivial level, of course he was. On a more profound level, certainly, but as an iatromantis. Recall, “Parmenide figlio di Pyrês, Ouliadês, medico”; sounds more Freudian with a touch of Rank, Jung, or Reik, if anything. Yet, it is not clear, nor explained in any detail, what type of cognitive psychology, or “cognitive operations”, (which is Galgano’s favorite and overused nomenclature), is at stake (Galgano, 2017, p. 84, 86-88, 92-93, 98, 179, 192, 210). Cog nitivist? No individual can internalize a total system of language, and this problematizes nativism. A system (or operation) is only lived as consensual practices by an entire society, culturally acquired and emergent over time, and afterwards merely appro ximated by idealized theories in a general heuristic sense. Galgano does not point out what specific innate capacities are acquired, save perhaps the most basic laws of logic (Galgano, 2017, p. 168-177). The term polypeiron points in a direction of cultura l and socially acquired experiences, and should be further pursued (Galgano, 2017, p. 85, n. 88-89, and p. 86), and might even lead to an actual direction in a specific cognitivist methodology known as pattern recognition. In all, very general mentions on psychology are present throughout the text, beginning on page 14, through to page 100, then disappearing until page 168, and again mentioned up until page 210. There Galgano states that Parmenides the psychologist would “probably be what we today call cogn itivist”. Unlikely. All this is very unhelpful without actual details as to issues of attention, memory, consciousness, perception, and thinking. To substitute “operare cognitivamente”for noein does not cut the muster (Galgano, 2017, p. 70). We are not su re if Galgano is pointing towards an extreme, moderate, or a cognitivist position at all. Perhaps Galgano is wrestling with Parmenides as a social psychologist, but not enough is given to the reader for that methodology. We might be able to dig out some ex amples of cognitively innate (and unavoidable) competence from what Galgano presents from crucial terms in Parmenides fragment 6, that follow chapter 2.6.2 “I versi 6.4-9. Yet, could these not be purely socially acquired conceptual abilities, or social con tingencies of language acquisition? How particular and extensive are these possible innate competences? This would jeopardize, or at least problematize, any robust cognitivist or nativist reading.
Engaging these mentions would require a substantially longe r, and more detailed critical review. What remains to be questioned, and then developed by Galgano (as if he has not done enough already), is his claim that his is a study on the “psychology”in the work of Parmenides (Galgano, 2017, p. 26, 34-35, 39, 50, 70) that has not been previously undertaken in a sustained manner. We must then ask Galgano for a clear and distinct list of what he calls a “vocabolario psicologico”(Galgano, 2017, p. 68, 71, 83, 194). Without this list, we remain without the resources (amēchaniē) to conclude anything about Parmenides as psychologist. More than a cognitivist approach, the readings of specific terms, and fragments, especially fragment 6, could lead to an even more radical Lacanian approach, and stepping through the snares, registers and knots of the Imaginary, the Symbolic, and the Real (Galgano, 2017, p. 69-81). However, Lacan would side with Heraclitus. In all, Parmenidean studies is lucky to have Galgano on their side as a valiant scholar in the field.
ReferênciaS
GALGANO, N.S (2017). I Precetti della Dea: Non Essere e Contraddizione in Parmenide di Elea. Bologna, Diogene Multimedia.
Lucio Angelo Privitello – Stockton University – Galloway – NJ – USA. https://orcid.org/0000-0002-5875-6068. E-mail: lucioap57@outlook.com
Alcibíades Mayor – PLATÃO (RA)
PLATÓN. Alcibíades Mayor. Buenos Aires: Miluno, 2017.Tradução de MÁRSICO, C. Resenha de: GUTIÉRREZ, Alejandro Mauro. Revista Archai, Brasília, n.26, p. 1-8, 2019.
Alcibíades de Platón es un diálogo que permite trazar profundas interrelaciones con el resto de la obra platónica, desde las consideraciones que se pueden interpretar como atenuantes de la acusación socrática de Apología, hasta el proyecto antropológico de Fedón y ciertos llamados a la discusión con la erística de Eutidemo. El Alcibíades versa puntualmente sobre la naturaleza humana y aquello que es necesario realizar para ser un buen gobernante, ejemplificado en un protréptico ético-filosófico que se resuelve en el autocuidado a partir de la práctica de la filosofía. Estos puntos se encuentran tratados en el estudio preliminar que acompaña la traducción al castellano de dicho diálogo realizada por la profesora Claudia Mársico y que se devela como un preámbulo nec esario para el abordaje de las ricas consideraciones en torno a la obra. El volumen en cuestión consta de 197 páginas, en cuales se puede encontrar el estudio preliminar que consta de cinco apartados, una lista de la bibliografía citada y la traducción pro piamente dicha. Esta ha sido hecha a partir de la edición de N. Denyer (2001) y toma como referencia la edición canónica de Henri Estienne para la numeración del texto.
El primer aparado del estudio preliminar versa sobre la relación entre Sócrates y Alcibíades y pone de manifiesto el fenómeno de vínculo pederastico. Por su temperamento, Alcibíades se encuentra acompañado solo por Sócrates, quien intenta “reformar”su accionar haciéndolo virar hacia una actitud filosófica. Intento fallido que encontrará a S ócrates manchado y culpado por la conducta de su amado. La charla íntima anclada en el erotismo, según Mársico, pone de manifiesto el compromiso con el otro que arrojará como consecuencia el compromiso con la ciudad que se evidencia en el gobierno de sí y de los otros, fenómeno por el cual la formación política trasciende cualquier tékhne y la filosofía se impone como necesidad a un personaje que, como Alcibíades, quiere gobernar.
El segundo apartado versa sobre los personajes, la autenticidad y la datación de la obra. Mársico pone de manifiesto la relevancia intertextual del Alcibíades y aclara que fue considerado un texto introductorio a la obra de Platón. Con respecto a la figura de Sócrates, Mársico manifiesta que es similar a la presentada en los diálog os de transición, pero que combina artes refutatorias de los diálogos tempranos con argumentos de gran alcance propios de las obras de madurez. Con respecto a Alcibíades, se realiza una breve descripción biográfica donde resaltan los testimonios de la rela ción con Sócrates, tales como los de Isócrates, Jenofonte y Esquines, y la acusación de asébeia por participación en ritos de profanación. En lo que respecta a la autoría del diálogo, aunque esta fue puesta en duda por la filología decimonónica, Mársico ma nifiesta que no habría razones para dicha consideración, ya que esta suele fundamentarse en la falta de uniformidad del diálogo que no es un defecto, sino un retrato fiel de estrategias de rectificación subjetiva.
El tercer apartado define la estructura de la obra aludiendo a que la falta de unidad y el quiebre de los esquemas esperables es un criterio simplista para objetar la autenticidad de la obra. Mársico pone de manifiesto que el diálogo se estructura en tres partes: un tramo retórico, otro refutativo y finalmente un tramo dialéctico donde se reitera una estrategia de conmoción anímica que propicia la práctica filosófica en Alcibíades. Los temas que se tratan incluyen la relación que sostiene Sócrates con Alcibíades, la noción de conocimiento relaciona do a la política, y la noción de justicia y su utilidad, cuestiones estas que concluyen en el conocimiento de la dinámica antropológica por parte del político que obliga al autogobierno para gobernar a otros.
El cuarto apartado es el más extenso de todos, en tanto contiene siete puntos que versan sobre los problemas centrales del diálogo: la relación de esta obra con las filosofías socráticas de los megáricos, Antístenes, Esquines, los elíacos y los cirenaicos; una breve consideración geopolítica que involu cra a espartanos y persas; el juicio femenino sobre la posición criticable de Alcibíades; la relación entre política y conocimiento; el aspecto antropológico y el cuidado de sí; la teoría de las Formas y el impacto del Alcibíades en la tradición filosófica.
Con respecto a las cuestiones y problemas centrales, en el primer punto se resalta la relación con la dialéctica, la filosofía a nivel ético y político, y los fundamentos de la antropología y la psicología. En dicho punto, Mársico dedica especial atenció n a las filosofías socráticas que funcionan como interlocutoras del planteo de Sócrates en Alcibíades a partir del marco de zonas de tensión dialógica que intenta no descuidar las relacionas teóricas y contextuales que permitan el abordaje en términos inte rsubjetivos e intertextuales. Mársico ejemplifica este punto al mostrar cómo el platonismo incorpora la erística megárica como momento de la dialéctica, rechaza las tesis antisténicas a nivel metafísico y lingüístico, y retoma tesis cirenaicas en lo que re specta a la conciencia del hombre.
En relación con los ecos megáricos, se argumenta que la erística es un momento de la dialéctica platónica, sin dejar de explicitar las diferencias epistemológicas entre Platón y los megáricos. La posición de dicho grupo c onsiste en considerar la filosofía como elemento de advertencia contra los peligros de las empresas cognitivas serias, ya que si bien algunos estudiosos consideran que aceptaron la existencia de Formas, el acceso a ellas sería inútil en tanto el medio util izado para hacerlo, el lógos, no es fiable. Mársico puntualiza que el uso de la erística megárica en Alcibíades sirve para la suspensión de presupuestos básicos con un objetivo purificatorio que conduce a Alcibíades a modificar su comportamiento. Los lazos intertextuales quedan evidenciados en las características de la refutación erística que envuelve al adversario en una conmoción anímica.
Con relación a los ecos antisténicos, estos se manifiestan en el momento en que Alcibíades define que su maestro es la opinión de la mayoría que detenta el monopolio de la transmisión del lenguaje, lo que presupone que el saber consiste en la relación nombrecosa. Sócrates intenta refutar esta posición esgrimiendo los problemas en torno a la predicación que surgen de acep tar dicha adecuación nominal. A su vez, hay varias referencias a Antístenes en materia antropológica y al materialismo corporeísta que Platón rechaza de modo explícito.
El punto que versa sobre los ecos esquíneos trata particularmente sobre elementos de perturbación anímica como transformación del accionar o “purificación”anímica que se encuentran en la estrategia erística de Alcibíades. En efecto, Mársico pone de manifiesto las semejanzas entre los Alcibíades de Esquines y de Platón a partir de los cambio s emocionales del interlocutor de Sócrates, cambios que van del orgullo y la altivez hasta un estado de confusión y molestia, objeto de la ridiculización que Alcibíades siente a manos de Sócrates. En Alcibíades de Esquines se realiza un manejo similar del ánimo que va desde el orgullo hasta el llanto, producto de las limitaciones explicitadas por Sócrates.
En lo que concierne a la relación del diálogo con la propuesta de Fedón de Elis y los elíacos, se señalan dos puntos de contacto con el Alcibíades: por u na parte, la relación entre Alcibíades y un cachorro de león que aparece en Zópiro traza un paralelo entre la docilidad de este y la indocilidad de aquel, y se relaciona con la conversión anímica; por otra parte, la concepción antropológica de Fedón que mu estra una gran coincidencia con la postura platónica. En efecto, Fedón sostiene que las tendencias naturales del cuerpo pueden ser contrarrestadas por un dispositivo mental. Si bien la antropología elíaca no coincide exactamente con la platónica, se encuen tra cercana a la propuesta de Alcibíades.
Con respecto a los ecos cirenaicos, Mársico reconstruye la concepción de Aristipo y su hedonismo somático que encuentra certidumbre en sus propias vivencias. El punto de contacto parecería estar en el “cuidado de s í”, en tanto el hombre tiene conciencia de sus afecciones internas a pesar de no poder pronunciarse por la causa externa. En tanto el alma es la sede de procesos placenteros o dolorosos recibidos por el cuerpo, la tendencia al placer y reconocimiento es ju stamente aquello de lo cual Alcibíades no puede escapar. La distinción entre ambos proyectos antropológicos radica en las distintas concepciones del placer, ya que para los cirenaicos es somático; para Platón, intelectual. Así, desde el punto de vista platónico, el proyecto cirenaico se devela como una perversión de la esclavitud anclada en placeres del cuerpo, contrapunto que se observa en el Alcibíades.
El punto que versa sobre la relación entre política y conocimiento pone de manifiesto que aquel que qui ere gobernar debe identificar lo cierto y el error, hecho que se realiza con la detección de trabas y pruebas, consecuencia esta de una filosofia objetivista que cimenta la posición ética en la epistemología. En este marco, los símiles de la nave, la plant a y la bestia de República ponen de manifiesto los actores políticos más relevantes: el político y el pueblo. Mársico describe los tres símiles en conjunto con la finalidad de establecer relaciones con el Alcibíades. La pesadilla que espera a la ciudad si el personaje homónimo se hace cargo de esta se relaciona directamente con los tres símiles: un barco a la deriva como consecuencia de querer el poder por el poder; un contexto desfavorable con respecto a la disposición natural de Alcibíades, promesa arroja da al abandono que se puede relacionar con el símil de la planta; y finalmente la corrupción el pueblo que pasa a ser una bestia en tanto el capitán del barco es deficiente en sus intenciones y formación.
El punto que trata sobre el aspecto geopolítico tra ta la relación intercultural entre Atenas, Esparta y Persia utilizada por Platón como estrategia de refutación. El desafío que representan dichos adversarios compromete la posición de Alcibíades y es, en efecto, un ardid retórico que intenta modificar su a ctitud. Mársico muestra cómo esto sería evidencia de los alcances de la estrategia socrática que no solo apela a elementos dialécticos que provoquen la refutación en el plano epistémico, sino que utiliza elementos de impacto anímico para modificar las actitudes de los interlocutores.
En el punto que trata sobre el juicio femenino se ponen de manifiesto las críticas de las cuales Alcibíades podría ser objeto por parte de espartanos y persas, pero no por parte de los reyes, sino por parte de las mujeres. Aquí, Mársico manifiesta que se trata de despertar la vergüenza en Alcibíades a partir del juicio de mujeres venerables para incentivar el cuidado de sí, postulando al otro como un espejo que refleje su figura. Las críticas de terceros se muestran como un elem ento más que forma parte de las estrategias erísticas y dialécticas, y ponen en primer plano no el aspecto epistémico, sino la “disposición afectiva”del interlocutor.
El punto que trata sobre la antropología de Alcibíades versa sobre la dualidad cuerpoal ma. Mársico señala que en Odisea e Ilíada no hay oposición entre alma y cuerpo, pues estos son polos de lo que el hombre es. Habría una fragmentación corporal y anímica que se manifiesta en la permanencia en el Hades de la psyché y dicha posición no permitiría justificar la noción de “responsabilidad moral”. La posición platónica es unívoca: Fedón es prueba de que Platón considera al hombre en identificación con el alma, entanto el cuerpo es sólo una prisión, postura con la cual e l Alcibíades se condice. Así, el cuidado de sí se devela como un cultivo del alma que se encuentra anclado en un modelo epistémico, pero sin descuidar la mirada de terceros. Alcibíades no sabe lo que ignora y actúa involuntariamente, pues no basta con mira rse a sí mismo, sino que es necesario un espejo: la experiencia del otro en la constitución del yo.
En el punto que refiere a la teoría de las Formas, o de la ausencia de ellas en dicho diálogo, Mársico argumenta que la ausencia de Ideas no alcanza para justificar que Platón no ha sido el autor del diálogo. Asimismo, se señala que aparece mucha terminología asociada al plano eidético, al menos en relación con las nociones universales que emplea Sócrates. Además, Mársico propone que podría decirse que la bús queda de la definición de lo justo presupone el plano eidético para llegar a respuestas satisfactorias.
El punto que refiere a la importancia del diálogo en la tradición filosófica posterior marca la reapropiación y recuperación de la obra en ámbito griego y romano, en época cristiana y de parte de filósofos como Schleirmacher y Foucault cuyos trabajos han sido el punto de partida para que el diálogo recupere centralidad filosófica en la actualidad.
Con respecto a la traducción, esta está acompañada de un e xtenso aparato de minuciosas notas que van desde precisiones generales hasta aclaraciones particulares que enriquecen sustanciosamente la traducción. De este modo, tanto el estudio introductorio como las notas realizadas se muestran como un marco indispens able para abordar el diálogo en profundidad. La obra es muy versátil, ya que permite el acceso tanto a un público especializado como a un público principiante en la materia.
Referências
DENYER, N. (ed.) (2001). Plato. Alcibiades. Cambridge, Cambridge University Press.
Alejandro Mauro Gutiérrez – Universidad Nacional de San Martín – San Martín – Argentina. E-mail: gutierrezalejandromauro@gmail.com
Amantes rivales. Sobre la filosofía. Diálogo pseudo – platónico – GARDELLA; VECCHIO (RA)
GARDELLA, M.; VECCHIO, A. (Coords.). Amantes rivales. Sobre la filosofía. Diálogo pseudo – platónico. Buenos Aires: Teseo, 2017. Resenha de: NEMBROT, Milena Azul Lozano. Revista Archai, Brasília, n.26, p. 1-10, 2019
Desde los griegos, y probablemente a causa de ellos, hay ciertos problemas fundamentales que nunca se agotan: desde qué es la filosofía y cuál es su función, quién debe ser el encargado de gobernar y bajo qué criterios debe elegirse, hasta cómo hacer frente a los impulsos del amor. Todos estos variados temas hacen aparición en el pequeño diálogo “pseudo platónico” aquí traducido como Amantes rivales. El hecho de retomar esta obra mayormente dejada de lado por la crítica por considerarla inauténtica -, tal como muestra la presente traducción comentada, provee material valioso para el debate de la filosofía en general, y especialmente dentro del marco de los estudios socráticos, ya que es un pr eciado testimonio del género del diálogo socrático como medio fructífero para la transmisión de la filosofía.
El presente libro es un trabajo colectivo, realizado por un equipo de traductores y traductoras: Lucas Donegana, Alejandro M. Gutierrez y Lucas L. Valle, y Mariana Gardella y Ariel Vecchio, como coordinadores generales del proyecto. Este se ha realizado en el marco de Interpres, Programa de práctica y estudio de la traducción dependiente de la Universidad Nacional de San Martín (San Martín, Buenos A ires, Argentina). La pluralidad de voces se observa en los apartados del estudio preliminar, escritos por los distintos integrantes, así como en la elaboración de las notas al pie todo esto bien especificado en la “Advertencia”-. Es importante destacar la labor en conjunto de esta obra, ya que, en consonancia con la elección de traducir un diálogo “apócrifo”de Platón, es una actitud innovadora, que desdibuja la noción moderna de autor y coloca el foco no en la personalidad individual, sino en los problema s filosóficos tratados. Esto no solo plantea un método de trabajo novedoso, sino una nueva manera de pensar y de hacer filosofía, más cercana posiblemente a la forma en que la concebían los antiguos.
El libro consta de una introducción con nueve apartados, a cargo de los distintos integrantes del equipo, y luego la traducción del diálogo, dividida en secciones temáticas que organizan la narración, complementada con notas al pie de página que proveen aclaraciones de ciertos términos griegos, así como de pers onajes y conceptos.
Los primeros tres apartados de la introducción forman una unidad temática y están a cargo de Mariana Gardella, quien expone el lugar del diálogo en la obra platónica, las distintas interpretaciones sobre el tema y la postura que adoptan los autores de este libro frente a estas problemáticas. En el primero, “Sobre el corpus de diálogos dudosos y apócrifos”, la autora hace un repaso por el corpus platonicum y sus principales ediciones, y por las obras cuya autoría ha sido puesta en cuestió n. Pero lo que principalmente se cuestiona aquí es el uso de adjetivos como “dudoso”y “apócrifo”, relevando argumentos expuestos por especialistas como Thesleff (1989), Annas (1985) y Brisson (2014). Respecto de la autoría del diálogo, la presente obra se alinea con la propuesta de este último que considera que los diálogos apócrifos de Platón constituyen un valioso corpus de diálogos socráticos, que permiten forjar una nueva mirada sobre el personaje de Sócrates. Por tanto, no deben ser desestimados ya qu e posibilitan la reconstrucción de distintas versiones de su pensamiento.
Continuando esta propuesta de trabajo, el siguiente apartado, “Los diálogos dudosos y apócrifos y los diálogos socráticos”, especifica sobre el género del diálogo socrático y su cont exto de aparición como respuesta de los discípulos de Sócrates frente a la muerte de su maestro y las acusaciones contra él. A partir de este análisis, se muestra que lo interesante no es probar si ciertos diálogos como este han sido escritos por Platón o no, sino más bien “destacar que constituyen una valiosa prueba que permite mostrar la importancia del género del diálogo socrático como vehículo para la expresión de ideas filosóficas”(p. 29).
Luego, en “Amantes rivales: título, autoría y datación”, en pr imer lugar, Gardella justifica la elección del título. Frente a Amantes (erastai), título transmitido por la totalidad de los manuscritos, los autores prefirieron Amantes rivales (anterastai), anotado en el margen del manuscrito Bodleianus MS. E. D. Clarke 39 y citado por Diógenes Laercio, la fuente más antigua. Aquí se alejan de las otras traducciones al español. 1 También se explica la elección del subtítulo, Sobre la filosofía, que refleja a la perfección el tema tratado, “la pregunta por la definición de la filosofía y su relación con otras técnicas”(p. 31), mientras que el título se refiere a las relaciones entre los personajes, tema desarrollado en el siguiente apartado. En segundo lugar, frente a la debilidad de los argumentos en contra de la autenticidad del diálogo, pero también frente a la falta de razones para defenderla, los autores adoptan una posición escéptica: puede haber sido un diálogo de Platón, de algún discípu lo de la Academia, o de algún intelectual inmerso en las discusiones filosóficas del siglo IV a. C. De esta manera, es colocado en primer plano el contenido filosófico del diálogo, que no muestra el retrato de una personalidad individual, sino de una época. Vemos aquí la herencia de una corriente desarrollada recientemente en Argentina, a partir del método “Zonas de Tensión Dialógica”creado por Claudia Mársico (2010), y continuado por otros como la misma Gardella, que propone analizar la riqueza de ciertas áreas problemáticas de una época y las discusiones que allí se generan, para tener una mirada más completa de los problemas filosóficos.
El siguiente capítulo se encuentra a cargo de Lucas L. Valle y se titula “Escenario y personajes”. El autor analiza aq uí la locación y el contexto dramático de la obra, comparándolos con otros diálogos platónicos (Lisis y Cármides) y con referencias externas al círculo socrático como Aristófanes. Para una mejor comprensión de la dramaturgia de la obra, donde lo central es la relación agonística entre dos amantes para conquistar a su amado, el autor realiza unas observaciones generales sobre las relaciones homoeróticas entre los varones griegos, los conceptos de erastes (amante) y eromenos (amado) y los roles que jugaban de ntro de la relación, así como su importancia para la sociedad griega. En pocas páginas, Valle realiza un completo relevamiento de las interpretaciones actuales sobre el tema de la homosexualidad u homoerotismo en la Grecia Antigua, desde las visiones más c anónicas de Dover (1989 [1978]) hasta las críticas que se le han hecho en este último siglo. También se examinan aquí las profesiones que encarnan los personajes de los dos amantes, la gimnasia y música, fundamentales en la educación griega.
A continuación, Lucas Dodegana en “Rasgos estilísticos”destaca la importancia del estilo y de la lengua utilizados en la obra para la comprensión de su contenido. A la manera del Banquete platónico, nos encontramos frente a un diálogo de estilo indirecto o narrado, en donde Sócrates relata a un interlocutor desconocido por el lector las conversaciones que tuvo con el músico y el gimnasta, lo cual enfatiza los rasgos de oralidad, y la variedad y complejidad de las construcciones gramaticales. Detalladamente el autor subraya ciertas características del uso de la lengua griega utilizada, y su relación con los conceptos dramáticos y filosóficos que allí se tratan. Como el título elegido lo indica, el hilo conductor del diálogo es la rivalidad, eris, que se refleja tanto en l a relación entre los amantes como en su contenido, que es clasificado cuidadosamente en pares conceptuales en oposición.
Ariel Vecchio se encarga de la “Organización del diálogo”(sexto apartado), que los autores han dividido para una mejor comprensión de la lectura, en un Prólogo (132a c); una Sección central (132d 136e), a su vez fraccionada en las tres conversaciones de Sócrates con el músico, con el gimnasta y nuevamente con el músico -; y finalmente el Epílogo (138d 139a). A continuación, Vecchio reali za un “Resumen y análisis de los problemas centrales”de la obra, utilizando el contenido conceptual y también la dramaturgia para el análisis del desarrollo del diálogo. El autor muestra cómo desde el comienzo los detalles dramáticos y la terminología del prólogo anticipan el tema central del diálogo, la definición de la filosofía. Debidamente destaca que este debate no es solo teórico, sino que también tiene una fuerte influencia en la esfera práctica, proyección característica del llamado “intelectualism o socrático”. Por ello es que la filosofía no es referida por Sócrates como una disciplina, sino como la actividad y el ejercicio concreto del filosofar. A partir de aquí se relata clara y detalladamente el desarrollo narrativo y las problemáticas tratadas en las distintas conversaciones de Sócrates con el músico y el gimnasta, en donde se proponen dos definiciones de la filosofía que Sócrates refutará a partir de su método característico basado en preguntas y respuestas.
Aunque el próximo apartado se ocupa rá específicamente de la relación con la filosofía de Platón, aquí también encontramos interesantes referencias a problemas típicamente platónicos y socráticos tratados en el diálogo. Sobre todo en la parte final, en donde, a partir de la última definición de la filosofía que propone el músico, se procede a un tratamiento de la justicia (dikaiosyne) y la moderación (sophros yne), virtudes aquí igualadas. Se desarrollan temas propios de la figura de Sócrates como la unidad de las virtudes y la relación entre el conocimiento de los otros y el autoconocimiento. El autor clarifica y explica estos conceptos a partir de la noción de sophrosyne de los griegos, tomando como base la interpretación de Annas autora utilizada como referencia en varias ocasiones en el li bro -. Según esta visión, Amantes rivales apoyaría una interpretación intersubjetiva de la soprhosyne, entendida como conocimiento de sí, en el sentido específico de la comprensión del lugar que debe cumplir uno en la sociedad. Esto hace que el conocimiento de sí y el de los otros estén profundamente unidos. 2 Por último, Vecchio propone que, a pesar de que parece un diálogo aporético, puede deducirse del final una definición de la filosofía superadora de las que había dado el músico: el filósofo debe ser cap az de comprender el punto de vista de los especialistas pero no de manera inferior -, ya que debe decidir rectamente respecto de la administración de la casa y de los asuntos de la ciudad. Para ello el filósofo no debe poseer conocimientos varios, sino el conocimiento de la justicia y la moderación, que son la misma virtud.
Los últimos apartados se encuentran nuevamente a cargo de Mariana Gardella. Al comienzo de “Relación con temas y problemas socráticos y platónicos”la autora se ocupa del vínculo de la p roblemática del diálogo con la actualidad y la vigencia de los temas tratados. Desde esta perspectiva, sostiene que este diálogo podría insertarse en los debates sobre la utilidad de la filosofía, tanto dentro de Argentina como en el mundo. Por ello es des tacable que, aunque muchas obras platónicas se han ocupado de este tema, ninguna lo ha hecho de forma tan directa como Amantes rivales. Para comprender lo que conllevaba esta discusión en su contexto, Gardella repone el sentido general y técnico del verbo philosophein en la época, y las transformaciones que suponía su definición. En tal sentido, la presente obra es muy relevante en el contexto en el que el uso técnico de “filosofía”se estaba gestando y debatiendo. A continuación, se trata el problema de la naturaleza de la tekhne, tema recurrente en Platón, que suele trazar una analogía entre la técnica y la virtud. Por último, es desarrollado el problema de la definición de las virtudes y la relación entre ellas, tema no solo típicamente platónico sino tam bién socrático. La autora hace referencia a las filosofías de Antístenes y Euclides de Megara, así como a otros diálogos platónicos como Protágoras, Cármides y Alcibíades mayor. De forma similar a como hizo Vecchio antes, Gardella explica la identificación entre las virtudes que aparece en el diálogo, señalando que la bicondicionalidad que existe entre ellas significa que si se posee una se poseen las otras, ya que todas son en el fondo el conocimiento de lo bueno aplicado a diversos ámbitos de la praxis.
Por último, “Sobre el texto griego y la traducción”comienza especificando el objetivo de este libro: brindar una traducción al castellano de este diálogo, complementada con la introducción y las notas, para facilitar la comprensión y estimular nuevas inter pretaciones. Aquí se especifican también el método utilizado el procedimiento inductivo de Mascialino y Juliá (2002; 2005) -, las ediciones del texto griego tomadas como referencia, las variantes elegidas e incluso la forma en que se han transliterado las palabras griegas. Todas estas detalladas aclaraciones son relevantes para los especialistas, pero también son muy útiles y provechosas para quienes se adentran por primera vez en estos temas.
Luego nos encontramos con la traducción, dividida en las seccio nes ya mencionadas que organizan la lectura. El estilo es ágil y se puede observar, tal como pretendían los autores (p. 63), la cadencia y el espíritu de la lengua griega, sin forzar las estructuras del castellano. Las notas también ayudan considerablement e a la lectura y comprensión del contexto dramático y de los problemas filosóficos tratados. Un caso interesante es el de la compleja palabra griega sophrosyne y el verbo sophronein, aquí traducidos como “moderación”y “ser moderado”, acompañados de una no ta al pie refiriendo a la Introducción, donde este tema es tratado extensamente. Aquí se diferencian de la versión de Zaragoza y Gómez Cardó (Gredos), que eligen “sabiduría”y “ser sabio”, lo cual resalta el componente intelectual de este concepto.3 En cam bio, en consonancia con el tratamiento de la Introducción y la interpretación allí defendida, la presente traducción resalta el aspecto ético de esta noción y el estrecho vínculo, propio de la filosofía socrática, entre conocimiento teorético y práctico.
En conclusión, nos hallamos frente a un libro atrayente y novedoso. Es destacable todos los contenidos y la profundidad que se pueden encontrar en esta pequeña obra de tan solo cien páginas. Esto se puede decir tanto del diálogo socrático, breve pero poten te, como de la Introducción. Sus apartados son precisos y al mismo tiempo abarcadores, ya que en pocas páginas condensan distintas visiones de los especialistas y la versión que adoptan los autores de este libro respecto de cada tema. A su vez, esto se exp resa en un lenguaje accesible para el público general, sin dejar de lado la precisión propia de los estudios específicos de la filosofía antigua.
Así como en el diálogo la narración de pronto da un vuelco y coloca en el centro de la escena lo que estaba en los márgenes (p. 50), y los protagonistas ya no son los muchachos amados debatiendo sobre astronomía, sino los amantes rivales examinando con Sócrates la naturaleza de la filosofía, así los autores de este libro sacan de la marginalidad este interesante diálogo, para ponerlo en discusión con las obras platónicas, el círculo socrático, y con las problemáticas de su época y la nuestra.
Notas
1 Zaragoza y Gomez Cardó (1992), en la clásica edición de Gredos, optan por el título Los rivales. En Argentina, recientemente Ezequiel Ludueña (2015) ha traducido este diálogo, con nombre Amantes, como anexo de su traducción al Banquete de la editorial Colihue.
2 Este tipo de interpretación del pensamiento griego es muy relevante, ya que supondría un a concepción del sujeto y su relación con los otros alternativa al sujeto moderno occidental. Esto podría permitir concebir una ética alternativa, tal como se ha propuesto desde la filosofía contemporánea en autores como Foucault (2013)
3 Ludueña (2015) traduce “sensatez”y “ser sensato”, más cercano a la interpretación del libro aquí reseñado.
ReferênciaS
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FOUCAULT, M. (2013). La inquietud por la verdad: Escritos sobre la sexualidad y el sujeto. Buenos Aires, Siglo XXI. (1ed. 1994).
LUDUEÑA, E. (2015). Platón. Banquete. Introducción, traducción y notas. Buenos Aires, Colihue.
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MASCIALINO, L.; JULIÁ, V. (2005). Guía para el aprendizaje del griego clásico. Vol. 2. Buenos Aires, UNSAM Edita.
THESLEFF, H. (1989). Platonic Chronology. Phronesis 34, n. 1, p. 1-26.
ZARAGOZA, J.; GÓMEZ CARDÓ, P. (1992). Platón. Diálogos. Vol. 7: Dudosos, apócrifos y cartas. Madrid, Gredos.
Milena Azul Lozano Nembrot – Universidad de Buenos Aires – Buenos Aires – Argentina. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas – Buenos Aires – Argentina.https://orcid.org/0000-0001-6237-919X. E-mail: miluloz@hotmail.com
The Guardians in Action: Plato the Teacher and the Post-Republic Dialogues from Timaeus to Theaetetus – ALTMAN (RA)
ALTMAN, W. H. F. The Guardians in Action: Plato the Teacher and the Post-Republic Dialogues from Timaeus to Theaetetus. Lanham: Lexington Books, 2016. Resenha de: ENGLER, M. R. Revista Archai, Brasília, n.27, p 1-10, 2019.
Das Buch von William Altman ist als erster von zwei Bänden den sogenannten Spätdialogen gewidmet. Es behandelt sieben Dialogein der folgenden Ordnung: Timaios, Kritias, Phaidros, Parmenides, Philebos, Kratylos und The aitetos. Der zweite Band, The Guardians on Trial: The Reading Order of Plato’s Dialogues from Euthyphro to Phaedo (Lexington Books, 2016), ist fokuss iert auf die Dialoge, welche nach Ansicht des Autors die Les e ordnung Platons abschließen: Euthyphron, Sophistes, Politikos, Apologie, Hipparchos, Minos, Kriton, Nomoi, Epinomis und Phaidon. In dieser zugleich pädagogischen und dramatischen Ordnung sei der Phaidon der letzte Dialog, weil auf seinen Seiten die heroische Geschichte über Sokrates zum Ende komme.
Schon aus dem Überblick auf diese Ordnung lässt sich erkennen, dass A. eine ganz eigene Auffassung der Entwicklung Platons besitzt. Tatsächlich setzt sich sein ganzes Projekt dem entgegen, was er den Eikos Mythos der Platonischen Entwicklung nennt (S.xiii). Anstatt der weltweit anerkannten Kompositionsordnung, die Platons Denken als ein evolutionäres versteht, bevorzugt A. eine Les e ordnung, die nicht nur Platons Lehrtätigkeit in der Akademie geleitet hat, sondern auch die heutige Le ktüre lenken soll. Angesichts von Platons Gedanken ist die se Ordnung mithin theoretisch unitarisch, weil sie in de n mittleren Dialogen die doktrin elle Einheit fin det, die das gesamte Werk durchd ringt. Obwohl seine wichtigsten Voraussetzungen schon i n der Aristotelischen Philosophie verwurzelt seien, sei der Entwicklungsan satz ein klares Produkt des neunzehnten Jahrhunderts, das man auf den Denker des aeì on nicht ohne schädliche hermeneutische Folgen anwenden könne. Im Gegenteil dazu versu che die Les e ordnung dem Wesen des platonischen Denkens treu zu bleiben, indem sie das Unveränderliche voranstelle (S.197; 424). A. schätz t seinen Vorschlag dennoch ganz realistisch ein: er erhebt keinen Anspruch auf eine unbedingte Wahrheit. Seine bescheidene Absicht beschränkt sich darauf, die Auf merksamkeit der Gelehrten wieder stärker auf diese antike Interpretationsmethode zu richten, die sich bereits in den Tetralogien des Thrasyllos mutatis mutandis be finde (S. xxiii). Indem er diesen Gesichtspunkt verficht, bahnter e inen dritten Weg zwischen den vor herr schenden Paradigmen der Gegenwart, näml ich der Tübinger Mailä nd er Schule und dem Paradigma der Kompositionsordnung. In Wirklichkeit aber visiert er vor allem die Kompositionsordnung an. Denn die erste Schule adoptiere ja das letzte Paradigma und hinsichtlich Platons angeblicher Entwicklung bleib e sie unitarisch, da sie vor dem Hintergrund der ungeschriebenen Lehren in der Lage sei, vor den vielen doktrinellen Wider sprüchen der Dialoge eine einheitliche metaphysis che Lehre a ufzubauen.
Darüber hinaus versucht A., wie bereits in seinem Buch Plato the teacher: the crisis of the Republic (Lexington Books, 2012), einen neuen Terminus in die Studia Platonica einzuführen, nämlich „basanisti c“. Das ist wohl der wertvo llste Beitrag des Autors zu d em Feld. Im Einklang mit dem heutigen Zeitgeist legt er große n Wert auf die dramatischen Eigenschaften der Dialoge, welche für die Rekonstruktion der Les e ordnung wichtiger seien als die philologischen Hinweise, wie etwa die Ergebnisse der sprachstatistischen Methode. Dazu aber fügt er einen pädagogischen Ansatz hinzu, im Lichte dessen viele Passagen der Dialoge – und in der Tatalle Spätdialoge – als Tests konzipiert werden (S. xxiii). Das ist genau die Wende, die er gegen das Entwicklungsparadigma einbringt. Die ersten Dialoge sieht er auch als philosophische und pädagogische Vorbereitung auf die Politeia. D ie Politeia hingegen sei ni cht nur ein weiterer Dialog, sondern Platons unüberwindbares opus magnum, in dem er die Wahrheit offenbare. Die nachfolgenden Dialoge werden d emzufolge als Prüfungen a ngesehen, die das Verständnis der zentralen Thesen der Politeia erproben sollen (S.xviii). Deswegen sind die von der Politeia diplomierten Wächter, wie es sich aus dem Titel ablesen lässt, im Kampf gefordert. Konfrontiert mit den Lehrv erf ormungen und der Ablehnung des Zwei Welten Platonismus müssen sie, in Übereinstimmung mit dem Kriegs gesang der Politeia (534b8 d1), zu ihren dialektischen Waffen greifen.
Hier ist es wichtig zu beachten, dass A. eine produktive Allianz mit den schärfsten Kritikern des Platonismus bildet. Seines Erachtens haben sie volles Recht, nach der Politeia einen Bruch mit den mittleren Dialogen festzustellen (S. xxiv).Ein besonderer Vorzug seines Buches ist es, dass er zugl eich Platon und die Geschichte sein er Rezeption auf eine passionierte und gelehrte Weise erklärt. Das gilt sowohl für vergangene als auch für heutige Autoren, mit deren verschiedenen Ansichten er eine fruchtbare und demokratische Polyphonie schafft. In seiner Diskussion des Timaios, zum Beispiel, verwendet er ein Triangulationsverfahren zwischen John Cook Wilson, einem heftig en Kritiker Platon s, R. D. Archer Hind, einem Anhänger, und A. E. Taylor, dessen Stellungnahme die Lösung dieser Debatte sei, weil er zum ersten M al erkannt habe, dass der Timaios nicht für Platon spreche. Die entscheidende Differenz von A.s Perspektive besteht jedoch darin, d ass er die Wider sprüche der Spätdialoge mit Rücksicht auf die mittleren als vor aus geplante Tests versteht. Mit anderen Worten, Pl aton habe diesen B ruch und sogar seine scheinbare Rückkehr zur Naturphilosophie absichtlich so gestaltet, um die Treue seiner Leser und Studenten zur Politeia zu prüfen.
Wichtige Elemente dieses pädagogischen Ansatzes gründet A. letztendlich auf Parmenides, der auch seiner Wahrheitsphilosophie einen täuschend en Kosmos folgen lässt. Seine Interpretation des Timaios lautet wie folgt: der parmenid e i sche n Doxa hinsichtlich der Wahrheit der Politeia entspreche nd, sei die glaubwürdige und hochkreative Rede des Timaios die erste Prüfung, die Platons Le ser bestehen müsse (S. 93). Die abwesende vierte Figur des Dialogs, die kurz vorder Zusammenfassung der Politeia erwähnt wird (17a), sei gerade der aktive Leser, der schon an der Diskussion der Politeia teilgenommen habe und sie in seiner Seele wie ein lebendiges Gespräch hege. Nach A. ist der entscheidendste Faktor der Rezeption Platons die Tatsache, dass kaum jemand die absichtlichen Fehler des Philosophen erkannt habe. Taylor sei wie gesagt der erste gewesen, der den Timaios als unplatonisch begriffen habe (S. 34). Im Zuge von Aristoteles haben die anderen Gelehrten den pythagoreischen Einfluss auf Platon sehr zum Nachteil der parmenid e ischen Komponente seines Denkens betont. D amit wurde es üblich zu glauben, dass Platon seiner mittleren Lehre ei n e kosmologische Naturlehre gegenübergestellt habe. Laut A. aber ist sowohl der Timaios als auch der Kritias die perfekte Gelegenheit für die Wächter, die durch den Unterricht der Politeia zur Dialektik angeregt wurden, die V erfälschung des Platonismus zu bekämpfen (S. 93). Die se vor sätzlichen Verformungen – wie etwa die These, dass aus den feigen Männern die Frauen geboren seien, die e ine völlig absurde Idee im Vergleich mit der Politeia (S. 92) ist – machen die „ basanistischen “Elemente der platonischen Pädagogik aus, die leider in der Geschichte des Platonismus übersehen worden seien. Üblicherweise habe man die vielen Widersprüche als unwichtig abgetan und versucht, das Gespräch zu rationalisieren und Timaios als Platon s Mundstück anzusehen. Deshalb trete Aristoteles nicht selten platonisch auf, und auch die Unterschiede zwischen Platon und dem Neuplatonismus würden durch diese Deutungstendenz geringer ausfallen, da es sich in beiden Fällen um eine monis tische Weltanschauung handle. Für den Autor hingegen bleib t der Platonismus der „ weltfremden “Ideenlehre immer treu und soll deshalb weder mit Aristoteles noch mit Plotin verwechselt werden (S. 106).
Im Geiste dieser „ basanistischen “Pädagogik untersucht A. auch den Phaidros. In der Les e ordnung folge er dem Timaios und dem Kritias und stelle die rhetorischen Mechanismen vor, mit denen beide Dialoge kritisch analysiert werden können. Sokrates ‘ erste Frage, póthen kaì poî?, versteht A. als einen Hinweis auf die Les e ordnung: aus welchen Dialogen un d zu welchen Dialogen? (S.140). Zugl eich ein Gegengift und ein Gi ft (phármakon), leite der Phaidros den Leser in die Kunst der Antilogik und der Täuschung (apáte) ein, sodass er fähig werde, das Wahre vo m Falschen zu trenne n (S.171). Genauer gesagt lege Platon im Phaidros offen, dass er selbst zu rein pädagogisc hen Zwecken s eine Leser betrüge, denn man könne nur die Wahrheit unterrichten, wen n man ebenfalls das Falsche kenne. Zwei weitere Ideen des Autors müssen in diesem Zusammenhang erwähnt werden. Erstens wird die aus Sammlung und Tren nung bestehende Methode des Phaidros, die man normalerweise für die echte Dialektik hält, von A. als eine Vorbereitung auf den Parmenides und besonders auf den Sophistes aufgefasst, und somit ledig lich als ein dianoetischer Vorgang b z w.
eine alternative Art Dialektik beurteilt. A. gibt drei Gründe dafür an, diese Methode nicht als die echte Dialektik der Politeia anzusehen: a) sie unterteile ständig das Ein e in das Viel e und sammle das Viele in dem Einen; b) sie sei daher eher geeignet, die E ide als rein e Abstraktionen d er p hysikalischen Dinge zu diskutieren; c) und schließlich sei sie nicht imstande, die Leser von der sinnlichen Welt völlig zu entfernen, wie es die nach dem Guten orientierte aufsteigende Dialektik der Politeia tue (S.159-160). Deswegen wird der Phaidros als fair warning betrachtet. Zweitens wird die Schriftlichkeitskritik, ein hochaktuelles Thema, von A. als Platons Bekenntnis seiner eigenen Pädagogik verstanden. Eine Schrift sei bloß ein e hypómne s is für die Vision de s Gute n, die Platon bereits in der Politeia vorgestellt habe (S. 197-198). Und um dies zu leisten, bestehe Platons Kunst als Schri ftsteller gerade darin, das Gegenteil der Wahrheit zu behaupten, sodass der Leser dem Argument zu Hilfe kommen müsse, ganz gleich, wer es verteidige (S. 196). Phaidros ʼ Täuschungskunst lehre also den Leser, dass Platon der Meister einer Kunst sei, welche zu pädagogischen Zwecken betrügen könne, obschon sie die Wahrheit unbedingt voraussetze (S. 198).
Nach dem der Leser die Anti logik kennen gelernt habe, könne er sich dem Parmenides zuw enden, der der beste Ausfluss dieser Kunst sei. Die wichtigste Idee des Autors für die Interpretation des Parmenides besteht darin, dass dieser Dialog eine Reihe von Übung en (gymnásia) zu r wahren Dialektik vorlege, da vor dem Gu ten jede Diskussion des Einen nur ein dianoetisches Drama sei (S. 239). In dies er Thematik sieht A. die Lösung für viele nachfolgende Probleme. Durch die erste Hypothese, die der Autor für die wahre nimmt, müsse der Leser beides lernen: dass die Existenz eines empirischen Einen unmöglich sei; und dass es nur, wie die ganze Mathematik, ein en Mittels tatus besitze. Das Eine aneu ousías sei weder ein Prinzip noch ein Gegebenes, sondern etwas, d as der Mensch durch seinen Intellekt erfinde (Parm. 143a7) (S. 248), und somit solle es nie mit dem unhypothetischen Guten konfundiert werden. Mit der Idee des Gute n und der Trennung zwischen Sein und Werden gehöre es zum Kern des Platonismus, und darüber hinaus habe es vor diesen Dogmen einen pädagogischen Vorrang (S. 252). Im Vergleich zu den wahren Ideen – es gibt für den Autor nur drei: das Gute, das Gerechte und das Schöne –, dere n Definition Parmenides nach den Übungen mit dem Einen von Sokrates fordere (Parm. 135c8 d1), sei das Eine natürlich die weltfremdeste Konstruktion der Dianoia, die zwangsweise die Seele von dem Werden entferne, obwohl es, der Politeia gemäß (511b5; 531c9 d7), ledig lich ein Sprungbett zu der realen Dialektik bleibe.
Der Parmenides erweitere dadurch das Reich der Dianoia, während das Reich der Noesis streng beschränkt werde (S. 275). Der Eindruck, dass er den Platonismus der mittleren Periode zerstöre, oder dass Platon Parmenides im Sophistes abweise, entstehe durch den Fehler, die parm enid e ische Pädagogi kzu verkennen (S. 285).
Wie seine eigene Lehre, wird der Philebos als eine Mischung konzipiert. Und z war eine sehr gefährliche Mischung, da er die drei oben zitierten Fundamentald ogmen des Platonismus an greife und folglich den Bruch mit der mittleren Phase auf eine unmissverständliche Weise vollziehe (S. 309). Weil er von Anfang an auf das Thema des Guten gehe, biete er dem Leser einen schwierigen Streit an (S. 343). Für den Autor gibt es also keinen Zweifel, dass der Dialog den Revisionismus bestätige (S.
297). Seine Verbindung zu m Timaios werde durch die pythagoreische Stimmung offenkundig, die Verbindung zum Parmenides durch die Problematik des Einen (S. 310-313). Eigentlich sei diese Problematik nicht bloß ein anderer Gegenstand, sondern vielmehr we rde der ganze Dialog absicht lich zu dem Zweck gestaltet, sie hervorzurufen (S.
298). Der Dialog füge eine Rehabilitierung des Werdens hinzu, und zwar eine sehr entschiedene, weil Sokrates selbst versuche, das Sein mit dem Werden (génesis eis ousían) zu mischen (S.315-316). Mit Bezug auf das Ei n e habe der Parmenides aber s chon durch die erste Hypothese dem Leser einerseits beigebracht, dass die He rstellung ein es „One out of the Many“, wie etwa Philebos ‘ Mischung des Einen und des Viel en, widersprüchlich und darum falsch sei. Mit Bezug auf den Timaios und das Werden haben die Politeia sowie der Phaidros und der Parmenides ander er seits den Leser angeregt, der Vermischung zwischen Sein und Werden zu widerstehen. D emzufolge gehe es um eine „ basanisti s che “Rehabilitierung des Werdens, die Platon, der Lehrer, für seine Studenten vorberei t et habe (S. 346-7).
Was den Kratylos angeht, bemüht sich der Autor, die vielen Verbindungen zum Naturalismus des Philebos und die Rolle Heraklits zu unterstreichen. Zu diesem Punkt hebt er wieder hervor, dass man die Dialoge immer als Gesamtheit lesen müsse. Die Rekonstruktion der Les e ordnung erwarte von den Lesern, dass sie den vorherigen sowie den nachfolgenden Dialog in Erwägung ziehen (S. 353). Daher präsentiere der Kraty los zwei Thesen: erstens, dass die physikalischen Dinge, in Übereinstimmung mit dem Philebos, eine ousía haben; zweitens, dass die Namen diese ousía offenbaren können, eine Idee, der man in den Etymologien des Eut hyphron, der dem Theaitetos nachgeordnet sei, wieder begegnen werde (p. 355). Der Autor aber erklärt, inwiefern die Annahme der ersten These verantwortlich für die Widerle gung des Kratylos sei (S. 363). Daneben erhellt er, inwiefern beide Thesen auf der Lehre Heraklits beruhen. Heraklit werde noc h ein e sehr wichtige Rolle in der Les e ordnung spielen, da die R ü ckkehr zur Höhle, die sowohl im Exkurs des Theaitetos als auch in der Apologie diskutiert werde, zugleich das Sein von Parmenides und die Fluss Lehre von Heraklit voraussetze.
Diese Art Natur alismus taucht im Theaitetos wieder auf. Doch sein Hauptpunkt sei natürlich der Exkurs über den Philosophen, der genau in der Mitte des Dialogs stehe. Mehr noch, nach A. steh t der Theaitetos in der Mitte der gesamten Spätdialoge (S. 386). Da in der dramatischen Reihe der Euthyph ron dem Theaitetos folge, eine Verbindung, die das Kompositionsparadigm a vernachlässigt habe, sieht der Autor den Exkurs als ganz problematisch an, besonders was die Angleichung an Gott betrifft. Denn Euthyph ron biete ein peinliches und komisches Beispiel, wenn er sich nach dem Exempel des Zeus richte, um seinen eigenen Vater strafrechtlich zu verfolgen (S.392). Dieser Mangel an Mitleid und Selbstbewusstsein sei selbstverständlich etwas, das man nicht von einem Philosoph en erwarten würde. Aber das wichtigste Detail, das die Bedeutung des Exkurses aufschließe, sei Sokrates ‘ Behauptung im Prolog (144c5-8), er sei über das Leben des jungen Theaitetos informiert (S. 393). Weil der Philosoph des Exkurses sich nicht um die realen Menschen kümmer e, sondern nur um den Menschen selbst, sei d ie B ehauptung wahr, dass man Sokrates nicht mit ihm identifizieren solle. Und aus diesem Problem heraus ergibt sich die Debatte, ob Platon Sokrates hier verlässt oder nicht. A. identi fiziert jedoch ein weite res wesentlic hes Problem des Exkurses, das das Rätsel löse. Da er die Rückkehr zur Höhle ausklammer e (S. 392), widerlege er nicht nur die Politeia, sondern auch die Apologie, welche mit dem Theaitetos und dem Euthypron klar v erbunden sei. Mit seinem nächsten Schrit t vor Augen, erklärt A. zum Schluss, wie der Theaitetos sich mit dem Politikos und vor allem mit der Apologie vereint.
Ich habe mich darauf beschränkt, oben einige der relevantesten Thesen des Autors skizzenhaft vor zustellen. In diesem Rahmen kann man natürlich k eine begr ündete Meinung über so viele grundsätzliche Punkte des Platonismus mitteilen. Aufgrund der bewundernswürdigen Gelehrsamkeit des Autors und der Neuheit seiner Perspektive wü rde ich jedoch dem Leser vors chlagen, dass er das Buch im Sinne der antike n Eunoia liest. Neben einer tief gründig en Diskussion erhellt A. Platons Werk mit offensichtl icher Begeisterung und verfügt dazu über viele fesselnde Hypothesen, die berühmte Probleme vielleicht lösen können. Ohne die Wahrheit ihrer vielfältigen Ideen zu bewerten, stellt A.‘s Buch insgesamt eine der gründlichsten und kreativsten nordamerikanischen Platondeutung en dar, die wohl neben den Werke n von Paul Shorey, Gregory Vlastos, H. F. Cherniss und Charles Kahn einen gleichrangigen Platz verdient. Schließlich hat uns A. als ehemaliger Lehrer einiges über Platon s Philosophie mitzuteilen. Darum kann sicherlich jed er undogmatische Leser von seinen intelligenten Einsichten profitieren, während die Dogmatische neinen ehrenwerten Kampf, und zwar eine gigantoma khía perì tês gen éseō s Plátonos, auszufechten finden werd en. 1
Nota
1 Für ihre wertvo lle Hilfe mit dem Stil und den Sprachkorrekturen möchte ich hiermit meinen Freunden, Dr. Sven Meier und Dr. Werner Ludwig Euler, herzlich danken.
ReferênciaS
ALTMAN, W. H. F. (2016). The Guardians in Action: Plato the Teacher and the Post-Republic Dialogues from Timaeus to Theaetetus. Lanham, Lexington Books.
R. Engler – Universidade Federal do Paraná – Curitiba – PR – Brasil. E-mail: reusengler@gmail.com
Das Amazônias. Rio Branco, v.1, n.1, 2018.
Tema Livre
Capa: Wálisson Clister Martins
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Publicado: 2018-12-31
Khronos – Revista de História da Ciência. São Paulo, n.6, 2018.
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- Razão ou Revolução – resgatando o debate Popper-Kuhn na história da ciência
- Sara Albieri, Ana Paula Nobile Toniol
TRADUÇÃO
- As Raízes sociais da ciência
- Flávio Magalhães Piotto Santos; Edgar Zilsel
EXPEDIENTE
- ExpedienteExpediente
- Lauro Fabiano Carvalho
PUBLICADO: 2018-12-31
História.Com. Cachoeira, v.5, n.9, 2018.
Revista Eletrônica Discente História.com
Artigo Livre
- A fundação do Instituto Nacional de Imigração e Colonização no segundo governo de Getúlio Vargas (1951-1954)
- Amanda Pereira dos Santos
- A reforma urbana à guerra franco-prussiana: o movimento operário francês durante o II Império Napoleônico (1852-1870)
- Davi Luiz Paulino
- As descrições das características físicas dos Imperadores romanos nas Histórias de Tácito (séc I – II d.C.)
- Bruno Henrique Souza Costa, Ana Teresa Marques Gonçalves
- Tupis e Tapuias nas páginas da Revista do IHGB: a representação da civilização e da barbárie na construção da memória nacional
- Natalia Moreira da Silva
- Varnhagen e a escrita histórica em Portugal: apontamentos sobre historiografia oitocentista
- Ana Priscila de Sousa Sá
História da África
- A cura em Kemet entre 1700 e 1500 a. C.anotações, caracterização e conteúdo do papiro de Edwin Smith
- Wilson Oliveira Badaró
- História na Sala de Aula
- Abordando o Nazismo na sala de aula
- Mariana Fujikawa, Mariana Fernandes Ramos
Resenha
- Fios que narram: conhecimento histórico e rememoração de um Nordeste (anti)comunista
- Júlio Ernesto SOUZA DE OLIVEIRA
- Resenha. BAGGIOTTO, Luiz Antônio Librellotto. E as sementes do vêneto vingaram na Quarta Colônia
- Eduardo Cristiano Hass da Silva
- Um reencontro? O reconhecimento da independência angolana e do MPLA sob a diplomacia Geisel
- Mateus José Da Silva Santos
Publicado: 2018-12-31
Ponta de Lança. São Cristóvão, v.1, n.1, 2007 / v.12, n.23, 2018.
Ponta de Lança. São Cristóvão, v.12, n.23, 2018.
Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura.
Publicado: 2018-12-31
- Apresentação….
- Dossiê Temático
- Açúcar, farinha e escravidão: o Atlântico e a História Agrária de Sergipe Del Rei na ascensão da lavoura canavieira
- Carlos de Oliveira Malaquias, Éden Filipe Santos Vieira, Ana Cláudia Pereira…..
- A Dona enjeitada: abandono de crianças, mobilidade e hierarquias sociais (Minas Gerais, Século XIX)
- Mateus Rezende Andrade…..
- As raízes africanas de uma doença brasileira – o banzo em Angola nos séculos XVII e XVIII
- Kalle Kananoja…..
- The Population of the Lower Kwanza Valley, 1792-1796
- José C. Curto……
- População e sociedade no Presídio de Cambambe, Angola, durante as últimas décadas de licitude do comércio atlântico de escravos (1797-1829)
- Carolina Perpétuo Corrêa…….
- Moçambicanização dos escravos saídos pelos portos de Moçambique
- Eduardo C. Medeiros…….
- Artigos – Fluxo Contínuo
- Regras e Comportamentos sociais no Tratado do Amor Cortês de André Capelão (Séc. XII )
- Luciano José Vianna…….
- Resenhas
- A narrativa histórica em questão
- Aaron Sena Cerqueira Reis…….
- PDF..
Ponta de Lança. São Cristóvão, v.12, n.22, 2018.
Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura.
Publicado: 2018-07-28
- Apresentação.
- -4
- Dossiê Temático
- O Cangaço e a representação mística de Lampião (1920-1938)
- Marcos Araújo Clemente….
- A figura mítica de Lampião: Construção e veiculação de memórias
- Geralda de Oliveira Santos Lima…..
- Batismo de fogo: imprensa e monumentalização da narrativa sobre o ataque de Lampião a Mossoró (1927- 1931)
- Marcílio Lima Falcão…..
- Cangaço – Violência no Sertão do Nordeste
- Luitgarde Oliveira Cavalcanti Barros…..
- Bandidos? O Sertão do São Francisco e suas tensões políticas
- Lina Maria Brandão de Aras, Rafael Sancho Carvalho da Silva…..
- Proximidade geográfica, distância conceitual: concepções de produtores culturais sobre a memória Lampiônica nas cidades de Serra Talhada e Triunfo – PE
- José Ferreira Júnior, Janaina Freire dos Santos……
- Cangaceiras em um Click: Imagens e Representações do Feminino no Cangaço
- Caroline de Araújo Lima…….
- Del bandolero social al bandolero en la cultura: la construcción del mito “lampiônico” en la literatura de cordel en la segunda mitad del siglo XX
- Juan Camilo Riobo Rodríguez…….
- Cangaço: um mito no “País dos Nordestinos”
- Vagner Silva Ramos Filho…….
- Por uma Historiografia dos espaços no Cangaço Lampiônico
- Guerhansberger Tayllow Augusto Sarmento…….
- Artigos – Fluxo Contínuo
- As interações entre a leitura, o oral e a escrita
- Antônio Ponciano Bezerra…….
- Nas grades da escravidão: escravos, senhores e libertos na imperial cidade de Laranjeiras-SE (1850-1888)
- José Mario dos Santos Resende, Sheyla Farias Silva…….
- O Congado e sua participação na preservação e perpetuação da cultura afro-brasileira através dos diferentes campos de atuação
- Igor de Araújo Alves…….
- Resenhas
- VIVER É MUITO PERIGOSO: Messiânicos e cangaceiros nos sertões brasileiros (1890-1940)
- Antônio Fernando de Araújo Sá…….
- Los bandoleros en la cultura: las santificaciones de Jesús Malverde y Pancho Villa en el norte de México
- Juan Camilo Riobo…….
- PDF.
Ponta de Lança. São Cristóvão, v.11, n.21, 2017.
Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura.
Publicado: 2018-03-05
- Edição completa
- Apresentação do Dossiê “os indígenas sob o olhar de novas investigações”
- Pedro Abelardo Santana…
- Artigos – Fluxo Contínuo
- A etnografia visual como instrumento de preservação e representatividade das mulheres indígenas
- Gustavo Batista Gregio, Sandra de Cássia Araujo Pelegrini….
- História dos índios da Bahia no Período Imperial: impactos e experiência histórica
- André de Almeida Rego…..
- Terras e índios nas legislações do Brasil e do México, século XIX
- Pedro Abelardo de Santana…..
- Apropriação, exploração e resistência: aspectos da história da educação indígena em Mato Grosso
- Adriane Pesovento…..
- O Estado da Arte sobre a terra indígena Caiçara/Ilha de São Pedro do povo Xokó: Um legado a ser seguido e ampliado
- Avelar Araujo Santos Júnior…..
- “A Primeira Missa no Brasil” e “Batalha dos Guararapes”: representação sobre os povos indígenas em pinturas de Victor Meirelles
- Kléber Rodrigues……
- Indígenas, Caboclos e moradores de Aldeia: a memória do extinto aldeamento de Água Azeda e suas querelas judiciais
- Carine Santos Pinto…….
- O indigenismo da Comissão Pró-Índio de Sergipe: Breves notas sobre militância e ciência
- Diogo Francisco Cruz Monteiro…….
- Resenhas
- Novos olhares sobre os povos originários em Sergipe: análises interdisciplinares
- Vladimir José Dantas…….
- PDF.
Ponta de Lança. São Cristóvão, v.11, n.20, 2017.
Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura.
Publicado: 2017-12-25
- Dossier “Políticas de memoria y usos de la historia en espacios regionales y locales”…
- Artigos – Fluxo Contínuo
- Formando estatalidad, construyendo salteñidad, haciendo la ciudad. La conmemoración de la “batalla de salta” a través de los festejos “oficiales”. Salta, Argentina. (Fines del Siglo XIX-mediados del XX)
- Luciana Sofía Dimarco….
- Historia, memoria y paisaje: una identidad regional para un Chaco en construcción (1935-1951)
- María A. Zurlo…..
- La historia como maestra de vida: usos del pasado en Córdoba durante los años setenta
- Marta Philp, María Verónica Canciani Vivanco…..
- Relatos de vida sobre la represión en territorios rurales del noreste argentino
- Claudia Calvo…..
- ¿Derechos humanos o políticas de memoria? Una frontera porosa a favor de luchas múltiples
- Nadia Tahir……
- Hacer memoria, hacer justicia: el caso de la masacre de Margarita Belén (CHACO-ARGENTINA).
- Tomás Elias Zeitler…….
- PDF.
Ponta de Lança. São Cristóvão, v.10, n.19, 2016.
Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura.
Publicado: 2018-02-27
- Apresentação do Dossiê: reflexões sobre o turismo e o desenvolvimento socioespacial.
- -4
- Dossiê Temático
- Desenvolvimento e turismo no Brasil (1960-1990)
- Ana Valéria Endres, Elbio Troccoli Pakman….
- Apontamentos sobre turismo cultural-religioso e difusão dos Passos da Paixão no Brasil
- Ivan Rêgo Aragão…..
- Para além dos Cânios de Xingó: atrativos potenciais para o turismo cultural e fluvial nos municípios de Canindé do São Francisco e Poço Redondo (SE)
- Gabriela Nicolau dos Santos, Cyntia Andrade, Daniele Soares Silva Santos…..
- A gastronomia como elemento do produto turístico – caminhos possíveis para a diversificação da oferta turística em São Cristóvão – SE
- Eliane Avelina de Azevedo, Fabiana Almeida da Silveira…..
- Turismo em espaços rurais de Sergipe: realidades e perspectivas
- Antonio Carlos Campos, Cristiane Alcântara de Jesus Santos……
- Governança do turismo em Sergipe: uma análise sobre o polo Costa dos Coqueirais
- Joab Almeida Silva…….
- A aplicação do conceito de cidade inteligente no turismo
- Jennifer Caroline Soares, Renan Batista Conceição…….
- Turismo de base comunitária como inovação social na gestão do turismo em espaços rurais
- Rafaelle Camilla dos Santos Pinheiro…….
- Resenhas
- A cultura no mundo líquido moderno: das missões proselitistas iluministas ao multiculturalismo
- Larissa Prado Rodrigues…….
- PDF.
Ponta de Lança. São Cristóvão, v.10, n.18, 2016.
Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura.
Publicado: 2017-10-17
- Apresentação do Dossiê…
- Entrevista
- Da “reforma papal” aos bispos guerreiros da Idade Média: entrevista com Leandro Duarte Rust
- Bruno Gonçalves Alvaro, Bruna Oliveira Mota…….
- Artigos – Fluxo Contínuo
- O bispo e o patrimônio eclesiástico no Reino Visigodo: uma análise das atas dos Concílios III e IV de Toledo (Séculos VI-VII)
- Guilherme Marinho Nunes….
- Disputas de poder, memória e territorialidades senhoriais: os Cartulários medievais em debate.
- Bruno Gonçalves Alvaro…..
- Poder monárquico e relações de negociação no Poema de Mio Cid: subsídios para uma análise do poder em um texto literário no Medievo Ibérico (Século XIII)
- Lívia Maria Albuquerque Couto…..
- Emperador o Rey puede hacer leyes sobre gente de su señorío y ninguno otro no tiene poder de hacerlas: breves apontamentos acerca dos princípios de uniformização jurídica e de monopólio legislativo no ordenamento jurídico castelhano-leonês durante o reinado de Alfonso X (1252-1284)
- Rafael Costa Prata…..
- Antônio Manuel Hespanha e a pluralidade de centros de poder político em Portugal: caminhos abertos pela concepção corporativista da sociedade portuguesa
- Airles Almeida dos Santos…..
- Os corpos que (não) importam no medievo: breves reflexões historiográficas
- Cassiano Celestino de Jesus……
- Resenhas
- Religião, campesinato e senhorio: uma análise calcada no materialismo histórico-dialético
- Victor Clay Barros de Jesus…….
- PDF.
Ponta de Lança. São Cristóvão, v.9, n.17, 2015.
Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura.
Publicado: 2017-09-19
- Apresentação..
- Artigos – Fluxo Contínuo
- El asalto a la razón en la historia de américa latina (1500-2000). Los efectos dominó, espiral y boomerang en la reproducción de los golpes pretorianos y bonapartistas
- Eduardo R. Saguier Saguier….
- As paisagens sulistas: o processo de colonização no sul do Brasil através das pinturas de Pedro Weingärtner
- Cyanna Missaglia de Fochesatto…..
- As faces da memória na trilogia do suicídio de Antônio Torres
- Adriana Soares de Almeida…..
- Comunicação de Pesquisa
- O ato de lecionar: o uso de jogos como ferramenta de leitura e entendimento do território
- Reuel Machado Leite, José Hugo Feitosa Silva, Mario Artur Barbosa da Rocha, Jorge Edson Santos…..
- Resenhas
- A importância do patrimônio cultural na sociedade moderna
- Renato Rodrigues Lima…..
- PDF.
Ponta de Lança. São Cristóvão, v.9, n.16, 2015.
Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura.
Publicado: 2016-11-17
- Apresentação…
- Artigos – Fluxo Contínuo
- Identidade e luta política: perfis de lideranças indígenas em Sergipe oitocentista.
- Pedro Abelardo Santana….
- Circularidades étnicas e matrizes históricas da festa de reinado de Itapecerica, Minas Gerais
- Melina Teixeira Souza…..
- Festa como performance e contradição: negros e índios , caboclos e escravos em conflito
- Vanessa Regina Santos…..
- Tradição e rebeldia no romance da Donzela-Guerreira
- Antonio Marcos Trindade…..
- O sertão narrado pela retórica do violeiro cantador
- Tatiana Cíntia Silva…..
- Resenhas
- História, Teoria e Método: reflexões sobre o fazer historiográfico
- Celestino de Jesus…..
- PDF.
Ponta de Lança. São Cristóvão, v.8, n.15, 2014.
Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura.
Publicado: 2016-07-28
- Apresentação…
- Artigos – Fluxo Contínuo
- Apontamentos a partir da historiografia sobre o processo migratório para o estado de Rondônia
- Franciele Sanfelice De Paula….
- Transferências culturais e contextos de apropriação: em torno da Escola do Recife
- Aruanã Antonio dos Passos…..
- A diacronia e a sincronia nos fundos de um espaço doméstico: o solar Lopo Gonçalves.
- Rodrigo Garcia Fraga…..
- “A voz invisível”: o rádio e a prática política em Sergipe no início dos anos 1960
- Carla Darlem Silva dos Reis…..
- Resenhas
- A essência e origem do culto aos monumentos históricos segundo Alois Riegl
- Renato Rodrigues Lima..
- -66
- PDF.
Ponta de Lança. São Cristóvão, v.8, n.14, 2014.
Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura.
Publicado: 2016-04-29
- Apresentação…
- Artigos – Fluxo Contínuo
- A universidade, a escola e o museu: práticas educativas no ensino de História
- Érika Oliveira Amorim….
- Estudo sobre o comportamento de consumo das pessoas que visitam o Museu da Gente Sergipana na cidade de Aracaju/SE
- Taís Alexandre Antunes Paes, Mônica Barreto de Jesus…..
- Uso dos parques públicos como atrativo turístico e formação da imagem local: Estudo sobre o Parque Arruda Câmara – João Pessoa/PB
- Ilana Barreto Kiyotani, Luana da Silva Rocha, Taís Alexandre Antunes Paes…..
- A representação da identidade cultural moçambicana no romance “A confissão da leoa”, de Mia Couto
- Anderson Frasão…..
- A crítica pós-colonial e a ficção de Pepetela
- Jeferson Rodrigues…..
- Resenhas
- Criptojudaísmo Feminino no Nordeste Açucareiro
- Cassiano Celestino de Jesus…..
Ponta de Lança. São Cristóvão, v.7, n.13, 2013.
Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura.
Publicado: 2015-08-02
- Apresentação…
- Artigos – Fluxo Contínuo
- A favela e suas luminosidades na História Cultural
- Thiago Ansel….
- A invenção e o encantamento do boi em Guimarães e Elomar: traços de uma narrativa oral no sertão
- Tatiana Cintia da Silva…..
- As diferentes faces do regional na literatura brasileira
- Verônica Franciele Seidel…..
- A atuação episcopal na guerra e o caso de Diego Gelmírez: uma proposta teórica
- Hericly Andrade Monteiro…..
- Ruminações do cangaço: indagações sobre um “passado que não quer passar” nordestino
- Vagner Silva Ramos Filho…..
- Comunicação de Pesquisa
- A fábrica de almas: o regime comunista na obra “Viagem: Tchecoslováquia – URSS” de Graciliano Ramos
- Talita Emily Fontes da Silva…..
- PDF.
Ponta de Lança. São Cristóvão, v.7, n.12, 2013.
Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura.
Publicado: 2015-01-30
- Artigos – Fluxo Contínuo
- Sabores da mandioca: a tradição do consumo das iguarias no estado de Sergipe
- Sônia de Souza Mendonça Menezes….
- El juego de poder en la producción del espacio urbano de Aracaju en las primeras décadas del siglo XX
- Antonio Carlos Campos…..
- A tradução da literatura em música: a matadeira e a luta da pedra contra a bal
- Adriana Soares de Almeida…..
- La identidad cultural en las poesías de los Goliardos
- Luciano J. Vianna…..
- o visgo do cacau: coronelismo, erotismo e migração sergipana na obra Tocaia Grande (1984) de Jorge Amado
- Célio Ricardo Silva Ribeiro Filho…..
- Comunicação de Pesquisa
- Os pioneiros presbiterianos de Itabaiana
- Ismael Alves de Meneses Moura……
- Resenhas
- Culturas e Linguagens em Folhetos Religiosos do Nordeste
- Antonio Marcos dos Santos Trindade…….
- PDF.
Ponta de Lança. São Cristóvão, v.6, n.11, 2012.
Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura.
Publicado: 2015-01-24
- Apresentação…
- Artigos – Fluxo Contínuo
- Filosofia/história/literatura: o legado de Giambattista Vico
- Antonio José Pereira Filho….
- Pequena abordagem da poética de Agostinho Neto
- Antonio de Pádua de Souza e Silva…..
- Produção, mercado cinematográfico e ideologia nacionalista – o cinema brasileiro sob a égide do nacional – popular nos anos 50
- Noel dos Santos Carvalho…..
- Evolução urbana, cultura e turismo no centro urbano de Aracaju- SE
- Cristiane Alcântara de Jesus Santos, Rafaelle Camilla Santos Pinheiro…..
- Os rendimentos e valor da terra em Sergipe (1850 -1925)
- Lourival Santana Santos…..
- Comunicação de Pesquisa
- Entre dornas e garrafas, o moderno
- Afonso Henrique Fávero…..
- Resenhas
- Hq de Lucas da Feira
- Antônio Fernando de Araújo Sá……
- PDF.
Ponta de Lança. São Cristóvão, v.6, n.10, 2012.
Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura.
Publicado: 2015-01-24
- Apresentação…
- Artigos – Fluxo Contínuo
- O nordeste e a historiografia brasileira
- Frederico de Castro Neves….
- Identidade regional e memória coletiva em Sergipe
- Elza Maria Techio…..
- Os professores de história da “Antiga FAFI”
- João Paulo Gama Oliveira…..
- A literatura sergipana – “males” de origem, “bens” de formação: a saga de uma escrita de Sergipe por Sergipe
- Claudefranklin Monteiro Santos, Simone Contreira da Rosa…..
- Os males da saúva e a saúde da cigarra: notas sobre a nebulosa slow science enquanto contestação difusa do modelo contemporâneo de pesquisa e ensino
- Tâmara Maria de Oliveira…..
- Comunicação de Pesquisa
- O caldeirão da Santa Cruz do Deserto: diálogos entre literatura e história
- Aretha Ludmilla Pacheco……
- Resenhas
- “Entre discurso histórico e registro de memória: lampejos de leitura” SÁ. Fernando. O cangaço nas batalhas da memória. Recife: Editora da UFPE, 2011.
- Maria Aparecida Silva Ribeiro…….
- Kucinski, Bernardo. K.. São Paulo: Expressão popular. 2012.
- Gabriela Amorim…….
- PDF.
Ponta de Lança. São Cristóvão, v.5, n.9, 2011.
Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura.
Publicado: 2014-11-26
- Expediente…
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- Apresentação…
- PDF ()
- Artigos – Fluxo Contínuo
- Chaco en busca de su identidad: el aporte del periodismo chaqueño a la memoria histórica provincial
- Maria Alejandra Zurlo…..
- La Nación Argentina en la encrucijada: Crisis de una memoria y una historia
- Elias ZEITLER…..
- Historia y memoria, olvidos y omisiones en la misión San Francisco del Laishí
- Yamila Liva…..
- Memoria, Historia y Hegemonía: La Semana de la Memoria ‘Misionero y Guaraní’ en la Cámara de Representantes de la Provincia de Misiones (Argentina)
- Laura Andrea Ebenau…..
- El movimiento de sacerdotes para el tercer mundo y el movimiento barrial de resistencia (1969-1974): situaciones de formación que se generaron
- Mariela Del Carmen Fogar…..
- Comunicação de Pesquisa
- O cotidiano afetivo-sexual no brasil colônia e suas consequências psicológicas e culturais nos dias de hoje
- Marcel de Almeida Freitas…..
- Resenhas
- Quarta-feira de cinzas e sangue: “O Crime do Restaurante Chinês” de Boris Fausto e o Brasil dos anos 1930.
- Pedro Carvalho Oliveira…..
- PDF.
Ponta de Lança. São Cristóvão, v.5, n.8, 2011.
Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura.
Publicado: 2014-11-26
- Apresentação….
- PDF ()
- Artigos – Fluxo Contínuo
- Folhear e refletir: MST e Educação (1984 – 1990)
- Fabiano Coelho…..
- PDF ()
- Submarinos no Mar & Soldados na Praia: A militarização da costa sergipana no tempo da II Guerra (1942-1945)
- Luiz Antonio Pinto Cruz…..
- PDF ()
- História e Estudos Culturais: O Materialismo Cultural de Raymond Williams
- Antônio Fernando de Araújo Sá…..
- PDF ()
- O Discurso da Modernização de Aracaju e as Epidemias nas Primeiras Décadas do Século XX
- Antonio Lindvaldo Sousa…..
- PDF ()
- Comunicação de Pesquisa
- As Perspectivas de Oralidade em Patativa do Assaré
- Hernany Donato de Moura…..
- PDF ()
- Resenhas
- Luiz Costa Lima: Trilogia do Controle
- Ninalcira de Lemos Sampaio…..
- PDF ()..
Ponta de Lança. São Cristóvão, v.4, n.7, 2010.
Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura.
Publicado: 2014-12-13
- Apresentação…
- Artigos – Fluxo Contínuo
- HISTÓRIA ORAL E POLÍTICA: DIÁLOGO COM DEPOENTES
- José Ibarê Costa Dantas….
- DROYSEN: REVISITANDO UM PERFIL HISTORIOGRÁFICO A PARTIR DE UMA METÁFORA MUSICAL
- José d’Assunção Barros…..
- AS IDEIAS DE PROGRESSO NO SETOR AGROPECUÁRIO SERGIPANO
- Lourival Santana Santos…..
- DIVERSIDADE CULTURAL: O caso brasileiro
- Justino Alves Lima…..
- Comunicação de Pesquisa
- CONFLITOS NA COMARCA DE CARINHANHA: os significados da violência
- Rafael Sancho Carvalho da Silva…..
- Resenhas
- PRATA DA CASA
- Eduardo Lopes Teles…….
- PDF.
Ponta de Lança. São Cristóvão, v.4, n.6, 2010.
Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura.
Publicado: 2014-12-13
- Apresentação…
- Artigos – Fluxo Contínuo
- EL LUGAR DE LOS TESTIMONIOS ORALES EN LA RECONSTRUCCIÓN DE LA HISTORIA DE LA DICTADURA CÍVICO-MILITAR EN MISIONES (1976-1983) Y EN LOS PROCESOS JURÍDICOS A SUS RESPONSABLES
- Emilia Yolanda Urquiza….
- TECELÕES DE HISTÓRIAS: TRABALHADORES TÊXTEIS E A GREVE DE 23 DIAS
- Telma Bessa Sales…..
- POEMA DE MIO CID E A VIDA DE SANTO DOMINGO DE SILOS: UM ESTUDO COMPARATIVO A PARTIR DE DOIS TEXTOS DO SÉCULO XIII
- Andréia Cristina Lopes Frazão da Silva, Bruno Gonçalves Alvaro…..
- O SER-TÃO NO ROMANCE GALILÉIA
- Maria Cândida Santos e Moura…..
- A IRONIA NO MEMORIALISMO E NA CENA CONTEMPORÂNEA DE SOB O PESO DAS SOMBRAS DE FRANCISCO J. C. DANTAS: ASPECTOS DO COTIDIANO E DO ESPAÇO UNIVERSITÁRIO
- Maria Luzia Oliveira Andrade…..
- OS CENTROS HISTÓRICOS DE SÃO CRISTÓVÃO E LARANJEIRAS SOB A ÓTICA DO PLANEJAMENTO DO TURISMO EM SERGIPE
- Antonio Carlos Campos, Cristiane Alcântara de Jesus Santos……
- Comunicação de Pesquisa
- A REPRESENTAÇÃO FEMININA NO CONTO “MARIA, FILHA DE MARIA” DE ANTÔNIO CARLOS VIANA
- Gisélia Mendes Mendes da Silva…….
- Resenhas
- EUCLIDES DA CUNHA E A BAHIA
- Tiago Fragata…….
- LAMPIÃO NA MEMÓRIA COLETIVA DE PAULO AFONSO – BA
- Aaron Sena Cerqueira Reis…….
- PRATICANDO O MICROCRÉDITO NO NORDESTE DO BRASIL
- Martin Hadsell do Nascimento…….
- PDF..
Ponta de Lança. São Cristóvão, v.3, n.5, 2009.
Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura.
Publicado: 2014-12-13
- Apresentação…
- Artigos – Fluxo Contínuo
- CETICISMO HISTORIOGRÁFICO E CRISE DOS REFERENTES
- José d’Assunção Barros….
- SINDICALISMO, POPULISMO E NACIONALISMO: OS SINDICATOS DOS TRABALHADORES DA INDÚSTRIA PETROLÍFERA NA BAHIA (1960-1990)
- Paulo Sergio da Costa Neves…..
- KUKULCÁN Y SU CULTO GUERRERO EN CHICHÉN ITZÁ
- Alexandre Guida Navarro…..
- A RAINHA DO CANGAÇO NOS FOLHETOS DE CORDEL
- Andréa Patrícia Santos Melo…..
- O SERTÃO DE PIERRE VERGER: MESTRE VITALINO E A FEIRA DE CARUARU
- Aaron Sena Cerqueira Reis, Antônio Fernando Araújo Sá…..
- JOSÉ CALASANS E O MOVIMENTO FOLCLÓRICO BRASILEIRO
- Gilsimara Andrade Torres……
- Comunicação de Pesquisa
- HISTÓRIA E CIBERCULTURA: O DOCUMENTO DIGITAL COMO FONTE HISTÓRICA
- Irlan Mark Elias Vieira…….
- Resenhas
- SOB A LUPA DE IBARÊ
- Samuel Barros de Medeiros Albuquerque…….
- A NOVA ABOLIÇÃO
- Jacqueline dos Santos…….
- PDF.
Ponta de Lança. São Cristóvão, v.3, n.4, 2009.
Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura.
Publicado: 2014-12-13
- Apresentação…
- Artigos – Fluxo Contínuo
- O MISTÉRIO CONDUZ À AUDÁCIA: ANTECEDENTES DA REVOLTA DE 13 DE JULHO DE 1924 EM SERGIPE
- Andreza Santos Cruz Maynard….
- O PROJETO NACIONAL DOS MODERNISTAS
- Graziela Naclério Forte…..
- SALVAR O NORDESTE, ILUMINAR O SERTÃO: CONSIDERAÇÕES SOBRE O DOCUMENTÁRIO “DELMIRO GOUVEIA, O HOMEM E A TERRA” (1971)
- Dilton Cândido Santos Maynard…..
- LEMBRANÇAS DE UM TRISTE FIM: HISTÓRIA E MEMÓRIA DA FESTA DE SÃO JOSÉ EM CAMPO DO BRITO
- Ane Luíse Silva Mecenas, Magno Francisco de Jesus Santos…..
- NAS FRONTEIRAS URBANAS DA LEI E DA DESORDEM: A GUARDA MUNICIPAL E A URBANIZAÇÃO EM ITABUNA (1930-1947)
- Philipe Murillo Santana de Carvalho…..
- Comunicação de Pesquisa
- CORIOLANO: REPRESENTAÇÃO DE UM SERTANEJO NA OBRA DE FRANCISCO DANTAS
- Aldair Smith Menezes…..
- CAPARAÓ: A MEMÓRIA DA GUERRILHA NO CINEMA
- Bárbara Cunha Rios…..
- Resenhas
- MARTINS, José de Souza. Sociologia da Fotografia e da Imagem. São Paulo: Contexto,
- Dércio Cardoso Reis…….
- MAMMI, Lorenzo e SCHWARCZ, Lilia Moritz (orgs.). 8x Fotografia. São Paulo: Companhia das
- Thale Anne Fontes Pereira…….
- PDF.
- Ponta de Lança. São Cristóvão, v.2, n.3, 2008.
- Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura.
- Publicado: 2014-12-12
- Apresentação..
- Artigos – Fluxo Contínuo
- HISTORIOGRAFÍA DE LA GRAN NIVELACIÓN DE CHICHÉN ITZÁ
- Alexandre Guida Navarro….
- EM CENA O AGON PELA POSSE DA TERRA: INTERFACES ENTRE
- Edina Boniatti…..
- Patriarcalismo e rupturas em Cartilha do silêncio
- Maria Luzia Oliveira Andrade…..
- LAMBE-SUJO E CABOCLINHOS: UMA LEITURA ALÉM DOS
- Avelar Araujo Santos Junior…..
- ASPECTOS FUNDAMENTAIS PARA O ESTUDO DO MARRANISMO
- Marcos Silva…..
- ESTUDANTES VIGIADOS: ÓRGÃOS DE SEGURANÇA E INFORMAÇÃO NA
- José Vieira da Cruz……
- Comunicação de Pesquisa
- “CABELO, BARBA E BIGODE”: MEMÓRIA DOS BARBEIROS EM SERGIPE (1960-2007)
- Eduardo Lopes Teles…….
- Resenhas
- OLHARES MÚLTIPLOS SOBRE IDENTIDADES
- Aaron Sena Cerqueira Reis…….
- PDF.
Ponta de Lança. São Cristóvão, v.2, n.2, 2008.
Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura.
Publicado: 2014-12-11
- Apresentação…
- Artigos – Fluxo Contínuo
- HISTÓRIA, CULTURA E MEMÓRIA: A PROPOSTA DO GRUPO DE PESQUISA HISTÓRIA POPULAR DO NORDESTE
- Antônio Fernando de Araújo Sá….
- HISTÓRIA E REGIÃO: TÓPICOS DE HISTÓRIA REGIONAL E LOCAL
- Erivaldo Fagundes Neves…..
- PATRIMÔNIO, PÓS-COLONIALISMO E REPATRIAÇÃO ARQUEOLÓGICA
- Lúcio Menezes Ferreira…..
- A JUVENTUDE ENTRE A HISTÓRIA E A MEMÓRIA : A “REBELDIA” COMO TRADIÇÃO INVENTADA E ESPETACULAR
- Hamilcar Silveira Dantas Junior…..
- MANIFESTAÇÕES POPULARES EM EXTINÇÃO: ENTRE A RESISTÊNCIA E A CONFORMAÇÃO
- Justino Alves Lima……
- Comunicação de Pesquisa
- BATALHAS DA MEMÓRIA NO PROCESSO DE MITIFICAÇÃO DE FAUSTO CARDOSO E OLÍMPIO CAMPOS (1906-2006)
- Giliard da Silva Prado…….
- UM PADRE À MARGEM DA HISTÓRIA: A TRAJETÓRIA DO PADRE FELISMINO DA COSTA FONTES
- João Hélio de Almeida…….
- Resenhas
- “OCIDENTOXICAÇÃO”: A GÊNESE DO TERRORISMO
- Tiago Fragata…….
- INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS CULTURAIS
- Andréa Patrícia Santos Melo…….
- PDF.
Ponta de Lança. São Cristóvão, v.1, n.1, 2007.
Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura.
Publicado: 2014-12-11
- Apresentação..
- Artigos – Fluxo Contínuo
- WHEN SERGIPE LED BRAZIL: THE GOLDEN YEARS OF EMPLOYMENT FOR BARBERS AND BEAUTICIANS (1940-1980)
- Samuel Cohn….
- LA INTEGRACIÓN A LA NACIÓN Y EL CUIDADO DE LOS SOLDADOS EN EL MOVIMIENTO SOCIAL DE APOYO A LA GUERRA DE MALVINAS EN LA PROVINCIA DEL CHACO
- Ana Rosa Pratesi…..
- Coacción y acumulación. El caso de las Ligas Agrarias Chaqueñas 1971-1976
- Jorge Próspero Roze…..
- LA PLAZA Y LA CONSTRUCCIÓN DE LA IDENTIDAD URBANA EN FORMOSA (ARGENTINA)
- Maria Teresa Alarcón…..
- História(S) do Grupo Forja no ABC: Militância, Memória e Engajamento no Brasil no pós-1964
- Katia Rodrigues Paranhos…..
- O Futuro do Sertão: paisagens urbanas, memória e natureza – Goiás (séculos XVIII –XIX)
- Maria de Fátima Duarte Tavares……
- O despertar da classe operária no sertão alagoano: considerações sobre o romance Fábrica de Pedra
- Dilton Cândido Santos Maynard…….
- Comunicação de Pesquisa
- Entre pleiteantes e julgadores: uma investigação histórica dos Exames Gerais de Preparatórios
- João Paulo Gama Oliveira, Igor Pereira Teles…….
- O COMPÊNDIO DE HULL E A LEGISLAÇÃO DE 1936: Para uma introdução ao ensino da literatura no Estado Novo
- João Escobar J. Cardoso…….
- Resenhas
- MYSTERY TRAIN
- Graziela Naclério Forte…….
- HISTÓRIA ORAL: ENTRE TEORIA E PRÁTICA
- Eduardo Lopes Teles…….
- PDF….
Ars. São Paulo, v.16, n.34, 2018.
EDITORIAL
ENSAIOS VISUAIS
- Ensaio Visual
- Leda Catunda
ARTIGOS
- Entrevista com Rosalind Krauss
- Yve-Alain Bois; Leonardo Nones
- Formalismo de quem?
- Yve-Alain Bois; Célia Euvaldo
- Mário Pedrosaas ideias
- Marcos Faccioli Gabriel
- Definir ou Não Definir Arte: objeções à tese da impossibilidade da definição de arte e perspectivas teóricas após Morris Weitz
- Rosi Leny Morokawa
- Têmpera, abstração e resistência em Alfredo Volpi
- Carlos Pires
- Alfredo Volpipaisagem, memória e imaginação
- Taís Cabral Monteiro
- Veneza em Volpi
- Marco Garaude Giannotti
- A questão da moda moderna brasileira no Instituto de Arte Contemporânea do Museu de Arte de São Paulo (IAC-Masp) entre 1950 e 1953
- Soraia Pauli Scarpa, Antonio Takao Kanamaru
- Entre exposição e desaparecimento: por uma ética das imagens do rosto
- Leandro Rodrigues Lage, Mariano Klautau Filho
- Entrevendo olhares espectrais: as fotografias de vítimas das ditaduras em obras de arte contemporâneas
- Ana Carolina Lima Santos
- Pathé-Baby: a literatura como se fosse cinema
- Lucas da Cunha Zamberlan
- – 286
ESCRITOS DE ARTISTAS
- Escritos não publicados de Robert Smithson
- Antonio Ewbank, Liliane Benetti
PUBLICADO: 2018-12-31
History of Education in Latin America. Natal, v.1, 2018.
EDITORIAL
ARTIGOS
- El teatro de títeres en la Escuela Serena. Rosario, Provincia de Santa Fe, Argentina (1935 – 1950)
- María del Carmen Fernández, Ariel Alejandro Soto e16402 PDF/A
- El patrono escolar y la identidad nacionalquerellas en el acto de nominar al lugar/escuela pública (Buenos Aires, Argentina, mediados del siglo XIX y XX)
- Ana María Montenegro e16365 PDF/A
- A materialidade dos acampamentos escolares e a cultura popular na ‘Campanha de pé no chão também se aprende a ler’
- Fernanda Mayara Sales Aquino, Rosa Aparecida Pinheiro e16405 PDF/A
- Educación religiosa y regulaciones del cuerpola formación de niñas. Salta a fines del siglo XIX
- María Magdalena Maciel e16404 PDF/A
- La Filmoteca Española, un recurso didáctico para la Historia del Cine y los historiadores de la Educación
- Valeriano Durán Manso e16406 PDF/A
- Leituras higienizadasanálise dos manuais adotados nas Escolas de Aprendizes Artífices (1909-1937)
- Renato Marinho Brandão Santos, José António Martin Moreno Afonso e16374 PDF/A
RESENHA
- A emergência da escola
- Arthur Cassio de Oliveira Vieira e16437 PDF/A
PUBLICADO: 30-12-2018
Revista Outrora. Rio de Janeiro, v.1, n.2 jul./dez. 2018.
Entrevistas
Artigos Livres
- A Moda na Grande Depressão de 1930
- Marcelle Lopes de Souza
- Luis Guilherme Eschenazi Lucena
- O carnaval carioca através de uma linha do tempo online para o ensino da história ( do século XIX até os dias atuais)
- Rayane de Castro Guedes
- Diana Jane Barbosa da Silva
- Gabriel Pereira de Carvalho
- Lívia Martins Teixeira Loyo
- Duas faces de um Flamengo: uma comparação entre as gestões de José Padilha e Eduardo Bandeira de Mello
- Juliana Nascimento da Silva
- Lucas dos Santos Vasconcellos Machado
- A formação da identidade mexicana em “O Labirinto da Solidão”
- Fernanda Mendes Santos
- Mariana Brescia Cruz
- “Como se não fossem mulheres”: a presença de “mulheres-homens” indígenas em relatos coloniais (Brasil, século XVI)
- Taís Cristina Jacinto Pinheiro Capucho
- As mulheres conservadoras no pré-golpe: o caso da Camde e do Poder Feminino
- Beatriz de Souza Bravo
- Libaneses no Brasil: Um estudo sobre o Orientalismo na periferia do Ocidente
- Camila Miranda Jesus Tenreiro
- Satyricon e a escravidão em Roma
- Rayane de Castro Guedes
- Diana Jane Barbosa da Silva
Dossiê 130 anos da Abolição
- Da Fuga ao Furto: Um estudo sobre a gatunagem em Salvador Pós Abolição
- Osnan Silva de Souza
- “Que não há no terreiro quem se afoite a deixar o samba sem que o dia rompa”: disputas de raça na poesia de Aloísio Resende (1930-1942)
- Diego Lino Silva
- Entre Irmãos: Os vínculos entre a irmandade de Nossa Senhora do Rosário e o clube Mundo Velho em Sabará/MG (1870-1910)
- Marlon Marcelo
- Relações entre liberalismo e escravismo: Azeredo Coutinho e a segunda escravidão
- Vinicius Patrocínio Pereira Costa
- Restrições à Manumissão, Sociedades Abolicionistas e a African Free School de Nova Iorque
- Filipe Sampaio Robles
- Abolição da escravidão nos EUA: Análise de charges publicadas antes e durante a Guerra de Secessão
- Anelise Martins Barros
- Bruna Silveira Bonfeld de Oliveira
- Suelen dos Anjos Amancio
Resenhas e Ensaios
- Resenha: O Negro no Livro Paradidático
- Rhuan Fernandes
- Ensaio: Indumentária e Ficção: Contribuições da teoria do vestuário para a teoria literária
- Marcelle Lopes de Souza
Publicado: 30/12/2018
Revista de Literatura, História e Memória. Cascavel, v.14 n. 24, 2018.
PÁGINAS INICIAIS
- Informações sobre a Revista
- Comissão Editorial
- Apresentação
- Revista de Literatura, História e Memória. Cascavel, v.14, n.24, 2018.
DOSSIÊ CONFLUÊNCIAS E RELAÇÕES DA LITERATURA COM AS OUTRAS ARTES
- ENTRE PALAVRAS, CUBOS E CILINDROS: VIRGINIA WOOLF E A PINTURA CUBISTA
- Neurivaldo Campos Pedroso Junior
- ADAPTAÇÃO INTERCULTURAL: POE E O CINEMA BRASILEIRO
- Luciana Lacerda de Carvalho
- DIÁSPORA E BABEL EM CINEMA, ASPIRINA E URUBUS
- Acir Dias da Silva
- UMA CONFIGURAÇÃO TRÁGICA E DUPLA NA OBRA ESCRITA E PICTÓRICA DE FRIDA KAHLO
- Paulo Cesar Fachin
PESQUISA EM LETRAS NO CONTEXTO LATINO-AMERICANO E LITERATURA, ENSINO E CULTURA
- ANÁLISIS ARQUETÍPICO DE “MORADA AL SUR” DE AURELIO ARTURO
- Mehmet İlgürel
- ENREDANDO VIDA EM VIDAS SECAS
- Salete Paulina Machado Sirino
- DOURO: PARAÍSO BÁQUICO
- Cinthia Elizabet Otto Rolla Marques
- O OLHAR DE SOL(L)ER
- Wilma Nunes Rangel
- FORMAS DE CONTAR UMA HISTÓRIA: APROXIMAÇÕES ENTRE ALEJANDRO ZAMBRA E WALTER BENJAMIN
- Talita Jordina Rodrigues
- LITERATURA E HISTÓRIA: UMA QUESTÃO DE LINGUAGEM NA ESCRITURA DE EDUARDO GALEANO
- Heloísa Ribeiro Miranda
- LONELINESS, VIOLENCE, AND MANIPULATION OF THE NARRATIVE: THE NARRATORS OF “HIGH LONESOME” AND “THE FISH FACTORY” BY JOYCE CAROL OATES
- Bruno Souza Buzetto
- O FASCÍNIO REVELADOR PROVOCADO PELOS NARRADORES EM RELATO DE UM CERTO ORIENTE E EM DOIS IRMÃOS, DE MILTON HATOUM
- Marcos Douglas Bourscheid Pereira
- ANÁLISE HISTÓRICO-CULTURAL DA MÚSICA SERTANEJA NO BRASIL: DO CAIPIRA AO PLAYBOY
- Fábio Alexandre da Silva
- ‘’FOLHAS SECAS’’: REPRESENTAÇÕES FEMININAS EM CANÇÕES DE AMADO BATISTA
- José Lucas Góes Benevides, Wilma dos Santos Coqueiro, Bruno Flávio Lontra Fagundes
- COMO CONTAR UMA HISTÓRIA? ALEGORIA E MEMÓRIA EM O SOM AO REDOR
- Graziele Rodrigues de Oliveira
- A RODOVIA TRANSAMAZÔNICA NA LITERATURA: AS FACES DA OBRA DE ODETTE DE BARROS MOTT
- José Valtemir Ferreira da Silva, César Augusto Martins de Sousa
- ENTRE NARRATIVAS LITERÁRIAS E HISTÓRICAS: UMA APRESENTAÇÃO DO ROMANCE DESDE QUE O SAMBA É SAMBA, DE PAULO LINS
- Haydê Costa Vieira, Ricardo Magalhães Bulhões
- DE LEGADOS CULTURAIS À LUZ DE TRAMAS ENVOLVENDO LUCAS DA FEIRA (1822-1850)
- Jaime Magalhães Morais, José Alves Dias
PUBLICADO: 24-12-2018
História da Enfermagem. Brasília, v.10, n.1, 2019.
POSTED BY: HERE 7 DE JULHO DE 2019
EDITORIAL
- Curso de Graduação em Enfermagem da UFSC: 50 anos de uma bela história de desafios e sucesso | Juliana Bonetti de Carvalho, Maria Itayra Padilha
- Nursing course at UFSC: 50 years of a beautiful history of challenges and success | Juliana Bonetti de Carvalho, Maria Itayra Padilha
- Carrera de grado en enfermería de la UFSC: 50 años de una bella historia de desafíos y éxitos | Juliana Bonetti de Carvalho, Maria Itayra Padilha
ARTIGOS ORIGINAIS
- A formação da Auxiliar de Enfermagem no Ceará – 1954-1961 | The formation of the Nursing Assistant in Ceará – 1954-1961 | La formación de la Auxiliar de Enfermería en Ceará – 1954-1961 | Roberlandia Evangelista Lopes, Silvia Maria Nóbrega-Therrien, Perpétua Alexsandra Araújo
- Da tarefa de posicionar à terapêutica de posição, uma mudança anunciada pela história (1900-1953) | From the positioning task to the position therapy, a change announced by the history (1900-1953) | De la tarea de posicionar a la terapéutica de posición, un cambio anunciado por la historia (1900-1953) | Luis Lisboa Santos, Óscar Ferreira, Cristina Lavareda Baixinho
- Maria Aurineide da Silva Nogueira, protagonista da enfermagem na Universidade de Brasília | Maria Aurineide da Silva Nogueira, protagonist of nursing at the University of Brasília | María Aurineide da Silva Nogueira, protagonista de la enfermería en la Universidad de Brasilia | Karina Líbia Mendes da Silva, Priscila Aparecida Barbosa Batista, Ligia Maria da Silva Azevedo Nogueira, Keila Cristianne Trindade da Cruz, Andréa Mathes Faustino
- Trabalho interdisciplinar desenvolvido por profissionais de saúde em grupo de ges-tantes e/ou casais grávidos (1996-2016) | Interdisciplinary work developed by group health professionals of pregnant and/or pregnant couples (1996-2016) | Trabajo interdisciplinario desarrollado por profesionales de salud en grupo de ges-tates y/o parejas embarazadas (1996-2016) | Amanda Nicácio Vieira, Maria Itayra Padilha, Roberta Costa, Stéfany Petry
- Ensino da comunicação administrativa nos cursos de graduação em enfermagem da região sudeste do Brasil | Teaching of administrative communication in nursing undergraduate courses in southeastern Brazil | La enseñanza de la comunicación administrativa en los cursos de graduación de la región sudeste de Brasil | Ana Lúcia Domingues Neves, Maria Cristina Sanna
RESENHA
- Primeiro currículo das escolas-modelo referência na formação de enfermeiros no Brasil e na Argentina | Ricardo Quintão Vieira
REFLEXÃO
- Autonomia da Enfermagem e sua Trajetória na Construção de uma Profissão | Autonomy of Nursing and its Trajectory in the Construction of a Profession | Autonomía de la Enfermería y su Trayectoria en la Construcción de una Profesión | Stéfany Petry, Charles Alberto Teixeira Filho, Maiara Mazera, Dulcinéia Ghizoni Schneider, Jussara Gue Martini
IN MEMORIAM
- In Memoriam Melita | Lucila Cárdenas Becerril
História da Enfermagem. Brasília, v.9, n.2, 2018.
POSTED BY: HERE 20 DE DEZEMBRO DE 2018
EDITORIAL
- Faculdade de enfermagem da universidade do estado do Rio de Janeiro: 70 anos de sua trajetória | Maria Regina Araujo Reicherte Pimentel, Maria Lelita Xavier
- Nursing faculty of the rio de janeiro state university: 70 years of its trajectory | Maria Regina Araujo Reicherte Pimentel, Maria Lelita Xavier
- Facultad de enfermería de la universidad del estado de rio de janeiro: 70 años de su trayectoria | Maria Regina Araujo Reicherte Pimentel, Maria Lelita Xavier
ARTIGOS ORIGINAIS
- Primeiras discussões sobre o diagnóstico de | enfermagem em periódicos (1956-1967) | First discussions on the nursing diagnosis in periodicals (1956-1967) | Primeras discusiones sobre el diagnóstico de enfermería en periódicos (1956-1967) | Ricardo Quintão Vieira, Katya Araujo Machado Saito, Audry Elizabeth dos Santos
- Circunstâncias que trouxeram o Project Hope ao | estado de Alagoas/Brasil | Circumstances that brought Project Hope to Alagoas/Brasil | Circunstancias que trajeron el Proyecto Hope a Alagoas/Brasil | Mário César Ferreira Lima Júnior, Regina Maria dos Santos, Laís Miranda de Crispim Costa, Francisca Rosaline Leite Mota, Ana Flávia Silva Lima
- Ensino superior e associação brasileira de | enfermagem: contribuições para o desenvolvimento e as memórias da profissão no Oeste de Santa Catarina | Higher education and the brazilian nursing association: contributions to the development and memories of the profession in the West of Santa Catarina | Enseñanza superior y asociación brasileña de enfermería: contribuciones para el desarrollo y las memorias de la profesión en el Oeste de Santa Catarina | Carine Vendruscolo, André Lucas Maffissoni, Fabiane Pertille, Karine Ribeiro, Jean Wilian Bender, Denise Antunes de Azambuja Zocche
- Enfermagem brasileira em 90 anos de história associativa: contribuições da Associação Brasileria de Enfermagem | Brazilian nursing in 90 years of associative history: contributions of the Brazilian Nursing Association | Enfermería brasileña en 90 años de historia asociativa: contribuciones de la Asociación Brasileña de Enfermería | Jhenneffer Lorrainy da Silva, Daniela Martins Machado
- Lenilde Duarte de Sá : vida e docência inspiradas na arte do cuidar | Lenilde Duarte de Sá: life and teaching inspired by the art of caring | Lenilde Duarte de Sá: vida y docencia inspiradas en el arte del cuidar | Arieli Rodrigues Nóbrega Videres, Maria Miriam Lima da Nóbrega
Revista de História da UEG. Morrinhos, v.n. 2, 2018.
Dossiê “As gentes do Atlântico”: biografias e histórias conectadas (séculos XVII a XIX)
Imagem de Capa:
Vintage Old Map. Autoria desconhecida;
Fonte: libarts.colostate.edu.
Editorial
- “As gentes do Atlântico”: biografias e histórias conectadas (Séc XVII-XIX)
- Eloy Barbosa de Abreu, Romário Sampaio Basílio
Dossiê Temático
- Gaspar de Sousa e o Maranhão “Ibérico”: Impactos da política filipina no norte do Brasil
- Helidacy Maria Muniz Corrêa
- Conexões Atlânticas: famílias de cristãos-novos no Maranhão Colonial e suas redes de sociabilidades
- Eloy Barbosa de Abreu
- Ignacio Antonio da Silva Lisboa: um português entre Lisboa e São Luís nas primeiras décadas do Oitocentos
- Marcelo Cheche Galves
- Negócios além-mar: a Casa comercial de Antonio José Meirelles nas bordas do Atlântico (c. 1820 – c. 1840)
- Luisa Moraes Silva Cutrim
- A Castro e a morte da memória: Joaquim José Sabino, poeta e burocrata em circulação pelo Atlântico (1790-1840)
- Romário Sampaio Basílio
Artigos (Tema Livre)
- Uma luta contra o “indiferentismo”: Imprensa Médica e Charlatanismo no Brasil em meados de 1860
- Vanessa de Jesus Queiroz
- Imagens da diáspora haitiana no Brasil ou o espelho de uma visão neocolonial
- Jânderson Albino Coswosk
- A Música Popular Brasileira na Revista Civilização Brasileira (1965 – 1968)
- Lellison de Abreu Souza
- Cultura e nacionalismo em choque: a construção histórica do sujeito angolano
- Marcelino Mendes Curimenha
- As matrizes intelectuais áulicas do Primeiro Reinado
- Arthur Ferreira Reis
- As revoluções educacionais na história da educação e a democratização da escola básica no Brasil: implicações para os objetivos da escola na contemporaneidade
- Ricardo Fernandes Pátaro
- Crise na América Latina: uma análise comparativa entre os posicionamentos do Brasil e do Chile na Guerra das Malvinas (1982)
- Rafael Macedo Rocha Santos
Notas de Pesquisa
- “Introdução à modernidade”: notas sobre os conceitos de modernidade e modernismo em Henri Lefebvre
- Keidy Narelly Costa Matias
Resenhas
- REIS, José Carlos. Wilhelm Dilthey e a autonomia das ciências histórico-sociais. Londrina: EDUEL, 2003.
- Breno Mendes
Publicado: 2018-12-20
Revista do Historiador. Porto Alegre, n.11, 2018.
ESPECIAL DE DEZ ANOS DA REVISTA HISTORIADOR, 2008-2018)
Editorial
- Conselho Editorial
- Editor Chefe
Artigos
- Mos Maiorum e a Formação do Cidadão Ideal na República Romana
- Amanda Cristina Amorim Silva Neves
- Filosofia e Estratégia Militares: Um Paralelo Entre Alexandre, o Grande e Sun Tzu
- Luan Lucas Araújo Morais, Marcelo Augusto Muniz Figueiredo
- A Ascese Como Vocação: Considerações Entre a Ascese Extramundana Medieval e a Ascese Intramundana Puritana
- Pablo Gatt Albuquerque de Oliveira
- A Atuação do Santo Ofício no Rio de Janeiro na Conjuntura do Século XVII
- Bruno Fernando Silva Matos Ribeiro
- “Um dos Palácios de Chumbo da Veneza Americana”: Rotinas e Uma Moderna Prisão no Recife Oitocentista (1861-1875)
- Aurélio de Moura Britto
- Monções: “o Desafio da Vida de Sérgio Buarque de Holanda”
- Celina Felipe de Oliveira Costa, Lilian Alves Cardim Totzek
- Natureza e Cultura: Representações Naturais Em Marcovaldo ou as Estações na Cidade
- Robson Victor da Silva Araújo
- Pedro Arrupe: Uma Vida, Uma História
- Edmilson Pereira Cruz
- Roger Chartier e a Nova História Cultural
- Daniel Rodrigues de Lima
- Joseph Ki-zerbo e Clóvis Moura: Cultura Histórica, Teoria Social e Projetos Historiográficos Comparados (1948- 2003)
- Elisa Ferreira Teixeira
Publicado: 2018-12-15
Transversal: International Journal for the Historiography of Science. Belo Horizonte, n.5, 2018.
Dossier IDTC Special Issue | Methods and Cognitive Modelling in the History and Philosophy of Science–&–Education
From the Editors
- History of Science and Science EducationA Necessary Dialogue
- Mauro L. Condé, Marlon Salomon
Dossiers (Issue-specific topics)
- Introduction
- Raffaele Pisano, Philippe Vincent
- Knowledge within Anxiety
- Andrea Amato
- “Farai Sicome Tòe Amaestrato” (You will Perform, as I Taught You)Notes about Medieval Didactics of Algebra
- Nadia Ambrosetti
- Representing in the Student Laboratory
- Brandon Boesch
- “Strange Trajectories”Naive Physics, Epistemology and History of Science
- Francesco Crapanzano
- Suggestion for Teaching Science as a Pluralist Enterprise
- Antonino Drago
- How to Teach History of Philosophy and ScienceA Digital Based Case Study
- Andrea Reichenberger
- What Synergy between Mathematics and Physics is Feasible or Imaginable at Different Level of Education?
- Michel Roland
- Meeting GalileoTesting the Effectiveness of an Immersive Video Game to Teach History and Philosophy of Science to Undergraduates
- Logan L. Watts, Peter Barker
Articles
- Writing, Acting and Engaging in Socioscientific Controversies as a Way to Learn about the Nature of Sciences
- Bernardo J. Oliveira, Marina A. Fonseca, Verona Campos Segantini
- Newtonian Optics and the Historiography of Light in the 18th CenturyA critical Analysis of Joseph Priestley’s The History of Optics
- Breno Moura
- The Concept of Function at the Beginning of the 20th CenturyA Historiographical Approach
- Loredana Biacino
Interviews
- Interview: Regina Horta Duarte
- Regina Horta Duarte, Natascha S. C. Ostos, Mauro L. Condé
- Book Reviews
- Pierre Duhem, a Hundred Years Later
- Godofredo Iommi Amunátegui
Obituary
- Obituary: Prof. Gérard Jorland
- Marlon Salomon
Acknowledgments to Referees
- Referees (2018)
- Mauro Condé
Published: 2018-12-09
Educação a Distância e Práticas Educativas Comunicacionais e Interculturais. São Cristóvão, v.18, n.3, 2018.
Artigos Gerais
- A influência da comunicação na cultura organizacional: revisão sistemática da literatura
- Carlos José Santos, Fausto Teodoro Neves, Rogério Teixeira Balieiro, Tainara Catozzi Denardi
- Avaliação da qualidade de serviços de equipe interdisciplinar nos processos educativos em diabetes
- Geraldo Sadoyama, Amanda Oliveira Soares Monteiro Silveira, Ednólia Gomes Varjão Fernandes, Adriana Santos Prado Sadoyama
- Especialização em educação física escolar na modalidade a distância da Universidade Federal de Goiás – Regional Catalão: possibilidades de ensino
- Cristiane da Silva Santos, Maristela Vicente de Paula, Neila Maria Mendes Borges, Rui Oliveira de Souza
- Evasão no ensino superior: mapeamento de cursos licenciaturas da Universidade Federal de Goiás
- Paulo Alexandre de Castro, Thays Santos Souza, Susana Sá
- Impacto de programa educacional em práticas interdisciplinares na higienização das mãos (HM) por profissionais de UTI
- Michelly de Melo Alves, Alessandra Santos Silveira, Janaína Souza Silva, Geraldo Sadoyama
- Metodologias ativas de ensino e o impacto inovador na graduação
- Kamylla Guedes de Sena, Liliane Guimarães Rabelo, Rogério Dornfeld Escalante
- O conteúdo de lutas no combate à violência da discriminaçao e do preconceito na escola mediado por histórias em quadrinhos
- Maristela Vicente de Paula, Leonardo Ribeiro da Silva, Cristiane da Silva Santos, Neila Maria Mendes Borges
- Padrão do sono e desempenho de estudantes: uma revisão sistemática
- Ana Carolina Mesquita do Nascimento, Elcimara Rabelo de Oliveira, Lucas Silva dos Santos, Luciene Soares de Oliveira Pena
- Profissionalização e identidade docente do professor em medicina: um estudo de revisão sistemática
- Adriana dos Santos Prado Sadoyama
- Síndrome de Burnout em professores de medicina: revisão sistemática
- Raissa Cristina Pereira, Lucas Augusto de Carvalho Ribeiro, Euclides Fernandes dos Reis, Patricia de Souza Fernandes
- Utilização do modelo Servqual como ferramenta de mensuração da qualidade dos serviços na educação básica
- Maciel Rodrigues Borges, Maria Aparecida da Silva Gomes, Pedro Henriques Tomás, Sara Gonçalves Carneiro
Publicado: 2018-12-09
Revista Latino-Americana de História. São Leopoldo, v.7, n.20, 2018.
Dossiê: História, Criminalidade e Violência: representações, fontes e abordagens
Capa
- Capa
- Cyanna Missaglia de Fochesatto
- Sem título
Expediente
- Expediente
- Cyanna Missaglia de Fochesatto | PDF
Editorial/Apresentação
Dossiê
- Entre cervejas, danças e sangue: crime e sociabilidade entre policiais e populares na Porto Alegre de 1889
- Giane Caroline Flores | PDF
- Narrativas imigrantes: repensando os “turbulentos” e amotinados nas regiões de colonização alemã
- Patricia Bosenbecker | PDF
- Elysio de Carvalho e a escola de polícia: circulação de saberes de polícia científica no Rio de Janeiro (1912-1914)
- Marília Rodrigues de Oliveira | PDF
- Imigrantes pacíficos: crime e violência na antiga colônia de imigração alemã de Santa Cruz, RS (final do século XIX)
- Jéssica Fernanda Arend | PDF
Artigos
- O discurso conceitual da deficiência intelectual e da cultura escolar presente no curso de formação da Fundação Pestalozzi do Brasil em 1953.
- cibele braga Ferreira Nascimento, Laura Maria da Silva Alves | PDF
- Análise sobre a micro-história e as suas produções biográficas a partir das discussões de Giovanni Levi
- Cinara Isolde Koch Lewinski | PDF
- As inter-relações entre negros(as) e brancos(as) no quilombo Toca de Santa Cruz do município de Paulo Lopes (SC)
- Gisely Pereira Botega | PDF
- Os EUA e o “golpe legal” na Venezuela
- Tiago Santos Salgado | PDF
- As reduções jesuíticas do sul do Império Espanhol: conflitos de fronteira e ação missionária, 1742-1753
- Jorge Nahuel Vassallo | PDF
- El problema del derroche del agua en los Editoriales del Boletín de Obras Sanitarias de la Nación
- Fabiano Quadros Rukert, Adilson Prizmic Momce | PDF
- Velhos ameríndios, novos europeus: a (re)invenção do discurso dos viajantes na América
- Bruno Campos Rodrigues | PDF
- Memórias radicais para a América Latina contemporânea. O futuro passado das esquerdas revolucionárias
- Nashla Dahás | PDF
- O partido democrata cristão e a questão dos direitos humanos nos últimos anos fim da ditadura militar. A influência da igreja e nomeação de Augusto Conte
- Mariano Fabris | PDF
- O congresso, os anais e a historiografia Apontamentos sobre I Congresso Internacional de História da América (1922)
- José Lúcio Nascimento Júnior | PDF
Resenhas Críticas
- Faces do Autoritarismo no Paraguai: a Educação como ferramenta de legitimação, construção de consenso e reprodução do stronismo
- Marcela Cristina Quinteros | PDF
Publicado: 2018-12-07
Ciencia Nueva – Revista en historia y política. Pereira, v.2, n.3, 2018.
Dossier Especial “Perspectivas sobre los cien años de la Revolución rusa”
Presentación
- Presentación del Dossier
- Ciencia Nueva Revista de Historia y Política
Dossier
- Apuntes sobre el centenario de la Revolución rusa (1917-2017). Cambios y descambios: Revolución cultural en la Cortina de Hierro
- Winston Manuel Licona Calpe
- El ejército que salvó a la humanidad
- Leonardo Agudelo Velásquez
- Para una lectura de “El Estado y la Revolución” cien años después. Necesitamos una nueva estrategia revolucionaria
- Luis Felipe Marín Guzmán
- Notas para investigar la presencia de la izquierda en Pereira (1916-1989)
- Jhon Jaime Correa Ramírez, Christian Javier Niño Posada
- El cine soviético a propósito de los cien años de la Revolución rusa
- Natalia Agudelo Castañeda
- Un marxista en Nueva York
- Alberto Antonio Berón Ospina
Publicado: 2018-12-05
História e Cultura. Franca, v.7, n.2, 2018.
Dossiê A produção dos saberes em língua portuguesa
EDITORIAL
- Editorial História e Cultura. v.7, n.2, 2018
- Beatriz Rodrigues, Carlos Gabriel Sardinha de Medeiros, Janaína Helfenstein, Julia Souza Oliveira, Vinicius Soares de Lima
APRESENTAÇÃO
- Apresentação do Dossiê A produção de saberes em língua portuguesa
- Michelle Souza e Silva, Milena da Silveira Pereira
ARTIGOS – DOSSIÊ
- Escritos sobre o céu para homens ao mar – considerações e estudos sobre astrologia e astronomia dos séculos XV e XVI * Writings about the sky for men at the sea – considerations and studies about astrology and astronomy of the XV and XVI centuries
- Simone Ferreira Gomes de Almeida
- “Tratado da arquitetônica ou arquitetura militar, ou fortificação das praças”: linguagens de defesa – de uma dimensão celestial a Vitrúvio * “Treatise on architecture, or military architecture, or squares’ fortification”: defense languages – from a celestial dimension to Vitruvius
- Luiza da Silva
- A atividade boticária dos Jesuítas: dos remédios naturais aos químicos * The Jesuit’s apothecary activity: from natural to chemical remedies
- Viviane Machado Caminha
- Os saberes úteis de José Pinto de Azerero na rede de informações do Império Ultramarino português * Useful knowledge from José Pinto de Azeredo in the information network inside portuguese’s oversea empire
- Fernanda Ribeiro Rocha Fagundes
- Saberes ocultos no Brasil Império: a arte da cura pelo magnetismo animal e a busca pela legitimidade * Hidden knowledge in Brazil Empire: the art of cure for animal magnetism and the search for legitimacy
- Danielle Christine Othon Lacerda
ARTIGOS – LIVRES
- A construção de uma literatura moderna nas obras de Charles Perrault em meio a querela dos Antigos e dos Modernos * The construction of a modern literature in Charles Perrault’s works in the middle of the quarrel of the Ancients and the Moderns
- Juliana Timbó Martins
- A biblioteca artística do Império * The Empire’s artistic library
- Marina Jardim e Silva
- Sobre estilo e escrita da História na corresponência ativa de Francisco Adolfo de Varnhagen (1839-1877) * On style and writting of History in the active correspondence of Francisco Adolfo de Varnhagen (1839-1877)
- Ana Priscila de Sousa Sá
- Los manuales de cocina y urbanidad, un elemento clave para la moralización de las costumbres en Quito durante el siglo XIX y principios del siglo XX * Os manuais de cozinha e urbanidade, um elemento-chave para a moralização dos costumes em Quito durante o século XIX e o início do século XX
- Nataly Caceres
- PDF (Español (España))
- Da Historiografia à Academia: o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro na educação e na política educacional do início do século XX (1900-1920) * From Historiography to the Academy: the Brazilian Historical and Geographical Institute in the education and educational politicies of the early XX century (1900-1920)
- Thais de Melo
- A censura da infância e a repressão da sexualidade nas análises de Norbert Elias e Michel Foucault * Childhood’s censorship and sexuality’s repression in Norbert Elias’ and Michel Foucault’s analyses
- Crhistophe Barros dos Santos Damazio
- A revista A Defesa Nacional: memória e política (1931-1937) * A Defesa Nacional journal: memory and politcs (1931-1937)
- Antônio Manoel Elíbio Jr, Fernanda de Santos Nascimento
- As visões de povo no jornal Notícias Populares e no conceito de populismo * The conception of people in Notícias Populares newspaper and in the concept of populism
- Larissa Raele Cestari
- Os grupos escolares em Cachoeira Dourada, GO: uma história da educação no sul de Goiás, 1960-70 * The school groups in Cachoeira Dourada, GO: a history of education in the south of Goiás, 1960-70
- Élida Cristina Silva Ferreira
- Teatro e resistência em época de supressão de liberdades: uma análise das matérias de Macksen Luiz publicadas no jornal Opinião em 1975 * Theater and resistance in time of supression of freedoms: an analysis of the articles of Macksen Luiz published in the newspaper Opinião in 1975
- Rita de Cássia Mendes Pereira, Leonardo Fernandes Machado
- O país ignoto de São Saruê lido como terra a ser revelada pelo cinema documentário (1970) * The unknown country of São Saruê interpreted as land to be revealed by the documentary film (1970)
- Ana Caroline Matias Alencar
- Brasileiro, historiador da Nação. Notas esparsas sobre o “estilo” em Varnhagen
- Ana Priscila de Sousa Sá
RESENHAS
- Um mosaico de culturas e memórias: festas negras no sul de Minas Gerais
- Jonatas Roque Ribeiro
Publicado: 2018-12-02
Revista de História da Arte e da Cultura. Campinas, v.7, n.2, 2018.
Dossiê A produção dos saberes em língua portuguesa
EDITORIAL
- Editorial História e Cultura. v.7, n.2, 2018
- Beatriz Rodrigues, Carlos Gabriel Sardinha de Medeiros, Janaína Helfenstein, Julia Souza Oliveira, Vinicius Soares de Lima
APRESENTAÇÃO
- Apresentação do Dossiê A produção de saberes em língua portuguesa
- Michelle Souza e Silva, Milena da Silveira Pereira
ARTIGOS – DOSSIÊ
- Escritos sobre o céu para homens ao mar – considerações e estudos sobre astrologia e astronomia dos séculos XV e XVI * Writings about the sky for men at the sea – considerations and studies about astrology and astronomy of the XV and XVI centuries
- Simone Ferreira Gomes de Almeida
- “Tratado da arquitetônica ou arquitetura militar, ou fortificação das praças”: linguagens de defesa – de uma dimensão celestial a Vitrúvio * “Treatise on architecture, or military architecture, or squares’ fortification”: defense languages – from a celestial dimension to Vitruvius
- Luiza da Silva
- A atividade boticária dos Jesuítas: dos remédios naturais aos químicos * The Jesuit’s apothecary activity: from natural to chemical remedies
- Viviane Machado Caminha
- Os saberes úteis de José Pinto de Azerero na rede de informações do Império Ultramarino português * Useful knowledge from José Pinto de Azeredo in the information network inside portuguese’s oversea empire
- Fernanda Ribeiro Rocha Fagundes
- Saberes ocultos no Brasil Império: a arte da cura pelo magnetismo animal e a busca pela legitimidade * Hidden knowledge in Brazil Empire: the art of cure for animal magnetism and the search for legitimacy
- Danielle Christine Othon Lacerda
ARTIGOS – LIVRES
- A construção de uma literatura moderna nas obras de Charles Perrault em meio a querela dos Antigos e dos Modernos * The construction of a modern literature in Charles Perrault’s works in the middle of the quarrel of the Ancients and the Moderns
- Juliana Timbó Martins
- A biblioteca artística do Império * The Empire’s artistic library
- Marina Jardim e Silva
- Sobre estilo e escrita da História na corresponência ativa de Francisco Adolfo de Varnhagen (1839-1877) * On style and writting of History in the active correspondence of Francisco Adolfo de Varnhagen (1839-1877)
- Ana Priscila de Sousa Sá
- Los manuales de cocina y urbanidad, un elemento clave para la moralización de las costumbres en Quito durante el siglo XIX y principios del siglo XX * Os manuais de cozinha e urbanidade, um elemento-chave para a moralização dos costumes em Quito durante o século XIX e o início do século XX
- Nataly Caceres
- PDF (Español (España))
- Da Historiografia à Academia: o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro na educação e na política educacional do início do século XX (1900-1920) * From Historiography to the Academy: the Brazilian Historical and Geographical Institute in the education and educational politicies of the early XX century (1900-1920)
- Thais de Melo
- A censura da infância e a repressão da sexualidade nas análises de Norbert Elias e Michel Foucault * Childhood’s censorship and sexuality’s repression in Norbert Elias’ and Michel Foucault’s analyses
- Crhistophe Barros dos Santos Damazio
- A revista A Defesa Nacional: memória e política (1931-1937) * A Defesa Nacional journal: memory and politcs (1931-1937)
- Antônio Manoel Elíbio Jr, Fernanda de Santos Nascimento
- As visões de povo no jornal Notícias Populares e no conceito de populismo * The conception of people in Notícias Populares newspaper and in the concept of populism
- Larissa Raele Cestari
- Os grupos escolares em Cachoeira Dourada, GO: uma história da educação no sul de Goiás, 1960-70 * The school groups in Cachoeira Dourada, GO: a history of education in the south of Goiás, 1960-70
- Élida Cristina Silva Ferreira
- Teatro e resistência em época de supressão de liberdades: uma análise das matérias de Macksen Luiz publicadas no jornal Opinião em 1975 * Theater and resistance in time of supression of freedoms: an analysis of the articles of Macksen Luiz published in the newspaper Opinião in 1975
- Rita de Cássia Mendes Pereira, Leonardo Fernandes Machado
- O país ignoto de São Saruê lido como terra a ser revelada pelo cinema documentário (1970) * The unknown country of São Saruê interpreted as land to be revealed by the documentary film (1970)
- Ana Caroline Matias Alencar
- Brasileiro, historiador da Nação. Notas esparsas sobre o “estilo” em Varnhagen
- Ana Priscila de Sousa Sá
RESENHAS
- Um mosaico de culturas e memórias: festas negras no sul de Minas Gerais
- Jonatas Roque Ribeiro
Publicado: 2018-12-02
Bantu. Ibirité, v.1, n. especial, dez., 2018.
- Bantu. Ibirité, v.1, n. especial, 2018.
- Artigos
- Trajetória Formativa dos Professores da EJA no contexto da rede estadual de educação de Ibirité | Ana Paula Ferreira Pedrosoe Letticia Paula de Araújo Velloso
- Perfil Anatômico e Histomínico da folha de DaturastramoniumL. (SOLANACEAE): espécie usada na medicina popular como antiespasmódica, sedativa, antiasmática, dilatadora de pupilas e alucinógena | Reisila Simone Migliorini Mendese Sarah Luiza Almeida Carvalho
- Anísio Teixeira traveller | Antonio Carlos Figueiredo Costa, Raquel Nugas e Viviane Silva de Oliveira Fernandes Pinheiro
- Educação Social: Lazer, valores e formação humana | Walesson Gomes da Silva e Carlos Roberto Silva de Araújo
- Medicalização da aprendizagem: notas sobre a produção farmacológica da normalização do comportamento infanto-juvenil | Radamés Andrade Vieira, Gabriella Cristina Rosa, Quézia de Souza Campos e Tamires Cardoso do Nascimento
- Contribuições do Laboratório de Ensino de Matemática e suas ferramentas associado à prática docente no aprendizado dos alunos dos anos iniciais do ensino fundamental | Janaína da Conceição Martins Silva, Maria Cristina Gonçalves dos Santos e Gabriela Ribeiro de Azevedo
- O uso do livro didático de História nos anos iniciais do ensino fundamental: por uma formação crítica e autônoma | Patrícia Karla Soares Santos Dorotéio e Raiany Aparecida Costa
- Aspectos da Escatologia Cristã em O Hobbit, DE J.R.R. TOLKIEN | Delzi Alves Laranjeira, Israel Henrique dos Santos e Israel Rodrigues Pereira
- Produção de mudas como estratégia para recuperação de áreas degradadas e nascentes sob vegetação de cerrado | Reisila Simone Migliorini Mendes, Patrícia Ferraz de Oliveira e Karine Paula dos Santos
Abertura política e redemocratização: igrejas, movimentos sociais e partidos políticos / Crítica Histórica / 2018
A proposta deste dossiê partiu da constatação de que, na produção acadêmica, sobressaem trabalhos dedicados à efervescência política do final dos anos 1950 e início dos anos 1960, aos acontecimentos que antecederam o Golpe de 1964 e ao período ditatorial que se estabeleceu no Brasil por mais de 20 anos. Entretanto, no que se refere particularmente a esse último período, priorizam-se a primeira década do Regime e, sobretudo, os seus contornos mais repressivos. Pouca atenção tem sido dada mais especificamente ao lento, controlado e controvertido processo de abertura implementado a partir de 1974, sob a presidência do General Ernesto Geisel, e, mais adiante, à redemocratização parcial e ao retorno à legalidade dos partidos.
Estes mais de 10 anos que se seguem à repressão mais intensa não devem, no entanto, ser deixados de lado. São marcados por uma importante mobilização e por um retorno à ação de muitos sujeitos e instituições, entre os quais igrejas, partidos e movimentos sociais. Todos eles são favorecidos por um contexto de maior abertura e procuram se reinserir nele e estabelecer suas práticas e estratégias.
Além disto, este interesse ainda incipiente tem se concentrado, principalmente, nas questões jurídicas e legais e nas mudanças políticas e institucionais ocorridas a partir de então. Fazem-se, inclusive, numa perspectiva mais panorâmica, apenas menções e breves referências a episódios marcantes, sem a devida análise e o aprofundamento necessário para entender a complexidade e a trama que envolvem todo o momento. É o caso, por exemplo, de alusões superficiais e insuficientes a respeito das tratativas que levaram à revogação do AI-5, da campanha pela Anistia, do retorno ao pluripartidarismo ou ainda da campanha pelas Diretas Já. Perscruta-se muito pouco a atuação dos atores os mais diversos possíveis neste cenário tão complexo que levou arduamente ao desmantelamento dos aparelhos de repressão e de censura e ao lento restabelecimento do sistema democrático.
Mais recentemente, algum esforço notório de produção historiográfica tem sido empreendido no sentido de preencher ou ao menos dirimir esta lacuna. As práticas e trajetórias dos atores sociais, neste contexto de abertura progressiva, têm sido reconstruídas e analisadas a fim de compreender os meandros da sua atuação e da sua subjetividade. Como puderam se reinserir neste novo cenário e nos debates travados então? Quais problemas enfrentaram? Quais estratégias puseram em prática? Quais as memórias e narrativas produzem a este respeito? Eis alguns dos inúmeros e importantes questionamentos que podem ser levantados para dinamizar os estudos e as pesquisas nesta direção. Pesquisas que revisitam temas clássicos da historiografia nacional, dando-lhes um enfoque muito mais direcionado ao período pós-1974 e, sobretudo, pós-1979.
Neste quesito, inúmeras são as fontes a serem mobilizadas sob este recorte temporal e sob este olhar, para além do contexto mais abrangente e ressaltando o papel dos sujeitos individuais e coletivos. Entre elas, pode-se destacar a imensa contribuição trazida pela metodologia da História Oral e toda a reflexão teórica que a acompanha a fim de compreender a complexa relação entre a história, a memória e a construção de narrativas referentes aos acontecimentos vivenciados, aos dilemas enfrentados e aos traumas sofridos. Cabe aqui ainda o recurso à memória herdada ou compartilhada, referente àqueles que estiveram bem próximos aos episódios e aos seus atores e que produzem igualmente narrativas sobre eles. Além disto, destacam-se também documentos escritos, como cartas, relatórios, atas de assembleias, reuniões, encontros, documentação produzida por organizações, partidos e movimentos sociais, sem contar os jornais, tradicionalmente mais recorrentes neste tipo de análise.
No bojo deste esforço mais recente, propõe-se, portanto, este dossiê com a finalidade de enriquecer o debate e a produção acadêmica em torno de temas nevrálgicos para a compreensão da história nacional. Destes resultaram, em grande medida, os contornos que assumiram posteriormente o sistema político e o regime democrático em construção. Destes ainda resultaram inúmeras e inestimáveis trajetórias e narrativas produzidas por sujeitos que vivenciaram e vivenciam estes acontecimentos passados, relembrando e tecendo memórias a seu respeito. Abordagens específicas podem, inclusive, ser propostas a fim de se fugir do olhar mais genérico e pautado exclusivamente na esfera política mais ampla, nas grandes manobras palacianas, legislativas e da magistratura ou ainda no grande clamor da sociedade por mudanças. É preciso, neste ponto, descer à escala do micro e perceber a complexidade e a subjetividade que gira em torno dela. Nesta perspectiva, a apreensão da historicidade do momento deve suplantar o olhar meramente macro-político e de cunho institucional. Deve voltar-se às bases regionais e locais a fim de perceber como nelas atuam partidos, organizações, associações, grupos, igrejas, mulheres, negros, indígenas, LGBTs, quilombolas, trabalhadores urbanos e rurais e os mais diversos sujeitos individuais ou coletivos.
Com base nestas reflexões iniciais, foram propostos artigos que procuram preencher essa lacuna historiográfica e fazer uma discussão mais direcionada sobre temas específicos deste momento histórico. Para a constituição do dossiê, optou-se então por fazer uma organização temática dos trabalhos selecionados.
Dos seis artigos que o compõem, os dois primeiros abordam a questão política e institucional e situam-na entre o início da transição democrática, em 1974, e a Constituinte de 1987 e 1988. “A Contrarrevolução Democrática: a transição pelo alto e a institucionalização das instituições (1974-1979)”, de Pedro Cardoso, analisa o governo do General Ernesto Geisel e o processo de abertura por meio do papel desempenhado pela Comissão Trilateral e pelo seu membro Samuel Huntington, cientista político estadunidense, na formulação do projeto de distensão. “Conflito intrapartidário e Reforma Agrária: o PMDB na Constituinte”, de Pedro Vicente Medeiros, ressalta o conflito existente no PMDB quanto à definição da Reforma Agrária na Constituinte entre 1987 e 1988. Aprofunda o debate e as divergências internas entre parlamentares do partido que compunham a Subcomissão de Política Agrícola e Fundiária. Embora estes dois primeiros artigos se somem a uma abordagem mais clássica da política institucional do período, ambos o fazem de forma mais aprofundada e levantando problemáticas específicas e centradas em alguns sujeitos e organizações.
O quatro artigos seguintes dedicam-se unicamente à Igreja Católica e a sua atuação ao longo da Ditadura e, sobretudo, a partir da segunda metade dos anos 1970. Como parte da instituição teve um engajamento político e social notório desde os anos 1960, a maior parte dos autores optou por remontar a esta década, enveredando em seguida nos anos 1970 e 1980, quando se fortaleceu a atuação católica nos conflitos e debates. “O caminho percorrido pela diocese de Propriá- SE até a redemocratização do país (1964-1985)”, de Osnar Gomes dos Santos, concentra-se na mudança de posição ocorrida na diocese sergipana de Propriá em meados da década de 1970. Sob a autoridade de Dom José Brandão de Castro, a mesma passou do apoio declarado aos militares ao engajamento em favor da luta pela terra e da organização de sindicatos rurais. A sua atuação foi desde então destacável e chegou, inclusive, a entrar em atrito com as elites da região, que pressionaram para a sua aposentadoria precoce. “Relações de trabalho, Igreja Católica e direitos na Zona Canavieira de Pernambuco: organização e mobilização de trabalhadores rurais no Regime Militar”, de Cristhiane Laysa Andrade Teixeira Raposo, também opta por uma abordagem mais abrangente da atuação da Igreja, desta vez em relação aos trabalhadores rurais e a sua luta por direitos na Zona Canavieira de Pernambuco. Ainda que de maneira breve, a autora destaca o período da abertura e o papel nele exercido pela instituição católica, quando se intensificam a sua oposição ao Regime e o seu pleito em favor do retorno à democracia. “A Ação Católica Rural: mudanças e desafios políticos de 1978 a 1985”, de Maria do Socorro de Abreu e Lima, analisa as práticas desempenhadas pela Animação dos Cristãos no Meio Rural-ACR no trabalho de conscientização dos trabalhadores rurais e o seu posicionamento diante do cenário e dos debates travados. Esse movimento católico passou a abordar cada vez mais questões não só religiosas, mas, sobretudo, políticas. “‘Comunistas na Igreja’: a atuação dos católicos progressistas no incentivo à participação popular na Região Sisaleira da Bahia nos anos finais do século XX”, de Cristian Barreto de Miranda, encerra o dossiê abordando o papel de católicos da cidade de Conceição do Coité, na Região Sisaleira da Bahia, no fomento à participação popular no período que se seguiu ao fim da Ditadura. Mais uma vez, ressaltam-se as práticas adotas pela Igreja em favor das camadas mais pobres e dos trabalhadores.
Desta maneira, espera-se estar contribuindo para o aprofundamento das discussões referentes à abertura política e à redemocratização situadas a partir de 1974 e estendendo-se até o final dos anos 1980, com os trabalhos da Constituinte de 1987 e 1988. Pelos importantes episódios vivenciados nesses mais de 10 anos e pela sua influência na configuração que assume posteriormente a democracia em construção, tal momento tem valor inestimável e merece, inclusive, que outros pesquisadores se interessem cada vez mais por ele e por leituras mais direcionadas e diversificadas a seu respeito.
Por fim, os textos do fluxo contínuo deste número trazem discussões importantes que circulam da história política, à história social do crime e história do catolicismo. O artigo “Classes populares, cultura política e Constituinte (1984-1988)” de Charleston José de Sousa Assis propõe-se a estudar a cultura política brasileira, com foco nos anos da transição democrática e “a partir das sugestões da população à Assembleia Nacional Constituinte, encaminhadas por carta ao Congresso Nacional”. Em seguida em “Instruir-se para instruir”: a Ação Católica Brasileira e a formação da Juventude Estudantil Católica no Brasil (1935-1966), Carolina Maria Abreu Maciel analisa a Ação Católica Brasileira a partir da experiência da JEC, suas influências teóricas para formação de quadros para a instituição religiosa. Já Patrícia Marciano de Assis no texto Reflexões sobre Chefatura de Polícia do Ceará enquanto instituição policial do Império historiciza o papel da chefatura tendo como perspectiva sua ação no controle da população pobre, como forma de manutenção das estruturas de poder. O artigo “O paraíso dos criminosos”: imprensa, política e crimes na cidade do Rio de Janeiro durante as eleições do início do século XX de Ana Vasconcelos Ottoni procura abordar como a imprensa retratava as “supostas relações entre política e as ocorrências de crimes na cidade do Rio de Janeiro durante as eleições do início do século XX”. Encerra o número a resenha intitulada “O símbolo histórico de um movimento pela terra: A desapropriação da Fazenda Annoni no Rio Grande do Sul” que apresenta a obra de Simone Lopes Dickel, Terras da Annoni: entre a propriedade e a função social, publicado em 2017, e defendida como dissertação de mestrado em 2016, no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade de Passo Fundo- RS. Nela Caroline da Silva aponta como a autora estabelece um diálogo entre a História e o Direito, apontando a questão fundiária e social da terra em uma construção histórica de luta no período 1972-1993.
Boa Leitura!
Samuel Carvalheira de Maupeou – Professor Adjunto da Universidade Estadual do Ceará-UECE.
Equipe Editorial Revista Crítica Histórica
MAUPEOU, Samuel Carvalheira de. Apresentação. Crítica Histórica, Maceió, v. 9, n. 18, dezembro, 2018. Acessar publicação original [DR]
Arquivo – APCBH. Belo Horizonte, v.5, n.5, 2018.
- REAPCBH – Revista Eletrônica do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte, v. 5, n. 5, dezembro de 2018- ISSN: 2357-8513 3
- Sumário
- AGRADECIMENTOS
- Editorial . 06
- ARTIGOS Violência contra as mulheres em Belo Horizonte: a Comissão Parlamentar de Inquérito no Legislativo Municipal (1992) . 10
- Maria Cruz Ferraz Belo Horizonte e as neovanguardas: a inauguração do Palácio das Artes e as obras de Artur Barrio e Cildo Meireles .. 35
- Rúbia Carla dos Santos Dias Thayná Miclos A gentrificação do discurso higienista: a formação urbana de Belo Horizonte e a construção da desigualdade . 53
- Gabriel Esteves Campos Costa Patrimônio urbano entre políticas de revitalização e gentrificação: o Museu de Artes e Ofícios (BH-MG) . 79
- Aline Damasceno Santana Luiz Henrique Assis Garcia “Perdi o bonde e a esperança”: mobilidade urbana, trabalho e sociabilidade na Belle Époque belorizontina .. 104
- Bheatriz Alexsandra Rocha de Souza Tamires Celi da Silva Wemerson Felipe Gomes
La vaquerita y su canto: una antropología de las emociones: canciones rituales ganaderas en los Andes peruanos contemporáneos – RIVERA ANDÍA (EA)
RIVERA ANDÍA, Juan Javier. La vaquerita y su canto: una antropología de las emociones: canciones rituales ganaderas en los Andes peruanos contemporáneos. Buenos Aires: Asociación Civil Rumbo Sur, 2016. Resenha de: MARTÍN, Patricia Vicente. Estudios Atacameños, San Pedro de Atacama, n.60, dic., 2018.
La simultaneidad es necesariamente equívoca en los escritos; esta característica se acentúa cuando se tra ta de textos etnográficos donde la alteridad, propia de la disciplina, se cruza con la presencia múltiple de acciones y significados en un mismo ritual. Este es el caso de la herranza -ritual ganadero de gran popularidad en el área andina- y de este libro, que constituye un triple comentario del mismo.
El autor, Juan Javier Rivera, es uno de los referentes más importantes en lo que concierne a rituales gana deros andinos. En esta ocasión aborda, además del sentimiento trágico de las canciones, dos posibles significados de la herranza: la mocedad y el desa rraigo. Menos evidentes éstos y sin ninguna relación con las reses.
De las dos partes que componen el libro, la primera queda reservada al desarrollo de esos dos sentidos velados en la herranza, además de abordar la visión que se tiene en los Andes de la puna, los espíritus tutelares de los cerros y el significado de los llakwash en el valle de Chancay.
La puna es el espacio donde habita el ganado y es contemplada por el pastor como un espacio inquie tante por estar repleto tanto de riquezas como de amenazas. El paisaje andino está habitado por un conjunto de entidades, como los awkillos o espíritus de los cerros, a quienes se les presupone un ca rácter ambivalente, que oscila entre una condición pletórica y proveedora y otra agresora y codiciosa; guardan, además, una estrecha vinculación con las reses y también con los manantiales de agua. Son, en definitiva, los dueños venerables de los recursos fun damentales para la vida agreste: la tierra, el agua y el ganado. Quedaría por apuntar brevemente algunas notas sobre la figura del llakwash. Actualmente en el valle de Chancay, el llakwash es aquel que cuida del ganado menor en las estancias, aunque es un térmi no que posee otras connotaciones; refiere también al forastero, a la gente arisca y poco refinada o a aque llos que hablan y se mueven de manera diferente. Es, en definitiva, la figura que ilustra las relaciones de la puna con el valle al ser considerado el afuerino digno de conmiseración.
Para el autor, analizar la herranza consiste en buscar los significados sociales de las acciones contenidas, en indagar las categorías simbólicas y en la delineación de la sensibilidad que ordena los gestos que la com ponen. En cuanto a su interpretación, aun cuando existen dos caminos posibles que son compatibles, el autor opta por desarrollar uno de ellos: el plano mo ral, aquel que trata de indagar acerca de los ideales expresados por el ritual. Así, la herranza se convierte en la expresión de unos valores que conciernen a la animalidad, la adolescencia y el desarraigo.
Pudiera parecerle al lector el primer sentido -el de la mocedad- más evidente que el segundo. La ma durez es un rasgo de valor a transmitir en el ritual por parte de los ganaderos adultos a los mozos, a quienes se aleja de las alturas para su ingreso en la sociedad. La consideración de la herranza como un comentario sobre la pertenencia o desarraigo frente a un grupo social constituye el dominio de signifi cación más esquivo, cuya lectura se hace a partir de silencios. La comercialización del ganado produce un fuerte malestar, pero las referencias a las reses en las canciones son -para el autor- un lenguaje retóri co que habla de otra cuestión: la necesidad de emi grar a áreas urbanas, proceso que fomenta el olvido parcial de lo propio.
La segunda parte de la monografía está dedicada a las canciones entonadas en la herranza. Éstas reci ben dos nombres: taki y anti, y aparecen en el mo mento que se humaniza a las reses. Las tonadas y otras situaciones como vestir, bautizar o casar a los animales buscan humanizarlos; el ritual rompe tem poralmente dos fronteras metafísicas y contribuye a la confusión entre los ámbitos de la animalidad y de la humanidad. Así, las canciones constituyen una prosopopeya constante, en la que se establece una metáfora filial que hace de la vaca, madre y del toro, padre. También se convierten en endechas al cantar los amores juveniles, cuya persona amada se convierte en algún animal de la puna.
Es en esta parte de la monografía donde el autor aborda el otro sentido: el del desarraigo. Éste se lee a través de silencios, al considerar la herranza y sus canciones como un comentario crítico de la situa ción actual. Para el autor, el drama de la comerciali zación de las amadas reses es, en realidad, el drama de los campesinos emigrantes. De esta manera, el ganado se convierte en “una suerte de idioma por medio del cual se expresan las emociones que pro ducen determinadas relaciones sociales”.
Los tres comentarios que suscita el ritual ganadero de la herranza son tres fronteras que corresponden a diferentes ámbitos de la condición humana: la frontera que separa la humanidad de la animalidad; aquella que distancia la madurez de la mocedad, y, por último, la relativa al desarraigo, que diferencia el ámbito campesino local del urbano nacional. Inter calar ambas fronteras en un escrito genera un texto que tan pronto pasa de cuestiones ontológicas a una crítica de la situación económica actual. Su lectura genera una sensación extraña, fruto de saborear la imposibilidad de escribir la simultaneidad de las co sas. Sobre esta desesperación escribió Borges cuando contempló el Aleph y mostró la incapacidad de la es critura de describir todas las imágenes del universo.
Patricia Vicente Martín – Universidad Complutense de Madrid, ESPAÑA. Email: patriciavm@ucm.es
[IF]Memória, patrimônio e democracia / Fronteiras – Revista Catarinense de História / 2018
O Número 32 da Fronteiras: Revista Catarinense de História apresenta o Dossiê Memória, Patrimônio e Democracia, traz textos que se articulam ao conjunto de debates promovidos durante o XVII Encontro Estadual de História, realizado entre os dias 21 e 24 de agosto de 2018, na Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE), em Joinville, Santa Catarina.
Ao propor a combinação dos termos memória, patrimônio e democracia, o Dossiê visa oportunizar o compartilhamento de resultados de pesquisas interessadas em compreender as maneiras pelas quais bens culturais são (re)convertidos em patrimônios por meio do trabalho de agentes sociais de natureza diversa (individuais, coletivos, públicos, privados, entre outros).
À sua maneira, os textos que integram este Número evidenciam que os entrecruzamentos entre patrimônio, memória e democracia precisam ser pensados para além da mera contemplação de ícones considerados valiosos e relevantes para um determinado grupo ou para uma sociedade como um todo. Antes disso, é preciso ter em mente que o patrimônio se inscreve em um campo de lutas e reivindicações sociais mais ou menos democráticas, muitas das quais se utilizam do patrimônio para reforçar ou contestar significados atribuídos a bens que, presumidamente, constituem-se enquanto referências na complexa trama de políticas de memória na contemporaneidade. Em outras palavras, os autores desta edição, a partir de diferentes enfoques e abordagens teórico-metodológicas, problematizam complexidades políticas e culturais que atravessam processos contemporâneos de fabricação, ativação, uso e difusão de patrimônios culturais.
O Dossiê constitui-se de oito artigos, uma tradução e uma resenha. O artigo intitulado A memória fardada: a criação do Museu Histórico Nacional e as relíquias do Contestado, de autoria de Rogério Rosa Rodrigues, investiga o processo de coleta de vestígios materiais por parte de oficiais militares que atuaram na repressão ao movimento do Contestado, vestígios que foram incorporados ao acervo da reserva técnica do Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro. No desenvolvimento de suas análises, o autor procura debater a valorização da história militar do Brasil em um período em que tensas disputas foram travadas em torno da reconstrução de uma suposta memória nacional (primeiras décadas do século XX).
No escrito Fortalezas abandonadas, saqueadas, redescobertas, restauradas, patrimonializadas: da democratização à pluralização do patrimônio, Pedro Mülbersted Pereira e Elison Antonio Paim analisam como agentes envolvidos com a gestão das Fortalezas de Anhatomirim, Ratones e Ponta Grossa, situadas em Florianópolis / SC, historicamente envidaram esforços no sentido de elaborar e disseminar uma narrativa palatável acerca do passado dessas edificações. Apoiados em um conjunto diversificado de fontes (bibliografias, entrevistas, reportagens digitais e documentos oficiais), os autores problematizam retóricas patrimoniais que seguem dando força para um “discurso sobre a ruína”, negligenciando, em suas formas de expressão, narrativas de memória que não se afinam à versão glamourizada que certos órgãos encarregados da gestão das Fortalezas procuram manter e propalar.
No escrito Patrimônios difíceis, demanda social e reparação nos Asilos Colônias em São Paulo, Gabriela Lopes Batista aciona a noção de “patrimônios difíceis” para refletir sobre as representações relacionadas ao tombamento de espaços que, no transcurso do século XX, funcionaram como instâncias de isolamento compulsório de pessoas acometidas pela hanseníase.
O artigo Tombamentos, processos, disputas e tensões nas histórias do patrimônio cultural de Joinville – outras questões para o debate público, de Cristiano Viana Abrantes, Dietlinde Clara Rothert e Giane Maria de Souza, constitui-se como um estudo sobre estratégias político-institucionais ligadas à gestão do patrimônio cultural em uma cidade de médio porte (Joinville). No desenvolvimento do texto, os autores procuram refletir sobre tensões que se fazem presente no campo patrimonial do município de Joinville, atentando para o papel exercido por agentes e agências da administração pública encarregados de assessorar, monitorar e acompanhar o cumprimento de requisitos legais que são diretamente relacionados com a patrimonialização ou não de determinado bem cultural.
No artigo intitulado Diálogos arriscados: do direito de participação cidadã na patrimonialização ao direito cidadão de aparecer no patrimônio cultural, o historiador Diego Finder Machado reflete sobre relações tensas e conflituosas que se desdobram de perspectivas divergentes acerca do lugar, da função e dos modos de interação com o patrimônio nas sociedades do presente. A partir da análise de processos de patrimonialização que perpassaram a história de Joinville, o autor discute como cidadãos comuns, de maneira mais ou menos declarada, apropriaram-se do patrimônio cultural para reivindicar espaços de aparecimento na vida pública das cidades contemporâneas.
Em A UNESCO, o patrimônio e o turismo cultural: uma abordagem inicial (1960- 1980), Valéria Fernanda Serpa Steinke, Fernando Cesar Sossai e Ilanil Coelho apresentam um histórico da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), bem como examinam algumas das discussões sobre patrimônio que atravessaram o processo de elaboração da Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural (UNESCO, 1972). Em seguida, os autores refletem a respeito de como essa Organização, durante a década de 1970, atuou de maneira a aproximar entre si os termos patrimônio e turismo cultural.
No artigo Desenvolvimentismo, industrialização e ensino superior em Chapecó: bases para a criação de um movimento estudantil, Vinicius de Almeida Peres e Monica Hass problematizam os interesses envolvidos com a oferta do Ensino Superior em Chapecó, bem como discutem como se deu a constituição de um movimento estudantil junto ao Centro de Ensino Superior da Fundação Universitária do Desenvolvimento do Oeste de Santa Catarina. Vale a pena destacar que os autores fazem uso de fontes que integram o acervo do Fundo Documental do Diretório Central dos Estudantes, um acervo custodiado pela equipe técnica do Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina (CEOM / UnoChapecó).
Em Campos entre taipas e aramados: novos olhares sobre a paisagem serrana catarinense, a autora, Cristiane Fortkamp Schuch, busca elaborar uma escrita histórica a respeito de experiências culturais e modos de vida que impactaram a paisagem dos campos de altitude do planalto catarinense. Em seu texto, a autora dispensa atenção à análise da paisagem histórica da região, procurando diferenciar e ampliar o conceito de paisagem para além de sua vertente imagética.
Na seção Resenha, Adriano Denovac explicita algumas das discussões presentes no livro O que pode a biografia, obra organizada pelos historiadores Alexandre de Sá Avelar e Benito Bisso Schimidt. Trata-se de uma obra interessante para o campo da História, uma vez que aprofunda o debate sobre os possíveis lugares da biografia no campo da História, em especial nos domínios da História Pública.
Esta edição da Fronteiras conta ainda com a tradução do texto intitulado A fabricação do patrimônio, de autoria de Nathalie Heinich, socióloga e diretora de pesquisa do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS, Paris). Elaborada pelos historiadores Diego Finder Machado e Fernando Cesar Sossai, a tradução é uma contribuição importante para os estudiosos que atuam no campo do patrimônio cultural no Brasil, uma vez que Heinich desenvolve em seu escrito questões bastante espinhosas: como um determinado objeto adentra o conjunto do patrimônio cultural nacional? Sob quais critérios? Sob quais dinâmicas de atribuição de valores? A tradução também é uma oportunidade de conhecer as proposições de Nathalie Heinich para o desenvolvimento de pesquisas mais pragmáticas a respeito do patrimônio cultural.
Esperamos que este Número da Revista Fronteiras seja uma contribuição relevante para os que, assim como nós, procuram investigar as complexidades contemporâneas que emergem dos entrecruzamentos entre Memória, Patrimônio e Democracia.
Boa leitura a todas e a todos!
Fernando Cesar Sossai
Ilanil Coelho
Samira Peruchi Moretto
Organizadores do Dossiê Memória, Patrimônio e Democracia
SOSSAI, Fernando Cesar; COELHO, Ilanil; MORETTO, Samira Peruchi. Apresentação. Fronteiras: Revista catarinense de História. Florianópolis, n.32, 2018. Acessar publicação original [DR]
História e Patrimônio: questões teóricas e metodológicas / Anos 90 / 2018
O presente dossiê pretende contribuir para os debates recentes acerca das interfaces entre história e patrimônio. Para tanto, agrega artigos que enfocam questões teóricas e metodológicas referentes a três possibilidades de interface entre história e patrimônio. A primeira delas trata das investigações acadêmicas sobre os processos de patrimonializacão e usos do passado, cuja acolhida não se estabeleceu apenas em programas de pós-graduação stricto sensu em História, mas em uma miríade de programas interdisciplinares criados no Brasil nas últimas décadas. A segunda possibilidade envolve a atuação do profissional historiador em um campo de disputas, onde estão em jogo os embates em torno de práticas e representações sobre os bens culturais e sobre o passado. Finalmente, a terceira interface está relacionada ao ensino de história e envolve especialmente as políticas educacionais que, no Brasil, tem colocado o patrimônio como eixo de abordagens transversais no currículo escolar. Em qualquer destes lugares de produção histórica sobre o patrimônio, o aprofundamento teórico e metodológico constitui-se em prerrogativa para o avanço da reflexão sobre a especificidade das contribuições do conhecimento histórico para a questão, bem como para o compartilhamento e debate interdisciplinar com outras áreas envolvidas. Desse modo, o Dossiê História e Patrimônio agrega reflexões de ordem teórica e metodológica relacionadas às possibilidades de interface acima elencadas, discutindo autores e conceitos utilizados, bem como metodologias postas em ação para elucidação de problemas.
A ideia da proposição desse dossiê partiu de debates acerca da importância das questões teórico-metodológicas desenvolvidos no GT História e Patrimônio Cultural da ANPUH e foi aprovada pela Comissão Editorial da Anos 90 no primeiro semestre de 2017. Foi feita uma chamada ampla no dia 31 de julho de 2017 para que todos os doutores que investigam acerca dessa temática interessados em publicar artigos no dossiê fizessem as submissões. O prazo para submissão estendeu-se até o dia 30 de abril de 2018, quando iniciou a busca por outros doutores especialistas no tema para que fizessem gratuitamente a avaliação dos artigos submetidos, conforme as normas da revista. Agradecemos a esses avaliadores anônimos que muito contribuíram para a seleção e qualidade dos textos aqui publicados.
Ao final do processo de avaliação, foram aprovados os artigos que seguem:
“O lugar do patrimônio na operação historiográfica e o lugar da história no campo do patrimônio”, de Zita Rosane Possamai, mapeia a história do patrimônio no Brasil a partir da contribuição dos museus e destaca a presença da produção historiográfica nesses espaços. Problematiza as aproximações e distanciamentos desse saber nesse campo e finaliza com a análise de dados recentes sobre a produção em nível de pós-graduação sobre patrimônio em diversas áreas, com ênfase na história.
“Patrimônio cultural na contemporaneidade: discussões e interlocuções sobre os campos desse saber”, de Elis Regina Barbosa Angelo e Euler David de Siqueira, discute, a partir dos aportes conceituais da História e da Antropologia, as relações entre o patrimônio, como elemento de diálogo com o passado, e os processos vinculados à memória, à identidade, ao tempo e à cultura. Situa a configuração do patrimônio associado ao Estado-nação e problematiza os movimentos identitários mais recentes, presentes em diversas regiões do mundo, que reivindicam a valorização dos patrimônios locais no contexto da globalização.
“Memórias e identidades: a Patrimonialização e os usos do passado”, de autoria de Sandra C. A. Pelegrini, busca mostrar os “perigos” aos quais estão sujeitos os profissionais de diversas áreas atuantes em comissões ou conselhos ligados à preservação dos bens culturais. O estudo de caso do processo de tombamento e de registro de bens patrimoniais, na Estância Balneária de São Vicente (São Paulo), permitiu à autora relacionar aportes teóricos e metodológicos na abordagem da questão.
“Patrimônio cultural e turismo: tensões contemporâneas”, de Fernando Cesar Sossai e Ilanil Coelho, enfrenta os tensionamentos decorrentes da relação entre patrimônio e turismo, ao ter como foco a cidade de Barcelona, Espanha. Os autores mostram como bens culturais ativados como patrimônios mundiais constituíram-se como suportes para contestações contra a presença dos turistas na cidade e contra a expansão desenfreada do turismo internacional na região. Através das imagens fotográficas chega-se a vozes / imagens dissonantes produzidas por sujeitos individuais ou coletivos, contrários à presença desses visitantes na cidade.
“Patrimônio e performance cultural: experiência e territorialidade na conquista do espaço”, de Eloísa Pereira Barros, através dos conceitos de território, performance cultural e sua relação com o patrimônio, propõe refletir sobre as ideias de memória, performance, cultura e identidade. Considera o patrimônio cultural como prática social que performa o movimento realizado pelos grupos sociais ao materializar os aspectos simbólicos e codificados da cultura nos espaços sociais, seja ele material ou imaterial.
“O registro do Cordel como patrimônio imaterial e as políticas de preservação da cultura popular no Brasil”, de Antonio Gilberto Ramos Nogueira, aborda os desafios da preservação dos aspectos culturais intangíveis e percorre as mudanças conceituais e metodológicas nas políticas públicas sobre essa problemática. Trata do processo de construção dos sentidos de patrimônio cultural imaterial e da patrimonialização do Cordel no Brasil. Através da trajetória da Literatura de Cordel, o autor mapeia os deslocamentos de sentidos, indo do folclore ao patrimônio imaterial, nas políticas públicas no que se refere à noção de cultura popular.
“A patrimonialização e suas contradições: o patrimônio prisional na França do tempo presente”, de Viviane Trindade Borges, aborda os embates em torno das práticas de patrimonialização de espaços prisionais na França, tendo como foco o caso da Prison de La Santé. A autora analisa os destinos contraditórios desses patrimônios monumentais, obsoletos na atualidade, e problematiza a atuação de intelectuais franceses nesse processo, entre os quais alguns historiadores, que debatem a emergência do conceito de patrimônio carcerário ou patrimônio prisional.
“Entre a sala de aula e o gabinete do museu: as primeiras coleções do Museu Histórico de Londrina / PR na gestão do Padre e Professor Carlos Weiss (1970-1976)”, de Cláudia Eliane P. Marques Martinez e Angelita Marques Visalli, analisa o processo de constituição das primeiras coleções no Museu Histórico de Londrina, a partir das iniciativas de seu primeiro diretor, Pe. Carlos Weiss (1970 a 1976). A atuação desse diretor determinou a escolha e prioridade dada a alguns objetos específicos, sobretudo artefatos arqueológicos e etnográficos. A quantificação do acervo por meio de um banco de dados com os registros do Primeiro Livro de Registro do Museu Histórico de Londrina permitiu analisar a recorrência nessas coleções de artefatos arqueológicos e etnográficos, provenientes da região.
Finalmente, “Goiânia: dinâmicas do patrimônio e da memória entre a instituição da cidade-monumento e a cidade-praticada”, de Edmar Aparecido de Barra e Lopes, aborda a discussão acerca dos usos sociais do passado e suas relações com a dinâmica da patrimonialização a partir da análise de narrativas dominantes sobre o urbano e a cidade de Goiânia / GO.
Essa variedade de problemas, objetos e casos empíricos apresentados demonstra, por um lado, a fertilidade das investigações sobre o patrimônio desenvolvidas no âmbito dos estudos históricos. Por outro lado, essas pesquisas demonstram a necessidade de diálogo com outras áreas de conhecimento e como essas permitem apreender a complexidade dessas questões. Finalmente, apontam para a problematização e legitimação da atuação do profissional de história e de outras áreas nesse campo. Sem exaurir as possibilidades, certamente inesgotáveis, desejamos que esse dossiê venha a contribuir para a reflexão e inspiração para novas pesquisas. E, especialmente nesse momento em que o patrimônio brasileiro sofreu uma perda inestimável com o incêndio do Museu Nacional, renove nossas esperanças em seguir agindo na defesa da preservação dos traços de nossas memórias e dos nossos passados.
Zita Possamai – Professora associada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio da UFRGS. Doutora em História com pós-doutoramento na Universidade Paris 3 Sorbonne Nouvelle (França). Bolsista de Produtividade do CNPq. E-mail: zitapossamai@gmail.com , http: / / orcid.org / 0000-0003-4014-5389
Alessander Kerber – Professor associado do Departamento de História e do PPG em História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutor em História com pós-doutoramentos na Universidade de São Paulo (USP) e na Universidad Nacional de Cuyo (UNCUYO, Argentina). E-mail: alekerber@yahoo.com.br , https: / / orcid.org / 0000-0002-7604-7484
POSSAMAI, Zita; KERBER, Alessander. Apresentação. Anos 90, Porto Alegre, v. 25, n. 48, dez., 2018. Acessar publicação original [DR]
Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.
Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.
IMPRESSÕES DE UM VIAJANTE OITOCENTISTA SOBRE O NILO E O AMAZONAS | Anna Carolina de Abreu Coelho | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018. | |
José Coelho da Gama e Abreu, o Barão de Marajó, político e intelectual amazônico, em suas inúmeras viagens refletiu sobre o espaço urbano durante o século XIX. Comparando as cidades de diversas partes do mundo, ele percebia “diferentes grandezas” relacionadas à natureza e à civilização. Neste artigo, pretendemos analisar o olhar comparativo do viajante amazônico a respeito dos rios Amazonas e Nilo.
Palavras-chaves: Viagens; Amazonas; Nilo
| A IGREJA TENRIKYO AMAZÔNIA: A HISTÓRIA E A CULTURA DA RELIGIÃO | Vitor Moises Nascimento Therezo | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.
Este artigo destaca algumas características distintivas, da forma como a religião é vivida na Igreja Tenrikyo Amazônia, localizada em Ananindeua, zona metropolitana de Belém (Pará). As características percebidas na Tenrikyo na Amazônia contrastam com os padrões estabelecidos no Ocidente, principalmente em perspectivas de tempo e espaço, que acabam por unificar os conceitos de tradição e cultura. Mesmo com uma estrutura e doutrina bem definida e uma carga de ocidentalização muito forte, a religião não é uma categoria autônoma da cultura e da história. Isso permite o estabelecimento e a percepção mais clara de fins sociais neste contexto religioso nipo-amazônico, o que acaba por poder ser um fator útil para qualquer pesquisa que se debruce sobre a religião e a cultura. Assim, pode-se haver proveito dessas análises para construção de outras perspectivas de interpretação do cenário religioso ocidental, que hoje é tão plural e heterogêneo.
Palavras Chave: Igreja Tenrikyo; Amazônia; Religiosidade no Brasil
A CULTURA ÁRABE MUÇULMANA E O CINEMA: O RETRATO DO ÁRABE MUÇULMANO GERADO PELO CINEMA HOLLYWOODIANO | Débora Dorneles Uchaski | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.
Este artigo traz uma perspectiva sobre como o cinema hollywoodiano têm representado a cultura árabe muçulmana e como o cinema tem sido utilizado como uma ferramenta ideológica para a legitimação de projetos políticos e econômicos norte-americanos. Baseados na teoria da Nova História Cultural e nos métodos de Marc Ferro, analisaremos vinte e um (21) filmes criados entre a década de 1970 e os dias atuais, partindo do contexto em que havia sido criada a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e o mundo estava sendo acometido com a crise do petróleo, atingindo primariamente os Estados Unidos. Fundamentado em interesses políticos e econômicos, os Estados Unidos tem utilizado do cinema hollywoodiano como um instrumento para atingir o inconsciente coletivo das massas. Aumentando consideravelmente a utilização da figura do árabe muçulmano em seus filmes, criando um retrato de tal cultura sob uma ótica orientalista. Além disso, dedicamo-nos a estudar a representatividade da cultura árabe muçulmana no cinema salientando a forma como é estampada, os estereótipos arremetidos a tais sujeitos e analisar se houve alterações e degradações de sua imagem com o decorrer da história. Enfatizando a importância de trabalhar em sala de aula a desconstrução dessa ótica eurocêntrica e orientalista a fim de despertar no educando um olhar crítico ao que lhe é ofertado pela mídia de massas. Portanto, com o objetivo de trazer novas perspectivas e visões a fim de romper com estereótipos e com o estranhamento a culturas diferentes das quais este se insere, visando que alcance um pensamento mais ambíguo e tolerante.
Palavras-chave: Cinema; Representação; Orientalismo; Estereótipos; Racismo.
A IMIGRAÇÃO JAPONESA VISTA PELO CINEMA BRASILEIRO: APONTAMENTOS SOBRE “GAIJIN, CAMINHOS DA LIBERDADE”, DE TIZUKA YAMASAKI (1980) | Diogo Matheus de Souza | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.
A Lei 13.006/2014 determina a exibição de duas horas mensais de filmes de produção nacional em todas as escolas de educação básica do país. Buscando refletir sobre possibilidades acerca do cinema brasileiro na escola, e mobilizando temáticas,
O presente artigo pretende analisar o filme “Gaijin, Caminhos da Liberdade” (1980), da cineasta nipo-brasileira Tizuka Yamasaki. Por meio do filme, de notícias de jornal que circularam no contexto de seu lançamento, de entrevista com a diretora e da bibliografia existente, pretende-se compreender como “Gaijin” mobiliza e produz memórias acerca da imigração japonesa, e quais os indícios que nos fornece sobre a construção de uma identidade japonesa no Brasil.
Palavras Chave: Imigração Japonesa; Cinema; Educação
REMINISCÊNCIAS DE MILTON HATOUM: ORIENTE E AMAZÔNIA COMO VETORES DA ARTE LITERÁRIA | Heraldo Márcio Galvão Júnior | Arcângelo da Silva Ferreira | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018. | Com
O presente artigo buscamos esboçar sobre a trajetória intelectual do escritor amazonense Milton Hatoum, elucidando, essencialmente, a Amazônia e o Oriente, real e imaginário. Estes motes literários herdeiros das experiências vividas pelo literato desde sua infância. As lembranças, as memórias e seus espaços se tornaram vetores da arte literária de Hatoum.
Palavras Chave: Milton Hatoum; Literatura; Oriente.
NARRATIVAS ORAIS DE MULHERES CHINESAS EM MANAUS 1980-2017 | Raphaela Martins Pereira | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018. |
Este artigo é fruto de uma pesquisa de Iniciação Cientifica vinculada ao Laboratório de História Oral e Audiovisual do Amazonas (LABHORA-AM) do Departamento de História da Universidade Federal do Amazonas e seu objetivo é refletir sobre memórias de mulheres chinesas que migram/migraram para Manaus no interstício de 1980-2017. Para isso nos utilizaremos fundamentalmente dos diálogos estabelecidos com as fontes orais, obtidas através de entrevistas que realizamos com três chinesas migrantes e que versaram sobre suas Histórias de vida, seu trabalho e o processo de migração. Entendemos que o modo de migrar de homens e mulheres são diferentes e que refletindo acerca das memórias e experiências desses sujeitos históricos podemos ter dimensões da História da imigração chinesa para o Brasil.
Palavras – Chave: mulher chinesa; imigração; história oral.
LENDO O OCIDENTE A PARTIR DO ORIENTE: O NARRADOR MACHADIANO EM QUESTÃO | Nelson de Jesus Teixeira Júnior | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018. |
O ensaio visa, através de uma perspectiva ficcional e histórica, discutir como o Ocidente era lido através dos acontecimentos no Oriente, isso, por meio de uma crônica datada de “1 de julho de 1876”, assinada por Machado de Assis, que circulou no espaço carioca do Oitocentos. Esse escritor brasileiro operacionalizava ideias diversas em favor da formação informativa do seu leitor, apesar de não ter precisão acerca da composição desse leitorado. Essa narrativa machadiana viabiliza ampliar, para nós, a forma de compreensão sobre o cronista e seu processo de apreensão do cotidiano.
Palavras-chave: Machado de Assis; Oriente; Literatura
“FAÇA-SE O QUE SE QUISER – OS CHINESES POVOARÃO O BRASIL”: A PRIMEIRA MISSÃO BRASILEIRA NA CHINA | Kamila Rosa Czepula | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018. |
Nesse breve texto, analisaremos a primeira missão brasileira realizada na China em 1881, que tinha por objetivo estabelecer acordos comerciais e viabilizar a vinda de imigrantes chineses para o Brasil Império.
Palavras-chave: Imigração Chinesa; Brasil Império; China Imperial
A CONTRIBUIÇÃO DOS ESTUDOS DECOLONIAIS PARA O ORIENTALISMO DE EDWARD SAID | Pepita Afiune | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018. |
O artigo propõe um debate teórico a respeito da importância dos estudos orientalistas do palestino Edward Said e a contribuição que os estudos decoloniais podem oferecer às suas discussões. Quando Said atribui às significações criadas sobre o Oriente por parte do Ocidente como uma reminiscência da herança colonial, atribuímos aos estudos decoloniais o protagonismo de uma crítica análise cujas raízes estão na pós-colonialidade. A Decolonialidade emerge como um enriquecimento dos estudos pós-coloniais, sem deixar de mostrar a importância que eles tiveram no âmbito de seu contexto histórico. Autores que contribuem para este debate fazem parte deste grupo de pensamento que propõe um desprendimento epistemológico, como Alejandro Haber, Walter Mignolo, Santiago Castro-Gómez, Aníbal Quijano e Boaventura Santos. A linha de pensamento dos referidos autores entende o orientalismo de Said como uma perpetuação da academia norte-americana, o que fez com que o Oriente continuasse sendo pesquisado a partir de matrizes de pensamento imperialistas e metropolitanas.
Palavras-chave: Orientalismo; Decolonialidade; Pós-Colonialidade.
DE TRANSNACIONALISMO TIBETANO À UM LOCAL DE PEREGRINAÇÃO: O CASO DO TEMPLO BUDISTA KHADRO LING DE TRÊS COROAS-RS | Jander Fernandes Martins e Vitória Duarte Wingert | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.
O presente trabalho é fruto de uma Etnografia realizada no Templo Budista Khadro Ling, localizado na cidade de Três Coroas-RS a 91km da capital gaúcha Porto Alegre. O objetivo desse trabalho foi perscrutar os motivos que levavam inúmeros sujeitos de diversas localidades e distintas cosmovisões religiosas a visitar esse ambiente. A coleta de dados se deu por meio de entrevistas semidirigidas. Estas, foram realizadas durante dois finais de semana culminando em um total de 30 entrevistas. Partindo da Antropologia da Religião. Nesse sentido, compreender como uma religião oriunda de uma cultura oriental milenarmente constituída, instaurou-se em outro país, o qual é culturalmente distinto, especialmente, em seus processos e manifestações (religiosas) se demonstraram relevantes. Os resultados desse estudo nos convidam a abrir discussão e reflexão sobre a o papel do budismo em uma região, histórica e culturalmente, constituída de uma identidade germânica protestante. Além disso, constatou-se que, mais do que uma questão de migração étnica, trata-se em nosso entendimento de uma questão de “transnacionalismo religioso”.
Palavras-chave: Antropologia da Religião; Budismo; Etnografia; Transnacionalismo Religioso.
OS PROCESSOS MIGRATÓRIOS JAPONESES ENTRE OS SÉCULOS XIX E XX | Ronaldo Sobreira de Lima Júnior | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.
Uma série de mudanças aconteceu no Japão durante o século XIX, e a maior parte delas foi proveniente do período conhecido como “Restauração Meiji”, onde o país se abriu ao Ocidente, após séculos de isolamento estabelecido pelo shogunato Tokugawa. Este momento da história japonesa é crucial para entendermos como e porque o país enfrentou ondas migratórias de seus cidadãos em seu próprio território e para fora dele. O século XIX se caracterizou por estes grandes deslocamentos populacionais internacionais, principalmente vindos da Europa, da China e do Japão. A presença dos nipônicos nos países em que se instalaram causou fenômenos que fomentam inúmeras reflexões, mas a maior e a primogênita destas é aquela que objetiva entender o que os levou a buscar uma nova vida em várias nações pelo mundo, principalmente no continente americano. Este trabalho se propõe a sistematizar e a fundamentar a discussão sobre este momento histórico do Japão que se iniciou no século XIX e adentrou pelo século XX, resultando em várias ondas de deslocamento de nipônicos em diversas direções, com destaque ao Brasil.
Palavras-chave: História; Japão; Imigração.
300 años: masonerías y masones, 1717-2017 – ESQUIVEL et al (RE)
ESQUIVEL, Ricardo Martínez; POZUELO, Yván; ARAGÓN, Rogelio (Ed). 300 años: masonerías y masones, 1717-2017. Cinco volúmenes: Migraciones, Silencios, Artes, Exclusión y Cosmopolitismo. Ciudad de México: Palabra de Clío, 2017-2018. Resenha de: MARCO ANTONIO, García Robles. Revista Estudios, v.37, Diciembre 2018-Mayo 2019.
Desde la investigación histórica, desentrañar las sociabilidades de los masones permite agregar una capa de comprensión o explicación a las narraciones consideradas como canónicas o inobjetables. No es que hubiera omisiones intencionales en los seguidores de Clío; más bien, estaban en desarrollo las herramientas para interpretar las afiliaciones a los ritos masónicos existentes en el país o lo más frecuente, se disponía de escasa o nula información al respecto, lo que, de hecho, sigue siendo uno de los principales retos para los historiadores por la pérdida de archivos o el difícil acceso a los que existen.
Con relación a los cinco volúmenes de 300 años: Masonerías y masones (1717-2017),1 disponibles en formato electrónico,2 sin duda podemos afirmar que es la única iniciativa académica de esta dimensión en Iberoamérica, quizás con alguna competencia en el mundo anglosajón. Se trata para empezar, de la reedición de años de trabajo de una revista científica internacional, arbitrada e indexada con sede en la Universidad de Costa Rica, la Revista de Estudios Históricos de la Masonería Latinoamericana y Caribeña (REHMLAC+). Es de destacar la selección y actualización de artículos bajo ejes temáticos, la traducción de textos publicados en otros idiomas, además del diseño y las gestiones propias de la labor editorial, a cargo de Ricardo Martínez Esquivel, Yván Pozuelo Andrés y Rogelio Aragón.
Quizás una de las principales aportaciones de la serie, es el desmonte de mitos históricos, teorías de la conspiración, aclaración de información errónea o incluso, de las leyendas propaladas por las propias logias alrededor del mundo. Por supuesto, también se observan las aportaciones de la francmasonería en diversos ámbitos o mejor dicho, de algunos y algunas de sus integrantes, como parte fundamental en la transición del antiguo al nuevo régimen; aunque también este orden de carácter iniciático pueda entenderse más bien como un fenómeno paralelo o consecuencia de la modernidad.
Aunque quisiéramos, no disponemos del espacio para comentar los 44 artículos de la serie, además de las introducciones a cada libro, hechas por un colaborador diferente, que por sí mismas también revisten aportaciones adicionales. Así pues, señalaremos algunas de las aportaciones de cada ejemplar, con la advertencia de que en ocasiones se trata de verdaderos spoilers del contenido, lo que esperamos también sea una invitación para adquirirlos y leerlos.
Así pues, en el tomo I, Migraciones, señala José Antonio Ferrer Benimeli, que la promulgación de la Constitución de Cádiz consumó la invención del mito masónico-liberal, donde, pro-franceses, radicales, etc., se constituyeron en enemigos del trono y el altar. Señala el decano de la investigación masónica:
En este tránsito del antiguo al nuevo régimen, del absolutismo al liberalismo, de la tradición al reformismo o a la modernidad, el espacio masónico cobró una inusitada importancia a ambos lados del Atlántico cuando en realidad hoy día nos replanteamos el protagonismo que en gran parte está todavía por demostrar.3
En ese mismo sentido, el investigador español califica como leyenda la pertenencia a la masonería de la mayor parte de los próceres independentistas de América, incluyendo México, surgida en parte por la propaganda inicial anti-insurgente, como la citada por él en la Contestación del fray José Ximeno, del colegio de crucíferos de Querétero, al manifiesto del señor Hidalgo del año 1811, donde se acusa a Hidalgo de haber recibido de sus “hermanos los francmasones” la “perniciosa” idea de la igualdad que disolvía las diferencias que daban orden a la sociedad y generaban la anarquía, de donde concluía que Hildago era o libertino, o materialista, o apóstata de la religión, o todo junto, y por lo tanto francmasón como Napoleón, su amo.4
Por su parte, María Eugenia Vázquez Semadeni, en “Del mar a la política. Masonería en Nueva España/México, 1816-1823”, coincide en que no está demostrada la existencia de logias masónicas en el siglo XVIII en el actual territorio mexicano, además de cuestionar el mito fundacional de la masonería mexicana con el relato de la logia en la calle de las Ratas en la capital novohispana en 1806.5 Empero, documenta la existencia de talleres masónicos en Luisiana en 1793 con apoyo francés y norteamericano, aunque posteriormente este territorio es devuelto a Francia, quien lo vende a Estados Unidos. Luego refiere que surgida una gran logia en el nuevo estado del vecino país, otorga carta patente para fundar logias en Veracruz en 1816, al año siguiente en Campeche y en 1820 en Yucatán.6
En cuanto al tomo II, Silencios, abre magistralmente con el artículo de Vázquez Semadeni, “La teoría de la conspiración masónica en Nueva España/México, 1738-1949”, que parte de la idea de los detractores de esta forma de sociabilidad en el sentido de que existe un plan masónico para dominar el mundo. Nos dice la autora:
La teoría de la conspiración puede definirse como la creencia de que una organización formada por individuos o grupos actúa subrepticiamente para alcanzar un fin malévolo. En un sentido más amplio, las teorías de la conspiración consideran que la historia está controlada por fuerza malignas o incluso demoniacas.7
Explica la masonóloga que estas especulaciones generalmente están vinculadas a la Iglesia católica, gobiernos monárquicos y grupos conservadores. Otro de los asuntos que alentó la teoría de la conspiración, aún vigente para los no historiadores de profesión, es la liga de algunos insurgentes con sociedades secretas como la de los “Caballeros racionales”, cuyas ramificaciones desde Sudamérica fueron descubiertas en México, pero que los investigadores desestiman como masonería.
Por su parte, Felipe Santiago del Solar, en “Secreto y sociedades secretas en el mundo hispánico en la crisis del antiguo régimen”,8 clarifica algunas de las “leyendas negras” sobre la masonería, como lo relacionado con los “Iluminados de Baviera” o las logias “Lautaro”, que si bien, usaban estructuras y métodos similares a la masonería, perseguían otros fines, políticos o revolucionarios.
El tercer tomo reviste particular interés para los estudiosos de la literatura, la música y las creaciones visuales, pues está dedicado a las Artes. Por ejemplo, Andrew Pink, en “‘Cuando cantan’: la interpretación de canciones en las logias inglesas del siglo XVIII”, aborda el uso informal y ceremonial de la música en los talleres masónicos.9 En temas conexos se encuentran los artículos “Y la lira volvió a sonar: breve estudio sobre las relaciones semánticas entre música y masonería” de Fernando Anaya Gámez;10 y “La tercera columna: la música como herramienta mediática de la masonería en la Venezuela del siglo XIX” de Juan de Dios López Maya.11
David Marín López, en “Arte y masonería: consideraciones metodológicas para su estudio”,12 plantea un concepto de trabajo para analizar las creaciones artísticas vinculadas con la masonería. Se trata el de “estética masónica”, aunque se trata de una categoría relativamente debatible. Empero, constituye un ensayo que da pauta a la creación de un modelo de interpretación, que necesariamente tendrá que ir de la mano una contextualización de los realizadores, los comitentes, los usos, etc.
Un texto de gran erudición es “La masonería en la literatura. Una panorámica general” de José Antonio Ferrer Benimeli,13 que, en términos sintéticos, enlista una considerable cantidad de títulos y autores, que el propia autor clasifica en cuatro apartados:
- Literatos de renombre que al mismo tiempo fueron masones pero no reflejan directamente su compromiso con la masonería en sus escritos literarios.
- Masones que sí manifiestan su dualismo masónico-literario.
- Estudios críticos sobre dichos autores y sus obras.
- Autores no masones que aluden a la masonería en sus obras y que incluso la elevan a categoría de protagonista.14
Por cierto, podríamos incluir en la categoría tercera, aunque se trate de un texto académico, el de Yván Pozuelo Andrés, quien en “Kipling y su sorprendente primera novela”,15 analiza la obra El Hombre que quiso ser Rey, quizás más conocida por su versión cinematográfica con el actor Sean Connery como protagonista. En el artículo, el investigador español aborda la biografía del escritor indio, sus escritos relacionados con la masonería, e incluso, el debate si trabajos como El libro de la selva, tienen un trasfondo masónico, que él descarta, pero que otros investigadores sí observamos, como el paralelismo entre el perfil de algunos personajes y los grados de la masonería simbólica (aprendiz, compañero y maestro).
El cuarto tomo, Exclusión, tiene como principal enfoque el estudio histórico de la masonería desde el género. Como dice el autor del texto introductorio, Guillermo de los Reyes, “la integración de las mujeres en la sociabilidad masónica creo un gran conflicto con la intolerancia de ciertas masonerías, particularmente las de tradición anglosajona”, que permanece y que podría definirse como “tolerante intolerante” o “fraternidad sin sororidad”.16
De este mismo investigador de la Universidad de Houston, escrito junto con Paul J. Rich, extraigo un fragmento de su texto “Problemática racial, de sexualidad y de género: encrucijadas de la masonería norteamericana en el siglo XXI”, que proporciona referencias de la existencia de mujeres masonas antes de la fecha emblemática de 1717, que se tiene como el punto de inicio de la masonería moderna, inglesa y masculina:
Existe un registro de 1408 en el que los masones que acababan de ser invitados juraban obediencia al “maestre o dama o cualquier otro masón dirigente”. En los registros de la logia de la capilla de María de Edimburgo, con fecha de 1683, la logia estaba presidida por una dama o señora. Los registros de la Gran Logia de York en 1693 hablan acerca de iniciados masculinos y femeninos.17
Adicionalmente, este tomo resulta de gran interés por las aportaciones de investigadoras de varias universidades del mundo, que llevan a desmontar la visión de una predominancia masculina en la sociabilidad de estudio. Aquí viene perfectamente al caso una cita de Maria Deraismes, fundadora de la gran logia francesa mixta “Le Droit Humaine” (El Derecho Humano). Ante la pregunta en su iniciación en 1882, ¿cuál es vuestro objetivo al entrar en la francmasonería?, respondió: “…poner fin al prejuicio que ha excluido a las mujeres, pues tengo el firme espíritu de que gracias a su admisión podrá complementarse en el seno de las logias una obra de mejora general de las conciencias”.18
Por último, con respecto al tomo V, Cosmopolitismo. La introducción de este número a cargo de Ricardo Martínez Esquivel, posee un tono un tanto irónico y nostálgico de la cultura popular, que no se contrapone al rigor académico de la historia. El también director de la Revista de Estudios Históricos de la Masonería Latinoamericana y Caribeña de la Universidad de Costa Rica, nos recuerda los imaginarios mediáticos que nos remiten a la práctica masónica, como la hermandad de los “búfalos mojados” en los Picapiedra, la logia de los “magios” (stonecutters) en los Simpson, donde Homero, el famoso personaje de la icónica serie, es iniciado; o el rito de los “cefalópodos” en Bob Esponja, a los que se podrían añadir más ejemplos no mencionados, tanto de cartoons clásicos, como de emisiones contemporáneas de dibujos animados, con amplia audiencia.
La masonería es un fenómeno global, que se extendió a muchas latitudes del mundo desde su institucionalización en el Londres de 1717. Así, Margaret C. Jacob, en “La ilustración radical y la masonería”,19 comenta el detonante de la emigración protestante a Inglaterra y Holanda, por la intolerancia religiosa francesa y otros países católicos, así como los escritos y prácticas producidos en ese contexto. Quizá haya que mencionar que los redactores de las Constituciones de los Francmasones en 1723, James Anderson y Jean Théophile Désaguliers, eran precisamente protestantes.
Pierre-Yves Beaurepaire, en “Sociabilidad y masonería. Propuestas para una historia de las prácticas sociales y culturales en el siglo de las luces”,20 plantea un estudio de la masonería desde las prácticas de sus miembros, basado en teóricos como Maurice Agulhon, George Simmel, Jürgen Habermas y otros, que ven en los masones a nuevas formas de convivencia en la sociedad burguesa europeas.
Jessica Harland-Jacobs, en “Fraternidad global: masonería, imperios y globalización”,21 reflexiona sobre la rápida expansión que tuvo la masonería especulativa moderna, y cómo esta fue un factor del fenómeno que ahora conocemos como globalización, incluyendo la construcción de redes internacionales, el uso de cartas de presentación que se convirtieron en el antecedente del pasaporte, y otras cuestiones aparejadas a las prácticas comerciales, de colonialismo y militares.
Ricardo Martínez Esquivel, en “Imperialismos, masones y masonerías en China (1842-1911),”22 realizó un detallada análisis sobre la implantación de la sociabilidad masónica en el país asiático. Esta temática se vincula con la emergencia de algunas logias de inmigrantes chinos en países como México y los Estados Unidos de América, asunto del que recientemente ha surgido evidencia documental de gran interés y que con certeza dará lugar a nuevas investigaciones y escritos.
El artículo con el que cierra el tomo V es por demás interesante, Andrew Prescott, con “En busca del Apple Tree: una revisión de los primeros años de la masonería inglesa”,23 pone en entredicho la fecha fundacional de la institución teóricamente tricentenaria, para ubicarla con mayor probabilidad en 1821, ello a partir de la búsqueda de la famosa taberna donde se celebró la primera reunión de la Gran Logia de Londres, así como de las biografías y testimonios de la época.
La serie bibliográfica 300 años: Masonerías y masones (1717-2017), además de un lenguaje accesible, integra en cada número una sección iconográfica y fotográfica, con imágenes que complementan a la perfección los temas vertidos en sus páginas, además de brindar elementos para continuar con la indagación sobre la historia de la masonería.
Adicionalmente, para las personas interesadas en el estudio histórico del fenómeno masónico, se presentan entreveradas en los escritos, las pautas teórico-metodológicas que se siguieron para lograr los productos académicos de alta calidad. En algunos casos, se invita a proseguir con trabajos multi o transdisciplinarios, como la “lectura” o interpretación de objetos decorativos o parafernalia masónica en la reconstrucción de un momento específico en la vida de una logia, o incluso, en la biografía de un iniciado.
En la lectura anticipamos polémica, sorpresas, erudición y claro, disfrute intelectual. Con certeza, algunas versiones contenidas en las páginas de la serie conmemorativa no gustarán a las personas iniciadas en algún rito masónico o incluso, de los “altos cuerpos” de algunas obediencias, como tampoco serán del aprecio de los todavía existentes detractores de esta sociabilidad. En todo caso, creo que serán valoradas por las y los amantes de la verdad histórica, que nunca deja de estar en construcción.
Notas
1 Ricardo Martínez Esquivel, Yván Pozuelo Andrés y Rogelio Aragón (editores). 300 años: Masonerías y Masones (1717-2017) (México: Palabra de Clío, 2017 y 2018).
2 Pueden descargase gratuitamente en: www.palabradeclio.com.mx
3 José Antonio Ferrer Benimeli, “Utopía y realidad del liberalismo masónico. De las cortes de Cádiz a la Independencia de México”, en 300 años: Masonerías y Masones (1717-2017), tomo I, Migraciones (México: Palabra de Clío, 2017), pp. 12-13.
4 Ferrer, “Utopía y realidad…”, p. 21.
5 María Eugenia Vázquez Semadeni, “Del mar a la política. Masonería en Nueva España/México, 1816-1823”, en 300 años: Masonerías y Masones (1717-2017), tomo I, Migraciones (México: Palabra de Clío, 2017), pp. 128-130.
6 Vázquez, “Del mar a la política”, pp. 131-133.
7 María Eugenia Vázquez Semadeni, “La teoría de la conspiración masónica en Nueva España/México, 1738-1949”, en 300 años: Masonerías y Masones (1717-2017), tomo II, Silencios (México: Palabra de Clío, 2017), p. 9.
8 Felipe Santiago del Solar, Secreto y sociedades secretas en el mundo hispánico en la crisis del antiguo régimen”, en 300 años: Masonerías y Masones (1717-2017), tomo II, Silencios (México: Palabra de Clío, 2017), pp. 150-167.
9 Andrew Pink, “‘Cuando cantan’: la interpretación de canciones en las logias inglesas del siglo XVIII”, en 300 años: Masonerías y Masones (1717-2017), tomo III, Artes (México: Palabra de Clío, 2017), pp. 9-18.
10 Fernando Anaya Gámez, “Y la lira volvió a sonar: breve estudio sobre las relaciones semánticas entre música y masonería”, en 300 años: Masonerías y Masones (1717-2017), tomo III, Artes (México: Palabra de Clío, 2017), pp. 19-39.
11 Juan de Dios López Maya, “La tercera columna: la música como herramienta mediática de la masonería en la Venezuela del siglo XIX”, en 300 años: Masonerías y Masones (1717-2017), tomo III, Artes (México: Palabra de Clío, 2017), pp. 40-60.
12 David Marín López, “Arte y masonería: consideraciones metodológicas para su estudio”, en 300 años: Masonerías y Masones (1717-2017), tomo III, Artes (México: Palabra de Clío, 2017), pp. 71-84.
13 José Antonio Ferrer Benimeli, “La masonería en la literatura. Una panorámica general”, en 300 años: Masonerías y Masones (1717-2017), tomo III, Artes (México: Palabra de Clío, 2017), pp. 110-128.
14 Ferrer, “La masonería en la literatura”, p. 128.
15 Yván Pozuelo Andrés, “Kipling y su sorprendente primera novela”, en 300 años: Masonerías y Masones (1717-2017), tomo III, Artes (México: Palabra de Clío, 2017), pp. 129-157.
18 María José Lacalzada de Mateo, citada en 300 años: Masonerías y Masones (1717-2017), tomo IV, Exclusión (México: Palabra de Clío, 2017), p. 90.
19 Margaret C. Jacob, “La ilustración radical y la masonería”, en 300 años: Masonerías y Masones (1717-2017), tomo V, Cosmopolitismo (México: Palabra de Clío, 2017), pp. 9-21.
20 Pierre-Yves Beaurepaire, en “Sociabilidad y masonería. Propuestas para una historia de las prácticas sociales y culturales en el siglo de las luces”, en 300 años: Masonerías y Masones (1717-2017), tomo V, Cosmopolitismo (México: Palabra de Clío, 2017), pp. 22-30.
21 Jessica Harland-Jacobs, “Fraternidad global: masonería, imperios y globalización”, en 300 años: Masonerías y Masones (1717-2017), tomo V, Cosmopolitismo (México: Palabra de Clío, 2017), pp. 65-81.
22 Ricardo Martínez Esquivel, “Imperialismos, masones y masonerías en China (1842-1911)”, en 300 años: Masonerías y Masones (1717-2017), tomo V, Cosmopolitismo (México: Palabra de Clío, 2017), pp. 94-119.
23 Andrew Prescott, “En busca del Apple Tree: una revisión de los primeros años de la masonería inglesa”, 300 años: Masonerías y Masones (1717-2017), tomo V, Cosmopolitismo (México: Palabra de Clío, 2017), pp. 168-191.
Marco Antonio García Robles – Universidad Autónoma de Aguascalientes, México. E-mail: marcogarciarobles@gmail.com
Vestidas e afeitas para serem virtuosas: as mulheres na Castela dos séculos XIV e XV | Thiago H. Alvarado
Sustentar uma aparência foi, durante alguns séculos no Ocidente, um meio de pertencer a determinado estado social e fazer valer algumas regras que lhes eram próprias. Dessa maneira, as normas de conduta que circularam na Castela dos séculos XIV e XV expunham as preocupações de homens e mulheres cristãos que desejavam, por meio da razão natural, manter a ordem no reino. Entretanto, ainda que os letrados castelhanos tenham concedido maior espaço em seus escritos para aplicar correções nos trajes e nos desvios das mulheres, as mudanças na forma das vestimentas e de que maneira as práticas dos súditos e fiéis mudavam conjuntamente não deixaram de fazer parte de suas prédicas, conselhos ou leis. À vista disso, debruçar-se sobre essas transformações e sobre os modos com os quais os homens daquela época descreveram seus contemporâneos torna-se fundamental para a compreensão da composição social, ou seja, o lugar e o direito que cada estado dispunha dentro dessa sociedade.
Os homens de saber da Castela dos séculos XIV e XV procuraram narrar a postura que os súditos do reino deveriam manter dentro e fora de suas casas. De modo geral, malgrado a preocupação que tinham as famílias de assegurar seus estados e proteger seus bens, o regramento sobre os panos, toucas e sapatos difundiam saberes sobre os pecados em que poderiam cair todos aqueles que se vestissem ou se afeitassem de modo errado. Dessa maneira, se durante os séculos XVI e XVII os legisladores se apoiariam sobre a ideia de que as vestes expunham primeiramente o direito ou o ofício – como propôs, em alguma medida, Norbert Elias em A sociedade de corte 2 ao observar os comportamentos e a mentalidade que ordenavam a sociedade do Antigo Regime e ao considerar as roupas como parte dessa estrutura –, até o século XV as vestimentas e a aparência deveriam, acima de tudo, demonstrar a verdade e a honestidade que a alma carregava. Assim, lançando mão de tratos canônicos, cadernos de cortes, ordenamentos, leis e outros documentos de cunho normativo e moralizante, um passo em direção a essas reflexões é o que dá Thiago Henrique Alvarado em seu livro lançado em 2017, Vestidas e afeitas para serem virtuosas: as mulheres na Castela dos séculos XIV e XV.[ 3]
Alinhando-se a trabalhos recentes da historiografia que abordam costumes e regras na península Ibérica, Thiago Alvarado busca, entre outros objetivos, mostrar como uma ordem estamental pôde ser afirmada a partir do regramento e cuidado com o vestir-se. Ainda que muitos estudos atuais versem principalmente sobre as diferenciações sociais e a intenção da coroa e da Igreja em manter o equilíbrio entre os estados, [4 ]Alvarado concede igual importância para as descrições das condutas morais e dos conselhos para uma vida virtuosa. Como ilustrativo dessa ideia, o autor lança mão, entre outros documentos, do Tratado provechoso que demmuestra como en el vestir e calçar comunmente se cometen muchos pecados, [5]escrito pelo frei da Ordem de São Jerônimo, Hernando de Talavera, durante o século XV. Mais que observar a maneira como Talavera definia e normatizava os estados e seus lugares sociais, o autor aponta que os prelados e os regedores daquela época deveriam ordenar os trajes dos súditos para que os povos fossem justos, virtuosos e bons.[6]
Descritas como necessárias “para a salvação dos homens” ou como um “meio de salvaguardar os corpos” das intempéries e da natureza, as vestes que os homens e mulheres carregavam e com as quais cobriam suas vergonhas ganham, aos olhos dos reis e clérigos, dimensões teológicas. Preocupado com tais narrativas, que em determinados momentos divergem uma das outras, Alvarado se pauta pelos escritos que reconheceram os panos como proteção indispensável para todos aqueles que necessitavam cobrir suas fragilidades. Se por um lado o destaque à vestimenta é feito quando os castelhanos tratavam do momento da “queda do homem”, quando ele se descobre nu e tem vergonha de suas partes; por outro, também é dado o destaque para a função que assumia quando expunha no homem a “formosura e pureza da alma”.[7] Dessa forma, as vestes assumem, na voz de Talavera, um caráter transitório, pois, a graça da qual o homem se despiu ao desobedecer a Deus no paraíso seria retomada no Juízo Final, quando, em um ato de reconciliação com Ele, o homem seria revestido pela graça divina uma vez mais. O vestir-se e o cobrir-se ganham, mais que um significado literal, um sentido metafórico. Durante a vida, enquanto os homens transitavam do pecado original ao Juízo Final, o corpo deveria ser coberto pela castidade, penitência e mortificação da carne.
De outra maneira, Alvarado salienta principalmente duas ideias de vestimenta não necessariamente distintas: aquela que cobre o corpo, esconde as vergonhas e protege os homens das ações naturais; e outra que recobre a alma, garante a pureza e a limpeza do espírito. É fundamental, sob o olhar de Thiago Alvarado, que ambas as características das vestes fossem prescritas e assimiladas corretamente por cada estado, pois, tanto as regras morais, quanto as recomendações de proteção eram difundidas entre as mulheres de baixa linhagem, as damas e a rainha. Dando voz a letrados que tiveram grande importância no período – entre outros Afonso de Madrigal e Frei Martin de Córdoba – o autor parte de regras gerais à vestimenta e das funções que essa tinha no cotidiano de cada súdito do reino e acaba por clarificar o papel que as vestes assumiam na vida de mulheres de diferentes estados.
É por meio da mulher e de seu papel na família que o autor observa as condições financeiras e hierárquicas dos grupos dos séculos XIV e XV. Lançando mão de um período em que o reino castelhano passava por uma crise financeira e lidava com os mouros e os judeus, Alvarado mostra que a importância das mulheres é percebida quando os documentos prescrevem diversas regras para que, quando fossem se adornar e se vestir, os fizessem correta e virtuosamente. Enquanto o homem era descrito como vinculado a um ofício, as mulheres carregavam as marcas do estado e de seu vínculo familiar, ou seja, por meio delas, Thiago Alvarado pôde dar a conhecer a condição dos estados nos reinos e as organizações jurídicas sobre eles. Em relação aos outros povos que se instalaram no reino, partindo das leis dos reis Afonso X e Afonso XI, o autor procura debater a importância das cristãs se diferenciarem das hereges e das fiéis de outros credos e priorizarem transparecer, acima de tudo, a honestidade e a lealdade ao reino e à Igreja.
O estudo de Thiago Henrique Alvarado ganha mais destaque pelo mapeamento que se propõe a fazer. As funções que as vestes assumem nos séculos XIV e XV e a maneira das mulheres castelhanas se cobrirem e se adornarem são expostos ao leitor por meio de uma série de documentos legados por tratadistas, cronistas, prelados, teólogos e outros moralistas. Podese observar que para compreender a situação no reino e a produção de leis a todos os estados, Alvarado elenca, entre outras obras, Las Siete Partidas de Afonso X,[8] e o livro dos ordenamentos das cortes de Castela e Leão, Cortes de los antigos reinos de Castela y León.[9] Para observar os padrões morais cristãos que eram cobrados a todos os estados, o autor lança mão da obra de Ludolfo de Sajonia, Vita cristi…;[10] de Jacopo de Varazze, Legenda áurea; [11] além dos tratados e escritos de Afonso Madrigal, Martín Pérez, Clemente Sanchez de Vercial, Hernando de Talavera, e dos concílios de Valladolid e Toledo. Ainda que muitos desses documentos não abordassem unicamente um assunto, mas buscassem compilar os saberes necessários para que os homens e mulheres vivessem sob as regras divinas e reais, o autor ainda destaca alguns que tratavam propriamente das vestes e dos estados, são eles: Virtuosas e claras mugeres,[12] de Alvaro de Luna; La reina Doña Isabel la Católica…¸[13] da rainha Isabel; Carro de las donas,[14] de Francesc Eiximenis; entre outras obras que traziam regramentos sobre a castidade e a pureza das mulheres.
É, portanto, por meio desses escritos e de outros da época que Thiago Henrique Alvarado procura descrever certas práticas do período em questão que foram expostas nas prescrições de autoridades eclesiásticas e laicas. Tendo como objetivo principal mapear os hábitos e costumes e descrever as práticas associadas aos trajes, o autor perpassa por três questões fundamentais. No primeiro capítulo, trata das queixas que as autoridades faziam a respeito da vestimenta e como transgredir as regras sobre a roupagem afetava a organização dos estados presentes no reino. No segundo, Alvarado procura debater sobre os valores morais que permeavam as normativas. Também aqui é de interesse do autor entender de que modo as leis foram criadas, com a finalidade de ordenar o cotidiano de mulheres e homens castelhanos.
Por fim, o terceiro capítulo debruça-se sobre as características “tidas por naturais” de cada vestimenta. Na visão do autor é fundamental entender, juntamente com as regras e os valores morais, como as mulheres foram aconselhadas em práticas virtuosas e alertadas sobre as pecaminosas ao vestirem-se e afeitarem-se. Por meio desse mapeamento e dos debates levantados por Alvarado, o trabalho monta um panorama de alguns principais costumes presentes no reino de Castela nos séculos XIV e XV.
Ao final do trabalho, conclui-se que as mulheres deveriam afastar-se da imagem de Eva, primeira pecadora e que instigou ao pecado também o homem, e aproximar-se do exemplo de Maria, virgem, comedida e fiel a Deus. As vestes seriam, então, uma importante ferramenta para observar se as mulheres seguiam os conselhos e se tornavam a imagem de pureza e castidade, ou se fugiam das regras e vestiam-se de forma desvirtuosa e com excessos de enfeites e chamativos. A fim de mostrar tanto as peculiaridades das vestes das mulheres, como a maneira com que a sociedade castelhana foi ordenada e descrita, Thiago Alvarado questiona: havia lugar para formosura e afeites nos hábitos das mulheres? De que modo as autoridades daquele período buscaram ordenar os costumes por meio das mulheres e suas vestimentas? Vale ressaltar que tanto nas palavras de Alvarado, como pelo suporte historiográfico que apresenta, a ordenação dos costumes não era uma forma de imposição de classes ou uma maneira de controle, ao contrário, observar as regras que circularam e ordenaram o cotidiano das mulheres e homens nos séculos XIV e XV é tido por Alvarado como uma forma de compreender os valores que aqueles mesmos homens descreveram como indispensáveis para a época.
Notas
1. Mestre em História (2018) pelo Programa de Pós-graduação em História da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (UNESP), campus Franca. Atualmente, doutorando em História vinculado ao Programa de Pós-graduação em História da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (UNESP), campus Franca.
2. ELIAS, Norbert. A sociedade de corte: investigação sobre a sociologia da realeza e da aristocracia de corte. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
3. ALVARADO, Thiago Henrique. Vestidas e afeitas para serem virtuosas: as mulheres na Castela dos séculos XIV e XV. São Carlos: EdUFSCar, 2017.
4. ALVAREZ-OSSORIO ALVARIÑO, Antonio. Rango y apariencia. El decoro y la quiebra de la distinción en Castilla (SS. XVI-XVIII). Revista de historia moderna, n.17 (1998-1999); pp. 263-278, 1999. p. 264-265
5. TALAVERA, Hernando de. Tratado provechoso que demuestra como en el vestir e calçar comunmente se cometen muchos pecados. In: CASTRO, Teresa de. El tratado sobre el vestir, calzar y comer del arzobispo Hernando de Talavera, Espacio, Tiempo, Forma, Serie III, Historia Medieval, n.14, 2001.
6. ALVARADO, Thiago Henrique. op. cit., p.17-18
7. ALVARADO, Thiago Henrique. Vestidas e afeitas para serem virtuosas: as mulheres na Castela dos séculos XIV e XV. São Carlos: EdUFSCar, 2017, p.80.
8. LAS Siete Partidas del Rey Don Alfonso el Sabio…. Madrid: Imprenta Real, 1807, 3 tomos.
9. CORTES de los antiguos Reinos de León y de Castilla. Madrid: Imprenta y Estereotipia de Rivadeneyra, 1863
10. LUDOLFO DE SAJONIA. Vita cristi cartuxano romãçado por fray Ambrosio. Alcalá de Henares: Lançalao Polono, 1502-1503, 4 vols.
11. DE VARAZZE, Jacopo. Legenda áurea: vidas de santos. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
12. LUNA, Álvaro de. Virtuosas e claras mugeres (1446). Edición, introducción y notas de Lola Pons Rodríguez. Segovia: Fundación Instituto Castellano y Leonés de la Lengua, 2008
13. LA Reina Doña Isabel la Católica. Á su confesor, don fray Hernando de Talavera. In: EPISTOLARIO Español. Tomo 2. Madrid: M. Rivadeneyra, 1870
14. EIXIMENIS, Francesc. Carro de las Donas. Valladolid, 1542. Estudio y edición de Carmen Clausell Nácher. Madrid: Fundación Universitaria Española/ Universidad Pontificia de Salamanca, 2007, 2. vols.
Referências
ALVARADO, Thiago Henrique. Vestidas e afeitas para serem virtuosas: as mulheres na Castela dos séculos XIV e XV. São Carlos: EdUFSCar, 2017.
ALVAREZ-OSSORIO ALVARIÑO, Antonio. Rango y apariencia. El decoro y la quiebra de la distinción en Castilla (SS. XVI-XVIII). Revista de historia moderna, n.17 (1998-1999), pp. 263-278, 1999.
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DE VARAZZE, Jacopo. Legenda áurea: vidas de santos. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
EIXIMENIS, Francesc. Carro de las Donas. Valladolid, 1542. Estudio y edición de Carmen Clausell Nácher. Madrid: Fundación Universitaria Española/ Universidad Pontificia de Salamanca, 2007, 2. vols.
ELIAS, Norbert. A sociedade de corte: investigação sobre a sociologia da realeza e da aristocracia de corte. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
LA Reina Doña Isabel la Católica. Á su confesor, don fray Hernando de Talavera. In: EPISTOLARIO Español. Tomo 2. Madrid: M. Rivadeneyra, 1870
LAS Siete Partidas del Rey Don Alfonso el Sabio…. Madrid: Imprenta Real, 1807, 3 tomos.
LUDOLFO DE SAJONIA. Vita cristi cartuxano romãçado por fray Ambrosio. Alcalá de Henares: Lançalao Polono, 1502-1503, 4 vols.
LUNA, Álvaro de. Virtuosas e claras mugeres (1446). Edición, introducción y notas de Lola Pons Rodríguez. Segovia: Fundación Instituto Castellano y Leonés de la Lengua, 2008.
TALAVERA, Hernando de. Tratado provechoso que demuestra como en el vestir e calçar comunmente se cometen muchos pecados. In: CASTRO, Teresa de. El tratado sobre el vestir, calzar y comer del arzobispo Hernando de Talavera, Espacio, Tiempo, Forma, Serie III, Historia Medieval, n.14, 2001.
Rodolfo Nogueira da Cruz – Mestre em História (2018) pelo Programa de Pós-graduação em História da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (UNESP), campus Franca. Atualmente, doutorando em História vinculado ao Programa de Pós-graduação em História da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (UNESP), campus Franca.
ALVARADO, Thiago Henrique. Vestidas e afeitas para serem virtuosas: as mulheres na Castela dos séculos XIV e XV. São Carlos: EdUFSCar, 2017. Resenha de: CRUZ, Rodolfo Nogueira da. Lei e costume na Castela dos séculos XIV e XV: Vestidas e afeitas para serem virtuosas. Aedos. Porto Alegre, v.10, n.23, p.374-379, dez., 2018. Acessar publicação original [DR]
Oriente, Ensino e História / Sobre Ontens / 2018
Car@s Leitor@s;
Nessa edição especial, apresentamos alguns textos selecionados sobre a questão dos Estudos Orientais no Brasil. Os artigos aqui presentes nesta coletânea foram apresentados no 2º Simpósio Eletrônico Internacional de História Oriental [www.simporiente2018.blogspot.com], e reproduzidos igualmente no livro ‘Extremos Orientes’ *2018, publicado pelo site de nossa revista]
Os autor@s convidados para essa seleção trazem alguns estudos interessantes sobre como estudar e ensinar temáticas relativas às histórias orientais pelos mais diversos meios. Essa dimensão plural e interdisciplinar que nos incentivou a construir um volume especial da revista sobre o tema.
Agradecemos aos autor@s e leitor@s!
Saudações,
André Bueno – C. Dir. Sobre Ontens
BUENO, André. Apresentação. Sobre Ontens. Apucarana, v.1, n.1, Esp. dez. 2018. Acessar publicação original [DR]
Methods and Cognitive Modelling in the History and Philosophy of Science–&–Education | Transversal | 2018
In order to inquire into the foundations of the History and Philosophy of Science & its connection to Education, more specifically, teaching science-NoS, the Inter-Divisional Teaching Commission (IDTC)3 reached high-level researchers to share their most recent works and findings in methods and cognitive modelling as the IDTC Special Issue on HPS-&- Education. By combining approaches of natural sciences & humanities in the investigation of the topics and promoting the cooperation between teaching educators, historians of science, historians and philosophers of science and specialist, the following articles offer an interesting influence on the actual debate from scientific, educationally and culturally standpoints.
In the context of nowadays constraints and technological progress regarding the teaching of physical and mathematical sciences, the investigation of the relevant scientificeducational questions is becoming more and more emergent. As such, and since science is synonymous with modernity and progress, research has to be evolving with its time as well as Nature of Science, Scientific Mediation, Popularization of Science and Technique, and Teaching methods and contents. Moreover, physics (Pisano 2009; Pisano and Capecchi 2015), mathematics (Dhombres 1992) and science education (Pisano and Bussotti 2015a, 2015c) are also a complex social phenomenon (Pisano 2016) since they are influenced by the labour market and the elementary knowledge of sciences required by anyone in the social-economic daily life. Leia Mais
Flávio Koutzii: biografia de um militante revolucionário – SCHMIDT (AN)
SCHMIDT, Benito Bisso. Flávio Koutzii: biografia de um militante revolucionário. Porto Alegre: Libretos, 2017. Resenha de: LAPUENTE, Rafael Saraiva. Traços de uma biografia “revolucionária”: Flávio Koutzii por Benito Schmidt. Anos 90, Porto Alegre, v. 25, n. 48, p. 411-418, dez. 2018.
Caminhos, contextos e trajetórias: Flávio Koutzii como um “revolucionário” na América Latina
Há por parte da bibliografia vinculada à Ciência Política a alegação de que o PT é a agremiação mais estudada da área (SANTIN, 2005; AMARAL, 2013), haja vista possuir uma quantidade numérica significativa de estudos com diferentes abordagens.1 Mas, se isso é relativamente consistente por parte da Ciência Política, é bem verdade que sua “irmã” – a História Política – ainda caminha com vagar sobre a história política e partidária do Brasil pós-democratização e, mais especificamente, sobre o PT e as demais agremiações. Ainda que os historiadores frequentemente fracassem na tarefa de prever o futuro (HOBSBAWM, 2013), penso que esse contexto é temporário. E ponto chave para isso é buscar entender a trajetória daqueles que vieram a fundar e dar sustentação ao Partido dos Trabalhadores, por meio de sua militância anterior ao Colégio Sion, onde o PT foi oficialmente fundado.
Ainda que Benito Schmidt não se dedique à tarefa de entender os anos de Flávio Koutzii como membro do PT e ativo na política institucional, a biografia que o autor traça sobre uma das principais figuras da esquerda gaúcha nos ajuda a conhecer um dos membros mais ilustres da sigla no Rio Grande do Sul.2 Para isso, Benito Schmidt dividiu o trabalho em cinco capítulos, encerrando sua biografia quando o personagem estudado retorna ao Brasil em 1984. E somente entre 1943 e 1984 resultou em um extenso trabalho de 543 páginas, fruto de sete anos de pesquisas. O autor, contudo, convoca desde o início outros pesquisadores a se debruçarem sobre o recorte posterior, chamando a atenção para o fato de que o período “em branco” do trabalho possui particularidades relevantes a serem analisadas por novos pesquisadores. Isto é, que a opção por não incluir esse período não está no fato de este ser, supostamente, menos relevante do que o estudado.
A introdução do livro chama a atenção para esse ponto, destacando que o pós-1984 “trata-se de um período riquíssimo” (SCHMIDT, 2017, p. 14), bem como dos bastidores em que chegou ao biografado e os conflitos em torno de “convencê-lo” ao recorte temporal. A introdução, sem dúvidas, é a parte do livro onde o autor provoca uma série de curiosidades e inquietudes, fazendo com que o leitor se sinta instigado a prosseguir a obra. Fugindo, assim, das introduções “burocráticas” que, por vezes, possuem os trabalhos acadêmicos.
Ter o biografado vivo, o que é pouco usual, é peça chave nisso, haja vista que a introdução vai narrando parte dos “bastidores” dos sete anos de pesquisa, em especial sobre a relação entre pesquisador e pesquisado. Ao longo do livro, Schmidt vai deixando claro, direta ou indiretamente, que Koutzii teve papel fundamental no desenvolvimento da pesquisa não apenas como entrevistado, mas sendo partícipe em todo o processo do trabalho, indicando, cedendo fontes e intermediando entrevistas. E também divergindo de Schmidt, embora o autor assinale poucas vezes no decorrer do livro os momentos em que isso ocorreu.
Essa participação de Koutzii, mais “direta”, aliada com a explícita identificação do autor com as bandeiras defendidas pelo biografado, evidentemente que deixam o leitor, como se diz popularmente, com o “pé atrás” em relação ao trabalho. Mas no decorrer do texto, à medida que Schmidt vai analisando a trajetória e, em especial, os contextos políticos nos quais Koutzii estava inserido, fica claro que não se trata de um texto chapa branca ou heroificante, comumente observado pelas biografias ditas “comerciais”.3.
Chama a a Chama a atenção no livro também o vasto material consultado pelo autor. Schmidt, para “seguir os passos” de Koutzii, frequentou dez arquivos diferentes, localizados em Porto Alegre, Buenos Aires, Rio de Janeiro, São Paulo, assim como o acervo pessoal de Koutzii. Apesar disso, o que predomina durante o livro são as entrevistas orais. Schmidt realizou 48 delas, algumas na França, Argentina e Alemanha, com figuras que estiveram próximas de Koutzii ao longo da trajetória analisada, sendo obviamente a maioria delas com o próprio biografado. Essas entrevistas deixaram o livro com uma narrativa estimulante. Elas, aliadas com a boa escrita do autor, transformaram as densas 543 páginas em uma leitura fluida. É fácil constatar que a biografia foi escrita pensando em atingir um público maior do que aquele que possui interesses acadêmicos.4t
Naquilo que concerne à organização do livro, ele foi dividido em cinco capítulos, cada um abordando uma fase diferente da vida de Koutzii. No primeiro, Benito Schmidt busca conhecer Koutzii antes de Koutzii, traçando o contexto de sua infância e adolescência no bairro Bom Fim, em Porto Alegre, bem como a estrutura familiar do biografado. Nesta, dando especial atenção a Jacob Koutzii, pai de Flávio e cuja trajetória estava vinculada ao PCB, ao judaísmo e à crítica de cinema. Nesse ponto em particular, Schmidt utilizou amplamente o livro A Tela Branca, escrito por Jacob Koutzii. A trajetória de Flávio Koutzii nesse capítulo também contempla sua vida escolar no Instituto de Educação General Flores da Cunha e no Colégio de Aplicação, dando ênfase especial às consequências de sua posição enquanto judeu e comunista quando estudava no primeiro; no segundo, Schmidt busca analisar a influência daquele ambiente para a formação política do biografado.
Como durante toda a biografia, Schmidt não se ateve apenas às atividades políticas. Esteve atento às relações pessoais de Koutzii, tanto com a família como também amorosas. Nesse capítulo, em particular, abre um fio que só terá desfecho no final do livro: o encontro entre Koutzii e Sônia Pilla, que, entre tantas idas e vindas, seria marcado por um reencontro em 1984, união que se mantém, destacando que as relações afetivas e familiares se misturavam com a ação militante em todo o período estudado.
Essas relações pessoais também por vezes trouxeram, no decorrer do livro, tanto a distensão como a angústia. No capítulo dois, o leitor pode dar boas gargalhadas quando o autor questiona, “com alguma maldade”, se “‘o Flávio jogava [futebol] bem?’. Ele respondeu o que eu pressentia: ‘não’” (SCHMIDT, 2017, p. 145). Por outro lado, quando o autor se debruça sobre a prisão na Argentina, é necessária muita frieza e abstração para não se colocar no lugar de Clara Koutzii nos dias de cárcere do filho, principalmente no momento em que ela tem que optar entre visitar Flávio ou ir ao enterro do marido Jacob. O livro também possui o mérito de ressaltar por diversas passagens que, apesar das muitas dificuldades, medos, angústias e incertezas, o biografado e seus pares também abriam brechas para brincadeiras e descontrações mesmo nos momentos mais aflitos de suas respectivas trajetórias.
Depois de Benito Schmidt buscar compreender as “raízes” de Koutzii, no capítulo seguinte estuda o início da militância do biografado em Porto Alegre no PCB. Abordando o período de retorno a Porto Alegre depois de uma malsucedida tentativa de estudar em São Paulo, Schmidt destaca o papel da UFRGS na atuação política de Koutzii: “perguntei-lhe: ‘e na Universidade, o que é que vocês faziam concretamente?’, ao que ele respondeu sem pestanejar: ‘política! [risos]. Política o tempo todo’” (SCHMIDT, 2017, p. 99-100), destacando sua atuação dentro do Movimento Estudantil da UFRGS. Um dos pontos para o qual Schmidt chamou a atenção foi a vitória de Koutzii como presidente do Centro Acadêmico Franklin Delano Roosevelt, da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas.
Característica importante desse capítulo, que estará presente nos demais, é o fato de o autor dar ênfase especial ao contexto em que está inserido o seu personagem. Isto é, por meio da busca dos passos de Koutzii, Benito Schmidt vai traçando sempre um importante paralelo contextual, transformando o livro em uma ferramenta para compreender o Brasil dos anos 1960 – e os impactos da Ditadura Militar no Movimento Estudantil – nesse capítulo, e também as ditaduras latino-americanas pelas quais Koutzii passou em função do exílio nos capítulos seguintes. A dedicação do autor aos contextos explica o porquê de a biografia ter ficado extensa, mas garante uma leitura mais rica do que só “seguir os passos” de Koutzii, ressaltando as decisões tomadas pelo biografado dentro do que é chamado de campo de possibilidades.
Finaliza o capítulo 2 com a Geração de 1968 e a decisão tomada por Flávio Koutzii e membros do Partido Operário Comunista de sair do Brasil para a França clandestinamente antes que fossem presos. Assim ele sintetiza o biografado no período abordado, dizendo que “[…] Flávio vivenciou com intensidade os acontecimentos políticos do seu tempo: o movimento estudantil, o golpe de 64, os debates que sacudiram e reconfiguraram a esquerda brasileira nos primeiros anos da ditadura, a luta armada”. Para Schmidt, “[…] a política, aliás, parece ter se tornado a partir de então o eixo central de sua existência, abarcando inclusive suas relações que normalmente chamaríamos de privadas, como as amizades e os amores”. Por isso, compreende sua atuação política “no sentido de agir para transformar a sociedade e tomar o poder” (SCHMIDT, 2017, p. 186). O Capítulo argentino é o título do capítulo três. Ainda que a parte mais “pesada” da biografia fosse dedicada ao capítulo seguinte e também ocorresse na Argentina, é compreensível a divisão do autor para uma parte destinada à militância de Koutzii na Argentina e, no quarto capítulo, destinando-se aos pedaços da morte no coração. Dessa forma, denota-se que existe um antes e depois na vida de Koutzii com a prisão e tortura durante a ditadura militar argentina, destacando ainda o fato de as organizações de esquerda também terem sido perseguidas nos governos de Peron e Isabelita. Embora, há de se ressaltar que o capítulo argentino abranja a atuação de Koutzii no Chile e na França.
É possível perceber, por meio do capítulo três, os artifícios dos militantes de esquerda para driblar as ditaduras latino-americanas, como a utilização de passaportes e identidades falsos, traçando, por exemplo, o trabalhoso processo empreendido por Flávio Koutzii para ir ao Uruguai e, de Montevidéu, ir de barca a Buenos Aires e, da capital argentina, se deslocar de ônibus a Santiago, para o Chile de Allende (SCHMIDT, 2017, p. 194-197). Ponto interessante do trabalho é poder observar a militância internacionalizada de Koutzii, identificando a atuação do personagem em múltiplos contextos, por vezes também ilustrando os choques provocados por essas diferenças.
Além disso, o livro explora a aproximação de Flávio Koutzii com a IV Internacional ainda na França e, na Argentina, sua militância no Partido Revolucionário dos Trabalhadores, na Fracción Roja, uma dissidência que teve no biografado uma das principais lideranças dos rojos, e na Liga Comunista Revolucionária.
Se o capítulo três muito lembra um “filme de ação”, haja vista as estratégias lançadas pela esquerda para confrontar e burlar as ditaduras latino-americanas, em especial a argentina, no capítulo quatro, No ‘coração das trevas’, o autor prenuncia o que virá em um depoimento pessoal: “certas vezes, depois de realizar as entrevistas, tive que caminhar pelo parque, tomar um sorvete, ver um filme alegre a fim de recuperar certa confiança na humanidade” (SCHMIDT, 2017, p. 312). Nesse capítulo a prisão de Koutzii é analisada, tanto por meio de entrevista oral como pelo jornal La Razón, que definia o biografado como “o responsável pelos grupos armados na América Latina da IV Internacional” (SCHMIDT, 2017, p. 315). Junto a isso, há a análise do contexto de desaparecimentos e sequestros de membros da esquerda naquele país, ilustrando a tensão da apreensão de Koutzii nesse cenário.
As práticas de tortura são pouco analisadas em si, mas ScAs práticas de tortura são pouco analisadas em si, mas Schmidt busca compreendê-las mais como um ato organizado, estruturado e articulado do Estado argentino visando à destruição física, mas principalmente psicológica dos presos políticos. Não é à toa que o maior capítulo é o mais tenso, embora Schmidt consiga “quebrar” essa narrativa ressaltando eventuais momentos de lazer e resistências simbólicas contra o sistema prisional argentino pelos presos políticos.
O capítulo finaliza com a extensa campanha em defesa da liberdade de Flávio Koutzii, cuja presença intensa de sua mãe possui localidade central, bem como a mobilização de figuras políticas, como o deputado federal Airton Soares, intermediando sua soltura, a campanha realizada pelo Comitê Brasileiro pela Anistia e o abaixo-assinado internacional com importantes adesões da esquerda. Também foi muito destacado pelo autor o apelo embasado nas condições de saúde de Koutzii, com problemas cardíacos e a perda de 25 quilos no cárcere. Schmidt, para isso, usou ampla gama de materiais primários, com a cobertura que a campanha pela libertação de Flávio Koutzii possuiu, em especial na imprensa.
Para mim Paris não foi uma festa. O título do último capítulo, trecho de uma fala de Koutzii, induz o leitor a imaginar que os dramas vividos na Argentina iriam persistir na França. Mas não é o que acontece. Nesse momento, quando o biografado retorna à França, Schmidt aborda quatro fases naquele novo contexto: os primeiros contatos de Koutzii, sua relação com a psicanálise para lidar com os traumas que passou na Argentina, seu trabalho intelectual na École des Hautes Études en Sciences Sociales que resultou no livro Pedaços da morte no coração, analisando o sistema carcerário argentino e seu ingresso gradual no debate político brasileiro, posicionando-se pelo PT e participando de sua construção em Paris. Para essa fase, Schmidt foi à França entrevistar alguns integrantes da IV Internacional. Assim, buscou conhecer o período em que Koutzii esteve no país. Além dessas, Schmidt entrevistou seu psicanalista na França, que também havia saído do Brasil por motivos políticos.
A biografia termina destacando a participação, ainda que indireta, de Koutzii na fundação do PT e seu retorno em 1984. Ela é, portanto, uma biografia que estuda a atuação de Koutzii como um militante revolucionário no sentido literal da palavra. A finalização do livro conta com dois curtos textos que não são de Schmidt. O primeiro, de Guilherme Cassel, busca fazer uma breve síntese da atuação política de Koutzii como vereador e deputado estadual. Cassel, é importante destacar, foi assessor de Flávio Koutzii5, uma informação ausente do livro, mas de suma importância para aquele que não é familiarizado com a história recente da esquerda gaúcha. Uma síntese que carrega traços dessa aproximação, cujo formato é mais de um testemunho do que de uma análise, como a de Benito Schmidt.
O breve texto de Koutzii é uma síntese sobre sua vida, a experiência de participar de uma biografia em vida e um chamado. Chamado de esperança, para a reversão dos tempos sombrios decorrentes do golpe de estado de 2016. Chamado que é carregado de simbolismo, como a biografia explicita.
Notas
1 Embora, pessoalmente, eu venha defendendo que existe uma lacuna muito grande sobre os “PTs regionais”, bem como das demais siglas que não possuem praticamente maiores estudos com recortes geográficos menores.
2 Há de se ressaltar, entretanto, que Benito Schmidt chegou a redigir um livro chamado História e memórias do PT gaúcho (1978-1988), onde aborda esse processo inicial do PT. A obra, contudo, nunca foi publicada. O autor desta resenha teve acesso ao “borrão” do livro, cedida por Schmidt, ao qual agradeço por isso.
3 Refiro-me a biografias escritas normalmente por pesquisadores “independentes” e jornalistas, cujo apelo comercial descompromissa de maior aprofundamento e de rigores teóricos e metodológicos inerentes à pesquisa acadêmica.
4 De fácil constatação foi a positiva recepção da obra por parte de diversos militantes do PT e da esquerda do Rio Grande do Sul, observando-se que, no dia do lançamento do livro, boa parte dela esteve reunida. No local do lançamento, ocorrido no Santander Cultural, um número considerável do público ficou do lado de fora da sala, impedido de assistir à fala de Koutzii, pela superlotação.
5 Koutzii, inclusive, atribuiu, em entrevista, a sua atuação parlamentar destacada pela escolha de sua equipe. Perguntado sobre ela, disse: “Era o Guilherme Cassel e o Paulo Muzell, esses dois praticamente como os caras que ajudavam a pensar e a escrever essas coisas”. Entrevista de Flávio Koutzii para César Filomena. Disponível em: <https://www.dropbox.com/sh/3cfi97dfs93zfic/AADGZ5A1D pcfdN9KZVtc0E0ya?n=421284457&oref=e>. Acesso em: 16 nov. 2017.
Referências
AMARAL, Oswaldo E. do. As transformações nas organizações internas do Partido dos Trabalhadores (1995-2010). São Paulo: Alameda, 2013.
ENTREVISTA de Flávio Koutzii para César Filomena. Disponível em: <https:// www.dropbox.com/sh/3cfi97dfs93zfic/AADGZ5A1DpcfdN9KZVtc0E0ya?n =421284457&oref=e>. Acesso em: 16 nov. 2017. HOBSBAWM, Eric. Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
SANTIN, Ricardo. Construção de um partido político: a trajetória e a estabilidade política do PP gaúcho. Porto Alegre: Editora Berthier, 2005.
SCHMIDT, Benito Bisso. Flávio Koutzii: biografia de um militante revolucionário. Porto Alegre: Libretos, 2017.
Rafael Saraiva Lapuente – Doutorando em História pela PUC-RS. Bolsista CAPES. E-mail: faelvocal@gmail.com
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The studies on Pierre Duhem’s work has come of age. After a number of publications laying out the ground, we encounter now a series of texts that are in a position to take such a “tradition” for granted. The essays presented at Tunis, some of them at least, open up new areas of investigation and they do so with enough historical care and intelligent analysis to broaden the horizon of the scholarship dedicated to the French author.
The themes of “moving tensions” and “unresolved conflicts” seem to characterize all of them. The present review outlines very succinctly the content of each article and, occasionally, indulges in a brief remark. Leia Mais
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Neste momento em que opiniões conservadoras, preconceituosas e autoritárias vem sendo cada vez mais propagadas e defendidas. A Revista Hydra vem por meio deste editorial reafirmar seu compromisso com a democracia, com a educação pública de qualidade, com os direitos humanos e com a luta por uma sociedade igualitária.
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- 29/11/2017
- 190.01 tempos temerários /pt
- Trolagem institucional
- Afonso Luz
- 05/10/2017
- 190.02 filme /pt
- As imagens e a palavra de Deus no gospel brasileiro
Sobre o musical Terremoto Santo, de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca - Abilio Guerra
- 15/10/2017
- 190.03 livro /pt
- Um olhar filosófico sobre o design
- Eduardo Cardoso Braga
- 22/10/2017
- 189.01 livro /pt
- O livro de Montaner “A condição contemporânea da arquitetura”
- Pedro da Luz Moreira
- 14/09/2017
- 189.02 livro /pt
- Londres e outras cidades europeias no século 19
- José Roberto Fernandes Castilho
- 15/09/2017
- 189.03 livro /pt
- Arquitetura dos Jogos Olímpicos
Representação, participação e contestação - Barbara Szaniecki e Ana Helena da Fonseca
- 17/09/2017
- 189.04 artigos de jornal /pt
- Notícias dos tempos temerários
- Abilio Guerra
- 20/09/2017
- 188.01 livro /pt
- Sete noites
Uma expedição literária, com Jorge Luis Borges - Eliane Lordello
- 14/08/2017
- 188.02 livro /pt
- Il y a du quotidian ou, aqui, há o cotidiano
Conversa imaginária entre Henri Lefebvre, Maurice Blanchot, Georges Perec e Michel de Certeau - Ricardo Luis Silva
- 21/08/2017
- 188.03 evento /pt
- Abrahão Sanovicz, arquiteto
Lançamento de livro de Helena Ayoub no IAB/SP - Abilio Guerra
- 24/08/2017
- 188.04 /pt
- Discursos em torno do patrimônio moderno
Texto, fotografias e edição - Eduardo Costa
- 29/08/2017
- 187.03 livro /pt
- Iluminação e a percepção do espaço
- Jéssica Fonseca Matos e Paulo Sergio Scarazzato
- 09/07/2017
- 187.04 livro /pt
- A cidade e suas regras
Sobre Grand Urban Rules, de Alex Lehnerer - Fernanda Moscarelli
- 13/07/2017
- 187.01 filme /pt
- Besouro, o filme
Uma trajetória lendária - Eliane Lordello
- 04/07/2017
- 187.02 filme /pt
- O som do silêncio
Sobre o sublime, o destino humano e coisa alguma - Abilio Guerra
- 08/07/2017
- 187.05 exposição /pt
- Desembrulhando Wright
Sobre a exposição do arquiteto Frank Lloyd Wright no MoMA de Nova York - Renato Anelli
- 23/07/2017
- 186.01 livro /pt
- Entre o ideal e o possível
Ou o método e a arte na urbanização da capitania de São Paulo (1765-1811) - Rubenilson Brazão Teixeira
- 06/06/2017
- 186.02 livro /pt
- Provocações e sutilezas na obra de Gustavo Penna
- Rosana S. B. Parisi
- 22/06/2017
- 186.03 exposição /pt
- O projeto da cidade contemporânea
Sobre a mostra “Paris Haussmann, modèle de ville” - Adalberto Retto Jr.
- 22/06/2017
- 185.01 livro /pt
- Modernismo: novo clássico?
- Maíra de Luca e Lima
- 04/05/2017
- 185.02 livro /pt
- A reunião da feiúra
Agrippino Grieco vê a arquitetura carioca de 1930 - José Roberto Fernandes Castilho
- 07/05/2017
- 185.03 livro /pt/en
- Los Angeles
A metrópole radical de Reyner Banham - Regina Meyer
- 14/05/2017
- 185.04 exposição /pt
- What happens When
Obras de Glen Lasio - Giovanni Pirelli
- 16/05/2017
- 185.05 livro /pt
- O jogo, o caleidoscópio, a montagem
Sobre Corpocidade, Paola Berenstein Jacques e Companhia - Maria Angélica da Silva
- 20/05/2017
- 185.06 livro /pt
- Arquitetura: sobre profissionais, regulamentação e ensino
- Paulo Ormindo de Azevedo
- 22/05/2017
- 184.01 exposição /pt
- Kirchgässner, um modernista solitário
- Salvador Gnoato
- 01/04/2017
- 184.02 evento /pt
- Modernidades amazônicas
Sobre o II Seminário de Arquitetura Moderna na Amazônia - Patrícia Orfila Barros dos Reis
- 06/04/2017
- 184.03 lançamento /pt
- Uma fábula sobre Vilanova Artigas
Um texto mentiroso para uma história verdadeira - Abilio Guerra
- 07/04/2017
- 184.04 filme /pt
- Arquitetura e resistência em Aquarius
- Roberto Bottura
- 18/04/2017
- 184.05 livro /pt
- O último céu
- Milton Hatoum
- 21/04/2017
- 184.06 livro /pt
- A capacidade de “escutar” o monumento
O limite entre a criatividade projetual do novo e a conservação do antigo na obra de Giovanni Carbonara - Patricia Viceconti Nahas
- 22/04/2017
- 183.01 premiação /pt
- Pritzker e a crise da arquitetura
- Gabriel Kogan
- 01/03/2017
- 183.02 /pt
- Para além dos manuais de estilo e sobrevivência
- Manoela Massuchetto Jazar
- 09/03/2017
- 183.03 filme /pt
- Era o Hotel Cambridge
Um filme que dá cores locais a um drama global - Abilio Guerra
- 13/03/2017
- 183.04 solenidade /pt
- O banquete da FAU Mackenzie
The Oscar goes to Paulo Mendes da Rocha - Abilio Guerra
- 16/03/2017
- 183.05 cinema /pt
- Os melhores filmes que você nunca vai ver
- Caio Guerra
- 16/03/2017
- 182.01 /pt
- Tratados brasileiros de arquitetura moderna
Aprendendo arquitetura com quem faz – parte 2 - Paulo Yassuhide Fujioka
- 02/02/2017
- 182.02 /pt
- Estudos sobre habitação
Uma inovação - Ana Paula Koury
- 11/02/2017
- 182.03 /pt
- Cidade & alma, cidade & amor, alma & amor…
- Ivan Fortunato
- 12/02/2017
- 182.04 livro /pt/es
- Um novo gênero habitacional
Habitação para a terceira idade, ou a gero-habitação - Bruno Cruz Petit e Alejandro Pérez-Duarte Fernández
- 16/02/2017
- 182.05 /pt
- Humano e/ou natureza: mal estar?
- Vera Luz
- 20/02/2017
- 181.02 libro /es/it
- Por una mayor sensibilidad a un patrimonio arquitectónico frágil
- Clara Verazzo
- 15/01/2017
- 181.01 livro /pt
- Tratados brasileiros de arquitetura moderna
Aprendendo arquitetura com quem faz – parte 1 - Paulo Yassuhide Fujioka
- 14/01/2017
- 181.03 filme /pt
- O som ao redor e a nova roupagem do coronelismo brasileiro
- João Paulo Campos Peixoto
- 15/01/2017
- 181.04 exposição /pt
- A forma e o risco
Uma visita à Trienal de arquitectura de Lisboa - Diego Inglez de Souza
- 23/01/2017
- 180.01 livro /pt
- Tudo igual, mas diferente
A arquitetura de grife segundo Márcio Moraes Valença - Simone Gatti
- 06/12/2016
- 180.02 exposição /pt
- Os interiores modernos no MoMA
- Sabrina Studart Fontenele Costa
- 07/12/2016
- 180.03 livro /pt
- O olhar do lighting designer
- Jéssica Cristine da Silva Fonseca Matos e Paulo Sergio Scarazzato
- 18/12/2016
- 180.04 trajetória profissional /pt
- Sobre o escritório Brasil Arquitetura
A obra maior de Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz - Abilio Guerra
- 22/12/2016
- 179.02 livro /pt
- Roteiro lírico e sentimental das vilas do Rio de Janeiro
- Carlos Vieira
- 09/11/2016
- 179.01 livros /pt
- As ideias ainda fora do lugar
Ermínia Maricato demonstra a validade atual da interpretação de Roberto Schwarz - Matheus de Vasconcelos Casimiro
- 04/11/2016
- 179.03 livros /pt
- Archeiros
Sobre o lançamento dos livros de Marcelo Ferraz e Cyro Lyra no Paço Imperial - Jorge Astorga Garros
- 11/11/2016
- 179.04 catálogo de exposição /pt
- As fotografias amazônicas de Antonio Saggese
- Leon Kossovitch
- 11/11/2016
- 179.05 evento /pt
- A forma da forma e outras coisas
Notícias da Trienal de Lisboa - Ana Luiza Nobre
- 14/11/2016
- 179.06 livro /pt
- Descobrindo, com Ruskin, as pedras de Veneza
- Eliane Lordello
- 21/11/2016
- 179.07 exposição /pt
- Lina Bo Bardi e a arquitetura do quotidiano
Sobre a exposição na Escola da Cidade - Zeuler Lima
- 26/11/2016
- 178.01 /pt
- Quando a coluna olhava para o céu
Contra a razão manipulatória e a racionalidade técnico-instrumental - Carlos Antonio Leite Brandão
- 03/10/2016
- 178.02 /pt
- Uma estética da arquitetura corporificada
- Felipe Azevedo Bosi
- 17/10/2016
- 178.03 /pt
- Amplo e concreto
Mais uma visão da arquitetura da América Latina? - Sonia Marques e Wylnna Vidal
- 19/10/2016
- 178.05 /pt
- O boteco, a sala de estar e o gabinete
- Abilio Guerra
- 25/10/2016
- 178.04 /pt
- Le Corbusier e os professores da ENBA
O documento esquecido de Agrippino Grieco - José Roberto Fernandes Castilho
- 22/10/2016
- 177.01 /pt
- As mil e uma faces de Carlos Leão
- Natasha Mazzacaro
- 02/09/2016
- 177.02 /pt
- Colin Ward
A escola e a cidade - Carlos Alberto Oliveira
- 08/09/2016
- 177.03 /pt
- O heróico Arnoult
- Gilberto Paim
- 21/09/2016
- 177.04 /pt
- Aquarius, um mergulho de cabeça nas raízes do Brasil
- Helena Nosek
- 25/09/2016
- 177.05 /pt
- Filosofia e desigualdade
A festa brasileira em Rouen – 1550 - Luiz Philippe Torelly
- 28/09/2016
- 176.01 /pt
- Como e porque escrevi o livro Nordeste 1817
- Carlos Guilherme Mota
- 02/08/2016
- 176.02 /pt
- Édipo segundo Foucault
O poder, o saber e a construção da verdade - Raquel Gomes Valadares
- 03/08/2016
- 176.03 /pt
- O projeto como processo
- Paola Berenstein Jacques
- 07/08/2016
- 176.04 /pt
- Arquitetura gaúcha: história de família, história de uma escola
- Carlos Eduardo Comas
- 09/08/2016
- 176.05 /pt
- Gênero e arquitetura moderna: construções sociais
Sobre as invisíveis proprietárias das residências modernas - Lívia Morais Nóbrega
- 17/08/2016
- 176.06 /pt/it/en
- A coluna e o vulto segundo Mário D’Agostino
- Joseph Rykwert
- 19/08/2016
- 176.06 /pt/it/en
- A coluna e o vulto segundo Mário D’Agostino
- Joseph Rykwert
- 19/08/2016
- 176.07 /pt
- Carta aberta sobre a comissão brasileira do Oscar
Sobre a perseguição sofrida pelo diretor e seu filme Aquarius - Kleber Mendonça Filho
- 25/08/2016
- 175.01 /pt
- As Casas de Câmara e a construção do poder municipal
- Maria Fernanda Derntl
- 07/07/2016
- 175.02 /pt
- Desfiando leituras nos tecidos urbanos de Todas as cidades, a cidade
- Eliane Lordello
- 10/07/2016
- 175.03 /pt
- Suburbanização
Origem, desenvolvimento, difusão, crítica e possíveis soluções - Priscila Pimentel Jacob
- 19/07/2016
- 175.04 /pt
- Nos constantes recomeços de Brasília
Um diálogo (im)possível com Clarice Lispector - Jair Lúcio Prados Ribeiro
- 23/07/2016
- 174.02 /pt
- A integração do planejamento urbano e da promoção da saúde através de redes
- Carolina Guida Cardoso do Carmo e Danielle Pereira Montrezor
- 05/06/2016
- 174.03 /pt
- A arquitetura contemporânea icônica e a subordinação do cultural ao econômico
- Deborah Alice Bruel Gemin
- 10/06/2016
- 174.01 /pt
- A pouco cordial cordialidade
Sobre Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda - Luiz Costa Lima
- 01/06/2016
- 174.04 /pt
- Modernidade vernacular
A arquitetura de Carlos Leão - Vera Beatriz Siqueira
- 19/06/2016
- 173.01 /pt
- Arquitetura popular brasileira e seus aportes para a memória
- Eliane Lordello
- 03/05/2016
- 173.02 /pt/fr
- A testemunha especular
Uma leitura fotográfica acerca de Blow Up, de Michelangelo Antonioni - Caio Sens
- 08/05/2016
- 173.03 /pt
- Brasil, um país de estrangeiros
- André Luiz Joanilho
- 20/05/2016
- 172.01 /pt
- Refletindo sobre a preservação do legado do Jardim América
- Silvia Ferreira Santos Wolff
- 18/04/2016
- 172.02 /pt
- Navegando por mares e ilhas com Antonio Carlos Diegues
- Eliane Lordello
- 19/04/2016
- 171.01 /pt
- Entre novas territorialidades
Sobre a necessidade de criar conexões de solidariedade, urbanidade e cidadania - Tomás Moreira e Gisela Cunha Viana Leonelli
- 20/03/2016
- 171.02 /pt
- Um olhar da alteridade sobre a paisagem
Sobre o livro O Rio de Janeiro dos viajantes: o olhar britânico (1800-1850) - Eliane Lordello
- 20/03/2016
- 170.01 /pt
- Entre portadores e dançantes: a arquitetura
- Fernando Guillermo Vázquez Ramos
- 07/02/2016
- 170.02 crônica /pt
- Resgate como possibilidade de superação
Angelo Bucci e as razões da arquitetura - Paulo Victor Borges Ribeiro
- 09/02/2016
- 170.03 /pt
- Flocos de neve sobre o fundo de um guarda-chuva negro
Roberto Burle Marx sob a ótica de Ana Rosa de Oliveira - Franco Zagari
- 09/02/2016
- 170.04 /pt
- Renovação da Luz
Uma intervenção urbana que não saiu do papel - Marcelo Ricardo Fernandes e Martin Jayo
- 24/02/2016
- 169.01 /pt
- Cinema, arquitetura e modernidade brasileira
Anotações sobre Lúcio Costa e Humberto Mauro - Luciano de Topin Ribeiro
- 01/01/2016
- 169.02 /pt
- Exercício erudito e nuances de apropriação
A arquitetura de Carlos Almeida Marques - Maria Isabel Villac
- 02/01/2016
- 169.03 /pt
- Leituras de uma modernidade experimental
Resenha do livro Brasília: antologia crítica, de Julio Roberto Katinsky e Alberto Xavier - Luiz Gustavo Sobral Fernandes
- 14/01/2016
- 169.04 /pt
- Os preferidos de Quentin Tarantino
Sobre o filme Os oito odiados - Luiz Gonzaga Marchezan
- 27/01/2016
- 169.05 /pt
- Sobre fotografia
O ensaio de uma paixão humaníssima segundo Susan Sontag - Eliane Lordello
- 31/01/2016
- 169.06 /pt
- A sempre atual câmara clara de Roland Barthes
- Eliane Lordello
- 31/01/2016
- 168.01 /pt
- Conversando com Gaudí
- Eliane Lordello
- 13/12/2015
- 168.02 /pt
- O encontro com o Brasil grotesco
Sobre o filme Chatô, o Rei do Brasil, de Guilherme Fontes - Abilio Guerra
- 28/12/2015
- 167.01 /pt
- Evolução da cozinha paulista
Sobre o novo livro de Maria Cecília Naclério Homem - Graziela Naclério Forte
- 07/11/2015
- 167.02 /pt
- Palácio Anchieta
Uma visita à restauração guiada pelos princípios da Carta de Veneza - Hellen Pereira Charile Rover
- 12/11/2015
- 166.01 /pt
- Correspondência e poesia
As cartas de Cabral para Bandeira e Drummond - Eliane Lordello
- 12/10/2015
- 166.02 /pt
- Um estranho no condomínio
Apontamentos acerca de O som ao redor, de Kléber Mendonça Filho - Caio Sens
- 15/10/2015
- 166.03 exposição /pt
- Jardim de Memórias – Parque do Flamengo 50 anos
Exposição comemorativa dos 50 anos do Parque do Flamengo - Margareth da Silva Pereira
- 19/10/2015
- 166.04 /pt
- Lina Bo Bardi & eu, um depoimento de outra geração
A arquiteta, os livros, os artigos e os trabalhos acadêmicos - Eduardo Pierrotti Rossetti
- 24/10/2015
- 165.01 /pt
- João Batista Vilanova Artigas, Curitiba, 1915-2015
Exposição “Nos pormenores um universo” no Museu Oscar Niemeyer - Giceli Portela
- 02/09/2015
- 165.02 /pt
- Catálogo de nada
Ou o que acontece entre pessoas, carros, ônibus e pombos - Ricardo Luis Silva
- 04/09/2015
- 165.03 /pt
- A beleza salvará o mundo?
O capitalismo artista e as descrições de um mundo estético - Thiago Barros
- 10/09/2015
- 165.04 /pt
- Obra
Um filme sob a ótica da arquitetura - Felipe SS Rodrigues
- 11/09/2015
- 165.05 /pt
- A piscina e a laje
Sobre o filme Que horas ela volta?, de Anna Muylaert - Abilio Guerra
- 20/09/2015
- 164.01 /pt
- O caminho do Anhanguera e suas possibilidades
- Dirceu Piccinato Junior
- 03/08/2015
- 164.02 /pt
- O rei, o presidente e o primeiro ministro do Congo
Sobre os três discursos proferidos na cerimônia da independência - Adson Cristiano Bozzi Ramatis Lima
- 06/08/2015
- 164.03 /pt
- Três momentos do desenho urbano brasileiro e as correspondências das políticas urbanas
- Jonathas Magalhães Pereira da Silva
- 07/08/2015
- 164.04 /pt/en
- Um guia para pedestres
A melhor maneira de se conhecer uma cidade é a pé - Roney Cytrynowicz
- 13/08/2015
- 164.05 /pt
- Morar junto
A dimensão urbana do habitar - Lizete Maria Rubano
- 14/08/2015
- 164.06 /pt
- Resumo de uma vida
Breve comentário sobre o documentário Vilanova Artigas: o arquiteto e a luz - Abilio Guerra
- 15/08/2015
- 164.07 /pt
- Há 50 anos morria Le Corbusier
A cobertura do Jornal do Brasil - Abilio Guerra
- 28/08/2015
- 163.02 /pt
- Pesquisa etnográfica
Decifrando os significados culturais - Thiago de Sousa Barros
- 08/07/2015
- 163.04 /pt
- Casa moderna: armadilha ou máquina de morar?
Arquitetura no filme Meu tio e na Carta da Atenas - Lis Vilaça
- 15/07/2015
- 163.01 /pt
- Paisagens culturais brasileiras
- Carlos Alberto Cerqueira Lemos
- 01/07/2015
- 163.03 /pt
- Encontros da filosofia com a arquitetura, mediados pelo pensamento Jacques Derrida
- Dirce Eleonora Nigro Solis e Fernando Freitas Fuão
- 11/07/2015
- 162.03 exposição /pt/en
- A América Latina existe
A exposição Latin America in Construction: architecture – 1955-1980 no Museum of Moderen Art de Nova Iorque: uma resenha - Gustavo Rocha-Peixoto
- 13/06/2015
- 162.04 /pt
- Vitória ES
As potências de uma paisagem - Martha Machado Campos
- 19/06/2015
- 162.02 /pt
- Álvaro Siza: o olhar enche o espaço
A esferográfica do arquiteto - Shakil Rahim e Ana Leonor Madeira Rodrigues
- 11/06/2015
- 162.01 /es
- El edén del este
- María Elia Gutiérrez Mozo
- 10/06/2015
- 161.01 /pt
- Mímesis repaginada
Sobre três livros de Luiz Costa Lima - Thiago Castañon
- 05/05/2015
- 161.02 /pt
- Noticias da Segunda Guerra Mundial
- Luiz Philippe Torelly
- 10/05/2015
- 161.03 /pt
- Deambulações narrativas de Francesco Careri na construção estética do espaço
- Luciana Jobim Navarro
- 15/05/2015
- 161.04 /pt
- África do Sul
Com um guia na mão e um website na tela - Maria Fernanda Derntl
- 22/05/2015
- 160.01 /pt
- O lugar de Paulo Mendes de Almeida
- Ana Luisa Martins
- 06/04/2015
- 160.02 /pt
- Projeto de arquitetura como conhecimento acadêmico
Oscar Niemeyer e Joaquim Cardozo em Brasília - Danilo Matoso Macedo
- 16/04/2015
- 159.01 /pt
- As feias que me desculpem…
- Norma Couri
- 04/03/2015
- 159.02 /pt
- As artes plásticas como encarnação do trabalho livre
- Pedro Fiori Arantes
- 05/03/2015
- 159.03 /pt
- A simbologia de Brasília na história do Brasil
- Carlos Madson Reis
- 13/03/2015
- 159.04 /pt
- A aurora turva da vida de meu tio na cidade moderna
Uma leitura dialogada dos filmes Mon Oncle e Aurora - Rossana Honorato
- 17/03/2015
- 159.05 /pt
- A vez dos pedestres
Porque estimular a caminhada na cidade é um bom negócio - Mauro Calliari
- 23/03/2015
- 159.06 /pt
- O Brasil em movimento ou sob caos
- Luiz Costa Lima
- 25/03/2015
- 158.01 /pt/en
- Blowing in the Wind
Sergio Bernardes e o apagamento de um personagem histórico - Pedro Campos Costa
- 02/02/2015
- 158.02 /pt
- Arquitetura e política de Josep Maria Montaner e Zaida Muxí
- Paolo Colosso
- 04/02/2015
- 158.03 /es
- Pequeña suma de arquitectura
- María Elia Gutiérrez Mozo
- 18/02/2015
- 158.04 /pt
- Pensar a Habitação de Interesse Social
Exercício do desenho do amanhã, que já poderia existir hoje - Jonathas Magalhães Pereira da Silva
- 24/02/2015
- 157.01 /pt
- Correspondência e turismo
O Rio de Janeiro por Edouard Manet - Eliane Lordello
- 02/01/2015
- 157.02 /pt
- Observações sobre o livro Cemitério da esperança
Benjamin Moser, um crítico severo de Brasília - Edson Mahfuz
- 07/01/2015
- 157.03 /pt
- A juventude e a invenção do Brasil
As obras formadoras da ideia de Brasil e do que é ser brasileiro - Luiz Philippe Torelly
- 08/01/2015
- 157.04 /pt
- A arquitetura contemporânea ou a sedução da superfície ornamentada
- Heliana Angotti-Salgueiro
- 14/01/2015
- 157.05 /pt
- As experiências de revitalização em seis cidades
Nova York, Londres, Havana, Buenos Aires, Cidade do Cabo e Rio de Janeiro em questão - Fernando Carneiro
- 22/01/2015
- 157.06 /pt
- O padeiro e o sopro divino
- Abilio Guerra
- 22/01/2015
- 156.01 /pt/en
- O modus operandi de Ludwig Mies van der Rohe
- Luciana Fornari Colombo
- 10/12/2014
- 156.02 /pt
- A cultura do ódio
O fascismo e a demonização do adversário - André Luiz Joanilho
- 12/12/2014
- 155.01 /pt
- Como se perder no centro de São Paulo
- Marcos Ribeiro de Moraes
- 04/11/2014
- 155.02 /pt/es
- O brutalismo a partir de uma pesquisa contemporânea
- Josep Maria Montaner
- 11/11/2014
- 155.03 /pt
- Entre o semeador e o ladrilhador
- Hugo Segawa
- 25/11/2014
- 155.04 /pt
- A mídia nas eleições presidenciais
A persuasão discreta da Folha de S.Paulo - Abilio Guerra
- 30/11/2014
- 154.01 /pt
- Ressemantizando a arquitetura moderna brasileira
- Nivaldo Vieira de Andrade Junior
- 03/10/2014
- 154.02 /pt
- Derivas urbanas, memória e composição literária
- Fernanda Arêas Peixoto
- 15/10/2014
- 154.03 /pt
- A arquitetura de Vilanova Artigas e a construção da cidade moderna
- Mônica Junqueira de Camargo
- 27/10/2014
- 154.04 /pt
- Minha irmã
Calor humano em meio ao gelo - Eliane Lordello
- 29/10/2014
- 153.01 design no brasil /pt
- IAC em perspectiva histórica
Sobre o Instituto de Arte Contemporânea - Márcia Almeida
- 01/09/2014
- 153.02 debate internacional /pt
- Entre Eisenman e Koolhaas
Diálogos acerca de projeto e crítica - Luiz Gustavo Sobral Fernandes
- 02/09/2014
- 153.03 alternativas /pt
- Cidades sustentáveis, cidades inteligentes
- Elisabete França
- 30/09/2014
- 152.01 /pt
- Quem quiser ouvir que ouça
Fernando Diez fala sobre o que não queremos ouvir - Martín di Peco
- 01/08/2014
- 152.02 /pt
- Nem Alberti, nem Vitruvius, nem Moisés, mas mandamentos tão importantes quanto
- Edja Trigueiro
- 25/08/2014
- 152.03 /pt
- Isto é mais do que um livro sobre habitação e cidades na América Latina
- Ana Paula Koury
- 26/08/2014
- 151.01 /pt
- A linha torta, ou o caminho errante, do design
- Paola Berenstein Jacques
- 10/07/2014
- 151.02 /pt
- Cidade, espaço público e qualidade urbana
O caso de Lima, Peru - Lilian Fessler Vaz e Antonio Colchete Filho
- 21/07/2014
- 151.03 história /pt
- Escrita e materialização do patrimônio
- Jayme Wesley de Lima
- 31/07/2014
- 150.01 presevação /pt
- A visão do patrimônio histórico de Carlos A. C. Lemos
- Natássia Gavazza
- 06/06/2014
- 150.02 habitação /pt
- Que habitação neste nosso novo século das cidades?
- António Baptista Coelho
- 13/06/2014
- 150.03 exposição /pt
- Concept & Notation
Bernard Tschumi no Centre Pompidou - Adalberto Retto Jr.
- 17/06/2014
- 150.04 /es
- Ricardo Magdalena (1876-1910)
El arquitecto remodelador de la imagen moderna de Zaragoza y protagonista del regionalismo europeo - Claudio Varagnoli
- 30/06/2014
- 149.01 /pt
- Sobre o ensino dos fundamentos do projeto
Relato de uma experiência na FAU-USP, coordenado por Rafael Cunha Perrone e Heliana Comin Vargas - Maisa Veloso
- 27/05/2014
- 149.02 /pt
- Julian Garcia Nuñez
O fim do projeto - Ricardo Rocha
- 29/05/2014
- 149.03 /pt
- Decifra-me ou devoro-te
Uma esfinge chamada capital - Roberto Bottura
- 31/05/2014
- 148.01 história /pt
- Uma história viva mas desapaixonada da arquitetura do século 20
- João Masao Kamita
- 09/04/2014
- 148.02 política /es
- Arquitectura española del exilio
- Carlos Sambricio
- 13/04/2014
- 148.03 /pt
- Sobre as propriedades sutis do éter
O partido arquitetônico e as ideias fortes que habitam um projeto de arquitetura segundo Mario Biselli - Abilio Guerra
- 15/04/2014
- 147.01 /pt/en
- Revisitando a sede do Ministério da Educação e Saúde no Rio de Janeiro
O último livro de Roberto Segre - Cecília Rodrigues dos Santos
- 01/03/2014
- 147.02 filme resenhado /pt
- Disney ou Fidel?
- Roberto Ghione
- 27/03/2014
- 146.01 /pt
- Miguel Asencio e Paul Rudolph
Um triângulo não tão amoroso - Ricardo Rocha
- 06/02/2014
- 146.02 /pt
- A síndrome de Brasília
Reflexões acerca de um rótulo questionável - Sérgio Ulisses Jatobá
- 25/02/2014
- 145.01 /pt
- Tudo isso e muito mais
A estratégia aracnídea de Gustavo Rocha-Peixoto - Ruth Verde Zein
- 10/01/2014
- 145.02 /pt
- Marina Waisman: o interior da história
- Gustavo Rocha-Peixoto
- 28/01/2014
- 144.01 /pt
- Caminhos para a Ilha Nua
A obra fotográfica de Araquém Alcântara - Eder Chiodetto
- 06/12/2013
- 144.02 /pt
- Boa sorte, meu amor
- Roberto Ghione
- 16/12/2013
- 143.01 /pt
- A interdisciplinaridade da arquitetura do ponto de vista dos usuários
Da concepção ao uso - Rosaria Ono e Andrea Leitner Thomazoni
- 08/11/2013
- 143.02 /pt
- A cidade ao redor
- Roberto Ghione
- 08/11/2013
- 143.03 /pt
- Em tempos de “ismos”
A obra de Eduardo Longo - Marcelo Aflalo
- 22/11/2013
- 143.04 /pt
- Algumas breves considerações sobre a poética Borgiana
- Adson Cristiano Bozzi Ramatis Lima
- 23/11/2013
- 142.01 /pt
- Nestor Goulart Reis
Em busca de uma nova perspectiva - Carlos Guilherme Mota
- 04/10/2013
- 142.02 /pt
- A pintura e a vida de Van Gogh
- Antônio Luiz M. de Andrade (Almandrade)
- 07/10/2013
- 142.03 /pt
- A maquinaria patrimonial: muita digressão e celeuma
- Eliane Lordello
- 17/10/2013
- 142.04 /pt
- Paul Claval e sua nova obra
- Eduardo Yázigi
- 22/10/2013
- 142.05 /pt
- Resenhar Brazil Builds
- Ricardo Rocha
- 22/10/2013
- 141.01 /pt
- Brasil a todos os olhos
- Roberto Bottura
- 09/09/2013
- 141.02 /pt
- Flores Raras
O encontro da boa arquitetura brasileira com a boa literatura americana - Eliane Lordello
- 13/09/2013
- 141.03 /pt
- Modernidades regionais
Entre as obras e a questão historiográfica - Carlos Alberto Cerqueira Lemos
- 20/09/2013
- 141.04 /pt
- O grande jogo do caminhar
- Paola Berenstein Jacques
- 25/09/2013
- 141.05 /pt
- Contrariedade e complicação
- Roberto Ghione
- 25/09/2013
- 140.01 /pt
- Atlas das arquiteturas do século XXI
Opulência, crise e esperança - Roberto Segre
- 19/08/2013
- 140.02 /pt
- Arquitetura como bem cultural
- José Lira
- 20/08/2013
- 140.03 /pt
- Ruas da América Latina
- Claudio Oliveira da Silva
- 23/08/2013
- 140.04 /pt
- Django Livre, o filme, e a “arquitetura neoclássica” nos Estados Unidos da América
- Márcio Correia Campos
- 25/08/2013
- 140.05 /pt
- Dor no estômago!
Ensaio sobre dinâmicas urbanas contemporâneas - Márcio Moraes Valença
- 27/08/2013
- 139.01 /pt
- Para decifrar o Brasil [ou] a formação do estadista
- Carlos Guilherme Mota
- 01/07/2013
- 139.02 /pt
- Recorrências e singularidades da arquitetura moderna em Pernambuco
- Sonia Marques
- 17/07/2013
- 139.03 /pt
- Saul Steinberg e as aventuras da linha
O catálogo de uma exposição memorável - Eliane Lordello
- 23/07/2013
- 139.04 /pt
- Arquitetura, ideologia e utopia
- Roberto Ghione
- 28/07/2013
- 138.01 /pt
- A Restauração em foco: entre mitos e realidades
- Karen Velleda Caldas
- 12/06/2013
- 138.02 /pt
- A ação sobre imagens de Eduardo Souto de Moura
- João Serraglio
- 12/06/2013
- 138.04 /pt
- A reinvenção do maior artefato já criado pelo homem
- Paulo Tadeu Leite Arantes
- 25/06/2013
- 138.03 /pt
- Berlim e Barcelona. A governança urbana das cidades globais
- Paolo Colosso
- 24/06/2013
- 137.01 /pt
- Do projeto urbano ao detalhe construtivo
“A Pattern Language” finalmente traduzida - Raquel Barros e Doris Kowaltowski
- 07/05/2013
- 137.02 /pt
- A cidade de Jane Jacobs e o planejamento urbano
- Natássia Gavazza
- 07/05/2013
- 137.03 /pt
- O campo ampliado da arquitetura de Kate Nesbitt
- Joana Mello
- 13/05/2013
- 136.01 /pt
- Concreto armado na arquitetura brasileira e latinoamericana
- Edson Mahfuz
- 12/04/2013
- 136.02 /es
- Elogio aos errantes
- Nadja Monnet
- 21/04/2013
- 136.03 /pt
- Brasília: Antologia Crítica
- Francesco Perrotta-Bosch
- 23/04/2013
- 135.02 /pt
- Do espaço para o corpo
- Junia Mortimer
- 21/03/2013
- 135.01 /pt
- Viagem ao Recife de “O cão sem plumas”
- Eliane Lordello
- 21/03/2013
- 134.02 /pt
- Hospitais. Arquitetura da linha da sombra
Reflexão acerca do papel da arquitetura hospitalar na história mundial - Roberto Segre
- 18/02/2013
- 134.01 /pt
- Pensar o Pensamento
Reflexão sobre o planejamento urbano brasileiro e os fatores que o influenciam direta ou indiretamente - Lizete Maria Rubano
- 18/02/2013
- 133.01 /pt
- Parkour, a conciliação entre vida e espaço urbano
Sobre o filme “Meu playground”, de Kaspar Astrup Schröder - Laura Carvalho
- 20/01/2013
- 132.03 /pt
- A arquitetura pulsante de Juhani Pallasmaa
- Celma Chaves
- 03/12/2012
- 132.01 /pt
- Errâncias
ou como encontrar as cidades… - Clarissa Moreira
- 01/12/2012
- 132.02 /pt
- Habitar preexistencias
- Marcos Leite Rosa
- 02/12/2012
- 132.04 /pt
- São Paulo: uma boa aula de urbanismo por Jorge Wilheim
- Ana Paula Koury
- 04/12/2012
- 131.02 /pt
- A arquitetura contemporânea e a cidade prevista
Sobre a exposição “O coração da cidade – a invenção dos espaços de convivência” - Frederico Canuto
- 02/11/2012
- 131.03 /pt
- Prometheus
O filme de um grande criador de imagens - Eliane Lordello
- 03/11/2012
- 131.01 /pt
- O caos e o cosmos da metrópole contemporânea
- Vladimir Bartalini
- 01/11/2012
- 130.02 /pt
- A ONU também trata do urbano
A ação do UN-Habitat nos anos recentes - Aldo Paviani
- 02/10/2012
- 130.03 /pt
- Metamorfoses
As morfologias nômades e domesticadas buscadas por Igor Guatelli - Chris Younès
- 03/10/2012
- 130.01 /pt
- Megaeventos
O arrastão empresarial urbano na escrita elegante de Otilia Arantes - Erminia Maricato
- 01/10/2012
- 129.03 /pt
- Caio Prado Júnior e o pensamento de esquerda no Brasil
- Carlos Guilherme Mota
- 03/09/2012
- 129.01 /pt
- Novas perspectivas para o patrimônio histórico no Brasil
- Nadia Somekh
- 01/09/2012
- 129.02 /pt
- Por uma arquitetura pan-americana
- Mônica Junqueira de Camargo
- 02/09/2012
- 129.04 /es
- The Cancha
Una necesaria mirada latinoamericana sobre el Pabellón Chileno en la Bienal de Arquitectura de Venecia - Ramón Gutiérrez
- 05/09/2012
- 128.01 /pt
- Uma nova leitura da arquitetura moderna brasileira
- Mônica Junqueira de Camargo
- 01/09/2012
- 128.02 /pt
- Três poetas na noite paulistana
- Alcides Villaça
- 02/09/2012
- 128.03 /pt
- Dennis Sharp, um modernista dialético
- Roberto Segre
- 03/09/2012
- 127.01 /pt
- As memórias de um bairro desaparecido: o falecido Montmartre
- Adson Cristiano Bozzi Ramatis Lima
- 07/08/2012
- 127.02 /pt
- Caminhando com Portinari, de Alan Nielsen
Natureza absoluta - Diógenes Moura
- 07/08/2012
- 126.02 /pt
- A cidade brasileira
Entre a memória e a utopia - Carlos Guilherme Mota
- 20/06/2012
- 126.01 /pt
- Em busca de uma tese escondida
Sobre as “Novas derivas”, de Jacopo Crivelli Visconti - Abilio Guerra
- 10/06/2012
- 125.02 /pt
- O papel do pátio escolar na qualidade do ensino e na formação do cidadão
- Rosaria Ono
- 25/04/2012
- 125.03 /pt
- Arquitetura moderna brasileira: rastros de uma personalidade plural
- Ana Cláudia Castilho Barone
- 26/04/2012
- 125.04 /pt
- Um caloroso testemunho
- Roseli D’Elboux
- 27/04/2012
- 125.05 /pt
- Arquitetura, subjetividade e filosofia
- Felipe Azevedo Bosi
- 28/04/2012
- 125.01 /pt
- A obra de Gilberto Guedes
Entre o regional e o internacional - Abilio Guerra
- 22/04/2012
- 124.01 /pt
- De Odessa a São Paulo
Revisitando a trajetória de Gregori Warchavchik, pioneiro da arquitetura moderna no Brasil - Renato Anelli
- 01/04/2012
- 124.02 /pt
- Os complexos desafios do designer contemporâneo
- André Stolarski
- 02/04/2012
- 124.03 /es
- Arquitectura emergente ó arquitectura de emergencia
- Humberto González Ortiz
- 03/04/2012
- 124.04 /pt
- Jean-Louis Cohen e a arquitetura da guerra
Um vazio na história da arquitetura: 1939-1945 - Roberto Segre
- 04/04/2012
- 123.01 /pt
- Neourbanismo
Como elaborar e manejar projetos urbanos em um contexto incerto - Aldo Paviani
- 01/03/2012
- 123.02 /pt
- Favelas brasileiras
Do insulamento à integração na cidade formal - Roberto Segre e José Barki
- 02/03/2012
- 123.03 /pt
- Complexo de periferia
- Roberto Ghione
- 03/03/2012
- 122.01 /pt
- Um novo ciclo na reforma urbana
Erminia Maricato discute o impasse da política urbana no Brasil - Denise Paiva Agustinho
- 01/02/2012
- 122.02 /pt
- O insólito como qualidade
Livro e vida de Roberto Burle Marx - José Tabacow
- 02/02/2012
- 122.03 /pt
- O projeto como produtor de conhecimento
- Adalberto Retto Jr.
- 03/02/2012
- 121.02 /pt
- Relações de luz e sombra na obra de Oscar Niemeyer
- Márcia da Costa Rodrigues de Camargo
- 02/01/2012
- 121.01 /pt
- As fantasmagorias do nosso tempo
Uma fábula benjaminiana sobre o mundo atual - Adrián Gorelik
- 01/01/2012
- 121.03 /pt
- O “orbanismo” de nosso tempo
- Potiguara Mendes da Silveira Jr
- 03/01/2012
Terras da Annoni: entre a propriedade e a função social | Simone Lopes Dickel
Simone Lopes Dickel é doutoranda em História pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade de Passo Fundo (PPGH/UPF), é mestre em História, também, pelo PPGH/UPF. Sua graduação foi em História – Licenciatura Plena, pela UPF no ano de 2009 e atualmente é professora de História da Rede Pública Estadual do Rio Grande do Sul, na Escola Estadual de Ensino Médio Zumbi dos Palmares e Escola Estadual de Ensino Fundamental 29 de Outubro, ambas localizadas no município de Pontão/RS, berço da desapropriação da Fazenda Annoni. Leia Mais
Intelectuais e cristianismo / Intellèctus / 2018
Como ao Judaísmo, que lhe deu origem, e ao Islã, alguns séculos mais jovem, ao Cristianismo é associada a expressão “religião do Livro”. Religião da palavra ou, para os fiéis, da Palavra inspirada; credo no qual, desde seus tempos primitivos, crer é também interpretar. Busca de sentido que se desdobra, fazendo-se, ela própria, discurso.
Busca de sentido que extrapola o debate sobre o Cânon bíblico e suas múltiplas interpretações. Procura de significado que visa obter adesões e consensos, criando também dissensos. Ponto particularmente polêmico é aquele que diz respeito aos papéis social e político da fé e dos fiéis. E o credo, petrificado em palavras, posto em movimento por discursos e práticas, “transborda”, como rio fervente, para a praça pública. Leia Mais
História das doenças e artes de curar / Khronos – Revista de História da Ciência / 2018
Este número 6 de Khronos traz um dossiê derivado do 1º Simpósio Nacional de História das Doenças e das Artes de Curar. Realizado em São Paulo ao final de junho de 2018, o encontro resultou de uma feliz iniciativa do Museu Histórico da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e da Casa de Oswaldo Cruz-Fiocruz, do Rio de Janeiro.
Deste Simpósio foram selecionados cinco trabalhos de alta relevância historiográfica. Inicialmente, André Mota discorre sobre a modernização da cidade de São Paulo, intensificada na década de 1930, em meio a um crescimento urbano e populacional que se tornaria vertiginoso, inclusive pela migração interna nordestina. O quadro de doenças com que se defrontam as autoridades nas décadas seguintes inclui a esquistossomose, a epidemia de meningite pouco divulgada na época e doenças cardiorrespiratórias. A saúde pública reflete as divisões de classe já pronunciadas e que, infelizmente, permanecem de grande atualidade.
Dilene Nascimento, Eliza Vianna, Monica Moraes e Danielle Silva discutem o conceito de representação social das doenças, baseando-se na relação entre indivíduo e sociedade. Para tanto, discutem a relação entre o conceito de representação social e o da experiência da doença, que ocorre tanto em termos subjetivos quanto concretos, na busca do entendimento do que é permanente na estrutura social de doenças crônicas e epidêmicas. Iniciando-se com uma discussão do indivíduo Galileu Galilei no contexto da trama social da corte em que vivia, o texto mobiliza diversos referenciais para abordar algumas doenças antigas, como a lepra, tifo e peste bubônica, chegando ao caso contemporâneo da AIDS.
Liane Bertucci estuda aspectos da narrativa construída pela imprensa paulistana sobre a epidemia de gripe espanhola que grassou no mundo no ano de 1918. Textos de publicação diária no auge da doença eram pautados por elogios ou críticas, considerações médicas sobre a epidemia e iniciativas médico-governamentais para socorrer os doentes. Segundo os dados oficiais em um mês morreu um por cento da população paulistana. Em meio ao sofrimento individual e coletivo os jornais difundiam as ações de moradores da cidade para auxiliar os enfermos e suas famílias.
Tânia Pimenta volta-se para o tema da diversidade das relações entre terapeutas com formação acadêmica no Rio de Janeiro e aqueles que exerciam a arte de curar e eram de origem negra humilde, nas primeiras décadas do século XIX. A partir da documentação da Fisicatura-mor, responsável pela fiscalização do exercício das profissões de curandeiro, parteira e sangrador, mostra-se o conflito entre as duas tradições.
Simone Silva e Sebastião Franco realizaram pesquisas num antigo leprosário, a Colônia de Itanhenga, em Cariacica, Espírito Santo, cujo funcionamento data de 1937. O projeto foi desenvolvido em visitas ao local, hoje denominado Hospital Pedro Fontes, com o intuito de fazer o levantamento de documentação como correspondências, relatórios, prontuários médicos, fotografias e jornais, a fim de organizar e disponibilizar um catálogo de fontes. É discutida uma entrevista dos autores com um ex-interno da Colônia, colaborando para uma análise histórica acerca das experiências coletivas dos indivíduos afetados pela hanseníase e pelas ações de internamento compulsório infligidas aos pacientes.
Optamos por encerrar o dossiê com um texto que, embora não tenha sido apresentado no referido Simpósio e esteja situado em época histórica bem diferente, se enquadra no mesmo tema. Carlos Roberto Nogueira apresenta a partir de textos portugueses do século XIV uma análise das rações garantidas pelo governo aos leprosos. A situação de escassez se impôs então a um Portugal debilitado por uma balança comercial desfavorável. O século foi marcado por crises de abastecimento e pestes, em meio ao seu envolvimento constante nas guerras contra Castela. Parece surpreendente que em um século de falta de pão, de devastações e pilhagens, os chamados gafos escapassem à carestia generalizada, uma postura caritativa resultante da imagem medieval de horror e atração exercida pela corrupção da carne e a ameaça de danação eterna.
Após o dossiê há dois artigos gerais. No primeiro deles, aborda-se um aspecto da história da tecnologia brasileira. Em comemoração ao centenário da imigração japonesa em São Paulo (2008), Marcel Mendes fez um levantamento dos cem primeiros engenheiros nikkeis formados em São Paulo. Com isso, propõem-se algumas questões que visam a refletir sobre a trajetória desses profissionais, suas aspirações de realização profissional e a recuperação de sua memória.
Em seguida, Sara Albieri e Ana Paula Nobile fazem um oportuno retorno ao debate Popper-Kuhn acerca do progresso da ciência. Intensa ao final da década de 1970, essa interlocução seguiu caminhos diversos no ambiente acadêmico. Nas humanidades, inclusive entre nós, predominaram as referências às posições de Thomas Kuhn isoladas de seu contexto intelectual. Na recepção brasileira é recorrente a referência ao mesmo tempo vaga e dogmática ao falsificacionismo de Karl Popper. A recuperação dos principais argumentos dessa polêmica pode lançar luz sobre questões ainda presentes em história e filosofia da ciência, dentre as quais sobressai a construção de um mítico “método científico”.
Encerramos a edição com um trabalho de Edgar Zilsel (1891-1944), autor cujas obras não encontraram interesse dos editores brasileiros, embora seja um clássico. De fato, a chamada “tese de Zilsel” é um dos pilares da visão “externalista” da história da ciência, em que o autor coloca a origem da chamada “Revolução Científica” na aproximação renascentista entre pensadores universitários, humanistas seculares e artesãos. O texto “As raízes sociais da ciência”, em tradução de Flávio Santos, apresenta de forma sucinta as bases do pensamento do pensador austríaco.
Desejamos aos leitores um bom proveito desta publicação.
Gildo Magalhães – Editor
MAGALHÃES, Gildo. Editorial. Khronos – Revista de História da Ciência. São Paulo, n.6, dez., 2018. Acessar publicação original [DR]
studios Históricos. Rivera, n.01, 2009 / 20, dic. 2018.
Estudios Históricos. Rivera, n.20, dic. 2018.
- EDICIÓN Nro. 20 Revista Digital. Diciembre 2018
- PRESENTACIÓN
- Dr. Eduardo R. PalermoEditor – Director responsable
- 01 – Los fines de la historia en el siglo XXI
- Dr. Carlos Barros (ESPAÑA)Red Académica Internacional Historia a DebateUniversidad de Santiago de Compostela
- 02 – Entre Cila e Caribdes. Hegemonia aliancista e revisionismo lopistaA Luta pela Memória
- Dr. Mário Maestri (BRASIL)
- 03 – Algumas reflexões sobre a demografia histórica e seu desenvolvimento no Brasil
- Dr. Iraci del Nero da Costa (BRASIL)
- O4 – Visiones agrarias valdenses en Colonia durante la segunda presidencia de J. Batlle y Ordóñez (1911-1915)El caso de “La Unión Valdense”
- Prof. Mag. Sebastián Rivero Scirgalea (URUGUAY)
- 05 – Conflictividad, faccionalismo y eleccionesEl caso de una nación africana en Buenos Aires durante la época rosista
- Dr. Gustavo Javier Giménez (ARGENTINA)
- 06 – La Generación del Diez: Generación de Transición Filosófica en Cuba
- Msc. Kenia Abreu Cuenca, Msc. Yohannia Ochoa Ardite, Dra. María del Carmen Quiñones Pantoja. (CUBA)
- 07 – A violência e a criminalidade como heranças da colonização e dos períodos ditatoriais: a segurança pública como refém da história do BrasilViolence and criminality as heritages of colonization and ditatorial periods: public security as a hostage to history of Brazil
- Mtre. Jessica Silva Facio, Dra. Angela Quintanilha Gomes (BRASIL)
- 08 – Arqueoturismo em sítios pré – coloniais e históricos missioneiros: perspectivas de desenvolvimento sustentável em São Borja
- Dra. Viviane Pouey Vidal, Dra. Carmen Regina Dornelles Nogueira (BRASIL)
- 09 – Curandeiros no banco dos réus: Curandeirismo nos processos-crime de Mallet-PR-(1949-1962)
- Mtre. Angelica Stachuk, Dr. Oséias de Oliveira. (BRASIL)
- 10 – Conte-me quem sou: a fundação da identidade de Novo HamburgoTell me who i am: the construction of identity in Novo Hamburgo.
- Mtre. Emerson Ranieri Santos Kuhn, Dr. Luiz Antonio Gloger Maroneze, Dr. Ernani Mügge (BRASIL)
- 11 – O (não) lugar da História: uma análise sobre o emprego da historicidade e da narrativa no trabalho do historiador
- Mtre. Jeremyas Machado Silva, Dr. Ronaldo Bernardino Colvero, Lic. Tiara Cristiana Pimentel do Santos (BRASIL)
- 12 – Ordem de Malta entre a história e o direito internacional
- Order of Malta between history and international law
- Dr. Dirceu Marchini Neto (BRASIL)
- 13 – A saúde como direito fundamental no Brasil: da reforma sanitária à implementação do SUSHealth as fundamental right in Brasil: from sanitary reform to SUS implementation.
- Mtre. Larissa Zanela Mendes, Dra. Angela Quintanilha Gomes (BRASIL)
- 14 – As giras, o transe e as noções tempo
- Mtre. Chaline de Souza (BRASIL)
- CONTRIBUCIÓN DOCUMENTAL
- 15 – Africanos y afro-descendientes en Buenos Aires (1750-1756)Esbozo de un estudio sobre fuentes inéditas y publicadas
- Miguel Á. Rosal (ARGENTINA)CONICET – Inst. Ravignani, UBA
- RESEÑA DE LIBRO
- 16 – Di Liscia, María Silvia y Soprano, Germán (editores) Burocracias estatales. Problemas, enfoques y estudios de caso en la Argentina (entre fines del siglo XIX y XX). Rosario: Prohistoria Ediciones, 2017, 221 páginas.
- Giuliana Nicolini (ARGENTINA)
Estudios Históricos. Rivera, n.19, jul. 2018.
- EDICIÓN Nro. 19 Revista Digital. Julio 2018
- 1 – Revolución de Octubre, historia y memoriaContribución especial en el 10º aniversario de la revista Estudios Históricos
- Dr. Carlos Barros (España)
- 2 – A reconstrução da ordem: os aldeamentos e a territorialização da fronteira
- Bárbara Helena de Araujo Guimarães, Marcos Guimarães Sanches. (Brasil)
- 3 – Visión de Keynes frente a los intentos hegemónicos del dólar
- Julio Cesar César Valdés (Venezuela)
- 4 – A América Latina no período 1914-1929: aspectos da vida política, econômica e social
- Iraci del Nero da Costa (Brasil)
- 5 – Historias y huella comercial de un vasco en Santiago de Cuba
- Elianne César Ofarrill (Cuba)
- 6 – Notas acerca do desenvolvimento da educação superior nos Estados Unidos e no Brasil: cronologia dos aspectos históricos, sociais e educacionais
- Gianezini, Kelly, Allen, Walter R. (Brasil)
- 7 – David Canabarro, o antiherói imperial na guerra contra o Paraguai
- Wagner Cardoso Jardim (Brasil)
- 8 – O processo histórico das cooperativas de eletrificação do Brasil
- João Vânio Mendonça Cardoso, Sílvio Parodi Oliveira Camilo. (Brasil)
- 9 – As exposições industriais em Novo Hamburgo e sua relação com a constituição da cidade e seus valores
- Claudia Schemes (Brasil)
- 10 – Las intervenciones de la Real Audiencia de Charcas y su influencia sobre diversos asuntos de interés público municipal en Santa Fe colonial (Gobernación del Río de la Plata, 1617-1627)
- Mg. Mauro Luis Pelozatto Reilly (Argentina)
- Contribuciones documentales: Dr. Miguel Á. Rosal, CONICET – Inst. Ravignani, UBA, Argentina
- 11 – Africanos y afro-descendientes en Buenos Aires (1710 – 1719). Esbozo de un estudio sobre fuentes inéditas y publicadas
- 12 – Africanos y afro-descendientes en Buenos Aires (1720 – 1729). Esbozo de un estudio sobre fuentes inéditas y publicadas
- 13 – Africanos y afro-descendientes en Buenos Aires (1730 – 1739). Esbozo de un estudio sobre fuentes inéditas y publicadas
- 14 – Africanos y afro-descendientes en Buenos Aires (1740 – 1749). Esbozo de un estudio sobre fuentes inéditas y publicadas
- Reseñas:
- 15 – Más Allá de la Guerra: Perspectivas de futuro.
- Fábio Luiz de Arruda Herrig (Brasil)
Estudios Históricos. Rivera, n.18, dic. 2017.
- EDICIÓN Nro. 18 Revista Digital. Diciembre 2017
- EDITORIAL
- Prof. Msc. Eduardo R. Palermo – Director
- 1-Recuerdos autobiográficos
- Walter Rela
- 2-Como bien lo indica Ortega y Gasset – Homenaje a Walter Rela.
- Raul Iturria
- 3-Recordación de Walter Rela
- Maturo (Argentina)
- 4-Géneros de la literatura rioplatense. Homenaje a Walter Rela
- F. Obermeir (Alemania)
- 5-A banha no Rio Grande do Sul – final do século XIX e primeira metade do século XX
- Paulo Adam (Brasil)
- 6- A implantação da lavora de café em Vassouras
- Thiago de Souza dos Reis (Brasil)
- 7 – A possibilidade do incomum: as desilusões de Aníbal em a geração da utopia, de Pepetela
- Daniel Conte, Marinês Andréa Kunz, Jéssica Schmitz. (Brasil)
- 8- A universidade federal do pampa e a discussão entre território e territorialidade
- Danilo Pedro Jovino, Ronaldo Bernardino Colvero (Brasil)
- 9 – Blocos Regionais e Pan-Americanismo na crise política brasileira de 1954.
- Ana Luiza Setti Reckziegel (Brasil)
- 10 – Críticas ao humanismo burguês e a produção norte-atlântica
- Alencar Rampelotto da Silva, Júlio Ricardo Quevedo dos Santos (Brasil)
- 11- “Educador, poeta y escritor santaclareño”
- Adela D. González Álamo (Cuba)
- 12-A escrita da história de São Borja: primeiras observações
- Anderson Romário Pereira Corrêa, Rafael Sides. (Brasil)
- 13- La Constitución de 1940 y la producción simbólica pública de Cumanayagua a mediados de la pasada centuria
- Dariel Mena Méndez (Cuba)
- 14 – Contradicciones del Desarrollo: el caso de La Venta, Municipio de Juchitán de Zaragoza, Oaxaca, México
- Carlos Garcia Medina (Rusia)
- 15 – Martín Morúa Delgado y la integración nacional en Cuba
- Yoel Rodríguez Ochoa. (Cuba)
- 16 – Mujer holguinera; comercio y República
- Ana Leonor González Sánchez. (Cuba)
- 17 – A Nossa África: a Mãe Expoliada
- Dr. Mário Maestri (Brasil)
- 18 – O capital escravista-mercantil nas Américas e sua superação
- Iraci del Nero da Costa, Julio Manuel Pires. (Brasil)
- 19 – O prata, poder e guerra: reflexões sobre o conceito de região na história
- Jeremyas Machado Silva (Brasil)
- 20 – O Priorado do Crato e o Convento Central da Ordem do Hospital nos Tempos do Prior D. Vasco de Ataíde
- Dirceu Marchini Neto (Brasil)
- 21 – O “time do povo”:Vantagem competitiva na construção e na manutenção da identidade de uma organização esportiva.
- João Malaia Santos, Ary José Rocco Junior. (Brasil)
- 22- MILITARES NA POLÍTICA: O Visconde de Pelotas e a questão militar nos anos finais do Império do Brasil
- André Fertig (Brasil)
- 23 – Os processos de acidentes de trabalho dos mineiros na capital brasileira do carvão: a luta pelo direito à saúde
- Bruno Mandelli (Brasil)
- 24 – Os retratos de Juan Manuel Blanes: Algumas considerações
- Cyanna Missaglia de Fochesatto (Brasil)
- 25- Para crime semelhante, diferentes sentenças: a condenação de trabalhadores escravos de Rio Pardo acusados de assassinar seus amos ou prepostos durante o século XIX
- Roberto Radünz, Olgário Paulo Vogt. (Brasil)
- 26 – Para o que serviu um referendo dos trabalhadores? Notas de pesquisa sobre a democracia industrial na Itália
- Davide Carbonai (Brasil) , Carlo Drago (Italia)
- 27 – Privilégio familiar ou estratégia política: a permanência de Salvador Correa de Sá e Benevides no governo do Rio de Janeiro (ca.1637 – ca.1643)
- Helena de Cassia Trindade de Sá, Bruno Corrêa de Sá e Benevides. (Brasil)
- 28 – Relação, circulação e recrutamento dos governos interinos no Rio de Janeiro (séculos XVII e XVIII)
- Victor Hugo Abril (Brasil)
- 29 – Relações de trabalho nas indústrias do setor cerâmico de Criciúma – 1960 – 1980
- João Henrique Zanelatto, Antonio Luiz Miranda, Ismael Gonçalves Alves (Brasil)
- 30 – Saturnino de Brito e a modernização do abastecimento de água no Rio Grande do Sul da Primeira República
- Fabiano Quadros Rückert. (Brasil)
- 31 – Tão importante ao trânsito geral do comércio da província”: os rios na análise dos ofícios enviados pela câmara municipal de Taquari/RS (1850-1852)
- Márcia Solange Volkmer, Cibele Caroline da Rosa. (Brasil)
- 32 – Uma miragem sobre o processo de formação do município de Bagé no contexto riograndense e fronteiriço
- Alessandro Carvalho Bica. (Brasil)
Estudios Históricos. Rivera, n.17, dic. 2016.
- EDICIÓN Nro. 17 Revista Digital. Diciembre 2016
- 1-A memória organizacional: cenografia e ethos nos relatos da história empresarial
- Eliane Davila dos Santos, Ernani Cesar de Freitas (Brasil)
- 2 – Histórias de agressores de mulheres julgados por violência doméstica da comarca de Pelotas (RS)Histories of perpetrators of women judged by domestic violence in the court of Pelotas (RS)
- Elisiane Medeiros Chaves, Lorena Gill (Brasil)
- 3 – “A aristocracia do sebo”: Riqueza, prestígio social e estilo de vida entre os charqueadores de Pelotas (Rio Grande do Sul, 1850-1890)
- Jonas Vargas (Brasil)
- 4 – La modernización capitalista de la industria azucarera en la región de Holguín entre 1899-1920, sus efectos en la movilidad de las relaciones de propiedad rústica en Cacocum.
- María del C Quiñones Pantoja, Barbara Márquez Montoya, Nuvia Artigas Almarales (Cuba)
- 5 – Unidades productivas y sociedad rural en el partido de La Matanza (Buenos Aires), 1726-1758
- Prof. Esp. Mauro Luis Pelozatto Reilly (Argentina)
- 6 – A história da colônia Ijuhy: a acusação de alcoólico como uma forma de preconceito
- Alison Droppa (Brasil)
- 7 – La génesis y el desarrollo de la idea de civilización en Europa
- André Nunes de Azevedo (Brasil)
- 8 – Do populismo à experiência democrática: a incorporação dos trabalhadores urbanos ao cenário político brasileiro. From populism to democratic experience: the incorporation of urban workers in the Brazilian political scenario.
- Douglas Souza Angeli (Brasil)
- 9 – O antifascismo nas páginas da imprensa anarquista – A Plebe e o Spartacus (c.1919-c.1922)
- Bruno Corrêa de Sá e Benevides (Brasil)
- 10 – “Extender e impulsar las ideas por las que ofrendó su vida”: a construção de Nilton Rosa da Silva como um mártir da esquerda revolucionária chilena
- Mauricio Brum (Brasil)
- 11 – Eric Hobsbawm, por ele mesmo, em Tempos Interessantes: uma vida no século XXEric Hobsbawm, by himself, in Interesting Times: A Twentieth-Century Life
- Mauro Marques (Brasil)
- 12 – Sindicalismo Revolucionário e Anarco-sindicalismo: um estudo dos Congressos Operários no Rio Grande do Sul (1898 – 1928) Revolutionary syndicalism and anarcho-syndicalism: a study of Congress workers in the Rio Grande do Sul (1898 – 1928)
- Anderson Romário Pereira Corrêa (Brasil)
- 13 – Representações e poder: análise da vinheta da Revue de Deux Mondes
- Luis Fernando Tosta Barbato (Brasil)
- 14. Procedimentos de pesquisa: novos cultivos e ocupação de novas áreas
- Iraci del Nero da Costa, Agnaldo Valentin (Brasil)
- 15 – Africanos y afro-descendientes en Buenos Aires (1700-1709). Esbozo de un estudio sobre fuentes inéditas y publicadas
- Miguel Á. Rosal (Argentina)
Estudios Históricos. Rivera, n.16, jul. 2016.
- EDICIÓN Nro. 16 Revista Digital. Julio 2016
- 1. Mobilidade espacial Guarani e concepções de natureza
- Salvadora Caceres Alcântara de Lima (Brasil)
- 2.Africanos y afro-descendientes en Buenos Aires (1690-1699). Esbozo de un estudio sobre fuentes inéditas y publicadas
- Miguel Á. Rosal (Argentina)
- 3. A polêmica entre Cecilio Báez e Juan O’leary e sua contribuição para a historiografia paraguaia
- Silvânia de Queiróz (Brasil)
- 4. História e literatura: possibilidades de pensar a construção do feminino em “Madame Bovary” de Gustave Flaubert.
- Prof. Ms. Tiago Silva, Dra. Magna Lima Magalhães, Dr. Daniel Conte (Brasil)
- 5. Registros de batismo e inventários post mortem como fontes para o estudo da estrutura de posse de escravos no sul do Brasil (século XIX): possibilidades e limites
- Marcelo Santos Matheus, Dr.Luís Augusto Farinatti (Brasil)
- 6. Experiências constitucionais no Uruguai de 1830 e no Rio Grande do Sul de 1843: um ensaio de liberalismo caudilho
- Dra. Ana Luiza Setti Reckziegel, Felipe Cittolin Abal (Brasil)
- 7. Administrando la Ciudadanía: el rol de las Juntas Electorales en Uruguay (1887-1924)
- Mag. Alexandre Bazilio (Brasil)
- 8. Bem aventurada é a serva do senhor: a construção da feminilidade através do discurso Mariano. Well blessed is the Lord´s servant: The feminity construction through Marian speech
- Dr.Ismael Gonçalves Alves (Brasil)
- 9. La muerte no pudo con él”: el desarrollo de la figura de Tarragó Ros como patrimonio local de Curuzú Cuatiá, Corrientes.La muerte no pudo con él”: the development of Tarragó Ros as local cultural heritage of Curuzú Cuatiá, Corrientes
- José A. Curbelo Knutson, Dr. Ronaldo Bernardino Colvero (Argentina – Brasil)
- 10. Regulação e institucionalização das atividades pesqueiras no BrasilRegulation and institutionalization of fishing activities in Brazil
- Dr. Alcides GoulartiFilho (Brasil)
- 11. Nepotismo e práticas clientelísticas: uma visão histórica do poder local no BrasilNepotism and patronage practices: a historical overview in the local government in Brazil
- Dr. Janaína Rigo Santin, Leonardo Cardoso (Brasil)
- 12. Migraciones regionales y conformación de un poblado rural en el Litoral Rioplatense. El caso de Los Arroyos y sus alrededores, 1726-1748Regional migration and formation of a rural Litoral Rioplatense town. The case of Los Arroyos and surroundings , 1726-1748
- Dr. Luis Pezzolato (Argentina)
- 13. El candombe en el Río de la Plata: evolución y espectacularización de ambos lados
- Andrea Añón (Uruguay)
- 14. O Estado novo foi uma mãe…, para o Villa-Lobos!The new state was a mother…, for the Villa-Lobos!
- Msc. Carlos dos Passos Paulo Matias, Dr. João Henrique Zanelatto (Brasil)
- 15. Sobre a integração das Minas Gerais à vida económica da colônia
- Dr. Iraci del Nero da Costa (Brasil)
- 16. Dimensões da propriedade no contexto das guerras pela Colônia do Sacramento (1762 – 1777)
- Msc. Hevelly Ferreira Acruche (Brasil)
- 17. O déficit de capital social e a questão dos indígenas em Dourados (MS)
- Msc. Fabio Anibal Goiris (Brasil)
- 18. Um imperador estoico: o dom Pedro II de Heitor LyraA stoic emperor: dom Pedro II from Heitor Lyra
- Dr. André Átila Fertig, Augusto Castanho da Maia Petter (Brasil)
- 19. A cidade de Ercílio Rosa: crônica e imaginário de Novo Hamburgo na década de 1940The city of Ercílio Rosa: chronicle and imaginary Novo Hamburgo in the 1940
- Luiz Antonio Gogler Maroneze, Cleber Cristiano Prodanov, Cristina Ennes da Silva
- 20. “A construção da brasilidade”: os discursos nacionalistas nas páginas do jornal A Voz de Chapecó (1939 – 1941)“The construction of Brazilianness”: the nationalist discourses in the journal pages The Voice of Chapecó(1939 – 1941)
- Ms. Leandro Mayer, Dra. Rosane Marcia Neumann (Brasil)
- 21. Paraguai: A Primeira Revolução Popular nas Américas
- Dr. Mário Maestri (Brasil)
- 22. Recensiones: Literatura: Entre a Fonte e a Escrita
- Fábio Luiz de Arruda Herrig (Brasil)
Estudios Históricos. Rivera, n.15, dic. 2015.
- EDICIÓN Nro. 15 Revista Digital. Diciembre 2015
- 1. A cidade de Campo Grande nas adjetivações de autores memorialistas
- Campo Grande city in the designations of memorialist authors
- Nataniél Dal Moro (Brasil)
- 2. Africanos y afro-descendientes en Buenos Aires (1680-1689). Esbozo de un estudio sobre fuentes inéditas y publicadas
- Miguel Á. Rosal (Argentina)
- 3. Arautos do “admirável mundo novo”: engenheiros e engenharias de poder nas fronteiras ocidentais do Brasil (1870-1915)
- Carlos Martins Junior, Paulo Marcos Esselin (Brasil)
- 4. O caso Taforó: conflito entre igreja e estado e o rompimento das relações diplomáticas entre Chile e a Santa Sé em 1883
- The case Taforó: conflict between church and state and the rupture of diplomatic relations between Chile and the holy see in 1883.
- Adelar Heinsfeld (Brasil)
- 5. O estado português entre 1640 e 1777: estrutura, funcionamento e ação no sul do Brasil colonial.
- Álvaro de Souza Gomes Neto (Brasil)
- 6. As organizações, o exército e os motins militares: o caso das tropas portuguesas na Montevidéu de Carlos Frederico Lecor
- Fábio Ferreira (Brasil)
- 7. A geopolítica e a política externa do império brasileiro na região platina no século XIX (1844 – 1864)
- Edson Romario Monteiro Paniagua, Ronaldo Bernadino Colvero, Muriel Pinto (Brasil)
- 8. A milonga e as narrativas na região do Pampa
- Jeremyas Machado Silva (Brasil)
- 9. El rol intelectual de José Luis Busaniche en el cambio de paradigma de la historia nacional argentina durante la segunda década del siglo XX
- Joaquín E. Meabe (Argentina)
- 10. La iglesia Parroquial Mayor: símbolo identitario de la ciudad santaclareña
- MSc. Adela D. González Álamo (Cuba)
- 11. Etnoarqueologia dos Charrua do Rio Grande do sul: história, Construção e Ressignificação Étnica
- Viviane M. Pouey Vidal (Brasil)
- 12. O Rio de Janeiro na União Ibérica: uma análise da Alfândega no contexto social e econômico colonial (c.1580-c.1640)
- Helena de Cassia Trindade de Sá, Prof.ª Dr.ª Maria Isabel de Siqueira (Brasil)
- 13. Os afrodescendentes e o futebol pelotense no pós-abolição (1925-1938)
- Christian Ferreira Mackedanz, Dra. Lorena Gill, Dr. Luiz Carlos Rigo (Brasil)
- 14. “Club GumersindO Saravia”: estratégia política, crédito e crença na constituição da liderança de Aparício Saraiva.
- DOBKE, Pablo, PADOIN, Maria Medianeira (Brasil)
- 15. En el filo de una nueva comprensión de las relaciones internacionales de la República Cubana hasta 1925: Cosme de la Torriente y el andamiaje diplomático republicano.
- MS.c. Paul Sarmiento Blanco, MS.c. Leidiedis Góngora Cruz. (Cuba)
- 16. “Sem ofensa das leis, com seu direito”: a prática social do direito no mundo colonial.
- “With no offense of the law, with your right”: the social practice of law in the colonial world
- Marcos Guimarães Sanches (Brasil)
- 17. Potosi: nas alturas do céu e nas profundezas do inferno
- Potosi: the heights of heaven and the depths of hell
- Cleber Cristiano Prodanov , Magna Lima Magalhães (Brasil)
- 18. As transformações do fenômeno morte no contexto das práticas de ritos funerários na sociedade pós-moderna
- La transformation du phénomène de la mort dans le contexte de pratiques en rites funéraires dans la société post-moderne
- Cristian Leandro Metz, Ana Luiza Carvalho da Rocha (Brasil)
- 19. Censo de propiedades sulriograndenses en la frontera con el Estado Oriental en 1850.
- Msc. Eduardo R. Palermo
- 20. NOVEDAD EDITORIAL :
- Guarinihape tecocue – Lo que pasó en la guerra (1704-1705) – Memoria anónima en guaraní del segundo desalojo de la Colonia del Santo Sacramento / Uruguay.
Estudios Históricos. Rivera, n.15, ago. 2015.
- EDICIÓN Nro. 14 Revista Digital. Agosto 2015
- Editorial agosto 2015
- Nota de denuncia del Lic. Gustavo Javier Giménez
- Nota de disculpa del Dr. Jean Arsene
- 1-Região revolucionária em uma área de fronteira internacional.
- Ana Luiza Setti Reckziegel (Brasil)
- 2- Significación histórica de la Constitución de 1812, el tratamiento al problema colonial y su impacto en Cuba.
- René Reinier Hidalgo Ramírez (Cuba)
- 3- La educación colonial en Montevideo y la banda oriental. ¿Quién enseñaba, cómo y para qué? (1726 – 1814).
- Nelson Pierrotti (Uruguay)
- 4- A circulação de impressos pragmáticos publicados pela tipografia literária do arco do cego na capitania de Minas Gerais
- Márcio Mota Pereira (Brasil)
- 5 – ¿Continuidad del orden o des-orden? El recurso de las armas en la conservación y en la alteración del orden social en Buenos Aires, 1809-1812
- Gustavo Javier Giménez (Argentina)
- 6- Arte, cultura e identidade: análise etnossemiótica de traços da pintura Kadiwéu
- Elza Sabino da Silva Bueno, Rosangela Villa da Silva. (Brasil)
- 7- La enseñanza de la historia en Cuba durante la República Neocolonial
- Olga Mercedes Armas Blanco, Bárbara Lisett Marquez Montoya. (Cuba)
- 8- Diretrizes da Administração Alfandegária do Rio de Janeiro (1700-1750)
- Valter Lenine Fernandez (Brasil)
- 9- El Cabildo, los vecinos y la utilización de la ‘‘otra banda’’ como territorio alternativo en la economía rural colonial. Buenos Aires y Santa Fe durante la extinción del ganado cimarrón y las vaquerías tradicionales (1720-1750)
- Mauro Luis Pelozatto Reilly (Argentina)
- Luján). Actualmente se encuentra finalizando la Maestría en Ciencias Sociales con mención en Historia Social en la Universidad Nacional de Luján.
- 10- “Hoy soy pueblo”: a poesia militante de Nilton Rosa da Silva, um brasileiro exilado no Chile de Salvador Allende
- Maurício Marques Brum (Brasil)
- 11- Crises da razão histórica – Crisis of historical reason
- José D’Assunção Barros (Brasil)
- 12- La División Oriental “olvidada” en la guerra de la Triple Alianza. Desde el retorno del general Flores a la repatriación de la División. Octubre 1866 – diciembre 1869.
- José María Olivero Orecchia (Uruguay)
- 13- Pranchada Infamante Resistência ao Castigo Físico do Soldado Imperial na Guerra contra o Paraguai
- Mário Maestri (Brasil)
- 14 – El Proyecto Kuatia Ymaguare (PEKY) – “Libros del pasado”
- Harald Thun, Leonardo Cerno, Franz Obermeier. (Alemania)
- 15- Defesa e segurança (inter)nacional no âmbito do Mercosul
- Kelly Gianezini, Sílvio Parodi Oliveira Camilo, Miguelangelo Gianezini (Brasil)
Estudios Históricos. Rivera, n.13, dic. 2014.
- EDICIÓN Nro. 13 Revista Digital. Diciembre 2014
- 1 -Historiografía de valores
- Dr. Carlos Barros, Universidad de Santiago de Compostela. (España)
- Conferencia plenaria en el IV Congreso Internacional Historia a Debate, Santiago de Compostela, 16 de diciembre de 2010. Versión escrita, actualizada y ampliada en mayo de 2014.
- 2 -Redescubierta de un manuscrito perdido del Padre Pedro de Lozano, un tomo de su Diccionario historico-índico de 1748.
- Dr. Franz Obermeier (Alemania)
- 3 -Desplazamientos interpretativos y autocríticas. La conformación de una oposición política a la Revolución Libertadora (1955-1958)
- Carlos Hudson (Argentina)
- 4 -A imprensa como integrante da oposição política a joão goulart: o ministro do trabalho – 1953-1954
- Dilossane Vargas da Silva (Brasil)
- 5 -A importância pedagógica do diretor de educação física na primeira república na praça de desportos: primeiras aproximações, o caso de Bagé/RS.
- Alessandro Carvalho Bica, Berenice Corsetti (Brasil)
- 6 – Contatos imediatos de fronteira: correspondência entre oficiais militares portugueses e espanhóis no extremo sul da América (séc. XIX)
- Adriano Comissoli (Brasil)
- 7 – Capital Social e Políticas Municipais. Um estudo comparativo no Vale do Rio dos SinosSocial Capital and local public policies. A comparative study in the Vale do Rio dos Sinos
- Everton Rodrigo Santos, Honor de Almeida Neto,Cristina Ennes da Silva, Claudia Schemes. (Brasil)
- 8 – Em busca de um lugar na história: viúvas, órfãos e mutilados vítimas da Guerra do Paraguai
- Marcelo Santos Rodrigues (Brasil)
- 9 – Escravizações ilegais e reescravizações na fronteira da província do rio grande do sul (1842-1862)
- Jônatas Marques Caratti (Brasil)
- 10 – Líderes platinos na guerra civil farroupilha –Platinos leaders in the farroupilha civil war.
- Janaíta da Rocha Golin (Brasil)
- 11 – O lugar de Nelson Werneck Sodré no pensamento político brasileiroPlace of Nelson Werneck Sodré political thought in Brazil
- Daniel de Souza Lemos, Louise Lanes Lemões (Brasil)
- 12 – O Rei servo da nação: a imagem de D. Pedro II na obra de Pedro Calmon.
- Neandro Vieira Thesing, André Átila Fertig (Brasil)
- 13 – O terrorismo de estado (TDE) e a luta armada no Rio grande do Sul: 1970 State terrorism and armed struggle in Rio Grande do Sul: 1970
- Cristiane Medianeira Ávila Dias (Brasil)
- 14 – Políticas de Desarrollo en Zonas Indígenas (México)Policy Development in Indigenous Areas
- Carlos García Medina (Rusia – México)
- 15 – Partidos Políticos en el Término Municipal de Holguín desde la ocupación norteamericana hasta Alfredo Zayas.
- MSc. Celia del Carmen Hernández Arias (Cuba)
- 16 – Dos décadas cruciales para el afianzamiento de la cultura económica moderna en la sociedad holguinera: 1899-1920.
- Rafael Ángel Cárdenas Tauler (Cuba)
- 17 – Entre o desejo de expansão e os litigios pueblerinos: a província do Paraguai como paradigma do conflito (séc. XVII – XVIII)
- Rodrigo F. Maurer (Brasil)
- 18 – RESEÑAS:
- Dra. Margaret M. Bakos.
- MATTOS, Jane Rocha (org.). Museus e africanidades. Porto Alegre, RS. – Edições Julio de Castilhos, 2013, 184 p.
Estudios Históricos. Rivera, n.12, jul. 2014.
- EDICIÓN Nro. 12 Revista Digital. Julio 2014
- A aplicação da legislação sesmarial em território brasileiro
- Nelson Nozoe (Brasil)
- A prática da Capoeira enquanto patrimônio cultural: Trajetórias afrodescendentes e multiculturais no Brasil.
- Silva, Jorge Silveira, Santos, Júlio Ricardo Quevedo dos, Milder, Saul Eduardo Seiguer (Brasil)
- Reflejo de tradición y ruptura: arquitectura neocolonial y arquitectura de la modernidad en la primera mitad del siglo xx en la ciudad de Córdoba.
- Arq. Ana María Rodríguez de Ortega (Cuba-Argentina)
- Aculturación del pueblo indígena Mixe, Oaxaca, México. The Acculturation of the Indigenous Mixe People, in the state of Oaxaca, Mexico
- Carlos García Medina (México-Rusia)
- “La frontera del Paraguay en el siglo XVIII: Relaciones y disputas entre Curuguaty e Ygatimi
- Herib Caballero Campos (Paraguay)
- CANOEING DOWN: O sertão do rio São Francisco sob o olhar do estudioso-aventureiro Richard Burton
- Antônio Fernando de Araújo Sá (Brasil)
- As instituições locais no processo de construção dos Estados Nacionais modernos: A República Riograndense na vila de Alegrete (1837-1843), no sul do Brasil.
- Alessandro de Almeida Pereira, Michele de Oliveira Casali (Brasil)
- A crônica e o fazer histórico na crise da modernidade: reflexões e possibilidades.The chronicle and the making of history in the crisis of modernity: reflections and possibilities.
- Luiz Antonio Gloger Maroneze (Brasil)
- URUGUAIANA: SUAS FRONTEIRAS E SUA IDENTIDADE
- Ronaldo Bernardino Colvero, Edson Romário Paniagua, Davide Carbonai (Brasil)
- Historiografia, Escravidão e Luta de Classes no Brasil
- Mário Maestri (Brasil)
- Carvão e Ferrovia: ecos de progresso e disputas políticas no Sul Catarinense na Primeira República
- João Henrique Zanelatto, Alcides Goularti Filho (Brasil)
- Río Paraguay: El mejor rio del mundo: Reflexões sobre o papel histórico e geoestratégico dos caminhos fluviais.
- Maria do Carmo Brazil (Brasil)
- A FAMÍLIA ESCRAVA NO BRASIL DESCRITA POR VIAJANTES ESTRANGEIROS
- Iraci del Nero da Costa (Brasil)
- Contribuciones documentales: Fuentes parroquiales de Quilmes – Índice onomástico de Quilmes. 2da. parte.
- Dra. Nora Siegrist (Argentina)
- Um olhar sobre a presença árabe na Fronteira
- Liane Chipollino Aseff
Estudios Históricos. Rivera, n.11.
- EDICIÓN Nro. 11 Revista Digital
- De Yatay a Cerro-Corá: Consenso e dissenso na resistência militar paraguaia.
- Mario Maestri
- A gênese do universo político-partidário no município de Bagé/RS.
- Alessandro Carvalho Bica – Berenice Corsetti (Brasil)
- O perigo além-fronteira e a hegemonia do prata
- Janaíta da Rocha Golin (Brasil)
- “Entre Jaguarão e Tacuarembó”: Os charqueadores de Pelotas (RS) e os seus interesses políticos e econômicos na região da campanha rio-grandense e no norte do Uruguai (c. 1840- c. 1870)
- Jonas Moreira Vargas (Brasil)
- El ayer no podrá ser destruido: a decadência da excepcionalidade chilena
- Silvia Simoes (Brasil)
- Construcciones de lo negro: una lectura ideológica de las representaciones de los “los bufones de Rosas”
- Dr. Jean-Arsène Yao (Costa de Marfil)
- Epidemias e quarentenas no Brasil e no rio da Prata no século XIX
- Cleide de Lima Chaves (Brasil)
- Um conto chinês: um olhar sobre a cultura e a identidade – A Chinese Tale: looking into culture and identity
- Sabrina Martins – Cleber C. Prodanov (Brasil)
- Aproximações metodológicas à imprensa periódica oitocentista: o caso dos periódicos sul-rio-grandenses.
- Álvaro Antonio Klafke (Brasil)
- Nos tempos da “petit paris”: a urbanização em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, no auge da economia cafeeira (1880-1930)
- Rodrigo Ribeiro Paziani (Brasil)
- Distribuição e concentração da riqueza com base em inventários post mortem na presença de casos de riqueza líquida negativa
- Agnaldo Valentin, José Flávio Motta, Iraci del Nero da Costa (Brasil)
- Entre cor e hierarquia: apontamentos sobre ascensão social de mulatos e a carreira militar no Brasil da primeira metade do século XIX.
- Letícia Rosa Marques (Brasil)
- Manumisiones de esclavos en Buenos Aires (1600-1670)
- Miguel Á. Rosal (Argentina)
- O porto carvoeiro na formação do complexo carbonífero catarinense: a disputa entre Laguna e Imbituba.
- Fabio Farias de Moraes, Alcides Goularti Filho (Brasil)
- O Uruguai blanco: a divisão política uruguaia e a autonomia do Partido Nacional frente ao governo de Montevidéu. (1902 – 1904).
- DOBKE, Pablo. PADOIN, Maria Medianeira.(Brasil)
- A colonização açoriana e a fundação de San Carlos
- Letícia Vieira Braga da Rosa, Claudia Schemes. (Brasil)
- “Vivir en cadenas, ¡que triste vivir!, Morir por la Patria, ¡que belo morir!” – o conceito de Pátria nas páginas da imprensa periódica da Província Cisplatina (1821-1828)
- Murillo Dias Winter (Brasil)
- OS BENZEDORES DE SÃO MIGUEL DAS MISSÕES-RS: ASPECTOS DE MEMÓRIA E IDENTIDADE
- Juliani Borchardt, Ronaldo Bernardino Colvero (Brasil)
- El lenguaje piadoso en el valle de Toluca durante el siglo XVII a través del testamento: Una expresión de la religiosidad barroca
- Marco Antonio Peralta Peralta (Mexico)
- Afroargentinos, guerra y política, durante las primeras décadas del siglo XIX. Una aproximación hacia una historia social de la revolución
- Florencia Guzmán (Argentina)
- Contribuciones documentales:
- Fuentes parroquiales de Quilmes – Índice onomástico de Quilmes. 1era parte.Dra. Nora Siegrist (Argentina)
Estudios Históricos. Rivera, n.10.
- EDICIÓN Nro. 10 Revista Digital
- 1 – Trabalho e Justiça no Norte Gaúcho (1959-1960) – Labor and Justice in Northern Gaucho (1959-1960)
- Janaína Rigo Santin, Ana Luiza Setti Reckziegel, José Renato Stangler, Alex Faverzani da Luz (Brasil)
- Articulo Completo
- 2 – Crecimiento urbano de Ciudad Ixtepec, Oaxaca, México – Urban Growth in Ixtepec City, Oaxaca, México.
- Carlos García Medina (México)
- 3 – Identidad étnica e identificación política. Los afroporteños durante el rosismo
- Gustavo Javier Giménez (Argentina)
- 4 – Zero Hora, seus editoriais e as greves na educação pública estadual no Rio Grande do Sul durante o ocaso da ditadura militar-civil brasileira (1979, 1980 e 1982)
- ZERO HORA, their editorials and the strikes on the estate public education at Rio Grande do Sul during the exhaustion of the Brazilian military-civil dictatorship (1979, 1980 e 1982)
- Mauro Luiz Barbosa Marques (Brazil)
- 5 – Portales: Mito, tradición y revisión. Una lectura a la figura de Diego Portales en la historiografía chilena del siglo XX.
- Luis S. Reyes Konings (Chile)
- 6 – Carimba. Las marcas de los esclavos en el Buenos Aires colonial
- Miguel Á. Rosal (Argentina)
- 7 – Taunay e a frustrante ação militar brasileira em território paraguaio – A Retirada da Laguna
- Gabriel Schäfer (Brasil)
- 8 -O General Câmara na Guerra do Paraguai através de suas correspondências
- André Atila Fertig, Guilherme de Mattos Gründling (Brasil)
- 9 – Asimilación musical y crítica política en la obra de Fela Kuti
- Agustín Haro (Argentina)
- 10 – La Virgen de la Caridad en la cultura santaclareña
- MSc. Adela D. González Alamo (Cuba)
- 11 – Dissídios da Justiça do Trabalho: Uma nova Fonte a ser Historiada
- PIEPER, Jordana Alves, SILVA, Eduarda Borges da, GILL, Lorena Almeida
Estudios Históricos. Rivera, n.9.
- EDICIÓN Nro. 9 Revista Digital
- 1. Elementos teóricos para uma perspectiva interpretativa: escravidão e forma de produção.
- Dr.Agostinho Mario Dalla Vecchia (BRASIL) .
- 2. El Estado mexicano y su población indígena – The Mexican state and its Indigenous population
- Carlos García Medina (México)
- 3. Las modalidades de participación femenina durante el levantamiento de Aparicio Saravia en 1904.
- Prof. María Natalia Leiva Silvera (Uruguay)
- 4. Experiencias empresariales en la región platina: espacios de comercialización y vínculos personales (sur de la provincia de buenos aires y rio grande do sul a principios del siglo XX).
- Dra. Valeria Palavecino (Argentina) – Mag. Márcia Volkmer (Brasil)
- 5. Contato linguístico na fronteira Brasil – Bolívia: hibridações étnicas, culturais e sociais.
- Stael Moura da Paixão Ferreira (Brasil)- Rosangela Villa da Silva (Brasil)
- 6. O Uruguai conflagrado: blancos x colorados e o preâmbulo da revolução de 1897
- Ana Luiza Setti Reckziegel (Brasil)
- 7. Una específica aplicación para la revisión de los modelos y taxonomías de los análisis líticos.
- Mario Consens, Verónica Etchart y Sandra Bauzá (Uruguay)
- 8. Imágenes multiculturales. origen, significado y uso de imaginería jesuítico misionera a partir de un enfoque interpretativo
- Carmen Curbelo, Luis Bergatta
- 9. O singular relato do cônego João Pedro Gay sobre a Invasão Paraguaia da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul
- Mário Maestri (Brasil)
- 10. Nuances nos depoimentos da pesciana e da moranesa: mulheres imigrantes em Porto Alegre/RS (1945-1950)
- Egiselda Brum Charão (Brasil)
- 11. O uso da fotografia em processos de identificação e o método Bertillon – século XIX
- Helen Scorsato
- 12. Los peronistas y las armas entre 1955 y 1966.
- Marcelo Raimundo (Argentina)
- 13. Diario de la Guerra del Brasil, llevado por el ayudante Jose Brito del Pino, agosto de 1825, noviembre de 18286.
- Contribución documental
Estudios Históricos. Rivera, n.8.
- EDICIÓN Nro. 8 Revista Digital
- La Guerra contra el Paraguay: los países de la Triple Alianza y las condicionantes de la guerra.
- Dr. Walter Rela.
- Articulo Completo
- A Singularidade do Estado Francista: A Leitura de Oscar Creydt.
- Dr.Mário Maestri
- Articulo Completo
- A complexidade produtiva nas estâncias da campanha do Rio Grande do Sul.
- Bruno Gato da Silva, Jaqueline Ferreira Pes, Saul Eduardo Seiguer Milder
- Articulo Completo
- Commercio e assicurazioni a Cadice tra età moderna e contemporanea: la presenza dei Lloyd’s.
- Amedeo Lepore (Italia).
- Articulo Completo
- Fronteiras negras, espaço de interlocuções regionais: o caso de São Miguel.
- Jandira Elohá Lopes
- Articulo Completo
- Histórias sobre o cotidiano da tuberculose.
- Lorena Gil
- Articulo Completo
- El olvidado MAM ES y los espacios expositivos de Vitória, Brasil. Reencontrar la historia.
- Renata Ribeiro
- Articulo Completo
- Particularidades históricas e culturais dos Charrua e dos Minuano do Pampa Sul-americano.
- Anderson Marques Garcia-
- Dr.Saul Eduardo Seiguer Milder
- Articulo Completo
- O patrimônio cultural no município de Bossoroca/ RS.
- Júlio Ricardo Quevedo dos Santos
- Cosete Nascimento do Nascimento
- Articulo Completo
- Cartografia da Guerra Guaranítica.
- Dr.Tau Golin
- Articulo Completo
- Familias esclavas y compadrazgo en la feligresía de Guanajay (1773 -1806).
- Rebeca Figueredo Valdés (Cuba)
- Articulo Completo
EDICIÓN EXTRAOIRDINARIA Nro. 3 Revista Digital
- HOMENAJE en el BICENTENARIO de la REVOLUCION de 1811
- Rivera, Uruguay, 2011
- PROF. DR. WALTER RELA
- ARTIGAS
- Prof. Mg. Eduardo R. PalermoDirector
- Translated by MP
- Presentación general.
- Artículo Completo
- Artigas 1811-1820 Cronología General.
- Artículo Completo
- Sumario. Tomos 1 a 9. Documentos 1 a 4.
- Artículo Completo
- Sumario. Tomos 10 a 14.
- Artículo Completo
- Sumario. Tomos 15 a 19.
- Artículo Completo
- Sumario. Tomos 20 a 29. Documento 30.
- Artículo Completo
- Sumario. Tomo 30 a 34.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 5.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 6.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 7.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 8.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 9.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 10.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 11.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 12.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 13.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 14 (Primera parte).
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 14 (Segunda parte).
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 15.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 16.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 17.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 18.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 19.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 20.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 21.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 22.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 23.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 24.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 25.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 26.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomos 27 y 28.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 29.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 30.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 31.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 32.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 33.
- Artículo Completo
- Documentos. Tomo 34.
- Artículo Completo
Estudios Históricos. Rivera, n.7.
- EDICIÓN Nro. 11 Revista Digital
- Los comienzos de la diplomacia oriental, 1814-1815. La Mision Redruello y Caravaca ante la corte imperial en Rio.
- Dr. Walter Rela.
- El Centro de Documentación Histórica del Río de la Plata y Brasil agradece a los Dres. Julio Rappa (h) y Claudio Aristoff por los servicios profesionales brindandos en Casa de Galicia durante el transe de salud del Dr. Walter Rela. Por voluntad del autor este articulo esta dedicado a dichos profesionales.
- Articulo Completo
- Documento: Misión José Bonifacio Reduello y José Maria Caravaca.
- Documento
- Ruínas da estância Santa Clara-Quaraí/RS: as primeiras intervenções arqueológicas e a análise da cerâmica histórica
- Jaqueline Ferreira Pes, Saul Eduardo Seiguer Milder
- Articulo Completo
- Políticas sociales: la mujer y la bisectriz del trabajo en el primer peronismo
- Carolina Barry (UNTREF/ CONICET)
- Articulo Completo
- HISTORIA Y CULTURA AFRO-BRASILEÑA Y LA CONTRIBUCIÓN DE LAS POBLACIONES DE MATRICES AFRICANAS EN BRASIL.
- Mag.Benjamin Xavier de Paula
- Articulo Completo
- Repensado la “Carrera de la Revolución”. Aportes a la discusión sobre las trayectorias políticas entre la Revolución y la Confederación (Argentina. 1806-1861)
- Valentina Ayrolo, Ana Laura Lanteri, Alejandro Morea
- Articulo Completo
- “Los rostros del conflicto. Mediación política y orden social en el nordeste bonaerense, 1862-1874. El caso de Juan Moreira”
- Pedro Berardi
- Articulo Completo
- Modalidades del comercio de esclavos en Buenos Aires durante la tercera década del siglo XVII
- Miguel Á. Rosal
- Articulo Completo
- Augusto Comte e o positivismo no Brasil
- Dra. Margaret Bakos
- Articulo Completo
- Elementos teóricos para uma perspectiva interpretativa: totalidade, mediações e formação social
- Prof. Dr.Agostinho Mario Dalla Vecchia
- Articulo Completo
Estudios Históricos. Rivera, n.6, jul. 2011.
- EDICIÓN Nro. 6 Revista Digital
- Editorial
- A posse de escravos em uma paróquia da capital do império do Brasil, 1870
- José Flávio Motta, Nelson Nozoe, Iraci del Nero da
- Articulo Completo
- Os Positivistas Ortodoxos e a Guerra do Paraguai
- Dr. Mário Maestri
- Articulo Completo
- A precisão e a distorção: diálogos entre Diego Velázquez e Francis Bacon.
- Prof. Antonio Gasparetto Júnior
- Articulo Completo
- Elementos teóricos para uma perspectiva interpretativa: modo de produção, conhecimento histórico.
- Prof. Dr. Agostinho Mario dalla Vecchia
- Articulo Completo
- Ordem em colônias: legislações para os índios no período filipino.
- Profa. Dra. Maria Isabel de Siqueira
- Articulo Completo
- Mundo afro e os afro-descendentes no Uruguai: decontrução dum processo etno-genético.
- Lic. Adriana Pérsia
- Articulo Completo
- LIBRO: Mercado y empresas em Europa: la empresa González de la Sierra en el comercio gaditano entre los siglos XVIII y XIX.
- AMEDEO LEPORE
- Presentación del libro
- Libro Completo
Estudios Históricos. Rivera, n.5, nov. 2010.
- EDICIÓN Nro. 5 Revista Digital
- “Montonera artiguista”
- Luis Ferrer (1947).Paysandú, Uruguay.Crayola sobre cartón,100 x 80. 2009.
- Agustín de Bolívar: el hermano “oculto” del libertador.
- Juan Carlos Morales Manzur (Venezuela)
- Articulo Completo
- La Cuestión Social en Chile: Concepto, problematización y explicación. Una propuesta de revisión historiográfica.
- Luis S. Reyes Konings (Chile)
- Artigo Completo
- A diplomacia do presidente Abraham Lincoln: a política no período pré-guerra.
- Alex Guedes de Moraes (Brasil)
- Articulo Completo
- Conmemoración del Centenario de la “Creación del Chaco”: Conjunción de imágenes en la conformación de una memoria histórica provincial.
- Lic. María Alejandra Zurlo (Argentina)
- Articulo Completo
- Cristóvão de Mendonza: o mártir do Ibia descrito pelo Pe. Antônio Ruiz de Montoya.
- Lisiane da Motta (Brasil)
- Artigo Completo
- Vestígios arqueológicos de um antigo comércio: A faiança fina na Uruguaiana do século XIX.
- Ronaldo Bernardino Colvero – Jeremyas Machado Silva (Brasil)
- Artigo Completo
- Sobre a estrutura de posse de escravos em Sao Paulo e Minas Gerais nos albores do século XIX
- Francisco Vidal Luna – Iraci del Nero da Costa – (Brasil)
- Articulo Completo
- “Em parte alguma do mundo fazerem-se novas povoações sem casais”: a colonização dirigida e a o recrutamento forçado no povoamento da Colônia do Sacramento”
- Paulo César Possamai (Brasil)
- Artigo Completo
- Fisiognomias: Walter Benjamin e a escrita da história através de imagens.
- Dra. Denise Marcos Bussoletti (Brasil)
- Artigo Completo
- José Martí a través de su ensayo político.
- Dr. Elio Alba Buffill (Estados Unidos)
- ArtigoCompleto
- Contribución documental:
- “The Black Death”, (La Peste) Ole J. Benedictow articulo traducido del inglés por la Prof. Susana Suarez.Curriculo: Licenciada en Historia por la Ucudal, Profesora del Centro Regional de Profesores del Norte-Rivera
- Articulo Completo
- Tratado de Folklore.
- Ficha bibliográfica: ITURRIA, Raúl. Tratado de Folklore. Montevideo: Tierra Adentro, 2006. pp.456 – ISBN:9974-7770-3-8
- Estudios Históricos del Centro de Documentación Histórica del Rio de la Plata – Prof. Dr. Walter Relaweb: jjvieraa@gmail.com
Estudios Históricos. Rivera, n.4, mar. 2010.
- EDICIÓN Nro. 4 Revista Digital
- “Cabildo abierto del 22 de mayo de 1810” en Buenos Aires. Óleo sobre tela. Autor: Juan Manuel Blanes (1830-1901) – 1870. Colección Museo Histórico Nacional. Argentina.
- Historia a Debate, un paradigma global para la escritura de la historia
- Carlos Barros (España)
- Articulo Completo
- Aparício Saravia : um caudilho de duas pátrias
- Ana Luiza Setti Reckziegel (Brasil)
- Artigo Completo
- El teatro documento de Reinaldo Arenas
- Esther Sánchez-Grey Alba (Cuba – USA)
- Articulo Completo
- Entre lo público y lo privado. La continuidad de las expresiones culturales afroporteñas (1820 – 1852)
- Gustavo Javier Jiménez (Argentina)
- Articulo Completo
- Relações, intrigas e interesses: O governador e capitão-general dom Diogo de Souza em sua árdua missão na Banda Oriental em 1811
- Alex Jacques da Costa (Brasil)
- Artigo Completo
- Organização Geopolítica da Região do Povo da Cruz: O Itaqui De 1629 à 1801
- Helenize Soares Serres (Brasil)
- Artigo Completo
- Eduardo Gutiérrez y la frontera. Un recorrido por los fortines y los toldos.
- Melina Yuln (Argentina)
- Articulo Completo
- Mulheres mal faladas: a prostituição em Buenos Aires em fins do século XIX
- Álvaro de Souza Gomes Neto (Brasil)
- Artigo Completo
- Sete Povos das Missões: história, terra e trabalho
- Helen Scorsatto Ortiz (Brasil)
- Artigo Completo
- A Província Cisplatina do ponto de vista brasileiro
- Helio Leoncio Martins (Brasil)
- ArtigoCompleto
- En busca de un enclave esclavista. La expedición colonizadora a las islas de Fernando Poo y Annobon, en el Golfo de Guinea. (1778 – 1782)
- Liliana Crespi
- Articulo Completo
Estudios Históricos. Rivera, n.3.
- EDICIÓN Nro. 3 Revista Digital
- “Boleando avestruces” Balling Ostriches – Acuarela, (ca.1816-18) Emeric Essex Vidal – (1791 – 1861) – Inglaterra.
- Proyectos Monárquicos en el Río de la Plata- 1808 – 1816
- Dr. Walter Rela (Uruguay)
- Articulo Completo
- Articulaciones históricas y culturales en zonas de frontera, difundidas en la prensa del Río de la Plata (XIX)
- Tatiana Novallo (Canada)
- Articulo Completo
- La junta de Montevideo en 1808, una situación interna con repercusiones internacionales: algunos aspectos de los intereses y acciones portuguesas
- Lic. José M. Olivero Orecchia (Uruguay)
- Articulo Completo
- Portos e cidades: comércio, política e sociedade no Rio de Janeiro colonial
- Valter Lenine Fernandes – Victor Hugo Abril (Brasil)
- Artigo Completo
- Dois caricaturistas entre a memória e o esquecimento: Angelo Agostini (1843-1910) e Eduardo Chapon (1852-1903)
- Aristeu Elisandro Machado Lopes (Brasil)
- Artigo Completo
- Uruguaiana: a estância como fronteira.
- Ronaldo Bernardino Colvero – Luiz Francisco Matias Soares (Brasil)
- Artigo Completo
- El campo historiográfico argentino en la democracia. Transición, profesionalización y renovación.
- Elias Zeitler (Argentina)
- Articulo Completo
- Una reflexión en torno al significado de la democracia en el proceso de formación del estado en la historia de Chile.
- Luis S. Reyes Konings (Chile)
- Articulo Completo
- Las misiones jesuíticas y los indígenas misioneros en la historiografía del Uruguay.
- Lic. Oscar Padrón Favre (Uruguay)
- Articulo Completo
- Hogares, familias, género y jefaturas de hogar en dos poblaciones Latinoamericanas (Punilla, Córdoba, Argentina; Campinas, São Paulo, Brasil) a fines del siglo XVIII
- Claudio F. Küffer – Paulo Eduardo Teixeira – Sonia E. Colantonio – (Argentina-Brasil)
- ArticuloCompleto
- Por que Lilián Celiberti e Universindo Rodríguez foram sequestrados? Resistência uruguaia em Porto Alegre no final da década de 1970.
- Ramiro Reis (Brasil)
- Artigo Completo
- “Montevideo fortificado es otro Gibraltar”: As tentativas dos portugueses em ocupar Montevidéu no século XVIII
- Dr. Paulo Possamai (Brasil)
- Artigo Completo
- Relações entre o mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, os reis de Portugal e demais poderes laicos (séculos xii a xv): análise da documentação publicada por Saul António Gomes.
- Dirceu Marchini Neto (Portugal)
- Artigo Completo
- 1915: A seca e o sertão sob o olhar de raquel de queiroz.
- Kárita de Fátima Araújo – Profa. Dra. Rita de Cássia Martins de Souza Anselmo
- Artigo Completo
- Reseña y evaluación del Seminario La Ruta del Esclavo en el Río de la Plata: aportes para un diálogo intercultural.
- Buenos Aires, 26 y 27 de octubre de 2009 – UNESCO – UNTREF – MNBA
- Articulo Completo
Estudios Históricos. Rivera (Edición extraordinar), set. 2009.
- “Un siglo de confrontaciones por la Colonia del Sacramento – 1678 – 1778”
- Dr. Walter Rela – Ensayo
- Articulo Completo
- Estudios Históricos del Centro de Documentación Histórica del Rio de la Plata – Prof. Dr. Walter Relaweb: jjvieraa@gmail.com
Estudios Históricos. Rivera, n.2, ago. 2009.
- EDICIÓN Nro. 2 Revista Digital
- Posta del Chuy, Cerro LargoFotografía: Marcelo Puglia
- A Guerra Contra o Paraguai: História e Historiografia: Da instauração à restauração historiográfica [1871-2002]
- Mário Maestri
- Artigo Completo
- Presencia histórica de la lengua portuguesa en documentos del siglo XIX en la frontera Artigas – Quaraí
- María Luján Oronoz
- Articulo Completo
- O Congresso Cisplatino e seus desdobramentos políticos no Brasil e na região do Prata.
- Fábio Ferreira
- Artigo Completo
- Reflexiones: Tiempos líquidos sobre el Patrimonio Cultural y sus Valores.
- María del Carmen Díaz Cabeza
- Articulo Completo
- Montevideo desde la perspectiva del Atlántico sur tráfico y presencia de africanos y afrodescendientes.
- Dr. Luis Ferreira
- Articulo Completo
- Os quilombos contemporâneos maranhenses e a luta pela terra.
- Adelmir Fiabani
- Artigo Completo
- Um caso mal resolvido: os sete povos das missões e o julgamento de 1759.
- Rodrigo Ferreira Maurer – Ronaldo B. Colvero
- Artigo Completo
- O povoamento do território do Rio Grande do Sul / Brasil o oeste como direção.
- Véra Lucia Maciel Barroso
- Artigo Completo
- La ciudad y la urbanización.
- Profa. Rosario Bottino Bernardi
- Articulo Completo
- O sagrado e o profano nos cemitérios de Bagé/RS
- Egiselda Brum Charão
- Artigo Completo
- El lenguaje de las balas.Una aproximación a la guerra de guerrillas en Brasil y Uruguay desde Carl Schmitt
- Esteban Campos
- ArticuloCompleto
- El Bajo Río Uruguay: territorio-frontera. Completo escenario de la agroproducción sudamericana.
- Prof. Rene Boretto Ovalle – Prof. María Julia Burgueño Angelone
- Articulo Completo
- Contribuciones Documentales.
- Luis Morquio Blanco
- Articulo Completo
Estudios Históricos. Rivera, n.1, 2009.
- Edición Nº1 Revista Digital
- Bienvenidos a la Revista Estudios Historicos
- Rivera, Uruguay, 25 de mayo de 2009
- Prof. Mag. Eduardo R. Palermo
- A perseguição além da fronteira: os órgãos de repressão e espionagem da ditadura brasileira para o controle dos exilados brasileiros no uruguai
- Ananda Simões Fernandes
- Artigo Completo
- A cultura do contrabando e a Fronteira como um Lugar de Memória
- Adriana Dorfman
- Artigo Completo
- Uma experiência acadêmica de pesquisa: a história dos 150 anos do município de santa maria mostrada por meio de uma exposição.
- Dra. Maria Medianeira Padoin
- Artigo Completo
- Los procesos y la larga duración en la historia regional. Nuevas miradas para la construcción de una historia regional en el departamento de colonia
- Sebastián Rivero Scirgalea
- Artigo Completo
- A construção do imaginário da mulher brasileira na fronteira oeste do rio grande do sul: o que revelam os jornais do período de 1890 a 1910
- Marilene da Cunha Ribeiro
- Artigo Completo
- Abrir puertas a la tierra: el puerto de aguas profundas en la coronilla, un proyecto de desarrollo regional del S. XIX para el S. XXI.
- Prof. Walter Viera
- Artigo Completo
- O Golpe de 1964 no Brasil: problematizando discursos políticos e historiográficos
- Rafael Fantinel Lameira – Diorge Alceno Konrad
- Artigo Completo
- Uruguai “verde-amarelo”: brasileiros presos em terra estrangeira
- Gissele Cassol
- Artigo Completo
- A oposição federalista na Primeira República no Rio Grande do Sul através do jornal “O Maragato”
- André Fertig
- Artigo Completo
- As Origens Missioneiras de Santa Maria
- Júlio Ricardo Quevedo dos Santos
- Artigo Completo
- El vuelo del cóndor en la frontera uruguayo-brasileña: la conexión represiva internacional y el operativo zapatos rotos
- Enrique Serra Padrós
- Artigo Completo
- Presencia indígena misionera en el Uruguay: movilidad, estructura demográfica y conformación familiar al norte del río negro en el primer tercio del siglo XIX*
- Isabel Barreto – Carmen Curbelo
- Artigo Completo
- El metal y la escoria: patrimonio, legitimación, patrimonización. Reflexiones desde un trabajo de campo en Minas de Corrales.
- Fernando Acevedo
- Artigo Completo
- El revés de la trama: contextos y problemas de la historia local y regional
- Dra. Sandra Fernández
- Conferencia magistral desarrollada en la inauguración del III Encuentro Regional de Historia y Ciencias Sociales y I Encuentro de Geo-Historia. Rivera, octubre 2008.
- Artigo Completo
- Sobre límites y fronteras.
- María del Rosario Bottino Bernardi
- Artigo Completo
Frei Betto, biografia – FREIRE; SYDOW (VH)
FREIRE, Américo; SYDOW, Evanize. Frei Betto, biografia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016. 448 p. BOHOSLAVSKY, Ernesto. Frei Betto, uma vida entre a Igreja e a política. Varia História. Belo Horizonte, v. 34, no. 66, Set./ Dez. 2018.
O recente livro de Freire e Sydow é uma contribuição extremamente valiosa para a compreensão de alguns fenômenos políticos do último meio século do Brasil. A biografia nos permite perceber a profunda interligação entre as atividades intelectuais e pastorais e as práticas políticas de Frei Betto, desde meados da década de 1960 até hoje. Frei Betto parece ter estado presente sempre que algo novo aconteceu na política brasileira: ele foi a ponte entre a Igreja paulistana e o líder guerrilheiro clandestino Carlos Marighella no final dos anos 60, tendo passado quatro anos na prisão durante a ditadura por causa dessas tarefas; participou das comunidades eclesiais de base em vários estados depois de sair da cadeia; morou em uma favela em Vitória; fez parte das greves dos metalúrgicos do ABC em 1980; posteriormente, permaneceu próximo ao Partido dos Trabalhadores (PT) e a Lula e, finalmente, acabou envolvido na execução do Programa ‘Fome Zero’ nos governos do PT. Enquanto fazia tudo isso, tornava-se uma das figuras intelectuais brasileiras mais lidas e reconhecidas fora do Brasil, juntamente com Leonardo Boff e Paulo Freire, com os quais teve inúmeros contatos e intercâmbios e compartilhava o pertencimento à galáxia do catolicismo brasileiro em diálogo com tradições marxistas e críticas.
A primeira parte da biografia é organizada de acordo com uma rota cronológica, que começa com referências aos avós do frade e termina com suas últimas iniciativas políticas e literárias na segunda década do século XXI. A segunda metade do livro, contém capítulos temáticos: sobre a participação na imprensa, sua produção literária, suas amizades e sua vida cotidiana atual. Uma interessante seleção de fotografias nos permite ver algumas das trajetórias e ligações de Betto dentro e fora do Brasil e dentro e fora da Igreja Católica. O trabalho baseia-se na consulta da ampla produção intelectual e política do biografado, cartas pessoais, documentação jornalística e jurídica e, claro, dezenas de testemunhos recolhidos no Brasil, Argentina, Cuba, França e Nicarágua, produzidos por homens e mulheres que tiveram ligações com o dominicano em suas numerosas iniciativas políticas, eclesiásticas e educacionais. Nesse sentido, o livro oferece pistas para uma reconstrução das redes editoriais, jornalísticas, políticas e religiosas (principalmente latino-americanas) nas quais participou Frei Betto desde finais dos anos 60.
Trata-se de um livro explicitamente favorável a Frei Betto: os entrevistados são unanimemente solidários, coincidentes na avaliação e nas memórias sobre o biografado. Isso impede que o leitor perceba as dissidências interpretativas que possam existir sobre Frei Betto, suas práticas políticas e seu nível de participação e envolvimento políticos (com a exceção do capítulo 20, que inclui as críticas e amarguras geradas por sua saída do primeiro governo Lula, em 2004, e a publicação do livro A mosca azul, em 2006). Essa impressão é confirmada pelo fato de que o prefácio do livro foi escrito por Fidel Castro, explicitamente amigo do frade: em 1985, como resultado de longas conversas gravadas em Havanna, Frei Betto publicou o livro Fidel e a Religião, que fazia parte da longa lista de seus esforços feitos para aproximar as posições teóricas e organizacionais do marxismo e do catolicismo (Betto, 1985). Talvez uma consulta a ocasionais detratores políticos, sindicais ou dentro da Igreja teria contribuído para detectar ou destacar algumas facetas ou avaliações mais críticas ou negativas sobre sua trajetória. A figura de Frei Betto torna-se neste livro, então, passível de leituras apologéticas. Em parte, isso é o resultado também da relevância do próprio biografado neste projeto editorial, no qual teve um envolvimento entusiasmado desde o início.
Os autores mostram vários elementos da vida econômica e social da família do frade que tiveram um papel crucial na trajetória de Frei Betto: um tio general do Exército e um pai juiz ajudaram a evitar a tortura física que sofreram outros clérigos sob o AI-5; pertencer a altos estratos profissionais da sociedade mineira foi fundamental para sua formação intelectual e para a posse de recursos retóricos que ajudaram construir uma carreira muito bem sucedida no mercado literário no Brasil. Vale considerar, por exemplo, que os próprios autores agradecem à agente literária de Betto (Freire; Sydow, 2016, p.405). Quantos autores da esquerda e frades têm um “agente literário”? Isto não é para apontar essas questões como se fossem estigmas, mas porque fatores como a estrutura da Igreja, do campo literário ou a distribuição desigual de bens simbólicos e materiais ao longo de linhas étnicas, de gênero e regionais no século XX no Brasil contribuem muito para uma compreensão mais precisa da impressionante carreira de Frei Betto. Isso ajudaria a compensar a importância que os autores atribuem a fatores mais individuais e contingentes, como as enormes virtudes pessoais do sujeito biografado.
Este livro será de enorme interesse para um público não especializado, interessado em conhecer os elementos centrais da evolução histórica do Brasil desde a ditadura até o presente. Aqueles que desejam conhecer mais a radicalização dos católicos nos anos 60 vão encontrar chaves sobre o rapidíssimo processo pelo qual muitos jovens passaram da Juventude Estudantil Católica para a resistência armada. Mas também vão achar pistas sobre os movimentos populares nos anos 70 e as ligações com a Teologia da Libertação e com projetos educativos radicais. Muitas das características da política durante o começo da Nova República nos anos 80 e da política pública dos governos do PT são mais bem compreendidas a partir desta biografia, que consegue mostrar que Frei Betto foi uma figura animada, inteligente e criativa, não escapando nunca ao engajamento em relação aos problemas de seu tempo.
Referências
FREIRE, Américo; SYDOW, Evanize. Frei Betto, biografia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira: 2016. [ Links ]
BETTO, Frei. Fidel e a religião. São Paulo: Brasiliense, 1985. [ Links ]
Ernesto Bohoslavsky – Universidad Nacional de General Sarmiento, Oficina 5111, J. M. Gutiérrez 1150, (1613) Los Polvorines, Província de Buenos Aires, Argentina. ebohosla@ungs.edu.ar.
Marx e o fetiche da mercadoria: contribuição à crítica da metafísica – ANTUNES (EL)
ANTUNES, Jadir. Marx e o fetiche da mercadoria: contribuição à crítica da metafísica. Jundiaí: Paco Editorial, 2018. Resenha de: PRADO, Carlos. Eleuthería, Campo Grande, v. 3, n. 5, p. 115 – 118, dez. 2018/mai., 2019.
O Capital de Karl Marx é ainda hoje uma obra atual e necessária para interpretação e crítica da sociedade capitalista. Não obstante, trata-se de um texto longo e denso. A obra é composta por três livros divididos em cinco volumes. Vale lembrar ainda que apenas o Primeiro Livro foi publicado por Marx, em 1867, os demais foram editados por Engels e publicados em 1885 e 1894, respectivamente.
Esta é reconhecidamente a obra fundamental de Marx, a qual ele dedicou a maior parte de sua vida para elaboração e a que melhor representa o seu pensamento maduro. Porém, é preciso destacar que não se trata de uma leitura rápida e simples. Sua interpretação exige dedicação e esforço que podem se arrastar por meses, anos e décadas. Por conseguinte, não são muitos os pesquisadores que se arriscam nessa difícil empreitada.
Uma das grandes dificuldades, reconhecida por diversos interpretes e pelo próprio Marx, reside na exposição abstrata da Primeira Seção, intitulada “Mercadoria e dinheiro”, e que compreende os três primeiros capítulos. Esta é considerada a parte mais difícil. Prova disto é que Marx a reelaborou sucessivas vezes. A exposição sobre o problema da interpretação teórica do dinheiro aparece em Contribuição à crítica da Economia Política de 1859, nos Grundrisse, e em O Capital. Na 2ª edição desta última, de 1872, edição revisada, Marx apresentou um posfácio, no qual demonstrou seu descontentamento com o texto original de 1867 e o modificou, suprimiu passagens, sempre buscando aprimorar a exposição, tornando-a mais acessível e compreensível. Todavia, as dificuldades persistiram.
É justamente sobre essa difícil e espinhosa Primeira Seção que o livro de Jadir Antunes se debruça. O autor vem estudando O Capital de Marx desde a sua graduação em Economia, concluída em 1999, passando por mestrado (2002) e doutorado (2005) em Filosofia. O livro Marx e o fetiche da mercadoria: contribuição à crítica da Metafísica é resultado destes 20 anos de estudos e pesquisas dedicados ao pensamento econômico e filosófico.
A proposta do livro de Antunes é desvendar o problema em torno da mercadoria dinheiro e, nessa empreitada, apresenta uma interpretação filosófica d´O Capital, demonstrando que a crítica de Marx não é apenas à Economia Política, mas, fundamentalmente, uma crítica à Metafísica. Como salienta o autor: “A crítica de Marx à Economia Política deve ser interpretada de maneira mais crítica, mais radical, mais ampla e filosófica como crítica da Metafísica Moderna, da Metafísica agora encarnada no mercado, na mercadoria e no dinheiro”. (2018, p. 17).
Ao longo de cinco capítulos, a interpretação de Antunes evidencia que a crítica que Marx apresenta em O Capital é uma crítica à Metafísica, ou melhor, aos poderes metafísicos que as relações capitalistas adquirem e se revelam desde a análise da mercadoria. A concepção de que o mundo industrial, racional e científico teria fechado as portas para as especulações metafísicas é rejeitada por Marx. No mundo em que a riqueza aparece na forma de mercadorias e dinheiro, a Metafísica não foi liquidada. Pelo contrário, a Metafísica apenas abandonou o terreno da religião e do pensamento para, sob o domínio da sociedade capitalista, reaparecer pela ação humana sob novas formas. Dessa forma, Antunes nos apresenta uma interpretação original e audaciosa.
Já no início da exposição, ao se discutir o duplo caráter da mercadoria, revela-se a realidade metafisicamente duplicada, invertida e cindida da mercadoria. Para além dos seus aspectos econômicos, materiais, sensíveis e concretos, a investigação sobre a Teoria do valor, apresenta as “tramoias Metafísicas” da mercadoria que arranca o pensamento do mundo visível e concreto, levando-o ao mundo de categorias abstratas e misteriosas. O valor é a realidade destituída de qualquer visibilidade, sensibilidade e naturalidade.
O valor de uso revela um o mundo sensível, material, concreto, da natureza perceptível. O valor de troca e o valor revelam o mundo inteligível, suprassensível, não natural, abstrato e não sensível. A Metafísica duplica essa realidade e a inverte, transformando o além e todos os conceitos suprassensíveis em princípios da realidade que explicam a realidade concreta. A Metafísica ainda autonomiza o mundo inteligível. Cria a ideia de que há um ente abstrato que governa toda a realidade concreta e material.
E assim, desde o duplo caráter da mercadoria, avançando pelo duplo caráter do trabalho, revelando a forma do valor, Antunes, seguindo a letra de Marx e cotejando as duas primeiras edições d´O Capital, avança até a forma dinheiro. Este é entendido como a superação das formas equivalente menos desenvolvidas, como aquele que deu ao mundo das formas relativas da riqueza a sua forma mais acabada.
O dinheiro, enquanto mercadoria das mercadorias, adquiriu poderes misteriosos e fantásticos. De acordo com Antunes: “O ente dinheiro instaura um cosmos no mundo do ente mercadoria, aparentemente ausente na forma geral e desdobrada de valor. O ente dinheiro instaura a vitória completa da Metafísica sobre o vivido, a phisis, a arte e o sensível”. (2018, p. 208). Antunes busca revelar que para Marx, o dinheiro é a expressão mais desenvolvida da Metafísica do capital.
Ao discutir o problema do fetiche, Marx, de acordo com Antunes, busca evidenciar que os homens têm uma relação dupla com o mundo. Ao longo de toda a exposição, o autor elucida que a realidade capitalista está divida sob uma dupla dimensão: a dimensão sensível e natural e a suprassensível e social. A mercadoria e o trabalho apresentam esta dupla e contraditória determinação. Com efeito, é deste caráter duplo, relativo, metafísico e contraditório que surge o fetiche.
O grande objetivo de Antunes em seu livro é demonstrar que O Capital de Marx é um estudo lógico, conceitual, abstrato e filosófico e, em certo sentido, Metafísico. Desta maneira, Marx não estaria interessado em apresentar um estudo empírico sobre o desenvolvimento do capitalismo, mas sim, em investigar e expor sua gênese lógica, ontológico e conceitual. Antunes busca demonstrar que para Marx, o dinheiro surge como resultado necessário e racional da própria mercadoria, como uma forma desenvolvida do ente mercadoria, como forma sensível e desdobrada da antítese entre valor de uso e valor contida no interior da forma mercadoria. O dinheiro aparece então como figura autonomizada e reificada do valor.
Na perspectiva apresentada por Antunes, a análise de Marx não pode ser inteiramente compreendida se resumida aos seus aspectos econômicos. É preciso trazer à superfície o seu conteúdo filosófico. Trata-se de desvendar o enigma da mercadoria e do dinheiro a partir do seu sentido filosófico e metafísico. Assim, a crítica à Economia Política é também uma crítica à Filosofia Metafísica. O livro se destaca por trazer à luz o problema filosófico que, muitas vezes, parece ser menosprezado. Nessa perspectiva, a obra apresentada por Antunes merece a atenção dos estudiosos de Marx. Trata-se de um livro que merece ser lido, discutido e comentado.
Carlos Prado – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Professor do curso de História da UFMS/FACH.
[DR]Revista de Ensino, Educação e Ciências Humanas. Londrina, v. 19, n.3, 2018.
Artigos
- O Indígena no Imaginário das Acadêmicas do Curso de Pedagogia: uma Discussão Contemporânea | Gildete Elias Dutra, Marli Teresinha Quartieri, Rogério José Schuck, Suzana Feldens Schwertner | |
- Formação Continuada de Professores: Discussões Acerca do Lócus e do Fazejamento Pedagógico | Antonio Gomes, Cilene Maria Lima Antunes Maciel, Cleonice Terezinha Fernandes, Edenar Souza Monteiro | |
- Eficácia Docente: Autoavaliação de Professores da Educação Básica | Fabio Luiz da Silva, Fabiane Tais Muzardo, Julho Zamariam, Fabiane Luzia Menezes Santos, Brenda Bazante, Catia Oliveira Alves, Edyta Malgorzata Szendzielorz, Kelen Cristina Ribeiro, Priscila Oliveira da Paz Vargas, Walef Paulo Quintiliano | |
- Narrativas como Fontes Históricas Constituídas como Elementos Essenciais para Compreensão da História da Educação Matemática | Kátia Guerchi Gonzales | |
- Atendimento Educacional Especializado: Desafios e Perspectivas da Educação Especial | Ariane Hidalgo Mansano Pletsch, Flávia de Carvalho Zafani, Mariana Spirópulos Gonçalves de Moura Fernandes, Natália Fiorani, Walkiria Shimoya-Bittencourt | |
- Relacionamentos Virtuais: uma Análise Acerca dos Padrões Comportamentais dos “Catfish” | Jefferson Gonçalves Moraes, Washington Luiz de Oliveira Brandão | |
- Práticas de Letramento: Música, Movimento e Aprendizagem Por Meio do Videoclipe “Aos Olhos de uma Criança” | Ana Paula Pinheiro da Silveira, Eliza Adriana Sheuer Nantes, Lívia da Silva Inácio, Michele Cristina Brites, Thaisa Pinheiro Carvalho | |
- Avaliação Institucional na Rede Pública Municipal de Cuiabá: Avanços e Desafios | Amanda Laura Siqueira Alt, Edenar Souza Monteiro | |
- | |
- Língua Espanhola em Curso de Educação Profissional Tecnológica: Possibilidades à Elaboração de Plano de Ensino Temático | Christopher Juan Carlos Martins, Marcos Fernandes-Sobrinho, Paula Silva Resende Fernandes | |
- A Formação Inicial de Professores no EaD e a Iniciação Científica: a Experiência do Projeto de Pesquisa Professor seu Lugar é Aqui EAD | Okçana Battini, Vinicius Salvi, Sandra Regina Reis | |
- Movimento Social e Espaços de Aprendizagens no Brasil: o Caso das Quebradeiras de Coco de Imperatriz no Maranhão | Rosyjane Paula Farias Pinto, Neli Teresinha Galarce Machado, Marcos Rogério Kreutz | |
- Estágio em Química: o Meio Ambiente em um Ensino Contextualizado | Carolina dos Santos Saucedo, Everton Bedin | |
- Ensino, Reformas e Política nas Crônicas de Educação de Cecilia Meireles (1930-1933) | Bernadete de Lourdes Streisky Strang | |
- A Presença da Etnomatemática em Cursos de Licenciatura em Educação do Campo: um Estudo Inicial | Línlya Sachs, Jader Gustavo de Campos Santos, Larissa Gehrinh Borges | |
- A Pobreza e o Currículo: Permanências e Ausências nos Documentos Oficiais de Geografia | Thiago Bueno Saab | |
- Docência e Avaliação da Aprendizagem | Leandro Ferreira de Melo, Tatiane Clair da Silva, Denise De Micheli | |
Publicado: 2018-11-30
Outros Tempos. São Luís, v.15 n. 26, 2018.
Dossiê: Patrimônio, Identidades e Lugares de Memória
Apresentação
- APRESENTAÇÃO
- VIVIANE DE OLIVEIRA BARBOSA, OMAR RIBEIRO THOMAZ
Artigos
- MIGRAÇÕES INTERNAS E CONEXÕES SOCIAIS EM UM CONTEXTO COLONIAL: trajetórias de imigrantes portugueses na Vila de Paranaguá (décadas de 1770-1790)
- ANDRÉ LUIZ MOSCALESKI CAVAZZANI, SANDRO ARAMIS RICHTER GOMES
- RAIMUNDO JOSÉ DE SOUSA GAIOSO E OS 200 ANOS DA PUBLICAÇÃO DO COMPÊNDIO HISTÓRICO-POLÍTICO DOS PRINCÍPIOS DA LAVOURA DO MARANHÃO (1818): notas biobliográficas
- ROMÁRIO SAMPAIO BASÍLIO
- A S POLÍTICAS PÚBLICAS DE PROTEÇÃO DA SAÚDE MATERNO INFANTIL NO PIAUÍ (1930 1945)
- JOSEANNE ZINGLEARA SOARES MARINHO
Dossiê
- CONFEDERATE MONUMENTS, PLANTATION-MUSEUMS AND SLAVERY: Race, Public History, and National Identity
- STEPHEN SMALL
- O TEMPO E O MEDO: a longa duração da guerra em Moçambique
- OMAR RIBEIRO THOMAZ
- HISTÓRIA, PATRIMÔNIO E MEMÓRIA SENSÍVEL: o Cais do Valongo no Rio de Janeiro
- MONICA LIMA
- [ARTIGO TRADUZIDO] HISTORY, PATRIMONY AND SENSITIVE MEMORY: the Valongo Wharf in Rio de Janeiro
- MONICA LIMA
- PENSAR O DITO E O SILENCIADO: Representações da escravidão na historiografia
- CELESTE SILVA FERREIRA
- O MESTRE DE CAPOEIRA: fortalecendo filosofias e práticas de (re)existência negra perante desigualdades sociorraciais
- FERNANDO SANTOS DE JESUS, VALERIE GRUBER
- TEMPOS DE SEGREGAÇÃO (1948-94): ensino de história, políticas de memórias e desigualdades sociais no universo do povo Zulu
- ALDINA DA SILVA MELO
- MEMÓRIA E SENSIBILIDADE NO MODERNO CARNAVAL DE SÃO LUÍS
- FÁBIO HENRIQUE MONTEIRO SILVA
- HISTÓRIA DE UM LEGADO: as etnografias de religiões de matrizes africanas no discurso patrimonial
- DESIRÉE TOZI, ANDRE LUIS NASCIMENTO DOS SANTOS
- NARRATIVAS SOBRE A CIDADE: lembranças e esquecimentos sobre grupos étnicos numa cidade do Rio Grande do Sul
- BIBIANA WERLE
Estudo de caso
- ESTUDOS AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS EM PERSPECTIVA EXTENSIONISTA
- ANTONIO EVALDO ALMEIDA BARROS, VIVIANE DE OLIVEIRA BARBOSA
Entrevista
- MEMORY, PATRIMONIALISATION AND CULTURAL POLICIES IN AFRICA – Entrevista com Ibrahima Thiaw
- VIVIANE DE OLIVEIRA BARBOSA
Resenhas
- MEMÓRIA POLÍTICA ENTRE SILÊNCIOS E NARRATIVAS: Transição democrática no Brasil e na África do Sul
- WENDELL EMMANUEL BRITO DE SOUSA
- INFORMAÇÕES EDITORIAIS
- Anissa Ayala Cavalcante
Publicado: 2018-11-24
Ciencia Nueva – Revista en historia y política. Pereira, v.2, n.2, 2018.
Julio – Diciembre
Presentación
- Presentación del Número
- Ciencia Nueva Revista de Historia y Política
Estudios Históricos
- La fluidez de la población y los nacimientos ilegítimos en Caldas y Norte del Valle (1905-1932)
- Estela María Vélez Mejía
- Hallazgos de un reportaje sobre el teatro pereirano
- Nathalia Gómez-Raigosa
Ciencias Políticas
- Reconocimiento Político del migrante: Tensiones por el voto extraterritorial mexicano
- Renato Pintor Sandoval, Ernesto Sanchez Sanchez
- Dallo Stato liberale allo Stato fascista: la progressiva trasformazione della rappresentanza politica tra antiparlamentarismo e corporativismo
- Annamaria di Amato
- PDF (Italiano)
- Dossier
- Reflexiones sobre la enseñanza de la historia
- Juan de Dios Gallego Mejía
- La modernización de la educación media en Pereira: El caso del INEM Felipe Pérez (1969-1972)
- Alba Lucía Pérez Gil
- Revisión de los proyectos educativos en Colombia y Pereira, 1830-1950
- Juan Manuel Vargas Morales
- Historiografía y Teoría Política
- Género, ambiente y desarrollo: una mirada integradora a la Colonización Antioqueña
- Juan Camilo Betancur Jaramillo
Reseñas
- Reseña de Tesis Doctoral: Correa Ramírez, Jhon Jaime. Civismo y educación en Pereira y Manizales (1925-1950.
- Un análisis comparativo entre sus sociabilidades, visiones de ciudad y cultura cívica. Pereira: Editorial UTP, 2015. 270 pp.
- Javier Jaramillo Vélez
- Salazar J., Alonso. No hubo fiesta. Crónicas de la revolución y la contrarrevolución. Bogotá: Penguin Random House, 2017.
- Jhon Jaime Correa Ramírez
Anales y Memorias
- La lucha por la tierra de los indígenas de Cañamomo y Lomaprieta (1939-1946), a través de la correspondencia que reposa en el Archivo del Cabildo de Riosucio y Supía (Caldas)
- Luis Javier Caicedo
- José Francisco Pereira Martínez en Cachirí
- Armando Martínez Garnica
Publicado: 2018-11-23
Mundos do Trabalho. Florianópolis, v.9, n.18, 2017.
Cidadania, política e história do trabalho
Apresentação
- · Apresentação: Cidadania, política e história do trabalho
- Aldrin Castellucci, David P. Lacerda, Nauber Gavski da Silva..
- PDF/A
Artigos
- As marchas de Gustave Cauvin – a primeira forma sistematizada e regular do cinema militante
- Luiz Felipe Cezar Mundim….
- PDF/A
- Movimento operário, atuação e pensamento político ideológico de Antonio Bernardo Canellas no Nordeste (1916-1920.
- um esboço interpretativo
- Bruno Rodrigo Tavares Araujo…..
- PDF/A
Dossiê
- Globalizando a História do Trabalho: o caso da revista Internacional Labor and Working-Class History
- Barbara Weinstein….
- PDF/A
- Los k’ajchas* y los proyectos de industria y nación en Bolivia (1935-1940)
- Rossana Barragán Romano….
- PDF/A (Español (España))
- Direitos políticos e representação no Brasil Republicano (1891-1934)
- Cláudia Viscardi….
- PDF/A
- Direitos e cidadania no Rio de Janeiro: poder e disputas por espaços de trabalho na Praia da Saúde em 1841
- Edilson Nunes Santos Junior….
- PDF/A
Resenhas
- La Unidad Popular y los trabajadores: entre la autonomía y la política
- Ángela Vergara……
- PDF/A
- “Não queremos ser americanizados”
- Flávio Limoncic……
- PDF/A
- É preciso voltar à fábrica e à produção
- Clarice Gontarski Speranza……
- PDF/A
- Manaus: uma cidade de “carne e osso”
- César Augusto Bubolz Queirós……
- PDF/A
Publicado: 2018-11-23
Revista de Fontes. São Paulo, v.5, n.9, 2018.
Os papéis da Inquisição. Conservação e dispersão na Europa, América e Ásia |
- Os papéis da Inquisição. Conservação e dispersão na Europa, América e ÁsiaInquisitorial Papers. Conservation and Dispersal in Europe, America and Asia | Miguel Rodrigues Lourenço, Susana Bastos Mateus, Gabriel Torres Puga | PDF
Artigos
- Fontes sobre o Fisco da Inquisição nos acervos do Arquivo Distrital e da Biblioteca Pública de Évora | Bruno Lopes, Fernanda Olival | PDF
- O Secreto do tribunal indiano da Inquisição portuguesaEntre Goa, Lisboa e Rio de Janeiro | Bruno Feitler | PDF
- Documentación inquisitorial en los archivos de la ciudad de Valencia (España) | Enrique Cruselles Gómez, José María Cruselles Gómez, Irene Manclús Cuñat, María José Carbonell Boria | PDF
- El archivo del Santo Oficio a los ojos de la República romana del 1849Algunas reflexiones a través de un inventario manuscrito conservado en el Archivio di Stato di Roma | Andrea Cicerchia | PDF
- ¿Resguardar el archivo o proteger el secreto?Conservación y destrucción de expedientes inquisitoriales | Gabriel Torres Puga | PDF
- Tras las huellas de la Inquisición del Río de la Plata y el Tucumán por bibliotecas de y museos de Córdoba (Argentina) | Jaqueline Vassallo | PDF
- Tras las huellas de un fantasmaApuntes para la historia del Archivo del Provisorato de Indios y Chinos del Arzobispado de México | Gerardo Lara Cisneros | PDF
Publicado: 2018-11-18
Cadernos de História da Educação. Uberlândia, v. 17 n. 3, 2018.
Editorial
Dossiê: Educação e Espaço Público em experiências históricas latino-americanas (Séculos XIX-XX)
- Apresentação
- Matheus da Cruz e Zica
- A educação no espaço público: a pedagogia cívica dos jornais mineiros no período regencial
- Marcilaine Soares Inácio Gomes, Luciano Mendes de Faria Filho, Ilka Miglio de Mesquita
- PDF-EN (English)PDF
- A presidência de província e a instrução pública como fatores de ampliação do espaço público no Império brasileiro
- Vera Lúcia Nogueira, Dalvit Greiner de Paula
- PDF-EN (English)PDF
- Modelos de Espaço Público em contraste: Imprensa e Modernidade Seletiva nas Províncias da Paraíba e Pernambuco (1870-1880)
- Matheus da Cruz e Zica, Patrícia Barros de Oliveira
- “Os forjadores de homens”: Disputas pelo controle das escolas e pelo espaço público em comunidades mineiras mexicanas, 1917-1978
- René Medina Esquivel
- PDF-ES (Español (España))
- Educação e Espaço Público na experiência histórica recente do Chile: o caso da transformação neoliberal e autoritária do sistema educacional durante a Ditadura Militar (1973-1990)
- Felipe Andres Zurita Garrido
- PDF-ES (Español (España))
Artigos
- A Língua Espanhola e a Educação Militar no Brasil (1905-1920)
- Anselmo Guimarães, Josefa Eliana Souza
- PDF-EN (English)PDFPDF-ES (Español (España))
- A Educação na Constituinte do Estado de Minas Gerais (Brasil) – 1947
- Carlos Roberto Jamil Cury
- PDF-ENPDF
- Currículo e Educação Física: uma análise do documento de Minas Gerais de 1978
- Cláudio Pellini Vargas, Carlos Fernando Ferreira da Cunha Junior
- PDF-ENPDF
- O curso secundário ginasial do Instituto Samuel Graham: ritos de passagem
- Kamila Gusatti Dias, Ademilson Batista Paes
- PDF-ENPDF
- Os sentidos de uma vida: a construção de si e do grupo na materialidade de uma autobiografia
- Loyde Anne Carreiro Silva Veras, Evelyn de Almeida Orlando
- A trajetória histórico-normativa das políticas curriculares de graduação tecnológica no Brasil: cursos superiores de tecnologia (LDB 4024/61 a 9394/96)
- Marta Leandro da Silva, Geraldo Inácio Filho
- Os confins paulistas na Revolução Constitucionalista de 1932: uma análise do bandeirantismo na região da Alta Araraquarense
- Raquel Discini de Campos
- Imigração, escola e construção nacional: algumas notas sobre a República Argentina
- Xosé Manuel Malheiro Gutiérrez
- PDF-ES
- História e Historiografia da Educação Física: concepções e métodos de pesquisa
- Ycaro Oliveira do Granja, Bianca Miarka
- Documento
- Grupos Escolares e Escolas Isoladas em Pelotas-RS: o Decreto no.78, de 4 de novembro de 1944
- Magda de Abreu Vicente, Giana Lange do Amaral
Publicado: 2018-11-17
Revista de Historia y Geografía. Santiago, v.29, 2013 / v.39, 2018.
Revista de Historia y Geografía. Santiago, v.39, 2018.
Publicado: 2018-11-13
- Editorial
- · Editorial
- Leopoldo Tobar Cassi
- Artículos
- · El Sistema Alimentario Mexicano: su acción en el campo y en la alimentación, 1980-1982
- Luis Ozmar Pedroza Ortega
- · José Bernardo Suárez: un agente de la educación popular y su visión sobre la instrucción primaria en Chile (1867)
- Raquel Soaje de Elías, Manuel Salas Fernández
- · La participación de la Oficina del Trabajo en la configuración del sistema de previsión social chileno, 1909-1925
- Daniel Ahumada Benítez, Alejandro Salas Miranda
- · La cuestión generacional en el discurso del gremialismo y la Unión Demócrata Independiente durante la dictadura de Pinochet
- Victor Muñoz Tamayo
- · Una propuesta pedagógica para el aprendizaje de la transformación climática de Chile en el contexto del cambio global
- Osvaldo Sepúlveda Moreno
- · La Educación Imaginativa y la enseñanza de la historia
- María de la Luz Matte
- Tribuna
- · Noticias telúricas: el “temblor grande” de 1822 a través de la prensa chilena y extranjera
- Nicolás Gorigoitía Abbott, Alfredo Palacios Roa
- · Los efectos de 1968 sobre la historiografía occidental
- Carlos Antonio Aguirre Rojas
- Reseñas
- · Clases dominantes y desarrollo desigual. Chile entre 1830 y 2010
- Fabián Bustamante Olguín
- · El golpe de Estado de 1973 en Concepción. Violencia política y control social
- Javier González Alarcón
Revista de Historia y Geografía. Santiago, v.38, 2018.
Publicado: 2018-06-26
- Editorial
- · Editorial
- Leopoldo Tobar Cassi
- Artículos
- · El análisis de contenido como propuesta para el estudio de la cronística medieval: Su aplicación práctica en la figura de Alfonso VI en las crónicas de los siglos XII y XIII
- Raimundo Meneghello Matte
- · Construcción de una memoria histórica: La celebración del cincuentenario de la Colectividad Israelita en Chile
- Valeria Navarro-Rosenblatt
- · El vanguardismo modernizador y sus límites: La Sociedad de Fomento Fabril ante el proyecto económico de Jorge Alessandri, 1958-1962
- Joaquín Fernández Abara, Margarita Goldflam Leiva
- · La institucionalización de la danza en la Facultad de Bellas Artes en Valdivia: Una historia desde la experiencia de sus bailarines, 1954-1976
- Carla Mella Barrientos
- · Las experiencias de trabajo de campo para aprender y enseñar geografía: El caso de la comunidad educativa de Osorno, Chile
- Gladys Moreno Schmidt, María Luisa Zagalaz Sánchez, Luisa Magaly Elzel Castro
- · Conflicto ambiental en Ventanas: Análisis desde una perspectiva de la Doctrina Social de la Iglesia
- Kay Bergamini Ladrón de Guevara, Ricardo Irarrázabal Sánchez, Piroska íngel Hernández
- Tribuna
- · “Bolivia no tiene mejor amigo que Chile, ni peor verdugo que el Perú”: Dos cartas de Justiniano Sotomayor a Hilarión Daza, abril de 1879
- Patricio Ibarra Cifuentes
- · Muerte y larga duración histórica: Hacia el sentido de la muerte en el siglo XXI. Una propuesta desde la teoría de la historia
- Daniel Ovalle Pastén
- · Cabildo, políticas económicas y mercados en el Río de la Plata y otros puntos de Hispanoamérica colonial (siglos XVI-XVIII)
- Mauro Luis Pelozatto Reilly
- Reseñas
- · Mentes educadas ¿Cómo las herramientas cognitivas dan forma a nuestro entendimiento?
- Magdalena Merbilháa
Revista de Historia y Geografía. Santiago, v.37, 2017.
Publicado: 2018-01-31
- Editorial
- · Editorial
- Leopoldo Tobar Cassi
- Artículos
- · Los antiguos en el Nuevo Mundo. Reflexiones de los jesuitas José de Acosta y Alonso de Ovalle sobre el origen de los nativos americanos, siglos XVI-XVII
- Carolina Valenzuela Matus
- · Las interacciones entre la Compañía de Jesús y los vecinos de Santiago. Apoyo y enfrentamiento en los primeros años de la orden en Chile (1593-1647)
- Eduardo Gutiérrez Ramírez
- · ¿Acción social católica o intervención social estatal? El rol del Estado en la resolución de la Cuestión Social según la Iglesia Católica chilena a inicios del siglo XX
- Karin Sánchez Manríquez
- · Identidades colectivas y mecanismos de participación social en la población La Victoria, 1983-1987
- Eduardo Garín Abarzúa
- · Combate entre pizarristas y almagristas en Paisajes peruanos: La Batalla de Chupas vista por Riva Agí¼ero
- Zhenia Aparicio Aldana
- · Educar para libertar: Las propuestas educacionales de los Sem-Terra en Brasil en la década de 1990
- Clécio Ferreira Mendes
- Tribuna
- · La Revolución Rusa en el espejo de la larga duración
- Carlos Antonio Aguirre Rojas
- · Patricio Aylwin Azócar en sus palabras: La oposición “jurídica” contra el gobierno de la Unidad Popular y el colapso de la línea del “camino propio” del Partido Demócrata Cristiano (1970-1973)
- Diego Hurtado Torres
- · El Maule como Prefrontera y Borde: De la postrimería imperial al Estado en forma, siglos XVIII-XIX
- Martin Lara Ortega, Alfredo Gómez Alcorta
- Reseñas
- · Sentimientos y justicia. Coordenadas emotivas en la factura de experiencias judiciales. Chile, 1650-1990
- Nicolás Araya Figueroa
- · Regionalismo, Liberalismo y Rebelión. Copiapó en la Guerra Civil de 1859
- Jorge Molina Jara
Revista de Historia y Geografía. Santiago, v.36, 2017.
Publicado: 2017-09-14
- Editorial
- · Editorial
- Leopoldo Tobar
- Artículos
- · La Rerum Novarum y su influencia en el catolicismo social peruano: La experiencia de los Círculos de Obreros Católicos (1891-1931)
- Ricardo Cubas Ramacciotti
- · La Higiene Mental en Buenos Aires, Argentina (1935-1945)
- Mariana Angela Dovio
- · Imperio, Estado y Nación en las relaciones entre chilenos y británicos durante el proceso de independencia hispanoamericano, 1806-1831
- Andrés Baeza Ruz
- · El proceso de beatificación y canonización de la primera santa chilena. Teresa de Los Andes: factor de unidad nacional (1947-1993)
- Alexandrine de La Taille-Tretenville Urrutia
- · “No éramos del MIR los pobladores, nosotros estábamos por una necesidad que era la vivienda”: Los pobladores del campamento Nueva La Habana y el MIR, 1970-1973
- Alejandra Araya González
- · Sismicidad en regiones del norte de Chile
- Nelson Osvaldo Infante Fabres
- Tribuna
- · La configuración narrativa del paratexto en Conquista Espiritual del Paraguay de Antonio Ruiz de Montoya
- Marcela Nélida Pezzuto
- · Patrimonio y Memoria: una relación en el tiempo
- Paulina Zuñiga Becerra
- Reseñas
- · La política en el espacio. Atlas histórico de las divisiones político-administrativas de Chile, 1810-1940
- Mariel Rubio Araya
Revista de Historia y Geografía. Santiago, v.35, 2016.
Publicado: 2017-03-19
- Editorial
- · Editorial
- Leopoldo Tobar Cassi
- Artículos
- · “Del florido caudal que estaba en caxa”: La administración de los capitales del ramo de temporalidades jesuitas en Buenos Aires, 1767-1803
- María Valeria Ciliberto
- · Los ingleses y su actividad económica en Piura durante la segunda mitad del siglo XIX
- Laura Rosalía Albornoz Neyra
- · Representaciones en torno a los empleados públicos en Chile, 1880-1920
- Diego Barría Traverso
- · El paso del ferrocarril por San Bernardo: Segregación social y disrupción del espacio local (1857-1957)
- Felipe Delgado Valdivia
- · Una investigación-acción sobre tiempo histórico
- Joan Llusí Serra
- · La enseñanza de la Historia del Cercano Oriente Antiguo: Repensando las categorías de tiempo, espacio y cultura
- Horacio Miguel Hernán Zapata
- Tribuna
- · Carta inédita de Jerónimo Pietas al rey Felipe V de España, 1723
- Francis Goicovich
- · El rol de la gobernanza en la creación de nuevas regiones en Chile
- Sebastián Rodríguez Leiva
- Reseñas
- · ¿Realmente es necesario cortar la historia en rebanadas?, de Jacques Le Goff
- Rafael Arriaza Peña
Revista de Historia y Geografía. Santiago, v.34, 2016.
Publicado: 2016-09-13
- Editorial
- · Editorial
- Leopoldo Tobar
- Artículos
- · Sobre letrados chinos y bogas amazónicos: La participación indígena en la producción del conocimiento cartográfico y geográfico jesuita en Asia y América
- Roberto Chauca Tapia
- · Ganadería y unidades productivas mixtas en Buenos Aires colonial, 1726-1759
- Mauro Pelozatto Reilly
- · Soldados de la patria. Motines y representaciones militares en Chile (1825-1827)
- Valentina Verbal Stockmeyer
- · La “neutralidad” chilena en la Segunda Guerra Mundial (1939-1943): Un análisis historiográfico con énfasis en la literatura sobre las relaciones Chile-Japón
- Pedro Iacobelli Delpiano
- · Movimiento estudiantil en Chile 2011: Causas y características
- Enrique Cañas Kirby
- · Entre la academia y el aula: La aparición de actores marginados en la Historia y su enseñanza
- Sixtina Pinochet Pinochet, Néstor Urrutia Muñoz
- Tribuna
- · Sobre el origen y significado de las lanzas utilizadas por la Guardia Real española
- José Rivera Restrepo
- · Transmisión del trauma en hijos de la Dictadura
- Natalia Hidalgo Leiva
- Reseñas
- · El miedo a los subordinados. Una teoría de la autoridad, de Kathya Araujo
- ílvaro Lorca Cárcamo
Revista de Historia y Geografía. Santiago, v.33, 2015.
Publicado: 2016-04-14
- Editorial
- · Editorial
- Leopoldo Tobar
- Artículos
- · México y el Instituto Nacional de Geografía y Estadística: fundación y contexto, 1824-1839
- Edgar Ortiz Arellano
- · Las revisitas de indios: configuraciones de poder, silenciamientos y etnicidades en documentos coloniales tardíos (S. XVIII)
- Alfredo Gómez Alcorta, Germán Morong Reyes, Francisco Ocaranza Bosio
- · Guerra del Pacífico y construcción de la justicia: los procesos penales en Lima durante la ocupación chilena
- José Chaupis Torres
- · “La Prusia americana”: prensa argentina e imaginario internacional de Chile durante la Guerra del Pacífico (1879-1881)
- Mauricio Rubilar Luengo
- · Los sectores populares opositores a la vía chilena al socialismo. Notas para una discusión preliminar
- Francisco Javier Morales
- · Entre las autoridades, la agricultura comercial y las comunidades locales: conflictos durante la construcción del embalse Puclaro (1996-2001)
- Sebastián Castillo Castillo
- Tribuna
- · En Pacocha y Lima: dos epístolas de Alberto del Solar durante la Guerra del Pacífico (1880-1881)
- Patricio Ibarra Cifuentes
- · Entrevista a Joan Pagí¨s Blanch
- Natalia Contreras Quiroz
Revista de Historia y Geografía. Santiago, v.32, 2015.
Publicado: 2018-05-24
- Editorial
- · Editorial
- Leopoldo Tobar Cassi
- Artículos
- · El Dios de las batallas: el providencialismo en la cronística hispana en la batalla de las Navas de Tolosa (1212)
- Raimundo Meneghello Matte
- · Efectos de la reforma protestante en el sistema de relaciones internacionales de Europa Occidental
- Diego Canales Ramírez
- · La solidaridad chilena con la primera guerra de independencia de Cuba: sus tensiones y contradicciones
- Ricardo López Muñoz
- · Empleados públicos y clase media, Chile 1880-1920: un análisis exploratorio a partir de cifras oficiales
- Diego Barría Traverso
- · La educación para la igualdad, la diferencia y la enseñanza de la historia de las mujeres: reflexiones y desafíos
- Jesus Marolla Gajardo
- · Geografía cotidiana y prácticas culturales: construcción simbólica de los patios del Cementerio General de Santiago
- Sebastián Rodríguez Leiva, Camila Salinas Silva
- Tribuna
- · Viajeros y burócratas en la historia de la exploración territorial de la República de Chile
- Andrés Estefane Jaramillo
- Reseñas
- · La derecha en la crisis del Bicentenario
- Fabián Bustamante Olguin
Revista de Historia y Geografía. Santiago, v.31, 2014.
Noviembre 2014
Publicado: 2015-05-15
- Editorial
- · Editorial
- Leopoldo Tobar Cassi
- · Editorial – EN
- Leopoldo Tobar Cassi
- · Editorial – PR
- Leopoldo Tobar Cassi
- Artículos
- · De la colaboración con el Estado a la protesta regionalista: la Junta de Minería de Copiapó desde las Reformas Borbónicas hasta la Guerra Civil de 1859.
- Joaquín Fernández Abara
- · Tlacauhtli, altepetl y tlalli: Conceptos básicos de estructuración del espacio, territorio y tierra en el México pre-colombino.
- Daniel Astorga Poblete
- · Movimientos sociales en la Unidad Popular: reflexiones sobre ausencias y presencias teóricas
- Francisco Javier Morales A.
- · Apristas en Chile: circuitos intelectuales y redes políticas durante los años 1930
- Sebastián Hernández Toledo
- · Construcción del imaginario revolucionario de jóvenes pincoyanos y la lucha armada en el Chile de los años ochenta
- Jorge Molina Jara, Nicolás Molina Vera
- · Criminalidad en la Baja Frontera: el caso del antiguo Departamento de Lautaro, 1849-1869.
- Carlos Ibarra Rebolledo
- · Los relieves de la urbanización social de la ciudad: Valparaíso, 1820-1880
- Leonardo Cortés Estay
- · La gestión municipal de Cádiz durante la Segunda República Española y la Guerra Civil Española: las actuaciones del Alcalde republicano Manuel de la Pinta y el alcalde franquista Juan de Dios Molina (1932-1940)
- Rafael Ravina Ripoll, José Joaquín Rodríguez Moreno
- Reseñas
- · Mujeres en el cambio social en el siglo XX mexicano
- Carla Ulloa Inostroza
Revista de Historia y Geografía. Santiago, v.30, 2014.
Publicado: 2015-05-15
- Editorial
- · Editorial
- Freddy Timmermann
- Artículos
- · Sobre el rescate de cautivos y la diplomacia fronteriza en Chile, 1598-1655
- Sonia Macarena Sánchez Pérez
- · El Nguillatún de los mapuches: Antropología económica de un hecho social total
- Erich Bohme Bello
- · Asientos indígenas en la precordillera de Santiago (Siglos XVI y XVII): Estudio de caso
- Alfredo Gómez Alcorta, Claudia Prado Berlien, Francisco Ocaranza Bosio
- · ¿Castigo divino o Fenómeno natural? Mentalidad religiosa y mentalidad científica en Chile en torno al terremoto de 1822.
- Gabriel Cid
- · Tres cartas que nos recuerdan una de las mayores catástrofes humanas ocurrida en Santiago de Chile: Dos mil personas muertas el 8 de diciembre de 1863.
- Alfredo Palacios Roa
- · Laicización y reforma en el Chile del siglo XIX: El asunto Taforó y las relaciones entre la Iglesia y el Estado, 1878-1886
- Cristobal García-Huidobro Becerra
- · Infraestructura y movilidad: Una reflexión histórica comparativa sobre Chile y México, 1840-1980
- Guillermo Guajardo Soto
- · Extremistas, enemigos, antipatriotas e indeseables: la legitimidad del golpe de Estado de 1973 en la prensa escrita de Concepción
- Danny Monsálvez Araneda
- Reseñas
- · Historia de las tierras y los lugares legendarios Umberto Eco Barcelona: Lumen, 2013, 478 páginas.
- Francis Goicovich
- · Historia de los Hermanos de La Salle en Chile Hno. Enrique García Ahumada, FSC. Santiago de Chile: La Salle, 2013, 305 páginas
- Marcial Sánchez Gaete
Revista de Historia y Geografía. Santiago, v.29, 2013.
Publicado: 2014-07-02
- Editorial
- · 40 años del golpe cívico-militar en Chile
- Freddy Timmermann
- Artículos
- · Estudio filosófico sobre el sacrificio
- Maximiliano E. Korstanje
- · La “larga duración” del autoritarismo chileno. Prácticas y discursos anticomunistas camino al Golpe de Estado de 1973
- Marcelo Casals A.
- · El integrismo católico y sus construcciones semánticas del enemigo para la justificación del golpe de Estado en Chile. El caso de las revistas Fiducia y Tizona, 1965-1973
- Fabián Gaspar Bustamante Olguín
- · Guerrilla en Neltume y el surgimiento de una narrativa de resistencia armada en Chile
- Cecilia Paz Vera Wilke
- · América Latina: Militares y Política después del fin de la Guerra Fría
- Alberto Sepúlveda Almarza
- · El Movimiento Popular y la historiografía en Chile: Elementos para un balance a 40 años del Golpe de Estado
- Luis Thielemann Hernández
- Diálogos
- · Dialogando con Peter Kornbluh
- David Home
- Reseñas
- · Los crímenes que estremecieron a Chile. Las memorias de La Nación para no olvidar Jorge Escalante, Nancy Guzmán, Javier Rebolledo y Pedro Vega Santiago de Chile: CEIBO ediciones, 2013.
- Jorge Escalante
Horizontes Históricos. São Cristóvão, v.1, n.1, 2018.
Primeira edição da Revista Discente do PROHIS – Temas Livres
Publicado: 2018-11-12
Apresentação
- Revistas discentes de História: espaço de divulgação e formação acadêmica | Carlos de Oliveira Malaquias | PDF
Artigos
- A CONVULSÃO POLÍTICA EM SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE: QUAL O LUGAR DE UMA PERSPECTIVA AFRICANA?
- Augusto Nascimento | PDF
- COMUNIDADES QUILOMBOLAS: A FORMAÇÃO DAS COMUNIDADES REMANESCENTES BAIXA DA LAGOA, BAIXA DOS QUELÉS E OLHO D’ ÁGUA, DO MUNICÍPIO DE JEREMOABO (BA) | Cauam Francisco Pires Silva Nascimento, Jôycimara Ferreira Barreto | PDF
- O PAPEL ORDENADOR DA MÚSICA NOS RITUAIS DE RELIGIÃO DE MATRIZ AFRICANA | Eval Cruz | PDF
- A CRUZADA ALBIGENSE: UMA ANÁLISE HISTORIOGRÁFICA | Ives Leocelso Silva Costa | PDF
- UM CRIME CONTRA A HONRA: Análise em um Processo de Defloramento na capital sergipana (1920). | Jôycimara Ferreira Barreto | PDF
- AS MARCHAS DA FAMÍLIA EM SERGIPE (1964): CONSIDERAÇÕES SOBRE A RELAÇÃO DE CUMPLICIDADE ENTRE A IGREJA CATÓLICA E O ESTADO AUTORITÁRIO | Raphael Vladmir Costa Reis | PDF
Cadernos de Pesquisa do CDHIS. Uberlândia, v.31, n.1, 2018.
Editorial
Apresentação
- Apresentação
- Ivete Batista da Silva Almeida, Tadeu Pereira Santos
Dossiê: “História, Historiografia e Ensino de História”
- Desafios contemporâneos para o ensino de História: notas de pesquisa
- Mirian Garrido
- Trilhas de um (Im)provável caminho: das incertezas da docência às (trans)formações do PIBID no ambiente escolar
- Maria Andreia Angelotti Carmo, Anderson Aparecido Gonçalves de Oliveira
- Ensino de História, educação profissional e as imagens no tempo: uma virada hermenêutica e afetiva
- Alexandre de Cássio Vilarinho Filho, Gilmar Alexandre da Silva
- Ensinar história na escola pública: o currículo como dimensão da prática docente
- Artur Nogueira Santos e Costa
- O estágio supervisionado em comunidades etnoeducacionais indígenas e quilombolas: um ensaio sobre a questão curricular nos anos 2000
- Leonara Lacerda Delfino
- Formação Compartilhada: relato de experiências sobre o Estágio Supervisionado em História no Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
- Christian Alves Martins, Gabriel Marques Fernandes
- Ensino de História nos anos iniciais do Ensino Fundamental: o uso de fotografias para aprendizagem de conceitos históricos e a história regional
- Adriana de Carvalho Medeiros
- RAPensando a formação docente: experiências e reflexões sobre o uso do RAP no ensino de história
- Roger Anibal Lambert da Silva, Bárbara Figueredo Souto
Artigo Livre
- Revolução, contrarrevolução e homossexualidade em Cuba: alguns apontamentos
- Jorge Luiz Teixeira Ribas
- O debate acerca do caráter econômico da colonização na América e suas implicações políticas
- Isadora Bueno Silva
- Igreja Católica e a Ditadura Militar em Belo Horizonte na década de 1960: uma Igreja e duas militâncias
- Adriano Cecatto
- Televisão, Representação e Islã no Brasil
- Cesar Porto
- Underground em Macapá: a construção de uma via alternativa para as produções de rock independente
- Artur Mendes Costa, Marcos Vinícius de Freitas Reis, Glaucia Maria Tinoco Barbosa
- Identidade e reenraizamento: a abordagem raiz na música sertaneja de José Fortuna (1950-1980)
- Jaqueline Souza Gutemberg
Publicado: 08-12-2018
EmRede – Revista de Educação a Distância. Porto Alegre, v. 5, n. 3, 2018.
Educação a Distância em cenários em transição
Expediente
- Expediente v. 5, n. 3, 2018
- Mára Lúcia Fernandes Carneiro | PDF
Editorial
- Educação a Distância em cenários em transição
- Mára Lúcia Fernandes Carneiro, Berenice Schelbauer do Prado, Braian Garrito Veloso, Daniel Mill | PDF
Artigos
- ESPAÇOS PÚBLICOS PARA DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO: A INFRAESTRUTURA FÍSICA DO POLO LUCENA PARA EAD SOB O OLHAR DE SEUS ESTUDANTES
- Carlos Francisco de Santana, José Elber Marques Barbosa | PDF
- RESPONSIVIDADE DE FUTUROS MENTORES QUANTO AO USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS EM UM ESPAÇO HÍBRIDO DE FORMAÇÃO
- Ana Paula Gestoso de Souza, Bruna Cury De Barros, Carolina Marini, Eliane Isabel Fabri, Mariângela Machado De Castro, Aline Maria De Medeiros Rodrigues Reali | PDF
- ENSINO HÍBRIDO (BLENDED LEARNING) POTENCIAL E DESAFIOS NO ENSINO SUPERIOR
- Sandra Maria Leandro, Elisete Marcia Côrrea | PDF
- O MODELO DE AVALIAÇÃO CENTRADO EM UM CURSO NA MODALIDADE B-LEARNING”
- Claudia Machado | PDF
- A CONCEPÇÃO DE PROFESSORES E COORDENADORES SOBRE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM CURSOS DE PEDAGOGIA EAD
- Adeilson Batista Lins | PDF
- EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA COMO ESTRATÉGIA DE CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA PÚBLICA
- Luiz Carlos Soares da Silva, Jorge Fabrício dos Santos | PDF
- UM ESTUDO SOBRE A EVASÃO DE ALUNOS EM UM CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO A DISTÂNCIA EM SAÚDE INDÍGENA
- Gisele Grinevicius Garbe | PDF
- EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA PARA SISTEMAS PRISIONAIS: UM ESTUDO SOBRE A IMPLEMENTAÇÃO DA EaD NA ESCOLA DA PRISÃO
- Marcelo de Mesquita Ferreira, Analise de Jesus da Silva | PDF
- A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO: POSSIBILIDADES E/OU LIMITES
- Raquel Aparecida Souza, Raquel de Almeida Moraes | PDF
- EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA COM FOCO NO ALUNO E AS CONTRIBUIÇÕES DOS DOCENTES PARA A AUTONOMIA NO ENSINO-APRENDIZAGEM: O CASO DO DESIGN INSTRUCIONAL
- Andréia Queila Santos Gomury | PDF
- CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA DA DISTÂNCIA TRANSACIONAL NA FORMAÇÃO DO EDUCADOR MUSICAL A DISTÂNCIA
- Nubia Carla Ferreira Cabau, Patrícia Lakchmi Leite Mertzig Gonçalves de Oliveira, Maria Luisa Furlan Costa | PDF
- OS PROCESSOS DE ENSINO ATRAVESSADOS PELAS TECNOLOGIAS DIGITAIS
- Natália de Borba Pugens, Adilson Cristiano Habowski, Elaine Conte | PDF
- AS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS EM REDE E A PRODUÇÃO SOCIAL DO CONHECIMENTO
- Miriam Preissler de Oliveira, Karla Marques da Rocha, Antonio Guilherme Schmitz Filho | PDF
- MODOS DE CIRCULAÇÃO E UTILIZAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO IMPRESSO NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
- Eder Aparecido de Carvalho, Fabiana Gonçalves | PDF
- FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: EDUCAR-SE EM COLABORAÇÃO
- Andressa de Oliveira Martins, Luana Zanotto, Aline Sommerhalder | PDF
- APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA PARA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: uma breve revisão de literatura sobre docência virtual
- Daniel Mill, Claeton Pedro Ribeiro da Silva | PDF
- O TRABALHO DO TUTOR NA EAD: FUNÇÃO, ATRIBUIÇÕES E RELAÇÕES ENTRE O PROFESSOR E O ALUNO
- Sandra Regina Reis, Okçana Battini | PDF
- TRABALHO DOCENTE NA EAD: PERFIL E PERCEPÇÕES DOS PROFESSORES
- Daniela Erani Monteiro Will | PDF
Relatos
- METODOLOGIAS ÁGEIS PARA O GERENCIAMENTO DO DESENVOLVIMENTO DE EaD EM UMA UNIVERSIDADE CORPORATIVA
- Silas Queiroz Silva, Nikiforos Joannis Philyppis Jr. | PDF
- SALA DE AULA INVERTIDA: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E PRESENCIAL COM USO DE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM NA GRADUAÇÃO
- Silvia Gonçalves de Almeida, Cristiane Coelho Teles | PDF
- FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS(AS) NA MODALIDADE A DISTÂNCIA: RELATOS DE UMA EXPERIÊNCIA NA DOCÊNCIA ONLINE
- Vitor Malaggi | PDF
- AÇÕES DE EXTENSÃO NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: a experiência de implementação numa universidade pública
- Fernando Silvio Cavalcante Pimentel, Luís Paulo Leopoldo Mercado, Maria Auxiliadora Silva Freitas, Carmen Lúcia de Araújo Paiva Oliveira | PDF
- TECNOLOGIAS DIGITAIS A SERVIÇO DA GESTÃO DE POLOS DE APOIO PRESENCIAL DO SISTEMA UNIVERSIDADE ABERTAL DO BRASIL (UAB): UMA EXPERIÊNCIA NO MUNICÍPIO DE FRANCA-SP
- Braian Garrito Veloso, Cláudia Silveira, Elisa Tuler, Shirley Dau | PDF |
Publicado: 2018-11-05
História Militar. Rio de Janeiro, Edição 24, Ano IX, Novembro de 2018.
Edição 24 (Ano IX, Novembro de 2018)
- A Batalha do Atlântico: A luta pela sobrevivência dos comboios na Segunda Guerra Mundial
- Leonardo da Costa Ferreira
- Os submarinos do Eixo e a entrada do Brasil na Segunda da Guerra Mundial
- Cesar Machado Rodrigues
- Homero e a doutrina militar da antiguidade
- Wellington José Gomes Freire
- Teorias sobre nacionalismo: um debate conceitual e teórico das relações entre Nação e História
- Rafael Macedo da Rocha Santos
- A Exploração de Coltan e os Conflitos no Leste da República Democrática do Congo
- Marcelle Christine Bessa de Macedo
- A filha livre de mãe escrava: Companhia de Navegação e Comércio do Rio Amazonas e a política imperial brasileira (1850-1866)
- Bruno de Seixas Carvalho
- A Nova História Militar: possibilidades teóricas, metodológicas e temáticas
- Bárbara Tikami de Lima e Kelvin Emmanuel Pereira da Silva (Mestrando/UFRGS)
- Livro em Destaque: Bruxas da Noite, de Carlos e Ana Daróz
Tecnologias e ensino presencial e a distância | Vani Moreira Kenski
O livro é um resultado de pesquisas acadêmicas, vivências pessoais e de palestras proferidas pela autora, composto de diversos textos que se interligam, objetivando colaborar para “o melhor desempenho dos professores”. É uma obra literária composta por nove capítulos.
A autora inicia o primeiro capítulo desmistificando a ideia redutora sobre tecnologia, vista como algo aterrorizante, ameaçador, esclarecendo que a tecnologia já está presente no cotidiano como algo totalmente integrado aos hábitos diários, não sendo, portanto, um fato recente. Kenski (2010) afirma que a chamada “era tecnológica” já é algo real desde o início da civilização, pois desde que o ser humano passou a construir objetos para enfrentar os desafios da vida a tecnologia existe; compreende-se então que a tecnologia não surge na sociedade industrial ou nos novos tempos da era virtual. À medida que a tecnologia vai evoluindo, percebem-se mudanças no comportamento das pessoas. Afirma ainda que a tecnologia não se restringe a ferramentas, máquinas, equipamentos, pois há as chamadas tecnologias da inteligência (linguagens oral, a escrita e a digital), que são uma articulação mental em busca de novos conhecimentos. Referindo-se à relação dos usuários com as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), a autora conclui que “as novas tecnologias de informação e comunicação, caracterizadas como midiáticas, são, portanto, mais do que simples suportes. Elas interferem em nosso modo de pensar, sentir, agir, de nos relacionarmos socialmente e adquirirmos conhecimentos. Criam uma nova cultura e um novo modelo de sociedade” (KENSKI, 2010, p. 23).
A autora ressalta a importância de despertar uma visão crítica sobre a informação, o conhecimento e a inovação, fato desafiador para a escola e seus professores. Ainda sobre a visão crítica diante da evolução tecnológica, salienta o cuidado com o aspecto democrático do conhecimento diante da exclusão socioeconômica. A escola precisa estar aberta a mudanças e à absorção de novos conceitos e formatações para acompanhar o ritmo da era da velocidade, a exemplo do ensino a distância. Os educadores devem buscar mudar as suas concepções, usando ou não as TIC, concebendo o ensino de uma forma inovadora e diferenciada daquela anteriormente utilizada. Expõe ainda que um professor que manuseia adequadamente as TIC poderá, inclusive, intervir na instalação de programas e softwares em sua escola, além de usá-las de forma crítica. Todavia, não basta o acesso a sofisticados meios tecnológico sem a necessária reformulação total do sistema de ensino, como a valorização da carreira docente e a garantia de qualidade na formação do professor.
Kenski (2010) caracteriza o espaço escolar presencial realizando um paralelo ao espaço virtual de aprendizagem dominado pelas linguagens audiovisual e midiatizada, ampliando assim o alcance da escola frente aos estudantes e à sociedade. A autora delineia também os contornos de uma aula virtual, descrita em uma tela de computador, sua estrutura é a linguagem em um campo que permite a distribuição de conhecimentos sem que, necessariamente, todos os estudantes estejam presentes em um mesmo local, é uma “nova forma de linguagem e de cultura” (KENSKI, 2010, p. 56). Para acompanhar todo esse ritmo ditado pela nova era, a escola precisa gestar sua atuação a partir dessas inovações tecnológicas e o professor transforma-se em pesquisador, tendo um conhecimento em permanente estado de ebulição, sendo preciso também a formulação de políticas públicas adequadas. Portanto, dentro desse universo, as aulas presenciais já não são as únicas possibilidades de ensino. As aulas virtualmente ministradas já se mostram como alternativas para um grande universo de pessoas impossibilitadas de responder às exigências de uma aula presencial. Além da inclusão social que o ensino a distância permite, estabelece-se também, a partir dele, uma relação interinstitucional, o que contribui para a formação de um cidadão participativo. Todas as mudanças decorrentes da interatividade virtual interferem na forma de pensar, raciocinar e interagir, os espaços virtuais ocupados pelos internautas passam a fazer parte do seu mundo, mexem com sua estrutura mental e sua personalidade. É o ciberespaço que surge e se mostra como outra possibilidade de territorialização. As comunidades mediadas pelo computador também interferem nas relações políticas e nas participações democráticas e possuem capacidade para enfrentar o monopólio dos meios de comunicação.
A interação e o ensino sempre se interligaram e as tecnologias em nada diminuem esse elo, portanto os novos espaços virtuais de interação em busca de aprendizagem são formas diferentes e diversificadas de comunicação voltadas para o ensino, no entanto, o que poderá revolucionar o ensino é a forma de utilização das tecnologias, seja o livro, o giz ou computadores em rede. No entanto, é o dinamismo da aula e a participação cooperativa que fará a diferença. Para tanto, é necessário ter clareza da importância do sistema cooperativo na elaboração de cursos em rede e também em cursos presenciais e semipresenciais. Para que se tenha uma aprendizagem envolta na colaboração, é necessário que alguns princípios básicos sejam observados, conforme cita a autora: a interdependência do grupo, a interação, o pensamento divergente e a avaliação. São novos mecanismos de aprendizagem que vão exigir novos métodos radicalmente diferentes de ensinar, nos quais o professor é o maestro e “a música é feita por todos”.
Dessa maneira, o texto percorre o universo das tecnologias e sua relação com o ensino, focando nos desafios atuais para a integração da escola com as inovações tecnológicas. É um livro que apresenta, com precisão, as indispensáveis reformulações que o ensino deve obter, a partir de políticas públicas sérias e realmente comprometidas com a democratização do conhecimento. A autora ratifica os imprescindíveis investimentos na qualificação do professor, sintonizada com os novos tempos, que seja eficaz e que ofereça condições para enfrentar os desafios de uma sociedade tecnológica, globalizada e, portanto, dinâmica, veloz e em contínuo movimento de mudanças. Em todo o livro, a autora fala com autoridade de quem conhece o ambiente educacional e tece opiniões procedentes. As análises apresentadas no livro, se levadas em consideração nas reformulações das políticas públicas voltadas para o ensino, em muito poderão contribuir para efetivas mudanças na educação. Apresenta, ainda, textos objetivos e de fácil leitura, possibilitando ao leitor compreender o universo das tecnologias, e ajuda a construir uma relação mais crítica com o contexto virtual. Em alguns momentos, as definições e ou pequenos trechos parecem repetitivos, ou seja, parecem apresentar em alguns capítulos definições já lidas em outros capítulos; algo justificável, já que o livro é uma coletânea de diversos artigos produzidos e publicados pela autora em eventos, periódicos e capítulos de outros livros. A leitura é sugerida para profissionais da educação de todos os níveis e, principalmente, para aqueles que trabalham com a inclusão tecnológica e buscam compreender e apreender sobre o novo mundo permeado pelo uso das Tecnologias da Informação e Comunicação.
Referência
KENSKI, Vani Moreira. Tecnologias e ensino presencial e a distância. Campinas: 8ª Ed. Papirus, (2010).
Resenhista
Irabel Lago de Oliveira – Professora de Português do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio da escola pública estadual. Licenciada em Letras com Inglês pela Universidade da Cidade do Salvador (UNIFACS), especialista em Educação de Jovens e Adultos (EJA), Educação a Distância, Tecnologias e Educação e Mestre em Educação e Sociedade pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa. E-mail: irabel.irabel@gmail.com
Referências desta Resenha
KENSKI, Vani Moreira. Tecnologias e ensino presencial e a distância. 8ª Ed. Campinas: Papirus, 2010. Resenha de: OLIVEIRA, Irabel Lago de. Revista Aprendizagem em EAD. Taguatinga, v.7, n.1, novembro, 2018. Acessar publicação original [DR]
Historicidade e objetividade – DASTON (HU)
DASTON, L. Historicidade e objetividade. Tradução: Derley Menezes Alves e Francine Iegelski (org. Tiago Santos Almeida). São Paulo: LiberArs, 2017. 143 p. Resenha de: SOUSA, Raylane Marques. Por uma história dos ideais e práticas da objetividade científica. História Unisinos 22(4):702-707, Novembro/Dezembro 2018.
A coletânea de artigos intitulada Historicidade e objetividade, de Lorraine Daston, historiadora das ciências e diretora do Instituto Max-Planck de História das Ciências de Berlim, publicada no segundo semestre de 2017 e correspondente ao primeiro lançamento da “Coleção Epistemologia Histórica”, da Editora LiberArs, constitui-se num desafio de historicização das ciências e num projeto de epistemologia eminentemente histórica. O livro em tela congrega um prefácio, uma apresentação e sete artigos e persegue o propósito que desvelaremos a seguir.
No prefácio, Lorraine Daston anuncia-nos a proposta da obra 1. A autora esclarece-nos que os artigos, com a ressalva de um, enquadram-se numa perspectiva de historicização das ciências e num programa de “epistemologia histórica”. Se a intenção de Daston é construir um programa de epistemologia histórica, isto é, “a história das categorias e práticas que são tão fundamentais para as ciências humanas e naturais que parecem muito autoevidentes para ter uma história” (p. 9-10), o itinerário argumentativo que ela desenha nas sete investigações em pauta revela-o de forma coerente e original, uma vez que o objetivo embrionário da coleção desses artigos, tendo em conta o excelente esteio bibliográfico em que se sustentam, é justamente mostrar que a objetividade nas ciências, a atividade de observação, a elaboração de um fato científico e as formas de quantificação têm uma história e pensar sobre as especificidades dessa história nos leva “a repensar a história de como sabemos o que sabemos” (p. 10).
Na apresentação, intitulada “História das Ciências, Teoria da História e História Intelectual”, Tiago Almeida e Francine Iegelski (2017) apontam-nos os motivos que os levaram à tradução, à organização e à publicação de Historicidade e objetividade. Os autores esclarecem-nos que a execução desse projeto tem dois objetivos: o primeiro é de colocar o público brasileiro em contato com os debates mais fecundos da historiografia das ciências; e o segundo é de discutir o já consolidado “programa historiográfico” ou a “epistemologia histórica” de Lorraine Daston para a história das ciências. Os autores evidenciam igualmente que o programa ou a epistemologia histórica de Lorraine Daston se distingue dos programas historiográficos anteriores e contemporâneos porque foi capaz de incorporar as contribuições e se desviar dos defeitos das três principais escolas da história das Nas relações que estabeleciam entre o conhecimento e seus objetos, a primeira escola tinha o defeito de ser idealista, a segunda de ser estruturante, e a terceira de se aprisionar ao particular. Desse modo, como frisam os autores, em seu programa ou epistemologia histórica, Daston recusa a ideia, bem acolhida e propagandeada por essas escolas, segundo a qual “historicizar equivaleria a relativizar ou, o que é pior, invalidar” (p. 12), ao mesmo tempo em que recupera o método de comparação entre as ciências, apesar de suas diferentes especialidades. De acordo ainda com os autores, a originalidade da abordagem de Daston para a história das ciências reside no fato de ser um projeto de trabalho conciliador, favorável à reunião de pesquisadores de diversas áreas, dedicado ao estudo de categorias, conceitos, ideias, objetos e práticas basilares da ciência moderna. Além disso, a apresentação retrata que certo número de pesquisadores chegou ao campo da História das Ciências via Teoria e Metodologia da História e História das Ideias e Intelectual, e vice-versa. Tanto o campo da História das Ciências quanto os campos da Teoria e Metodologia da História e História das Ideias e Intelectual se interessam pela historicidade das ciências, pelas relações entre conceitos, ideias, discursos, textos e contextos, e pelas temporalidades e escritas da história. Assim, o fascínio por esses temas acabou por aproximar essas áreas de conhecimento e por favorecer o contato dos historiadores da história com os historiadores da ciência, além de familiarizar os primeiros com os trabalhos de Daston, principalmente aqueles textos que versam sobre a objetividade e seus significados e múltiplas formas de manifestação.
No artigo 1 da obra Historicidade e objetividade, intitulado “Objetividade e fuga da perspectiva”, Daston esforça-se por traçar uma história não linear e contingente da objetividade científica, história essa que vai do fim do século XVIII ao início do século XIX3. O texto inicia com uma explanação concernente aos múltiplos sentidos da palavra objetividade e suas variantes nos idiomas francês (objectivité) e alemão (Objektivität). Nessas duas línguas, a autora explica que a palavra é confusa e refere-se a um só tempo à metafísica, aos métodos e à moral. A primeira referência diz respeito à busca dos cientistas por uma verdade objetiva no conhecimento, a segunda diz respeito aos procedimentos objetivos que sustentam toda pesquisa científica, e a terceira diz respeito à conduta objetiva, imparcial e desapaixonada do investigador. Daston assinala, na continuação do debate do texto 1, que os pesquisadores dos Science Studies têm se interessado bastante pelo conceito de objetividade na atualidade, mas eles continuam focando nos problemas de existência e legitimidade, em vez de problemas históricos. De maneira efetiva, como a autora argumenta, a objetividade tem uma história, e um dos episódios que lhe permite falar de tal história é a emergência, no século XIX, do que ela chama de ideal de “objetividade aperspectivística”, isto é, a tentativa de eliminação de características individuais do conhecimento científico. Assim, é no esforço de compreender o ideal de objetividade aperspectivística que a autora tece uma história crítica desse conceito no primeiro texto. Lorraine Daston sugere também que é possível visualizar o desenvolvimento desse conceito na literatura estética e moral do século XVIII, como no caso dos autores Shaftesbury, Hume e Adam Smith. A autora nos diz que as discussões a respeito da “perspectiva” no século XVIII e XIX procuram a supressão e o distanciamento emocional do indivíduo e colocam afirmações morais e estéticas em lado oposto às afirmações científicas, a exemplo dos pensadores mencionados. Seguindo o seu raciocínio, a autora também procura investigar a situação do conceito nas ciências naturais, opondo as tentativas dos homens de ciência do século XIX de sacrificar os traços pessoais a práticas precedentes. A autora esclarece que as investidas desses homens de ciência de supressão de traços individuais eram como que uma precondição para a criação de uma comunidade científica justa, harmoniosa e coerente, assim como uma garantia de alcançar a verdade científica.
Finalmente, a autora conclui o texto 1 com uma breve reflexão sobre como e por que a história do conceito de objetividade aperspectivística ganhou uma camada moral. Segundo a autora, a objetividade aperspectivística prescrevia certa indiferença e desapego por tudo o que é pessoal. Os cientistas deveriam não apenas abandonar tudo o que lhes é próprio, mas também esquecer todo e qualquer reconhecimento de si mesmos. Ademais, os valores da objetividade aperspectivística contribuíram para que os cientistas pautassem a sua conduta em métodos mecânicos e observações morais. A par dessas informações, o primeiro artigo do livro diz-nos que a objetividade que Lorraine Daston nos apresenta como tendo uma história tem como base as seguintes críticas: em primeiro lugar, a objetividade nas ciências não é um “dado trans-histórico” (p. 16) e que busca “a estrutura última da realidade” (p. 17); e, em segundo lugar, a objetividade não é mecânica e que visa suprimir “a propensão universal humana de julgar e estetizar” (p. 17).
O artigo 2 da obra Historicidade e objetividade, intitulado “A economia moral da ciência”, procura avaliar e desbancar uma antiga tradição que opõe fatos a valores. A espinha dorsal do presente texto é a ideia de que a ciência tem o que Lorraine Daston chama de “economia moral” e esta economia moral constitui o modo de conhecimento científico. Mais especificamente, a autora assevera que a ciência tem “certas formas de empirismo, quantificação e objetividade que não apenas são compatíveis com economias morais, elas exigem economias morais” (p. 38).
Segundo Daston, muito embora a ciência seja um exemplo de racionalidade e facticidade, ela não está isenta de afetos e emoções, valores, ideologias, normas e regularidades institucionais. Consoante a autora, “economias morais, ao contrário, são partes integrais da ciência: de suas fontes de inspiração, suas escolhas de temas e procedimentos, a peneira da evidência e seus padrões de explicação” (p. 42).
Embora as economias morais existam na ciência, para que elas servem e como elas estruturam as ideias-força de como os cientistas vêm a conhecer? Acerca dessas questões, Daston explica que uma economia moral é boa para a quantificação, o empirismo e a própria objetividade. As várias formas de quantificação têm economias morais. Os historiadores da ciência quantificam cientificamente, mas nem todos aspiram à exatidão matemática de suas mensurações, embora a precisão seja uma das virtudes mais observadas e louvadas entre eles. O empirismo também é um elemento fecundo em economias morais. Os três principais aspectos do empirismo da filosofia natural do século XVII, o testemunho, a facticidade e a novidade, apoiam-se e entrelaçam-se em valores e afetos. A objetividade, entretanto, é já uma economia moral. De acordo com Daston, duas de suas variantes mais importantes, ambas oriundas do século XIX, são: a “objetividade mecânica” e a “objetividade aperspectivística” (p. 59). A objetividade mecânica fundamenta-se em uma epistemologia da autenticidade e exige a eliminação de qualquer interferência pessoal no conjunto de observações da natureza. Já a objetividade aperspectivística assenta-se no lema “a visão a partir de lugar nenhum” de Thomas Nagel e combate as idiossincrasias de indivíduos e até de coletivos de pesquisadores em prol da verdade científica. Portanto, o elemento fundamental da discussão de Daston sobre as economias morais do conhecimento científico baseia-se na ideia de que o núcleo da ciência é moral e ressoa a voz do dever moral.
No artigo 3 da obra Historicidade e objetividade, intitulado “Uma história da objetividade”, Daston começa pontuando aspectos das três escolas que dominaram a história das ciências, a saber: a escola filosófica, a escola sociológica e a escola histórica. A escola filosófica é idealista e pensa a história das ciências como “a história da emergência e desaparecimento dos conceitos de natureza, dos sistemas metafísicos e dos quadros epistemológicos” (p. 69). Os historiadores filósofos da ciência associados a essa forma de pensar direcionam sua atenção para as teorias científicas e para a interlocução dessas teorias com outras áreas do conhecimento, como a filosofia e a teologia.
A escola sociológica concentra seu olhar sobre as estruturas sociais (tanto as microscópicas quanto as macroscópicas) da pesquisa científica. Os historiadores sociólogos da ciência que compartilham dessa tendência enxergam a ciência como uma instituição importante inserida na sociedade e que espelha a divisão dos poderes e a produção dos significados culturais. Já a escola histórica foca no local e no singular, aspectos que as outras duas escolas deixaram de lado. Os historiadores aliados a essa forma de pensar a ciência primam não apenas pelas teorias, mas também pelas práticas científicas e pelo trabalho nos arquivos. Outro aspecto basilar desse texto 3 é a apresentação do novo programa de Daston para a história das ciências. A autora finalmente explica o que entende por “epistemologia histórica” (Historical Epistemology): “a história das categorias que estruturam o nosso pensamento, que modelam nossa concepção da argumentação e da prova, que organizam nossas práticas, que validam nossas formas de explicação e que dotam cada uma dessas atividades de um significado simbólico e de valor efetivo” (p. 71). A singularidade da epistemologia histórica de Daston é que ela se relaciona à história das ideias, das práticas, dos afetos e emoções, dos valores e significados que organizam as economias morais das ciências. Daston estabelece novas perguntas para velhas questões. É principalmente nesse aspecto que a abordagem da autora se diferencia das demais que ordinariamente tomam a objetividade científica como desprovida de história.
No artigo 4 da obra Historicidade e Objetividade, intitulado “O que pode ser um objeto científico? Reflexões sobre monstros e meteoros”, Daston explica o que é e o que pode se tornar um objeto de pesquisa científica. A resposta da autora para esse questionamento é uma crítica construída com base na afirmação de Aristóteles de que as ciências se fazem a partir de regularidades: “daquilo que é sempre ou pelo maior período de tempo” (p. 79). Para Daston, porém, somente a regularidade não é suficiente para destacar um item do cotidiano ordinário e torná-lo objeto de investigação científica. É necessário ir além e observar “se uma classe de fenômenos é quantificável, manipulável, bela, experimentalmente repetível, universal, útil, publicamente observável, explicável, previsível, culturalmente significativa ou metafisicamente fundamental” (p. 79). Segundo Daston, esses critérios se justapõem e demonstram que a escolha dos objetos científicos vai além do simples critério de regularidade. Assim, um estudo sério do que é e do que não é objeto para a ciência deve levar em consideração esses critérios e como eles se sobrepõem à experiência normal do cotidiano e destacam alguns fenômenos como objeto de investigação e outros não. O objetivo de Daston nesse texto 4 é exatamente examinar, por meio de exemplos históricos, como e por que os objetos da filosofia preternatural se tornaram objetos de investigação da ciência em meados do século XVI e foram esquecidos no século XVIII. Segundo a autora, os objetos da categoria preternatural/além da natureza (sintetizados em dois grupos, monstros e meteoros) continuaram a existir nesse período, mas não despertaram mais interesse dos cientistas, porque os três princípios (ontológico, epistemológico e sensitivo) que mantinham tal categoria unida e em evidência foram desvelados. Daston defende que os objetos preternaturais foram escolhidos, em primeiro lugar, pelo princípio ontológico, que significa coisas e eventos fora da ordem cotidiana da natureza. Em segundo lugar, eles foram escolhidos pelo princípio epistemológico, que exige um trabalho mais pesado de coleta, explicação e fundamentação.
Em terceiro lugar, eles foram escolhidos pelo princípio da sensibilidade, que dá conta das maravilhas e, até mesmo, dos milagres e prodígios. De acordo com a autora, no entanto, a filosofia preternatural não teve morte espontânea. Os três princípios que a fundamentavam foram incorporados pela filosofia natural do final do século XVII e início do século XVIII. Além disso, a emergência de uma nova metafísica e uma nova sensibilidade dissolveu sua lógica, embora sem eliminar seus componentes, tornando-a irrelevante para os estudos científicos.
No artigo 5 da obra Historicidade e objetividade, intitulado “Sobre a observação científica”, Daston apresenta-nos a observação científica como um gênero epistêmico dotado de historicidade. A autora explica-nos que a observação é a prática científica basilar das ciências humanas e naturais. Embora tal prática não desperte o interesse das ciências enquanto objeto de investigação, alguns filósofos e positivistas lógicos se dedicaram a examiná-la no século XX, mais precisamente com intuito de fortalecer “a visão científica da observação como primitiva e passiva” (p. 91). Já os críticos da postura adotada por tais filósofos e positivistas lógicos defendiam a ideia de que as observações eram inevitavelmente entremeadas de juízos de valor e, por isso, não poderiam oferecer um julgamento imparcial quando entrassem em conflito. Segundo a autora, nas duas situações, a preocupação dos filósofos da ciência era epistemológica e estava assentada na filosofia de Kant, a saber: “haveria ou não haveria algo como uma observação científica não contaminada pela teoria?” (p. 91). No fundo, a preocupação desses filósofos era como higienizar a observação, evitando que ela fantasiasse e distorcesse os dados objetivos. Nesse texto 5, o objetivo de Daston é discutir as bases ontológicas da observação científica especializada, especialmente como esta reconhece e seleciona objetos para uma comunidade de cientistas.
Com efeito, como nos diz a autora, esta discussão ocupa algum espaço “entre epistemologia (que estuda como observadores científicos adquirem conhecimento acerca dos objetos por eles escolhidos) e metafísica (que investiga a realidade última das entidades observadas)” (p. 92). Assim, na perspectiva de Daston, a ontologia é algo como os cientistas preenchem o universo com percepções, retirando objetos do cotidiano comum, classificando-os e tornando-os objetos de investigação científica, e traduzindo- os em formas (textos-imagens-tabelas) ou numa linguagem popular a um coletivo ou a uma comunidade. De acordo com a autora, uma tentativa de historicização da observação científica pode ajudar a trazer à superfície práticas científicas tomadas até então como a-históricas e autoevidentes e conectar a história das ciências à história das sensibilidades e do eu, como também expandir o espaço das experiências científicas. Nesse sentido, o que constitui o mote desse texto 5 é a ideia que assim pode ser sintetizada: não existe ciência sem a prática da observação, e tampouco mundo articulado visível, audível ou táctil.
O artigo 6 da obra Historicidade e objetividade, intitulado “Science Studies e História das Ciências”, constitui-se como um desvio nessa coletânea, como afirma Lorraine Daston no Prefácio. Esse capítulo não explora episódios históricos, mas a situação de aproximação e estranhamento entre duas disciplinas que abordam o mesmo tema, neste caso, “ciência e tecnologia” (p. 109). O objetivo de Daston, nesse texto, é rastrear a situação de interdisciplinaridade e intercâmbio entre os Science Studies e a História das Ciências, bem como o presente e o futuro de ambos os campos. Assim, o texto divide-se em duas partes. A primeira parte traz um curto relato das conexões entre Science Studies e História das Ciências desde 1970. A segunda parte examina como seus caminhos se separaram na década de 1990 à medida que a História das Ciências se aproximava da História e os Science Studies se afastavam. A partir do relato sucinto da conexão entre os dois campos, com foco nos Science Studies, Daston destaca que os objetivos deste último campo se sintetizavam em “humanizar a ciência tornando-a mais social (ou pelo menos sociável) ou domesticá-la, também tornando-a mais sociável (ou pelo menos sociológica)” (p. 111), e se afastar de tudo o que “cheirasse a psicologia” (p. 111). De acordo com a autora, esses objetivos se apoiavam em dois princípios: em primeiro lugar, “a ênfase nas instituições e estruturas, não nos indivíduos e ações” (p. 111); e, em segundo lugar, o destaque de que “o social se baseava fortemente nas estratégias marxistas desmistificadoras da ideologia” (p. 112). Esses dois princípios sugerem, segundo Daston, que os Science Studies seguiram correntes distintas de pensamento: Karl Marx e Émile Durkheim, mas também a sociologia do conhecimento de Karl Mannhein, a filosofia-sociologia de Fleck, entre outras. Mas o componente-chave que estabeleceu o afastamento entre os Science Studies e a História das Ciências foi a leitura da obra A estrutura das revoluções científicas, de Thomas S. Kuhn, lançada em 1962. Assim, enquanto os Science Studies interpretaram a obra de Kuhn como uma exposição do relativismo, os historiadores das ciências, em contrapartida, extraíram lições diferentes e mais próximas da argumentação de Kuhn, a saber, que a História das Ciências não poderia mais ser entendida como progresso constante em busca de um télos e uma verdade última, mas deveria afastar-se das narrativas teleológicas. O ponto de aproximação entre os dois campos seria a crítica a uma visão positivista da história, que se definia por um método mecânico e apartado do social.
A outra metade do artigo 6 é dedicada à exposição dos motivos que levaram ao distanciamento entre os Sciences Studies e a História das Ciências. A começar com o esclarecimento do que é ciência e de como estudá-la, essa segunda parte prolonga a discussão a respeito do estranhamento entre os dois campos. Segundo Daston, os Science Studies se recusavam a aceitar a doutrina científica atual e concebiam as ideias de verdade e falsidade das proposições como insuficientes para sua aceitação. Além disso, eles achavam que uma explicação para ser completa deveria levar em consideração aspectos sociais, políticos e cognitivos. O motivo do distanciamento dos Sciences Studies com relação à História das Ciências foi a transparência dos relatos dos cientistas. Por meio de uma discussão pormenorizada sobre como os historiadores da ciência viam a ciência atual, Daston evidencia que eles eram menos desconfiados no que diz respeito às verdades e às falsidades das proposições, embora fossem extremamente descrentes quanto às narrativas da ciência do passado em relação à ciência presente. De acordo com Daston, talvez o principal motivo que levou ao distanciamento dos Science Studies da História das Ciências na década de 1990 tenha sido o debate acerca da “contextualização da ciência”. Enquanto o primeiro campo levantava a bandeira da “ciência em contexto” e contribuía para o fim da autonomia da ciência no que concerne à sociedade, o segundo campo também hasteava essa bandeira, mas explorava de forma mais detida o contexto histórico e trabalhava para sua ampliação e aprofundamento, incorporando novos conceitos, categorias e práticas das ciências sociais e, principalmente, da história.
No artigo 7 da obra Historicidade e objetividade, intitulado “Objetividade e imparcialidade: virtudes epistêmicas nas humanidades”, encontramos a desmistificação das relações entre as humanidades e as ciências que, por mais de um século, foram marcadas pelas oposições “Geistes versus Naturwissenschaften, ideográficas versus nomotéticas, interpretativas versus exploratórias, orientadas para o passado versus orientadas para o futuro” (p. 127). De acordo com Daston, desde pelo menos o século XVI, as humanidades e as ciências compartilham “métodos, instituições, ideias e virtudes epistêmicas” (p. 127). Imparcialidade e objetividade são duas das virtudes epistêmicas amplamente compartilhadas no século XIX2. Começando com uma sentença lapidar do jovem Nietzsche em sua II Consideração extemporânea: “Objetividade e justiça não tem nada a ver uma com a outra” (Nietzsche, 2017, p. 90), Daston apresenta-nos a crítica que o filósofo fez aos valores da imparcialidade e da objetividade, assim como aos estabelecimentos de ensino de seu tempo que supervalorizaram tais virtudes epistêmicas e as trouxeram para as humanidades. Segundo a autora, quando a história se tornou uma ciência empírica no século XIX, esses valores entraram em concussão e Nietzsche foi quem melhor percebeu os choques. O objetivo de Daston, nesse texto, é mostrar que os valores da imparcialidade e objetividade têm histórias próprias e precisam ser problematizadas.
Assim, Daston faz um esboço dos objetivos da imparcialidade e da objetividade na história, evidenciando como a imparcialidade foi difundida e praticada por historiadores ao longo dos séculos XVIII e XIX, especialmente em favor de uma história dos estados-nação. A autora assinala que, no século XVIII, a história consistia em narrativas dos eventos e das vidas dos grandes homens apresentadas como exemplos para formação do julgamento e do caráter do leitor. Nesse modelo de história, a imparcialidade não significava neutralidade de valor por parte do historiador, mas sim não tomada de partido de nenhuma das partes envolvidas na história – não engajamento político –, com objetivo de alcançar conclusões sólidas acerca de guerras e conflitos políticos do passado. Assim, por exemplo, Leopold von Ranke é um dos mais importantes historiadores associados a essa doutrina da imparcialidade. Heinrich von Sybel e Georg Gervinius, posteriormente, criticaram Ranke por sua imparcialidade e neutralidade. O jovem Nietzsche também teceu duras críticas ao historiador prussiano por sua imparcialidade e autoimposta “objetividade de eunuco”.
A sequência do texto 7 apresenta as técnicas da objetividade aplicadas à história, bem como certos aspectos do historiador objetivo. No centro do sentido de objetividade dos historiadores do século XIX está “o forte sentimento de restrição científica” (p. 133), que julgava até que ponto a evidência em mãos poderia ir. Daston constata que tanto os métodos e as técnicas da crítica histórica quanto certas atitudes objetivas do historiador diante de seu objeto assentam- se na polêmica entre filólogos clássicos e historiadores da antiguidade a respeito das declarações metodológicas de Tucídides em seus discursos. Segundo Daston, as duas principais questões que mobilizaram os estudos acadêmicos sobre Tucídides foram estas: “primeiro, em que medida o próprio Tucídides estava conscientemente aspirando ao padrão de história objetiva?; segundo, ele se manteve fiel a esse padrão, especialmente ao relatar discursos?” (p. 136). A autora explica que as palavras objetividade e subjetividade são produtos de meados do século XIX, logo a importação desses termos para as análises da obra e do método histórico de Tucídides é um equívoco. Daston recupera ainda a crítica de Nietzsche à religião ascética da objetividade que dominou e formatou os historiadores no século XIX. A autora está preocupada em entender como, em tão pouco tempo, o valor da objetividade se tornou uma virtude superestimada entre os historiadores. Nietzsche é a chave interpretativa para essa questão. O filósofo alemão farejou no culto da objetividade um ar de “autoengano”, “superstição” e “mitologia”, uma falsa religião e uma falsa fé. Nietzsche encarava a religião da objetividade e seus sectários como um verdadeiro problema, porque tal religião pregava a autorrestrição, o autossacrifício e exalava um odor desagradável de ascetismo que rapidamente se espalhara pelas instituições de ensino da Alemanha de seu tempo.
Por meio da exposição sistemática dos sete artigos que integram a obra Historicidade e objetividade, concluímos que Lorraine Daston compreende a objetividade de forma distinta daquela comumente compartilhada pelas doutrinas objetivistas, que associam à postura objetivista a ideia de que é possível “ver os fatos como eles realmente são”, isto é, conhecer a realidade em si e por si mesma. Daston consegue distanciar-se dessa tendência ao inserir a objetividade em uma perspectiva histórica, em um modo por meio do qual a objetividade não pode ser vista desvinculada de uma interpretação pluralista e multiforme da realidade. Nos sete artigos que constam nessa coletânea, interessa a Daston principalmente dissociar a objetividade – na área da História das Ciências, em particular – de concepções que a tomam como um dado a-histórico. Nesse sentido, no programa epistemológico dastoniano, à noção de objetividade é adicionada uma faceta interpretativa, já que a sua epistemologia histórica se relaciona à história das ideias e das práticas, dos afetos e das emoções, da moral e dos valores. Assim, Daston demonstra que a objetividade da ciência é tanto mais histórica quanto mais ela se mostrar relacionada aos muitos pontos de vista e às interpretações humanas.
Dessa maneira, consideramos essa obra como uma importante contribuição não só para os estudos pertinentes à historiografia, história, filosofia e sociologia das ciências e relacionados à historiografia, filosofia e teoria da história, mas também para clareamento de questões que envolvem o complexo e multifacetado conceito de objetividade científica, abrindo e iluminando o caminho para outras pesquisas, discussões e questionamentos sobre esse tema.
Referências
ALMEIDA, T.; IEGELSKI, F. 2017. História das Ciências, Teoria da História e História Intelectual. In: L. DASTON. Historicidade e objetividade. Tradução: Derley Menezes Alves e Francine Iegelski (org. Tiago Santos Almeida). São Paulo, LiberArs, p. 11-14.
DASTON, L.; GALISON, P. 2007. Objectivity. New York, Zone Books, 501 p.
DASTON, L. 2016. The Truth in the Leaves. Max Planck Research.
ViewPoint_History of Science. Berlin, 26 Apr., p. 10-15. Disponível em: https://www.mpiwg-berlin.mpg.de/content/daston. Acesso em: 18/05/2018.
NIETZSCHE, F. 2017. Segunda consideração extemporânea: Sobre a utilidade e a desvantagem da História para a vida. Organização e tradução: André Itaparica. São Paulo, Hedra, p. 29-146.
Notas
2 A título de esclarecimento, a escolha dos sete artigos que integram a obra em análise não foi feita por Lorraine Daston, mas pelo historiador brasileiro Tiago Santos Almeida. No prefácio, Daston explica que os sete títulos agrupados na coletânea foram escritos em diferentes momentos de sua trajetória intelectual e profissional e que alguns deles não trazem respostas satisfatórias a uma série de desconfortos teóricos e interpretativos suscitados pelo problema da objetividade nas ciências. No entanto, exatamente por essa razão, ela espera que os leitores brasileiros compreendam cada artigo como evidência de uma mente em ação, que se esforça para entender aspectos da história do conceito de objetividade científica.
2 Sobre a certeza, a precisão, a verdade e a objetividade como virtudes epistêmicas fundamentais da ciência, como características particulares que definem a identidade da ciência e a prática científica, ver também Daston (2016).
Raylane Marques Sousa – Universidade de Brasília. Programa de Pós-Graduação em História. Campus Darcy Ribeiro, Instituto Central de Ciências, Norte, Bloco A, Subsolo (ASS 679-690), 70910-900, Brasília, DF, Brasil.
Navegantes, bandeirantes, diplomatas: Um ensaio sobre a formação das fronteiras do Brasil – GOES FILHO (HU)
GOES FILHO, S.S. Navegantes, bandeirantes, diplomatas: Um ensaio sobre a formação das fronteiras do Brasil. Brasília: Ed. FUNAG, 2015. 412 p. Resenha de: MENDES, Marcos Vinícios Isaias. Fronteiras e Relações Internacionais: notas históricas sobre o caso brasileiro. História Unisinos 22(4):697-701, Novembro/Dezembro 2018.
Introdução A origem do livro do diplomata brasileiro Synesio Sampaio Goes Filho remonta à tese Aspectos da ocupação da Amazônia: de Tordesilhas ao Acordo de Cooperação Amazônica, aprovada pela Banca Examinadora do Curso de Altos Estudos (CAE) do Instituto Rio Branco (IRBr), em 1982. Já no prefácio do livro, elaborado por Arno Wehling, presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, em 1999, tem-se a ideia da grande relevância do livro para a história do Brasil. De acordo com o embaixador Sérgio Eduardo Moreira Lima (p. 6), presidente da FUNAG (Fundação Alexandre de Gusmão), o “livro é um clássico da nossa História Diplomática”. Tanto no prefácio quanto na apresentação do livro, sua importância é reiterada inúmeras vezes como obra imprescindível para estudantes da área de Relações Internacionais, diplomatas e pesquisadores da História do Brasil.
Nesses termos, o título do livro sugere não apenas o seu conteúdo como também a estrutura e organização da obra. Os Navegantes referem-se às figuras que, ao “descobrirem” o território brasileiro na época das grandes navegações, configuraram as etapas iniciais da colonização. Na prática, serão destacados, ao longo da obra, Cristóvão Colombo, Américo Vespúcio e Pedro Álvares Cabral como os navegantes de maior relevo na história do Brasil e, sem dúvida, da América. Aos navegantes é dedicada a primeira parte do livro: “A descoberta do continente”. Em uma segunda etapa de ocupação e exploração do território, destacaram- se os bandeirantes, quer seja através das tradicionais (e iniciais) bandeiras, com finalidades duplas de caça ao índio e pesquisa de metais preciosos, quer seja através de sua evolução natural, as monções, que predominaram na expansão para o Centro-Oeste e para o Norte e região amazônica. Aos bandeirantes é dedicada a segunda parte do livro: “A ocupação do território brasileiro”. Em um desenvolvimento natural da ação bandeirante, surge a necessidade do traçado das fronteiras. É quando a figura do diplomata se consolida como fundamental. “A formação das fronteiras do Brasil concebida como um diálogo entre o bandeirante e o diplomata, tipos emblemáticos, respectivamente, da ação privada e da etapa, o livro trata dos três mais proeminentes diplomatas brasileiros no que tange ao tema das fronteiras: Alexandre de Gusmão, Duarte da Ponte Ribeiro e o Barão do Rio Branco. A eles é dedicada a terceira e última parte do livro: “As negociações dos limites terrestres”. Nesta resenha, que está dividida em três partes, além desta introdução, serão tratados em linhas gerais os principais temas em debate no livro de Goes Filho. Sempre que viável, serão feitos comentários acerca das implicações dos temas tratados para a área de Relações Internacionais.
Em termos de organização, cada parte desse texto segue exatamente a denominação apresentada no referido livro. Parte I: a descoberta do continente O capítulo 1 do livro é dedicado às viagens de Cristóvão Colombo. São apresentados dados biográficos deste navegador, como aspectos de sua personalidade e origem, por exemplo, sua extrema religiosidade. Descrevem-se alguns pormenores de como surgiu a ideia de “chegar ao oriente navegando pelo ocidente”, crucial para a descoberta do continente americano. Dentre as causas de tal ideia, o autor explora dois possíveis argumentos: primeiro, a crença de Colombo na esfericidade da Terra; segundo, a possibilidade de que o navegador já tivesse viajado à América (anteriormente), tendo sido o único sobrevivente na embarcação que lá estivera. São tratados ainda aspectos do relacionamento de Colombo com a Coroa espanhola, que o abandonou em seus últimos dias de vida. Colombo faleceria em 1506, praticamente “esquecido pelos divulgadores das descobertas” (p. 59).
No capítulo 2, são tratadas as primeiras desavenças entre os reinos da Espanha e de Portugal pela posse das novas terras. Narram-se as negociações e origem do famoso Tratado de Tordesilhas, “a peça mais importante da nossa história diplomática” (p. 70). Na expressão de Capistrano de Abreu, “o primeiro ato relevante da diplomacia moderna, porque negociado entre Estados, e não, como era normal na Idade Média, decidido pelo Papa” (p. 70). O texto relata em detalhes as visões de ambos os reinos e suas implicações para a negociação do tratado. Ressalta-se a grande dificuldade em fazer medições exatas nessa época, motivo que, por um lado, fez com que esse tratado apresentasse grandes doses de amadorismo técnico e, por outro, motivou a evolução de disciplinas como a Geografia e a Cartografia. Em resumo, o texto aborda as inúmeras modificações na posição da linha de Tordesilhas e os desentendimentos envolvidos nessas negociações.
O capítulo 3 trata de um dos personagens mais controversos da época dos descobrimentos, Américo Vespúcio. De acordo com o livro, “Seu mérito […] está na segurança do julgamento, no conhecimento da geografia antiga que lhe fizeram ver e lhe permitiram afirmar em primeira mão que o mundo descoberto por Colombo era um mundo inteiramente distinto da Ásia. Esta visão genial o coloca acima de todos os navegadores de seu tempo” (p. 78). Vale ressaltar que Vespúcio viveu em Florença, na época em que a cidade era um dos grandes centros culturais do mundo, berço de nomes como Botticelli, Leonardo da Vinci, Michelangelo e Maquiavel. O capítulo também se concentra nas cartas de Vespúcio, que descreviam as novas descobertas, i.e., o Brasil. O livro trata da riqueza dessas cartas que se tornaram “best-sellers de seu tempo”. Outra questão colocada por Goes Filho diz respeito à autenticidade de tais cartas, sendo que a maioria dos acadêmicos considera hoje “serem hábeis falsificações históricas as cartas publicadas no século XVI, a Mundus Novus e a Lettera” (p. 84). Por fim, nesse capítulo também são narrados alguns relatos das chegadas dos espanhóis à costa norte da América, precisamente à Flórida.
O último capítulo da parte I aborda Pedro Álvares Cabral. O capítulo inicia com uma breve análise sobre o período de dominação árabe sobre a Península Ibérica, até a conquista de Ceuta pelos portugueses, em 1415, por D. João I, pai de D. Pedro I. Também trata de Pero Vaz de Caminha, o “escritor” a bordo do navio de Cabral: “Caminha, vereador no Porto, era um bom exemplo do burguês culto e atualizado de seu tempo” (p. 101). Nesse capítulo, fica claro um dos grandes esforços de Goes Filho: a riqueza descritiva, observada, por exemplo, pelo número e profundidade dos detalhes apresentados, não apenas em datas, como também como também dos atores históricos, de suas funções na chegada de Cabral ao Brasil e de historiadores antigos e contemporâneos que trataram do tema. Ou seja, um esforço narrativo-interpretativo bastante singular. Segundo o autor, se alguém pisara naquele território antes de 22 de abril de 1500, “o fato tem importância histórica muito diminuta perante o desembarque bem documentado de Cabral em Porto Seguro: aí nasce o Brasil”. A partir desse capítulo, o autor passa a se utilizar corriqueiramente de documentos históricos para enriquecer e robustecer o caráter historiográfico da obra.
Parte II: a ocupação do território brasileiro O capítulo 5 faz um longo estudo sobre as bandeiras e analisa como essa prática superou gradativamente os limites da linha de Tordesilhas. Entre os historiadores, há ras), mas costuma-se considerar “entradas” as expedições organizadas pelo governo e “bandeiras” as incursões de caráter puramente particular; apesar disso, o autor prefere adotar somente o termo bandeiras, haja vista que muitas vezes o caráter público e privado dessas expedições se confundia. Segundo Goes Filho, houve fortalecimento da prática das bandeiras no período na União Ibérica, de 1580 a 1640, pois basicamente os limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas estavam eliminados. Novamente, aqui o autor faz referência a um grande número de documentos, como cartas, mapas, livros e leis, datados do período que está descrevendo, para justificar seu texto.
Sobre a historiografia das bandeiras, vale a pena analisar o excerto:
Apesar de boa parte da expansão geográfica do Brasil ter-se feito em torno das bandeiras, esse movimento, o “único aspecto original de nossa história”, segundo Euclides da Cunha, produziu pouquíssima historiografia até a década de 1920. Duas razões principais explicam essa situação. Em primeiro lugar, os bandeirantes não documentavam suas viagens, nem escreviam memórias; […] Depois, por serem em geral obscuras jornadas de mamelucos, não podiam as bandeiras atrair a historiografia oficial do período colonial (p. 128).
Ou seja, em vista da falta de material de pesquisa historiográfica produzido pelos bandeirantes, foi a “literatura jesuítica antibandeirante que se constituiu em fonte básica para muitos historiadores” (p. 129). Em termos práticos, um dos elementos que essa literatura sugeriu foi a importância das bandeiras para o desenvolvimento/ enriquecimento da região de São Paulo. A prática das bandeiras também contribuiu para a ideia de fronteiras naturais (que seguem o curso de rios ou acidentes geográficos e montanhas) no delineamento do mapa brasileiro, tema que será tratado mais adiante. Em resumo, o bandeirismo teve duas funções: (1) espontânea, provocada por razões econômicas locais (caça ao índio e pesquisa de metais preciosos) e (2) política, a fim de reconhecer e ocupar territórios, alargando as fronteiras. A segunda é considerada por Goes Filho como a função “mais nobre” da prática.
O capítulo 6 aborda o delineamento das fronteiras em torno do Rio da Prata. Ainda que este rio tenha sido descoberto pelos portugueses, o domínio espanhol na região vigorou desde muito cedo, especialmente a partir da fundação de Buenos Aires em 1536. Um dos resultados das tentativas portuguesas de conquista de Buenos Aires foi a fundação da atual cidade uruguaia Colonia del Sacramento. “A armada de D. Manuel Lobo (português) partiu com cerca de quatrocentas pessoas, em cinco embarcações. Em janeiro de 1680, quase em frente a Buenos Aires, desembarcou na margem oposta e deu início às primeiras construções da Nova Colônia do Santíssimo Sacramento” (p. 163). Em 1750, com a assinatura do Tratado de Madri, Portugal trocaria essa fortificação pela região dos Sete Povos das Missões (no oeste do Rio Grande do Sul). Além disso, esse tratado “legalizou a posse das grandes áreas ocupadas, o Centro- Oeste e o Norte na atual divisão regional do Brasil” (p. 164). Ainda haverá divergências entre Espanha e Portugal nessa região, inclusive entre 1821 e 1828, na disputa pela chamada “Província Cisplatina”, que neste último ano se converteria no Uruguai.
O capítulo 7 antecipa a definição das fronteiras na Bacia Amazônica. Na realidade, “o rio Amazonas foi descoberto em 1499 ou 1500 por navegantes a serviço da Espanha” (p. 167) e, a partir daí, sobretudo com o advento das monções do Norte, a região passou a ser progressivamente explorada, com o consequente avanço das ocupações portuguesas para bem além da linha de Tordesilhas.
Além disso, “nas proximidades da grande reentrância amazônica, havia estabelecimentos holandeses, ingleses, franceses […]. Só por volta de 1645, conseguiu-se expulsar todos os estrangeiros das proximidades do delta marajoara” (p. 171). Na terceira parte do livro, serão abordadas com mais detalhes as negociações fronteiriças com todos os vizinhos hispânicos do Brasil. No capítulo final desta segunda parte, Goes Filho analisa as monções, ou movimentos para Oeste. Enquanto as bandeiras foram o fenômeno de entrada marcante dos anos 1600, as monções foram o fenômeno característico dos anos 1700. “Diferente das bandeiras, as monções eram exclusivamente fluviais; seguiam roteiros fixos, passando por pontos conhecidos, onde, com o tempo, formavam-se arraiais; e tinham um único objetivo: chegar às minas de ouro dos rios Cuiabá e Guaporé” (p. 177). Porém, há também pontos de convergência entre as práticas: “são basicamente movimentos de expansão territorial: as bandeiras levaram ao conhecimento da terra em várias regiões do Brasil; as monções, garantiam o povoamento do centro do continente” (p. 178). O grande motivo que incentivou as monções − “que interessa mais do ponto de vista da formação das fronteiras − foi a descoberta de ouro no rio Guaporé, a cerca de 600 quilômetros a oeste de Cuiabá […] em 1734”.
Em 1742, estabeleceu-se a ligação fluvial com Belém, pelos rios Guaporé, Madeira e Amazonas, e, quatro anos depois, criou-se a capitania de Mato Grosso, com a determinação de se fundar um povoado à margem do Guaporé, por razões que hoje chamaríamos geopolíticas” (p. 183). A partir dos anos 1800, as monções começam a ser substituídas pelo ciclo do muar: “as viagens pelo Tietê, o Paraná e o Camapuã foram substituídas por outras que não são menos penosas, mas deixam maiores lucros. Parte-se de São Paulo com mulas carregadas; passa-se por Goiás, chegando-se a Mato Grosso, onde as mercadorias transportadas são vendidas” (p. 183). As monções do Norte e do Centro-Oeste acabam em simultâneo na 2ª metade do século XIX.
Parte III: As negociações dos limites terrestres O capítulo 9, intitulado “O mapa da colônia”, é um dos mais longos do livro. Em uma evolução cronológica, aborda-se o Tratado de Madri e suas negociações, para as quais o diplomata Alexandre de Gusmão foi o grande nome. Em seguida, é feita uma extensa biografia do diplomata, que é seguida pela didática apresentação dos interesses de Portugal e da Espanha no referido tratado.
Após isso, são apresentados os princípios gerais do Tratado de Madri, para, depois, ser apresentado o tratado que o substituiu, i.e., o Tratado de Santo Ildefonso, de 1777. Para as Relações Internacionais, talvez o aspecto mais importante do capítulo seja a cuidadosa descrição do método de trabalho e das características de Gusmão, que se cristalizaram na base da diplomacia brasileira, marcando até hoje as suas características: “Alexandre de Gusmão – o avô dos diplomatas brasileiros” (Araújo Jorge, 1916, Embaixador Brasileiro) […] não só desenhou o mapa do Brasil, na expressão de Synesio, como também consagrou, num mundo onde prevalecia a força, os valores da pesquisa, da diplomacia e do direito, que viriam marcar o início do pensamento diplomático brasileiro” (p. 8). Dentre os princípios do Tratado de Madri, observam- se dois mais relevantes: “as colunas estruturais do acordo seriam os princípios do uti possidetis (‘cada parte há de ficar com o que atualmente possui’) e das fronteiras naturais (‘os limites dos dois Domínios […] são a origem e o curso dos rios, e os montes mais notáveis’)” (p. 226). Gusmão é tratado ao longo de todo o capítulo como o principal articulador e negociador do Tratado de Madri. Sobre a evolução do Tratado de Madri, aborda-se o principal motivo da assinatura do Tratado de Santo Ildefonso: acabar de vez com as disputas entre Portugal e Espanha pelo controle dos Sete Povos das Missões, no sul do Brasil.
O capítulo 10 é denominado “As fronteiras do império” e se propõe a tratar as negociações de fronteiras após o Tratado de Santo Ildefonso. O autor descreve os vários conflitos existentes entre os países hispânicos sul- -americanos sobre a demarcação de suas fronteiras, a que ele chama “incertezas intra-hispânicas”, que podem ser ilustradas pelo excerto: “entre 1811 e 1824, o recém-instaurado Império do Brasil teve dificuldade em identificar qual era, em cada trecho da imensa fronteira amazônica, o seu vizinho” (p. 242). É aí que entra em jogo outro grande nome da diplomacia brasileira: Duarte da Ponte Ribeiro, diplomata português naturalizado brasileiro, profundo conhecedor e estudioso dos limites brasileiros. Para Goes Filho, esse diplomata era “um estudioso das questões de limites, um hábil negociador, talvez o diplomata que mais contribuiu para a formulação e execução da bem-sucedida política de fronteiras do Império” (p. 249), especialmente por “aconselhar o uso do uti possidetis para resolver questões de fronteira com nossos vizinhos” (p. 251). São apresentadas, então, as justificativas jurídicas para as negociações de fronteiras, segundo as quais se justifica por que o Brasil não apresentou tantos problemas nessas negociações (pois usou o uti possidetis de facto) quanto seus vizinhos hispânicos (que usaram o uti possidetis juris), nas negociações entre eles.
(1) uti possidetis juris (de derecho) – significaria comparar os documentos possuídos sobre certa região, por cada um dos Estados em que foram transformadas as antigas unidades administrativas dos Vice-Reinados […] deriva dos documentos territoriais que cada nação pudesse produzir, quando de sua independência (p. 247) – Princípio aplicado pelos países da América do Sul hispânica na negociação de fronteiras entre eles; (2) uti possidetis de facto (ou de hecho) – Baseado na ideia de que “cada parte há de ficar com o que atualmente possui”; “o princípio adapta-se como uma luva aos interesses da nação mais expansionista; é a resposta diplomática dinâmica a uma política territorial também dinâmica (p. 248) – Princípio aplicado pelo Brasil na negociação de fronteiras com seus vizinhos.
Segundo Goes Filho, “na América do Sul o Brasil é hoje o único país que não tem problema de limites. Seria o princípio mais prático do que o do uti possidetis juris, utilizado pelos nossos vizinhos; teria sido a diplomacia brasileira mais habilidosa; ou estaria o país em mais forte posição negociadora? É possível justificar resposta positiva a cada indagação; provavelmente houve concorrência dos três fatos” (p. 248). Ainda neste capítulo, são descritas em detalhes as negociações fronteiriças com Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Argentina, Uruguai (que passou por uma guerra civil interna) e Paraguai (inclusive abordando a Guerra do Paraguai e suas consequências para os envolvidos).
O capítulo 11 encerra o livro, tratando da importância do “Barão da República”, ou Barão do Rio Branco, sobretudo para a resolução de várias questões pendentes no que tange às fronteiras brasileiras. Dentre elas: a “Questão de Palmas” (1895), sobre a demarcação da fronteira com a Argentina. Arbitrada por um norte-americano, a decisão foi favorável ao Brasil. Em seguida, aborda a “Questão do Amapá” (1900), em que houve impasses com a França dada a incerteza quanto à borda Brasil-Guiana Francesa. Aborda ainda a “Questão do Pirara” (1904), com a Guiana Inglesa.
Dois outros tratados são discutidos nessa parte final do livro: o tratado de 1904 com o Equador, e o de 1907 com a Colômbia. A negociação dessas fronteiras não foi problemática, especialmente se comparadas às outras fronteiras do Brasil. Também se aborda o Tratado de 1909 com o Peru: “na República, nosso maior problema de limites na Amazônia, pela extensão do território envolvido, foi com o Peru, e não com a Bolívia, como se poderia pensar pela gravidade que chegou a assumir a questão acreana” (p. 341). Além disso, o capítulo aborda o Tratado de 1909 com o Uruguai. Através dele, o Brasil cede ao vizinho os domínios sobre a lagoa Mirim e o rio Jaguarão, o que muitos consideraram um gesto generoso de Rio Branco, mas ele também levou em consideração um racional geopolítico, uma vez que a Argentina também tinha interesse na região, i.e., “queria domínio total da boca do Prata” (p. 346).
Por fim, há uma ênfase no “Método de Rio Branco para negociação”: “as defesas arbitrais e as exposições de motivos em que justifica os acordos de limites assinados são bem pensadas e bem escritas: não há palavras inabituais nem jargão técnico. Historiam a questão, tornam inteligíveis as negociações, explicam o texto acordado.
Os livros brasileiros que tratam de questões de fronteira o que fazem é repetir, resumir ou glosar o que o Barão redigiu” (p. 347). O livro de Goes Filho é, portanto, um excelente ilustrativo da importância do corpo de diplomatas brasileiros para a defesa dos interesses e, no caso específico, definição das fronteiras da nação. É imprescindível a qualquer historiador do Brasil, diplomata, estudante ou pesquisador de Relações Internacionais.
Marcos Vinícius Isaias Mendes – Doutorando em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília. Instituto de Relações Internacionais (IRel-UnB). Campus Universitário Darcy Ribeiro, Asa Norte, 70904-970, Brasília, DF, Brasil. Este trabalho foi produzido com o auxílio de bolsa de doutorado fornecida pela CAPES. E-mail: mvinicius.imendes@gmail.com.
Rumos da História. Vitória, v.1, n.9, nov. 2018 / mai. 2019.
Leonardo Bis Santos
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Cadernos do Tempo Presente. São Cristóvão, v.9 n.1, 2018.
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- A pesquisa em história da educação: uma revisão de literatura
- Osnar da Costa, Leonardo Salviano
Publicado: 2018-11-28
Resgate – Revista Interdisciplinar de Cultura. Campinas, v.26, n.2, jul./dez. [36], 2018.
Dossiê Fotografia, Arte e História na atualidade: relações praticadas
Organização: Profa. Dra. Sylvia Helena Furegatti e Profa. Dra. Iara Lis Franco Schiavinatto (Instituto de Artes – Unicamp).
APRESENTAÇÃO
- Fotografia, arte e história na atualidade: relações praticadas
- Sylvia Furegatti, Iara Schiavinatto
DOSSIÊ
- Imagens mágicas
- Ana Angélica Teixeira Ferreira da Costa
- A imagem como experiência: Cabe a Alma
- Maria Ivone dos Santos
- Landschaft = Labor. Reflexões em torno do Projeto Bonneville (2005- )
- Rosana Horio Monteiro
- ARTIGOS E ENSAIOS
- Considerações sobre a fotografia Fine Art
- Filipe Mattos de Salles
- Tempo e fotografia: sensibilidades entrecruzadas na cidade de Ouro Preto
- Nara Rúbia de Carvalho Cunha, Alexandre Augusto de Oliveira
- Que seja moderna enquanto dure: a apropriação da fotografia amadora brasileira
- Lucas Mendes Menezes
- Construindo imaginários e memórias por meio da pintura La Revista de Santos de Juan Manuel Blanes
- Cyanna Missaglia de Fochesatto
RELATO DE EXPERIÊNCIA
ENTREVISTA
- Entrevista com Rosana Paulino
- Noel dos Santos Carvalho, Luana Saturnino Tvardovskas, Sylvia Helena Furegatti
- ENSAIO VISUAL
- Tambores de Luz – Estação
- Dirceu da Costa Maués
- PARECERISTAS
- Relação de pareceristas ad hoc (2018)
PUBLICADO: 2018-10-16
Passagens – Revista Internacional de História Política e Cultura Jurídica. Niterói, v.10, n.3, set./dez., 2018.
Editorial
- Editorial – Vol. 10, n.3, set./dez., 2018)
- Gizlene Neder, Gisálio Cerqueira Filho
Artigos
- Dilemas e agruras na passagem à modernidade: rede de sociabilidade, cultura religiosa e política (Barão do Rio Branco, Oliveira Lima e Gilberto Freyre)
- Márcia Barros Ferreira Rodrigues
- Imprensa feminina e sexualidade: 1946-1973
- Anna Marina Barbará Pinheiro
- Fé e constitucionalismo moderno na independência do Brasil
- Gabriel Lima Marques
- Oitenta anos de Divinis redemptoris: a consolidação do anticomunismo católico.
- Haneron Victor Marcos
- A messianização do líder: Propaganda de massas nos regimes comunistas e fascistas
- Eduardo Vega
- PDF (Español (España))
- O Instituto do Ceará e a intelectualidade cearense: Identidade regional, sociabilidade e escrita da história da abolição na província
- Camila de Sousa Freire, Ana Paula Barcelos Ribeiro da Silva
- O eco escravista: Processo histórico de formação da seletividade penal
- Eugeniusz Costa Lopes da Cruz
- Poder e Direito de Família no Pensamento Luso-brasileiro: Iluminismo e a circulação de ideias e da cultura jurídica
- Gizlene Neder
- PDF (English)
Resenha
- LITURATERRA [Resenha: 2018, 4] O Jardim Secreto
- Gisálio Cerqueira Filho
Colaboradores deste Número
- Colaboradores deste número
- Gizlene Neder
Publicado: 2018-10-15
Vestígios. Belo Horizonte, v. 12 n. 1 (2018)
ARTIGOS
- A paisagem de São Salvador do Congo e o discurso colonial português frente a Conferência de Berlim (1884-1885)
- Bruno Pastre Maximo
- Reflexiones críticas sobre los abordajes teórico-metodológicos en la Arqueología de Buques de Guerra y Campos de Batalla Acuáticos
- Ricardo Borrero Lodoño
- Lepra, políticas sanitárias e controle social: isolamento e cotidiano na Lazarópolis Santo Antônio do Prata, Pará
- Rhuan Carlos dos Santos Lopes
- Infancia, género e historias de vida: una niña Selk’nam en la Misión Nuestra Señora de la Candelaria (Tierra del Fuego, Argentina, Siglos XIX-XX)
- Romina Carla Rigone
- Buscando simetrias no fim do mundo: pessoas, mamíferos marinhos e objetos na Antártica do século XIX
- Raquel Caldas Nolasco
- Diálogos con los muertos. Ideología y cementerio
- Randall H. McGuire
PUBLICADO: 2018-10-15
Vestígios. Belo Horizonte, v.12 n.1, 2018.
ARTIGOS
- A paisagem de São Salvador do Congo e o discurso colonial português frente a Conferência de Berlim (1884-1885)
- Bruno Pastre Maximo
- Reflexiones críticas sobre los abordajes teórico-metodológicos en la Arqueología de Buques de Guerra y Campos de Batalla Acuáticos
- Ricardo Borrero Lodoño
- Lepra, políticas sanitárias e controle social: isolamento e cotidiano na Lazarópolis Santo Antônio do Prata, Pará
- Rhuan Carlos dos Santos Lopes
- Infancia, género e historias de vida: una niña Selk’nam en la Misión Nuestra Señora de la Candelaria (Tierra del Fuego, Argentina, Siglos XIX-XX)
- Romina Carla Rigone
- Buscando simetrias no fim do mundo: pessoas, mamíferos marinhos e objetos na Antártica do século XIX
- Raquel Caldas Nolasco
- Diálogos con los muertos. Ideología y cementerio
- Randall H. McGuire
PUBLICADO: 2018-10-15
Boletim Historiar. São Cristóvão, v.5, n.03, 2018.
Artigos
- Representações sobre o ensino de História na Revista do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro
- Dércio Cardoso Reis
- BNCC, transversalidade, meio ambiente e ensino de história: elementos para um diálogo entre história e a pedagogia
- Mônica Andrade Modesto
- Cinema, história e ensino: reflexões para a prática
- Priscila Dantas Fernandes
- Condenado: O filme O pagador de promessas e sua repercussão no Jornal O Semeador em 1962
- Maria Viviane Melo Silva
- História Comparada: por que usar e como usar
- Raquel Anne Lima Assis
Resenhas
- Kolbassá, Sovok: uma rapsódia para o fim do império soviético
- Marcelo Figueiredo Silva
- Brasil Os Frutos da Guerra: a política Estadonovista de oportunismo econômico
- Marcelo Moreira Araujo
Publicado: 2018-10-10
Manduarisawa. Manaus, v.2, n.2, 2018.
Revoluções e revoltas no século XX
DOSSIÊ TEMÁTICO “HISTÓRIAS DAS VIOLÊNCIAS DE GÊNERO CONTRA AS MULHERES”
- Apresentação – Dossiê “Revoluções e Revoltas no século XX”
- Kátia Cilene Couto
- ALIANCISTAS E INTEGRALISTAS: DISPUTAS POLÍTICAS E IDEOLÓGICAS NO AMAZONAS
- Davi Monteiro Abreu
- INSTITUIÇÕES DE ENSINO COM INSPIRAÇÃO ANARQUISTA NO INÍCIO DO SÉCULO XX
- Patricia Cristina dos Santos
ARTIGO LIVRE
- AS AMBIGUIDADES DO ESPAÇO HABITADO: MANAUS NO OITOCENTOS 1845-1900
- Bruno Miranda Braga
- NA RUA É MEU TRABALHO: ANÁLISE DOS CONFLITOS ENTRE OS CAMELÔS E O PODER PÚBLICO MUNICIPAL DE MANAUS NA DÉCADA DE 1970
- Rubens Rodrigues da Silva
- DITADURA MILITAR E AMAZÔNIA: REPRESENTAÇÕES, IMAGINÁRIOS E LEGITIMAÇÃO POLÍTICA
- Camila Barbosa Monção Miranda
- O MUSSEQUE DE LUUANDA E O CORTIÇO DE ALUÍSIO AZEVEDO
- Alexandre Santos
- OS ÍNDIOS PRINCIPAIS NA SUBLEVAÇÃO DA CAPITANIA DO CAETÉ (1741 – 1745).
- LEONARDO AUGUSTO RAMOS SILVA
- RESGATE ARQUEOLÓGICO UHE BALBINA: DE QUEM É O PASSIVO?
- daniel lopes comapa cavalcante
- CRÍTICA E HISTORICIDADE ACERCA DO PÓS-LIBERTAÇÃO COLONIAL NO ROMANCE TERRA SONÂMBULA DE MIA COUTO (MOÇAMBIQUE, 1975-1992)
- Marcos Vinicius Ribeiro Alvarenga
PESQUISA EM EXPERIÊNCIA EM DOCÊNCIA
- PIBID: ENSINO, APRENDIZAGEM E FORMAÇÃO PELA EXPERIÊNCIA
- Thalia Abreu de Carvalho
- Religião e IntolerânciaUma experiência pibidiana
- Oscar Menezes Rodrigues
Publicado: 2018-10-03
Manduarisawa. Manaus, v.2, n.2, 2018.
Revoluções e revoltas no século XX
DOSSIÊ TEMÁTICO
- Apresentação – Dossiê “Revoluções e Revoltas no século XX”
- Kátia Cilene Couto
- ALIANCISTAS E INTEGRALISTAS: DISPUTAS POLÍTICAS E IDEOLÓGICAS NO AMAZONAS
- Davi Monteiro Abreu….
- INSTITUIÇÕES DE ENSINO COM INSPIRAÇÃO ANARQUISTA NO INÍCIO DO SÉCULO XX
- Patricia Cristina dos Santos….
ARTIGO LIVRE
- AS AMBIGUIDADES DO ESPAÇO HABITADO: MANAUS NO OITOCENTOS 1845-1900
- Bruno Miranda Braga….
- NA RUA É MEU TRABALHO: ANÁLISE DOS CONFLITOS ENTRE OS CAMELÔS E O PODER PÚBLICO MUNICIPAL DE MANAUS NA DÉCADA DE 1970
- Rubens Rodrigues da Silva….
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- Camila Barbosa Monção Miranda….
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- LEONARDO AUGUSTO RAMOS SILVA…..
- RESGATE ARQUEOLÓGICO UHE BALBINA: DE QUEM É O PASSIVO?
- daniel lopes comapa cavalcante……
- CRÍTICA E HISTORICIDADE ACERCA DO PÓS-LIBERTAÇÃO COLONIAL NO ROMANCE TERRA SONÂMBULA DE MIA COUTO (MOÇAMBIQUE, 1975-1992)
- Marcos Vinicius Ribeiro Alvarenga……
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- PIBID: ENSINO, APRENDIZAGEM E FORMAÇÃO PELA EXPERIÊNCIA
- Thalia Abreu de Carvalho……
- Religião e IntolerânciaUma experiência pibidiana
- Oscar Menezes Rodrigues……
Publicado: 2018-10-03
Governança dos Arquivos: desafios para a Gestão e para a Memória / Revista do Arquivo / 2018
Governança Arquivística: um território a ser explorado
A teoria e a prática arquivísticas ganharam novas dinâmicas nas últimas três décadas. Esse processo, diverso na sua intensidade e complexidade, é mais evidente em algumas realidades sociais do que em outras. Porém, perpassa várias “tradições arquivísticas” com impactos na gestão de instituições e serviços arquivísticos, na produção científica em Arquivologia e na formação e perfil do arquivista.
Esses redesenhos na Arquivologia ocorrem sob forte influência das tecnologias da informação, da emergência de novos modelos organizacionais, dos princípios do governo aberto e das crescentes demandas sociais pelo direito à informação, à memória e à privacidade.
Diversas interpretações apontam para uma ideia de Arquivologia como ciência ou disciplina científica calcada em princípios e técnicas voltados à produção, avaliação, aquisição, classificação, descrição, preservação e difusão dos arquivos. Cada uma dessas funções abordadas por Couture e Rousseau (1998) requer várias ações por parte do arquivista. Subjacente a todas elas, podemos reconhecer um ato incontornável à sua viabilidade: a gestão.
A gestão é um processo inerente ao fazer arquivístico. A gestão arquivística pode ser visualizada como o conjunto de aspectos teórico-operacionais mobilizados pelo arquivista e outros profissionais que atuam em um serviço ou uma instituição arquivística com vistas à eficiência e eficácia dessas organizações. Pressupõe um diálogo frequente com uma Ciência que é fundamental para a Arquivologia: a Administração.
O planejamento, execução e avaliação das diversas funções arquivísticas requer, em variados graus, métodos e técnicas da Ciência da Administração. Apesar de a Administração perpassar aspectos macro e microarquivísticos, a Arquivologia parece atualmente dialogar menos com essa área do que com outras que também lhe são próximas. Talvez a dimensão gerencial tão visceralmente presente na prática arquivística tenha, por isso mesmo, se tornado um pouco “naturalizada” na cultura profissional de grande parte dos arquivistas.
A literatura de Arquivologia, dentro e fora do Brasil, apresenta várias lacunas quando o tema é a gestão arquivística. A área carece, de modo geral, de um conjunto de noções consistentes e sistematizadas que sustentem – amparadas em métodos e técnicas da Administração – as práticas da gestão arquivística.
Reside aí uma certa contradição já que o arquivista é inevitavelmente um gestor de um determinado tipo de recurso vital às organizações: as informações registradas nos documentos que derivam das suas ações. A gestão desses recursos arquivísticos transcende a uma concepção redutora de organização dos arquivos, seja qual for o seu momento no ciclo documental. Gerenciar serviços e instituições arquivísticos é também administrar pessoas, tecnologias da informação, infraestrutura física, legislação, orçamento, ademais de requerer um grande conhecimento do contexto contemporâneo das organizações e suas alterações ao longo do tempo.
Gerenciar implica gestos de poder. A gestão arquivística, o “governo dos arquivos”, insere-se no exercício da autoridade do serviço ou da instituição arquivística para o cumprimento da sua missão. A autoridade arquivística legal, se não legitimada por uma adequada gestão arquivística, tende a ser fragilizada.
Em termos de administração pública, serviço e instituição arquivísticos podem ser visualizadas mediante o que apresentam de comum assim como as suas singularidades.
“consideram-se instituições arquivísticas públicas aquelas organizações cuja atividade-fim é a gestão, recolhimento, preservação e acesso de documentos produzidos por uma dada esfera governamental … diferenciam-se dos serviços arquivísticos governamentais… que se referem às unidades administrativas incumbidas de funções arquivísticas nos diversos órgãos da administração pública, no âmbito dos quais se configuram como atividades-meio …” Jardim (2012, p.403),
A noção de Governança é historicamente recente. Data do início dos anos de 1990, impulsionada pelo Banco Mundial, sob a perspectiva de novas formas de exercício da capacidade dos governos para produzir, implementar e avaliar políticas públicas. Nas três últimas décadas ganhou mais contornos teóricos, sendo aplicada em diversos cenários organizacionais, tanto da administração pública quanto no setor privado. Como tal, é frequente encontramos termos como Governança Corporativa, Governança de Tecnologia da Informação, Governança informacional, Governança ambiental, Governança Fiscal e Tributária etc.
Conforme Gonçalves (2006, p.14), Governança “diz respeito aos meios e processos que são utilizados para produzir resultados eficazes” e tem um amplo espectro:
Pode englobar dimensões presentes na governabilidade, mas vai além. Veja-se, por exemplo, a definição de Melo (apud Santos, 1997, p. 341): “refere-se ao modus operandi das políticas governamentais – que inclui, dentre outras, questões ligadas ao formato político-institucional do processo decisório, à definição do mix apropriado de financiamento de políticas e ao alcance geral dos programas”. Como bem salienta Santos (1997, p. 341) “o conceito (de governança) não se restringe, contudo, aos aspectos gerenciais e administrativos do Estado, tampouco ao funcionamento eficaz do aparelho de Estado” (Gonçalves, 2006, p.3).
Além dos avanços no setor privado, a Governança ganha cada vez mais espaço em várias instâncias do setor público. Uma das instituições públicas com grande comprometimento com o tema é o Tribunal de Contas da União (TCU). Ao fundamentar o seu “Referencial Básico de Governança”, o TCU distingue e correlaciona duas categorias intrinsecamente relacionadas: Gestão e Governança.
Enquanto a gestão é inerente e integrada aos processos organizacionais, sendo responsável pelo planejamento, execução, controle, ação, enfim, pelo manejo dos recursos e poderes colocados à disposição de órgãos e entidades para a consecução de seus objetivos, a governança provê direcionamento, monitora, supervisiona e avalia a atuação da gestão, com vistas ao atendimento das necessidades e expectativas dos cidadãos e demais partes interessadas. (2014, p.32)
Apesar de ganhar mais densidade teórica e muitos relatos de “boas práticas” que sustentam sua pertinência teórica, Governança é uma categoria analítica e um conjunto de métodos a ser mais aprofundado em diversas áreas de conhecimento. Porém, essas limitações não impedem a busca por modelos de governança aplicáveis a instituições e serviços arquivísticos.
Da mesma forma que Gestão Arquivística, Governança Arquivística não é um tema contemplado frequentemente na literatura da área. No entanto, vem sendo objeto de interesse recente. Predominam as abordagens sobre a gestão de documentos como instrumento de apoio à governança. Não são, porém, muito evidentes os estudos sobre a governança como referência teórica e operacional para a gestão arquivística.
As possibilidades de construção de modelos de Governança Arquivística requerem pesquisas e maior conhecimento de “boas práticas” nos diversos lócus do fazer arquivístico.
No cenário macroarquivístico, especialmente das políticas públicas, a noção de Governança pode favorecer novos modos de concepção e implementação por parte das instituições arquivísticas e outros atores.
Os atuais cenários arquivísticos e organizacionais são muitos distintos, por exemplo, daqueles formulados nos anos de 1970. Naquele período, a UNESCO patrocinou o modelo de Sistemas Nacionais de Arquivos que foi experimentado em diversas realidades sem alcançar, de maneira geral, o sucesso pretendido. Não por acaso, após os anos de 1980, a ênfase se deslocou, inclusive nos textos da UNESCO, da ideia de sistemas nacionais de informação para a noção de políticas públicas de informação. Políticas arquivísticas e seus recursos de instrumentalização como os sistemas e redes merecem ser (re)discutidos à luz dos desafios arquivísticos atuais. A perspectivas sugeridas pela noção de Governança podem favorecer essas discussões e promover inovações nos balizamentos teóricos e desdobramentos operacionais de políticas e sistemas / redes arquivísticos.
A noção de Governança Arquivística, no contexto das instituições arquivísticas, envolve um conjunto de diálogos, processos e produtos relacionados a vários atores e agências no Estado e da sociedade. Inclui não apenas aqueles segmentos diretamente relacionados a dimensões especificamente arquivísticas, mas também os atores, cujas ações perpassam, direta ou indiretamente, as políticas e práticas dos serviços e instituições arquivísticos. É o caso, entre outros, de políticas e ações relacionadas a Governo Aberto, Dados Abertos, Proteção de Dados Pessoais, Programas de Digitalização das Administrações Públicas, Patrimônio Cultural, Ciência e Tecnologia, Acesso à Informação Governamental, Controle Social, Educação, Bibliotecas, Museus etc. A interação entre esses atores e suas interfaces com políticas arquivísticas não se plasmam exclusivamente no marco da burocracia hierárquica tradicional ou nos limites da autoridade arquivística legalmente conferida às instituições arquivísticas. Tampouco poderiam ter lugar sob a lógica dos lineares desenhos sistêmicos tão frequentes nas concepções de sistemas nacional e estaduais de arquivos.
A Governança Arquivística sugere a formulação de estratégias e o desenvolvimento de um um conjunto de acões em rede e de forma colaborativa. Ultrapassa, portanto, o tradicional “governo do arquivos”. Não substitui a Gestão Arquivística. Ao contrário, reforça o seu papel e sugere inovações que podem torná-la mais consistente. Um modelo de Governança Arquivística não se sustenta sem as “boas práticas” inerentes à Gestão Arquivística.
A construção de modelos de Governança Arquivística requer um maior conhecimento e debate sobre o tema por parte dos arquivistas em geral, além de análises aprofundadas de experiências nacionais e internacionais de gestão de serviços e instituições arquivísticas.
Gestão e Governança Arquivística merecem ser contempladas nas agendas de pesquisa e inovação em Arquivologia, devidamente enfatizadas na formação de graduação e pós-graduação de arquivistas e outros profissionais que atuam na área.
Referências
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Referencial básico de governança aplicável a órgãos e entidades da administração pública. Brasília: TCU, Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão, 2014.
GONÇALVES, Arlindo. O conceito de governança. Disponível em; . Acesso em: 12.08.2017
JARDIM, José Maria. Em torno de uma política nacional de arquivos: os arquivos estaduais brasileiros na ordem democrática (1988-2011). In: MARIZ, Anna Carla Almeida; JARDIM, José Maria; SILVA, Sérgio Conde de Albite (org.). Novas dimensões da pesquisa e do ensino da arquivologia no Brasil. Rio de Janeiro: Móbile; Associação dos Arquivistas do Estado do Rio de Janeiro, 2012.
ROUSSEAU, Jean-Yves; COUTURE, Carol. Fundamentos da disciplina arquivística. Lisboa: Dom Quixote, 1998
José Maria Jardim – Doutor em Ciência da Informação. Professor Titular do Departamento de Arquivologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).
JARDIM, José Maria. Apresentação. Revista do Arquivo, São Paulo, Ano IV, n.7, outubro, 2018. Acessar publicação original [DR]
Habilidades para la vida: Aprender a ser y aprender a convivir en la escuela – GIRÁLDEZ HAYES; PRINCE (I-DCSGH)
GIRÁLDEZ HAYES, A.; PRINCE, E.-S. Habilidades para la vida: Aprender a ser y aprender a convivir en la escuela. Madrid: SM, 2017 (Biblioteca Innovación Educativa) Resenha de: ÂNGULO, Araceli. Íber – Didáctica de las Ciencias Sociales, Geografía e Historia, n.93, p.82, oct., 2018.
Ambas autoras son docentes y se mueven en el mundo de la consultoría y del coaching en el ámbito internacional. La razón fundamental que les ha movido a escribir este libro tan práctico es que consideraban que no existía nada publicado, ni en inglés ni en castellano, ningún libro referido específicamente al desarrollo de habilidades para la vida en educación.
Son conscientes de que el primer paso para enseñar habilidades para la vida es haberlas aprendido e incorporado en el día a día. Han hecho un gran esfuerzo por seleccionar, definir, categorizar y analizar las habilidades que ellas consideran más importantes. Estas son la autoconciencia y el autoconocimiento, como habilidades básicas que dan soporte a todas las demás; la adaptabilidad, la resiliencia, la integridad y el optimismo, como habilidades intrapersonales; la empatía y la escucha activa, que se encuentran entre las habilidades interpersonales; y, por último, las habilidades relacionadas con el pensa-miento, la organización y/o la acción, que son el pensamiento crítico y creativo, así como la proactividad.
En la introducción explican las razones para escribirlo y una pequeña definición de cada habilidad. Posteriormente, van desarrollando las nueve seleccionadas. Salvo el ca-pítulo 2, dedicado al autoconocimiento y la autoconciencia, la organización del resto es muy similar: una definición de la habilidad, ahondando en sus claves y las razones para trabajarla en el mundo educativo, desde infantil hasta la universidad, para terminar con ejercicios y herramientas para la práctica y la reflexión. El último capítulo es una invitación a la autoevaluación.
Como señala Miguel Ángel Santos Guerra en el prólogo, es un libro para leer y hacer, para pensar y sentir, para comprender y compartir, para hablar y escuchar. Podría ser de gran utilidad para educadores y educadoras, tanto en el ámbito familiar como escolar, es decir, para todas aquellas personas a quienes les preocupe el desarrollo emocional de las criaturas que tienen a su cargo.
[IF]Escape Book 2: La amenaza invisible – TAPIA; LINDE (I-DCSGH)
TAPIA, I.; LINDE, M. Escape Book 2: La amenaza invisible. Barcelona: Lunwerg, 2017. Resenha de: LÓPEZ GARCÍA, Camino. Íber – Didáctica de las Ciencias Sociales, Geografía e Historia, n.93, p.81-82, oct., 2018.
Estamos respirando vientos de renovación y creatividad en educación, muchas veces en forma de TIC y en otros casos bajo el nombre de «nuevas metodologías» o «estrategias educativas». Esta reseña versa acerca de uno de esos nuevos métodos que provienen del mundo comercial, pero que están encontrando un hueco en los centros educativos. Estamos hablando de los escapes room. Sin embargo, este escape no es uno cualquiera: dentro de su novedad es uno de los más originales.
Una de las «modas» actuales es el escape room o escape classroom, juegos físicos de habilidad mental en los que se encierra a un grupo de personas en una habitación de la cual deben escapar en un tiempo determinado, normalmente sesenta minutos. Cada vez son más los docentes que quieren aventurarse a crear una intervención en el aula de este tipo para motivar a sus estudiantes. De este modo, pueden demostrarles que saber los contenidos de su asignatura les servirá para resolver una acción práctica. No obstante, existen algunos obstáculos para crear un escape room en clase, como son la disponibilidad del espacio adecuado o la consecución de los atrezos físicos y el tiempo necesarios no solo para idearlo, sino para montarlo y resolverlo.
El libro Escape Book 2 ofrece una experiencia ambientada en los escapes room en la que se puede prescindir del espacio y las limitaciones del tiempo, sin menoscabo para disfrutarlo tanto en grupo como en solitario. Se trata de una original propuesta de Iván Tapia, diseñador de enigmas y fundador de la empresa Cocolisto, que, además, ha trasladado esta temática al teatro en forma de escape show.
Esta propuesta es una fuente de creatividad inmensa para el profesorado que quiera empezar a integrar en su aula metodologías activas tan novedosas como la gamificación o la técnica del BreakOut.
Nada más abrir el libro, nos encontramos con un mapa en el cual hay un acertijo, pero… ¿es este el primer reto? No precisamente. La obra tiene una dinámica propia que rompe con el orden de lectura tradicional marcando un ritmo de misterio que no se ve limitado con el típico final de libro. Pocos son los capítulos de este que se leen en orden, y dicho orden solo se puede descubrir al superar los retos que se van planteando desde el principio.
Escape Book 2: La amenaza invisible está ambientado en un espacio-tiempo donde el dueño de los personajes principales es un lector activo que nunca sabe qué capítulo del libro será el próximo que debe leer. Se trata de una lección práctica de cómo idear una dinámica de escape room: desde el ritmo, los enigmas, la narrativa, el misterio hasta llegar a imaginar la ambientación que esta historia tendría en un contexto real, en un escape room en nuestra aula.
Sin duda, es una forma diferente de consumir literatura: el libro y sus personajes se mantienen vivos, y el actor principal no es el protagonista del relato, sino el lector. En esta lectura nunca se podrá saber el final leyendo la última página del libro: solo el lector, a través de su tesón, podrá llegar a conocer el final de la historia, una vez haya resuelto todos los enigmas.
Cuenta con una serie de pistas para ajustar la dificultad de las pruebas hacia el final de la obra, así como un listado de soluciones para aquellos que se sientan atascados en un reto. Si bien el desafío principal está en la portada, desvelado a través de este mensaje: «¿Conseguirás escapar de este libro?». Es un riesgo que habrá que asumir, ya que la trama mantiene al lector constantemente intrigado.
Camino López García – E-mail: caminologa@gmail.com
[IF]Working the System. A Political Etnography of the New Angola | Jon Schubert
A relação das pessoas comuns, seja um feirante usando transporte público, seja um professor universitário do alto de seu gabinete, com a estrutura de um Estado autoritário – esse é o tema do recente estudo de Jon Schubert “Working the System. A political etnography of the New Angola” sobre a Angola do pós-guerra civil. Procurando mapear a partir de uma pluralidade de sujeitos de diferentes estratos sociais da sociedade luandense a relação com o Estado, corporificado materialmente e simbolicamente no que os informantes chamam de “o sistema”, Schubert procurou tocar em várias questões sensíveis da história recente de Angola para ir além de análises mais generalizantes que se detém aos grandes movimentos da política e da economia da reconstrução do país: a estabilização autoritária da política interna, o crescimento econômico vertiginoso do país por causa do petróleo, a concentração de poder nas mãos do maior partido político, o lado vitorioso da guerra civil, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).
Seus questionamentos são em torno de como esse “sistema” funciona no cotidiano das relações sociais, retomando reflexões gramscinianas de como pessoas que estariam excluídas da participação do processo decisório – que estariam às margens do sistema – acionam essa estrutura política de forma criativa e até subversiva, negociando espaços e tencionando o sistema vigente. Como sugere o título em inglês, o termo “working” no gerúndio sugere o estudo do funcionamento cotidiano do sistema assim como do que faz o sistema funcionar, seja estudando os grupos políticos que se consolidam no poder material e discursivamente após o fim da guerra, seja entendendo os termos de negociação da sociedade civil frente a esse regime e suas características. Leia Mais
Água: uma novela rural | João Paulo Borges Coelho
Água, uma novela rural é o décimo primeiro livro de João Paulo Borges Coelho (JPBC), nome que vem ganhando notoriedade tanto na literatura africana quanto nos estudos literários. Evidência neste sentido é a crescente produção crítica de sua obra, a exemplo do congresso intitulado: O cartógrafo da Memória: A poética de João Paulo Borges Coelho, realizado na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em julho de 2017, a publicação da coletânea de artigos: Visitas a João Paulo Borges Coelho: leituras, diálogos e futuros (Editora Colibri, 2017) e o Dossiê: Passados antecipados, futuros empoeirados: os caminhos da ficção de João Paulo Borges Coelho, da Revista Mulemba (UFRJ, 2018) . Importa situar que os prêmios José Craveirinha da Literatura (2004) pelo romance As Visitas do Dr. Valdez, o Leya de romance histórico (2010) com O Olho de Hertzog contribuíram para o reconhecimento de sua obra literária composta por dois livros de contos, três novelas e sete romances.
Além de escritor, JPBC é historiador e professor no Departamento de História da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo, Moçambique. Sua produção acadêmica é constante, sendo sua tese de doutorado, até hoje, uma das principais referências no tocante aos processos de deslocamento na região de Tete1. Em outra ocasião, argumentei que o aprofundamento de sua contundente experiência acadêmica incentivou sua escrita literária pois foi precisamente em Tete, província central circundada pela Zâmbia, Zimbábue e Malaui, o cenário escolhido para sua primeira obra literária, As duas sombras do rio (2003), que versou sobre a guerra civil moçambicana (1976-1992)2. Contudo, vale ressaltar, que os dois espaços de produção textual, a literatura e a história, são para JPBC complementares, segundo suas próprias palavras: “Assumo-me como eu próprio, uno e indivisível, embora com as contradições e conflitos que, de uma maneira ou de outra, nos atravessam a todos. Não estou dentro do acadêmico ou do escritor, eles é que estão dentro de mim”3. Leia Mais
Mare Nostrum – Estudos sobre o Mediterrâneo Antigo. São Paulo, v.9, n.2, 2018.
EDITORIAL
- Editorial
- Camila Condilo
- PDF (ENGLISH)
DEBATE
- A Pólis, o Estado e os Cidadãos da Democracia Ateniense como uma Comunidade Indivisa
- Diego Paiaro
- PDF (ESPAÑOL (ESPAÑA))
- Com ou Sem Estado?Comentários sobre a Organização Política e a Participação Popular no Mundo Antigo e Contemporâneo a partir do Artigo “La pólis, el Estado y los Ciudadanos de la Democracia Ateniense como una Comunidad Indivisa” de Diego Paiaro
- Priscilla Gontijo Leite
- Comunidade Indivisa e EstadoUm Olhar Clastreano sobre o Mundo Grego
- Marcelo Campagno
- PDF (ESPAÑOL (ESPAÑA))
- Cortando EspigasIdentidade Nacional e Mecanismos de Inclusão/Exclusão
- César Sierra Martín
- PDF (ESPAÑOL (ESPAÑA))
- Nós e os OutrosA Cidade-Estado e os Dilemas de uma Política Sem Rosto
- Marta Mega de Andrade
- A Pólis Grega Antiga e o Moderno Conceito de Estado
- Julián Gallego
- PDF (ESPAÑOL (ESPAÑA))
- Comentário ao Artigo “La Pólis, el Estado y los Ciudadanos de la Democracia Ateniense como una Comunidad Indivisa”
- Norberto Luiz Guarinello
- Relações, Lógicas e Práticas que Configuram (ou Resistem) ao EstadoComentários sobre a Democracia Ateniense e a Comunidade Indivisível
- Diego Paiaro
- PDF (ESPAÑOL (ESPAÑA))
RESENHAS
- Morley, N. Classics: Why it Matters. Cambridge: Polity, 2018. 143 p.
- Juliana Bastos Marques
- A Odisseia dos Indo-Europeus. Resenha de Drews, R. Militarism and the Indo-Europeanizing of Europe. London/New York: Routledge, 2017. 284pp.
- Renan Falcheti Peixoto
- Nelsestuen, G. Varro the Agronomist: Political Philosophy, Satire and Agriculture in the Late Republic. Columbus: The Ohio University Press, 2015. 316 p.
- Helton Lourenço Carvalho
PUBLICADO: 2018-09-24
Cadernos do Tempo Presente. São Cristóvão, v.8 n.04, 2017.
ISSN: 2179-2143
Artigos
- Los fines de la historia en el siglo XXI
- Carlos Barros
- “Eu tenho algo a dizer”/“Aqui tem voz”: costumes em comum
- Roberto Camargos
- Os jingles como formas simbólicas estratégicas de persuasão político-eleitoral
- Fábio Hoffmann, Everton Rodrigo Santos
- A experiência das ruas: Os protestos do #contraoaumento em Teresina, 2011-2012)
- Cláudia Cristina da Silva Fontineles, Sthênio de Sousa Everton
- Entre confissões e testemunhos na web: reflexões sobre os blogs de moda e beleza como fontes para o historiador
- Patrícia Carla Mucelin
- Educar para (Com)Viver: Formação em manuais de etiqueta à luz do tempo presente
- Márcia Regina dos Santos
- Tradição oral e memória dos povos de religiões afro-brasileiras: possibilidades de pesquisa em história
- Lisandra Barbosa Macedo Pinheiro
- “Já tá chegando a festa de Nossa Senhora do Carmo”: Memórias e vivências na cidade de Borda da Mata – MG
- Cleyton Antônio da Costa
Publicado: 2018-09-23
Língu@ Nostr@. Vitória da Conquista, v.6, n.1, 2018.
Apresentação
- Apresentação da 10ª Edição da Revista Lingu@ Nostr@
- Lucimauro Palles da Silva, Ronei Guaresi | PDF
Artigos – Dossiê
- O feedback na perspectiva de professores-tutores: um estudo com base no curso de letras-espanhol na modalidade a distância
- André Firpo Beviláqua, Renan Cardozo, Alan Ricardo Costa, Vanessa Ribas Fialho | PDF
- A alfabetização sob o viés da linguística da enunciação
- Fabiana Giovani | PDF
- Gêneros textuais no livro didático da EJA: as práticas sociais de leitura e de escrita
- Lislei Silva de Brito, Valquíria Claudete Machado Borba | PDF
- O ensino baseado em tarefas na aula de língua portuguesa como língua materna: uma análise de materiais didáticos
- Taísa Biagiolli Zambon, Thaís Cristina Frigieri | PDF
- Política e planificação linguística aplicada às questões de normatização do latim
- Adilio Junior de Souza | PDF
- Ensino por meio da resolução de problemas do cotidiano: divulgação de uma ferramenta didática
- Laís Alves Silva, Vanêssa Brito Fernandes Neves, Rômulo Sposito das Virgens | PDF
- Um estudo retórico de seções de análise e discussão de resultados em artigos acadêmicos escritos por estudantes do curso de letras
- Francisco Jeimes de Oliveira Paiva | PDF
- A história do fonema /s/ do Tupi antigo
- Consuelo de Paiva Godinho Costa | PDF
Resenhas
- Resenha de “Escrever e Argumentar”
- Dennis Castanheira, Maria Maura Cezario | PDF
- A linguagem como forma de silenciamento – Resenha do Livro: A Revolução dos Bichos
- Kattson Bastos Santos | PDF
- Constituição social e jogos de alienação e poder em admirável mundo novo por meio das práticas de linguagem
- Autor, Talita Farias Tannus | PDF
Publicado: 2018-09-14
Mnemosine. Campina Grande, v.9, n.1, 2018.
Histórias e experiências (entre) cruzadas: sobre a escravidão, relações étnico-raciais e colonialismo
APRESENTAÇÃO
- Apresentação ao Dossiê – Histórias e experiências (entre) cruzadas: sobre a escravidão, relações étnico-raciais e colonialismo
- Sérgio Luiz de Souza Janailson Macêdo Luiz 06 – 08
DOSSIÊ: HISTÓRIAS E EXPERIÊNCIAS (ENTRE) CRUZADAS: SOBRE A ESCRAVIDÃO, RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E COLONIALISMO Do norte da África ao norte da América Portuguesa (1755-1815)
- Marley Antônia Silva da Silva 09 – 26
- Para libertar o meu filho: Estratégias utilizadas por forras e escravas ao alforriarem na segunda metade do século XVIII em Minas Gerais
- Carlo Guimarães Monti 27 – 44
- Para além da alforria: Mobilidade e sobrevivência de libertos no Brasil (Grão-Pará, 1800-1888)
- Marcelo Ferreira Lobo 45 – 73
- Escravidão e pecuária na Paraíba: um estudo sobre São João do Cariri (1870-1888)
- Pedro Nicácio Souto 74 – 91
- Em defesa da classe: Pós-abolição, racismo e Imprensa Negra em Campinas e Piracicaba
- Willian Robson Soares Lucindo 92 – 120
- A Docência como missão na América Latina: Reflexões sobre a formação professores e professoras de história na Amazônia Oriental
- Maria Clara Sales Carneiro Sampaio 121 – 141
- As vozes escritas de Pepetela: Identidade angolana, literatura e colonialismo em “Mayombe” e “A geração da utopia”
- João Matias de Oliveira Neto 142 – 163
Publicado: 2018-07-09
Monções. Coxim, v.4, n.6, 2017.
História e Migrações
- Prefácio
- Eliene Dias de Oliveira Jiani Fernando Langaro
- Caminhos Migrantes: identidade, matrimônio e memória
- Eliene Dias de Oliveira
- Falas entrelaçadas: os brasiguaios e a ocupação da Gleba Santa Idalina em Ivinhema-MS
- Nelson de Lima Junior
- Migração e experiência estudantil: um estudo de caso.
- Thiago Reisdorfer
- A região Noroeste Paulista e a imagem do grande sertão
- Natalia Scarabeli Zancanari
- A nacionalização e repressão na escolas do Vale do Taquari (RS)
- Bibiana Werle
- Uma analise da obra de Michel de Certeau sobre um fato político-religioso: Possessões Demoníacas em Loudun.
- Otávio Barduzzi Rodrigues da Costa
- A Nudez poética de Raquel Naveira
- Lemuel de Faria Diniz & João Carlos Barbosa dos Reis
- A luta institucional contra o neoliberalismo: os discursos dos parlamentares do Partido dos Trabalhadores (1990-2002)
- Gleuber Eduardo Ribeiro da Cruz
- Os donos do Poder, patrimonialismo, estamento ou a modernização da política coxinense: Kohl e Mochi (1992-2017)
- Alex Fabiano Muller
Publicado: 2018-06-09
Afro-Ásia. Salvador, n.58, 2018.
Editores: Jocélio Teles dos Santos e Wlamyra Albuquerque.
Capa: Zeo Antonelli.
Imagem da capa: Princesa Ìsa Bàulê (2012), de Renato da Silveira sobre foto de Hans Silvester.
- Expediente
- Editores Afro-Ásia
Artigos
- O culto dos mortos da nobre nação de Benguela na experiência devocional do Rosário dos Homens Pretos São João del-Rei, MG (1793-1850)
- Leonara Lacerda Delfino
- Marinheiros, moleques e heróis: alguns personagens da capoeira do Maranhão de fins do Século XIX (1880-1900)
- Roberto Augusto A. Pereira
- Memórias do cativeiro, jongo e cidadania em Pinheiral
- Pedro Simonard, Ana Carolina Silva Borges
- A linha do horizonte: uma metáfora mal-resolvida dos africanos no filme Chocolat de Claire Denis
- Olubunmi O. Ashaolu
- A comida na diáspora: um olhar antropológico sobre a comida chinesa em Salvador, Bahia
- Ana Claudia de Sá Teles Minnaert
- Colonialismo tardio e política de povoamento: o colonato do Sábiè e a expropriação de terras dos camponeses africanos, 1956-1974
- Eleusio Viegas Filipe
- Biblioteca de Clássicos
- Trouillot, o Caribe e a antropologia
- Marcelo Moura Mello, Rogério Brittes W. Pires
Resenhas
- Escravidão na terra do cacau
- Mary Ann Mahony
- Relações de gênero e etnicidade no trabalho do mercado
- Fabiane Popinigis
- Diagonais acadêmicas do intercâmbio cultural
- Martha Abreu
- Estados Nacionais diante da escravidão contemporânea
- Bénédicte Bourgeois
- Surgimento antecipado: práticas e pesquisas etnográficas e etnológicas no iluminismo alemão
- José Gabriel Silveira Corrêa
- Portugueses em África e África em Portugal: o outro lado da história
- Lucilene Reginaldo
- As cores da nação: Cuba e Brasil no debate intelectual
- David Domínguez Cabrera
Publicado: 2018-09-05
Revista de História da UEG. Morrinhos, v.7, n.1, 2018.
Dossiê “África e Diáspora: 15 anos da Lei Federal 10.639/03 e os desafios do campo de estudos no Brasil”
Imagem de Capa:
Negra com Turbante. Fotografia de Alberto Henschel, Rio de Janeiro, 1870;
Fonte: pt.wikipedia.org.
Editorial
- “África e Diáspora”: 15 anos da Lei Federal 10.639/03 e os desafios do campo de estudos no Brasil
- Paulino de Jesus Francisco Cardoso, Karla Leandro Rascke
Dossiê Temático
- A sala de aula após a Lei Federal 10.639/03: avanços, desafios e possibilidades
- Pauliana Maria de Jesus, Marcio Douglas de Carvalho e Silva
- Narrativas sobre a Diáspora Africana em sala de aula: apontamentos sobre práticas docentes e possibilidades para o ensino de história
- Carolina Corbellini Rovaris
- O que você sabe sobre a África? Um estudo de caso em uma escola da rede pública do Distrito Federal (Brasil)
- Júlia Schnorr
- Os 15 anos da lei 10.639/03: reflexões sobre a rede municipal de Florianópolis (Santa Catarina – Brasil)
- Carina Santiago dos Santos
- A implementação da lei 10.639/2003 na formação inicial de professores de História: uma análise de Projetos Políticos Pedagógicos de Universidades públicas mineiras (Brasil)
- Mônica Maria Teixeira Amorim, Samira de Alkimim Bastos Miranda, Raimara Gonçalves Pereira
- A história africana nos livros didáticos do ensino fundamental de Montividiu (Goiás – Brasil)
- Laura Luiza Pagliari Cruz
- Estandartes para os Orixás: mitologia Ioruba nos anos iniciais do ensino fundamental
- Camila do Socorro Aranha dos Reis, Edvandro Luise Sombrio de Souza, André Vinícius Gomes da Silva
- Entre história e literatura: reflexões sobre o uso do romance “A Flecha de Deus”
- Luís Ernesto Barnabé, Ruhama Ariella Sabião Batista
- Caminhos Identitários: contribuições de Kabengele Munanga na construção da identidade negra positiva
- Quecia Silva Damascena, Eduardo Oliveira Miranda
- A presença negra na história do Paraná (Brasil.
- a memória entre o esquecimento e a lembrança
- Delton Aparecido Felipe
- Diáspora e conexões do Atlântico: histórias, identidades e resistências africanas em Laranjeiras (Sergipe – Brasil)
- Eval Cruz
- Línguas africanas e a pesquisa em História da África a partir do Brasil: um desafio em aberto
- Felipe Barradas Correia Castro Bastos
- Artigos (Tema Livre)
- Cais do Valongo: epodé-mito e o lugar do negro na terapia hipocrática do Rio de Janeiro (Brasil, 1811-1831)
- Dalton Rodrigues Franco
- Interações sociais e mobilidade indígena no cotidiano dos aldeamentos coloniais
- Luís Rafael Araújo Corrêa
- O café em Angola (África) no início da década de 1830 e o “fim” do tráfico de escravizados
- Alan de Carvalho Souza
- O Carlismo como Mito Político: Antônio Carlos Ribeiro de Andrada e a memória da participação de Minas Gerais (Brasil) na Revolução de 1930
- Danyllo Di Giorgio Martins Mota
- O interesse nacional pelo regionalismo: a virada da política externa dos governos militares brasileiros
- Rafael Macedo Rocha Santos
- Memória, Economia e Sociedade: um estudo sobre o extrativismo florestal na Comarca de Ilhéus (Bahia, Brasil) no Século XVIII
- Madson Mendes dos Santos Mendes, Kézia Louzada Boa-Sorte Louzada
- Os Caminhos da Revolução: uma análise comparada entre as estratégias Comunistas do PCB e do PCCh no tempo das “Frentes Populares” (1930)
- Victor Augusto Ramos Missiato
Tradução
- Pesquisas sobre um Modo de Produção africano
- Catherine Coquery-Vidrovitch
- Notas de Pesquisa
- O lúdico como metodologia no ensino de História
- Mariana Cardoso de Sousa, Rafael Coelho Bastos
Resenhas
- FURTADO, Cláudio Alves. GOMES, Patrícia Godinho. Encontros e desencontros de lá e de cá do Atlântico – Mulheres africanas e afro-brasileiras em perspectiva de gênero. Salvador: EDUFBA, 2017, 307 pp
- Camille Johann Scholl
- RIBEIRO, Cristiane Maria; PEREIRA, Mariana Cunha (Org.) Educação e relações étnico-raciais: diálogos, silêncios e ações. Goiânia: Editora UFG, 2015.244p.
- Elizete Oseias Silva
- BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Nós, os Humanos: do mundo à vida, da vida à cultura. São Paulo: Cortez, 2015
- Rafael Ribeiro dos Santos, Maria Idelma Vieira D’Abadia
- SILVA, V. S. (org.). O marfim no mundo moderno. Comércio, circulação, fé e status social (séculos XV-XIX) 1ª Ed. Curitiba: Editora Prismas, 2017.
- Rogéria Cristina Alves
Publicado: 2018-09-04
História das mulheres e das relações de gênero / Revista de História Bilros: História(s), Sociedade(s) e Cultura(s) / 2018
É com enorme satisfação que anunciamos o décimo terceiro número da “Revista de História Bilros: História(s), Sociedade(s) e Cultura(s)”. Esse periódico é resultado da iniciativa e do trabalho conjunto de discentes da graduação em História e do Mestrado Acadêmico em História (MAHIS) da Universidade Estadual do Ceará (UECE), além de doutorandos / as egressos / as desta mesma instituição, que agora atuam em outros Programas de Pós-Graduação do país. O décimo terceiro número, volume 6, foi composto por 19 textos enviados para o Dossiê Temático História das Mulheres e das Relações de Gênero e mais 3 textos na secção Artigos livres, totalizando o número de 22 trabalhos inéditos nesta publicação.
Ratificamos aqui a satisfação em lançar um Dossiê que versa sobre as complexas relações de gênero e seu papel estruturante das relações sociais, e consequentemente dos processos históricos, em um contexto de esfacelamento da democracia brasileira, do crescimento do autoritarismo do Estado, das tentativas de implantação do famigerado projeto Escola Sem Partido, do ataque aos direitos humanos, da necessidade de autoexílio de congressistas e militantes dos Direitos Humanos, feministas, militantes LGBTI+, bem como da acentuada violência contra as mulheres, LGBTI+, povo negro, indígena e do campo. Leia Mais
Novas Perspectivas em Estudos Célticos / Tempo / 2018
Associativismo e movimentos sociais / Estudos Históricos / 2018
Nesta edição de número 65, a revista Estudos Históricos traz aos leitores artigos relacionados a um tema caro à tradição interdisciplinar, que é marca constitutiva do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC): associativismo. No campo das Ciências Sociais, tal conceito pode ser rastreado até os trabalhos clássicos de Alexis de Tocqueville sobre as virtudes (e os perigos) da democracia norte-americana, passando por obras seminais da sociologia política mais recente, como “Comunidade e Democracia”, de Robert Putnam. Entre os historiadores, as formas encontradas por homens e mulheres para produzir vida em comum também foi tema crucial de pesquisa, em especial nas vertentes analíticas inspiradas pela obra seminal de E.P. Thompson sobre a formação da classe trabalhadora na Inglaterra. A fertilização mútua entre História e Ciências Sociais tornou quase impossível delimitar com precisão onde começam e terminam suas respectivas jurisdições sobre as artes da associação humana. Thompson, por exemplo, foi fonte recorrente para sociólogos interessados em transformar o “fazer-se” específico estudado pelo autor em instrumento para decifrar processos mais amplos de formação de classes nas sociedades capitalistas. E o conceito de “capital social”, por sua vez, percorreu itinerários complexos nos trabalhos de historiadores interessados em desvendar redes e laços entre grupos, comunidades, irmandades e clãs.
Esses debates e cruzamentos teóricos estão bem representados no dossiê que o leitor tem em mãos. Há artigos que retomam o clássico tema do associativismo dos grupos subalternos, em especial dos trabalhadores, como no caso dos textos de Samuel de Oliveira sobre trabalhadores favelados no Rio e em Belo Horizonte, durante a República de 1946, e de Mário Brum sobre a Pastoral de Favelas e sua conexão com a Teologia da Libertação. Elis Angelo e Maria Izilda de Matos, por sua vez, revisitam as relações entre imigração e formas associativas por meio de estudo sobre a Casa dos Açores de São Paulo. As variáveis étnico-raciais que estruturaram as formas de ação coletiva no Brasil são abordadas no texto de Petrônio Domingues, centrado na história da Frente Negra no Rio de Janeiro, evidenciando novas frentes de investigação sobre a articulação entre raça, classe, cidadania e associativismo.
A cidade, como não poderia deixar de ser, figura com destaque em vários artigos, por se constituir no espaço por excelência para a invenção de novas formas de vida em comum de homens e mulheres. Pode-se aprender sobre esse associativismo urbano no texto de Lia Rocha sobre a história recente da criminalização do associativismo nas favelas cariocas, no artigo de José Bortolucci sobre as redes entre arquitetos e movimentos populares em São Paulo no processo de redemocratização e no trabalho de Jonatha Santos e Wilson de Oliveira sobre o Coletivo Debaixo e suas práticas comunicativas na esteira dos movimentos de 2013 em Aracaju. Finalmente, se o nexo entre democracia e associativismo parece ser tomado como pressuposto em muitos debates, o artigo de Reginaldo Sousa nos permite repensar tal relação ao investigar o associativismo feminino em apoio à ditadura civil-militar no Paraná.
Acreditamos que o conjunto de textos disponível nesta edição irá interessar não apenas aos estudiosos do associativismo, mas a toda a comunidade de historiadores e de cientistas sociais que veem na construção de formas de vida em comum não apenas um tema de pesquisa disciplinar, mas também um credo fundamental para o revigoramento de nossa combalida democracia.
Referências
PUTNAM, Robert D. Comunidade e Democracia – a experiência da Itália moderna. Rio de Janeiro: FGV, 2008.
THOMPSON, Edward. P. A Formação da Classe Operária Inglesa: A árvore da liberdade. vol. I, 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
Bernardo Borges Buarque de Hollanda – Professor da Escola de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas (CPDOC / FGV). Editor da Revista Estudos Históricos. E-mail: bernardo.hollanda@fgv.br
João Marcelo Ehlert Maia – Professor da Escola de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas (CPDOC / FGV). Editor da Revista Estudos Históricos. E-mail: joao.maia@fgv.br
Ynaê Lopes dos Santos – Professora da Escola de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas (CPDOC / FGV). Editora da Revista Estudos Históricos. E-mail: ynae.santos@fgv.br
Os editores
HOLLANDA, Bernardo Borges Buarque de; MAIA, João Marcelo Ehlert; SANTOS, Ynaê Lopes dos. Editorial. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, v.31, n.65, set. / dez. 2018. Acessar publicação original [DR]
Estranhos à nossa porta | Zygmunt Bauman
Zygmunt Bauman foi um filósofo e sociólogo polonês radicado no Reino Unido, tendo falecido em janeiro de 2017. Tornou-se um intelectual de ampla presença dentro e fora do meio acadêmico – fama esta que só veio surgir com o avançar da idade, devido a suas intervenções públicas e publicações de vários títulos de divulgação do seu pensamento, muitas delas com uma linguagem distante do hermetismo tão característico de alguns ciclos das humanidades, e distante até da escrita dos seus primeiros livros.
Os temas por ele abordados e os conceitos desenvolvidos tornaram-se referência para professores, estudantes, pesquisadores e analistas. O estudo da modernidade e suas características contemporâneas, marcadas pelo conceito de liquidez, pela finidade das certezas e por um mundo em movimento tão veloz que anularia qualquer alicerce de estabilidade são alguns dos exemplos mais reconhecidos e aplicados (BAUMAN, 2001; 2007). Leia Mais
Une autre science est possible! Manifeste pour un ralentissement des sciences – STENGERS (BMPEG-CH)
STENGERS, Isabelle. Une autre science est possible! Manifeste pour un ralentissement des sciences. JAMES, William. Apresentação de Thierry Drumm., Paris: Les Empêcheurs de Penser en Rond/La Découverte, 2013. 215p. Resenha de: SARTORI, Lecy. Outra ciência? Conhecimento, experimentos coletivos e avaliações. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas. Belém, vol.13, n.3, set./dez. 2018.
“Une autre science est possible! Manifeste pour un ralentissement des sciences” (Uma outra ciência é possível! Manifesto por uma desaceleração das ciências) é o último livro da filósofa da ciência Isabelle Stengers, professora da Universidade Livre de Bruxelas, na Bélgica. Filósofa, graduada em química e pesquisadora da história da ciência, Stengers é uma importante intelectual que reflete sobre a relação entre política, ciência e economia capitalista, e também discute sobre uma antropologia implicada em questionar os saberes, as disciplinas e as instituições.
Stengers participou do colóquio intitulado “Os mil nomes de Gaia: do Antropoceno à idade da terra”, ocorrido em 2014 no Rio de Janeiro, evento que, de forma geral, discutiu os temas da catástrofe ambiental e da mudança climática global. A catástrofe ecológica global é analisada por meio do conceito de Gaia. Para Stengers (2014), Gaia não é apenas outra forma de nominar a Terra como um recurso a ser explorado de forma sustentável, mas sim um “[…] novo campo científico […]” ou “[…] um complexo conjunto de modelos e dados interconectados […]” (Stengers, 2014, p. 2, tradução nossa), produzindo novos sentidos e respostas ao capitalismo globalizado. Seu último livro publicado em português tem como título “No tempo das catástrofes: resistir à barbárie que se aproxima” (Stengers, 2015). Suas análises fazem-nos pensar em possibilidades criativas de ações de resistência política e de lutas anticapitalistas.
No livro ora resenhado, Stengers (2013, p. 8, tradução nossa) explora uma possibilidade de “[…] reconciliação do público com sua ciência […]”, no sentido de produzir saberes a partir das preocupações, das hesitações, das consequências e das opiniões sobre determinada ideia ou solução científica.
Aqui, “[…] produzir saberes […]” aproxima-se, como aponta Stengers (2013, p. 9, tradução nossa), daquilo que Latour (2004, p. 235) denominou de “[…] matter of fact […]” ou “[…] matter of concern […]”, para criticar a objetividade científica, ou do que Guattari (1987, p. 8) chamou de “[…] matière à préoccupation […]”. Stengers (2013) propõe não apenas produzir um campo de comunicação, mas discussões acerca das respostas dos cientistas para situações que nos dizem respeito, como os problemas sociais e econômicos (por exemplo, o desemprego, a poluição, o esgotamento dos recursos naturais, o efeito estufa, o câncer, as patentes de medicamentos). O livro apresenta a importância da elaboração de uma inteligência pública das ciências, por meio da noção de compreensão, que seria o mesmo que produzir em conjunto (com diferentes atores, cidadãos, especialistas e pesquisadores) ações que impliquem soluções sem ignorar as preocupações econômicas e sociais. A ideia principal é possibilitar o encontro entre uma multiplicidade de pessoas e os conhecimentos capazes de criar de forma inteligente propostas para grandes problemas. A partir dessa ideia, Stengers (2013, p. 83, tradução nossa) propõe a “[…] desaceleração das ciências […]” ou slow science (que apresenta a mesma lógica de iniciativas como slow food, slow city, slow economy). Ela fala, dessa forma, de uma ciência produzida de maneira lenta e em conjunto com outras pessoas e saberes, que ativam conhecimentos experimentais e criativos na formulação de novos modos de existência e de resistência, opondo-se à captura de regimes de subjetividade capitalista.
Este livro é composto por cinco capítulos e pela tradução de um texto do filósofo americano, médico e psicólogo William James (1948-1910). A tradução é antecedida por uma apresentação feita pelo pesquisador Thierry Drumm. A capa do livro exibe ilustração de Milo Winter, publicada no livro de Verne (2011), “20 mil léguas submarinas”. A publicação foi organizada pela editora Les Empêcheurs de Penser em Rond – La Découverte. O livro agrega artigos de Isabelle Stengers anteriormente publicados, uma conferência e um artigo inédito. Pode-se afirmar que esta obra apresenta reflexões e discussões muito mais amplas do que a ideia apontada no título, trazendo à tona temas como as avaliações de produções acadêmicas, a elaboração de uma ciência coletiva e experimental, assim como discussões sobre objetivos e funções dos experts.
Em seu manifesto, Stengers (2013) expõe o corporativismo referente ao financiamento acadêmico, bem como as contradições que sujeitam as pesquisas e as produções científicas. No primeiro capítulo, “Pour une intelligence publique des sciences” (Por uma inteligência pública das ciências), Stengers (2013) questiona a autoridade das ciências, por meio de discussões coletivas e da participação dos cidadãos na exposição dos problemas sociais. Essa forma coletiva de refletir sobres os problemas e de elaborar soluções foi denominada pela autora de “[…] inteligência pública das ciências […]” (Stengers, 2013, p. 10, tradução nossa). Desse modo, a autora resiste às “[…] pretensões dos saberes científicos […]” (Stengers, 2013, p. 15), participando da produção do que Haraway (1995, p. 18) denominou de “[…] saberes localizados”.
Nesse sentido, Stengers (2013) propõe a construção de um espaço de discussão com entusiastas que não fazem parte da academia para compor uma produção em conjunto. Isso, no entanto, não significa a popularização da ciência, a qual é entendida como a divulgação das produções científicas para um público amplo. O objetivo dessa popularização é conscientizar os cidadãos sobre direitos, deveres e responsabilidades sociais. Os cidadãos são educados a fim de que produzam reflexões e informações para os pesquisadores desenvolverem as análises científicas. Diferentemente dessa ideia, Stengers (2013) propõe a formação de grupos que sejam capazes de produzir conhecimento (ou uma ciência experimental) e desenvolver formas de ação junto aos elementos dos contextos sociais em que os próprios atores estão inseridos.
No subtítulo do livro, Stengers (2013) destaca a ideia de desaceleração da ciência ou de uma ciência lenta, feita no tempo necessário para a elaboração de suas questões, e não sujeita ao mercado do capital e aos indicadores de produção. A autora mostra como a ciência que está sujeita às necessidades do capital é elaborada de forma rápida, não refletindo sobre suas consequências futuras. Como exemplo, ela dispõe no segundo capítulo, intitulado “Avoir l’étoffe du chercheur” (Competências do pesquisador), as consequências das descobertas científicas como o uso de organismos geneticamente modificados (OGM). Segundo a autora, as descobertas científicas foram produzidas visando os interesses econômicos, ao invés de terem sido analisadas as suas consequências, buscando-se evitar a destruição do planeta. Para ela, as soluções deveriam ser produzidas de forma criativa, sem serem subestimados as dificuldades e os saberes locais. Nesse sentido, as lutas políticas não acionam a ideia de representação, mas devem produzir “[…] caixas de ressonância […]” (Stengers, 2015, p. 148) que explicitem as experiências, fazendo com que as pessoas reflitam sobre formas de ação e as produzam.
Uma interessante contribuição do livro é a discussão sobre a lógica econômica capitalista. Em seus efeitos, esta lógica diminui o tempo necessário para produzir questões e para analisar as consequências de determinadas ações científicas. Nesse contexto, as regras de financiamento à pesquisa direcionam a produção científica e diminuem a autonomia do pesquisador, o qual fica sujeito aos temas interessantes ao poder econômico e à indústria que investem em suas análises. Stengers (2013) explicita a regulação da produção científica por meio da “[…] fórmula de excelência […]” (Stengers, 2013, p. 52, tradução nossa), que dirige o comportamento para o “[…] conformismo, oportunismo e flexibilidade […]” (Stengers, 2013, p. 52, tradução nossa), exigências da nova forma de gestão do conhecimento.
No terceiro capítulo, “Sciences et valeurs: comment ralentir” (Ciências e valores: como desacelerar), Stengers (2013) apresenta uma análise da forma como o conhecimento científico é atualmente avaliado, procurando-se uniformizá-lo, sem se considerar a pluralidade e a qualidade da produção. Neste cenário, o que importa é o número de publicação, e não a qualidade do que está sendo produzido como conhecimento. Para exemplificar, ela expõe a produção científica do filósofo Gilles Deleuze, o qual, segundo o formato atual de exigência de publicação, seria um pesquisador com pouco êxito ou baixo desempenho em avaliações1 científicas. Conforme Stengers (2013), devemos questionar esse formato de produção rápida de conhecimento e formular ferramentas para resistir aos critérios de avaliação das universidades.
Outra contribuição do livro é a tradução de um texto de William James, apresentado por Thierry Drumm. O artigo de William James, “Le poulpe du doctorat” (ou The Ph.D. Octopus), foi publicado, pela primeira vez, em 1903, na revista Harvard Monthly. No texto, o filósofo apresenta, de forma jocosa, uma crítica à política acadêmica e à regra que torna o doutorado obrigatório para os professores universitários. A universidade, por sua vez, é comparada a uma máquina de produção de títulos. A contribuição do texto está na descrição crítica do modo de funcionamento da produção acadêmica de sua época. James mostra-se contrário ao status e ao prestígio daqueles que possuem um diploma, como o de doutorado. O título de doutor, segundo o autor, incentiva o esnobismo acadêmico e a publicidade individual. Acionar o título como uma ferramenta resulta no conformismo e na institucionalização de uma lógica quantitativa. Para James (1903), o objetivo da universidade é instruir as pessoas, e não valorizar um título concedido ao pesquisador que se dedica por um tempo a um determinado assunto.
Infelizmente, não existe uma versão em português do texto de William James. Recentemente, a editora da Universidade de São Paulo (Edusp) publicou um livro organizado pela historiadora Maria Helena P. T. Machado com as cartas que William James escreveu ao participar de uma expedição ao Brasil, em 1865-1866 (Machado, 2010). Ele apresenta o jovem William James questionando a ciência da época e a produção criacionista de seu professor e chefe da Expedição Thayer, Louis Agassiz. William James, mais simpático à teoria da evolução de Charles Darwin, criticou a posição política (com interesses americanos na exploração da Amazônia) e ideológica de Louis Agassiz, que defendia o racismo e as teorias da degeneração. Os escritos de William James explicitam os interesses políticos e o financiamento da coleta de dados prevista na Expedição Thayer, bem como a sua perspectiva de análise. Como William James, Isabelle Stengers analisa a produção científica, a política de financiamento à pesquisa e as formas de avaliação da sua época.
No penúltimo capítulo, “Plaidoyer pour une Science ‘Slow’” (A defesa de uma ciência “lenta”), Stengers (2013, p. 83, tradução nossa) destaca a fabricação de uma “[…] economia do conhecimento […]” que produza vínculos de cooperação crítica e de produção coletiva. Trata-se de modificar o foco das avaliações para destacar o conteúdo das produções de conhecimentos, e não o número de artigos publicados ou patentes adquiridas. A slow science, antes de ser uma exigência de mais tempo e de autonomia para a formulação de questões importantes, procura estabelecer outras articulações, além dos vínculos firmados com o mercado e com o Estado.
O livro de Stengers (2013) é instigante ao analisar a forma como a produção científica atual é insustentável. A autora aponta o modo como os pesquisadores acreditam que as soluções dos problemas serão elaboradas de forma racional ou científica, ao mesmo tempo em que ignoram a opinião, as preocupações e os saberes daqueles que são afetados pelos problemas sociais. Ao afirmar que “[…] uma outra ciência é possível […]”, Stengers (2013, p. 6, tradução nossa) explicita no último capítulo, “Cosmopolitique: civiliser les pratique modernes” (Cosmopolítica: civilizar as práticas modernas), que não é uma questão relacionada à qualidade da informação que está em jogo, mas sim a necessidade de os pesquisadores serem capazes de produzir ciências a partir de uma inteligência coletiva, que conecte diferentes modos de elaboração de saberes e reative outras formas de resolver os problemas e de resistir às demandas impostas pelo mercado à produção científica.
Notas
1Algumas referências sobre o modo como as avaliações (ou ‘cultura de auditoria’) limitam as produções de saberes e as ações criativas são Strathern (2000), Shore (2009), Power (1994) e Giri (2000).
Referências
GIRI, Ananta. Audited accountability and the imperative of responsibility: beyond the primacy of the political. In: STRATHERN, Marilyn (Ed.). Audit cultures: anthropological studies in accountability, ethics and the academy. London: Taylor & Francis, 2000. p. 173-195. [ Links ]
GUATTARI, Félix. Les schizoanalyses. Chimères, Bedou, Paris, n. 1, p. 1-21, 1987. [ Links ]
HARAWAY, Donna. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, Campinas, n. 5, p. 7-41, quad. 1995. [ Links ]
JAMES, William. The Ph.D. Octopus. Harvard Monthly, Cambridge, v. 36, n. 1, p. 1-9, 1903. [ Links ]
LATOUR, Bruno. Why has critique run out of steam? From matters of fact to matters of concern. Critical Inquiry, Chicago, v. 30, n. 2, p. 225-248, Winter 2004. [ Links ]
MACHADO, Maria Helena P. Toledo (Org.). O Brasil no olhar de William James: cartas, diários e desenhos, 1865-1866. São Paulo: Edusp, 2010. [ Links ]
POWER, Michael. The audit explosion. London: Demos, 1994. [ Links ]
SHORE, Cris. Cultura de auditoria e governança iliberal: universidades e a política da responsabilização. Mediações, Londrina, v. 14, n. 1, p. 24-53, jan.-jun. 2009. DOI: http://dx.doi.org/10.5433/2176-6665.2009v14n1p24. [ Links ]
STENGERS, Isabelle. No tempo das catástrofes: resistir à barbárie que se aproxima. Tradução Eloisa Araújo Ribeiro. São Paulo: Cosac Naify, 2015. (Coleção Exit). [ Links ]
STENGERS, Isabelle. Gaia, the urgency to think (and feel). In: COLÓQUIO INTERNACIONAL OS MIL NOMES DE GAIA DO ANTROPOCENO À IDADE DA TERRA, 2014, Rio de Janeiro. Anais eletrônicos… Rio de Janeiro: Departamento de Filosofia/PPGAS/Museu Nacional/UFRJ, 2014. Disponível em: <https://osmilnomesdegaia.files.wordpress.com/2014/11/isabelle-stengers.pdf>. Acesso em: 1 ago. 2018 [ Links ]
STRATHERN, Marilyn. New accountabilities: anthropological studies in audit, ethics and the academy. In: STRATHERN, Marilyn (Ed.). Audit cultures: anthropological studies in accountability, ethics and the academy. London: Taylor & Francis, 2000. p. 1-6. [ Links ]
VERNE, Jules. 20 mil léguas submarinas. Tradução e notas de André Telles. Rio de Janeiro: Zahar, 2011. [ Links ]
Lecy Sartori – Universidade Federal de São Paulo. E-mail: lecysartori@gmail.com
[MLPDB]
História Intelectual / Boletim Historiar / 2018
É com prazer que apresento este Dossiê sobre História Intelectual organizado por mim a convite da Revista Boletim Historiar. Os textos apresentados aqui são frutos das discussões promovidas durante o primeiro semestre de 2018 na disciplina História Intelectual latino-americana entre os séculos XIX e XX. Esta foi ministrada por mim no Programa de Pós- Graduação em História Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro como uma das atividades do estágio pós-doutoral que realizei nesta instituição.
O objetivo principal do curso era estimular o debate sobre as possibilidades de análise no campo da História Intelectual, sobretudo no âmbito da América Latina e Brasil e em diálogo com áreas afins. Com o mesmo intuito reuni os textos que agora apresento. Estes artigos foram elaborados por alguns dos alunos da referida disciplina a partir de uma proposta de trabalho final. Somado a estes textos, apresento também o artigo de uma colega que realiza reflexões acerca de um diálogo entre a História Intelectual e o Pensamento Social Brasileiro. Leia Mais
O garoto selvagem e o dr. Jean Itard: história e diálogos contemporâneos – BAKS-LEITE et. al. (B-RED)
BANKS-LEITE, Luci; GALVÃO, Izabel; DAINEZ, Débora (Eds.). O garoto selvagem e o dr. Jean Itard: história e diálogos contemporâneos. Campinas, SP: Mercado de Letras. 2017. 282 p. Resenha de: UCHÔA, Raphael. Bakhtiniana – Revista de Estudos do Discurso, v.13 n.3 São Paulo Sept./Dec. 2018.
O “selvagem” é um dos principais temas da história intelectual no Ocidente. Desde o medievo até a modernidade, o imaginário europeu foi habitado pelos wild men em suas diversas representações. Na arte, na literatura e no folclore, o selvagem aparece, por exemplo, na forma dos sátiros e faunos. Na ciência, ele se faz presente nas elaborações de naturalistas e médicos do século XVII e XVIII, como é o caso do homo sylvestris, trazido a público pelo anatomista Edward Tyson (1651-1708) e do homo ferus, que aparece na décima edição de influente Systema naturae de Carl von Linné (1707-1778). Na filosofia, a abordagem mais conhecida desse tema está nas elaborações de filósofos como J. J. Rousseau sobre o bon sauvage.
É nesse amplo contexto histórico e conceitual de construção da figura do “selvagem” e de investigação de uma ciência da natureza humana no Setecentos que emergiram os dois influentes relatórios do médico francês Jean Itard (1774-1838), que tinham como objeto o caso de Victor de Aveyron, o menino encontrado em um bosque no sul da França em 1798 e caracterizado como “selvagem”. Esse é o tema da obra O garoto selvagem e o dr. Jean Itard, organizada pelas pesquisadoras Luci Banks-Leite, Izabel Galvão e Débora Dainez.
Os relatórios de Itard foram traduzidos pela primeira vez em 2000 e publicados sob o título A educação de um selvagem: experiências pedagógicas de Jean Itard. Esse primeiro trabalho de publicação dos relatórios resultou de encontros e debates sobre os escritos de Itard entre as organizadoras, Luci Banks-Leite e Izabel Galvão, e outros colaboradores do Brasil e do exterior. Nesse sentido, o livro em análise traz ao público o resultado de quase duas décadas de constantes debates e reflexões entre pedagogos, linguistas, psicólogos, psicanalistas, filósofos e historiadores sobre os significados do caso de Victor de Aveyron.
A discussão basilar que percorre a obra O garoto selvagem é a relação entre linguagem e pensamento, particularmente articulada em um contexto de aprendizagem, analisada a partir do caso de Victor. O livro se divide em duas partes, a primeira com sete ensaios e a segunda com dois documentos históricos. Na primeira, os autores analisam, sob diversos prismas, os problemas epistemológicos latentes no caso de Victor. Na segunda, apresenta-se a tradução de dois textos de Jean Itard (um mémoire e um relatório) que serviram de base documental – juntamente com a película do cineasta francês François Truffaut (1932-1984) – para as análises contidas na primeira parte do livro.
O primeiro ensaio, O selvagem do Aveyron: aspectos históricos e debates para o século XXI, escrito por duas das organizadoras da coletânea, Luci Banks-Leite e Izabel Galvão, apresenta as linhas gerais do trabalho: a abordagem conceitual (intelectual e científica) e contextual do caso Victor, incluindo a localização espacial – o lugar em que Victor foi encontrado e o lugar onde foi (des)tratado e (des)educado. A ambiguidade dos termos indica precisamente uma das discussões centrais do livro: as dimensões epistemológicas do sucesso/fracasso do dr. Itard. As autoras apresentam também o material que serviu de base para as análises ao longo do livro, isto é, (1) o primeiro Relatório (mémoire) de 1801, o qual expõe os objetivos que pautaram o programa de ensino de Jean Itard; (2) um Relatório de 1806, destinado a prestar contas da situação de Victor ao Ministro do Interior da França e (3) o filme de Truffaut.
O segundo ensaio, intitulado O silêncio do homem natural, Carlos R. Luis, o autor, leva o leitor diretamente para uma rede de problemas filosóficos profundamente debatidos no século XVIII (por exemplo, a natureza da linguagem e do pensamento) que permearam o caso de Victor – apenas uma dentre as várias crianças encontradas em “estado selvagem” no século XVIII – que se tornou objeto de estudo no período. Carlos Luis identifica um conjunto de estudiosos Setecentistas (principalmente, Christian Wolff, J. J. Rousseau e Condillac) que informavam o debate médico e científico sobre o estatuto do “selvagem” diante de problemas como “natureza” e “sociedade” e que, por sua vez, informaram as práticas científicas de Jean Itard e Philippe Pinel (1745-1826), ambos, segundo Carlos Luis, em desacordo sobre o caráter sensualista ou inatista da natureza humana – como teorias mais amplas para se pensar a relação natureza e sociedade no processo de formação humana no geral, e de Victor em particular.
O terceiro ensaio da obra, O projeto científico de educação do selvagem do Aveyron: perspectiva histórica e reflexões para o presente, é assinado por Luci Banks-Leite e articula conceitos como sensibilidade, fala/pensamento e aprendizagem a partir do caso Victor. Tais conceitos são articulados num intricado e complexo contexto político e filosófico da França do final do Setecentos. Nessa conjuntura, a autora insere em sua análise figuras parametrizadoras de uma ciência do homem no período: além dos já citados Itard e Pinel, Banks-Leite discute as contribuições de Pierre Cabanis (1757-1808), Georges Cuvier (1769-1832) e do sueco Carl von Linné. A autora demarca assim o campo conceitual dentro do qual se estruturou o debate mais amplo sobre a relação entre natureza e cultura, subjacente ao caso específico sobre a natureza da deficiência de Victor, isto é, se ela era inata ou adquirida.
Nesse recorte, Banks-Leite destaca dois dos objetivos de Jean Itard: (1) despertar a sensibilidade nervosa de Victor e (2) conduzi-lo ao ato da fala. Trata-se de objetivos assentados na discussão teórica entre o sensualismo e o inatismo do período. Do ponto de vista fisiológico, além de filosófico, a autora destaca a relação entre o estímulo nervoso, portanto físico, e a fala, almejada neste contexto não apenas para sinalizar a cura do garoto, mas para potencializar debates do período sobre a relação entre civilização, linguagem e pensamento, e sobre a formação das ideias, para tomar a menção direta da autora à Étienne Bonnot de Condillac (1715-1780).
O quarto ensaio, A educação de Victor do Aveyron: do isolamento da floresta ao isolamento em sociedade, analisa a relação entre o contato social e o desenvolvimento humano, a partir do caso de Victor. Nesse sentido, as autoras Izabel Galvão e Heloysa Dantas colocam em evidência as contraposições entre as visões de Pinel e Itard. Pinel via em Victor uma debilidade orgânica, o que tornava, sob esse ângulo, inviável qualquer ação educacional ou de socialização do garoto; Itard, por outro lado, mais próximo da epistemologia empirista-sensualista de Condillac, entendia que o processo de socialização tinha um lugar privilegiado nesse caso. Num segundo nível, as autoras introduzem uma divisão entre o Itard cientista e o educador e argumentam que o estudioso francês haveria se equivocado nas duas funções. Como cientista, Itard teria “coisificado” o garoto e, portanto, isentado de subjetividade a sua relação com Victor, o que, por sua vez, o teria levado à sua falha primordial no papel de educador.
O quinto ensaio, O selvagem poderia ter falado? Ou das condições estruturais de uma educação, escrito por Leandro de Lajonquière, introduz uma importante reflexão sobre o contexto científico de busca pelo “homem natural” e a maneira pela qual Victor satisfez, pelo menos por um período, a busca de tal ideal. Todavia, a principal intenção do ensaio é fazer paralelos entre os procedimentos médicos e pedagógicos conduzidos por Itard, no caso Victor e aqueles conduzidos por Anne Sullivan (1866-1936), no caso Helen Keller (1880-1968). Nesse sentido, Lajonquière discute o que denomina de as “condições necessárias” ou as “condições estruturais” para o sucesso do empreendimento educacional em ambos os casos; falho, na visão do autor, no caso de Itard, uma vez que o estudioso nunca abandonou a ideia de uma medicina moral, isto é, de que estava resgatando Victor de um estado selvagem e de uma tábula rasa. O contrário disso teria ocorrido no caso de Helen Keller; bem sucedido em função da devida ênfase dada por Anne Sullivan ao vínculo afetivo com a garota surda e cega, o que criou as condições para a emergência da fala.
No sexto ensaio, Itard e Vigotski: um diálogo possível, Ana Luiza Smolka e Débora Dainez retomam um dos fios condutores da obra, a saber, a relação entre cultura e natureza, particularmente direcionada para o problema da gênese das funções psicológicas e para uma das derivantes de tal problema: a emergência da própria linguagem humana. Nesse sentido, as autoras aludem a dois lados de um debate contemporâneo, um liderado pelo linguista Noam Chomsky, que propõe a linguagem como um dispositivo inato e o outro, representado pelo psicólogo Michael Tomasello, que defende a cognição social, filogeneticamente produzida, como condição para a emergência da linguagem.
As autoras analisam ainda a relação entre Itard e Vygotsky, objetos do ensaio, seja pelos pontos de convergência entre eles, isto é, de que a “humanização” só se adquire pela cultura e educação; seja pelos de divergência, o lugar da fala como condição de pensar e conhecer. Nesse sentido, as autoras exploram alguns dos problemas cardinais da obra: “Como o signo, a palavra/língua(gem) afeta e constitui o psiquismo humano? Como as funções da linguagem se relacionam com as funções psicológicas?” (p.115). Do ponto de vista histórico, científico e filosófico, o problema parece ser mais viável de ser elaborado do que respondido. De qualquer maneira, as autoras pressionam possibilidades de encaminhamento da questão traçando paralelos entre o caso de Victor e o de Guilherme, um garoto com síndrome de Down no contexto de uma escola pública na década de 2010 que, assim como Victor, não falava. Dessa forma, permanecem as questões de mesma natureza: “Se há impossibilidade de falar, há impossibilidade de pensar? De compreender? De significar?” (p.118).
O sétimo ensaio, Olhares cruzados sobre a educação de um jovem selvagem: Itard (1801) – Truffaut (1970), traz uma análise conjunta do filme de Truffaut e dos escritos de Itard. As autoras, Anne Goliot-Lété e Sophie Lerner-Seï, dispensam maior atenção ao filme O garoto selvagem enquanto apropriação e reinterpretação do caso de fins do século XVIII. Nesse sentido, as autoras exploram o saber de Jean Itard num espelhamento semiótico entre os textos e o conteúdo do filme e evidenciam como determinadas imagens da película enunciam um complexo quadro psíquico do qual emergem as figuras espelhadas de Itard e Truffaut, Victor de Aveyron e Jean-Pierre Cargol e a atriz Françoise Seigner e a Madame Guérin, a governanta que auxiliou no projeto educativo de Itard. Nesse limiar, criado entre os dois suportes de análise, as autoras analisam o protagonismo dos diferentes atores na educação de Victor e os limites e avanços que o filme apresenta enquanto interpretação dos escritos de Itard.
Convém sublinhar que a obra em análise apresenta uma proposição metodológica ao mesmo tempo ousada e, do ponto de vista da análise histórica, com uma potencial limitação. Tal limitação se traduz em perguntas como: “O selvagem poderia ter falado?”, (p.79) ou em afirmações como “Itard errou” (p.77). Tanto a pergunta quanto a afirmação pressupõem um olhar comparativo do presente em direção ao passado e, portanto, um olhar informado por teorias de verdade contemporâneas. Nesse sentido, embora seja tentador perguntar se Itard poderia, de fato, ter adotado procedimentos médicos e educacionais diferentes, a resposta a essa pergunta parece estar limitada ao regime de pensamento do seu tempo.
Para além dessa potencial limitação na abordagem do caso, isto é, resguardado o historicismo metodológico indicado por historiadores da ciência como Georges Canguilhem,2012 resta-nos retomar a ousadia metodológica e o aspecto profundamente provocativo do livro: a análise de um caso histórico no qual estão em jogo projetos educativos e científicos e o esforço de refletir comparativamente epistemologias do passado e do presente, particularmente, epistemologias ligadas a relação entre linguagem e pensamento. As reflexões advindas daí são, como fica claro nos sete ensaios primorosamente redigidos do livro, profundamente instigantes e inesgotáveis. Instigam, ainda, o leitor ao exame da segunda parte da obra, os Escritos de Jean Itard.
Referências
CANGUILHEM, G. Estudos de História e Filosofia das Ciências: concernente aos vivos e à vida. Trad. Abner Chiquieri. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012. [ Links ]
Raphael Uchôa – Centro Simão Mathias de Estudos em História da Ciência (CESIMA), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, Brasil; https://orcid.org/0000-0003-3484-8336; rbsuchoa@gmail.com.
Nobrezas e Hierarquias sociais, séculos XV-XIX / Revista Maracanan / 2018
O presente dossiê foi concebido com o intuito de reunir estudos sobre o papel da nobreza e das hierarquias sociais de maneira mais ampla. Congrega, portanto, textos que versam sobre as formas como essas hierarquias e o próprio conceito de nobreza eram pensados entre os séculos XV e XIX, bem como análises sobre as estratégias, redes e trajetórias de grupos ou indivíduos na mesma temporalidade.
Na Época Moderna, a desigualdade era naturalizada, constituindo-se em elemento central do ordenamento social, jurídico e ideológico europeu. Os diferenciais de renda e riqueza eram muito marcados e crescentes, 1 mas os discursos dominantes sobre a estrutura social enfatizavam o nascimento e a honra para justificar as disparidades que separavam o nobre de província do camponês que lavrava sua terra ou a aristocrata da criada que lhe vestia. 2
Tais atos de fala não são meras cortinas de fumaça, mas sim, como escreveu Barbara Fields, “o vocabulário descritivo da existência cotidiana, [configurando uma ideologia,] através da qual as pessoas compreendem a realidade em que vivem e que criam no dia a dia”. 3 Afinal, como indagou Marc Bloch, “uma hierarquia social é algum dia outra coisa que um sistema de representações coletivas, móveis por sua própria natureza?”. 4 Nesse sentido, trabalhos como as notas de pesquisa de Marcone Aroucha no presente dossiê, “Nobreza ibérica na Alta Idade Moderna: o mérito, a linhagem, os discursos” e de Nara Maria de Paula Tinoco, “Nobres e magistrados: uma discussão sobre o conceito de nobreza”, que analisa a relação entre nobreza e magistratura, são contribuições relevantes à compreensão de concepções coevas sobre nobreza e seus impactos sobre as escolhas das elites dos dois lados do Atlântico em sua busca por legitimidade social. A importância da honra estamental para a sociedade do Antigo Regime levava os agentes a buscarem o estatuto de nobreza através de estratégias diversas, termo, aliás, muito frequente nas análises sobre os processos de nobilitação como podemos perceber no artigo de Marcia Eliane Alves de Souza e Mello, “A trajetória de uma rede familiar no Pará setecentista: O caso da família Góis” e na nota de pesquisa de Maria Beatriz Gomes Bellens Porto, “Estratégias sociais nas festas de São Sebastião: o exemplo do financiador José Antônio de Freitas Guimarães no Rio de Janeiro (1795-1810)”.
Os dois princípios de hierarquização – classe e estamento – estavam intimamente ligados, pois recursos financeiros eram necessários para “viver a lei da nobreza”, como se dizia na Península Ibérica, e endinheirados costumavam ao longo de uma ou duas gerações transformar seu capital econômico em simbólico através da compra de terras, cavalos e (quando disponíveis) títulos e ofícios nobilitantes, afastando-se das atividades comerciais e manufatureiras, no processo batizado por Fernand Braudel, talvez com excesso de severidade e teleologismo, de “traição da burguesia”. 5
Pode-se dizer, portanto, que a Europa era, e o mesmo é válido com ainda mais razão para as sociedades coloniais em formação nas Américas, “uma sociedade estamental tendencialmente classista, um mundo ordenado teoricamente pelo sangue e nascimento; distribuído em grupos em realidade graças ao dinheiro e às relações pessoais e familiares. Neste sentido, a nobreza é antes de tudo um ideal, um modo de vida, uma aspiração”. 6
A história da nobreza europeia não é, portanto, uma inverossímil sobrevivência das mesmas linhagens da Idade Média até a Era das Revoluções, mas sim um constante processo de nobilitação e decadência, em que plebeus se tornavam nobres, a nobreza de província ascendia à Corte e cortesãos tornavam-se aristocratas, ao mesmo tempo em que famílias antes proeminentes desapareciam. Em Portugal, como no restante da Europa, o período que vai da segunda metade do século XIV até finais do Quinhentos foi de significativa mobilidade social, constituindo-se justamente nessa época a nobreza moderna. 7 Essa dinâmica também esteve profundamente ligada à monarquia pois, diferente do que defendera a historiografia tradicional, não havia uma oposição entre poder aristocrático e poder régio, mas sim uma relação umbilical, como se depreende da análise da professora Mafalda Soares da Cunha na entrevista que fecha esse dossiê.
Como aponta a historiadora portuguesa em sua fala, a especificidade lusitana está, porém, na importância que as possessões extra-europeias assumiram nesse processo, como se vê no artigo de Nuno Vila-Santa, “Do Algarve ao Império e à titulação: estratégias de nobilitação na Casa dos Barretos da Quarteira (1383-1599)”. Este trabalho é exemplar por demonstrar várias questões centrais nas historiografias sobre a nobreza: destaca, em primeiro lugar, tanto a importância do serviço ao monarca na ascensão de uma família provincial quanto o papel cada vez mais central assumido pelo império na reprodução social nobiliárquica desde o século XV. Também ilustra o ponto de Mafalda Soares da Cunha de que não é recomendável cindir de maneira exageradamente abrupta o final da Idade Média do início da Época Moderna, pois, especialmente no tocante à formação do grupo nobiliárquico, há muitas continuidades. Por último, evidencia a importância das estratégias familiares de longo prazo para a consolidação e exaltação do estatuto nobiliárquico.
Em razão do processo de atlantização do império português, o serviço no Estado do Brasil assumiu uma importância crescente a partir do século XVII e ainda mais no seguinte. 8 Devido à relevância política dos governadores e vice-reis, um estudo cuidadoso de suas origens e relações sociais pode iluminar sua relação com os vassalos ultramarinos. Reside aí a importância do artigo de Érica Lôpo de Aráujo sobre o início da trajetória de um aristocrata e militar que viria a se tornar um dos mais polêmicos governantes da América Portuguesa, o Conde de Óbidos: “D. Vasco de Mascarenhas: nobreza e trajetória de serviços (1626-1640)”.
O estudo das nobrezas lusoamericanas ainda é, mesmo depois das obras de fôlego de Evaldo Cabral de Mello, João Fragoso e Ronald Raminelli, 9 tema merecedor de mais atenção. Uma das áreas em que restam territórios a serem explorados é sua relação com os grupos subalternos dos quais dependiam seu poder, seguindo o exemplo de Mafalda Soares da Cunha em sua tese de doutoramento para a maior Casa aristocrática de Portugal, como destaca em sua entrevista. No Brasil, Fragoso tem estudado a relação com os cativos através do compadrio, 10 mas o artigo de Israel Silva Aquino & Fábio Kuhn, “Redes, hierarquia e interdependência social nas relações de compadrio do século XVIII (Viamão – 1747-1769)”, busca identificar as relações sociais de duas poderosas famílias do extremo sul do Estado do Brasil. Recorrendo à metodologia da análise de redes sociais, tem como uma de suas contribuições mais interessantes a descoberta da centralidade feminina nessas relações, sugerindo que os estudos sobre elites e nobreza devem esforçar-se mais para refletir sobre o papel das mães, esposas e filhas na constituição e reiteração das nobrezas locais.
Para além disso, cabe ressaltar a carência de estudos sobre a nobreza imperial brasileira tal como se configurou após a independência. Embora a concepção de nobreza já estivesse em processo de transição desde o período moderno, incorporando a variante do mérito, com a difusão dos critérios liberais, os debates políticos que se afirmaram nas primeiras décadas do Império independente apresentaram uma reflexão sobre a nobreza, tendo muitas vezes questionado sua existência ou, mesmo quando a tomaram como dada, buscando incorporar novos sentidos a ela. Nesta perspectiva, o modelo liberal que atentava para a figura do indivíduo, e não do pertencimento ao corpo social tal como existente no Antigo Regime, e, consequentemente, para a ideia de mérito, permeou a reformulação que muitos grupos faziam da sociedade. É preciso repensar, portanto, a ideia de nobreza e atentar para as formas como ela passou a ser concebida pelos atores políticos da época, para além do aprofundamento dos estudos sobre as relações entre nobreza e elite política e nobreza e poder econômico, aspectos os quais a análise de Luiz Fernando Saraiva, no artigo “O espaço da nobreza: hierarquia do poder em Minas Gerais no século XIX”, adiciona contribuição fundamental.
A manutenção de títulos e distinções no Império do Brasil não implicava necessariamente na manutenção dos sentidos construídos ao longo do Antigo Regime. Embora também nos séculos anteriores eles fossem múltiplos, fato é que a transição por que passou o novo Império que se criava, após os debates liberais e constitucionalistas, não poderia deixar de produzir uma grande aceleração nas maneiras de conceber as hierarquias sociais. Evidentemente, não se quer aqui afirmar que a nobreza imperial brasileira fosse completamente distinta daquela existente no período moderno, mas sim atentar para o fato de que os agentes históricos construíam e reconstruíam os sentidos atribuídos a ela, de modo que coexistiam percepções que a ligavam aos sentidos do Antigo Regime, e outras que as relacionavam aos sentidos liberais.
Compreender os sentidos atribuídos a esses títulos é fundamental porque permite o entendimento das ações e estratégias a que estavam dispostos os sujeitos históricos para alcançá-los. A legitimidade conferida por um título ou pela ocupação de um cargo valorizado na sociedade permite a compreensão das relações sociais, políticas ou econômicas traçadas antes do “prêmio”, mas também daquelas traçadas posteriormente a ele, visto que a legitimidade conferida pela titulação ou cargos colocava o agente em uma posição privilegiada para adquirir outras vantagens sociais. Com isso, quer-se dizer que essas posições não eram apenas o “fim” da trajetória, mas também representavam a abertura de outras possibilidades para o sujeito.
Para além do debate sobre a nobreza e sobre hierarquias sociais stricto sensu, percebemos no texto “A distância entre a cidade efêmera e a memória das pedras: arquitetura e hierarquia no Rio de Janeiro do período joanino” de Carlos Eduardo Pinto de Pinto como se pode pensar a ideia de hierarquização em seu aspecto mais amplo, isto é, expressa nas modificações urbanas sofridas pela cidade do Rio de Janeiro após a chegada da corte. O autor analisa o contraste entre uma cidade real ou material e uma cidade ideal que era erguida especialmente nos momentos de festividades na Corte através de uma arquitetura efêmera a qual era somada às gradações sociais dos participantes.
Outros textos complementam esse número, como o excelente artigo “Disputas pela história contemporânea de Portugal: a polêmica político-historiográfica entre José Agostinho de Macedo e Hipólito da Costa” de André da Silva Ramos & Valdei Lopes de Araújo, no qual é tematizada a produção historiográfica no Império português entre os séculos XVIII e XIX e a resenha de Tania Regina de Luca, que nos brinda com reflexões sobre a obra Como era fabuloso o meu francês! Imagens e imaginários da França no Brasil (séculos XIX-XXI), organizada por Anaïs Fléchet, Olivier Compagnon e Silvia Capanema de Almeida.
Dito isso, resta-nos apenas desejar: Boa leitura!
Notas
- Ver, para o caso inglês, o importante livro de: WRIGHTSON, Keith. Earthly Necessities: Economic Lives in Early Modern Britain. New Haven: Yale University Press, 2000, p. 182-201.
- BURKE, Peter. The language of orders in early modern Europe. In: BUSH, Michael L. (ed.). Social Orders & Social Classes in Europe since 1500: Studies in social stratification. Harlow: Longman, 1992, p. 1-12; THOMPSON, Irving. Hidalgo and pechero: the language of “estates” and “classes” in early-modern Castille. In: CORFIELD, Penelope (ed.). Language, History and Class. Oxford: Basil Blackwell, 1991, p. 53-78.
- FIELDS, Barbara Jeanne. Slavery, Race and Ideology in the United States of America. New Left Review, n. 181, 1990, p. 110. Tradução nossa.
- BLOCH, Marc. Les caractères originaux de l’Histoire rural française. Paris: Armand Collin, 1968 [1931], vol. I, p. 89. Tradução nossa.
- BRAUDEL, Fernand. O Mediterrâneo e o Mundo Mediterrâneo na Época de Filipe II. São Paulo: EDUSP, 2016 [1949 / 1966], vol. II, p. 83-93.
- SORIA MESA, Enrique. La nobleza en la España moderna: cambio y continuidad. Madri: Marcial Pons, 2007, p. 319; Cf. também: p. 38-9 e 213-5.
- Ver, para a França, a síntese de: BEIK, William. A Social and Cultural History of Early Modern France. Cambridge: Cambridge University Press, 2009, p. 74-76.
- MONTEIRO, Nuno; CUNHA, Mafalda Soares da. Governadores e capitães-mores do império atlântico português nos séculos XVII e XVIII. In: MONTEIRO, Nuno; CUNHA, Mafalda Soares da; CARDIM, Pedro (eds.). OptimaPars: Elites Ibero-Americanas do Antigo Regime. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais, 2005, p. 191-252.
- Cf., dentre outros: MELLO, Evaldo Cabral de. Rubro Veio: o imaginário da Restauração Pernambucana. São Paulo: Alameda, 2008 [1986], 3ª ed. rev., p. 155-80; FRAGOSO, João. À Espera das Frotas: microhistória tapuia e a nobreza principal da terra (Rio de Janeiro, c. 1600 – c. 1750). 2005. Tese (Concurso para Professor Titular de Teoria da História) – Departamento de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro; Idem. Nobreza principal da terra nas repúblicas de Antigo Regime nos trópicos de base escravista e açucareira: Rio de Janeiro, século XVII a meados do século XVIII. In: FRAGOSO, João; GOUVÊA, Fátima (orgs.). O Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014, vol. III (1720-1821), p. 159-240; RAMINELLI, Ronald. Nobrezas do Novo Mundo. Rio de Janeiro: FGV, 2015.
- FRAGOSO, João. Elite das senzalas e nobreza da terra numa sociedade rural do Antigo Regime nos trópicos: Campo Grande (Rio de Janeiro), 1704-1741. In: FRAGOSO; GOUVÊA (orgs.). O Brasil Colonial. Op. cit., p. 241-305.
Camila Borges da Silva – Professora Adjunta, na área de História do Brasil, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). É doutora em História Social da Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio); mestre e graduada em História pela UERJ e graduada em Moda pela Universidade Cândido Mendes (UCAM); além de ter realizado estágio pós-doutoral no Departamento de História da Universidade Federal Fluminense. É autora de artigos em periódicos nacionais e internacionais e dos livros O símbolo indumentário: distinção e prestígio no Rio de Janeiro (1808-1821) (AGCRJ, 2010) e As ordens honoríficas e a Independência do Brasil: O papel das condecorações na construção do Estado Imperial brasileiro (1822-1831) (AN, 2018).
Thiago Krause – Professor Adjunto, na área de História Colonial, do Departamento de História e membro permanente do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Possui Doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Mestrado e graduação em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF). É autor dos livros Em busca da honra: a remuneração dos serviços da guerra holandesa e os hábitos das Ordens Militares (Bahia e Pernambuco, 1641-1683) (Annablume, 2012) e A América portuguesa e os sistemas atlânticos na época moderna: monarquia pluricontinental e Antigo Regime (Ed. FGV, 2013), este último publicado em conjunto com João Fragoso e Roberto Guedes.
SILVA, Camila Borges da; KRAUSE, Thiago. Apresentação. Revista Maracanan, Rio de Janeiro, n.19, 2018. Acessar publicação original [DR]
Arte, Imagem, Política: Curadoria, Circuitos e Instituições | MODOS. Revista de História da Arte | 2018
As relações entre os termos Arte e Política são complexas e por vezes, paradoxais. Durante o longo processo histórico de constituição do campo artístico em sua forma moderna, posições divergentes têm defendido tanto a total autonomia entre arte e política, quanto a indissociabilidade de suas conexões. Entre um extremo e outro, seguimos com Jacques Rancière, quando argumenta que “arte e política tem a ver uma com a outra como formas de dissenso, operações de reconfiguração da experiência comum do sensível” (2012: 63). Nestes termos, entendemos que as relações entre arte e política passam pelos temas abordados pelos artistas em suas obras, assim como por suas opções formais, estéticas, por seus processos de trabalho e de exibição. Os projetos de curadoria e de exposição, por sua vez, podem ser considerados como tomadas de posições políticas, tanto em relação às questões específicas do mundo da arte, quanto aos limites sobre o que é aceito socialmente como arte em um momento dado ou às transgressões das fronteiras da moral ou do “bom-gosto”. A atuação de historiadores e críticos de arte também pode ser pensada nestes termos, se consideramos suas narrativas como construções de poder simbólico. Por fim, as relações de poder entre os agentes, as instituições – museus, academia – e a lógica contemporânea de funcionamento do mercado produzem e conectam diferentes circuitos, gerando impactos diversos nos papeis e no lugar ocupado pela arte na sociedade contemporânea. Leia Mais