Aedos. Porto Alegre, v.14, n.32, 2022.

Aedos4 2

Brasil recente e os direitos humanos: novos olhares para a violência de Estado a partir das Comissões da Verdade

Editorial

  • Expediente
  • Vicente da Silveira Detoni, Renata dos Santos de Mattos
  • PDF
  • Editorial
  • Vicente da Silveira Detoni, Renata dos Santos de Mattos
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Apresentação

Dossiê Temático

Artigos

Resenhas

Traduções

Publicado: 2023-01-30

Pilquen. Buenos Aires, v.25, n.4, octubre/diciembre, 2022.

ARTÍCULOS

RESEÑAS

PUBLICADO: 2023-01-30

Cantareira. Niteroi, n. 37, 2022.

Cantareira3

História da saúde na América Latina (séculos XVI-XXI): instituições, sujeitos, debates e práticas

Expediente

Apresentação do Dossiê

Entrevista do Dossiê

Transcrições

Publicado: 2023-01-29

Fronteiras – Revista Catarinense de História. Florianópolis, n.41, 2023.

Fronteiras ANPUH SC

Usos do passado, ética e negacionismos

jan./jun. 2023

Editorial

Apresentação

  • Walderez Ramalho, Augusto de Carvalho, Samira Peruchi Moretto
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Dossiês

Artigos

Publicado: 27-01-2023

Trilhas da História. Três Lagoas, v.12, n.23, 2022.

Trilhas de Historia2

USOS E DESUSOS DAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS

Dossiê

Artigos livres

Ensaios de Graduação

Publicado: 2023-01-27

História Unisinos. São Leopoldo, v.27, n.01, jan./abr., 2023.

Historia Unisinos 1

Artigos

Resenhas Críticas

Publicado: 2023-01-27

Literatura História e Memória. Cascavel, v.18, n.32, 2022.

Literatura Historia e Memoria

TEATRO LATINO-AMERICANO CONTEMPORÂNEO: MEMÓRIA E TESTEMUNHO

PÁGINAS INICIAIS

APRESENTAÇÃO

DOSSIÊ TEATRO LATINO-AMERICANO CONTEMPORÂNEO: MEMÓRIA E TESTEMUNHO

PUBLICADO: 24-01-2023

Smoking and Culture: The Archaeology of Tobacco Pipes in Eastern North America | Sean Rafferty e Rob Mann

A obra Smoking and culture ou, em português, “Fumo e Cultura”, em livre tradução, faz uma arqueologia dos cachimbos e da cultura do fumo, enfocando o leste dos Estados Unidos. Contendo onze capítulos, o livro pode ser dividido em três partes a partir de uma perspectiva temporal: período pré-colonial, a época do contato e o período histórico, ou pós-contato.

O livro é resultado dos trabalhos apresentados na reunião anual da Society for American Archaeology, em 2001, na mesa intitulada “The Sot Weed Factor”, em que pesquisas recentes sobre cachimbos foram apresentadas. Ao organizarem esse simpósio, Sean Rafferty e Rob Mann reagiam a uma tendência nas pesquisas sobre cachimbos, mas também, de uma maneira geral, a uma tendência nos estudos de cultura material em arqueologia: o foco nas descrições dos objetos arqueológicos e as preocupações de pesquisa que se restringem a cronologias e tipologias. Apesar dessa tendência produzir grandes contribuições no campo do conhecimento tecnológico do material em si, pouco informam sobre as pessoas e as sociedades que o criaram e usaram. Outra questão é que mesmo que os pesquisadores e pesquisadoras, tanto de arqueologia pré-colonial como de arqueologia histórica, considerem os cachimbos como marcadores culturais e cronológicos, há poucos estudos comparativos sobre o papel deles nas sociedades nas quais estão inseridos e sobre como podemos aprender a respeito de determinada sociedade através do uso de cachimbos, ainda que essa perspectiva venha mudando nos últimos dez anos. Portanto, nesse livro, os autores buscam superar essas perspectivas altamente descritivas e tipológicas. Leia Mais

Going Underground: The Meanings of Death and Burial for Minority Groups in Israel | Talia Shay

Talia Shay es una arqueóloga sumamente experimentada, activa desde su licenciatura en 1965 en Israel, que ha realizado estadías en Estados Unidos y México. Su amplia gama de intereses académicos incluyen un sinfín de temas, desde el mundo precolombino hasta la arqueología de los enterratorios, pasando por el arte rupestre paleolítico y la etnografía. Su volumen editado, Limitations of Archaeological Knowledge (Liège, Universidad de Liège, 1992, coeditado junto a Jean Clottes) resultó novedoso, al reunir algunos de los trabajos y autores más innovadores y desafiantes, tales como E. Kofi Agorsah, Paul Bahn, Peter Ucko y Marcel Otte. Shay estuvo por varias décadas con Peter Ucko en el World Archaeological Congress, WAC, hasta la muerte de este último, después de la cual siguió siendo activista del WAC. Entre otros múltiples temas, el volumen incluyó discusiones sobre objetividad y subjetividad, nacionalismo, ética, chauvinismo, etc. Ahora, Talia Shay publica una obra maestra: Going Underground: The Meanings of Death and Burial for Minority Groups in Israel (Oxford, Archaeopress, 2021, ISBN 9781789696202). Allí reúne diversos enfoques, fundamentalmente filosóficos pero también históricos, antropológicos y arqueológicos, de una variedad de autores como Philippe Ariès, Marc Augé, Zygmund Bauman, Homi Bhaba, Michel de Certeau, Gilles Deleuze, Jacques Derrida, Michel Foucault, Felix Guattari, Alfredo González-Ruibal, Maurice Halbawchs, Cornelius Holtorf, Bruno Latour, Emmanuel Lévinas, Claude Lévi-Strauus, Pierre Nora, Mike Parker Pearson y Eduardo Viveiros de Castro.

Su postura surge de una perspectiva crítica del conocimiento y la sociedad que pone a prueba y supera la objetivación, y que apunta a incluir a la gente viva, desafiando la exclusión de las alteridades sin voz. Su ética del encuentro incluye una apertura humanista al Otro, poniendo en relación el pasado y el presente, o el patrimonio y el futuro fundado en las diferencias y la posibilidad de vivir juntos. Este posicionamiento teórico se combina con un diagnóstico de las relaciones sociales contemporáneas en un mundo de supermodernidad que devasta a los seres humanos, a los otros seres vivos y a las cosas mismas. El capitalismo tardío o la modernidad líquida pueden ser desafiados al dar voz a las alteridades, tomando en cuenta los rasgos mezclados de la hibridez que resulta de los encuentros etnográficos con la gente viva. Shay estudia cómo la muerte y lidiar con la muerte son considerados por diferentes personas en el Israel actual, tanto en sus prácticas y narrativas como en la evidencia arqueológica, material. Su postura sobre los enterratorios y cementerios también se contrapone a las teorías antropológicas universalistas y esencialistas, fundadas en el supuesto de compartir normas y comportamientos, y el control del estado y la violencia. La crítica postcolonial desafía las afirmaciones de objetividad y la violencia simbólica. Los enterratorios pueden ser considerados desde diferentes miradas, incluyendo a los intereses locales, el factor histórico y colonial, y las políticas de identidad, entre otros. Leia Mais

Perspectives on the Archaeology of Pipes/Tobacco and other Smoke Plants in the Ancient Americas | Elizabeth Bollwerk e Shannon Tushingham

Publicado em 2016 na versão e-book pela editora Springer, o livro “Perspectives on the Archaeology of Pipes, Tobacco and other Smoke Plants in the Ancient Americas” é uma obra que merece divulgação e destaque na Arqueologia nacional. Com edição e organização de Elizabeth A. Bollwerk e Shannon Tushingham, traz importantes contribuições de diversos autores empenhados em desvendar o universo dos cachimbos e as dinâmicas do fumo na América pré-colonial. Trata-se da primeira publicação que converge, de forma sistemática, para estudos sobre tais temas.

Dividido em 14 capítulos independentes, organizados ao longo de 267 páginas, este volume apresenta pesquisas históricas, arqueológicas, químicas e etnográficas sobre questionamentos acerca de cachimbos e plantas relacionadas ao fumo. A partir de metodologias distintas, técnicas de análises interdisciplinares e uma impressionante abordagem tecnológica, os artigos fornecem significativas contribuições e abrem caminhos para investigações futuras. Leia Mais

Vestígios. Belo Horizonte, v.17, n.1, 2023.

VESTIGIOS UFMG

Expediente

ARTIGOS

RESENHAS DE LIVROS

PUBLICADO: 2023-01-23

Agora. Vitória, v.34, n.1, 2023.

História em Revista. Pelotas, v.28, n.1, 2022.

 

História & Ciências Sociais. Rio Grande, v.14, n. 29, 2022.

Historia e Ciencias Sociais

Corpos femininos livres, escravizados ou submissos de diversos tempos e espaços (Jul-Dez/2022),

Expediente

Editores FURG

Apresentação

Apresentação ao Dossiê

Dossiê

Artigos Livres

Resenhas

Publicado: 2023-01-19

Tzintzun. Morelia, n.77, enero-junio, 2023.

Artículos

Reseñas

Notas

Publicado: 2023-01-19

El culto a Juárez. La construcción retórica del héroe (1872-1976) | Rebeca Villalobos Álvares

Benito Juárez es una de las figuras heroicas por antonomasia de México, por lo que ha sido objeto de análisis en diferentes estudios que se han abocado a entender diferentes aspectos de su vida política, así como el aspecto mítico del originario de Oaxaca. Justamente, es lo referente al mito en lo que se enfoca Rebeca Villalobos en su libro, estudiando para ello la construcción retórica del héroe a partir de diversas representaciones relacionadas con el culto a Juárez.

La autora advierte que a Benito Juárez la muerte le sentó bien, pues a partir de su deceso ocurrido el 18 de julio de 1872, se desplegaron una serie de ceremonias fúnebres en honor al presidente. La autora se pregunta cuáles fueron las razones y mecanismos que llevaron a considerar a Juárez como uno de los héroes más importantes de la historia de México, para darse, a continuación, a la tarea de visibilizar las implicaciones políticas, retóricas y estéticas en la construcción de la figura heroica del hijo de Guelatao, además de observar los atributos más representativos de su imagen y las estrategias con las que fue difundida. Esto con el fin de identificar “cuáles han sido sus transformaciones más notables y cuáles las más significativas implicaciones de estos cambios” (p. 17). Leia Mais

Tzintzun. Morelia, n.77, enero/junio, 2023.

Artículos

Reseñas

Notas

Publicado: 2023-01-19

Revista de Teoria da História. Goiânia, v.25, n.2, 2022.

revista de teoria da historia

Atualismo e teorias contemporâneas do tempo histórico

Expediente

ARTIGOS DE DOSSIÊ

ARTIGOS LIVRES

ENSAIO

RESENHA

PUBLICADO: 2023-01-17

Outros Tempos. São Luís, v.20, n.35, 2023.

Outros Tempos UFMA

Dossiê – HISTÓRIA AGRÁRIA E DESLOCAMENTOS

Artigos

DOSSIÊ: HISTÓRIA AGRÁRIA E DESLOCAMENTOS

Entrevista

Resenhas

Publicado: 2023-01-17

Cadernos do Tempo Presente. São Cristóvão, v.13, jul./dez. n.2, 2022.

Tempo Presente UFS3

Artigos

Resenhas

Publicado: 2023-01-16

Revista de História da UEG. Morrinhos, v. 12, n. 01 (2023)

Editorial

Dossiê Temático

Artigos (Tema Livre)

Resenhas

DOI: https://doi.org/10.31668/revistaueg.v12i01

Publicado: 2023-01-13

História da Educação em Sergipe – 2022/2

Colegas, bom dia!

Sejam bem-vindos ao curso "História da Educação em Sergipe". Espero que todos estejam com saúde e assim permaneçam durante o curso.

Para evitar quebra de expectativas com o nosso curso, antecipo a apresentação do programa, informando o que a Universidade (o professor) vai oferecer a vocês e o que a Universidade (o professor) está esperando de vocês.

Peço que leiam com atenção e se certifiquem de querem mesmo seguir este curso e com o atual professor.

Até breve

Itamar Freitas.

São Cristóvão, 13 de janeiro de 2022.


A natureza metodológica do curso

O curso versa sobre alfabetização histórica e a crítica de livros de História da Educação, preferencialmente, sergipana, publicados entre 2020 e 2023, e é estruturado em 60 horas.

Todas as horas devem ser empregadas efetivamente nas atividades do curso, ou seja, o trabalho deve ser desenvolvido, estritamente, em duas horas semanais e nos horários prescritos pela oferta universitária.

Trata-se de um empreendimento estruturado em métodos ativos de ensino e aprendizagem. Isso significa que NÃO HÁ aulas expositivas do professor. NÃO HÁ coisas a serem ouvidas ou vistas em exposição oral. NÃO HÁ aulas/textos/atividades de recuperação para os que faltam às atividades.

Considerando a natureza da matéria (alfabetização histórica e avaliação de obras de História da Educação sergipana), o curso é realizado mediante a leitura, interpretação e crítica de fontes (trabalho individual), argumentação, narração e avaliação de textos (trabalho em dupla).

Pré-requisitos para a permanência no curso

Da parte de vocês, espero que estejam predispostos a cumprir as atividades prescritas com autonomia e a participarem das avaliações somativas no tempo e local especificados. O curso é presencial e considera a frequência normativa da UFS para efeito de aprovação.

Comprometimentos do professor do curso

Da minha parte, garanto a oferta de literatura especializada e atualizada sobre a matéria do curso, contida no programa e nos anexos.

Avaliação e notas

O curso está estruturado em duas unidades que geram duas avaliações somativas. As notas totais atribuídas a cada avaliação variam de 0 a 10 e seguem para o sistema acadêmico.

A primeira avaliação tem caráter individual. Ela é produzida sobre o desempenho dos alunos na execução das cinco atividades presenciais que compõem a primeira unidade. Cada atividade cumprida e entregue ao final da aula corresponde a dois (2) pontos.

A segunda avaliação é efetuada sobre um texto autoral produzido em duplas, no gênero resenha, com referida autorização para a publicação, exercitando a crítica a um livro cultural local (escolhido entre os títulos disponibilizados pelo professor) e entregue até 14a. semana do curso.

Ementa

A escolarização nos diferentes períodos históricos. Política e educação em Sergipe. Fontes e historiografia da educação em Sergipe.

Objetivos

Desenvolver conhecimentos, habilidades e virtudes epistêmicas relativas à alfabetização histórica para docentes.

Aplicar conhecimentos, habilidades e virtudes epistêmicas relativas ao pensamento crítico na avaliação de livros de História da Educação (preferencialmente) sergipana.


UNIDADE I - CONHECENDO E EXPERIMENTANDO A ALFABETIZAÇÃO HISTÓRICA

Objetivo: Desenvolver conhecimentos, habilidades e virtudes epistêmicas relativas à alfabetização histórica para docentes.

Atividades e calendário

Atividade 01 (20/01/2023)

O professor apresenta os objetivos e os momentos didáticos da atividade e a turma se apresenta e declara oralmente e por escrito as expectativas com a oficina.

Em seguida, convida os alunos a demonstrarem seus conhecimentos sobre passado e ciência da história, mediante análise de imagens e de textos breves, com impressões digitadas em formulários eletrônicos.

Por fim, o professor discute o resultado do diagnóstico sobre o entendimento de passado e ciência histórica, manifestado pelos alunos, que são convidados a relacionar os conhecimentos revelados no exercício com as suas práticas em sala de aula

Atividade 02 (27/01/2023)

O professor lista conceitos, habilidades de investigação relacionadas às operações processuais da pesquisa histórica e os alunos são convidados a produzirem trabalhos historiográficos.

Atividade 03 (03/03/2023)

O professor lista conceitos, habilidades de investigação relacionadas às operações processuais da pesquisa histórica e os alunos são convidados a produzirem trabalhos historiográficos.

Atividade 04 (10/02/2023)

O professor lista vocabulário, habilidades e técnicas de expressão relacionadas à operação de representação do passado e os cursistas são convidados a produzirem breves narrativas.

Atividade 05 (17/02/2023)

O professor lista vocabulário, habilidades e técnicas de expressão relacionadas à operação de representação do passado e os cursistas são convidados a produzirem breves narrativas.

Atividade 06: (24/02/2023)

Discussão e prática da pesquisa e escrita de textos argumentativos.

Atividade 07: (03/04/2023)

Discussão e prática da pesquisa e escrita de textos argumentativos.

 


UNIDADE II - CONHECENDO E AVALIANDO HISTORIOGRAFIA EDUCACIONAL

Objetivo: Aplicar de conhecimentos, habilidades e virtudes epistêmicas relativas ao pensamento crítico na avaliação de livros de História da Educação (preferencialmente) sergipana.

Atividade 08: (10/03/2023)

Leitura, resumo e avaliação de literatura não ficcional sergipana.

Atividade 09: (24/03/2023)

Leitura, resumo e avaliação de literatura não ficcional sergipana.

Atividade 10: (31/03/2023)

Leitura, resumo e avaliação de literatura não ficcional sergipana.

Atividade 11: (07/04/2023)

Leitura, resumo e avaliação de literatura não ficcional sergipana.

Atividade 12: (14/04/2023)

Leitura, resumo e avaliação de literatura não ficcional sergipana.

Atividade 13: (21/04/2023)

Leitura, resumo e avaliação de literatura não ficcional sergipana.

Atividade 14: (28/04/2023)

Leitura, resumo e avaliação de literatura não ficcional sergipana.

Atividade 15: (05/05/2023)

Leitura, resumo e avaliação de literatura não ficcional sergipana.

Atividade 14: (21/05/2023)

Leitura, resumo e avaliação de literatura não ficcional sergipana.

Atividade 15: (28/05/2023)

Leitura, resumo e avaliação de literatura não ficcional sergipana.

Atividade 16: (05/05/2023)

Leitura, resumo e avaliação de literatura não ficcional sergipana.

Atividade 17: (05/05/2023)

Avaliação colaborativa das resenhas produzidas pelas duplas.


REFERÊNCIAS 

ALBERTI, Verena. Fontes. In: In: OLIVEIRA, Margarida Maria Dias de; FERREIRA, Marieta de Moraes. Dicionário de ensino de história. Rio de Janeiro: FGV, 2021. p.107-112. Link

BERGER, Miguel. Acrísio Cruz: um intelectual sergipano defensor do Ensino Rural. XXVI Simpósio Nacional de História - ANPUH São. Anais... São Paulo, 2011.Link

CONCEIÇÃO, Joaquim Tavares da; SANTOS, Laísa Dias. A temática intelectuais na escrita da História da Educação em Sergipe (2004-2018). Práxia Educacional. Vitória da Conquista, v.15, n.35, p.407-425,, out./dez. 2019. Link

FREITAS, Anamaria Gonçalves Bueno de. Vestidas de azul e branco: um estudo sobre as representações de ex-normalistas (1920-1950). São Cristóvão/SE: Grupo de Estudos e Pesquisas em História da Educação/NPGED/UFS, 2003. Link *

FREITAS, Itamar. História, memória, a tarefa do historiador e da ciência da História. In: Fundamentos teórico-metodológicos para o Ensino de História (Anos Iniciais). São Cristõvão: Editora da UFS, 2010. p.37-55.Link

MARTIRES, José Genivaldo. "Flagrando a vida": trajetória de Lígia Pina - Professora, literata e acadêmica (1925-2014). São Cristóvão, 2016. Dissertação (Mestrado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Sergipe. Link*

NASCIMENTO, Jorge Carvalho do. Historiografia educacional sergipana: uma crítica aos estudos de história da educação. São Cristóvão: Grupo de Estudos e Pesquisas em História da Educação da UFS, 2003.

SANTOS, Fábio Alves dos. Olhares de Clio sobre o universo educacional: um estudo das monografias sobre Educação do Departamento de História da UFS (1996-2002). São Cristóvão: Grupo de Estudos e Pesquisas em História da Educação da UFS, 2003.

SANTOS, Marluce de Souza Lopes; MACHADO, Alessandra Pereira Gomes. A Historiografia Educacional em Sergipe. VI  Colóquio Internacional "Educação e Contemporaneidade". Anais... São Cristóvão, set. 2012.Link

SOUZA, Josefa Eliana. Nunes Mendonça: um escolanovista sergipano. São Cristóvão: Editora UFS, Aracaju: Fundação Oviêdo Teixeira, 2003. *


Itamar Freitas.

São Cristóvão, 13 de janeiro de 2022.

Seminários Integradores II 2022/2

Bem-vindos

Colegas, bom dia!

Sejam bem-vindos Seminários Integradores II. Espero que todos estejam com saúde e assim permaneçam durante o curso.

Para evitar quebra de expectativas com o nosso curso, antecipo a apresentação do programa, informando o que a Universidade (o professor) vai oferecer a vocês e o que a Universidade (o professor) está esperando de vocês.

Peço que leiam com atenção e se certifiquem de querem mesmo seguir este curso e com o atual professor.

Até breve

Itamar Freitas.

São Cristóvão, 12 de janeiro de 2022.


A natureza metodológica do curso

O curso versa sobre a crítica de livros de autores e/ou temáticas sergipanas publicados entre 2020 e 2023 é estruturado em 30 horas. Todas as horas devem ser empregadas efetivamente nas atividades do curso, ou seja, o trabalho deve ser desenvolvido, estritamente, em duas horas semanais e nos horários prescritos pela oferta universitária.

Trata-se de um empreendimento estruturado em métodos ativos de ensino e aprendizagem. Isso significa que NÃO HÁ aulas expositivas do professor. NÃO HÁ coisas a serem ouvidas ou vistas em exposição oral. NÃO HÁ aulas/textos/atividades de recuperação para os que faltam às atividades.

Considerando a natureza da matéria (pensamento crítico aplicado à escrita), o curso é realizado mediante a leitura, interpretação, argumentação, crítica e produção de textos em dupla.

Pré-requisitos para a permanência no curso

Da parte de vocês, espero que estejam predispostos a cumprir as atividades prescritas com autonomia e a participarem das avaliações somativas no tempo e local especificados.

Comprometimentos do professor do curso

Da minha parte, garanto a oferta de literatura especializada e atualizada sobre a matéria do curso, contida no programa e nos anexos.

Avaliação e notas

O curso está estruturado em duas unidades que geram duas avaliações individuais somativas. As notas totais atribuídas a cada avaliação variam de 0 a 10 e seguem para o sistema acadêmico.

A primeira avaliação é efetuada sobre o desempenho dos alunos na execução das cinco atividades presenciais que compõem a primeira unidade. Cada atividade cumprida e entregue ao final da aula corresponde a dois (2) pontos.

A segunda avaliação é efetuada sobre um texto autoral produzido em duplas, no gênero resenha, com referida autorização para a publicação, exercitando a crítica a um livro cultural local escolhido entre os títulos disponíveis abaixo e entregue até 14a. semana do curso.

Ementa

Definição de temáticas de estudo e pesquisa via componentes curriculares do período, a partir da aprovação do Colegiado do Curso, com vistas à articulação de ação extensionista.

Objetivos

Desenvolver conhecimentos, habilidades e virtudes epistêmicas relativas ao pensamento crítico.

Aplicar conhecimentos, habilidades e virtudes epistêmicas relativas ao pensamento crítico na avaliação de livros de autores sergipanos sobre a cultural local.


UNIDADE I - Conhecendo e praticando o pensamento crítico

Objetivo: Desenvolver conhecimentos, habilidades e virtudes epistêmicas relativas ao pensamento crítico.

Atividades e calendário

Atividade 01 (19/01/2023): Apresentação, discussão e uso dos conceitos básicos do pensamento crítico.

Atividade 02 (26/01/2023): Discussão sobre as maneiras eficazes do uso da linguagem para pensar de forma clara e eficaz.

Atividade 03 (02/02/2023): Discussão sobre as falácias lógicas mais comuns.

Atividade 04 (09/02/2023): Desenvolvimento de habilidades de análise e avaliação de argumentos.

Atividade 05: (16/02/2023): Discussão e prática da pesquisa e escrita de textos argumentativos.

Atividade 06: (23/02/2023): Discussão e prática da pesquisa e escrita de textos argumentativos.

Atividade 07: (02/03/2023): Discussão e prática da pesquisa e escrita de textos argumentativos.

 

SEGUNDA CHAMADA PARA AVALIAÇÕES DA UNIDADE 1

Atividade 1 - Conceitos básicos do Pensamento Crítico

Atividade 2 - Usos da linguagem para pensar de forma clara e eficaz

Atividade 3 - Discussão sobre as falácias lógicas de relevância

Atividade 4 - Discussão sobre as falácias lógicas de evidência insuficiente

Atividade 5 - Avaliando argumentos


UNIDADE II - AVALIANDO LIVROS SERGIPANOS DE MODO CRÍTICO

Aplicar conhecimentos, habilidades e virtudes epistêmicas relativas ao pensamento crítico na avaliação de livros de autores sergipanos sobre a cultural local.

Atividade 08: (09/03/2023) Leitura, resumo e avaliação de literatura não ficcional sergipana.

Atividade 09: (16/03/2023) Leitura, resumo e avaliação de literatura não ficcional sergipana.

Atividade 10: (23/03/2023) Leitura, resumo e avaliação de literatura não ficcional sergipana.

Atividade 11: (30/03/2023) Leitura, resumo e avaliação de literatura não ficcional sergipana.

Atividade 12: (06/04/2023) Leitura, resumo e avaliação de literatura não ficcional sergipana.

Atividade 13: (13/04/2023) Leitura, resumo e avaliação de literatura não ficcional sergipana.

Atividade 14: (27/04/2023) Leitura, resumo e avaliação de literatura não ficcional sergipana.

Atividade 15: (04/05/2023) Leitura, resumo e avaliação de literatura não ficcional sergipana.

Atividade 14: (27/04/2023) Leitura, resumo e avaliação de literatura não ficcional sergipana.

Atividade 15: (11/05/2023) Avaliação colaborativa das resenhas produzidas pelas duplas.


REFERÊNCIAS PARA CONSULTA

BASSHAM, Gregory; IRWIN, William; NARDONE, Henry; WALLACE, James M. Critical Thinking. 7ed. New York: McGraw Hill, 2023.

COELHO, Humberto Schubert. O pensamento crítico: história e método. Juiz de Fora: Editora da UFJF, 2022.

HOOKS, Bell. Ensinando pensamento crítico. Sdt.: Editora Elefante, 2022.

Estrutura e Funcionamento do Ensino 2022/2

Bem-vindos

Colegas, bom dia!

Sejam bem-vindos ao curso de “Estrutura e Funcionamento do Ensino”. Espero que todos estejam com saúde e assim permaneçam durante o curso.

Para evitar quebra de expectativas com o nosso curso, antecipo a apresentação do programa, informando o que a Universidade (o professor) vai oferecer a vocês e o que a Universidade (o professor) está esperando de vocês.

Peço que leiam com atenção e se certifiquem de querem mesmo seguir este curso e com o atual professor.

Até breve

Itamar Freitas.

São Cristóvão, 12 de janeiro de 2022.


A natureza metodológica do curso

O curso é estruturado em 60 horas. Todas as horas devem ser empregadas efetivamente nas atividades do curso, ou seja, o trabalho deve ser desenvolvido, estritamente, em quatro horas semanais e nos horários prescritos pela oferta universitária.

Trata-se de um empreendimento estruturado em métodos ativos de ensino e aprendizagem. Isso significa que, praticamente, NÃO HÁ aulas expositivas do professor. NÃO HÁ coisas a serem ouvidas ou vistas em exposição oral. NÃO HÁ aulas/textos/atividades de recuperação para os que faltam às atividades.

Considerando a natureza da matéria (estrutura e funcionamento do ensino escolar no Brasil), o curso é realizado mediante a leitura, produção fichamentos (resumos, esquemas, mapas conceituais etc.) e o exercício dessa produção em atividades individuais.

Pré-requisitos para a permanência no curso

Da parte de vocês, espero que estejam predispostos a ler e a fichar textos básicos sobre a matéria com autonomia e a participarem das avaliações somativas no tempo e local especificados.

Comprometimentos do professor do curso

Da minha parte, garanto a oferta de literatura especializada e atualizada sobre a matéria do curso, contida no programa e nos anexos.

Avaliação e notas

O curso está estruturado em duas unidades que geram duas avaliações individuais somativas. As notas totais atribuídas a cada avaliação variam de 0 a 10 e seguem para o sistema acadêmico.

As avaliações são do tipo questionário com 20 itens de resposta construída, selecionada e/ou mista, com quatro alternativas de resolução. São aplicadas respectivamente na sétima e na décima quinta semana de curso.

Ementa

A política educacional brasileira. Organização e funcionamento da educação básica. Constituição da República Federativa Brasileira (1988). A Lei de Diretrizes e Bases – Lei nº 9.394/96. Plano Nacional de Educação. Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. O Novo Ensino Médio. Base Nacional Comum Curricular.

Objetivo geral

Conhecer, analisar e criticar documentos básicos que estruturam o ensino escolar brasileiro em termos de valores, criação, gestão, financiamento e regulação dos saberes e práticas do ensino e da aprendizagem.

Objetivos específicos

Conhecer, analisar e criticar valores básicos da educação escolar nacional em termos de princípios e modos de financiamento, prescritos na Constituição Federal de 1988 e no Plano Nacional da Educação (PNE).

Conhecer, analisar e criticar sujeitos, funções e natureza da criação, regulação e gestão escolares, prescritos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN) e nas Diretrizes Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica.

Conhecer, analisar e criticar sujeitos, funções e natureza das finalidades, métodos e conteúdo da educação escolar nacional, segundo prescrições da Base Nacional Curricular Comum (BNCC) e da Reforma do Ensino Médio.

Conhecer os marcos legais, as áreas do conhecimento, as competências gerais, as competências de área do conhecimento e a estrutura sintática das expectativas de aprendizagem prescritas na BCNN.na Base Nacional Curricular Comum (BNCC).


UNIDADE I - PRESCRIÇÕES DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, DA LEDB, DO PNE E DA BNCC-FORMAÇÃO

Objetivo 1: Conhecer, analisar e criticar valores básicos da educação escolar nacional em termos de princípios e modos de financiamento, prescritos na Constituição Federal de 1988 e no Plano Nacional da Educação (PNE).

Objetivo 2: Conhecer, analisar e criticar sujeitos, funções e natureza da criação, regulação e gestão escolares, prescritos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN) e nas Diretrizes Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica.

Textos básicos

1. Constituição Federal de 1988

2. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

3. Plano Nacional de Educação (HTML) | PDF

4. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação)

Textos de apoio

1. Conhecendo os valores que orientam a educação escolar brasileira na Constituição de 1988 

2. Lendo como um profissional do Direito

3. A metodologia da interpretação da Constituição tradicional (Excertos) [Texto de auxílio à leitura da Constituição de 1988]

4. Estrutura da BNCC-Formação

Atividades e calendário

Atividade 1 (19/01/2023): leitura e discussão do texto de apoio n. 1, que introduz a leitura da Constituição, da LDB, da BNCC Formação e do PNE.

Atividade 2 (26/01/2023): leitura e discussão do texto de apoio n. 2, que introduz a leitura da Constituição, da LDB, da BNCC Formação e do PNE.

Atividade 3 (02, 09, 23/02 e 02/03/2023): leitura, discussão colaborativa e fichamento dos textos básicos (1, 2, 3 e 4), buscando responder às questões chave prescritas no objetivo da unidade, ou seja, conhecer, analisar e criticar princípios, metas, sujeitos, funções e natureza e as fontes de financiamento da educação escolar nacional.

Atividade 4 (09/03/2023): resolução das 20 questões da prova escrita de resposta construída, selecionada e/ou mista, em período de até quatro horas aula.

Atividade 5 (16/03/2023): discussão sobre a avaliação somativa e retroalimentação.



UNIDADE II - PRESCRIÇÕES DA BNCC E DA REFORMA DO ENSINO MÉDIO

Objetivo 1: Conhecer, analisar e criticar sujeitos, funções e natureza da criação, regulação e gestão escolares, prescritos na Reforma do Ensino Médio.

Objetivo 2: Conhecer os marcos legais, as áreas do conhecimento, as competências gerais, as competências de área do conhecimento e a estrutura sintática das expectativas de aprendizagem prescritas na BCNN.na Base Nacional Curricular Comum (BNCC).

Texto básico 5: Reforma do Ensino Médio (Lei 13.415/17)

Texto básico 6: Base Nacional Curricular Comum

Atividades e calendário

Atividade 6 (23/03/2023): leitura e discussão do texto de apoio n. 1, que introduz a leitura da Reforma do Ensino Médio.

Atividade 7 (30/03/2023): leitura e discussão do texto de apoio n. 2, que introduz a leitura da BNCC.

Atividade 8 (06, 13, 20, 27/04/2023): leitura, discussão colaborativa e fichamento dos textos básicos (5 e 6), buscando responder às questões chave prescritas no objetivo da unidade, ou seja, conhecer, analisar e criticar sujeitos, funções e natureza da criação, regulação e gestão escolares, prescritos na Reforma do Ensino Médio e conhecer os marcos legais, as áreas do conhecimento, as competências gerais, as competências de área do conhecimento e a estrutura sintática das expectativas de aprendizagem prescritas na BCNN.na Base Nacional Curricular Comum (BNCC).

Atividade 9 (04/05/2023): resolução das 20 questões da prova escrita de resposta construída, selecionada e/ou mista, em período de até quatro horas aula.

Atividade 10 (11/05/2023): discussão sobre a avaliação somativa e retroalimentação.

 



REFERÊNCIAS PARA CONSULTA

CURI, Carlos Roberto Jamil; REIS, magali; ZANARDI, Teodoro Adriano Costa (Org). Base Nacional Comum Curricular: dilemas e perspectivas. São Paulo: Cortez, 2021.

SAVIANI, Dermeval. Da LDB (1996) ao novo PNE (2014-2024): por uma outra política educacional. Campinas: Autores Associados, 2919.

SAVIANI, Dermeval. Sistema Nacional de Educação e Plano Nacional de Educação: significado, controvérsias e perspectivas. 2ed. Campinas: Autores Associados, 208.

VILLA, Marco Antonio. História das Constituições brasileiras. São Paulo: Texto Editores, 2011.


ALGUMAS EXPOSIÇÕES DIDÁTICAS DISPONÍVEIS NA REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES.

Boletim do Tempo Presente, Recife, v.11, n.12, 2022.

Boletim do Tempo Presente2

Artigos

Notas de Pesquisa

Publicado: 2023-01-12

Quinto Sol. Santa Rosa, v. 2, n.1, enero/abril, 2023.

Quinto Sol

ARTÍCULOS

RESEÑAS

PUBLICADO: 2023-01-10

CEHPCSAS. Córdoba, v.2, n.22, 2022.

Anuario CEHPCSAS

Anuario del Centro de Estudios Históricos “Prof. Carlos S. A. Segreti” 22(2)

Presentación

Presentación – Anuario 22(2)

  • Darío Néstor Sánchez Vendramini
  • pdf

Estudios

Reseñas

Publicado: 2023-01-07

Escritas do Tempo. [Marabá], v.4 n.12, 2022.

ESCRITAS DO TEMPO

De Norte a Sul, a sombra do autoritarismo e do fascismo no passado e no presente: perspectivas sobre experiências limítrofes nos séculos XX e XXI

  • Editorial
  • Editorial
  • Marcus Vinicius Reis; Erinaldo Cavalcanti, Karla Leandro Rascke, Geovanni Gomes Cabral, Maria Clara Sales Carneiro Sampaio
  • PDF

Apresentação de Dossiê Temático

Entrevistas

Publicado: 2023-01-06

Ofícios de Clio. Pelotas, v.7, n.12, jan./jun., 2022.

OFICIOS DE CLIO UFPEL

APRESENTAÇÕES

ARTIGOS LIVRES

Dossiê Educação

ARTIGOS LIVRES

RESENHAS

PUBLICADO: 2023-01-04

M. Rio de Janeiro, v.8, n.15, jan./jun., 2023.

M.

Dossiê 15: Morte, Gênero e Sexualidade

Editorial

Dossiê

Artigo Livre

Resenha

Publicado: 2023-01-28

 

Caminhos da História. Montes Claros, v.28, n.1, 2023.

CAminhos da Historia2

Consonâncias entre História e Música

Editorial

  • Editorial
  • Ester Liberato Pereira, Rafael Dias de Castro
  • PDF

Dossiê

Artigos Livres

Resenha

Publicado: 2023-01-02

Campo a História. Caruaru, v.8, n.1, 2023.

 

Fronteras de la Historia. Bogotá, v.28, n.1, 2023.

Fronteras de la Historia

Los protectores de indios: oficio, mecanismos legales y poder social

  • “Ilustración sobre la historia del pueblo de Tepetlaoztoc en el valle de México entre Texcoco y Otumba y el tributo pagado a los españoles hacia el año 1550”. Códice Kingsborough. Memorial de los indios de Tepetlaoztoc al monarca español contra los encomenderos del pueblo. Museo Británico.

Presentación

  • Presentación
  • Carlos Gustavo Hinestroza González, Julian Andrei Velasco Pedraza
  • PDF

Sección especial

Sección general

Reseñas

Publicado: 2023-01-01

Inventando a Hayden White. Imaginación y narrativas | Norma Durán R. A.

En una exposición sobre lo que implica el concepto de invención traído a cuento en diferentes discursos históricos, en particular en aquellos que abordan el proceso derivado del arribo de los europeos a América, José Rabasa distinguía al menos tres sentidos de tal noción: uno que equipara la invención al descubrimiento de algo desconocido; otro, en claro contraste con el primero, que la coloca en oposición al descubrimiento y, en este sentido, la relaciona con una distorsión o representación no confiable e imperfecta de una entidad dada, y, por último, uno que valora los procesos culturales y, en especial, los procedimientos semióticos y retóricos que operan en los discursos que rodean, abordan, atraviesan y configuran un asunto y su comprensión. Es a este último empleo del concepto de invención al que se inscribe Rabasa y desde el cual construye su estudio.1 Al hacerlo, seguía los pasos de quienes, como su maestro Hayden White, consideraban que la historia no ofrecía una vía de acceso directa, transparente y cabalmente correspondiente al pasado. Este último pensador, de hecho, sobresalió por cuestionar la supuesta objetividad aséptica y científica de la historia, destacando los cruces entre ésta y la literatura. Desde la publicación de Metahistoria en 1973, se dedicó a exponer los elementos poéticos que se ponen en juego en los entramados históricos, postura que fue afinando, reformulando y matizando en ensayos posteriores a raíz de las muchas críticas que fue recibiendo. De ahí que pueda decirse que a ambos autores los une el interés por lo que la historia tiene de ficción, de figuración, de invención en el sentido semiótico antes señalado. Leia Mais

Pesos and Politics. Business/Elites/Foreigners/ and Government in Mexico/1854-1940 | Mark Wasserman

Cuando nos proponemos analizar las dinámicas económicas que predominaron en la etapa denominada por la historiografía como porfiriato y sus etapas consecutivas, la revolución y la postrevolución, varias concepciones se nos anteponen y nos impiden preguntarnos hasta qué punto dichas interpretaciones reproducen una visión sesgada de lo que fue la dinámica económica y de poder en esos tiempos. El libro de Mark Wasserman lo que busca es, mediante un análisis de las relaciones personales de ciertos sujetos empresariales importantes de la época, dar una interpretación alternativa que se contraponga a la concepción de que la dinámica de correlación de fuerzas que se instauró en el periodo de gobierno de Porfirio Díaz se rompió con el proceso revolucionario de 1910. Por esto, busca sostener que la dinámica de relaciones de poder se mantuvo a lo largo de la época del conflicto armado y más allá, a los tiempos de los gobiernos de Álvaro Obregón y Plutarco Elías Calles. Leia Mais

La obra de historia. Constructivismo y política del passado | Kalle Pihlainen

A lo largo de su carrera, Pihlainen se ha concentrado en temas que tienen que ver con la representación histórica y los usos de la historia en ámbitos académicos y populares. La posición de Pihlainen puede ubicarse dentro del marco narrativo-constructivista que busca reivindicar la función ética, política y estética de la historia. El libro La obra de historia, publicado originalmente en inglés en 2017, es una invitación a revisar precisamente los principales compromisos constructivistas sobre la historiografía, y defenderlos de ciertos malentendidos que han puesto en tela de juicio dicha visión. Una de las motivaciones centrales del libro de Pihlainen es reivindicar al constructivismo narrativo antes de que sea completamente descartado, y a través de esta reivindicación, reconocer su potencial ético-político. La postura de Pihlainen resulta importante puesto que retoma los principales puntos del debate entre constructivismo y realismo que siguen estando en el centro de las discusiones en teoría de la historia. Leia Mais

Saber hacer y decir en justicia. Culturas jurídicojudiciales en la zona centro-sur de Chile (1824-1875) | Víctor Brangier

En Saber hacer y decir en justicia. Culturas jurídico-judiciales en la zona centro-sur de Chile (1824-1875), Víctor Brangier ofrece el trabajo realizado en su tesis doctoral. En el contexto de la historia de la justicia, su estudio aborda el uso estratégico de argumentos y prácticas que actores legales pusieron en práctica en casos penales judicializados para persuadir a los jueces con el fin de obtener algún beneficio durante el siglo XIX en Chile. El argumento principal de la obra es que los justiciables tenían un conocimiento sobre el mundo judicial que les permitía navegar sus casos legales de una forma estratégica con miras a maximizar las posibilidades de un resultado favorable debido a que compartían con los jueces -en particular jueces legos sin formación jurídica- un mismo mundo sociocultural, lo que hacía que tuviesen valores similares, por lo cual los jueces eran propensos a empatizar con sus argumentos. Leia Mais

En busca de una opinión pública moderna. La producción hemerográfica de los españoles exiliados en Inglaterra y su apropiación por la prensa mexicana/1824-1827 | María Eugenia Claps Arenas

Este libro corresponde a la publicación de una tesis de maestría presentada en la UNAM en 1999, que, como muchas otras y a veces de manera indebida, dormía en una biblioteca universitaria. De hecho, estos ejercicios académicos constituyen un corpus desigual que, por su naturaleza misma y sus limitantes de extensión, ofrecen a menudo una historia sumamente fragmentada. Esta última consideración se verifica par ticu lar men te cuando se trata de la historia de la prensa mexicana, cuyo peculiar desarrollo, iniciado en la última década del siglo XX, desbroza desde entonces un territorio gigantesco. Publicar una antigua tesis no es empresa sencilla. Requiere a la vez selección e integración pertinentes de la abundante historiografía considerablemente aumentada en los últimos 20 años, y, en consecuencia, y más allá del rastreo de la información o del dato bruto esparcido en la bibliografía, una revisión a veces profunda de las consideraciones analíticas iniciales, elaboradas en una época remota. Agregamos que la historia de la prensa oscila de manera permanente entre el uso de la prensa como fuente para la historia y el estudio de la prensa como objeto de estudio en sí, es decir, como medio de comunicación. Este último enfoque es el menos común, en particular para el estudio de la temprana prensa decimonónica. Supone la ampliación del campo de observación, la ubicación y contextualización de la esfera pública impresa urbana (que no refleja a toda “la sociedad”), en este preciso periodo, no realmente subyugada por los periódicos sino más bien sumergida en la abundante y dominante “folletería”, así como cierta distancia objetiva respecto a los conte nidos o más bien discursos periodísticos, entonces contemplados en tanto que elementos de complejas y cambiantes estrategias mediáticas. Asimismo, supone debatir y aclarar conceptos y categorías históricas problemáticas como son, por ejemplo y en el presente caso, “opinión pública”, “apropiación” o la llamada “modernidad”. Leia Mais

El Senado mexicano y las reformas a la Constitución a finales del siglo XIX | Ángel Israel Limón Enríquez

En 2016 un nutrido grupo de latinoamericanistas nos reunimos en LASA para conocer cómo estábamos en materia de congresos en América Latina. El panorama no fue halagüeño. Lo que había predominado en las grandes historias del continente americano -por ejemplo, Leslie Bethell y John Lynch- eran estudios sobre caudillos, golpes militares, cacicazgos, corporaciones económicas y eclesiásticas, personajes artísticos y culturales, redes familiares y empresariales. Pero casi nada sobre las asambleas o congresos como actores centrales de los diseños del cambio político en el siglo XIX (lo mismo se puede decir sobre los estudios del poder judicial). Esto tiende a cambiar gradualmente -recomiendo el dossier de la revista alemana Jarhbuch, 2019-, aunque todavía no alcanza a ser suficiente para el tamaño de lo que debemos cubrir en lo espacial y temporal del ámbito latinoamericano. Leia Mais

Fiscalidad iberoamericana/siglos XVII-XX. Transiciones/diseños administrativos y jurídicos | Luis Jáuregui, Carlos de Jesús Becerril Hernández

El debate historiográfico del siglo XX se ha nutrido del diálogo entre perspectivas teóricas y metodológicas, pero también de lecturas que han construido agendas de investigación en más de una geografía política. Un resultado de ambos diálogos es la publicación cada vez más frecuente de obras que apuestan por estudiar problemas y perspectivas continentales. La obra coordinada por Luis Jáuregui y Carlos Becerril reúne un conjunto de autores iberoamericanos para explicar formas y recursos mediante los cuales la estructura fiscal experimenta determinados cambios. Si bien los textos coinciden en el eje temático, otras constantes son la categoría analítica de transición y la importancia del diseño administrativo de las rentas y sus cambios. Estos dos ejes son referentes claves para buena parte de los autores y ofrecen elementos de comparación entre los territorios analizados, pero sobre todo se convierten en factores explicativos para abordar la trayectoria de una renta, el conjunto de la Hacienda, los cambios en la estructura del ingreso, las transformaciones en la administración y definición de los causantes, o bien los procesos de continuidad de un sistema fiscal frente al cambio político o de sistema de gobierno. Un tercer eje, menos representado en el libro, es lo jurídico para pensar el cambio o la continuidad en la fiscalidad. Leia Mais

Cadernos Pagu, Número: 66, Publicado: 2022

Pagu3

Consonâncias entre História e Música/Caminhos da História/2022

História e Música não são apenas dois campos disciplinares, mas também dois universos de saberes e de experiências inseparáveis. Não por acaso tem se revelado nas últimas décadas uma vasta profusão de trabalhos e reflexões; desde teses, dissertações, artigos, debates, ensaios, dossiês em periódicos, livros, até cursos específicos sobre o tema. Realizar um balanço desse processo, sobretudo a partir das conquistas temáticas e metodológicas ofertadas pelas experiências interdisciplinares é um dos desafios que se coloca com o intuito de avançar para além do “estranhamento” com essa sugestiva interface entre campos de conhecimento. Em outras palavras, já não cabe pensar ou se surpreender com fronteiras, pois as práticas de pesquisa e de redação que envolvem temas de história e de música estão suficientemente amalgamadas para que possamos naturalizar e expandir suas consonâncias. Leia Mais

O uso dos conceitos: uma abordagem interdisciplinar | José D’ Assunção Barros

Em épocas de negacionismos, cada vez mais produções sólidas necessitam entrar em pauta para desenvolver o conhecimento histórico e consequentemente o científico. Nesse sentido, que a obra O uso dos conceitos: uma abordagem interdisciplinar de autoria de José D’ Assunção Barros e publicada no ano passado pela editora Vozes se evidencia. Ela que possui como proposta discutir como os conceitos são relevantes para as pesquisas interdisciplinares é dividida em duas partes. Na primeira parte, discute a articulação dos conceitos e a relevância da interdisciplinaridade; e na segunda, demonstra sua articulação com a área de música. Leia Mais

Capítulos de história do pensamento econômico do Brasil | João Antônio de Paula

O livro que ora resenhamos traz uma notável contribuição a História do Pensamento Econômico do Brasil. Destaque-se a maestria com que o autor defende seu principal argumento, a saber: existe um pensamento econômico do Brasil, que não se constituiu sendo um mero receptáculo de ideias adventícias, esse pensamento seria “fruto do modo singular como os brasileiros constroem o seu modo de estar no mundo” (PAULA, 2021, p. 21). Leia Mais

Roteiro para iniciantes no gênero resenha acadêmica (ou crítica)

Em cursos de produção de resenhas, percebemos que os maiores problemas dos noviços não estão na identificação de elementos chave e na interpretação de teses expressas nos livros resenhados. A dificuldade maior reside na composição do texto, ou seja, na comparação, seleção e distribuição das notas de leitura de modo lógico, coerente e conciso.

Por essa razão, oferecemos um roteiro de resenha em tópicos que pode auxiliar no desenvolvimento dessas habilidades. Se você quer experimentar conosco, siga as orientações abaixo. Elas reúnem três tipos de capacidade: o que você já conhece e aplica nos cursos de graduação; o que nós apresentamos como prescrição do nosso módulo de curso (os parâmetros da nossa resenha) e o que oferecem os recursos de Inteligência Artificial (IA).

Este último tipo de capacidades é, provavelmente, o mais controverso. Deixemos claro o uso indicado. Se você tem dificuldades de ordenação lógica das anotações de leitura em um texto coeso e coerente (dificuldades de composição), use recursos da IA para obter uma primeira versão do seu parágrafo e faça as devidas correções do que a máquina oferece.

Se você sabe compor, mas tem problemas com o emprego das regras da língua culta, ou seja, se comete erros de ortografia e gramática, use os recursos da IA para obter uma versão corrigida do seu parágrafo e faça as devidas adaptações estilísticas.

Se, por vim, você sabe compor, sabe empregar as regras da língua culta, mas não consegue escrever de modo claro e objetivo, use os recursos da IA para obter uma versão menos rebuscada do seu escrito de modo a atingir um público mais amplo.

I. Orientações para a escolha do livro a ser resenhado

  • Neste módulo, a resenha crítica é um exercício de atribuição de valor a obras que exploram a relação da categoria “meio ambiente” com as categorias “multidisciplinaridade”, “interdisciplinaridade” e “transdisciplinaridade”. Por isso, o primeiro critério de escolha recai sobre o uso tangencial ou central de quaisquer das relações referidas acima.
  • A resenha crítica também é um exercício de conexão entre a disciplina e o seu trabalho de investigação. Assim, escolha um livro que reforce a revisão da literatura para a sua tese.
  • O último critério, exigência deste módulo, é o enfoque tangencial ou central da historicidade do objeto do livro. No todo ou em parte, o livro deve explorar o objeto em sua relação com o tempo. São aceitos trabalhos que contenham partes ou capítulos intitulados “história de…”, “memória de…”ou “…da história.”

II. Orientações para o trabalho de leitura e anotação

  • Leia a lista de respostas necessárias à construção da resenha exigidas pela revista.
  • Faça a leitura do livro por blocos para tirar proveito da memória trabalho e da memória de tempo breve (Leia o prefácio e anote, leia o sumário e anote, leia a introdução e anote etc.).
  • Faça anotações marginais de expressões ou termos isolados para o caso de conceitos ou fatos destacados a descrever ou conceitos e fatos destacados a criticar.
  • Faça anotações no topo ou no rodapé da página de frases de sentido completo para o caso de objetivos, questões centrais, hipóteses e/ou conclusões a descrever ou objetivos, questões centrais, hipóteses e/ou conclusões a criticar.

III. Orientações para o trabalho de composição, revisão textual e/ou revisão estilística

  • Transfira para o formulário abaixo as suas anotações com respostas necessárias à construção da resenha.
  • Completado um bloco do formulário, tente redigir o parágrafo, empregando os operadores argumentativos. Observe um modelo de primeiro parágrafo aqui mesmo nesta revista.
  • Em seguida, copie e cole o seu parágrafo e escreva comando na janela do chat da IA: “Revise este texto, corrigindo repetições de palavras, erros gramaticais e erros estilísticos para um texto formal.”
  • Se ainda não estiver em condições de redigir o parágrafo, copie as informações do primeiro bloco e cole na janela do chata, após escrever o seguinte comando: “Escreva o primeiro parágrafo de uma resenha crítica a partir das seguintes informações: ….
  • Copie o resultado da revisão gramatical/estilística da primeira versão do parágrafo e cole no topo do mesmo fichamento onde registrou suas anotações para que você possa comparar o que ordenou à máquina e o que ela ofereceu.
  • Revise o texto da máquina e repita a operação com os próximos parágrafos sistematicamente.

IV. Sequência didática para a composição da resenha

Para construir o primeiro parágrafo, com base nas capas, elementos pré-textuais e introdução, digite aqui:

    1. Título da obra;
    2. Nome do autor ou organizador;
    3. Editora;
    4. Ano de publicação;
    5. Gênero da publicação;
    6. Objeto anunciado;
    7. Problema ou o objetivo anunciado na obra;
    8. Nome do(s) prefaciador(es) e/ou apresentador(es) e/ou coordenador(es);
    9. Valoração inicial da obra atribuída pelo(s) prefaciador(es) e/ou apresentador(es) e/ou coordenador(es).

Para construir o segundo parágrafo, digite:

    1. Dados biobibliográficos sobre o(s) autor(es) e/ou coordenador(es) e/ou organizador(es)
    2. Dados sobre o contexto de publicação da obra (Resultado de um doutorado, comemoração, experiência administrativa, conjuntura de efervescência política, crise econômica  etc.)/
    3. Dados sobre o estado da arte (se for o caso) do tema, objeto ou do problema ou do domínio de pesquisa veiculado pela obra ou relacionado à obra;
    4. Descrição da estrutura da obra (número de capítulos, partes ou seções.

Para construir os parágrafos terceiro, quarto ou quinto (se for o caso), digite:

    1. Objetivo do capítulo/parte/seção* (preferencialmente em forma de paráfrase);
    2. Argumento central (declaração justificada e evidenciada) comunicado pelo capítulo/parte/seção (a resposta/conclusão relativa ao objetivo anunciado no capítulo);
    3. Valor/virtude do capítulo/parte/seção em termos de problematização/objeto-tema/revisão da literatura/fontesmétodos/conclusões – teses ou hipóteses/composição – arquitetura da informação ou estilo/usos reais ou potenciais da obra (ao menos um desses elementos deve ser objeto de crítica);**
    4. Desvalor/vício do capítulo/parte/seção em termos de problematização/objeto-tema/revisão da literatura/fontesmétodos/conclusões – teses ou hipóteses/composição – arquitetura da informação ou estilo/usos reais ou potenciais da obra (ao menos um desses elementos deve ser objeto de crítica).**
    • (*) A segmentação em parágrafos é você quem decide. Pode fazer um parágrafo para cada capítulo ou juntar a descrição de dois capítulos no mesmo parágrafo. Pode fazer resumos de partes ou de seções. Para o caso de coletâneas ou de livros monográficos com muitos capítulos, você pode criar um critério e agrupá-los. O importante é fornecer uma visão clara sobre o conteúdo da obra, mesmo que para isso tenha que subverter o plano de composição original da obra.
    • (**) O exame da obra sob esses critérios é obrigatório para a disposição dos resultados da crítica imediatamente após o resumo do capítulo/parte/seção é opcional. Você pode fazer um ou vários parágrafos, reunindo todos os valores/virtudes e/ou desvalores/vícios da obra ao final da sequência de resumos de cada capítul/parte/seção, como orientamos na sequência.

Para construir o penúltimo segmento de texto (um ou vários parágrafos com a crítica detalhada), digite:

    1. Valor/virtude do(s) capítulo(s)/parte(s)/seção(ões) em termos de problematização/objeto-tema/revisão da literatura/fontesmétodos/conclusões – teses ou hipóteses/composição – arquitetura da informação ou estilo/usos reais ou potenciais da obra (ao menos um desses elementos deve ser objeto de crítica);***
    2. Desvalor/vício do(s) capítulo(s)/parte(s)/seção(ões) em termos de problematização/objeto-tema/revisão da literatura/fontesmétodos/conclusões – teses ou hipóteses/composição – arquitetura da informação ou estilo/usos reais ou potenciais da obra (ao menos um desses elementos deve ser objeto de crítica).***
    • (***) A ordem dos parágrafos é você quem decide. O importante é que haja coesão entre o último parágrafo da penúltimo segmento (a comunicação da crítica) e o parágrafo final da resenha.

Para construir último segmento de texto (um ou dois parágrafos com a crítica sintetizada), digite:

    1. Valor/desvalor geral da obra (uma síntese dos vícios e virtudes situados ao fim de cada capítulo/parte/seção ou após os parágrafos que resumem cada capítulo/parte/seção;
    2. Parecer sobre o cumprimento parcial ou total ou o descumprimento dos objetivos centrais anunciados (registrados no primeiro parágrafo da resenha);
    3. Indicação de leitores potenciais da obra.

Para construir o título da resenha, digite:

    1. Uma, duas, três ou quatro palavras em frase com sentido completo que sintetizem o conteúdo da obra ou uma qualidade que você atribuiu à obra;
    2. Palavras que não reproduzam o título da obra resenhada.***
    • (***) Encerrada a primeira versão, faça a contagem do número de palavras e amplie o texto (se for o caso). A revista aceita resenhas com extensão que varia de 1200 a 1500 palavras.

V. Submissão da resenha para a avaliação. Clique aqui para postar o seu original.


Para citar este texto:

FREITAS, Itamar; OLIVEIRA, Maria Margarida Dias. Elaboração de resenhas para iniciantes. Resenha Crítica. Aracaju/Crato, 26 mar. 2023. Disponível em <https://www.resenhacritica.com.br/a-cursos/roteiro-para-iniciantes-no-genero-resenha-academica-ou-critica/>

Educação Museal e os projetos de Brasis no ano do bicentenário Anais do Museu Histórico Nacional/2023

Com alegria e renovada esperança entregamos às leitoras e aos leitores dos Anais do Museu Histórico Nacional o dossiê “Educação Museal e os projetos de Brasis no ano do bicentenário”. O produto final não nos deixa esquecer quão desafiadora foi essa empreitada, envolvendo o engajamento de incontáveis pessoas numa expressão de generosidade e de um firme compromisso com o florescimento e o fortalecimento do campo da Educação Museal, em especial, mas não apenas, no âmbito do Grupo de Pesquisa Educação Museal – Conceitos, História e Políticas (GPEM). Leia Mais

La Comintern en América Latina: personas y estructuras/Historia Mexicana/2023

La apertura parcial de los archivos del ex Comité Central del Partido Comunista de la URSS y de la Tercera Internacional (la Comintern) en la década de los noventa del siglo XX permitió una reconsideración de muchos mitos historiográficos y la modificación de muchos paradigmas que se habían formado acerca de la historia de los comunismos latinoamericanos y la izquierda continental en general. Leia Mais

Pindorama pré-cabralina – Resenha de Lenine Flamarion Oliveira da Silva – M’byá guaraní (SMEDC/PPGAFIN-Uneb) sobre “A terra dos mil povos: História indígena do Brasil contada por um índio”, de Kaká Werá Jecupé

cavaKaká Werá Jecupé | Imagem: Arquivo pessoal

ResumoA terra dos mil povos: História indígena do Brasil contada por um índio”, escrito por Kaká Werá Jecupé e publicado em 2020 pela editora Peirópolis, busca explorar e valorizar os saberes ancestrais transmitidos pela oralidade dos povos originários do Brasil, que foram apagados ou esquecidos pela ação colonizadora. A obra é composta por reflexões sobre o que é ser um índio, sua relação com a terra e a natureza, a invenção do tempo e a trajetória histórica dos povos indígenas no Brasil. Também apresenta a importância dos líderes indígenas do Brasil contemporâneo, que lutam por direitos e preservação de suas culturas. Leia Mais

Livro enciclopédico sobre a Semana de Arte Moderna de 1922 – Resenha de Giuseppe Roncalli Ponce Leon de Oliveira (UFRPE) sobre “Modernismos: 1922-2022″, organizado por Gênese Andrade

geGênese Andrade| Imagem: Itaú Cultural

 

Resumo: O lançamento de Modernismos: 1922-2022, organizado por Gênese Andrade, ganhou destaque ao mesmo tempo em que jornais do Rio de Janeiro e São Paulo traziam a “Semana de Arte Moderna” em suas capas. Este livro faz parte de um projeto grandioso da editora Companhia das Letras, chamado “Modernismos: 1922-2022”, que parece ter sido criado para marcar o início das comemorações, em conjunto com a cobertura jornalística programada no eixo Rio-São Paulo. Com a “apresentação”, há trinta textos que exploram personagens canônicos e esquecidos, eventos antecedentes e consequentes, histórias e memórias sobre a criação e apropriação da Semana de Arte Moderna de 1922. Leia Mais

Historiografia musicada – Resenha de Johnny Gomes (DEED-AL/UFS) sobre “Teoria da História IV – Acordes Historiográficos: Uma nova proposta para a teoria da história”, de José D’ Assunção Barros

baaJosé D’Assunção Barros | Imagem: A contrapelo

 

Resumo: Teoria da História Vol. IV, de José D’ Assunção Barros, como indicado no título, faz parte de uma coletânea que se propõe a discutir a Teoria da Ciência da História. Construído em sete capítulos (além da conclusão), o livro é publicado pela Editora Vozes e está em sua terceira edição. A meta de Barros é oferecer instrumento de análise teórica, partindo metaforicamente da estrutura e função dos acordes musicais para situar autores como Leopold von Ranke, Johann Gustav Droysen, Max Weber, Paul Ricoeur, Reinhart Koselleck e Kal Marx como grandes referências de orientação na história da formação historiadora. Leia Mais

Profissionalização histórica – Resenha de Elemi Santos (SEED-BA/UFS) sobre “Teoria e Formação do Historiador”, de José D’Assunção Barros

 

baaJosé D’Assunção Barros | Imagem: A contrapelo

Resumo: Teoria e Formação do Historiador, de Jose D’Assunção Barros, é uma breve introdução aos estudos da disciplina e do campo da Teoria da História, destinada a funcionar como texto propedêutico ao preparo dos profissionais da área da História. É produto de um artigo incluído em obra autoral, anterior, mais vasta e mais aprofundada, intitulada Teoria da História (volumes I, II, III, IV e V), que discute, entre outros temas, as relações entre Teoria e Método, Teoria e Historiografia, Positivismo, Historicismo e Materialismo Histórico. Leia Mais

Luta e liberdade – Resenha de Tiago Rodrigues Souza (SEC-BA/Uneb) sobre “Quilombos: resistência ao escravismo”, de Clóvis Moura

cloClóvis Moura| Imagem: Outras Mídias

Resumo:  Quilombos: Resistência ao escravismo, de Clóvis Steiger de Assis Moura (1925-2003), explora os significados de quilombos as formas de organização social e política e as estratégias de resistência de Palmares. Lançada em segunda edição, no ano 2020, pela editora Expressão Popular, o livro defende os quilombos como uma forma de luta e oposição à opressão em que estavam submetidos os escravizados (classe oprimida) pelos seus senhores (opressores). O meio empregado é o aparato teórico marxista que ajuda a mostrar as contradições existentes no capitalismo monocultor, escravocrata e agroexportador do Brasil no período até fins da escravidão em 1888. Leia Mais

Gramática dos sentimentos políticos: pensar a Assistência Social com a História | Ana Maria Motta Ribeiro, Gizlene Neder

Resenhamos esta coletânea, organizada por nós. Leia Mais

Educação e História da Matemática. Fortaleza, v.10, n.28, jan./abr., 2023.

Educacao e Historia da Matematica

ARTIGOS

RELATO DE EXPERIÊNCIA

PUBLICADO: 2023-01-01

Acervo. Rio de Janeiro, v.36, n.1, jan./abr. 2023.

Espaços urbanos e metropolização no Brasil (1940-1970)

Entrevista

Dossiê

Resenhas

Documento

Artigos livres

Publicado em 21 dezembro 2022

Corpo em trânsito: ensaios sobre imagem/memória e cidade | Andréia Casa Nova Maia

O livro Corpo em trânsito, publicado pela editora Telha, no Rio de Janeiro, tem origem no curso de pós-graduação Memória, História e Patrimônio, ministrado por Andréa Casa Nova, professora de história da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com o doutorando Wladimyr Sena Araújo, no contexto da crise sanitária global do SARS-CoV-2. Os organizadores possuem formação na área da história, mas com interesses bastante diversificados. Andréa Casa Nova Maia chefia o laboratório Imagem, Metrópole, Arte e Memória (Imam), assim como participa do Laboratório de Estudos da História dos Mundos do Trabalho (Lehmt), ambos na UFRJ. Em suas pesquisas atuais, trabalha com história e imagem, circulação de ideias e cultura visual, arte urbana e movimento operário. Wladimyr Sena Araújo possui graduação em história pela Universidade Federal do Acre, fez especialização em artes cênicas, mestrado em antropologia social pela Unicamp e, no momento da escrita desta resenha, é doutorando na UFRJ.

Popularmente conhecida como Covid-19, a doença tirou a vida de muitas pessoas ao redor do mundo, sendo o Brasil muito afetado pela pandemia, dada a emergência sanitária conjugada com a irresponsabilidade de autoridades públicas. Nesse contexto, os cursos de pós-graduação estavam experimentando, por necessidade e de maneira improvisada, sua versão virtual. Assim, no ano em que o livro estava sendo produzido, as aulas virtuais foram um desdobramento das medidas preventivas de distanciamento social, isolamento e quarentena devido à pandemia. Em meio a incertezas e traumas, surgia uma nova possibilidade de diálogo, visto que aquela modalidade possibilitou encontros até então muito difíceis de se concretizarem, mas também bastante desejados. As aulas virtuais estreitaram as fronteiras continentais do Brasil, possibilitando uma troca de saberes, olhares e pesquisas entre os programas de pós-graduação, e desse encontro surgiu a presente coletânea, composta por dezesseis textos de mestrandos e doutorandos que participaram do curso, além do artigo introdutório escrito pelos organizadores. Leia Mais

Cidade expandida: estudos sobre o esporte nos subúrbios cariocas | Victor Andrade de Melo

O livro Cidade expandida: estudos sobre o esporte nos subúrbios cariocas apresenta uma original pesquisa sobre a prática de esportes nos subúrbios do Rio de Janeiro entre o fim do século XIX e meados do século XX. Seu autor, Victor Andrade de Melo, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é um experimentadíssimo pesquisador da história dos esportes, com mais de 257 artigos e 80 livros publicados. Quando um pesquisador experiente, com uma carreira consolidada e autor de uma produção acadêmica tão prodigiosa destaca o próprio livro como o “projeto de pesquisa mais feliz, mais engajado, mais significativo” (p. 13), convêm examiná-lo com atenção.

O primeiro capítulo do livro apresenta um arcabouço histórico e teórico de alguns dos principais tópicos que presidirão os seguintes, dedicados, cada um deles, à análise de seis circunstâncias mais específicas, como logo veremos. Em última instância, conforme se apresenta já nesse primeiro capítulo, o propósito mais geral do livro é analisar a história da urbanização do Rio de Janeiro. Todavia, tal empreendimento se realiza a partir de um ponto de vista original, que é aquele oferecido pelo estudo da prática de esportes nos subúrbios da cidade. Leia Mais

Espaços urbanos e metropolização no Brasil (1940-1970)/Acervo/2023

O dossiê “Espaços urbanos e metropolização no Brasil (1940-1970)” ora publicado na revista Acervo tem como marca a interdisciplinaridade. Composto por catorze artigos, duas resenhas, uma entrevista e um texto de apresentação de conjuntos documentais do Arquivo Nacional, contou com a colaboração de historiadores, urbanistas, geógrafos e cientistas sociais. A diversidade epistêmica reflete a variação das escalas de análise e as diferentes formas de narrar e compreender o processo de formação do espaço urbano entre as décadas de 1940 e 1970. Um segundo aspecto do dossiê é que ele espelha a diversidade regional das estruturas urbanas constituídas no Brasil; as contribuições recebidas obrigam o leitor a deslocar suas referências analíticas e culturais para cidades e regiões metropolitanas distintas. Periodizações, conceitos e instituições são válidos em um contexto urbano e perdem sentido ou ganham outra dimensão quando inseridos em outro quadro sócio-histórico, ainda que se preservem balizas e questões análogas.

Nestes artigos o leitor vai encontrar subsídios para pensar a metropolização das cidades brasileiras em geral, e com enfoques regionais no Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e Natal (RN). Em comum às análises, tem-se o campo de discussão interdisciplinar dos estudos urbanos, que tem como traço a problematização da noção de cidade, numa perspectiva avessa aos discursos e ao senso comum que fazem da metrópole um símbolo da modernidade e da modernização. As utopias urbanas, propaladas em várias retóricas públicas cotidianas, são colocadas no chão das experiências e das suas contradições sócio-históricas. Assim, ganham evidência: a) as formas como a construção de equipamentos (rodovias, avenidas, conjuntos habitacionais, estádios de futebol e outras infraestruturas) e as normas urbanísticas que redefinem as funções de um território e as experiências sociais constituídas nessa configuração espacial; b) os conflitos de interesses econômicos, sociais, culturais e políticos nos movimentos sociais e os agenciamentos políticos de partidos, associações civis e empresários que demarcam novos usos do território e maneiras de organizar a estrutura administrativa e política das cidades; c) uma história intelectual e social do urbano que procura compreender as categorias de imaginação do espaço a partir da prática dos atores (evidenciando a heterogeneidade de visões e representações da cidade) e de sua inserção em redes de sociabilidade marcadas por diferentes projetos e relações de poder. Leia Mais

La historia, ¿práctica o académica?/Historia y Grafía/2023

En tiempos recientes hemos asistido a un resurgimiento del interés por el pasado: se trate de los discursos de gobierno, de movilizaciones sociales con ánimo de reivindicación o de protesta, o de intercambio de opiniones en los medios de comunicación masiva, el ayer y su significado para el ahora articulan actualmente un segmento importante de las discusiones en la arena pública. Si bien no falta la participación de historiadores profesionales en estos debates, llama la atención que la agenda de problemas se establezca principalmente fuera de la academia, cuya intervención suele limitarse a un papel más bien reactivo. A simple vista, parecería, pues, que este desbordamiento del pasado en el espacio público confirma, según afirman ciertos diagnósticos contemporáneos, la pérdida de relevancia para la vida cotidiana de la historia como disciplina, incapaz de cumplir con las exigencias de la especialización y, a la vez, con la función social que se le solía atribuir: la de contribuir a configurar las identidades colectivas y a orientar nuestra acción en el presente. Leia Mais

HISTORelo. Medelin, v15, enero/abril, n.32, 2023.

Historelo

Tema abierto

Editorial

Publicado: 2023-01-01

¿Para qué sirve la historia? | Serge Gruzinski

Tres años después de haber sido publicado en francés, apareció la traducción del libro L’histoire, pour quoi faire? del célebre historiador galo Serge Gruzinski, quien no requiere de presentación alguna. Por el título, uno esperaría un texto más sobre el oficio de los historiadores, sobre los alcances de la historia, sobre sus límites, etc. Sin embargo, estamos frente a un texto que no dice prácticamente nada sobre esos temas, como el propio autor lo adelanta en el prefacio: “Este no es un libro de historiografía” (p. 37). Es en ese mismo prefacio en donde se pueden encontrar las claves para saber de qué va un libro cuyo título, me parece a mí, no refleja bien su contenido y sus intenciones. Lo que realmente le importa a Gruzinski, expresado en forma muy breve, es el paso de lo local a lo global en el mundo de hoy y las implicaciones de este paso para la enseñanza de la historia. Dicho de forma menos sucinta, este libro revisa cómo la mundialización, la revolución digital, el deterioro de la supremacía de Occidente, el despertar del islam, el retorno de China y el empuje de los países emergentes han modificado el mundo actual y cómo estos cambios deben modificar la manera en que se enseña la historia en este siglo XXI. Una manera que, desde la perspectiva del autor, tiene algunas de sus raíces y algunos de sus antecedentes en el mundo ibérico del siglo XVI (un mundo que se convierte en el tema protagónico de ¿Para qué sirve la historia? en el último tercio del libro). Leia Mais

In the Shadow of Justice. Postwar Liberalism and the Remaking of Political Philosophy | Katrina Forrester

 

Notas

1 Un esfuerzo similar puede verse en el estudio de la interacción entre “constelación de ideas” y los diferentes tipos de instituciones (departamentos académicos, comités de investigación y think thanks) que fundaron las bases de las teorías de la modernización emergentes en el contexto de la Guerra Fría. Véase Nils GILMAN, Mandarins of the Future. Modernization Theory in Cold War America, Nueva York, Johns Hopkins University, 2007. Leia Mais

Historia mínima del yoga | Adrián Muñoz, Gabriel Martino

Uno de los más recientes episodios de las Historias Mínimas se destaca de los demás tomos de esta renombrada colección publicada por El Colegio de México y dirigida por Pablo Yankelevich. Es bien sabido que es una hazaña destilar cualquier tema complejo en un producto que ofrezca una síntesis clara y accesible a un público no especializado sin renunciar al rigor académico. La ya clásica Historia mínima de México publicada en 1973 ha acompañado a un sinnúmero de estudiantes en este país y ha inspirado esta importante colección de divulgación académica que desde 2004 ha ampliado su horizonte a otras disciplinas aparte de la historia. Sin embargo, a diferencia de la Historia mínima de la literatura mexicana del siglo XX (por dar un ejemplo), este volumen sobre la temática del yoga se aventura en un proyecto que, a primera vista, pudiese no parecer demasiado ambicioso. Sin embargo, lo complejo de este proyecto es no solamente que abarca un lapso de tiempo inusualmente extenso, sino que también se encuentra con un problema de semántica: cuándo se habla del yoga, ¿a qué se refiere uno? Las respuestas son muchas y muy variadas ya que dependen de a quién esté dirigida la pregunta y de su momento histórico. Los autores están muy conscientes de su incrucijada al advertir a sus lectores lo siguiente: “Como podrá apreciar el lector con nuestra aclaración, el título de la portada es en esto engañoso: no habrá una historia, sino varias; no existe el yoga, sino múltiples formas de yoga” (p. 10). Leia Mais

Historia mínima de la inquisición | Gabriel Torres Puga

Historia mínima de la inquisición es el libro más reciente de Gabriel Torres Puga sobre el Tribunal del Santo Oficio. Se publicó en 2019, bajo el sello editorial de El Colegio de México, como parte de la colección Historias Mínimas. La obra consta de 18 capítulos, cuenta con dos mapas, una cronología, y una lista de libros y artículos especializados. Es una síntesis bibliográfica bien lograda, con interpretaciones novedosas bastante sólidas, producto de años de reflexión, conversaciones entre pares e impartición de cursos y conferencias, con trabajo de archivo y una extensa lectura de temas que van más allá del Santo Oficio los cuales exploran, en términos amplios, la intolerancia institucional en el Antiguo Régimen. Esto último sobresale en el diálogo que entabla con la historiografía inquisitorial clásica y reciente, en la recuperación de argumentos y problemas historiográficos diversos, así como en la formulación de discusiones con las obras escritas por H. Charles Lea, H. Kamen, C. Ginzburg, D. Moreno, S. Schwartz, F. Soyer, J. Martínez Millán, J. Chuchiak, A. de Zaballa, M. Lourenço, S. Alberro, S. Bastos, J. Amelang, F. Bethencourt, R. Darnton, D. Muñoz Sempere, F. Martí Gilabert, A. Cicerchia, E. La Parra y M.A. Casado, entre otros. Leia Mais

Lenguas y escrituras en los acervos bibliohemerográficos. Experiencias en el estudio de la tradición clássica/indígena y contemporânea | Marina Garone Gravier, Salvador Reyes Equiguas

El resguardo de nuestro patrimonio escrito es fundamental si se pretende contar con una identidad y preservar la memoria de quienes han habitado en nuestra realidad. Éste es el tema central del libro coordinado por Marina Garone y Salvador Reyes, que se divide en tres grandes y claras secciones. En la primera, se destacan los lugares en donde se protegen hoy en día los tesoros que contienen la riqueza cultural y lingüística originada desde incluso antes de la llegada de los castellanos a estas tierras. Destacan la Biblioteca Nacional de México (BNM), fundada en 1867, administrada por el Instituto de Investigaciones Bibliográficas de la Universidad Nacional Autónoma de México desde 1929. La Biblioteca Nacional de Antropología e Historia, cuyo antecedente histórico es el Museo Nacional, fundado en 1825 y que durante sus primeras décadas compartió sede con la Nacional y Pontificia Universidad de México; por cierto, esta construcción de nuevos espacios culturales en México tuvo la característica común de ocupar antiguas sedes virreinales y, en particular, los museos en su acepción decimonónica, tuvieron un proceso similar en todo el mundo en el sentido de ocupar las instituciones universitarias, por lo que el caso de México no es privativo. Leia Mais

Esclavitud, cultura jurídica y experiencias ambiguas en Hispanoamérica/Historia y Sociedad/2023

Este número especial de Historia y Sociedad presenta a sus lectores evidencia y análisis sobre la naturaleza ambigua de las vivencias jurídicas de muchos esclavizados en Hispanoamérica. Cuando esas personas estuvieron delante de los magistrados y delante de la ley, su destino, por lo general, no dependía únicamente de la aplicación precisa de una jurisdicción, norma, o principio legal establecidos de antemano y entendidos con claridad. Antes bien, la suerte de esos hombres, mujeres y niños se defi nía en la dinámica azarosa y contingente de las relaciones de poder en las que coexistían esclavos, amos y magistrados. Por tanto, era mucho lo que giraba en torno a la interpretación, a las circunstancias específi cas, al balance de fuerzas locales, al ambiente político y legislativo del momento, o al brío individual de un esclavo por alcanzar la emancipación o de un libre por mantener a alguien en el cautiverio, sin importar lo que dictaran la ley o la política. Los esclavos se relacionaban con la cultura jurídica en espacios y momentos poco transparentes, pero en situaciones de mucho dinamismo social y cultural. Leia Mais

La historia y lo cotidiano | Pilar Gonzalbo Aizpuru

Catorce capítulos son los que integran el libro colectivo coordinado por la doctora Pilar Gonzalbo Aizpuru que lleva por título La historia y lo cotidiano, publicado por El Colegio de México. Cuenta además con un excelente texto de introducción a cargo de Verónica Zárate Toscano. Se trata de una obra que se inscribe en la línea de investigación del Seminario de Historia de la Vida Cotidiana de la institución editora. La mayoría de los autores aquí congregados cuenta con diversos estudios en el mismo filón de la historia, en los que se revela el dominio de las pautas de la especialidad, lo cual abona a la alta estima del libro. Leia Mais

Libros y alpargatas. La peronización de estudiantes/docentes e intelectuales de la UBA (1966-1974) | Nicolás Dip

En el marco del intenso proceso político que vivió Argentina con la breve “primavera camporista” (el gobierno de poco menos de dos meses encabezado por Héctor Cámpora, surgido al amparo de la fórmula popular “Cámpora al gobierno, Perón al poder”), la Universidad de Buenos Aires (UBA), principal universidad del país, experimentó importantes transformaciones institucionales, alentadas por el breve pero significativo rectorado del profesor Rodolfo Puiggrós entre mayo y octubre de 1973. Puiggrós, antiguo exmilitante comunista, en 1973 formaba parte de un amplio conglomerado ideológico situado dentro del peronismo y específicamente en torno a la Tendencia, una constelación de grupos que identificaban al peronismo como una vía revolucionaria, armada, nacionalista y antiimperialista. Fruto de ello surgieron algunas medidas llevadas a cabo en su periodo a cargo de la UBA, que fue rebautizada como “Universidad Nacional y Popular de Buenos Aires”. Se estableció una amnistía general a las sanciones contra estudiantes y otros actores universitarios a propósito del intenso ciclo de tomas y movilizaciones precedentes, en el contexto de la lucha contra la dictadura saliente. Además, se modificó el Estatuto Universitario eliminando los impedimentos al acceso y permanencia de estudiantes por razones académicas y políticas. Complementariamente, el rector definió el cierre de convenios internacionales como, por ejemplo, el que UBA tenía con la Fundación Ford. Leia Mais

Une Histoire sociale du Nouveau Monde | Cécile Vidal

Se trata de una obra de altas calidades que constituye un paso más en un proceso de investigación en marcha desde hace varios años en uno de los “laboratorios de investigación histórica” de la École des Hautes Études en Sciences Sociales (París). La obra presenta textos de una quincena de investigadores, organizados en ocho capítulos dedicados a aspectos sustantivos de lo que desde principios del siglo XX se designó como historia social, y se acompaña, además, de una conclusión, de una introducción general y de unas palabras preliminares de la directora de edición, que presenta y aclara el proyecto general de trabajo. Leia Mais

Moverse para no extinguirse. Trayectoria productiva y movilización social de pequeños lecheros de Chihuahua/México/1950-2018 | Luis Aboites Aguilar

Nativo de Ciudad Delicias, Chihuahua, Luis Aboites Aguilar emprende la tarea de analizar la movilización de pequeños propietarios agrícolas y las adversidades que han debido sortear para no extinguirse como productores de leche en esa ciudad. Las causas, las demandas y trayectoria del movimiento lechero que se expresan principalmente a nivel local son múltiples pero también adquieren sentido cuando el autor las contextualiza, las inserta y vincula con la producción y la industrialización de la leche, en otras regiones, en el país y en el mercado internacional. La investigación es atractiva por la complejidad del escenario de una movilización que, siendo local, está marcada por las lógicas del mercado lechero, el cambio tecnológico, las iniciativas de los gobiernos e instituciones estales y federales en distintas coyunturas políticas desde los años 1950 hasta 2018, año en que terminó el manuscrito. Leia Mais

Memorias de la prisión política durante el terrorismo de Estado en la Argentina (1974-1983) | Santiago Garaño

La colección “Entre los libros de la buena memoria” ofrece, en su vigesimoprimera entrega, una versión revisada de la tesis de licenciatura del antropólogo Santiago Garaño “Entre resistentes e ‘irrecuperables’: memorias de expresas y presos políticos (1974-1983)” defendida públicamente en la Universidad de Buenos Aires (UBA) en 2008. El origen de este estudio de largo aliento —refi ere Garaño— se remonta a un seminario dictado por el Equipo de Antropología Política y Jurídica de la Universidad de Buenos Aires en 2003. Aunado a ello, la fascinación de Garaño por los testimonios carcelarios propició la delimitación de su objeto de estudio y la posterior concreción del proyecto de investigación. La obra —sustentada en un amplio corpus documental y testimonial— se integra de un breve estudio introductorio, cuatro capítulos temáticos y un apartado conclusivo que, de modo general, analizan las experiencias de militancia y represión de los presos políticos argentinos en las cárceles de máxima seguridad y los centros clandestinos de detención (CCD) entre 1974 y 1983, así como la implementación de formas creativas de resistencia en los márgenes e intersticios del sistema carcelario. Leia Mais

En combate. La vida de Lombardo Toledano | Daniela Spenser

Dentro de la producción historiográfica sobre las izquierdas latinoamericanas que cobró gran impulso en las últimas dos décadas no contábamos con una revisión crítica y exhaustiva, con un enfoque transnacional, de la trayectoria de Vicente Lombardo Toledano, figura clave del marxismo y del sindicalismo en América Latina. Esta labor para nada sencilla -por los mitos en torno a la figura de Lombardo y por la imagen de sí mismo que el marxista poblano quiso proyectar- ha sido emprendida por Daniela Spenser. En combate. La vida de Lombardo Toledano es el fruto de más de una década de trabajo en archivos de varios países que resguardan los registros necesarios para reconstruir el itinerario vital de Lombardo y un proceso de composición narrativa cuyos resultados complacen al lector especialista y al que no lo es. Al tratarse de una biografía, En combate es un texto fronterizo que se despliega en los lindes de la historia y la literatura: detrás del equilibrio narrativo, que alterna escenarios nacionales y transnacionales, hay una cantidad abrumadora de fuentes históricas; delante de las fuentes, hay un relato que echa mano de recursos literarios para transmitir las interpretaciones sobre las huellas dejadas por el biografiado. Dada la riqueza de este libro, no puedo sino conformarme con ofrecer un panorama general y escueto de sus aportaciones y vetas exploradas a los interesados en la historia del sindicalismo y en la historia de las izquierdas en América Latina. Leia Mais

Denunciando o preconceito racial – Resenha de Sidinara dos Santos Querino (UFS) sobre “O pacto da branquitude”, de Cida Bento

cidCida Bento | Imagem: Geledés

Resumo:  O pacto da branquitude, publicado pela Companhia das Letras, em 2022, denuncia o “capitalismo racial”, o “racismo estrutural” a “meritocracia” e a “masculinidade branca”. O livro reúne dez estudos sobre como os brancos recusaram currículos de pessoas pretas e punham pessoas brancas nesses lugares de hierarquias. Esse tipo de atitude foi responsável por perpetuar, em silêncio, pactos que mantêm os brancos no poder. A autora, Cida Bento, é uma mulher negra, doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP) e fundadora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT).

Palavras-chave: Racismo Estrutural, Branquitude, Meritocracia.

Abstract:  | The whiteness pact, published by Companhia das Letras, in 2022, denounces “racial capitalism”, “structural racism”, “meritocracy” and “white masculinity”. The book brings together ten studies on how white people refused the CVs of black people and put white people in these places of hierarchies. This type of attitude was responsible for perpetuating, in silence, pacts that keep whites in power. The author, Cida Bento, is a black woman, PhD in Psychology from the University of São Paulo (USP) and founder of the Center for the Study of Labor Relations and Inequalities (CEERT).

Keywords: Structural Racism, Whiteness, Meritocracy.

Denouncing racial prejudice – Sidinara dos Santos Querino’s review of The Whiteness Pact by Cida Bento


O pacto da branquitude chama a atenção pelo título, principalmente dos que se interessam por sociais contemporâneos. Já na introdução, mostra o seu objeto de estudo que são os pactos pela branquitude, com o objetivo de identificar como essa branquitude se mantém no poder.  Desde criança, Bento percebia a diferença entre negros e brancos na escola, posteriormente sentiu essa diferença ao procurar empregos e receber recusas, apesar de qualificada. Notou o mesmo com sua família, seus irmãos igualmente pretos e graduados. A partir de suas vivências, decidiu dar ouvidos às suas inquietações e estudar a fundo o porquê da exclusão, se tornou psicóloga organizacional e recrutadora.

Nos primeiros três capítulos, intitulados respectivamente: “Pacto Narcísico”, “Branquitude e Colonização Europeia” e “Capitalismo Racial”, Cida Bento há organicidade e objetividade na identificação dos autores que usou como base para as suas pesquisas. Sobre o que seria cada tema e como eles se ligam, ela revela um denominador comum: a branquitude e os pactos narcísicos mantém uma estrutura de dominação e poder acerca do ‘que é caracterizado como o outro, os não brancos, os não universais. No capítulo primeiro, a partir das suas vivências em instituições públicas e privadas, a autora declara que que tanto as lideranças como a maioria das pessoas que compõem o quadro de funcionários são formados por pessoas brancas. Apesar de essas instituições publicizarem discursos em prol da diversidade e igualdade, os seus responsáveis apresentam justificativas insustentáveis, como a meritocracia. Eles só demonstram o racismo e a autoproteção que mantém as estruturas quase inalteradas durante gerações. Esse seria o pacto narcísico da branquitude, que é silencioso, porém ensurdecedor para as populações não brancas. Nesse sentido, não há como falar da branquitude sem voltar um pouco no tempo e mostrar que a branquitude foi formada historicamente por invasões ou, como gostam de usar, expansões e colonizações Europeias sobre  as populações não brancas: indígenas e pretas, o outro, os bárbaros, em síntese, os não universais. A branquitude herdeira, por sua vez, se perpetua privilégios atualmente, como a autora demonstra no segundo capítulo dois. No terceiro, a autora fecha esse enredo falando do capitalismo, demonstrando que não é só um sistema econômico, mas um sistema econômico racial que lucrou e lucra bastante com as populações não brancas. A força do seu trabalho mal remunerado ou escravo é a tomada de terras dessas populações. Além disso, a autora trata da importância de romper as alianças que mantém a estrutura do capitalismo racial e já anuncia o elemento que ligará os próximos capítulos: a supremacia branca e regimes autoritários.

Os três capítulos seguintes são intitulados, respectivamente: “Personalidade Autoritária, Masculinidade Branca e Nacionalismo”, “O Campo de Estudos Sobre a Branquitude” e “Racismo Institucional”. A meta implícita desses textos é demonstrar a estrutura da branquitude, que é, ao mesmo tempo, histórica, econômica e de repressão. No quarto capítulo, Bento declara que uma parcela dos cidadãos se identifica com o autoritarismo e discursos fascistas, uma vez que projetam novamente o “nós e eles”, e tudo que é ruim é o outro. Além disso, toca em um ponto importante que é a repressão e a violência por parte da polícia e do judiciário (em sua maioria também formados por brancos) com os “não iguais”, que se empenha em punir  crimes menores da população preta, enquanto os chamados de crime de colarinho branco, raramente o são (a autoproteção). A masculinidade e o nacionalismo também são destacados, pois projetam em figuras violentas e autoritárias todo o significado de poder e força e, até, de práticas e valores antidemocráticos. Já no quinto capítulo, a autora periodiza os estudos sobre a branquitude em três ondas. A primeira corresponde ao prazer da branquitude de não ser comparada aos negros e manter algum privilégio. A segunda mostra o racismo nas instituições que segregam e distribuem privilégios. A terceira onda seria marcada pela reivindicação da população preta e pelos brancos que se sentem ameaçados pelo recente protagonismo (vitimização branca). No capítulo seguinte, o sexto, a autora aborda o racismo institucional. Partindo de pesquisas, inclusive coordenadas no Centro de Estudos da Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), a investigação identifica a ocorrência do racismo nas instituições, principalmente no ato de contratar pessoas negras.

Os capítulos sétimo, oitavo e nono são intitulados: “O Caso das Mulheres”, “Enfrentamento dos Desafios: CEERT” e “Projetos de Informação”. Eles demonstram como era e são os trabalhos das mulheres, da época da escravidão até os dias atuais, os direitos conquistados, a criação do CEERT e o apoio dos familiares negros e comunidade negra ao projeto que buscava desmistificar a ideia de que o Brasil era um país de igualdade racial. No sétimo capítulo, a autora expõe a situação das empregadas domésticas. Sendo em maioria mulheres negras (mesmo após muitos anos da abolição), elas permanecem na situação de servidão, de cuidadoras da “casa grande”, recebendo tratamento quase semelhante à época amarga e cruel da escravidão. Ela ressalta que a conquista desses direitos incomodou a branquitude. No capítulo seguinte, a autora trata da emergência do CEERT, que denunciou as desigualdades raciais existentes no Brasil. Sua criadora, a própria Cida Bento, demostrou que era necessário ter dados de raça na contratação e vagas destinadas às pessoas pretas para as inserir e verificar se de fato existia equidade nas instituições e organizações público e privada.

O capítulo nono trata dos projetos de inserção de pessoas negras em instituições e em cargos de poder, para tornem as empresas mais diversas e promova a justiça social e equidade. Porém, ela deixa claro que é um desafio, uma vez que as pessoas brancas são vistas como “universais” e respondem com medo, raiva e violência à mudança nas hierarquias ou à contratação de pessoas pretas.

cidwNegros no Poder Judiciário | Arte: Ygor Nascimento/Geledés

O último capítulo, o décimo, é designado “O Momento Presente”. Nele, autora trata do momento em que seu livro foi escrito (2019). O ano em que a extrema direita e a branquitude assumem o poder e derrubam vários direitos trabalhistas. Nessa parte, ela argumenta que branquitude nunca quer o bem comum. Ela quer se manter no poder. Brancos se veem como conquistadores e esquecem que a sua história é marcada pela apropriação e destruição de outras culturas. Esquecem, ainda, que essa autoestima de vencedores os coloca na posição acreditar na legitimidade da sua presença majoritária na economia, na política etc. Em contrapartida, a população negra é vista como descendente de escravos (os perdedores), sendo culpabilizados por sua condição. Ao final, ela lembra que os pactos narcísicos da branquitude são acordos, acordos não verbalizados, coletivos. Nesse sentido a autora vê os coletivos que buscam escancarar o racismo como um modo de desmantelar esse sistema as instituições.

Ao longo deste livro a autora buscou mostrar os pactos da branquitude e a estrutura racista que compõe a relações sociais no Brasil. Desse modo, trouxe para o contexto da obra, repertórios históricos e políticos, exemplos de filósofos e ativistas, que dão validade a seu discurso e investigação, sustentando a tese de que os acordos da branquitude são realidade em continua manutenção. Apesar de a autora descrever os contextos e alguns conceitos usados para provar seus argumentos, a obra é densa para quem não domina um pouco de história do Brasil, relações políticas e questões raciais. A saída para esse público é reler trechos e pesquisar alguns assuntos. No entanto, o livro cumpriu o que prometeu do início ao fim, trazendo várias reflexões, e exemplos realistas para o entendimento da estrutura racista e dos pactos silenciosos em favor da branquitude no país. Além disso, aponta soluções para combater esses problemas, construindo uma agenda de lutas, das quais destaco: a organização política e internacional para o combate do racismo e intervenções políticas nas estruturas da sociedade. Somente assim, será possível incluir as pessoas negras no quadro de funcionários e nas hierarquias. Será preciso muito ativismo e muita luta contra as estruturas denunciadas neste livro.


Sumário de O pacto da branquitude

  • Introdução
  • O Pacto narcísico
  • Branquitude e colonização europeia
  • Capitalismo racial
  • Personalidade autoritária, masculinidade branca e nacionalismo
  • O campo de estudos sobre branquitude
  • Racismo institucional
  • O caso das Mulheres
  • Enfrentando os desafios: CEERT
  • Projetos de transformação
  • O momento presente
  • Epílogo: Exercitando a mudança – Vidas negras importam

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Resenhista

Sidinara dos Santos Querino  é graduanda em História na Universidade Federal de Sergipe (UFS) e estagiária no Centro de Excelência Professora Maria Ivanda de Carvalho Nascimento. ID LATTES:  http://lattes.cnpq.br/8429119158010568; ID ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2764-3471; Redes sociais: Instagram @nara_querino; E-mail: profa.sidinaraquerino@gmail.com.


Para citar essa resenha

BENTO, Cida. O pacto da branquitude: introdução. São Paulo: Companhia das Letras, 2022. 152p.. Resenha de: QUERINO, Sidnara dos Santos. Denunciando o preconceito racial. Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n.9, jan./fev. 2023. Disponível em <https://www.criticahistoriografica.com.br/denunciando-o-preconceito-racial-resenha-de-o-pacto-da-branquitude-de-cida-bento/>. DOI: 10.29327/254374.3.9-5

Árbol de la vida. Alfonso Reyes y la inteligencia poblana/1911-1959 | Alberto Enríquez Perea

Debemos a Alberto Enríquez Perea la publicación de numerosas obras sobre Alfonso Reyes y la recuperación de una parte de la correspondencia del autor de Visión de Anáhuac (1519) y de la Cartilla moral. Su catálogo incluye más de una centena de trabajos entre libros de autor, capítulos y artículos. Ahora, Enríquez Perea nos ofrece Árbol de la vida. Alfonso Reyes y la inteligencia poblana, 1911-1959, libro elaborado a partir de las cartas que don Alfonso intercambió con distinguidos poblanos. Leia Mais

História (São Paulo). Assis/Franca, v.42, 2023.

Museos, memoria y trauma/Anuario Colombiano de Historia Social y de la Cultura/2023

Decía con elocuencia Walter Benjamin:

hay un cuadro de Klee que se llama Angelus Novus. En ese cuadro se representa a un ángel que parece a punto de alejarse de algo a lo que mira fijamente. Los ojos se le ven desorbitados, tiene la boca abierta y además las alas desplegadas. Pues este aspecto deberá tener el ángel de la historia. Él ha vuelto el rostro hacia el pasado. Donde ante nosotros aparece una cadena de datos, él ve una única catástrofe que amontona incansablemente ruina tras ruina y se las va arrojando a los pies. Bien le gustaría detenerse, despertar a los muertos y recomponer lo destrozado. Pero, soplando desde el Paraíso, una tempestad se enreda en sus alas, y es tan fuerte que el ángel no puede cerrarlas. Esta tempestad lo empuja incontenible hacia el futuro, al cual vuelve la espalda mientras el cúmulo de ruinas ante él va creciendo hasta el cielo. Lo que llamamos progreso es justamente esta tempestad.2 Leia Mais

Futuros en pugna. Protagonismos/dinámicas y sentidos durante el tercer gobierno peronista (1973-1976) | Jorge Cernadas, Laura Lenci

Fruto de discusiones e investigaciones llevadas a cabo por un grupo de docentes-investigadores de distintas universidades nacionales de Argentina, “Futuros en Pugna” se propone analizar una serie de actores que suelen quedar relegados a lugares secundarios cuando se evoca la dinámica política de los exaltados años que precedieron a la última dictadura militar. Por ese motivo, muchos de los estudios aquí reunidos se presentan como indagaciones “exploratorias”, cuya función es mapear las prácticas y sentidos que se entrecruzaron en esa coyuntura, recuperando la voz de los protagonistas e intentando reconstruir los futuros posibles que se desprendían de sus acciones. Tras ese objetivo convergen artículos compilados y redactados con la intención de evitar excluir al público no especializado de la discusión y que, a su vez, aspiran a intervenir en los debates académicos actuales. En particular, esta obra emerge del descontento contra aquellos relatos historiográficos que reducen bajo el tópico del “autoritarismo” y el “déficit democrático” a una heterogeneidad de prácticas y sujetos. En contraste, aquí se propone tratar la coyuntura 1973-1976 en términos de su propia lógica política, cuyas reglas de juego y concepciones de legitimidad no necesariamente coincidían con las de nuestra propia democracia representativa y consensual. De ahí que la apuesta metodológica del libro consista en analizar las fuentes respetando las peculiaridades de los discursos producidos por cada sujeto histórico, para así evitar la homogeneización de aquello que fue múltiple y la teleología de aquello que estuvo en disputa. Leia Mais

Desde el banquillo. Escenas judiciales de la historia argentina | Juan Manuel Palacio

Esta obra colectiva de reciente aparición bajo la dirección de Juan Manuel Palacio viene a llenar un vacío historiográfico debido a varios aspectos: en un mismo libro logra reunir los aportes de un grupo de especialistas de nuestro país (posiblemente los mayores referentes en cada uno de los momentos y temáticas abordadas), recorriendo un período de larga duración, y haciéndolo, además, con un lenguaje y un estilo accesible al gran público. No obstante, también resulta relevante porque pone sobre el tapete algunas de las cuestiones que atraviesan las discusiones en la esfera pública actual en torno de la justicia y el funcionamiento del poder judicial en Argentina (aunque habría que decir que estos debates no se están produciendo solo en ella, sino coetáneamente en otros ámbitos estatales). Leia Mais

Los trece ranchos. Las províncias/Buenos Aires/ y la formación de la Nación Argentina (1840.1880) | Eduardo José Míguez

El papel de las provincias en el armado del sistema federal argentino ha sido un tema de indagación creciente. El interés reposó en la renovada agenda académica que reinterpretó el protagonismo de los poderes locales en el sistema político nacional, como también de las reflexiones de las que viene siendo objeto el federalismo político y fiscal argentino. El foco en el aspecto político durante el siglo XIX abrió nuevas perspectivas y contribuyó a internacionalizar agendas académicas, individualizar problemas y combinar metodologías con el fin de historiar uno de los pasados políticos posibles. Oportunamente, Tulio Halperín Donghi atribuyó el resurgimiento de la historia política a las respuestas dadas por las comunidades de historiadores ante los cambios globales del siglo XX “corto”, y la entronización de la democracia representativa en medio de la debacle de soluciones políticas rivales. Ese resultado, además, sería correlativo a un cambio de actitud del historiador frente a su objeto, en tanto el interés no estaría dado en percibir la dimensión política como “epifenómeno” de transformaciones operadas en la esfera económica-social. En torno a ello, si la historia política volvía a escena dicho resurgimiento coincidía con el abandono de los modos habituales en que había sido practicada, y asumía convenciones distintas a los modelos macroestructurales vigentes hasta los años setenta. Asimismo, el nuevo clivaje de la historia política acusó el impacto de los avances en el campo de la historia de las ideas, en particular del influyente libro El momento maquiavélico de John Pocock, cuyas enseñanzas, según Ezequiel Gallo, puntualizaban tres cuestiones: la reivindicación de la narrativa como técnica adecuada para explicar procesos y acontecimientos históricos, la especificidad de la política con el consiguiente rechazo a considerarla como meramente derivativa de desarrollos económicos y sociales, y la pertinencia de analizar los fenómenos del pasado en sus propios términos, evitando incurrir en extrapolaciones generadas por preocupaciones actuales. Tales registros analíticos fueron tematizados por Hilda Sabato al momento de demostrar el impacto de la renovación de la historia política argentina y latinoamericana del siglo XIX. Ante todo, el control de visiones teleológicas, la interpretación de la política y lo político en sus propios términos, el análisis de instituciones y prácticas del gobierno representativo y republicano, los partidos, las formas de participación políticas y la tensión entre inestabilidad y orden político. Leia Mais

História Agrária e deslocamentos/Outros Tempos/2023

Não é de hoje que a História Agrária tem-se apresentado como um tema urgente na historiografia brasileira. A emergência dos movimentos sociais e populares no campo no século XXI vem provocando novas abordagens temáticas já conhecidas. Passamos de estudos mais centrados nas questões da estrutura e da economia agrárias brasileiras para outras que, mesmo sem necessariamente abandonar o econômico e o estrutural, centram-se em problemas referentes a identidade cultural, relações e conflitos sociais, contatos entre diferentes grupos étnicos, bem como diversos processos de povoamento e colonização, formas de acesso à terra e relações de trabalho no campo, leis e direito agrário e problemas ambientais (CONGOST, 2007; GUIMARÃES e MOTTA, 2007; LINHARES e SILVA, 1981; MOTTA, 1998; NUNES, 2016). Leia Mais

Senhorios coloniais: direitos e chicanas forenses na formação da propriedade na América portuguesa | Carmen Alveal

Maria Yedda Linhares, historiadora cearense, radicada desde jovem no Rio de Janeiro, que revolucionou os estudos tanto sobre história agrária quanto história da agricultura e do abastecimento alimentício na década de 1980, afirmou certa vez que, para realizar uma análise sobre as escolhas temáticas que entrecortam a vida profissional dos que produzem história, era necessário considerar suas “linhagens historiográficas”. Nesse sentido, partindo dos enunciados que Michel de Certeau chamou, com as devidas ressalvas, de “operação historiográfica” para melhor esmiuçar as obras e quem as produz, podemos enlaçar essas duas noções – “linhagens” e “operações” – para, metodologicamente, apresentar o novo livro de Carmen Alveal. Leia Mais

Mocambo em HQ – Resenha de Vanessa Spinosa (UFRN) sobre “Angola Janga, um convite à liberdade”, de Marcelo d’Salete

 

cwMarcelo D’Salete em entrevista na sala de oficinas do Sesc Pompeia | Foto: Malu Mões

ResumoAngola Janga, um convite à liberdade é uma obra em quadrinhos, escrita por Marcelo d’Salete, que relata a luta de Palmares, um importante símbolo de liberdade e resistência negra na história do Brasil. Apesar de outras histórias sobre o assunto já terem sido contadas, este livro apresenta o conflito de maneira visualmente impactante, em formato de quadrinhos. Composto por onze capítulos e com 432 páginas, o livro já está circulando em vários países e tornou-se uma referência para o ensino de história, especialmente por entender o Quilombo dos Palmares como evento relevante da história nacional.

Palavras-chave: Mocambo, Ensino de História e Angola Janga.

AbstractAngola Janga, an invitation to freedom tells the story of the struggle of Palmares, an important symbol of freedom and black resistance in the history of Brazil. While other stories have been told about this event, this book presents the conflict in a visually impactful form, in comics. Consisting of eleven chapters and with 432 pages, the book is already circulating in several countries and has become a reference for the teaching of history, especially for understanding the Quilombo dos Palmares as a significant event in national history.

Keywords: Mocambo, Teaching History, Angola Janga.

Mocambo in Comics – Vanessa Spinosa’s review of Angola Janga, an Invitation to Freedom by Marcelo d’Salete


Angola Janga, um convite à liberdade foi escrito por Marcelo d’Salete, intelectual envolvido com o Museu Afro-Brasil. Essa experiência se explicita nas escolhas de planos, na construção das imagens. O autor é um designer, com mestrado em história da arte pela Universidade de São Paulo (USP) e Angola Janga não é sua primeira publicação. Ele ficou bastante conhecido após publicar Cumbe (2008). Mas, Angola e Janga foi premiada no exterior e, no Brasil, foi agraciada com um “Jabuti”, em 20008, na categoria quadrinhos.

Você vê os frutos dessa aproximação com o museu também em outras vertentes, quando convidado a apreciar ilustrações de peças relacionadas, inclusive, com os personagens de Angola Janga,  ao visitar o Instagram @marcelodsalete, percebendo a viva herança dos trabalhos nessa perspectiva. O sentido contrário é recíproco, pois a obra de quadrinhos se torna uma peça positiva dentro de uma narrativa de Museu.

D’Salete pesquisou durante 11 anos para gerar 432 páginas de textos e imagens. A construção imagética é marcada pelo preto e branco e os contrastes para fazer uma sublime história de Palmares. Quem ensina História, Português, Literatura ou Sociologia, pode associar essa obra e o conteúdo das suas disciplinas para entender a história da exploração do homem pelo homem.

No caso da escravização das Áfricas (não relacionada à uma visão derrotista), a história de Angola Janga parte da perspectiva de quem estava nos mocambos. Estabelece, desse modo, um contraponto entre a escritura do protagonismo negro e a escritura oficial da interpretação do homem branco colonizador, depondo sobre vestígios desse passado dos escravizados. É a narrativa da resistência da população de matriz banto, que constituiu comunidade com mais 20 mil pessoas.

O narrador se fixa na povoação do Macaco, onde, por uma centena de anos, atuaram cerca de 6 mil pessoas, em pleno século XVII. A história é contada sob a perspectiva de mulheres, homens e crianças, anciãos, brancos, negros e mestiços, livres, escravizados, libertos e resistentes, com destaque, por exemplo, às experiências de vida de Francisco e Soares.

A violência impera e não poderia ser diferente. É uma história de traições, assassinatos, espancamento, estupro, divergências internas entre negros, entre indígenas, entre colonizadores (padres, caçadores de recompensas, senhores de terra, mandatários da coroa). A disputa é física e é também psicológica. O autor mostra a diferentes cosmogonias em campo, de corte cristão e de corte africano.

As narrativas são entrecortadas por sonhos e lembranças de diálogos e flashbacks. Logo no início uma conversa entre o padre e Francisco revela visões cristocêntricas e catequistas, de um lado, e discursos sobre o lugar da organização e da união dos resistentes em mocambos, em cenário que à época situava-se na Capitania de Pernambuco e hoje faz parte do estado de Alagoas. Tratava-se de um complexo que, à semelhança de pequenos pequenas cidades, constituía-se em um estado autônomo dentro da colônia ou uma capitania dentro da capitania.

Angola Janga, contudo, não se resume aos quadrinhos. Além das sequências e micro-sequências de imagens, plenas de metáforas, somente aquilatadas, pelo leitor, mediante a  apreciação direta, D’Salete apresenta um glossário, uma cronologia da “Guerra de Palmares”, um quadro sinóptico, mapas de época e atual, situando o cenário da “guerra”, quilombos no Brasil e o tráfico escravista entre os séculos XVI e XIX.

cwwCena de Angola Janga (D’Salete, 2022, p.50).

Angola Janga é termo usado entre os próprios moradores para definir o conjunto de mocambos de Palmares. Em quibundo, significa ‘pequena Angola’ (Clóvis Moura, Dicionário de escravidão). Para Nei Lopes, em seu Dicionário Banto do Brasil, o termo tem origem em outras línguas banto e significa ‘minha Angola’. Havia diversos mocambos grandes e pequenos no local. Os maiores chegavam a ter mais de 6.000 pessoas. Os mais conhecidos mocambos de Palmares foram Macaco, Zumbi, Subupira, Andalaquitiche, Alto Magno, Aquatune, Acotirene, Amaro, Tabocas, Osenga, Dambraganga e Curiva. (D’Salete, 2022, p.415).

D’Salete também desenvolve texto sobre a história do seu interesse pelo tema e faz um breve relato sobre a transformação de Palmares em objeto da Historiografia. Na apresentação e, mais detidamente, no ensaio intitulado “Picadas e sonhos”, ele comenta sobre o processo de elaboração que envolveu pesquisa bibliográfica e documental. O livro resulta de em típico trabalho de historiador, afeito aos domínios da história social e política, à problematização da experiência dos excluídos, observados sob os filtros da documentação oficial.

Destaco que a passagem de D’Salete pelo Museu Afro Brasil foi determinante para as suas escolhas. Ali, ele aproximou-se das marcas da ancestralidade. Ali, reforçou ligações com Angola e Moçambique, observando os fluxos mais intensos de escravizados, reconhecendo as formas de comunicação, nomes que a própria comunidade designava, chamava para si e entre si os seus movimentos e os seus espaços.

Cada capítulo de Angola Janga é uma oportunidade para acessar trechos de documentos produzidos pelo Conselho Ultramarino, do final do século XVII, mas também  de cartas oficiais que depõem sobre a resistência negra e a religiosidade dos seus atores. É também um momento para perceber diálogos com especialistas, como Dércio Freitas, Alberto da Costa e Silva, Robert Slenes e Flávio Gomes.

Você, que se interessa pelo tema, não será a mesma pessoa após a leitura Angola Janga, a experimentação da poética das imagens que estimulam a nossa imaginação (inclusive para planejar aulas). Angola e Janga reitera a pertinência e a relevância de que a história/memória de Palmares permaneça em todas nós e todos nós.

Não é o autor que está falando e não sou eu, a resenhista quem o declara. O capitalismo está na base dessa relação, na matriz da escravização dessa força de trabalho. Tanto patriarcado como a racialização e o racismo estruturam até hoje as nossas formas de ver e de interpretar a história atual do Brasil e Angola Janga é um convite à resistência a esses elementos. Ela demonstra que a liberdade, no sentido mais vibrante da palavra, pode ser realmente praticada se nós agirmos unidos e organizadamente.


Sumário de Angola Janga: uma história de Palmares

  • Mocambos e engenhos
  • O caminho de Angola Janga
  • Nascimento
  • Aqualtune
  • Cicatrizes
  • Cucaú
  • Encontros
  • Selvagens
  • Guerra do mato
  • Doce inferno
  • O abraço
  • Passos da noite
  • Glossário
  • Picadas e sonhos
  • Cronologia da Guerra de Palmares
  • Súmula da Guerra dos Palmares
  • Mapas
  • Referências

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Resenhista

Vanessa Spinosa – Doutora em História pela Universidade de Salamanca (USAL), professora do Departamento de História da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Publicou, entre outros trabalhos, “Formação do futuro-presente: a docência em História no contexto da experiência digital no ensino espectro remoto”, coautoria com Marcella Albaine Farias da Costa, em Formação docente e currículo: Conhecimentos, sujeitos e territórios, organizado por Carmen Teresa Gabriel e Marco Leonardo Bomfim (Mauad X, 2021), “Ciberespaço, letramento e docência: experiência com TDICs no Ensino de História”, em  História em jogo: as questões do tempo presente e os desafios do ensino de história, organizado por Airan dos Santos Borges de Oliveira e Maria da Conceição da Silva, Costa (Desalinho, 2020) e, em coautoria com Danilo Nogueira de Medeiros, “Ensino de História no ensino superior: práticas educativas para a emancipação discente no ciberespaço”, nos Anais do XI Encontro Nacional Perspectivas do Ensino de História (ABEH, 2021). ID LATTES: http://lattes.cnpq.br/1087304600335538; ID ORCID: 0000-0003-1736-4110; Facebook:vanessa.spinosa; Instagran:@vanessaspinosa.ufrn. E-mail:vanessa.spinosa@ufrn.br.


Para citar esta resenha

D’SALETE, Marcelo. Angola Janga: uma história de Palmares. São Paulo: Veneta, 2017. 432p. Resenha de: SPINOSA, Vanessa. Quilombo em HQ. Crítica Historiográfica, v.3, n.9, jan./fev. 2023. Disponível em <https://www.criticahistoriografica.com.br/quilombo-em-hq-resenha-de-angola-janga-um-convite-a-liberdade-de-marcelo-dsalete/>. DOI: 10.29327/254374.3.9-6

Consulte também a versão em podcast autoral de Vanessa Spinosa, que gerou esta resenha: Resenha Relâmpago | Coletivo Podcasts Clio, agosto de 2022.

Educação antirracista – Resenha de Ruan Kleberson Pereirada Silva (UFRN) sobre “Leitura da HQ Angola Janga no ensino de história: uma reflexão sobre o racismo e a escravidão”, de Evandro José Braga

 

ttEvandro José Braga | Imagem: Filmow

Resumo: O livro Leitura da HQ Angola Janga no ensino de história: uma reflexão sobre o racismo e a escravidão”, publicado pela Editora Dialética, em 2021, é a materialização em formato de livro e ebook da dissertação que Evandro José Braga apresentou ao Mestrado Profissional em Ensino de História (ProfHistória) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), sob orientação da Professora Ana Lúcia Lana Nemi, em 2020. O escopo geral da obra está centrado na redução teórico-metodológica da distância entre o currículo real de sala de aula na educação básica e o currículo prescrito pelo Estado.

Palavras-chave: Angola Janga, Ensino de História, Racismo.

Abstract: Antiracist Education – Ruan Kleberson Pereira da Silva’s review of Reading Angola Janga in history education: a reflection on racism and slavery by Evandro José Braga | The book Reading Angola Janga in history education: a reflection on racism and slavery, published by Editora Dialética in 2021, is the materialization in book and ebook format of the dissertation that Evandro José Braga presented for the Professional Master’s Program in History Teaching (ProfHistória) at the Federal University of São Paulo (Unifesp), under the guidance of Professor Ana Lúcia Lana Nemi, in 2020. The overall scope of the work is centered on reducing the gap between the actual curriculum and the official curriculum.

Keywords: Angola Janga, History Teaching, Racism.


Em Leitura da HQ Angola Janga no ensino de história: uma reflexão sobre o racismo e a escravidão”, Evandro José Braga faz uso de materiais próximos a realidade dos alunos, lançando mão de uma Pedagogia do Conflito (em oposição a uma Pedagogia do Consenso, recorrente em políticas educacionais que esvaziam o papel do professor como intelectual orgânico) que promova uma educação antirracista no Ensino de História. Para atingir o objetivo, investiga os usos da História em Quadrinhos (HQ) Angola Janga, de Marcelo D’Salete (2018), em sala de aula.

A obra está dividida em quatro capítulos. No primeiro, “Sobre o racismo e escravidão”, o autor analisa o sistema escravocrata e seus desdobramentos para o desenvolvimento do racismo estrutural, que deve ser objetivamente combatido e superado. Para isso, inter-relacionam-se quatro aspectos: hegemonia, identidade, currículo e historiografia sobre a resistência dos escravizados. Esses temas partem do necessário reconhecimento da existência do racismo como componente histórico e político da sociedade brasileira, sendo decorrente da organização social que viabiliza a discriminação sistêmica de indivíduos negros cotidianamente. Para discutir o racismo estrutural no Brasil, recorreu-se ao conceito de hegemonia, cunhado por Antônio Gramsci e amplamente utilizado pela escola de Birmingham. A ideia é elucidar as formas pelas quais o estado mantém o poder e o controle sobre os subalternos (nos termos de Spivak), valendo-se de instituições sociais (igrejas, escolas etc.) que reproduziriam a hegemonia de forma estrutural. No entanto, a hegemonia também pode constituir-se como ideias dominantes, repassadas e difundidas pela mídia na cultura. Do ponto de vista do marxismo, a hegemonia constitui-se como uma manifestação da imposição colonial.

No plano conceitual [, para o autor], a forma de combate à hegemonia (e às práticas de racismo na educação) é a promoção do reconhecimento da identidade (acompanhando a teoria de Tomás Tadeu da Silva), elaborada no interior de um mesmo grupo social, que a compreende em consenso. Pretende-se que as minorias reconheçam suas diferenças e consolidem identidades que lhes sejam próprias, particulares, lhes forneçam instrumentais para combater as estratégias de dominação que suprimem essas identidades em emergência. No plano educacional, portanto, busca-se a promoção do reconhecimento de identidades como forma de emancipação dos sujeitos subalternos ante a dominação cultural e na direção de uma abordagem multiculturalista e plural. Nesse ponto, o currículo torna-se a convergência (por contraposição) da hegemonia e da identidade, uma vez que se comporta como selecionador de tradições inventadas ao promover a escolha dos conteúdos ensinados, manifestando uma corriqueira característica de limitação à autonomia do professor. Embora sua prática docente deva promover a tolerância e o respeito ao diferente, este professor é compelido a aplicar a Pedagogia do Consenso prescrita no currículo, naturalizando (e silenciando) os conflitos sociais.

É em decorrência da Pedagogia do Consenso que os currículos reproduziram largamente construções historiográficas brasileiras. Ao abordarem o tema da escravidão, [o autor afirma que] foram produzidas diversas interpretações sobre a autorrepresentação dos escravizados, transitando entre uma perspectiva de democracia racial e uma concepção dos escravizados como objetos para serem tratados como sujeitos históricos. A concepção de uma (falsa ideia de) democracia racial, reforçadora do aspecto positivo da mestiçagem tomou corpo com a obra de Gilberto Freyre e consolidou-se como um dos principais marcos historiográficos brasileiros desde a década de 1930. Essa proposta veio em resposta a visão negativa da mestiçagem e a políticas de branqueamento, recorrentes na segunda metade do século XVIII, que elaboraram uma forma de consenso e convivência com os negros, persistente na história nacional. Essa visão só será contraposta a partir da década de 1960, com a historiografia marxista, que passou a destacar o aspecto violento da escravidão no Brasil, embora seguisse tratando os escravizados com anomia, como seres passivos ao cativeiro, objetos no interior da estrutura de exploração. Essa visão foi criticada a partir da década de 1980, com os trabalhos de Robert Slenes, Hebe Mattos e Sidney Chalhoub (inspirados pela historiografia thompsiana e pelos movimentos sociais negros), nos quais os escravizados passam a ser encarados como sujeitos históricos, agentes de práticas de resistência ao sistema escravocrata que pretendiam superar. É justamente na disputa de narrativas em torno do tema da escravidão que o racismo estrutural se revela no Brasil, justificando, assim, a importância da obra de Marcelo D’Salete.

No segundo capítulo, “A narrativa gráfica e historiográfica de Angola Janga”, [o autor] demonstra a presença da História nas HQs, a participação dos negros nessas narrativas. Ele se debruça sobre o conjunto da obra de Marcelo D’Salete, refletindo sobre a narrativa histórica que produz por dentro, estabelecendo diálogos com o debate historiográfico, culminando em Angola Janga. O ponto de partida dessa proposta é o reconhecimento de que a representação das identidades negras nas HQs, no Brasil, também possui uma história que precisa ser compreendida para, em seguida, pensar o valor e aplicação da obra de D’Salete no ensino de história. [Segundo o autor], desde seu surgimento, na década de 1950, as HQs refletiram cenários de naturalização da escravidão, da violência e do tratamento desumano praticado contra os negros, tratados como não-sujeitos ou seres passivos. Tal postura decorre do processo de invisibilidade dos negros na cultura de mídia no Brasil, algo que só começou a ser rompido no mercado gráfico a partir dos anos 2000, com o uso de HQs sobre as  manifestações cotidianas de preconceitos e as precárias condições de vida dos afrodescendentes brasileiros, produzidas por cartunistas socialmente engajados como Novaes, Henfil e Edgar Vasques. Nessa mesma linha, [para o autor] as obras de D’Salete estiveram preocupadas em retratar a cultura afrodescendente, seus desafios contemporâneos e seu histórico de lutas, mediante um roteiro tenso e crítico que possibilita o protagonismo tanto de homens quanto de mulheres, efetivando-se como instrumento de combate ao racismo e ao machismo. Ao abordar temas como memória, experiência, acontecimento, testemunho, a obra de D’Salete manifesta grande valia ao ensino de História, aprofundando conhecimentos históricos e possibilitando espaços de fala aos subalternos (nos termos de G. C. Spivak), construindo um ensino reflexivo e emancipatório.

Ao analisar a obra de D’Salete, o autor retoma as primeiras publicações. Destaca que em Noite Feliz, D’Salete utiliza-se da violência e da urbanidade como arcabouço para retratar sujeitos subalternos agredidos pela condição social imposta pela hegemonia em uma boate da noite paulistana. A cidade de São Paulo, inclusive, assume protagonismo em Encruzilhada, segunda obra de D’Salete, na qual a urbanidade, a propaganda excessiva e o consumismo desenfreado afetam e compõem episódios do racismo estrutural manifestos na constante tensão perante a violência institucionalizada. Em Cumbe, foi originalmente pensado como parte inicial de Angola Janga, escravizados protagonizam a resistência ante a violência das senzalas brasileiras, buscando fugir das sombras da noite e da escravidão (elementos retratados pelos traços artísticos na aplicação de sombras de branco e preto) e efetivar a consolidação de suas identidades.

A última das obras analisadas, Angola Janga, publicada em 2017, conta a história do Quilombo de Palmares, pautada nos conflitos (entre quilombolas, negros escravizados, indígenas, portugueses, holandeses, paulistas) que formaram o Brasil por meio de um processo violento, de modo a explicitar que a liberdade do povo negro foi conquistada (e não concedida) pela luta e resistência ante as mazelas da escravidão.

tCena de Angola Janga (D’Salete, 2017, p.97).

Produzindo uma Pedagogia do Conflito, a partir da utilização de Angola Janga, o autor destaca que a representação da destruição de Palmares reflete um projeto elitista de concentração de terras e riqueza que via sua hegemonia ameaçada por um levante negro. A religião católica, de igual modo, colaborava para a produção e manutenção da hegemonia, confrontada com os princípios religiosos de sujeitos escravizados que se comportam como intelectuais orgânicos, atuando de forma contra-hegemônica. Angola Janga se encerra com uma ex-escravizada vivendo em situação precária nas periferias do Brasil, marcando a persistência do racismo estrutural e retomando o tema do cotidiano dos negros marginalizados das periferias paulistanas, que deram corpo à Noite Feliz Encruzilhada. Nisso, Angola Janga está em consonância com a Nova Historiografia de caráter thompsiana que tomou corpo no Brasil, [é o que afirma o autor].

O terceiro capítulo, “Pensar a escravidão na educação: as possibilidades pedagógicas para o uso de Angola Janga”, concentra-se na proposta pedagógica de uso de Angola Janga na educação, partindo da reflexão sobre o tema da escravidão, elencando possibilidades. Inicialmente, o autor critica o formato positivista de uma determinação cronológica dos conteúdos, argumentando que isso dificulta (quando não inviabiliza) propostas por eixos temáticos, abordagens transversais e/ou interdisciplinares. Sugere a atenção aos interesses dos alunos, de modo que sejam protagonistas, construindo seu material didático e aprendendo de forma significativa. Com isso, lança mão da Pedagogia da Possibilidade (R. Simon), alinhada a uma Pedagogia Crítica, para pensar as HQs como uma tecnologia cultural produtora de sentido e de conhecimento. A partir daí, o autor vale-se da Pedagogia Histórico-Crítica (D. Saviani) para pensar uma educação escolar emancipatória, na qual a escola seja um instrumento de luta contra a marginalidade. Desse modo, é posta a necessidade de superação da alienação em uma educação não necessariamente escolar, mediante a promoção de uma educação para além do capital (I. Mészáros), integrando todos aqueles agentes sociais que buscam a transformação por meio da educação, institucionalmente ou não. Em busca de um ensino de história a contrapelo, suscitando uma narrativa do explorado, a promoção de uma educação popular, a Pedagoginga (A. Rosa), que se efetiva nas ruas e nas brechas do sistema, pode ser um importante instrumento para romper com a (auto)alienação, transformando a sociedade e a própria escola. O autor defende uma Pedagogia Cultural que recupere conhecimentos culturais trazidos pelos alunos para a escola que lhes sirvam de alicerce para a construção de suas identidades, combatendo práticas etnocêntricas e estereotipadoras. O autor ressalta que fora da escola há um mundo vasto e diverso que também educa significativamente.

Procurando alinhar a teoria e a prática pedagógica mediante o uso da linguagem de HQ, mais próxima da realidade dos alunos, o quarto capítulo, “Parte Propositiva”, apresenta o produto final da dissertação do ProfHistória, demonstrando formas de se trabalhar Angola Janga na sala de aula. A primeira proposta de sequência didática está alinhada à Pedagogia Histórico-Crítica e se estrutura em cinco etapas: prática social (reconhecimento da realidade dos alunos por meio de entrevistas, questionários, etc.), problematização (questionamento acerca da realidade social posta, introduzindo o tema da escravidão), instrumentalização (introdução do quadrinho e apropriação de instrumentos teórico-práticos para a resolução dos problemas), catarse (internalização dos conceitos mediante a leitura do quadrinho Angola Janga) e prática social (apropriação dos conteúdos para promover a transformação da realidade social inicialmente detectada).

A segunda proposta vincula-se ao Multiculturalismo Crítico, utilizando Angola Janga como uma tecnologia cultural capaz de aproximar o ensino da realidade social do aluno. Para tanto, parte de uma roda de leitura, que tem potencial para contribuir com uma alfabetização midiática. Posteriormente, o docente realiza o aprofundamento dos conteúdos históricos utilizando bibliografia especializada. Também sugere como aprofundamento a busca por intertextualidade com outras linguagens, como músicas de rap (o próprio autor a emprega a canção Pedagoginga, de Thiago Elniño, na epígrafe da [introdução]). A última etapa da proposta, [segundo o autor], poderia funcionar como instrumento de avaliação, na qual os alunos exporiam suas produções: quadrinhos, podcast, pintura, textos, slam etc.

Em ambas as sequências, articula-se ensino e cotidiano para a alteração crítica da realidade social dos sujeitos subalternos e marginalizados. Nisso, Angola Janga torna-se um instrumental poderoso ao trabalho docente no ensino de história, capaz de reelaborar narrativas, mobilizar identidades em construção e fomentar empoderamento e protagonismo juvenil.

De modo geral, a obra é de suma importância para se pensar os currículos formativos aplicados no ensino de história, as linguagens aplicadas para a produção de conhecimento histórico e as formas de ver, experienciar e dialogar com as realidades dos alunos que chegam nos bancos das escolas de todo o Brasil. Parte da importância desse trabalho reside no fato de refletir sobre culturas historicamente silenciadas e negadas na educação, sobretudo a cultura juvenil e a cultura afrodescendente. Não menos importante é a aplicabilidade revolucionária (embora esteja longe de ser uma novidade) da linguagem de HQ na sala de aula, principalmente ao utilizar uma premiada Angola e Janga, composta por um homem negro, para discutir narrativas sobre a negritude e o combate ao racismo. Em uma ação contra-hegemônica, a mediação do docente enquanto agente intelectual na sociedade terá a capacidade de promover e de instrumentalizar a transformação dos discursos subalternos de tantos jovens, negros, periféricos e/ou marginalizados, sedentos por romper com a estrutura racista de nosso país, fazendo dele um lugar mais justo, democrático e igualitário, de modo que todos possamos viver indistintamente uma cidadania efetivamente inclusiva.


Referências

BRAGA, Evandro José. Leitura da HQ Angola Janga no ensino de História: uma reflexão sobre o racismo e a escravidão. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de História – ProfHistória). 170f. Guarulhos: Universidade Federal de São Paulo. Escola de Filosofia, Letras e Humanas. 2020. Disponível em https://repositorio.unifesp.br/bitstream/handle/11600/64780/EVANDRO%20JOSE%20BRAGA.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 16 dez. 2022, 20:06.

D’SALETE, Marcelo. Angola Janga. São Paulo: Veneta, 2018.

D’SALETE, Marcelo. Cumbe. São Paulo: Veneta, 2018.

D’SALETE, Marcelo. Encruzilhada. São Paulo: Veneta, 2016.

D’SALETE, Marcelo. Noite luz. São Paulo: Via Lettera, 2008.


Sumário de “Leitura da HQ Angola Janga no ensino de história”

  • Considerações iniciais
  • Sobre escravidão e racismo
    • 1. Hegemonia
    • 2. Identidade
    • 3. Currículo
    • 4. Resistência dos escravizados
  • A narrativa gráfica e historiográfica de Angola Janga
    • 1. A História nas HQs do Brasil
    • 2. A figura do Negro nos quadrinhos Brasileiros
    • 3. A narrativa histórica na obra de Marcelo D’Salete
  • Pensar a escravidão na educação: as possibilidades pedagógicas para uso de Angola e Janga
    • 1. Saviani e a busca da curvatura da vara
    • 2. Busca de uma de uma prática educativa para além do Capital
    • 3. Pedagoginga
    • 4. Práxis educacional
  • Parte propositiva
    • 1. Proposta: Pedagogia histórico-crítica
    • 2. Multiculturalismo crítico
  • Considerações finais

Para ampliar a sua revisão da literatura


Resenhista

Ruan Kleberson Pereira da Silva – Doutorando em História (PPGH) pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), professor da Rede de Educação Básica na Secretaria Estadual de Educação e Cultura do Rio Grande do Norte (SEEC-RN). Publicou, entre outros trabalhos, “A construção do Espaço Arquitetônico em palácios neoassírios (884-727 a.C.): Guerra e Ordem na Sala do Trono” [Põe aqui o link, se houver], em Espaço-Tempo: enredos entre Geografia e História, organizado por Alessandro Dozena e Eugênia Maria Dantas (EDUFRN, 2016); “Monumentalidade, conectividade e fluxo: o programa arquitetônico dos palácios neoassírios” [Põe aqui o link, se houver], em coautoria com Marcia S. Vasques, na Revista Research, Society and Development (2016); “Maria Centrífuga: a subversão do papel social da mulher em Maria da Vila Matilde de Elza Soares” [Põe aqui o link, se houver], em coautoria com Alana Medeiros, Ana Caroline Dantas e Juan dos Santos Silva, nos anais do VI Congresso Nacional de Educação (Editora Realize, 2019). ID Lattes: http://lattes.cnpq.br/7999377274305709. ID Orcid: 0000-0001-9033-6496; E-mail: ruankpsilva@gmail.com; Facebook: ruankps; Instagram: @ruankps.


Para citar esta resenha

BRAGA, Evandro José. Leitura da HQ Angola Janga no ensino de História: uma reflexão sobre o racismo e a escravidão. São Paulo: Dialética, 2021. [Põe aqui o número de páginas]. Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n.9, jan./fev., 2023. Disponível em <https://www.criticahistoriografica.com.br/por-uma-educacao-antirracista-resenha-de-leitura-da-hq-angola-janga-no-ensino-de-historia-uma-reflexao-sobre-o-racismo-e-a-escravidao-de-evandro-jose-braga/>. DOI: 10.29327/254374.3.9-7

A constituição do campo da Educação Especial no Brasil: entre tempos, lugares e pessoas/Cadernos de História da Educação/2023

As primeiras ações do que será conhecido, posteriormente, como Educação Especial ocorreram como iniciativas isoladas e praticadas por médicos, a partir do século XVIII. Historiadores da Educação Especial costumam considerar Jean-Luc Gaspard Itard, psiquiatra francês, o pioneiro do campo, por aceitar o desafio de tentar educar Victor, o menino selvagem encontrado na floresta do Aveyron, na França. Os registros da intervenção foram preservados e demonstram as tentativas de educar a criança. No Brasil, costuma-se considerar que a Educação Especial iniciou seu percurso ainda no Império, com a inauguração do Instituto Nacional dos Surdos-Mudos, atual Instituto Nacional de Educação dos Surdos (INES) e do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, denominado desde o início da República, Instituto Benjamim Constant, responsável pela educação das pessoas cegas. No entanto, a História da Educação Especial no Brasil ainda carece ser explorada. Leia Mais

Historia Crítica. Bogotá, Núm. 87 (2023)

Dossier

Dossier

Tema abierto

Publicado enero 1, 2023

Ensino de História Indígena – Resenha de Ana Karina Alecrim Moitinho (Embasa/Uneb) sobre “Histórias e Culturas Indígenas na Educação Básica”, de Giovani J. da Silva e Anna Maria R. F. M. da Costa, e de “Aproximando Universidade e Escola: ensino de histórias e culturas indígenas”, de Éder S. Novak e Luís C. C. Mendes

 

broGrupo indígena Brô MC’s canta rap sobre os problemas enfrentados pelos Guarani Kaiowá | Imagem: Unijuí FM

Resumo: Histórias e Culturas Indígenas na Educação Básica e Aproximando Universidade e Escola: ensino de histórias e culturas indígenas foram lançadas em 2018 e 2021, respectivamente. Ambas tratam da Lei 11.645/ 2008. A primeira obra foi escrita por Giovani da Silva e Anna Maria da Costa para auxiliar no processo de formação continuada de professores da Educação Básica. A segunda relata atividades promovidas em sala de aula acerca das comunidades indígenas, com o objetivo de combater a desinformação e do preconceito.

Palavras-chave: História Indígena, Culturas Indígenas, Educação Básica.

Indigenous History Teaching – Ana Karina Alecrim Moitinho’s review of “Indigenous Histories and Cultures in Basic Education” by Giovani J. da Silva and Anna Maria R. F. M. da Costa, and “Bringing University and School Closer: Teaching Indigenous Histories and Cultures” by Éder S. Novak and Luís C. C. Mendes

Abstract: “Indigenous Histories and Cultures in Basic Education” and “Bringing University and School Closer: Teaching Indigenous Histories and Cultures” were released in 2018 and 2021, respectively. Both address Law 11.645/2008. The first was written by Giovani da Silva and Anna Maria da Costa to assist in the ongoing training process of Basic Education teachers. The second describes activities promoted in the classroom about Indigenous communities, with the aim of combating misinformation and prejudice.

Keywords: Indigenous History, Indigenous Cultures, Basic Education.


A pesquisa nesse campo da educação contemporânea demonstra que há boa disponibilidade de obras para nortear o trabalho do professor da educação básica. Muitas auxiliam na compreensão da trajetória dos movimentos sociais que defendem interesses dos povos indígenas até chegarem na lei que propõe a alteração no ensino. Contudo, a dificuldade dos educadores diante da aplicabilidade da temática em classe parece residir no questionamento: “como fazê-lo?” Quais estratégias, metodologias e atividades podem ser propostas para que os estigmas já atrelados à formação tradicional sejam questionados? Dois exemplos dessas produções são os livros citados. Neste texto, resumimos e avaliamos as duas obras, enfatizando os usos sugeridos e os usos potenciais para a educação histórica.

Histórias e culturas indígenas na Educação Básica, de Giovani José da Silva e Anna Maria Ribeiro F. M. da Costa, é produto de estudiosos da temática indígena, especificamente nos aspectos culturais e cotidianos de povos originários. Os autores realizaram trabalhos pedagógicos em escolas de aldeamento em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Relatam a partir da experiência de viver em diversos grupos indígenas, levando em consideração o ponto de vista e especificidades desses grupos. O livro divide-se em cinco capítulos.

O capítulo 1 apresenta o panorama e o histórico dos povos originários no Brasil. Com o título “Diversidade Cultural Indígena no Brasil Contemporâneo: quem são? Quantos são? Onde estão?”, o texto inicia o questionamento sobre o discurso oficial que foi repassado por meio de atividades educacionais e do material didático, através dos quais as culturas indígenas foram compreendidas como “atrasadas” ou “primitivas” (p. 25), conforme destacam os autores, em oposição à civilização ocidental. Os autores enfatizam que a própria palavra índio, conhecida pelo erro histórico, uniformiza e generaliza a figura de povos distintos. A partir da apresentação de dados obtidos por meio do censo populacional, sobretudo a partir de 1991, quando a categoria indígena foi acrescentada, é possível compreender que há centenas de línguas oficiais, ao contrário da ideia de que o português é língua mãe de todos os brasileiros. Existem indígenas nos ambientes urbanos e rurais, em contexto ou não de aldeia, nas mais diversas atividades e realidades sociais e em todas as regiões brasileiras.

O capítulo 2 fala sobre os saberes indígenas através da cultura material e imaterial, sendo esta última entendida como os conhecimentos repassados no dia a dia. O patrimônio cultural compreende os aspectos da vida na aldeia e os significados que os indígenas lhes atribuem. Nessas sociedades, o patrimônio material, por meio das construções e artefatos, pode ter valor ritualístico, lúdico ou ornamental, além do seu valor utilitário. Ainda que fora do seu contexto, possuem representações simbólicas de seu produtor. À medida que houve maior aproximação com sociedades não indígenas, também foram adquiridos itens industrializados, alimentos e eletrodomésticos por muitas comunidades. Isso é uma adequação ao estilo de vida contemporâneo. Não os torna menos índios ou aculturados, apenas reposiciona os grupos em novas relações sociais.

O capítulo 3 discute formas de inserção da temática indígena na escola após a Lei 11.645, de maneira que haja uma mudança gradual de conteúdos e metodologias, com informações que permitam a compreensão da diversidade dos costumes indígenas. Os autores apresentam o conceito de “cultura da paz”, de 1999, inspirado na campanha de igualdade e fim da violência da Organização das Nações Humanas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). O capítulo faz ainda uma análise histórica do Serviço de Proteção aos Índios (SPI), criado em 1910 como política de tutela do indígena pelo Estado e no intuito de romper com a figura da Igreja nas decisões políticas do país. Na década de 1960, o SIP é substituído pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e, em 1973, surge o Estatuto do Índio. Para os autores, essas mudanças não alteram a relação do Estado com os indígenas, até então paternalista e integracionista. Porém, existe resistência e organização política a partir dessa década e da seguinte e em toda a América começam a ocorrer intensos movimentos de união e busca de direitos, culminando, no Brasil, com a Constituição de 1988.

O capítulo 4, por sua vez, dialoga sobre as constituições brasileiras republicanas e o grau de humanidade dispensado aos indígenas pelo Estado em cada uma delas. Em 1891, povos indígenas não foram citados diretamente, existindo uma confusão entre atribuições de estados e da União, resultando na violação de direitos em algumas partes do país. Em 1934, embora sob a condição de tutelados e aculturados, a Nação (e não mais os entes federados) volta a ter responsabilidade jurídica sobre povos nativos. Em 1937, a Constituição do Estado Novo tinha pretensões mais populares e propõe modificar o artigo que trata sobre a posse da terra, passando a assegurá-la a quem de direito e, em alguns casos, aos indígenas. Em 1946, o texto da Carta faz citação direta à propriedade da terra por comunidades autóctones (reafirmada em 1967). Contudo, apenas em 1988 a perspectiva se altera e ocorre de fato a referência à cidadania dos indígenas.

O quinto e último capítulo objetiva municiar professores de exemplos do uso de novas ferramentas (cinema, televisão etc.), além do livro didático, como facilitadores no desenvolvimento estético, político, crítico e cultural. O texto chama atenção para a diversidade de obras literárias que podem ser trabalhadas de forma transversal. Em qualquer planejamento proposto, todavia, os autores alertam para que os estereótipos sejam rompidos e não reforçados, uma vez que, em algumas obras clássicas, a abordagem é romantizada ou cabe ao indígena o papel de incivilizado.

A conclusão retoma as questões discutidas ao longo do livro, relendo-as a partir de informações atualizadas e novos olhares sobre o ensino oficial. Traz à luz questionamentos sobre o conteúdo dos livros didáticos que se propuseram a obscurecer, de forma proposital, a diversidade da participação dos povos na formação histórica do país. Em outro ponto, os autores reafirmam o objetivo de propagarem a cultura da paz, por meio do conhecimento, para a garantia do direito à diversidade. Ao final, denunciam a ação do Estado no sentido de deslegitimar a presença dos indígenas, exemplificando com diversos episódios de alienação, violência e exploração.

bColação de grau em Licenciatura Intercultural Indígena em  Aquidauana (MS), 2019 | Imagem: UFMS

No segundo livro, Aproximando Universidade e Escola: ensino de histórias e culturas indígenas, os organizadores Éder da Silva Novak e Luís César Castrillon Mendes partiram de experiências com estágio em História, na Universidade Estadual do Paraná (UFPR), campus Paranavaí, realizadas por meio de oficinas ocorridas em cinco escolas de Dourados – MS, numa área de forte presença de comunidades indígenas. O objetivo era articular o ensino, pesquisa e extensão, com o desafio de publicar uma obra paradidática destinada às escolas estaduais de Mato Grosso do Sul. O livro está organizado em sete capítulos que descrevem os temas e conclusões de cada oficina. Curiosamente, cada capítulo trata de um assunto polêmico, discutido cotidianamente pelo senso comum, lançado como pergunta de sondagem para os estudantes participantes das oficinas.

No capítulo 1, os organizadores destacam que grande parte da construção historiográfica brasileira omitiu/excluiu de seus registros qualquer participação do indígena como protagonista, ocultando a diversidade étnica do Brasil. Na segunda metade do século XX, todavia, por força dos movimentos indígenas, isso começa a mudar. O indígena deixa de ser mero participante de eventos pontuais e passa a ser reconhecido como um agente histórico. A novidade maior em relação a essa nova perspectiva é a pesquisa interdisciplinar, que traz abordagens diferentes da leitura de mundo tradicional, contribuindo para resgatar a participação dos indígenas como sujeitos e ainda incorporar as narrativas sob sua ótica dos próprios povos indígenas. Dentre os desafios destacados estão: a escassez de obras escritas para tal pleito, a discrepância entre a educação indígena e a história indígena ensinada na educação básica e a resistência em derrubar as datas alusivas aos povos indígenas no calendário letivo, que só reforçam os estereótipos, ao invés de trazer criticidade à discussão.

O capítulo 2 promove o debate sobre a opinião corriqueira de que indígenas ocupam muita terra. “Dados territoriais dos povos indígenas no Brasil: não há muita terra” explana sobre a importância do espaço em que estão inseridas as comunidades indígenas, com elementos que auxiliem no entendimento sobre os direitos territoriais e combatam o argumento colonialista de que existem poucos povos para uma vasta extensão territorial demarcada. A discussão expõe os dados oficiais e ainda os interesses diversos no usufruto dessas terras, confrontando-os com os marcos atuais que embasam a luta legítima pela propriedade. O texto trata ainda do papel dos órgãos públicos do passado no deslocamento de grupos indígenas das suas terras originais, destinando-as à produção agropecuária ou madeireira. Os autores ressaltam que essa crítica ainda é superficial no ambiente da escola e no material didático, enquanto a força midiática é bem forte em sentido contrário, reforçando a informação do discurso vigente.

O capítulo 3 discute a representação do indígena aos olhos da sociedade e as consequências da reprodução desse imaginário, explorando os estereótipos de “selvagem”, “primitivo e preguiçoso” (p. 73). Essa representação serviu para justificar a violência cometida contra indígenas e foi repassada de forma torpe ao longo da história. Desde o século XVI, perpetua-se a ideia do indígena como indivíduo inferior, destituído de direitos políticos e da condição de cidadania, “coisificando, expropriando e inferiorizando” seu papel, como destacam os autores. Para muitos, o indígena foi definido como um patrimônio humano radicado do período colonial. Todas essas representações foram construídas à revelia do ponto de vista dos povos originais.

O capítulo 4 trata da identidade cultural a partir da Constituição de 1988. Ela preceitua a nossa sociedade como culturalmente diversa e corrige a visão tutelar das Cartas anteriores, rompendo com o projeto assimilacionista do século XVIII. A partir do século XX, os estudos sobre indígenas ganham centralidade e mostram o dinamismo cultural das muitas sociedades. O objetivo do capítulo é discutir as categorias explicativas ocidentais que fazem apologia ao colonizador e vitimizam o colonizado, ao desconsiderar a sua historicidade.

O capítulo 5, contextualiza a inserção da temática indígena na sala de aula, explanando sobre a demografia dos povos originários no Brasil. De maneira crítica, sugere dois elementos para o ensino crítico: as perdas dos autóctones a partir do contato com os europeus, seja por extermínio, seja pelas doenças, e a ideia (baseada nos estudos de Darcy Ribeiro) de que a maioria dos indígenas desapareceria a partir da miscigenação. Logo depois, os autores questionam a construção da identidade (“O que define uma pessoa como indígena?”), travando uma discussão sobre o caráter mutável da cultura em contato com outro tipo de sociedade e o conceito de autodeterminação.

Seguindo essa temática, o capítulo 6 – “Os índios falam o tupi-guarani? Diálogos a partir de escolas douradenses” – comenta o desconhecimento de grande parte dos brasileiros acerca da diversidade linguística no país, ressaltando duas teses: acredita-se que a língua portuguesa seja a língua materna de todos e que os povos indígenas falem de forma homogênea o tupi-guarani. Para desfazer tal equívoco, o autor cita os dados do Censo de 2010, e esclarece que, além do português, o Brasil tem outras 274 línguas faladas por diferentes povos. Algumas com muitos falantes, outras com um reduzido número e outras em risco de extinção. Finaliza com o chamamento para que a escola seja um ambiente de desmistificação dessa ideia errônea.

O sétimo e último capítulo combate a informação parcial, limitada e estereotipada de que “índios habitam ocas de palha”. Trata-se de um raciocínio comumente aceito pelos não-indígenas e ensinado nas escolas, baseado nos primeiros contatos de europeus com povos tupinambás, etnia que dispunha suas moradias dessa maneira. Essa imagem preliminar foi reproduzida nos livros didáticos, alimentando o discurso de que só existe um indígena no Brasil e uma forma de habitar.

Comparando os dois livros resumidos acima, constatamos que as semelhanças e diferenças apresentadas são vantajosas para o aprimoramento da docência. De modo geral, percebemos que os livros discutem experiências indígenas por meio de episódios do dia a dia, com informações e dados atualizados e também com proposições de práticas escolares. Com uma abordagem vivenciada, o livro de Silva e Costa descreve a experiência a partir da própria comunidade indígena, para que educadores e educandos compreendam que existem muitas visões de mundo, diversos modos de se viver. Já com abordagem acadêmica, a obra de Novak e Mendes disserta sobre o conteúdo para a educação básica não-indígena, tendo em vista qualificar o debate e desfazer estereótipos. Uma e outra atendem à necessidade de atualizar conhecimentos dos professores sobre História e culturas indígenas e trazê-los para o plano de aula. Assim, de maneira isolada ou comparada, avaliamos que as duas obras cumprem seus intentos: fornecem subsídios e informação clara, concisa e contemporânea para que o espaço escolar seja construtor de conhecimento crítico.

Os livros, portanto, não seriam direcionados aos estudiosos da História, Antropologia e áreas afins, haja vista serem uma contribuição inicial de uso prático para professores e oficineiros e trazerem uma trilha de discussão das culturas indígenas para a escola. Porém, o fato de terem conteúdos introdutórios com linguagem simples não desmerece sua validade. Ambos podem ser indicadas para uso paradidático de educadores, e atendem aos propósitos definidos pela Lei. Para uma escola que alimenta visões mais críticas e contundentes sobre a História, o olhar dos povos originários, no livro de Silva e Costa, pode exercer melhor esse papel, além de trazer informações e dados estatísticos para subsidiar o trabalho. Todavia, se a finalidade for a formulação de pesquisas e atividades específicas sobre os preconceitos e estereótipos, o livro de Novak e Mendes é um excelente norteador, pois age na desconstrução de estigmas. Nenhum dos dois decepciona o leitor. A impressão que nos deixam, ao final da leitura é que o estudo de qualquer um deles auxiliará ao professor, enquanto a leitura conjunta contribuirá muito mais para a formação e a prática do educador.


Sumário de Histórias e culturas indígenas na Educação Básica.

  • Apresentação | Éder da Silva Novak e Luís César Castrillon Mendes
  • Diversidade cultural indígena no Brasil contemporâneo: quem são? Quantos são? Onde estão?
  • Cultura material e cultura imaterial: saberes indígenas nas aldeias e nas salas de aula
  • A Lei n.11.645/2008 e a inserção da temática indígena na Educação Básica
  • Direitos indígenas: um percurso pelas Constituições brasileiras republicanas (1891-1988)
  • Cinema, televisão e literatura: novas linguagens no ensino de História e Culturas Indígenas
  • E para (não) encerrar o assunto…

Sumário de Aproximando Universidade e Escola

  • Apresentação |
  • Interfaces entre ensino/pesquisa/extensão: a função do historiador, o ensino de História e a temática indígena | Éder da Silva Novak e Luís César Castrillon Mendes
  • Dados territoriais dos povos indígenas no Brasil: não há muita terra | Junia Fior Santos e Rafael Pelegrini Serafim
  • A questão do trabalho e os etnoconhecimentos indígenas | Bruna Letícia da Silva Massuia e Bruno Alves do Nascimento
  • O indígena não é um sujeito isolado: a dinâmica da identidade cultural | Ivana Aparecida da Cunha Marques
  • Dados demográficos dos povos indígenas no Brasil | Milena Mamedio Soares de Castro e Leonardo Betoni Menezes
  • Os índios falam o Tupi-Guarani? Diálogos a partir das escolas douradenses | Carlos Barros Gonçalves
  • Casas e habitações indígenas no Brasil: pluralidade e historicidade | Bianca Azevedo Gayozo e Roberta Lima Costa
  • Sobre os autores
  • Página final

Para ampliar a sua revisão da literatura


Resenhista

Ana Karina Alecrim Moitinho é assistente social, educadora ambiental com experiência em educação para o saneamento, atuando na Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa). É professora de língua portuguesa, redação e literatura e mestranda em História, junto ao Programa de Pós-Graduação em Estudos Africanos, Povos Indígenas E Culturas Negras (PPGEAFIN) Redes sociais: @anakarinamoitinho; @anak_moitinho. ID LATTES: http://lattes.cnpq.br/8028907070232176 ; ID ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0429-3299. E-mail: anak.moitinho@gmail.com.


Para citar esta resenha

SILVA, Giovani José da; COSTA, Anna Maria Ribeiro F. M. da. Histórias e culturas indígenas na Educação Básica. 1 ed. Coleção Práticas Docentes. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2018. p.152. NOVAK, Éder da Silva; MENDES, Luís César Castrillon (org.). Aproximando universidade e escola: ensino de histórias e culturas indígenas. Jundiaí – SP: Paco Editorial, 2021. p.232. Resenha de: MOITINHO, Ana Karina Alecrim. Para o ensino de História Indígena. Crítica Historiográfica. Natal, v.3, n.9, jan./fev., 2023. Disponível em <https://www.criticahistoriografica.com.br/para-o-ensino-de-historia-indigena-resenha-de-historias-e-culturas-indigenas-na-educacao-basica-escrito-por-giovani-jose-da-silva-e-anna-maria-ribeiro-f-m-da-costa-e-de/>. DOI: 10.29327/254374.3.9-8

O Enfrentamento da Doença e da Morte- as diferentes faces de Jesus como recurso terapêutico | Antônio Marcos Tosoli Gomes

Antonio Marcos Tosoli Gomes é professor titular da área de Enfermagem em Doenças Contagiosas do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgico e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Editor associado de uma revista científica e membro do conselho editorial e Adhoc em outras revistas científicas. Coordena projetos de pesquisa financiados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro. É pesquisador 1D/CNPq, Procientista da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Jovem Cientista do Nosso Estado/FAPERJ. Líder do Grupo Religares de Pesquisa Espiritualidade e Religiosidade no Contexto do Cuidado de Enfermagem e Saúde. Desenvolve pesquisas na área da espiritualidade e religiosidade em saúde e em enfermagem, cuidado de enfermagem e grupos populacionais vulneráveis. Já publicou 3 livros autorais originados de suas orientações sobre espiritualidade. Leia Mais

As Religiões Mediúnicas e a Política/Revista Brasileira de História das Religiões/2023

A chamada temática – As Religiões Mediúnicas e a Política, em diálogo com outros números publicados na RBHR (v. 9, nº 27 – “As crenças e suas articulações com a política e a sociedade”; v. 10, nº 28 – “As religiões mediúnicas e a História”; v. 13, nº 39 – “Religião e política no mundo contemporâneo”) evidencia como problemática central as interfaces entre as religiões mediúnicas e as questões políticas. Leia Mais

História da formação e do trabalho de professoras e professores de escolas rurais (1940-1970)/Cadernos de História da Educação/2023

A história da formação e do trabalho de professoras e professores de escolas primárias rurais possui uma grande potencialidade investigativa, pois permite o aprofundamento de várias temáticas correlatas no campo educacional, como a história da profissão docente e da escola, além da escolarização da infância e dos adultos e dos modos de disseminação da cultura letrada no meio rural. Leia Mais

Memory of (de)colonized – Antônio Fernando de Araújo Sá’s review of “Ideias para adiar o fim do mundo” and “A vida não é útil” by Ailton Krenak.

 

knAilton Krenak | Imagem: O Globo

Resumo: Uma das possibilidades para se debater a inclusão dos povos originários é travar contato com a trajetória intelectual de Ailton Krenak, autor de Ideias para adiar o fim do mundo (2019) e A vida não é útil (2020). No primeiro, Krenak reúne falas proferidas em Portugal, no período 2017-2019. O segundo é constituído também por falas e transcrição de entrevistas, produzidas no mesmo período 2017/2029. Nesta resenha, avalio o empreendimento do autor, ressaltando inicialmente, os apelos em igual sentido, lançados por John Monteiro – “resgatar os excluídos da história” e Victor Leonardi – contar a história do Brasil sob perspectiva indígena. Leia Mais

Familias e infancias en la historia contemporánea: jerarquías de classe/ género y edad en Argentina | Isabella Cosse

En los últimos treinta años el campo de la historiografía de las infancias y las familias en América Latina no ha hecho más que robustecerse y ensancharse configurando varias líneas y temáticas de investigación, redes y fructíferos debates. En la toma de conciencia sobre la importancia de estudiar a las infancias, que no sólo alude a una posición historiográfica sino en muchas ocasiones a posturas ético-políticas, mucho tuvo que ver la influencia de la historia social británica, pero también el despunte del campo de los child studies alentado por la Convención de los Derechos del Niño de 1989. Se han recorrido largos trayectos, planteado nuevas perspectivas, y el campo no sólo se ha extendido sino que se ha consolidado, y de manera muy notable en la historiografía argentina, en gran parte debido al equipo de trabajo que publica en este libro. Leia Mais

Diccionario de protagonistas del mundo católico en México. Siglo XX | Gabriela Aguirre, Camile Foulard, Austreberto Martínez, Andrea Mutolo, Nora Pérez Rayón, Franco Savarino, Yves Solís, Valentina Torres Septién

Estoy convencido de que Gabriela Aguirre, Camille Foulard, Austreberto Martínez, Andrea Mutolo, Nora Pérez Rayón, Franco Savarino, Yves Solís y Valentina Torres Septién han logrado una obra de excelencia, llamada a ser un parteaguas en la historiografía mexicana del siglo xx en general y no solamente en torno a la Iglesia católica. Se trata de una “herramienta académica” —como gustan definirla sus creadores— que será imprescindible para cualquier persona que quiera estudiar la historia no sólo de la Iglesia, también de la sociedad, la economía, la política o la cultura mexicanas durante dicha centuria. Leia Mais

Mordaça: histórias de música e censura em tempos autoritários | João Pimentel, Zé McGill

O livro “Mordaça: história de música e censura em tempos autoritários” de João Pimentel e Zé McGill se apresenta como um instrumento de extrema urgência, tanto para pesquisadores da arte, bem como para todos que queiram compreender parte da história do Brasil por meio da música e dos personagens que estiveram de algum modo presentes durante um dos momentos mais perversos na esteira dos acontecimentos no âmbito político e cultural, que foi a ditadura militar e o famigerado AI-5 (Ato Institucional número 5). Leia Mais

Existência e Resistências: História, Cultura e Sensibilidades/Cordis – Revista Eletrônica de História Social da Cidade/2023

A insurreição é da ordem da cólera e da alegria,

não da angústia ou do tédio.

Peter Pál Pelbart Leia Mais

La vejez en el Porfiriato (1876-1910). Representaciones en prensa y literatura mexicana | Juan Pablo Vivaldo Martínez

Como muchas investigaciones históricas, el libro que nos ocupa nace de preocupaciones del presente, vinculadas en este caso con el progresivo envejecimiento de la población mundial y con la situación, tanto material como de status, de los ancianos en la sociedad. Aunque la reflexión sobre la posición histórica de la población vieja no es nueva, la historia de la vejez en tanto campo historiográfico específico data mucho más recientemente de las décadas de los años ochenta y noventa del siglo pasado, gracias al impulso acordado a estos temas por historiadores de Gran Bretaña, Francia, Estados Unidos y, en menor medida, por otras historiografías europeas. La emergencia de este campo derivó en parte de los estudios de población, en particular la demografía, pero también de la historia de la familia, con su interés en las etapas de la vida humana como la niñez y la adolescencia y, de manera más tardía, la vejez. El retraso de los estudios históricos sobre vejez con respecto a las más convocantes historias de la infancia o de la juventud resulta más evidente en la producción latinoamericana en la que los estudios sobre el particular son aún muy escasos e incipientes. Leia Mais

La espiritualidad del subdesarrollo: trabajo/ trabajadores y ocio en la prensa católica colombiana (1958-1981) | Andrés Felipe Manosalva Correa

La lectura de este interesante y sugestivo libro no solo me permite decir cosas, sino también remojar la memoria. De adolescente conocí el semanario El Campesino, que se vendía los domingos en la plaza de mercado que quedaba justo al frente de la imponente iglesia de Corinto, Cauca. Era un mercado fabuloso, generoso, grandioso, esplendoroso, que cubría la vastedad toda de la plaza. Era colorido también. De abajo subían los negros con su bulla y sus productos, y de arriba bajaban los indios con sus cosechas a cuestas de cebolla larga, zanahoria, remolacha, y tanta cositería comestible de tierra fría y alta. Del mercado corinteño se surtía todo el sur del próspero y pujante Valle del Cauca. Era una mezcla dominguera de razas que le daban al pueblo un aire de cosmopolitismo nacional. Era la vida misma puesta en escena. Al pueblo llegaban todos los periódicos que en domingo seducían por sus ediciones enormes y coloridas: El Tiempo, El Espectador, la Voz Proletaria y El Campesino. Mi padre compraba El Espectador y Voz Proletaria. Yo, al escondido, compraba El Campesino. Me gustaba el formato, la dimensión de sus fotografías y lo elemental de sus mensajes. Era un periódico para gente simple, apenas para los que supieran leer, pero bien diseñado. Se notaba la buena financiación con la que contaba. Llegaba a la parroquia y de allí se voceaba en la plaza compitiendo con los culebreros que nunca faltaban, con los vendedores de menjurjes, de telas y tanta cosa rara de un mercado que parecía del medioevo. Eran los tiempos de Pablo VI, el papa del progreso de los pueblos, que había estado en Colombia o estaba por llegar. Páginas enteras lo promocionaban. Corría el final de la intrépida década de 1960 y el general Rojas asustaba amenazando regresar al poder. Su prensa, pequeña pero pegajosa e insidiosa emulaba con El Campesino y le peleaba la feligresía en plazas liberales.

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Memória e História da Mídia/Estudos Históricos/2023

Waly Salomão dizia que “a memória é uma ilha de edição”. Essa frase apresenta a principal característica da memória, que é o fato de ser seletiva. Selecionar, nesse sentido, significa evidenciar determinado fato ou evento em detrimento de outros, pois, obviamente não lembramos de tudo, mas também não esquecemos de nada. E as escolhas do que queremos lembrar ou esquecer derivam do contexto e dos eventos engendrados nos processos históricos. Como em qualquer estudo nas Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, a construção das narrativas sobre as mídias também se baseia no preceito fundamental de que a memória se alimenta e é alimentada pelos processos históricos. Nesse sentido é lícito afirmar que a memória das mídias será sempre um recorte de uma determinada realidade, em um determinado tempo e espaço. Os estudos e análises apresentadas neste dossiê mostram que o tema da memória está em consonância com as discussões da atualidade na comunicação contemporânea e que urge cada vez mais estudarmos esse fenômeno. Leia Mais

El hambre de los otros. Ciencia y políticas alimentarias en Latinoamérica/siglos XX y XXI | Stefan Pohl-Valero, Joel Varga Domínguez

Este libro recoge doce ponencias presentadas por un nutrido grupo interdisciplinar en el año 2019 para el encuentro académico internacional “Ensamblajes del problema alimentario en América Latina durante el siglo XX” (Bogotá). A su vez, se encuentra inscrito en el desarrollo de proyectos más amplios que sus editores, Stefan Pohl y Joel Vargas, vienen adelantando en Colombia y México, respectivamente. Quizás el que más merezca la pena destacar por tratarse de un punto de convergencia, es la consolidación de la Red de Estudios Históricos y Sociales de la Nutrición y Alimentación en América Latina (REDEHSNAL); un esfuerzo colaborativo creado para dar visibilidad a los avances de dicho campo a través de formatos variados que van desde coloquios y novedades bibliográficas en redes sociales, hasta espacios de corte más divulgativo como el podcast Alimentando la Historia.1 Ciertamente, estos antecedentes hablan muy bien del Hambre de los otros, toda vez que no se presenta al lector como la publicación espontánea de un colectivo aislado, sino como el producto de una activa comunidad que incluye jóvenes investigadores, y cuya disposición para transitar entre distintas formas comunicativas es síntoma de la buena salud de su agenda. Leia Mais