Posts de Itamar Freitas
Trabalho Educação e Saúde. Rio de Janeiro, v.19, jan./dez. 2021.
Editorial
- Uberização: Informalização e o trabalhador just-in-time
Uberization: informalization and the just-in-time worker
Uberización: informalidad y el trabajador just-in-time - Ludmila Costhek Abílio
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Ensaio
- Trabalho remoto, saúde docente e greve virtual em cenário de pandemia
Remote work, teaching health and virtual strike in a pandemic scenario
Trabajo remoto, salud docente y huelga virtual en el escenario de la pandemia - Katia Reis de Souza, Gideon Borges dos Santos, Andréa Maria dos Santos Rodrigues, Eliana Guimarães Felix, Luciana Gomes, Guilhermina Luiza da Rocha, Rosilene do Carmo Macedo Conceição, Fábio Silva da Rocha, Rosaldo Bezerra Peixoto
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- A atenção primária à saúde integral é parte da resposta à pandemia de Covid-19 na América Latina?
Is comprehensive primary health care part of the response to the COVID-19 pandemic in Latin America?
¿Es la atención primaria de salud integral parte de la respuesta a la pandemia de Covid-19 en Latinoamérica? - Ligia Giovanella, Román Vega, Herland Tejerina-Silva, Naydú Acosta-Ramirez, Mario Parada-Lezcano, Gilberto Ríos, Daisy Iturrieta, Patty Fidelis de Almeida, Oscar Feo
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- A educação em direitos humanos como suporte às políticas antimanicomiais: história e memória
Human rights education as a support for anti-asylum policies: history and memory
La educación en derechos humanos como soporte a la política antimanicomial: historia y memoria - Ari Fernando Maia, Osvaldo Gradella Júnior
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- Negacionismo da Covid-19 e educação popular em saúde: para além da necropolítica
Negationism of the COVID-19 and popular health education: to beyond the necropolitics
Negacionismo de la Covid-19 y educación popular en salud: más allá de la necropolítica - Ana Paula Massadar Morel
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Artigos
- As dimensões da precarização do trabalho em face da pandemia de Covid-19
The dimensions of job insecurity due to the COVID-19 pandemic
Las dimensiones de la precarización del trabajo en virtud de la pandemia de Covid-19 - Diego de Oliveira Souza
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- Desafios para a Atenção Primária à Saúde no Brasil: uma análise do trabalho das agentes comunitárias de saúde durante a pandemia de Covid-19
- Michelle Fernandez, Gabriela Lotta, Marcela Corrêa
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- Entre o enclausuramento e a desinstitucionalização: a trajetória da saúde mental no Brasil
Between cloistering and deinstitutionalization: the mental health trajectory in Brazil
Entre el enclaustramiento y la desinstitucionalización: la trayectoria de la salud mental en Brasil - Mariá Lanzotti Sampaio, José Patrício Bispo Júnior
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- Ansiedade e depressão em atendimento presencial e telessaúde durante a pandemia de Covid-19: um estudo comparativo
Ansiedad y depresión en la atención presencial y de telesalud durante la pandemia de Covid-19: un estudio comparativo - Gabriel Trevizani Depolli, Jéssica Nascimento Brozzi, Andressa de Oliveira Perobelli, Bruno Lima Alves, Carmen Barreira-Nielsen
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- Disparidades e heterogeneidades das medidas adotadas pelos municípios brasileiros no enfrentamento à pandemia de Covid-19
Disparities and heterogeneities in the measures adopted by Brazilian municipalities when dealing with the COVID-19 pandemic
Disparidad y heterogeneidad de las medidas adoptadas por los municipios brasileños en el enfrentamiento a la pandemia de Covid-19 - Lizandro Lui, Carla Estefania Albert, Rodrigo Marques dos Santos, Luan da Cruz Vieira
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- Formação da classe trabalhadora em tempos de pandemia e crise do capital: a agenda dos aparelhos privados de hegemonia
Formation of the working class in times of pandemic and capital crisis: the agenda of private hegemonic apparatus
Formación de la clase trabajadora en tiempos de pandemia y crisis del capital: la agenda de aparatos privados de hegemonía - Mariléia Maria da Silva, Aline Inácio Decker, Juliana Matias Faust, Mariano Moura Melgarejo
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Notas de Conjuntura
- Crise econômica e a Covid-19: rebatimentos na vida (e morte) da classe trabalhadora brasileira
Economic crisis and COVID-19: impact on the life (and death) of the Brazilian working class
Crisis económica y Covid-19: los golpes en la vida (y muerte) de la clase trabajadora brasileña - Sara Granemann
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Resenhas
- Políticas de educação profissional: contexto socioeconômico e político no Brasil
- Texto Completo
Pareceristas
- Agradecimentos aos Pareceristas ad hoc do volume 18 (ano 2020)
- Listagem
Errata
- Políticas de educação profissional: contexto socioeconômico e político no Brasil
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Publicado em (04/01/2021)
Quinto Sol – Revista de História. Santa Rosa, v.25, n.1, 2021.
enero / abril
Fotografía de tapa: Cámara de Diputados de la provincia de Corrientes, 1955. Legisladoras: primera fila, Eloísa Ramona Chico (izquierda) y Paula Ángela Chamorro (derecha); en segunda fila, Florencia Goyeneche de Sosa (izquierda) y Emilia Rizzo (derecha). La foto fue proporcionada por Eloísa. Gentileza de Carolina Barry.
ARTÍCULOS
- ¿Presidente o príncipe? Una crítica maquiaveliana a Roque Sáenz Peña y la reforma electoral de 1912
- Leandro Losada
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- El Monte de Piedad como instrumento de la política partidaria: el Banco Municipal de la ciudad de Buenos Aires durante los gobiernos radicales (1916-1930)
- Fernando Rocchi
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- La difícil recepción de Émile Durkheim en la Universidad Nacional del Litoral (1910-1947)
- Esteban Ezequiel Vila
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- Chicas de provincias argentinas: notas sobre la inclusión y representación femenina en legislaturas y convenciones constituyentes entre 1951 y 1955
- Carolina Barry
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- Las luchas estudiantiles en Tucumán entre dos golpes de Estado, 1966-1976
- Mariano Ignacio Millán, Juan Sebastián Califa
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- De la fiebre de la soja a la degradación de los suelos. Economía, ecología y política en la agricultura del centro-oeste del Chaco Seco, Argentina (1960-1990)
- Facundo Marcelo Zorzoli
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- Guerra Fría e intervención estadounidense en Malvinas (1982)
- Ana Laura Bochicchio
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RESEÑAS
- Silvana Ferreyra y Federico Martocci (eds). El Partido Socialista (re)configurado: escalas y desafíos historiográficos para su estudio desde el interior
- Lucas Poy
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- María Victoria Baratta. La Guerra del Paraguay y la construcción de la identidad nacional
- Renzo Sanfilippo
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- Claudia Salomón Tarquini, Sandra R. Fernandez, María de los Ángeles Lanzillotta y Paula I. Laguarda (editoras). El hilo de Ariadna. Propuestas metodológicas para la investigación histórica
- Andrés G. Freijomil
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PUBLICADO: 2021-01-04
Almanack. Guarulhos, n.29, 2021.
- ALMANACK: DEZ ANOS E 29 NÚMEROS DEPOIS Palavras Para Debate
- Costa, Wilma Peres; Machado, André Roberto de Arruda
- Texto: PT
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- O MONUMENTO ÀS BANDEIRAS: UMA REPRESENTAÇÃO INCÔMODA DO GÊNIO NACIONAL (DESDE O CENTENÁRIO ATÉ O BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA) Dossier
- Enders, Armelle
- Resumo: FR PT
- Texto: FR
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- A INDEPENDÊNCIA E SUAS POSSÍVEIS REPRESENTAÇÕES NA CINEMATOGRAFIA BRASILEIRA Dossiê
- Maciel, Ana Carolina de Moura Delfim
- Resumo: EN PT
- Texto: PT
- PDF: PT
- “A SAGRAÇÃO E A COROAÇÃO DE D. PEDRO I”, DE JEAN-BAPTISTE DEBRET. SOBRE A TRAJETÓRIA DE UMA PINTURA HISTÓRICA Dossiê
- Lima Junior, Carlos
- Resumo: EN PT
- Texto: PT
- PDF: PT
- A NAÇÃO CONTADA POR IMAGENS: ARTE, CULTURA VISUAL E ESCRITA DA HISTÓRIA Dossiê
- Oliveira, Cecilia Helena L. de Salles; Christo, Maraliz de Castro Vieira
- Texto: PT
- PDF: PT
- PINTANDO LA HISTORIA NACIONAL: REPRESENTACIONES SOBRE LA INDEPENDENCIA DE COLOMBIA, 1830-1880 Dossier
- Bayona, Yobenj Aucardo Chicangana
- Resumo: EN ES
- Texto: ES
- PDF: ES
- OS ESCRAVAGISTAS NAS “FESTAS DA MODERNIDADE”: O CENTRO DA LAVOURA E DO COMÉRCIO NAS EXPOSIÇÕES INTERNACIONAIS (1880-1888) Artigo
- Muaze, Mariana
- Resumo: EN PT
- Texto: PT
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- “MAIOR SOMMA DE FACTOS HISTORICOS, ELUCIDADOS COM MAIS METHODO”: AMÉRICO BRAZILIENSE E A INVENÇÃO DO ESPAÇO PAULISTA NA ESCRITA DA HISTÓRIA ESCOLAR (1873-1879) Artigo
- Santos, Magno Francisco de Jesus
- Resumo: EN PT
- Texto: PT
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- A ESCOLA NO “TURBILHÃO DA POLÍTICA”: A INSTRUÇÃO PÚBLICA E O ESTADO NACIONAL NA PROVÍNCIA DO PIAUÍ (1822-1834) Artigo
- Sousa Neto, Marcelo de
- Resumo: EN PT
- Texto: PT
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- OS BASTIDORES DO CÂNONE HISTORIOGRÁFICO: ABREU E LIMA E AS DISPUTAS PELA ESCRITA DO BRASIL Artigo
- Rodrigues, Thamara de Oliveira
- Resumo: EN PT
- Texto: PT
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- UMA UNIÃO PELA SEGREGAÇÃO: TESTEMUNHAS DA COMISSÃO SUL-AFRICANA PARA ASSUNTOS NATIVOS, 1905 Artigo
- Santos, Marcos Paulo Amorim dos
- Resumo: EN PT
- Texto: PT
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- DERECHOS Y PROPIEDAD DE LA TIERRA EN ENTRE RÍOS DURANTE LA EMERGENCIA DEL ORDEN NACIONAL EN LA ARGENTINA Artículo
- Schmit, Roberto; Bressan, Raquel
- Resumo: EN ES
- Texto: ES
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- LUTAS POLÍTICAS, MEMÓRIAS E ACONTECIMENTOS: A MEMORIALIZAÇÃO DA ESCRAVIDÃO E DO TRÁFICO DE AFRICANOS EM DIFERENTES LUGARES DO MUNDO Resenha
- Siqueira, Lucília Santos
- Texto: PT
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- FISCALIDADE NO BRASIL: VOLTANDO ÀS ORIGENS DE UM PROBLEMA PERENE Resenha
- Paiva, André Filippe de Mello e
- Texto: PT
- PDF: PT
- RELAÇÕES INTERCULTURAIS NAS ROTAS DAS MONÇÕES Resenha
- Borrego, Maria Aparecida de Menezes; Souza, Jean Gomes de
- Texto: PT
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La niñez desviada. La tutela estatal de niños pobres, huérfanos y delincuentes | Claudia Freidenraij
En su trabajo La niñez desviada, editado por Biblos, Claudia Freidenraij presenta la investigación que tiene origen en su tesis de doctorado. Avanzando en una línea tradicional de la autora, el texto aborda un grupo particular de la infancia porteña durante la última década del siglo XIX y las dos primeras del XX. Para ello apela a la idea de niñez desviada para identificar a un núcleo proveniente de los sectores populares: niños pobres, sin hogar o con un control paterno alejado del ideal establecido, con un vínculo frágil con la escuela y una permanencia en la calle rotulada como inconveniente. A partir del estudio de un conjunto de prácticas vitales, en la cambiante realidad de la capital argentina, se detiene en el proceso que llevó a una asociación con el mundo del delito que provocó que estas conductas recibieran un tratamiento propio de la infracción penal. Una suerte de estado peligroso, diría el criminólogo Adolfo Prins, que los ponía en la pendiente del crimen legitimando así la intervención desde el Estado. En este sentido, el trabajo elude las tentaciones homogeneizadoras, considerando el tema en su complejidad, tanto en lo que hace a la niñez como a las tensiones en torno a la participación de un conjunto de actores estatales que es leída en su diversidad. Freidenraij se propone como objetivo central reconstruir la transformación de un sujeto preocupante y punible que es identificado como infancia abandonada y delincuente, rastreando las intervenciones de una serie de operadores (policía, defensores públicos, autoridades). Leia Mais
História, Ciências, Saúde-Manguinhos. Rio de Janeiro, v.28, n. 3, Publicado: 2021.
- Shozo Motoyama (1940-2021), várias tradições CARTA DA EDITORA CONVIDADA
- Silva, Márcia Regina Barros da
- Texto: EN PT | PDF: EN PT
- Entre a ausência em Alma-Ata e o Prevsaúde:a atenção primária à saúde no ocaso da ditadura ANÁLISE
- Pires-Alves, Fernando A.; Paiva, Carlos Henrique Assunção
- Resumo: EN PT | Texto: EN PT | PDF: EN PT
- Sobre la llamada revolución psicofarmacológica: el descubrimiento de la clorpromazina y la gestión de la locura ANÁLISE
- Caponi, Sandra
- Resumo: EN ES | Texto: EN ES | PDF: EN ES
- Conflicto armado, enfermedad y muerte: la cuestión sanitaria en la Guerra de Castas (Yucatán, México), segunda mitad del siglo XIX ANÁLISE
- Moreno, Paola Peniche
- Resumo: EN ES | Texto: EN ES | PDF: EN ES
- Entre exiliados y nativos: la integración de saberes de españoles y mexicanos para el desarrollo de la neurología en México, 1935-1950 ANÁLISE
- Vicencio, Daniel | Resumo: EN ES | Texto: ES | PDF: ES
- A construção histórica do conceito de enzima e sua abordagem em livros didáticos de biologia ANÁLISE
- Tonolli, Paulo Newton; Franco, Fernando Faria; Silva, Antônio Fernando Gouvêa
- Resumo: EN PT | Texto: PT | PDF: PT
- A Casa da Ciência e os desafios de um centro cultural de divulgação científica na Universidade Federal do Rio de Janeiro ANÁLISE
- Simões, Luciane Correia; Santos, Nadja Paraense dos; Oliveira, Antonio José Barbosa de
- Resumo: EN PT | Texto: PT | PDF: PT
- The Presentation of Self in Everyday Life: biografia de um livro ANÁLISE
- Nunes, Everardo Duarte
- Resumo: EN PT | Texto: PT | PDF: PT
- “Lições para o professorado”: o curso Educação Sanitária (Higiene e Medicina Preventiva) e a formação da professora na cidade do Rio de Janeiro, 1929-1930 ANÁLISE
- Camara, Sônia
- Resumo: EN PT | Texto: PT | PDF: PT
- Uma escola não cercada: experiência rural, medicina social e circulação de material de saúde pública na Colômbia, 1930-1946 ANALYSIS
- Botero-Tovar, Natalia
- Resumo: EN PT | Texto: EN | PDF: EN
- A flora da antiga capitania de Porto Seguro na viagem de Wied-Neuwied, 1815-1817: prática científica, inventário naturalista e colaboração indígena REVISÃO HISTORIOGRÁFICA
- Cancela, Francisco
- Resumo: EN PT | Texto: PT | PDF: PT
- Memória das políticas e práticas em redução de danos: entrevista com Fátima Machado DEPOIMENTO
- Machado, Fátima; Raupp, Luciane; Weber, Carla Nunes; Conte, Marta
- Resumo: EN PT | Texto: PT | PDF: PT
- O “Boletim da Clínica Psiquiátrica da FMUSP”, 1962-1971: publicação esquecida, retrato de uma época FONTES
- Alarcão, Gustavo Gil; Mota, André
- Resumo: EN PT | Texto: PT | PDF: PT
- Médicos, enfermeras y pacientes: entre las contradicciones, la incertidumbre y las carencias en tiempo de covid-19 en México TESTEMUNHOS COVID-19
- Agostoni, Claudia
- Resumo: EN ES | Texto: ES | PDF: ES
- Las epidemias en La Pampa (Argentina), en perspectiva histórica* TESTEMUNHOS COVID-19
- Di Liscia, María Silvia
- Resumo: EN ES | Texto: ES | PDF: ES
- A interiorização da covid-19 na Amazônia: reflexões sobre o passado e o presente da saúde pública TESTEMUNHOS COVID-19
- Muniz, Érico Silva
- Resumo: EN PT | Texto: PT | PDF: PT
- Covid-19 y gripe de 1918-1919: paralelos históricos, preguntas y respuestas TESTEMUNHOS COVID-19
- Porras Gallo, María Isabel
- Resumo: EN ES | Texto: ES | PDF: ES
- A história das ciências e das técnicas a partir de sua geografia: encontros, desencontros e deslocamentos de saberes RESENHAS
- Souza Neto, João Alves de
- Texto: PT | PDF: PT
- Ciências, intercâmbios e circulação: as conexões entre Brasil e EUA RESENHAS
- Rocha, Ana Cristina Santos Matos
- Texto: PT | PDF: PT
- Nem samba nem futebol: jovens brasileiros gostam mesmo é de ciência e tecnologia RESENHAS
- Lusz, Pedro
- Texto: PT | PDF: PT
- Mujer-madre, raza, patria y otros imperativos del poder RESENHAS
- Linares, Luciana Mercedes
- Texto: ES | PDF: ES
Revista Estudos Feministas. Florianópolis, v.29, n.3, 2021
- · Remando Contra a Maré, Publicamos Mais um Número da RevistaEditorial
- Minella, Luzinete Simões ; Lago, Mara Coelho de Souza ; Ramos, Tânia Regina Oliveira ; Wolff, Cristina Scheibe
- Texto: PT
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- · Pandemia de COVID-19 e violência doméstica no contexto sociopolítico brasileiroArtigos
- Gomes, Maria Carmen Aires ; Carvalho, Alexandra Bittencourt de
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- · A Despatriarcalização de Deus na Teologia FeministaArtigos
- Candiotto, Jaci de Fátima Souza
- Resumo: EN ES PT
- Texto: PT
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- · Ativismo Católico: Bioética, Direitos Reprodutivos e GêneroArtigos
- Vendas, Lilian
- Resumo: EN ES PT
- Texto: PT
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- · Devir-Mulher e Educação Múltipla: Cartografias de ClariceArtigos
- Costa, Gilcilene Dias da ; Igreja, Fabíola de Fátima
- Resumo: EN ES PT
- Texto: PT
- PDF: PT
- · Violência, silêncio e revolta velada nas leituras de Safo (fr. 31 Voigt)Artigos
- Anjos, Sara Camila Barbosa dos ; Silva, Rafael Guimarães Tavares da
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- Texto: PT
- PDF: PT
- · O jogo do patriarcado em cercas Artigos
- Nakanishi, Débora Spacini ; Nigro, Cláudia Maria Ceneviva
- Resumo: EN ES PT
- Texto: PT
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- · Uma Abordagem Situada à Violência Online Baseada em Gênero e Formas de Enfrentá-lasArtigos
- Bosch, Núria Vergés ; Gil-Juarez, Adriana
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- Texto: ES
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- · Saindo de casa, mulheres que desafiam a tradição em Amanhecer Artigos
- Baquero, Andrea Angel
- Resumo: EN ES PT
- Texto: ES
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- · Mulheres e Nudez no Movimento Naturista Brasileiro na década de 1950Artigos
- Herold Júnior, Carlos ; Solera, Bruna ; Tortola, Eliane Regina Crestani ; Dalben, André ; Lara, Larissa Michele
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- Texto: PT
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- · Discursos de Gênero em Meu Nome é Ray : Desconstruindo Identidades, Binarismos e HierarquiasArtigos
- Marx, Djenifer Samantha ; Souza, Mériti de ; Miguel, Raquel de Barros Pinto ; FranciscoRayzaAlexandra A.
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- · Estudos sobre o cinema LGBTQIA+ no Brasil e países da América LatinaArtigos
- Pontes, Carlos Frederico Bustamante ; Lago, Mara Coelho de Souza ; Zanella, Andréa Vieira
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- · Normas, disputas e negociações: debates sobre a despatologizaçãoArtigos
- Girotto, Lúcio Costa ; Teixeira, Flávia do Bonsucesso ; Miskolci, Richard ; Pereira, Pedro Paulo Gomes
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- · Produção de Sentidos sobre a Integralidade na Atenção à Saúde de Pessoas Trans*Artigos
- Lazcano, Claudia ; Toneli, Maria Juracy Filgueiras
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- · Indígenas “Machorras” e “Afeminados”: Corpos Abjetos nas Missões e no ParaguaiArtigos
- Baptista, Jean Tiago
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- · Mulheres como Objeto de Práticas Jurídicas: Uma Análise do Projeto de Lei 478/2007Artigos
- Mortelaro, Priscila Kiselar ; Spink, Mary Jane Paris ; Brigagão, Jacqueline Isaac Machado
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- Texto: PT
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- · Prostituição, Direito e Feminismos: Reflexão sobre o Crime de Estupro no Brasil.Artigos
- Barbosa, Marcela Dias ; Catóia, Cinthia de Cássia ; Souza, Mariane Destefani de
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- · “PEC das Domésticas”: Destaques e BastidoresArtigos
- Fraga, Alexandre Barbosa ; Monticelli, Thays Almeida
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- · Agência e Autonomia Feminina: Contribuições para Estudos Sociológicos em Contextos de Pobreza UrbanaArtigos
- Mariano, Silvana Aparecida
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- · Mulheres e práticas punitivas: entre tentativas de apagamentos históricos e modos de resistênciaArtigos
- Teixeira, Alessandra ; Salla, Fernando Afonso ; Jorge, Vítor Furlan
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- · Experiências de abuso de meninas em uma casa de proteção em Santiago, ChileArtigos
- Muñoz, Daniela Lillo
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- · Mulheres Sobreviventes no Piauí: Violência Severa de Gênero e PatriarcadoArtigos
- Rovai, Marta Gouveia de Oliveira ; Branco, Naira de Assis Castelo
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- · O que as mulheres indígenas fazem com as políticas feministas?Artigos
- Sória, Ana Sofia
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- · Militantes e Radicais da Quarta Onda: Feminismo na Era DigitalArtigos
- Martinez, Fabiana Jordão
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- · Impedimentos em um país de futebolArtigos
- Kopanakis, Annie Rangel ; Silva, Gustavo Renan de Almeida da ; Aiello-Vaisberg, Tânia Maria José
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- · Nomes e pronomes na língua portuguesa: a questão sexista na língua e na academiaPonto de vista
- Nodari, Sandra
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- · Trilhas e saberes compartilhados no feminismo no campo : entrevista com Verônica de SantanaPonto De Vista
- Lindoso, Raquel Oliveira ; Bezerra, Elaine Maurício
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- · Lésbicas têm esse hábito de ir daqui para lá, daqui para lá…: entrevista com Heliana HemetérioPonto De Vista
- Lahni, Cláudia Regina
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- · Topografias feministas: uma teoria das mulheres em movimentoDossiê Feminismos E Lesbianidades Em Movimento: A Visibilidade Como Lugar
- Auad, Daniela ; Lahni, Cláudia Regina
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- · O Ritmo e a Poesia de uma Rapper Lésbica nas Lutas SociaisDossiê Feminismos E Lesbianidades Em Movimento: A Visibilidade Como Lugar
- Mendonça, Viviane Melo de ; Leite, Kelen Cristina
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- · Entrecruzamentos: Feminismos e Lesbianismo na Pesquisa EducacionalDossiê Feminismos E Lesbianidades Em Movimento: A Visibilidade Como Lugar
- Auad, Daniela
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- · Lésbicas Negras em MovimentoDossiê Feminismos E Lesbianidades Em Movimento: A Visibilidade Como Lugar
- Nogueira, Nádia Cristina
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- · Estratégias de resistência de mulheres negras cotistas, lésbicas e bissexuaisDossiê Feminismos E Lesbianidades Em Movimento: A Visibilidade Como Lugar
- Cordeiro, Ana Luísa Alves ; Auad, Daniela
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- · Pensamento Lésbico: Uma Ginga Epistemológica Contra-HegemônicaDossiê Feminismos E Lesbianidades Em Movimento: A Visibilidade Como Lugar
- Silva, Zuleide Paiva ; Araújo, Rosângela Janja Costa
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- · Outras maneiras de dizer HIV e AidsResenhas
- Nunes, Arthur Vinicius Anorozo ; Butturi Junior, Atílio
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- · Escola, tecnologias digitais e educação sexual: uma análise do Brasil e dos países de língua portuguesaResenhas
- Menin, Assis Felipe ; Pedro, Joana Maria
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- · CEDAW, Direitos e Mulheres no MéxicoResenhas
- Alonso, Eduardo Torres
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- · Esquemas de gênero e suas cicatrizes irreversíveis: ainda sobre a relação entre mulheres e ciênciaResenhas
- Bonetti, Alinne de Lima ; Verani, Alana Pacheco dos Reis
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- · Novas Feminilidades e Pós-Feminismo no Mundo do EsporteResenhas
- Kessler, Cláudia Samuel
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- · Escrevendo o lutoResenhas
- Figueiredo, Eurídice
- Texto: PT
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- · Mulheres Livres: Mulher, Revolução e AnarquismoResenhas
- Sena, Gláucia Carvalho ; Galhera, Katiuscia Moreno
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- · Por que você se arrepende de Abu-Lughod? Antropologia, Feminismos e Nossos “Sentimentos Mistos”Resenhas
- Bispo, Rafael
- Texto: PT
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Bilros. Fortaleza, v.9, n.19, 2021.
Apresentação
- Apresentação
- Francisco José Gomes Damasceno
Artigos
- A OFICIALIZAÇÃO DO FESTEJAR: REGULAÇÃO E NORMATIZAÇÃO DO CAMPO FESTIVO JUNINO NO CEARÁ
- Hayeska Costa Barroso
- “PAI NÃO AJUDA, PAI CUIDA”: UMA LEITURA SOBRE A PATERNIDADE ATIVA
- Tuany Abreu de Moura, Francisco José Gomes Damasceno
- CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS DO PENSAMENTO PÓS-COLONIAL E DO GIRO DECOLONIAL PARA UMA ANÁLISE DO FENÔMENO DA BELLE ÉPOQUE NA MÚSICA, FESTAS E CELEBRAÇÕES EM FORTALEZA.v
- Ana Luiza Rios Martins
- O COLÉGIO JESUÍTA ENTRE A COMPOSIÇÃO DE IDEIAS E SONS NA BAHIA COLONIAL
- Diego Luiz Ribeiro de Almeida, Karina Moreira Ribeiro da Silva e Melo
- O MANGÁ CONTEMPORÂNEO: ENTRE SOCIEDADE, NARRATIVA E CAPITAL
- Antonio Augusto Zanoni
- OS “INCORRIGÍVEIS”: EVINHA LINGUIÇA, PÉ ESPALHADO E A INFÂMIA EM CAMPINAS NO INÍCIO DO SÉCULO XX
- Helio Sochodolak, Valter Martins
- ENTRE TÁTICA E ESTRATÉGIA: O FESTIVAL SOBRALENSE DO MANDACARU
- José Brendo Cruz Vasconcelos
Tradução
- RESISTÊNCIA CIVIL E JOGOS DE GÊNERO. FRANÇA-ALEMANHA-BOLÍVIA-ARGENTINA. (SEGUNDA GUERRA MUNDIAL – ANOS 1970-1980)
- Luc Capdevila, Sofia Rocco Stainsack Rocha, Joana Maria Pedro
Almanack. Guarulhos, n.28, 2021.
- Publicado: 2021
- ¿El constitucionalismo popular tiene una historia latinoamericana? A vueltas con sus orígenes decimonónicos Palabras Para Debate
- Garriga, Carlos
- Texto: PT
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- LAS NUEVAS GRAMÁTICAS DE LA MOVILIZACIÓN POLÍTICA LOCAL Dossier
- Ayrolo, Valentina; Hébrard, Véronique
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- “CON ARREGLO A LA COSTUMBRE”: LAS TRANSFORMACIONES DEL CABILDO ABIERTO EN AREQUIPA (1780-1824) Dossier
- Valenzuela, Fernando Calderón
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- PRÁCTICAS ASAMBLEÍSTAS EN LA PROVINCIA DE JUJUY (ARGENTINA) ENTRE 1835-1852: DIRIGENCIA, DEFINICIONES POLÍTICAS Y LEGITIMACIONES DE PODER Dossier
- Medina, Federico
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- Texto: ES
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- QUAND LES ACTEURS PRENNENT LA PLUME. PRONUNCIARSE DANS LE VENEZUELA INDÉPENDANT (1828-1858) Dossier
- Hébrard, Veronique
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- VIVA O REI DE PORTUGAL E A CISPLATINA ORIENTAL: IMPRENSA E A LINGUAGEM POLÍTICA DO LIBERALISMO LUSITANO NO RIO DA PRATA (1817-1824) Dossiê
- Winter, Murillo Dias
- Resumo: EN PT
- Texto: PT
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- LAS RELACIONES EXTERIORES DE LAS PROVINCIAS ARGENTINAS COMO ELEMENTO DE DISPUTA: EL CASO DE LOS PRONUNCIAMIENTOS DE 1840 Dossier
- Kloster, Mariano
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- Texto: ES
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- UNA LECTURA DEL PRONUNCIAMIENTO DE JUSTO JOSÉ DE URQUIZA DE 1851: CIRCULACIÓN, ADHESIONES Y RECHAZOS Dossier
- Nicolini, Giuliana
- Resumo: EN ES
- Texto: ES
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- LA ANTIGUA CONSTITUCIÓN Y LA CONSTITUCIÓN TRADICIONAL EN LA MONARQUÍA HISPANA DEL SIGLO XVIII Artigo
- Agüero, Alejandro
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- Texto: ES
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- O CAFÉ DE NEUVILLE: SOCIABILIDADE, POLÍTICA E INFRAÇÃO NO COMÉRCIO DO RIO DE JANEIRO (1833-1841) Artigo
- Santana, Kátia Luciene de Oliveira e Silva
- Resumo: EN PT
- Texto: PT
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- O CULTO E A INSTRUÇÃO PÚBLICA E SUAS INTENÇÕES MORALIZADORAS: O OLHAR DOS PRESIDENTES DA PROVÍNCIA DE MATO GROSSO NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XIX Artigo
- Aguiar, Patrícia Figueiredo
- Resumo: EN PT
- Texto: PT
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- NA CONTRAMÃO DO IMPÉRIO: O CLUBE DA LAVOURA E DO COMÉRCIO DE 1871 Artigo
- Miranda, Bruno da Fonseca
- Resumo: EN PT
- Texto: PT
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- A imprensa de Montevidéu (1814-1825) como fonte histórica Resenhas
- Botafogo, Paula
- Texto: PT
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- A LIBERDADE NO JOGO JUDICIÁRIO DO BRASIL IMPERIAL Resenhas
- Azevedo, Larissa Biato de
- Texto: PT
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- Uma história de construção destrutiva: as origens revolucionárias do campesinato haitiano Resenhas
- Souza, Isabela Rodrigues de
- Texto: PT
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Teoria da história e história da historiografia / Revista de História da UEG / 2021
Apresentamos mais uma edição da Revista de História da UEG. Este é um volume especial, pois se trata do décimo volume lançado desde o início da revista. Ao longo dos últimos anos temos nos dedicado com afinco à tentativa de consolidar a Revista de História como um importante canal de publicação e veiculação da pesquisa histórica no país, o que temos conseguido fazer com sucesso. Julgamos que a Revista cresceu muito nestes anos de existência, o que pode ser percebido pela quantidade de artigos que temos recebido e pelo nível e qualidade dos textos publicados, de autores(as) de todas as partes do país, o que sempre foi nosso objetivo principal.
Nesta edição trazemos um importante dossiê sobre “Teoria da História e História da Historiografia”, que procura refletir sobre os conceitos teóricos da pesquisa histórica, assim como a história da historiografia, não só nacional como da historiografia clássica. Segundo os professores que idealizaram o dossiê [1]: “o presente dossiê reuniu trabalhos que abordam as diferentes perspectivas de produção e circulação do conhecimento histórico. A História, enquanto disciplina, reflete sobre seus fundamentos teóricos e epistemológicos conectada com suas formas de organização curricular e modalidades de intervenção na sociedade. Portanto, foram acolhidas questões relativas aos conceitos, métodos, objetos e sujeitos envolvidos na escrita da história, da mesma maneira que reflexões sobre instituições de pesquisa, divulgação e ensino de História de modo geral.
O intuito maior é contribuir para a reflexão urgente sobre os diferentes modos de fazer História e se relacionar com ela em diferentes épocas e contextos. Diante disso, além dos enfoques que incidem na escrita da história, como as relações e tensões entre história e verdade, história e memória, história e representação, história e ficção, história e temporalidades, abrimos espaço para debates em torno do papel social do historiador, dos horizontes de divulgação da história ensejadas pela história pública, pela história do tempo presente ou pela relevância interseccional dos conceitos de raça, classe e gênero na escrita e recepção da história enfatizados pelas teorias feministas, giro decolonial e o pensamento afrodiaspórico, entre outros”.
Desejamos a todos(as) uma ótima leitura!
Nota
1. O presente dossiê foi idealizado por Ana Lorym Soares (UFJ) e Eduardo Henrique Barbosa de Vasconcelos (UEG), que avaliaram grande parte dos artigos submetidos, e foi finalizado e organizado pelo Conselho Editorial da Revista de História da UEG
Conselho Editorial. Editorial. Revista de História da UEG, Morrinhos – GO, v.10, n.1, 2021. Acessar publicação original [DR]
Revista de Ensino de Geografia. Uberlândia, v. 9, n. 16, jan./jun. 2018.
APRESENTAÇÃO
ARTIGOS
- TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (TIG) E DIDÁTICA DA GEOGRAFIA:CONTEXTO DE IMPLANTAÇÃO NA EDUCAÇÃO MÉDIA NO ESTADO TRUJILLO (VENEZUELA)
- Lisbeth Segovia Materano
- EDUCAÇÃO E GEOGRAFIA ENTRE MUDANÇAS E INCERTEZAS: A REFORMA DO ENSINO MÉDIO BRASILEIRO (IM)POSTA PELA LEI FEDERAL 13.415/17
- Álisson Riceto
- ENSINO DE GEOGRAFIA E SOCIEDADE EM PIOTR KROPOTKIN
- Jhonny Juliani
- A PRODUÇÃO DO ESPAÇO NA GEOGRAFIA ESCOLAR: NOTAS PRELIMINARES DE UMA DISCUSSÃO NECESSÁRIA
- Tiago Santos de Vasconcelos
- A DESCRIÇÃO GEOGRÁFICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA: UMA EXPERIÊNCIA NA FORMAÇÃO CONTINUADA COM PROFESSORES
- Diego Martins da Cruz |
- O USO DA MÚSICA E DAS IMAGENS COMO FONTE DE APRENDIZADO NO ENSINO DA GEOGRAFIA | Marcelo Sousa da Costa | Marília de Fátima Barros Damasceno | Alexsandra Muniz
- PROCEDIMENTOS DE ESCOLHA DO LIVRO DIDÁTICO PELOS PROFESSORES DE GEOGRAFIA | Bárbara Regina Ferrari
- ORGANIZADOR PRÉVIO EM AULAS DE GEOGRAFIA
- Rosana Figueiredo Salvi | Alan Alves Alievi | Léia Aparecida Veiga
- A MAIOR IMPORTÂNCIA DE SE ENSINAR-APRENDER GEOGRAFIA NA ESCOLA SEGUNDO PROFESSORES E ESTUDANTES DE GEOGRAFIA
- Sérgio Luiz Miranda
- RELAÇÕES ENTRE PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM EM GEOGRAFIA, SENSO COMUM E MÍDIA
- Francisco Fernandes Ladeira
- IMPORTÂNICA DO PIBID NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE GEOGRAFIA: UMA ANÁLISE DE PUBLICAÇÕES EM EVENTOS NACIONAIS
- Fernanda Ramos da Silva
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS E PRÁTICAS
- O ESTUDO DA CADEIA DE COMERCIALIZAÇÃO DO MERCADO MUNICIPAL DE ITABAIANA-SE COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE GEOGRAFIA | João Ernandes Barreto Nascimento | José Eloízio da Costa | Marcelo Alves Mendes
- ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM TEMPO DE REFORMAS NA EDUCAÇÃO: PERFIL DOS ALUNOS QUE OCUPARAM UMA ESCOLA | Lediane Carvalho de Oliveira
- PRÁTICAS E EXPERIÊNCIAS NA FORMAÇÃO DE UM PROFESSOR NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DA LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
- Maurício Aquilante Policarpo
- A GEOGRAFIA E OS CAMINHOS DE IRACEMA: EXPERIÊNCIA INTERDISCIPLINAR COM BASE NA OBRA DE JOSÉ DE ALENCAR
- Maria Edivani Silva Barbosa | Francisca Mayara Pereira Moreira | Bruno Reginaldo da Silva
RESENHA
Recorde. Rio de Janeiro, v.14, n.2, 2021.
Artigos
- FUTEBOL E SERTÃO: OS SIGNIFICADOS DO TORNEIO BAPE EM JUAZEIRO-BA E PETROLINA-PE NA DÉCADA DE 1970
- Francisco Demetrius Luciano Caldas, Bruno Otávio de Lacerda Abrahão
- DO VALE TUDO AO MMA, DO ANALÓGICO AO DIGITAL: HISTORIOGRAFIA DO JORNALISMO ESPECIALIZADO EM MMA
- Allysson Martins
- CLUB ATHLETICO MINEIRO X SOCIETÁ SPORTIVA PALESTRA ITALIA: INDÍCIOS DO NASCEDOURO DE UMA RIVALIDADE CENTENÁRIA
- Rogério Othon Teixeira Alves
- POR QUE PERDEMOS? O OLHAR DA REVISTA PLACAR SOBRE A SELEÇÃO DO BRASIL NA COPA DE 1990
- Cássio Augusto Guilherme
- “FUTEBOL FEMININO, A SENSAÇÃO DO MOMENTO”: O FUTEBOL DE MULHERES NAS PÁGINAS DA IMPRENSA PARANAENSE (1934-1983)
- Fernanda Ribeiro Haag
- NÓS TAMBÉM QUEREMOS A INDEPENDÊNCIA. O PAPEL DO DESPORTO NO PERÍODO DE TRANSIÇÂO EM ANGOLA: UMA ANÁLISE A PARTIR DA IMPRENSA (1974-1975)
- João Pedro Lourenço
- RECORDE: REVISTA DE HISTÓRIA DO ESPORTE – UM CENÁRIO DOS SEUS 13 ANOS DE PUBLICAÇÕES
- Leonardo do Couto Gomes, Letícia Cristina Lima Moraes, Wanderley Marchi Junior
Entrevistas
- ENTREVISTA COM JOÃO MALAIA
- Rafael Fortes, João Malaia
Resenhas
- MAIS UMA LADAINHA NO MAPA – RESENHA DO LIVRO: AS NARRATIVAS DOS MESTRES E UMA HISTÓRIA SOCIAL DA CAPOEIRA EM TERESINA/PI: DO PÉ DO BERIMBAU AOS ESPAÇOS ESCOLARES
- Rafael Blessa Maciel
- RESENHA: APONTAMENTOS SOBRE “77 ETERNOS CAMPEÕES”, FILME DE IGOR RAMOS DOCUMENTANDO O BOTAFOGO FUTEBOL CLUBE DE RIBEIRÃO PRETO DE 1977, CAMPEÃO DA TAÇA CIDADE DE SÃO PAULO
- Rogério Duarte Fernandes dos Passos
Revista Brasileira de Política Internacional. Brasília, v.64, n.2, 2021.
· The Copenhagen School in South America: the (de)securitization of UNASUR (2008-2017) Article
- Sanahuja, José Antonio; Verdes-Montenegro Escánez, Francisco Javier
- Resumo: EN
- Texto: EN
- PDF: EN
- · The demise of the INF Treaty: a path dependence analysis Article
- Dall’Agnol, Augusto C.; Cepik, Marco
- Resumo: EN
- Texto: EN
- PDF: EN
- · Brazil’s quest for autonomy in Asia: the role of strategic partnerships with China and Japan Article
- Amorim, Samuel Conde; Ferreira-Pereira, Laura C.
- Resumo: EN
- Texto: EN
- PDF: EN
- · The case of migrant women from the Central American Northern Triangle: How to prevent exploitation and violence during the crossing Article
- Anguita Olmedo, Concepción; Sampó, Carolina
- Resumo: EN
- Texto: EN
- PDF: EN
- · How regional organizations cope with recurrent stress: the case of South America Article
- Nolte, Detlef; Weiffen, Brigitte
- Resumo: EN
- Texto: EN
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- · Liquid Regionalism: a typology for regionalism in the Americas Article
- Mariano, Karina Pasquariello; Bressan, Regiane Nitsch; Luciano, Bruno Theodoro
- Resumo: EN
- Texto: EN
- PDF: EN
- · Hybrid governance as a dynamic hub for violent non-state actors: examining the case of Rio de Janeiro Article
- Pimenta, Marília Carolina B. Souza; Suarez, Marcial Alécio Garcia; Ferreira, Marcos Alan
- Resumo: EN
- Texto: EN
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- · What doesn’t kill a norm makes it stronger? Brazil’s contestation of the responsibility to protect Article
- Reis, Francisca Costa
- Resumo: EN
- Texto: EN
- PDF: EN
- · Crisis in South American regionalism and Brazilian protagonism in Unasur, the Lima Group and Prosur Article
- Barros, Pedro Silva; Gonçalves, Julia de Souza Borba
- Resumo: EN
- Texto: EN
- PDF: EN
- · Europeanisation to the Eastern borders: Moldova’s EU Rapprochement Article
- Tostes, Ana Paula; Renni, Yasmin
- Resumo: EN
- Texto: EN
- PDF: EN
- · Internet governance is what global stakeholders make of it: a tripolar approach Article
- Pigatto, Jaqueline Trevisan; Datysgeld, Mark W.; Silva, Laura Gabrieli Pereira da
- Resumo: EN
- Texto: EN
- PDF: EN
- · The BRICS and Brazilian public opinion: soft balancing or economic strategy? Article
- Fernandes, Ivan Filipe; Freitas, Vinicius Ruiz Albino de; Onuki, Janina
- Resumo: EN
- Texto: EN
- PDF: EN
- · Crisis and changes in international governance in the dawn of the 21st century: rethinking the spheres of international politics Editorial
- Villa, Rafael Duarte; Ramanzini Junior, Haroldo
- Resumo: EN
- Texto: EN
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Vozes, Pretérito & Devir. Teresina, v.13, n.1, 2021.
História Medieval: experiências do passado, perspectivas contemporâneas.
- Carlos Eduardo Zlatic
Dossiê Temático
- A criação da Universidade de Coimbra no contexto das querelas entre a coroa e o papado nos séculos XIII e XIV
- Cleusa Teixeira de Sousa
- Um “Romance de Alexandre”. cortesão: O lúdico nas imagens marginais do Ms. Bodley 264 (Biblioteca Bodleiana, Oxford)
- Lucas W. Girardi
- As Cortes Gerais de Barcelona (1228) e o modelo corporativo na Coroa de Aragão durante o reinado de Jaime I, o Conquistador (1214-1276)
- Lucas Augusto T. da Silva
- Bailios, prebostes e senescais: a territorialização do poder senhorial e as comunidades rurais (séc. XII-XIII)
- Edilson Alves de Menezes Junior
- A serviço de uma causa: a hagiografia minorita como uma comunidade emocional e a construção de uma normativa acerca do dinheiro e da pobreza
- Douglas de Freitas Almeida Martins
- A Canção de Rolando e Fierabrás: o Ciclo Do Rei Carolíngio em Terras Brasileiras
- Elisângela Coelho Morais
- Formação clerical visigoda: Vícios, Virtudes e Lectio Divina na obra Sententiarum de Isidoro de Sevilha
- Pâmela Torres Michelette
- Entre imagens e lendas: as representações de Ricardo Coração de Leão e a afirmação do rei guerreiro
- Ana Luiza Mendes, Roberta Bentes
- Os modelos femininos medievais em perspectiva: Uma reinterpretação do épico Beowulf
- Hayanne Porto Grangeiro
- Direito, poder e judaísmo na baixa idade média em Portugal (século XIV)
- Rodrigo Barbosa Schiavinato
- Religiosidade medieval e Franciscanismo
- Alex Silva Costa
- O projeto de hegemonia papal em Gregório I (590-604): As intervenções missionárias na Gália Merovíngia
- João Paulo Charrone
Artigos
- A Justiça no Cenário Político no Início do Século XIX: O Juizado de Paz e as Câmaras em Minas Gerais
- Renato da Silva Melo
- O Estado Novo português e a Educação Nacional: um olhar sobre a política cultural e educativa de Portugal na primeira metade do século XX
- Marcos Maurício Costa Freitas
- Ordenar o local para compor o todo: A instrução primária enquanto parte do projeto de nacionalização e disciplinarização da sociedade oitocentista, Bahia séc. XIX
- Antonio Barbosa Lisboa
- “Rumo ao Oeste!”: o progresso da nação do governo Getúlio Vargas nas páginas de A Violeta (1933-1945)
- Gabrielle Carla Mondêgo Pacheco Pinto, Thiago Lima Mondêgo
- Saudáveis, ordeiros e obedientes: Uma análise do discurso médico-higienista nas fichas dos menores internos do aprendizado agrícola visconde de são leopoldo (são leopoldo/rs, 1949-1960)
- Maurício Pereira
- O retorno de migrantes brasileiros do Paraguai (1970-2018)
- Vanucia Gnoatto
- Saúde e desenvolvimentismo: interiorização da medicina e assistência médica no Piauí (1968-1975)
- Jônatas Lincoln Rocha Franco
Seção Especial
- Entrevista com o professor Dr. Carlile Lanzieri Júnior
- Carlos Eduardo Zlatic
Signum – Revista da ABREM. Londrina, v.22, n.2, 2021.
Dossiê: Homenagem a Maria do Amparo Tavares Maleval
- EDITORIAL: HOMENAGEM A MARIA DO AMPARO TAVARES MALEVAL
- Igor Salomão Teixeira, Lênia Márcia Mongelli (Org.), Maria Isabel Morán Cabanas (Org.), Yara Frateschi Vieira (Org.)
- OS DESÍGNIOS DE UM NOME NA VIDA E NA OBRA DE MARIA DO AMPARO TAVARES MALEVAL
- Carlinda Fragale Pate Nuñez
- UMA TRADIÇÃO RESSIGNIFICADA? REFLEXÕES SOBRE O CAPÍTULO DEDICADO A SÃO TIAGO MAIOR NO LEGENDÁRIO ABREVIADO DE JOÃO GIL DE ZAMORA
- Andréia Cristina Lopes Frazão da Silva
- A ORIGINAL PRESENÇA DE ELEMENTOS MEDIEVAIS NALGUNS TEXTOS DE ÁLVARO CUNQUEIRO
- César Morán Fraga
- EÇA DE QUEIRÓS, LEITOR DA IDADE MÉDIA, SEGUNDO MARIA DO AMPARO TAVARES MALEVAL
- Claudia Amorim, Sérgio Nazar David
- O LIVRO PÓSTUMO DE MARIA DO AMPARO MALEVAL: O TEATRO MEDIEVAL E SEUS CONGÊNERES EM SANTIAGO DE COMPOSTELA (SÉCULOS XII-XIII)
- Fernando Ozorio Rodrigues
- NAS ORIXES DO CAMIÑO DE SANTIAGO
- Francisco Singul
- O MONÓLOGO DE INÊS DE CASTRO NO CANCIONEIRO GERAL DE GARCIA DE RESENDE. GESTO DE TEATRALIDADE
- Geraldo Augusto Fernandes
- PELAS SENDAS MEDIEVAS
- Henrique Marques Samyn
- PARA A ANÁLISE COMPARATIVA DA ESCRITA DAS CANTIGAS DE SANTA MARÍA (1). O CÓDICE DE TOLEDO (TO)
- Henrique Monteagudo
- ISAAC DÍAZ PARDO, GALEGO BOM E GENEROSO
- Henrique Rabunhal
- O TEATRO EN GRIAL. REVISTA GALEGA DE CULTURA DURANTE A DITADURA (1963-1975)
- Laura Tato Fontaíña
- AS RELAÇÕES MARITAIS NO DE ECCLESIASTICIS OFFICIIS E NAS ATAS DO II CONCÍLIO DE SEVILHA E DO IV CONCÍLIO DE TOLEDO: A PERSPECTIVA ISIDORIANA E O FORTALECIMENTO DA INSTITUIÇÃO ECLESIÁSTICA NO REINO VISIGODO
- Leila Rodrigues da Silva
- A DINASTIA DE AVIS E O SONHO IMPERIAL: REFLEXOS EM GIL VICENTE
- Lenora Pinto Mendes
- NOTAS SOBRE A SEGMENTACIÓN TEXTUAL DALGÚNS ADVERBIOS NAS CANTIGAS GALEGO-PORTUGUESAS
- Manuel Ferreiro
- SOU NETA DE D. DINIS: LEITURA E INTERPRETAÇÃO DA VOZ FEMININA DAS CANTIGAS MEDIEVAIS NA OBRA DE NATÁLIA CORREIA
- Maria Isabel Morán Cabanas
- COPILAÇAM DE TODALAS OBRAS DE GIL VICENTE – 1562: UMA BREVE HISTÓRIA DE SUA RECEPÇÃO
- Márcio Ricardo Coelho Muniz
- TENSIONANDO A SOCIEDADE MEDIEVAL. CONFLITOS SOCIAIS NA ALTA IDADE MÉDIA (SÉCULOS V-X)
- Mário Jorge da Motta Bastos
- O VÉU DA ANDROGINIA: MAIS SOBRE A MUACHAHA DE NAZHÚN
- Michel Sleiman
- A MEDIEVALÍSTICA EM CELSO CUNHA
- Ricardo Cavaliere
- O GALEGO MEDIEVAL E O BRASIL
- Xoán Carlos Lagares
- MARIA DO AMPARO TAVARES MALEVAL: MEDIEVALISTA E CONTEMPORÂNEA
- Yara Frateschi Vieira
- SE IMPLUMES AVES VOLITANT, PASSAI LEMBRANÇAS (ALGUNS APONTAMENTOS, IN MEMORIAM, DE UMA HOMENAGEM A QUATRO MÃOS)
- Carlos Paulo Martínez Pereiro, Paulino Pereiro
- CARTA ABERTA PARA MARIA DO AMPARO
- Lênia Márcia Mongelli
Artigos
- ¿CÓMO SE NARRA LA VIOLENCIA? LAS REPRESENTACIONES EN TORNO A LA CONFRONTACIÓN EN LA ORDEN DE LOS MENORES
- Maria Paula Castillo
- PDF (ESPAÑOL (ESPAÑA))
- EL ARTE MEDIEVAL Y EL PENSAMIENTO DE NICOLÁS DE CUSA
- Andrea Calvo Díaz
Documentos
- O LIURO DAS TRES VERTUDES A INSSINANÇAS DAS DAMAS: UM EXERCÍCIO DE TRANSCRIÇÃO DO MANUSCRITO 11515
- Stephanie Sander, Aline Dias da Silveira
Revista Estudos Feministas. Florianópolis, v.29, n.2, 2021
- · Publicação científica como resistência feminista Editorial
- Wolff, Cristina Scheibe; Minella, Luzinete Simões; Lago, Mara Coelho de Souza; Ramos, Tânia Regina Oliveira
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- · Notas para pensar o campo editorial na chave feminista. O caso argentino contemporâneo Artículos
- Szpilbarg, Daniela; Mihal, Ivana
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- · Disciplina e violência contra as mulheres na imprensa do século XIX. Divergência comparativa entre o México e a Espanha Artículos
- Reyes, Sara Esperanza Sanz; López, Jordi Luengo
- Resumo: EN ES PT
- Texto: ES
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- · Linn da Quebrada e os engajamentos performativos com as mídias digitais: uma análise sociológica de uma trajetória artística dissidente de gênero Artigos
- Souza, Patrick Borges Ramires de; Balieiro, Fernando de Figueiredo
- Resumo: EN PT
- Texto: PT
- PDF: PT
- · A Mulher Heroína em combate ao patriarcado em Moçambique Artigos
- Mendonça Júnior, Francisco Carlos Guerra de
- Resumo: EN PT
- Texto: PT
- PDF: PT
- · Celia Lapalma de Emery: experiência em cooperação salesiana. Argentina, 1906-1929 Artículos
- Bracamonte, Lucía
- Resumo: EN ES PT
- Texto: ES
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- · Ignez é morta: reflexões acerca da clausura para as Irmãs clarissas (séculos XIII ao XVIII) Artigos
- Lage, Ana Cristina Pereira; Oliveira, Terezinha
- Resumo: EN ES PT
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- · A legendagem do discurso da sexualidade em The Magdalene Sisters Artigos
- Gehin, Antônia Elizângela de Morais; Fernandes, Alinne Balduino Pires
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- · Estereótipos de gênero sobre Camila Vallejo em um tabloide chileno: o caso de Las Últimas Noticias Artículos
- Romero Lizama, Pamela Soledad
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- · Um lugar no campo literário: Marvel Moreno como a “escritora reservada” Artículos
- González-Rubio, Mercedes Ortega
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- Texto: ES
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- · Do segredo à fofoca: mulheres que reescrevem a história na poesia brasileira contemporânea Artigos
- Magalhães, Danielle
- Resumo: EN ES PT
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- · Mulheres de sucesso no campo científico: uma análise de redes sociais Artigos
- Nunes, Polliane Trevisan; Wanderer, Fernanda
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- · Cultura da computação para além da normatividade: participações e produções Artigos
- Oliveira, Leander Cordeiro de; Castelini, Pricila; Leite, Patrícia da Silva; Almeida, Leonelo Dell Anhol; Amaral, Marília Abrahão
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- · “Maternidade guerreira”: responsabilização, cuidado e culpa das mães de jovens encarcerados Artigos
- Mestre, Simone de Oliveira; Souza, Érica Renata de
- Resumo: EN PT
- Texto: PT
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- · “Da Igreja à luta”: trajetórias políticas de mulheres agricultoras do Sudoeste do Paraná Artigos
- Santos, Aline Maiara Demétrio; Wedig, Josiane Carine; Corona, Hieda Maria Pagliosa
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- PDF: PT
- · A prática do aborto nas mãos de feministas nos anos 70 Artículos
- Drovetta, Raquel Irene
- Resumo: EN ES PT
- Texto: ES
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- · Um aborto feminista é um aborto cuidado. Práticas de cuidado na assistência ao aborto na Patagônia Artículos
- Burton, Julia; Trinidad Peralta, Guillermina
- Resumo: EN ES PT
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- · O feminismo não é entregue de bandeja: saberes e práticas de um Coletivo feminista estudantil Artigos
- Castro, Vanessa Soares de; Roso, Adriane; Gonçalves, Camila dos Santos
- Resumo: EN ES PT
- Texto: PT
- PDF: PT
- · “Confusão, indecisão e incerteza”: enunciados de bissexualidade na jurisprudência Artigos
- Moreira, Lisandra Espíndula; Santos, Marcela Maria dos; Marinho, Míriam Ires Couto; Silva, Mariana Moreira; Pimenta, Vitor Henrique Silva
- Resumo: EN ES PT
- Texto: PT
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- · Ética do Cuidado e a experiência da deficiência: entrevista com Eva Feder Kittay Point Of View
- Gesser, Marivete; Fietz, Helena
- Texto: EN PT
- PDF: EN PT
- · Por entre lutas, entusiasmo e prazer: entrevista com Clair Castilhos Ponto De Vista
- Tornquist, Carmen Susana; Pereira, Silvana Maria; Marcellino, Binah Ire Vieira
- Texto: PT
- PDF: PT
- · Deslocamentos políticos e de gênero no esporte Seção Temática Gênero, Tecnologias E (Novas) Formas De Subjetivação Nas Práticas Esportivas
- Camargo, Wagner Xavier de; Altmann, Helena
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- · Corpo e gênero na experiência inicial de jogadoras de futebol Seção Temática Gênero, Tecnologias E (Novas) Formas De Subjetivação Nas Práticas Esportivas
- Vieira, Talita Machado; Justo, José Sterza; Mansano, Sonia Regina Vargas
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- · Da masculinidade hegemônica à masculinidade queer/cuir/kuir: disputas no esporte Seção Temática Gênero, Tecnologias E (Novas) Formas De Subjetivação Nas Práticas Esportivas
- Brito, Leandro Teofilo de
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- Texto: PT
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- · Ethos militar e masculinidades nos esportes olímpicos Seção Temática Gênero, Tecnologias E (Novas) Formas De Subjetivação Nas Práticas Esportivas
- Thomaz, Diego Wander; Santos, Dionys Melo dos; Toledo, Luiz Henrique de
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- · Corpo laboratório: experimentos de mulheres fisiculturistas Seção Temática Gênero, Tecnologias E (Novas) Formas De Subjetivação Nas Práticas Esportivas
- Gonçalves, Michelle Carreirão; Costa, Amanda Torres Vieira da
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- · Expressões e corporalidades de mulheres cis e homens trans no ambiente futebolístico Seção Temática Gênero, Tecnologias E (Novas) Formas De Subjetivação Nas Práticas Esportivas
- Pisani, Mariane da Silva; Pinto, Maurício Rodrigues
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- · Encontros nas quadras de grama: as mulheres e o tênis no Brasil do século XIX Seção Temática Gênero, Tecnologias E (Novas) Formas De Subjetivação Nas Práticas Esportivas
- Melo, Victor Andrade de
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- · Maria Esther Bueno: eficiência e competitividade no tênis Seção Temática Gênero, Tecnologias E (Novas) Formas De Subjetivação Nas Práticas Esportivas
- Ticianelli, Giovanna Garcia; Altmann, Helena
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- · Pânicos de gênero, tecnologias de corpo: regulações da feminilidade no esporte Seção Temática Gênero, Tecnologias E (Novas) Formas De Subjetivação Nas Práticas Esportivas
- Pires, Barbara Gomes
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- · A generificação dos corpos de atletas trans e políticas de biologização do sexo Seção Temática Gênero, Tecnologias E (Novas) Formas De Subjetivação Nas Práticas Esportivas
- Zoboli, Fabio; Manske, George Saliba; Galak, Eduardo
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- · Transmasculinidades no esporte: entre corpos e práticas dissonantes Seção Temática Gênero, Tecnologias E (Novas) Formas De Subjetivação Nas Práticas Esportivas
- Silvestrin, Julian Pegoraro; Vaz, Alexandre Fernandez
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- · Gêneros em disputa: a LiGay Nacional de Futebol Society e o espaço de acontecimento Seção Temática Gênero, Tecnologias E (Novas) Formas De Subjetivação Nas Práticas Esportivas
- Camargo, Wagner Xavier de
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- · “Sou negro, homossexual e tenho doença mental”: intersecções em jornais portugueses Seção Temática Gênero, Tecnologias E (Novas) Formas De Subjetivação Nas Práticas Esportivas
- Gonçalves, Vivianne Oliveira; Pereira, Henrique
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- · Tribuna 77 e a defesa de LGBTQI+ nos estádios Seção Temática Gênero, Tecnologias E (Novas) Formas De Subjetivação Nas Práticas Esportivas
- Anjos, Luiza Aguiar dos
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- · O feminismo de volta nos trilhos Resenhas
- Rebelo, Francine
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- · Independência econômica e sexual atrás da Cortina de Ferro Resenhas
- Santos, Henrique Cintra
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- · Da tradução como pagamento de uma dívida histórica: Trotula di Ruggiero, pesquisadora e médica medieval Resenhas
- Moura, Willian Henrique Cândido; Boggio, Virginia Castro
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- · Queer, sexualidade e movimento Resenhas
- Silva, Gustavo da Motta
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- · Por um feminismo decolonial: a leitura antipatriarcal, anticapitalista, antirracista de Françoise Vergès Resenhas
- Medeiros, Gilmara Joane Macêdo de
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- · De pandemias e compostagens: gerando parentescos sem inocência Resenhas
- Nascimento, Fernanda S.; Sardelich, Maria Emilia
- Texto: PT
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- · Os dilemas da mulher intelectual em um universo masculino Resenhas
- Ribeiro, Cristiane de Paula
- Texto: PT
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- · O que é necessário para que a Interseccionalidade possa vir a ser? Resenhas
- Conceição, Ísis Aparecida
- Texto: PT
- PDF: PT
Mosaico. Goiânia, v.14, n.2, 2021.
HISTÓRIA DA LOUCURA
Editorial
Apresentação / Presentation
- DESDISCIPLINAR-SE PELA HISTÓRIA DA LOUCURA
- Eduardo Sugizaki, Eder Mendes de Paula
Artigos de Dossiê / Dossier
- OS HENRIQUES DE LIMA BARRETO E AS EXPERIÊNCIAS COM A LOUCURA: UM DESTINO INEXORÁVEL?
- Magali Gouveia Engel
- LIMA BARRETO, O HOSPÍCIO E A LOUCURA COMO LUGAR DE FALA
- Sílvio Camargo
- ESSA ESTRANHA VIZINHANÇA DA LOUCURA COM A LITERATURA
- Joyce Rodrigues Silva Gonçalves
- HISTÓRIA E CINEMA: AS REPRESENTAÇÕES DA LOUCURA NO FILME LOUCURA DE AMOR (2021)
- Luana Barbosa Miranda Souza, Lorena Danielle Santos
- A EXPERIÊNCIA TRÁGICA DA LOUCURA EM NIETZSCHE E FOUCAULT
- Ronivaldo de Oliveira Rego Santos
- VEIO O TEMPO EM QUE A TERRA PERGUNTA
- Erica Franceschini, Luciano Bedin da Costa
- CORPOS INSUBMISSOS: A PRODUÇÃO DO SUJEITO ANORMAL E A RESISTÊNCIA DAS JUVENTUDES NAS INSTITUIÇÕES E PERIFERIAS
- Kellen Maria Sodré Machado, Lílian Rodrigues da Cruz
- A PANDEMIA DO DESESPERO
- Jorge Antônio Monteiro de Lima
- SOBRE GLOBALIZAÇÃO, EDUCAÇÃO, INCLUSÃO. POSSIBILIDADES?
- Adelmar Santos de Araújo
- DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: ECOS DA LOUCURA QUE A ESCOLA INCLUSIVA NÃO APREENDE
- Ana Beatriz Machado de Freitas
- A REFORMA PSIQUIÁTRICA EM GOIÂNIA: DISCURSOS E PODERES NAS POLÍTICAS DE SAÚDE MENTAL
- Larissa Arbués Carneiro, Eduardo Sugizaki
- O LEPROSÁRIO DE ANÁPOLIS: DA ORIGEM AO FIM DO ISOLAMENTO COMPULSÓRIO (1932-1986) E A QUESTÃO DO ESTIGMA
- Andreia Marquezan, Roseli Martins Tristão Maciel
- DESVIO SOCIAL, OBSESSÃO OU DOENÇA MENTAL? UM ESTUDO SOBRE A INSTITUCIONALIZAÇÃO DA LOUCURA EM JATAÍ (GO)
- Rita de Cássia Andrade Martins, Izabela Assis Rocha, Adailton da Silva
- O SANATÓRIO PSIQUIÁTRICO DA “CIDADE ESPÍRITA” DE PALMELO (GOIÁS,1937-1970)
- Leicy Francisca da Silva
- OS ALIENADOS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA E DO HOSPÍCIO EDUARDO RIBEIRO: EXCLUSÃO E NORMALIZAÇÃO DO CORPO E DA CIDADE DE MANAUS (1880-1927)
- Maria de Jesus do Carmo de Araújo
- SUSPIROS NO SILÊNCIO: LOUCURA E EXPERIÊNCIA EM SALVADOR (1912-1914)
- Patrick Moraes Sepúlveda
- LOUCURA, HIGIENE MENTAL E DIAGNÓSTICO: UMA BREVE HISTÓRIA DO HOSPITAL DE ALIENADOS DE NATAL/RN (1930-1957)
- Thaise Gabriella de Almeida Rodrigues
- UMA BREVE HISTÓRIA DA HISTERIA: DA ANTIGUIDADE ATÉ OS TEMPOS ATUAIS
- Erik Dorff Schmitz
- LOUCO OU CRIMINOSO: DISCURSOS SOBRE OS MARGINALIZADOS NO I CONGRESSO MÉDICO DE PERNAMBUCO (1909)
- Beatriz Chianca Macario, Vicentina Maria Ramires Borba
- O LOUCO INTERDITADO: O DR. NINA RODRIGUES E OS EMBATES ENTRE O SABER MÉDICO E O PODER JUDICIÁRIO
- Rafael Santana Bezerra
- INVESTIGANDO CATEGORIAS: A LOUCURA EM DISPOSITIVOS LEGAIS BRASILEIROS
- Bárbara Rodrigues do Espirito Santo
Artigos Livres / Articles
- O CASO DA VARA (1891): UM CONTO DE MACHADO DE ASSIS QUE REVELA A FACE DA ESCRAVIDÃO BRASILEIRA DO SÉCULO XIX
- Murilo Chaves Vilarinho
- DITADURA E COTIDIANO ESTUDANTIL EM AS MENINAS, DE LYGIA FAGUNDES TELLES
- Anderson Almeida, César Martins de Souza, João Jesus Rosa
- ELOQUÊNCIA SUBLIME E MORAL MODESTA A SERVIÇO DE UMA SOCIEDADE IDEAL: ASPECTOS DA RECUPERAÇÃO DE PLATÃO NO SÉCULO XVIII
- André Caruso
- POLÍTICA POMBALINA E REFORMAS URBANAS EM PORTO SEGURO (SÉCULO XVIII)
- Marcelo Henrique Dias, Ingrid de Araújo Gomes
- ESPAÇOS MUSEAIS E A MEMÓRIA COLETIVA: MUSEU GOIANO PROFESSOR ZOROASTRO ARTIAGA
- Wilton de Araújo Medeiros, Maysa Moreira Antunes
Resenhas / Reviews
- NELLY BLY DENUNCIA O ENCARCERAMENTO DA LOUCURA, NO SÉCULO XIX.
- Tatiana Carilly Oliveira Andrade, Eduardo Sugizaki
O triunfo da persuasão: Brasil/ Estados Unidos e o Cinema da Política de Boa-Vizinhança durante a II Guerra Mundial / Alexandre B. Valim
Bandeiras – Brasil x EUA
Na obra “O triunfo da persuasão: Brasil, Estados Unidos e o Cinema da Política de Boa- Vizinhança durante a II Guerra Mundial”, o autor Alexandre Busko Valim nos apresenta uma discussão sobre o uso do cinema na política de aproximação entre Brasil e Estados Unidos no contexto da Segunda Guerra Mundial. Buscando estabelecer influência tanto no Brasil quanto em outras repúblicas da América Latina, os Estados Unidos desenvolveram a Política da Boa- Vizinhança, que foi aprofundada e inovou nos métodos de controle e dominação durante a Segunda Guerra Mundial. Nesse novo quadro essa política era relevante pois visava garantir aos Estados Unidos: o potencial mercado latino-americano, o apoio do Brasil que possuía posição estratégica no cone sul durante o conflito bélico e por último – e importante – garantir o acesso a matérias primas essenciais para o esforço bélico dos Aliados.
O objetivo de Valim, possuindo como base teórico-metodológica a História Social do Cinema, é analisar os usos do cinema que objetivava o estreitamento das relações entre Brasil e Estados Unidos no contexto da Segunda Guerra Mundial. Uma das originalidades do livro é a abordagem escolhida pelo autor para tratar do tema; ele não busca fazer uma análise dos filmes produzidos, ou seja, reconhecer seus significados e representações, que é o comum dentro da bibliografia que trata do cinema na Política de Boa-Vizinhança. Indo além, busca se explicitar como se deu a estruturação da OCIAA (Office of the Coordinator of Interamerican Affairs) e a implantação das regionais no Brasil, e mais a frente à fundação da Brazilian Division (a sessão brasileira do Office). Abrangendo a parte burocrática da ação, analisando também o papel do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) no período. Focando sua discussão em apresentar como se deu a criação e o planejamento das atividades do Office no Brasil, analisando como os grupos dirigentes se decidiam, quais eram seus objetivos e suas ações, mais que isso, quais foram os entraves burocráticos encontrados no Brasil e quais foram as soluções realizadas. Chama atenção para a necessidade de se conhecer os processos de concretização do Office para dessa forma não colocarmos o período como uma mera consequência do imperialismo onipotente norte-americano.
Outro ponto original da obra se remete as fontes utilizadas pelo autor, sendo elas documentos depositados na National Archives em College Park, nos Estados Unidos (NARA II).
Essas fontes são um conjunto de memorandos, relatórios, cartas que circulavam entre as instituições (regionais, Brazilian Division, Office). O conteúdo delas variavam, desde aviso sobre decisões tomadas, relatórios qualitativos e quantitativos, preocupações compartilhadas pelos grupos, demandas, interesses, impasses e etc. Sendo assim, essas fontes são cruciais para se entender como se deu a idealização, organização e ação das atividades do Office no Brasil.
Utilizando o conceito de “zona de contato”, Valim também contribui originalmente ao propor uma análise onde observa os conflitos culturais existentes nos espaços sociais conjuntos construídos durante o contexto estudado. Dirigindo atenção a atores sociais que não possuíam destaque dentro das instituições oficiais, atores esses que foram peças chaves dentro da estruturação do Office e realização de suas atividades. Dessa forma, ele coloca sob o holofote estes que por muito foram ignorados pela historiografia do tema, mas que tiveram papel essencial no período.
Partindo para a estruturação da obra, tirando a introdução e as considerações finais, o livro apresenta seis capítulos no total, e em cada um deles os argumentos são articulados para com sua ideia principal. Na introdução são apresentados os objetivos gerais do livro, como também é explicitada qual metodologia será utilizada e qual documentação foi acessada para construção da obra. Em linhas gerais é abordado o contexto da Política da Boa-Vizinhança, suas bases e seus ideais, e também é apresentado um breve debate historiográfico sobre as produções que abordam esse período. Um breve histórico da criação do Office e da Motion Picture Division é exposto, além de apontar o porquê do interesse dos Estados Unidos na América Latina, em específico o Brasil. O autor segue e explicita os conceitos de persuasão e propaganda, e argumenta do porquê da escolha do cinema como instrumento de aproximação entre os países. Outro ponto importante abordado é sobre os entraves causados pelo governo brasileiro, no âmbito do DIP, que serão mais bem analisados nos capítulos seguintes.
No primeiro capítulo, intitulado “The Brazilian Division: a chegada do Office no Brasil”, o autor foca em apresentar como se deu a estruturação do Office no Brasil e a criação da Brazilian Division. Aponta as limitações legais encontradas no país e as ações tomadas para burlar o governo varguista que era lido possuindo um teor “muito nacionalista”, que não agradava o Office. Seguindo, é apresentado dados sobre quem seriam os responsáveis do Office, da Brazilian Division e das regionais instaladas. O capitulo é uma extensa explicação sobre a estrutura política do Office, suas divisões, cargos e tarefas; é a apresentação da parte técnica e burocrática do mesmo. O segundo capítulo, “Aliados precisam ter atitudes amigáveis: propaganda, oportunidade e lucro”, é desenvolvido a parte do embate entre a legislação brasileira e os desejos do Office, nesse caso, em relação à taxação dos filmes estrangeiros. São elencados quais eram as obrigatoriedades da Brazilian Division em relação à produção e divulgação dos filmes. Discorre-se sobre os esforços de se extinguir os filmes do Eixo. Por fim, ele pincela um pouco sobre a tentativa de se conseguir ajuda da Motion Picture Division para produzir filmes nacionais, e também sobre os esforços da Brazilian Division em treinar com eficácia os técnicos para produção e divulgação dos filmes.
Já o terceiro capítulo, intitulado “O show precisa continuar: o cinema da boa-vizinhança adentra o país” é focado em discutir sobre as dificuldades de expansão das exibições para o interior do Brasil. É explicada as dificuldades técnicas que envolviam disponibilidade de material, equipe treinada e transporte, por exemplo. Para, além disso, o capítulo aborda a recepção dos filmes no interior a partir de relatórios das equipes envolvidas. Aponta algumas situações onde ocorreram impasses com as autoridades locais no que tange permissão para as exibições, e debate sobre como esses embates eram retirados dos relatórios que eram enviados ao Offiice, numa tentativa de não manchar a atuação do mesmo no país o que poderia pôr em risco a continuação das suas atividades.
A argumentação sobre a recepção dos filmes pelo interior segue no quarto capítulo, “Acenando as cabeças para filmes extraordinários: os maiores hits do cinema da boavizinhança”.
É abordada a preocupação no quesito mensagem do filme vs. receptor, ou seja, a atenção dispendida em relação aos efeitos que as histórias dos filmes causavam no público, onde houve casos que não eram agradáveis porque não se identificavam com a realidade apresentada nas obras. Ainda nesse capitulo, é discutido sobre alguns requisitos relacionados a filmagens realizadas no Brasil, como por exemplo, o ponto de evitar pobres e negros nas cenas gravadas. Um pouco mais a frente, é abordado um pouco sobre a relação de Disney e a política da boa-vizinhança, abordando alguns filmes que o mesmo realizou no período diretamente relacionado a política de aproximação. Por fim, discute também a censura realizada pelo DIP aos filmes que seriam exibidos no país, as diretrizes para o cinema no Brasil, e elenca filmes proibidos que eram considerados simpáticos aos alemães e a URSS.
O quinto capítulo, “Caçando com os melhores cães: os projetos de cinema do Office”, a partir de três projetos chamados: William Murray Project, John Ford Project e o Production of 16mm in Brazil, o autor aborda as ideias do Office no que tange exibição e produção cinematográfica em âmbito nacional. Analisa toda a parte burocrática, que seria o orçamento, equipe técnica, parcerias privadas e públicas que permeavam essa empreitada de se investir na produção cinematográfica brasileira. Aponta também os argumentos daqueles que foram a favor e contra ao investimento estadunidense na indústria cinematográfica local e quais foram os desfechos. O sexto e último capítulo, chamado “Mais dramático que qualquer ficção as múltiplas fronteiras exploradas pelo cinema da boa-vizinhança”, analisa as ações para incentivar a produção da borracha para os esforços de guerra a partir da relação entre cinema e a “batalha da borracha”, além disso, também discute os estereótipos que associavam o Brasil a um local exótico e selvagem, e por último aborda novamente a discussão sobre a construção de uma indústria cinematográfica nacional a partir de investimentos norte-americanos.
Como é possível ver a partir das sínteses dos capítulos, o autor desenvolveu sua ideia principal de acordo com a evolução da obra. Utilizando as fontes da NARA II, Valim destrincha uma parte que até então não recebia muita atenção da bibliografia, que é a idealização e estabelecimento do Office no Brasil. As questões burocráticas que se desenrolaram, os impasses entre governo estadunidense e brasileiro. Salienta o embate entre ideais do governo varguista e os ideais propagados do ‘american way of life’, de liberdade e democracia pelos estadunidenses.
Para, além disso, destrincha a imagem estereotipada e até mesmo idealizada produzida sobre o Brasil, ressaltando inclusive o interesse do governo nacional nessa retratação que ignorava as desigualdades e mazelas sociais. Um fator interessante levantado na obra é sobre como em alguns casos funcionários estadunidenses se compadeceram mais pela causa brasileira e passaram então defendê-las, como por exemplo, dentro do projeto John Ford, onde os funcionários possuíam interesse de produzir filmes sobre a cultura do Brasil, sobre as músicas, o samba, mas foram inibidos porque isso ia de encontro com os interesses do Office.
A obra de Valim, lançada em 2017, se posiciona em um momento onde se faz muito necessário reconhecer a força e influência que os canais de comunicação possuem sobre a formulação da opinião pública. Como dito anteriormente, a obra não foca em analisar os signos representados nos filmes da época, mas se propõe a um estudo mais aprofundado sobre a natureza das atividades do Office e da sua relação com os grupos dirigentes do país. A partir de sua argumentação, é possível perceber como a Política da Boa-Vizinhança aprimorou os métodos de controle e dominação. “O Triunfo da Persuasão” não se mostra original apenas nos documentos que utiliza como fontes primárias, mas na abordagem que busca observar a relação entre dois países com poderes assimétricos, conseguindo, dessa forma, demonstrar as limitações da suposta onipotência norte-americana no contexto. Este livro se coloca enquanto leitura essencial para aqueles interessados em História Social do Cinema, sobre uso do cinema no contexto da aproximação do Brasil e dos Estados Unidos durante a Política da Boa- Vizinhança, além de abrir inúmeras possibilidades de pesquisas dentro da temática que aborda.
Carolina Machado dos Santos – Graduanda pela Universidade Federal Fluminense no curso de História (Licenciatura).
VALIM, Alexandre Busko. “O triunfo da persuasão: Brasil, Estados Unidos e o Cinema da Política de Boa-Vizinhança durante a II Guerra Mundial”. 1. Ed. São Paulo: Alameda, 2017.Resenha de: SANTOS, Carolina Machado dos. Cinema e política da boa-vizinhança. Cantareira. [Niterói], v.34, p.675-678, jan./jun. 2021. Acessar publicação original [IF].
Folia Histórica del Nordeste. Resistência, n. 40, 2021.
In Memoriam
- Hugo Humberto Beck
- Enrique Schaller
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Dossier
- Introducción. Reflexiones en torno a cine y región: El cine argentino desde una perspectiva local
- Ana Laura Lusnich, Alicia Aisemberg
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- Entre lo regional y lo industrial: La anomalía de Film Andes (1944-1956)
- Alejandro Kelly Hopfenblatt
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- Los comienzos en la producción del cine documental chaqueño: Cine Científico y relaciones de alteridad en los años 60 Y 70
- Franco Passarelli
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- Mapeo de las producciones del Clúster audiovisual de la provincia de Buenos Aires (CAPBA) en los festivales
- Jimena Cecilia Trombetta
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- Escuelas y carreras de Educación Superior en cine y audiovisual en la Patagonia: procesos históricos y ámbitos formativos emergentes
- Silvana Flores, Julia Elena Kejner
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- Pintar la propia aldea. El tratamiento del espacio en la Deuda Externa (1988) y La Última Siembre (1991)
- Jorge Sala
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- Badur Hogar, una apuesta cosmopolita para el cine regional
- Iván Morales
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- Hacia la conquista del norte: el proyecto pionero de Film Gráfico y las batallas por la distribución (1916-1918)
- Andrea Cuarterolo, Emiliano Jelicié
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- El cine en las provincias argentinas desde las revistas porteñas
- María Constanza Grela Reina, Lesly Peterlini
História do Direito. Curitiba, v.2, n.3, 2021.
Dossiê Direito e Autoritarismo: juristas e cultura jurídica em regimes de exceção e ditaduras.
APRESENTAÇÃO
DOSSIÊ
- A História do Direito em uma Faculdade de Direito, hoje
- Paolo Grossi
- Il momento giuridico nella costruzione del ‘modello’ totalitario: Ernst Fraenkel, Franz Neumann, Hannah Arendt
- Pietro Costa
- PDF (ITALIANO)
- La Costituzione Invisibile – Costituzione e democrazia alla prova dell’emergenza: riflessioni di un melanconico
- Paolo Cappellini
- PDF (ITALIANO)
- Entre o autoritarismo e o judiciarismo: o espectro do Poder Moderador na República (1889-1945)
- Christian Edward Cyril Lynch
- Regime de exceção e tutela dos direitos individuais: A discussão da Revisão Constitucional de 1926 e a limitação do habeas corpus na prática jurisprudencial.
- Tatiana De Souza Castro, Gabriel Faustino dos Santos
- “Un país de Constitución abierta”. Las “leyes fundamentales” y la modernización del franquismo
- Alfons Aragoneses, Jordi Cerdà Serrano
- PDF (ESPAÑOL (ESPAÑA))
- Karl Loewenstein no Brasil de Vargas: o olhar de um jurista judeu-alemão sobre o Estado Novo
- Luis Rosenfield
- Formulações autoritárias e realismos em Oliveira Vianna: variações na política e no direito corporativo
- Victor Hugo Criscuolo Boson
- A Administrativização do Direito Constitucional: Oliveira Vianna e a Absorção dos Poderes Legislativos e Judiciário pelas Corporações Administrativas
- Francisco Rogério Madeira Pinto
- Autoritarismo e gênese antitruste: Francisco Campos e a imaginação concorrencial no Estado Novo
- Mário André Machado Cabral
- La doctrina del gobierno de facto y las actas constitucionales de 1976: juristas chilenos avalando decretos leyes
- Eric Palma González, Francisco Zuñiga Urbina
- PDF (ESPAÑOL (ESPAÑA))
- Genealogia do Ato Institucional – entre legalidade, exceção e legalidade excepcional
- Heloisa Fernandes Câmara
- Mudança constitucional, luta política e o caminho para a democracia: uma análise do “emendão” de 1982
- Cristiano Paixão, Claudia Paiva Carvalho
- Os juristas, o regime militar de 1964 e personalidades autoritárias que cruzaram o marco da Constituição de 1988
- André Del Negri
RESENHAS
- O fascismo em ação: as dinâmicas institucionais na história de uma ditadura
- Massimo Meccarelli
- O Direito Administrativo do Estado Interventor
- Walter Guandalini Junior, Lívia Solana Pfuetzenreiter de Lima Teixeira
Sítio Roberto Burle Marx | Cláudia Storino e Vera Beatriz Siqueira
Maria do Carmo Nabuco, amiga e membro do primeiro Conselho Consultivo instituído por Roberto Burle Marx como corpo auxiliar da gestão de seu Sítio na Barra de Guaratiba, Rio de Janeiro, resumiu numa frase o significado da doação daquele acervo ao Governo Federal do Brasil: “Roberto, você não tem consciência do tamanho da sua generosidade!”
O então Sítio Santo Antônio da Bica, agora Sítio Roberto Burle Marx, foi doado em 1985 ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, à época vinculado ao Ministério da Cultura (1), com tudo que nele se continha! E é aí que cresce de importância a publicação da qual faremos, nas linhas seguintes, uma breve descrição. Leia Mais
A grande cidade. Um retrato de Paris no começo do Século XIX | Paul de Kock
Esta deliciosa crônica chamada “Os passeios das ruas” (“Les trottoirs”) – publicada abaixo na íntegra – é um documento histórico que demonstra a novidade dos passeios ou calçadas na cidade de Paris. Ela foi publicada em 1842 no livro La Grande Ville Nouveau. Tableau de Paris – comique, critique et philosphique (1) do esquecido escritor francês Paul de Kock (1793-1871), que era muito popular no século 19 (2). Como Sue, como Dumas, ele se alinha a autores que escreviam para o novo leitor que se formou em razão do crescimento da educação, procurando narrativas simples. Escritor prolífico, que publicava em folhetins, naquela obra ele observa e descreve o quotidiano pequeno burguês de Paris, cidade que já se transformava rapidamente durante a primeira metade do século 19. Leia Mais
Lelé: diálogos com Neutra e Prouvé | André Marques
Ô Abilio Guerra!
Você me pede o impossível. Confesso que não consigo resenhar o livro de André Marques com a isenção e objetividade apreciadas pelos leitores do portal Vitruvius. Digo isso porque fui abduzido pelo talento e dedicação desse jovem pesquisador que, findo o mestrado sobre a obra de Lelé (1), sentiu necessidade de estudar, em sua tese de doutorado, a obra do arquiteto Aldary Toledo (2), meu pai, a quem Lelé chamava de mestre.
Lendo o livro voltei à 1963, ano em que, guiado por Lelé, conheci Brasília. Em sua companhia, me emocionei ao entrar na Catedral, obra prima de Oscar Niemeyer, seu amigo e mentor. Nesse mesmo dia visitei os prédios da Superquadra Sul 109, projetados por papai para o Instituto de Aposentados e Pensionista Bancários – IAPB, e o Conjunto Colina, o maior projeto de Lelé na UnB. Encantado com a articulação e acabamento dos componentes pré-fabricados, aplicados sem revestimento, e a perfeição de cada detalhe, deixei de ver em Lelé apenas o discípulo que tocava acordeom lá em casa, antes das aulas semanais que ele e alguns colegas de faculdade tinham com papai, varando a noite falando sobre arquitetura, artes plásticas, música e literatura. Depois da ida ao Colina, vi nele o grande arquiteto que viria a ser, talvez o maior de sua geração. Leia Mais
Impressões Rebeldes. Niterói, v.9, n.1, jan./jun., 2021.
- 29 de maio 2022
- PERNAMBUCO DE CABEÇA PARA BAIXO
- 29 de maio 2022
- BRIGA POR PEIXE
- 29 de maio 2022
- O PAPA TUPINAMBÁ
- 29 de maio 2022
- SUSPEITOS NO RIO DE JANEIRO
- 29 de maio 2022
- UM BRINDE À BELA LIBERDADE
- 29 de maio 2022
- AO SABOR DO MOMENTO
- 29 de maio 2022
- DIA DA LIBERDADE
- 29 de maio 2022
- ENTRE A CRUZ E A CALDEIRINHA
- 29 de maio 2022
- ARCOS, FLECHAS E LIBERDADE
Revista Brasileira de História da Mídia. São Paulo, v.10, n.1, 2021.
Capa
Expediente/Sumário
- Expediente
- Associação Brasileira de Pesquisadores de História da Mídia
Editorial
Dossiê Temático: História da mídia e saúde (parte 2, v. 10, n. 1, 2021)
- A memória da Covid-19 no Brasil em sites oficiais
- Ana Javes Luz
- Politização de controvérsias científicas pela mídia brasileira em tempos de pandemia: a circulação de preprints sobre Covid-19 e seus reflexos
- Thaiane Oliveira, Ronaldo Ferreira Araujo, Roberta Cardoso Cerqueira, Patricia Pedri
- Mulher(es) em meio à pandemia: o que as capas das revistas femininas têm a dizer/ensinar?
- Felipe Viero Kolinski Machado, Vanessa Costa Trindade
- As dores do humano na sociedade midiática – um olhar sobre as relações entre suicídio e mídia
- Regina Helena de Oliveira Santos Nicolosi, Malena Segura Contrera
- As “crianças da zika” segundo nos contaram os jornais brasileiros: uma leitura retrospectiva a partir da cobertura noticiosa
- Alessandra Santana Soares e Barros
- Um século de sífilis no Brasil: deslocamentos e aproximações das campanhas de saúde de 1920 e 2018/2019
- Bruna Vanessa Dantas Ribeiro, Roberta Cristina Barboza Galdencio, Elzimar Evangelista Peixoto Pinto, Erika Drumond Saraiva, Luisi Maria Costa de Oliveira
- O método Cooper, a mídia impressa e a emergência da corrida de rua como prática de saúde no Brasil: uma história de controvérsias e disputas
- Glauber Tiburtino, Alice Gatto
- A construção da figura do louco no Piauí no Jornal O Dia: um panorama de 1970 a 2019
- Camila Fortes Monte Franklin, Juliana Fernandes Teixeira
- As pandemias de ontem e hoje: os discursos no podcast Mamilos
- Roseane Arcanjo Pinheiro, Gessiela Nascimento da Silva
Artigos Gerais
- O começo dos programas culinários na televisão: de Julia Child (EUA) a Ofélia Anunciato (Brasil)
- Zulmira Nóbrega, Tatiana Ramalho Barbosa
- A Muralha: (ainda) os bandeirantes e a identidade nacional na “festa” dos 500 anos
- André Luis Bertelli Duarte
- Mídia, celebrização e música popular: o caso de Dalva de Oliveira e Herivelto Martins
- Herom Vargas, Mozahir Salomão Bruck
- Uma história da rádio pouco sonora: em torno dos arquivos sonoros radiofónicos de Portugal e Espanha
- Cláudia Henriques
- A função social das rádios-postes do Nordeste do Brasil
- Giovana Mesquita, Izani Mustafá
- O discurso jornalístico a respeito do progresso no Rivale no tempo da construção da barragem de Sobradinho
- Andrea Cristiana Santos, Edonilce Rocha Barros, Rafhael Nobre
- Jornal A Luta e a crítica da prática jornalística em 1952
- Nilsângela Cardoso Lima, Kamilo Carvalho de Almeida
- Leituras, diálogos e textos acerca de Paulo Prado: o Retrato do Brasil tematizado em periódicos
- Clayton José Ferreira
- Uma perspectiva histórica da temporalidade no jornalismo e formatos contemporâneos: não-lugares e descronicidade
- Daniela Osvald Ramos, Gabriel Rizzo Hoewell
- A festa de Ave Cesaria: migração, nostalgia e memória nas mídias digitais
- Otávio Cezarini Ávila
História das mulheres, das relações de gênero e das sexualidades dissidentes / Estudos Ibero-Americanos / 2021
A pesquisa sobre História das Mulheres, relações de gênero e sexualidades dissidentes da cisheteronormatividade vem rendendo muitos textos publicados na forma de livros, capítulos e artigos. Essa trajetória de pesquisa que, em 1989, rendeu o primeiro dossiê intitulado “A mulher no espaço público”, publicado na Revista Brasileira de História e organizado por Maria Stella Martins Bresciani,[3] tem crescido significativamente, ampliando seus debates, incorporando novas discussões e enfrentando novos desafios.
Quando fomos convidadas a propor uma chamada de artigos para o dossiê, sabíamos que havia no campo uma grande quantidade de resultados merecendo ser divulgados. Foi com agradável surpresa que recebemos 43 artigos. Desses, 12 estavam fora das normas e foram devolvidos; e 31 foram enviados para avaliação. Da lista dos que tiveram pareceres ad hoc favoráveis, escolhemos apenas 12, como constava das regras da revista.
Essa experiência foi gratificante, mas nos causou preocupação. Muitos artigos com grande qualidade e bons pareceres não puderam ser publicados aqui, nesse dossiê. No entanto, demonstram a potencialidade do campo, resultado de recursos investidos na pesquisa, especialmente entre 2005 e 2016, da criação de grupos de estudos nas universidades e da vitalidade de movimentos sociais. Mostra, também, que a chamada “onda conservadora” antifeminista e homofóbica na América Latina, apesar dos seus ganhos eleitorais, não tem conseguido implantar seu “pânico moral”[4] na academia. Ao contrário, observa-se resistência, crescimento e diversificação.
Os artigos escolhidos para publicação neste dossiê se concentram, principalmente, na discussão sobre História das Mulheres. Apenas um dos artigos focalizou as sexualidades dissidentes da cisheteronormatividade. Pelo menos três artigos fizeram balanços historiográficos. O debate com a mídia, tendo como fontes livros, novelas e jornais, foi o principal suporte para a discussão sobre as subjetividades e a prescrição de normas para mulheres em diferentes momentos.
Abrindo o dossiê, o artigo “Relações de gênero, capitalismos afetivos, literatura ‘Chick-lit/Soft Porn’ e a ‘nova’ escrita contemporânea de/para mulheres”, escrito por Ana Carolina Eiras Coelho Soares, focaliza a literatura recente, sucesso de vendas, voltada para mulheres. A autora mostra como, apesar de essa literatura partir do pressuposto de que o prazer no sexo é um direito das mulheres, muitas imagens antigas são revisitadas. Nos pares que se formam, nessa literatura, os homens são sempre brancos, bem-sucedidos profissionalmente e muito mais ricos que as mulheres. Essas, possuem empregos insignificantes e nunca têm carreiras de sucesso. Elas se submetem “livremente” aos desejos do homem, por mais violentos que esses sejam. Uma cinderela contemporânea?
Raquel de Barros Pinto Miguel, no artigo “Fotonovelas: prescrevendo normas, modos e modas”, analisou as fotonovelas publicadas na revista Capricho nas décadas de 1950 e 1960. Nelas, as mocinhas, em geral pobres e órfãs, sofriam até encontrar a felicidade, casando-se com homem rico e lindo. A autora analisa essa “literatura de escape” e mostra o sucesso que obteve, observando a constituição das subjetividades engendradas.
O artigo “Modernidad, cultura y vanguardia feminista: Concha Méndez, una adelantada a su tiempo. De la voluntad emancipadora al exilio trasatlántico”, de Esmeralda Broullón, trata de analisar a trajetória pessoal e cultural da poetisa da geração de 1927, Concha Méndez, destacando o seu papel como escritora, editora e promotora cultural na Espanha nos anos 1920 e 1930, juntamente com o conhecido poeta Manuel Altolaguirre. Enfoca o período caracterizado pela grande efervescência política, pelo avanço do feminismo no país ibérico e por instituições de estudos como o Lyceum Club, um influente círculo cultural do qual Concha Méndez fez parte e onde se conheceram destacadas feministas que, pouco depois, em 1931, defenderam a conquista do voto feminino. A trajetória da autora no exílio mexicano, após a derrota da república espanhola em 1939, é, também, rapidamente delineada no artigo.
As discussões que articulam gênero e decolonialidade ou, como dizem as autoras, as “perspectivas contra coloniais” estão presentes no texto de Cintia Lima Crescêncio e Gleidiane de Sousa Ferreira, intitulado “Da História das Mulheres às perspectivas Contra-Coloniais? Reflexões sobre a historiografia do gênero no Brasil (2001-2019)”. Buscando, em eventos promovidos pela Associação Nacional de História (ANPUH-Brasil) e pelo Fazendo Gênero a presença da discussão contra-colonial entre pesquisadoras/es que discutem História das Mulheres e gênero, as autoras constatam que esse é um tema iniciante e com pouca presença, o que demonstra um pouco de resistência do campo da historiografia para essa questão.
Utilizando com principal fonte o periódico argentino Brujas, Júlia Glaciela da Silva Oliveira, no artigo “’Sin senderos prefijados’: a defesa da autonomia feminista nas páginas de Brujas (1981-1996)”, discute a autonomia do movimento feminista. Além de apresentar a historicidade desse debate nos anos 1970, a autora articula o tema com o avanço neoliberal na América Latina.
Também usando periódicos como a principal fonte, o artigo “As mulheres e suas tramas impressas: um repensar historiográfico das produções sobre a sociedade carioca e portenha dos anos iniciais da segunda metade do século XIX”, escrito por Bárbara Figueiredo Souto, mostra como a historiografia da imprensa e a que focaliza intelectuais ainda não deu a devida visibilidade às mulheres que escreveram e dirigiram periódicos em Buenos Aires e no Rio de Janeiro no século XIX. No artigo, Joanna Paula Manso de Noronha, por sua trajetória como editora e escritora, tanto na Argentina como no Brasil, é classificada como uma intelectual-mediadora-feminista-transnacional.
Patrícia Lessa e Claudia Maia, no artigo “Feminismo, vegetarianismo e antivivisseccionismo em Maria Lacerda de Moura”, trazem do início do século XX uma discussão que tem ganhado força neste início do século XXI: o antiespecismo. No caso de Maria Lacerda de Moura, tratava-se de um feminismo que se articulava com a questão da classe, com a luta pelo vegetarianismo e contra a vivissecção. Importante destacar como questões que hoje ganham destaque eram alvo de discussões e de publicações por Maria Lacerda de Moura e, no entanto, ficaram esquecidas.
O artigo “Algunas reflexiones sobre género y memoria en las narrativas sobre los años setenta en Argentina”, de Ana Laura Noguera, levanta questões importantes sobre a memória e a História do Tempo Presente na Argentina. A autora aponta as discussões teórico metodológicas que articulam gênero e memória na história recente. Mostra a importância da história oral para a pesquisa em História das Mulheres e do Gênero. Destaca, também, a forma como homens e mulheres narram suas histórias de vida e o impacto historiográfico das diferentes histórias para a noção de agência.
Caroline Pereira Leal, no artigo “’Mais bela do que o sol, mais bela do que o céu’: representação feminina no discurso carnavalesco da Porto Alegre do início do século XX (1906-1914)”, nos leva de volta ao início do século passado para mostrar as tentativas de definir, nas elites e com repercussões duvidosas, como deveriam se comportar as mulheres nas festas de carnaval.
O artigo “Memória em disputa: Inah Costa e os desafios da história das mulheres artistas”, escrito por Rebecca Corrêa e Silva, discute a invisibilidade, as dificuldades e o impacto do gênero na vida das mulheres que atuam no campo da arte. Ela traz a história de uma artista que passou da pintura figurativa para a moderna e abstrata.
O único artigo que discute sexualidades dissidentes é o de Marina Leitão Mesquita, intitulado “Gênero, dissidência e tradição na (re)invenção da feminilidade em concursos de beleza gay”. Trata- -se de uma etnografia sobre concursos de beleza gay em Fortaleza, Ceará. A discussão sobre as hierarquias, formas de feminilidades aceitas, assim como a memória de momentos em que a polícia interferia, marcam a narrativa. A discussão sobre a “feminilidade espetacular”, como padrão de beleza, ajuda a questionar as configurações de gênero.
O artigo de María Laura Osta Vázquez, intitulado “Manos que mecen la cuna: las nodrizas uruguayas bajo el control del discurso médico en el siglo XIX”, mostra o fim de uma profissão assumida por muitas mulheres pobres, negras, mestiças e estrangeiras: as amas de leite. Na segunda metade do século XIX, o discurso médico passou a questionar as mulheres que entregavam seus filhos para amas de leite e a discutir a saúde e a moral dessas profissionais. Toda essa campanha foi feita pela imprensa e pelo discurso médico higienista que – em nome da redução da mortalidade infantil – passou a cobrar das mulheres o “amor materno”.
Temos a honra que encerrar este dossiê com a entrevista de Maria Odila Leite da Silva Dias, professora emérita da Universidade de São Paulo (USP). Autora, entre outros, do livro Quotidiano e Poder, que abriu caminhos para a história das mulheres no Brasil, focalizando mulheres pobres, escravizadas e forras nas suas lidas para prover a existência no início do século XIX, ela é responsável pela formação de pesquisadoras que trouxeram inúmeras contribuições para o campo da História das Mulheres, do gênero e das sexualidades dissidentes.
Boa leitura.
Notas
3. BRESCIANI, Maria Stella Martins (org.). A Mulher no Espaço Público. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 9, n. 18, p. 7-8, ago./ set. 1989.
4. MISKOLCI, Richard; CAMPANA, Maximiliano. “Ideologia de gênero”: notas para a genealogia de um pânico moral contemporâneo. Sociedade e Estado, Brasília, v. 32, n. 3, p. 725-744, set./dez. 2017
Joana Maria Pedro – Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (USP), em São Paulo, SP, Brasil; pós- doutora na França, na Université d’Avignon e, também, nos Estados Unidos, na Brown University; professora titular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, SC Brasil. Coordenadora do Instituto de Estudos de Gênero (IEG), Florianópolis/SC, Brasil. Atuou como Presidenta da Associação Nacional de História (ANPUH), na gestão 2017-2019. orcid.org/0000-0001-5690-4859 E-mail: joanamaria.pedro@gmail.com
Pilar Domínguez Prats – Doctora en Historia por la Universidad Complutense de Madrid (UCM), en Madrid, España. Profesora honorífica del área de Historia del Pensamiento Político y Movimientos Sociales de la Universidad de Las Palmas de Gran Canaria, España. En la actualidad es investigadora del proyecto: Redes de Cooperación Interuniversitaria Canarias-Africa en Políticas de Igualdad desde metodologías colaborativas” y del Centro de Estudios y Difusión del Atlántico, CEDA. Socia fundadora del Seminario de Fuentes Orales de la Universidad Complutense de Madrid y del Instituto de Investigaciones Feministas de la UCM; presidenta de la Asociación Internacional de Historia Oral, IOHA (2008-2010) y miembro del Consejo de IOHA (2004 a 2012). orcid.org/0000-0002-8829-2508 E-mail: dominguezprats@gmail.com
PEDRO, Joana Maria; PRATS, Pilar Domínguez. Apresentação. Estudos Ibero-Americanos. Porto Alegre, v. 47, n. 1, jan./ abr. 2021. Acessar publicação original [DR]
Germán Colmenares | Artificios – Revista Colombiana de Estudiantes de Historia | 2021
Pero la construcción es piedra a piedra
y parece que la tumba no avanzara
¿Alcanzaré —se pregunta Micerino— a morir a tiempo?
Raúl Gómez Jattin
Los lectores de Artificios. Revista de colombiana de estudiantes de Historia encontrarán a continuación 28 textos —de épocas, extensión y temas diversos— del historiador Germán Colmenares, textos que esperamos sean una contribución útil para quienes se interesan por la investigación histórica sobre la sociedad colombiana, y de manera más particular para quienes trabajan sobre temas semejantes o relacionados con los que abordó el notable historiador a lo largo de tres décadas de intenso trabajo (1960-1990) dedicado a la reflexión sobre la historia de Colombia y a la consideración de problemas historiográficos concernientes a la disciplina histórica y a su relación con las ciencias sociales y la filosofía. Estos textos también pueden ser de interés para observar algunas de las evoluciones de Colmenares, los puntos ciegos de sus búsquedas, las reiteraciones de ciertos temas, en fin, el carácter abierto y no dogmático de su trabajo.
Los materiales que presentamos están organizados de manera temática y cronológica, pero no hay que tomar muy en serio tales divisiones temáticas: son simplemente una forma cómoda de agrupar una serie de textos que son muy desiguales desde el punto de vista de su elaboración, y que tienen diversos “estatutos”, si se piensa en sus propósitos, temas, género, y lugares y fechas de publicación. Leia Mais
Ditadura militar: mecanismos de repressão e construção de consenso / Tempo Amazônico / 2021
Para o historiador francês Henry Rousso, os grandes conflitos mundiais da primeira metade do século XX levaram ao “enraizamento de uma história do tempo presente no campo científico e no espaço público”.[1]
Referia-se ao fato de que rememorar a tragédia das guerras, do Holocausto, tornou-se uma espécie de imperativo. Entre historiadores, não caberia a pretensão de neutralidade diante do horror das catástrofes, mas, antes, o engajamento em um ofício crítico estreitamente atrelado às questões de seu tempo, tanto entre pares, quanto diante de um público mais amplo.
Em raciocínio análogo, podemos afirmar que a ditadura militar foi uma das catástrofes brasileiras do último século. A violenta experiência de mais de duas décadas de autoritarismo deixou profundas marcas na sociedade brasileira. Para melhor compreendê-las, especialistas têm de enfrentar uma intrincada composição de memórias individuais e coletivas, uma volumosa gama de documentos de variadas origens, além de uma série de indagações que surgem da discussão política cotidiana.
A presente edição de Tempo Amazônico, revista eletrônica semestral da seção amapaense da Associação Nacional de História (ANPUH / AP), traz o dossiê “Ditadura militar: mecanismos de repressão e construção de consenso”, que reúne produções originais sobre o golpe de 1964 e a ditadura. Trata-se de contribuição oportuna para a historiografia especializada no tema,seja pelo especial enfoque nos estudos sobre a região amazônica, seja pela variedade de perspectivas possibilitada pelo conjunto dos textos que seguem.
O primeiro texto traz o estudo de Vanessa Cristina da Silva Sampaio sobre o mundo do trabalho e as greves do Distrito Industrial da Zona Franca de Manaus nos anos de 1985 e 1986, quando a transição para a democracia ainda se consolidava. O segundo é um texto de Tiago Francisco Monteiro que tematiza as relações bilaterais Brasil-África do Sul durante os primeiros dois governos da ditadura militar, com foco particular nas relações raciais em ambos os países.
Na sequência, há a proposta de Gustavo Feital Monteiro de discutir o nazismo a partir do conceito de religião política, apontando limites e possibilidades de tal perspectiva. Depois, Danilo Mateus da Silva Pacheco trata das práticas curriculares do ensino de História da ditadura no estado do Amapá, evidenciando a experiência de professores.
Em seguida, temos o artigo de Caio Vinícius de Carvalho Ferreira que traz a avaliação histórica dos acontecimentos na região do Pontal do Triângulo Mineiro na ocasião do golpe de 1964. Ainda sobre o evento que iniciou a ditadura, há o texto de Francisco Bento da Silva e Jadson da Silva Bernardo intitulado “Ecos do golpe de 1964 no Acre: ditadura, intolerância e perseguições políticas”.
O artigo de Thiago Rocha de Queiroz reúne algumas das impressões do chargista amazonense João Miranda sobre as eleições indiretas de 1974, revelando aspectos da dinâmica política do estado do Amazonas naquela conjuntura. Já no texto de Priscila Oliveira Pereira, aborda-se a participação dos governadores no golpe de 1964 e nos primeiros anos da ditadura, com ênfase nas movimentações de Petrônio Portella, que governava o estado do Piauí.
Fernanda Fernandes da Silva analisou a trajetória do diretório estadual amazonense do Partido Comunista do Brasil (PCB), dando conta dos desafios enfrentados por seus militantes quando colocados na clandestinidade. Por último, há uma resenha de autoria de Dimas Brasileiro Veras e Rebeca Santos de Amorim Guedes sobre o filme “Amores de chumbo”, dirigido por Tuca Silveira, que nos convida a pensar sobre o direito à memória e sobre as consequências que sofremos, até os dias de hoje, do modelo de transição para a democracia que prevaleceu em nosso país.
Em tempos de negacionismo, fake news e proliferação de usos políticos do passado, o papel da reflexão profissional do historiador tem seu significado renovado.
Esperamos que este dossiê sirva aos intuitos reflexivos de seus leitores e os leve a novos questionamentos.
Notas
1. ROUSSO, Henry. A última catástrofe: a história, o presente e o contemporâneo. Tradução de Fernando
Coelho e Fabrício Coelho. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2016, p. 219.
Diego Knack – Doutor (SME-RJ)
César Augusto Queirós – Doutor (PPGH-UFAM)
KNACK, Diego; QUEIRÓS, César Augusto. Apresentação. Tempo Amazônico, Macapá, v.8, n.2, 2021. Acessar publicação original [DR]
Mundos do Trabalho / Cantareira / 2021
A tradição da temática do trabalho na historiografia não impediu que apenas após 18 anos da sua primeira edição, a Revista Cantareira trouxesse entre suas publicações o seu primeiro dossiê inteiramente dedicado ao tema da História do Trabalho. Esta ausência se torna ainda mais surpreendente quando nos deparamos com a grande procura de pesquisadoras e pesquisadores não só de todo o Brasil, como também de outras partes do globo. De fato, as pesquisas de História do Trabalho e dos Trabalhadores e Trabalhadoras nas últimas décadas vem cada vez mais ampliando seu escopo e seus debates, mostrando que a experiência do homem branco, adulto e operário, que por muito tempo figurou na historiografia como o trabalhador ideal, não é a experiência universal dos mundos do trabalho.
Com um número recorde de artigos submetidos e aprovados, os trabalhos deste Dossiê mostram uma História do Trabalho dinâmica, plural, e que extrapola os grandes centros urbanos e as fronteiras nacionais. Ao mesmo tempo que os temas clássicos da História do Trabalho são revistos com novos olhares, abordagem e fontes, demonstrando a riqueza das pesquisas produzidas e a sua diversidade.
Refletindo os objetos discutidos pela sociedade atual, pesquisas abordando a convergência de classe, raça, gênero, identidade, orientação sexual aparecerem em diversos artigos do Dossiê. A ruptura dos paradigmas que segmentavam as investigações historiográficas entre trabalho e trabalhadores livres e não livres ajuda na formação de um complexo mosaico do Mundos do Trabalho. Dentro dessa seara, destacamos os artigos de Thompson Alves e Antônio Bispo, Ferreiros, “escravos operários” e metalúrgicos: trabalhadores negros e a metalurgia na cidade do Rio de Janeiro e na microrregião Sul Fluminense (Século XIX e XX) e de Karina Santos, Composição de trabalhadores na Fábrica de Ferro de Ipanema (1822-1842).
Para operacionalizar o rompimento da separação entre as análises sobre o trabalho livre e cativo, a ferramenta metodológica da interseccionalidade se mostra fundamental para pensar as complexidades do processamento da dominação e opressão de diversos grupos sociais dentro da classe trabalhadora. É o que podemos ver no artigo de Caroline Souza, Giovana Tardivo e Marina Haack, Localizando a mulher escravizada nos Mundos do Trabalho, bem como no de Caroline Mariano e Lígya de Souza, Mulheres úteis à sociedade: gênero e raça no mercado de trabalho na cidade de São Paulo (fim do século XIX e início do século XX), que mostram como a análise sobre o lugar social de mulheres escravizadas e os mundos do trabalho pode refinar a análise historiográfica. Ainda sobre a importância da interseccionalidade com o objetivo de pensar os trabalhadores, o artigo de João Gomes Junior, A “indústria bagaxa”: prostituição masculina e trabalho no Rio de Janeiro e na constituição da ordem burguesa aborda questões sobre a experiência de homens, trabalhadores sexuais que desviam do padrão heteronormativo, como parte formadora da classe trabalhadora carioca do início da República.
A utilização dos processos da Justiça do Trabalho emergiu como importantes fontes documentais há alguns anos e continuam rendendo pesquisas inovadoras: Tatiane Bartmann em Eles querem menos, elas querem mais: as reivindicações por trabalho na 1ª JCJ de Porto Alegre (1941-1945) e Vitória Abunahman, Trabalhadoras ou esposas? Um estudo sobre reclamações na Justiça do Trabalho de mulheres que trabalhavam para seus companheiros na década de 1950, trazem a luz as reivindicações das trabalhadoras, e Paulo Henrique Damião, A Justiça do Trabalho enquanto palco de disputas: entre estratégias e discursos, e Arthur Barros, Márcio Vilela, Fernanda Nunes, Marmelada de tomate: as relações de trabalho a partir do “sistema de parceria” na Fábrica Peixe (Pesqueira / PE), discutem as diversas estratégias e relações de trabalho a partir da instância judicial.
A cidade e a geografia nos mundos do trabalho se cruzam com diferentes fontes, temas e análises teórico-metodológicas, apresentando uma nova visão sobre o espaço urbano. Sob essa lente, podem ser lidos os trabalhos de Gabriel Marques Fernandes em A vida urbana em Tudo Bem (Arnaldo Jabor, 1978): a figuração dos “operários” durante a decomposição do “milagre” econômico brasileiro, de Amanda Guimarães da Silva em Lavadeiras na cidade: trabalho, cotidiano e doenças em Fortaleza (1900-1930), e de Aline Crunivel e Claudio Ribeiro em Memória, trabalho e cidade: contribuições para o debate contemporâneo sobre o lugar da classe trabalhadora.
Fora dos centros urbanos, a relação dos trabalhadores rurais, indígenas e migrantes com suas lideranças, com os empregadores e o Estado, suas lutas e representações, são temas dos artigos de Leandro Almeida, Os comunistas e os trabalhadores rurais no processo de radicalização da luta pela terra no pré-1964, de Idalina Freitas e Tatiana Santana, Entre campos e máquinas: histórias e memórias de trabalhadores da Usina Cinco Rios – Maracangalha, Bahia (1912-1950), e de Pedro Jardel Pereira, “A legião dos rejeitados”: trabalhadores migrantes retidos e marginalizados pela política de mão-de-obra em Montes Claros / MG, na década de 1930, e de Eduardo Henrique Gorobets Martins, As denúncias de trabalhadores indígenas do cuatequitl no códice Osuna durante a visita de Jerónimo de Valderrama na Nova Espanha.
Temas cânones dos estudos sobre o trabalho, como suas entidades representativas e seus discursos, o contato com o mundo da política, suas estratégias de luta e a organização burocrática, são discutidos sob novas perspectivas teóricas, metodológicas e bibliográficas nos artigos de Bruno Benevides, “Eu não tenho mais pátria!”: a primeira guerra mundial à luz da propaganda libertária de Angelo Bandoni, de Igor Pomini, As Jornadas de Maio de 1937, o antifascismo e o refluxo da Revolução Espanhola, de Eduard Esteban Moreno, Manifiestos políticos para la acción del movimiento obrero: Brasil y Colombia durante las primeras décadas del siglo XX, de Frederico Bartz, Os espaços da luta antifascista em Porto Alegre (1926-1937), de Pedro Cardoso, A atuação militar contra a greve do Porto de Santos em 1980, e de Guilherme Chagas, O corporativismo na construção do discurso da Revista Light (1928-1940).
Extrapolando os limites da História e da historiografia e nas suas interseções, o Dossiê também conta com contribuições de distintas áreas das Ciências Humanas e Sociais, o que mostra a importância do diálogo constante e como o tema do trabalho continua provocando discussões interdisciplinares sobre o sistema capitalista e os novos regimes de trabalho e explicação, de acordo com os artigos de Leonardo Kussler e Leonardo Van Leeuven, Da alienação em Marx à sociedade do cansaço em Han: fantasia e realidade dos trabalhadores precarizados, de Evandro Ribeiro Lomba, As estruturas históricas da formação para o trabalho no sistema capitalista e de Gustavo Portella Machado, Entre desemprego e freelance: a atual configuração do mundo do trabalho na cultura a partir da ocupação de produtores culturais como microempreendedores individuais. Ainda dentro dessa temática, este número também conta com a resenha de Regina Lucia Fernandes Albuquerque sobre o livro de Tom Slee, Uberização: a nova onda do trabalho precarizado.
Finalizando o Dossiê Mundos do Trabalho, apresentamos a entrevista concedida pelos professores Paulo Fontes (PPGH / UFRJ) e Victoria Basualdo (COCINET / FLACSO) para as organizadoras, Clarisse Pereira e Heliene Nagasava. Na conversa, os professores discutem suas formações acadêmicas, trajetórias de pesquisa, transformações no campo da história do trabalho e a importância do pensamento e da atuação dos historiadores, em especial os historiadores do trabalho e trabalhadores, fora dos muros da Universidade.
Desejamos a todas e todos uma ótima leitura!
Clarisse Pereira – Mestra e licenciada em História pela Universidade Federal de Pernambuco. Desenvolve pesquisa na área de História do Brasil Republicano, atuando principalmente no tema sobre trabalhadores rurais na ditadura civil-militar. Atualmente é doutoranda em História Social pela Universidade Federal Fluminense, com bolsa CAPES, e desde 2019 faz parte da Comissão Editorial da Revista Cantareira. E-mail: clarissepereira.snts@gmail.com
Heliene Nagasava – Doutoranda em História pelo Programa de Pós-Graduação em História, Política e Bens Culturais da Fundação Getúlio Vargas (CPDOC / FGV), pesquisadora do Laboratório de Estudos de História do Trabalho (LEHMT / UFRJ) e funcionária do Arquivo Nacional. E-mail: hnagasava@gmail.com
PEREIRA, Clarisse; NAGASAVA, Heliene. Apresentação. Revista Cantareira, Niterói- RJ, n.34, jan / jun, 2021. Acessar publicação original [DR]
Fontes. Guarulhos, v.8, n.14, 2021.
Documentos e traduções
Documentos
- · A Vida de um soldado no Atlântico, fim do século XVI: o processo inquisitorial contra Gaspar da Cunha
- Rodrigo Bonciani, Verônica Baierle
- · A epidemia de varíola no Pará e Maranhão em 1724: contágio, contenção e força de trabalho
- Camila Loureiro Dias, Arthur Lins Wolmer
- · Pesar, examinar, qualificar e repesar: a Mesa de Inspeção e a regulação do funcionamento dos trapiches da capitania da Bahia, 1751-1808
- Hyllo Nader de Araújo Salles, Poliana Cordeiro de Farias
- · Para a perfeita “inteligência” e “harmonia” entre as autoridades: orientações ministeriais em meio à estruturação da Polícia no Império brasileiro
- Larissa Biato Azevedo
- · Doentes, indigentes e o discurso da caridade cristã: o regulamento do Asylo da Sociedade de S. Vicente de Paulo de Goyaz (1909)
- Rildo Bento de Souza
Traduções
- · A Conquista de México-Tenochtitlan no Manuscrito 40: a tradução de um texto em nahuatl do século XVI à língua portuguesa
- Eduardo Henrique Gorobets Martins, Tonne Teixeira de Andrade Nardi, Sarah Kliner Borri, Francisco Vieira Cangussu Junior, Gustavo da Rocha França, Giovanna Mylena Honorato
What is Global History? | Sebastian Conrad
El historiador alemán Sebastian Conrad (1966) a lo largo de su carrera ha trabajado en los campos de la historia transnacional y de la historia global. Ello tanto desde la refl exión teórica como mediante la aplicación de sus metodologías en el análisis de casos de estudio concretos. Actualmente detenta la cátedra de historia moderna en la Freie Universität de Berlín, donde también dirige la maestría en Historia Global. En 2018, su trayectoria académica fue reconocida al nombrársele miembro de la Academia Europaea y de la Academia de ciencias de Berlín-Brandemburgo1. En su libro, What is Global History, Conrad se propuso realizar una discusión de alcance teórico sobre este tipo de historia y su práctica, discutiendo, por ejemplo, la política implícita en su ejercicio y los efectos del enfoque global en las categorías utilizadas por los historiadores, como las nociones de espacio y tiempo2.
En su texto, Conrad plantea una defi nición heurística de esta práctica historiográfi ca, concibiéndola como un enfoque diferenciado que exploraría “alternative spatialities, is fundamentally relational, and is self-refl ective on the issue of Eurocentrism”3. Leia Mais
La restauración en la Nueva Granada (1815- 1819) | Daniel Gutérrez
La llegada de Pablo Morillo, acontecimiento nombrado tradicionalmente como la Reconquista, cuenta con unas particularidades que permite ver, más que una acción de reconquista, las implicaciones que este término contiene: una experiencia de intento y fracaso por aplicar castigos y absoluciones con fines de restaurar el poder monárquico. Los levantamientos y dificultades que los Borbones habían vivido no son comparables con la revolución que estaba teniendo lugar en Hispanoamérica después de la abdicación de Bayona y el interregno, razón por la cual la realidad comprendida entre 1815 y 1819, a partir de la vuelta del rey, va más allá de una simple reconquista, habiendo no solo “justicia” y represalias por la deslealtad a la Corona, sino también acciones de perdón y reconciliación que deberían ser entendidas en el proceso de las restauraciones, iniciado en 1815. El fin de la temporalidad sugerida por el autor, que sí dista del sugerido para las restauraciones europeas, responde a que ese año, 1819, fue el año en que se derrotó defi nitivamente al régimen español en la Nueva Granada.
El anterior es el argumento central de La restauración en la Nueva Granada, texto escrito por Daniel Gutiérrez como resultado de su estancia en Francia. El libro invita a reinterpretar renovando la conceptualización y, con ello, a renovar también la perspectiva de la restauración, para así entender que el proceso que se dio en la Nueva Granada no fue simplemente una pugna entre pacificadores y revolucionarios. En otros términos, la invitación del texto es a ver en los hechos las formas de perdón y castigo, junto con las formas de representación que se desarrollaron en torno a ellas, para así dilucidar las resistencias a la restauración y las contradicciones en el accionar del gobierno de Fernando VII para restablecerse en la Nueva Granada. Alejarse de la perspectiva que castiga a unos, los pacificadores, y glorifica a otros, los revolucionarios, es uno de los logros de esta investigación. Leia Mais
La paz olvidada. Políticos, letrados, campesinos y el surgimiento de las FARC en la formación de la Colombia contemporánea | Robert Karl
Robert A. Karl es historiador del Darmouth College. Por medio de su tesis titulada “State Formation, Violence, and Cold War in Colombia, 1957-1966”, obtuvo su doctorado en Historia por la Universidad de Harvard. Además de la obra aquí reseñada, Karl ha publicado artículos tales como “From ‘Showcase’ to ‘Failure’: Democracy and the Colombian Developmental State in the 1960s”1, “Century of the Exile: Colombia’s Displacement and Land Restitution in Historical Perspective, 1940s-1960s”2 y “Reading the Cuban Revolution from Bogotá, 1957-62”3 . Karlha sido maestro de historia moderna de América Latina en las universidades de Princeton, Harvard y Dartmouth.
Publicado inicialmente en 2017 bajo el título Forgotten Peace: Reform, Violence, and the Making of Contemporary Colombia, la presente edición es una traducción realizada al español por la escritora y filósofa Carolina Sanín Paz. Esta obra se compone de siete capítulos, un epílogo, un posfacio y un prólogo a la edición colombiana. Es un libro que intenta, de acuerdo con su autor, traer al debate público y académico el esfuerzo de pacificación que vivió el país una vez finalizó el régimen de Gustavo Rojas Pinilla (1953-1957) y se dio inicio al Frente Nacional en cabeza de Alberto Lleras Camargo. A la par, el autor establece que es de su interés reconstruir “la genealogía de la violencia a partir de los encuentros entre los colombianos de la ciudad y el campo”4 . El “país letrado”, como lo denomina, se constituye como otro actor principal en la construcción de la paz colombiana en un periodo donde el bandolerismo y las guerrillas se consolidaron. Leia Mais
Luisa de Venero, una encomendera de Santafé. Microhistoria de las mujeres encomenderas en el Nuevo Reino de Granada, siglo XVI | Camilo Alexander Zambrano Cardona
En el texto Luisa de Venero, una encomendera de Santafé. Microhistoria de las mujeres encomenderas en el Nuevo Reino de Granada, siglo XVI, el historiador Camilo Zambrano se centra en dar a conocer y entender la participación de las mujeres en la Colonia debido a que esta ha sido vista convencionalmente desde una perspectiva androcéntrica —como él mismo lo menciona—, condenando lo femenino a la invisibilidad. En el texto se expone la vida de una mujer encomendera en la sociedad colonial de la Nueva Granada, doña Luisa de Venero. El objetivo del escrito es mostrar a la mujer colonial en un rol activo en la sociedad partiendo de las mujeres encomenderas.
El texto tiene un enfoque microhistórico de la vida de la encomendera Luisa de Venero. A través del análisis de su vida, y en especial de un conflicto judicial que afrontó sobre su encomienda, se reconstruye el papel de la mujer en otros aspectos de la vida colonial que suelen dejarse de lado: “Las investigaciones históricas colombianas sobre las mujeres coloniales se dirigían a cuestiones acerca del género y la etnicidad, dejando por fuera la interacción de aquellas con las instituciones económicas, políticas y sociales”1 . El libro está dividido en tres capítulos. En el primero, Zambrano expone un estudio general de la ciudad de Santafé desde su fundación en 1538 y su posterior organización, para mencionar en dónde estaba ubicada la casa de la encomendera Luisa de Venero2, pues esta propiedad no era la única que poseía. Se presentan, además, las condiciones climáticas que había en la tierra de esta encomendera y, posteriormente, se dedica un apartado sobre el contexto político y económico, mencionando a la Real Audiencia y la Real Hacienda junto con su organización y funcionamiento, información que permite obtener una contextualización que, aunque se torna extensa, busca explicar por qué, según Zambrano, la mujer no tuvo cabida en el mundo de las instituciones coloniales. Leia Mais
Maria Graham: Uma inglesa na independência do Brasil | Denise Porto
Fazer uma resenha é um ato de amor. De crença, de prazer.
É ler um trabalho ou um livro e jogar seus sonhos para um monte de sentimentos, de imagens, boas e ruins.
É imaginar-se em um outro local.
E essa crença me acompanha no trabalho de Denise G. Porto quando nele descreve a inglesa que aqui viveu na cidade colonial, observando e sentindo as ruas com o cotidiano da cidade, conhecendo ricos e pobres, vivendo na floresta ou vivendo no palácio da Quinta da Boa Vista. Um prazer também quando tomamos conhecimento quanto aos documentos oficiais sobre a Guerra da independência no Nordeste, principalmente na Bahia e Maranhão. Leia Mais
O Brasil resiliente: estímulos criativos para sua reconstrução | Manoel José de Miranda Neto
Manoel José de Miranda Neto – membro do Instituto Histórico Brasileiro, do Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Academia Paraense de Letras e da Academia Paraense de Jornalismo, participante ativo de Congressos e Seminários sobre “Globalização, Cidadania e Qualidade de Vida” e autor de renomados livros de pesquisa histórica, como por exemplo, o conceituado A Utopia Possível: Missões Jesuíticas e seu suporte econômico-ecológico, publicado em Brasília, pela Funag, em 2012 – traz à luz neste ano de 2021 seu último trabalho de fôlego: O Brasil Resiliente. Estímulos criativos para sua reconstrução.
A obra em tela possui 332 páginas, dividida em três partes temáticas: I – Colonização Séculos XVI e XVII; II – Consolidação Séculos XVIII e XIX; III – Globalização Séculos XX e XXI. As seções temáticas são desenvolvidas em treze capítulos cronologicamente contextualizados e enriquecidos com notas explicativas que remetem às referências bibliográficas completas. O autor apresenta, também, os Créditos das Ilustrações e as instituições basilares da documentação pesquisada – Arquivos, Fundações, Institutos Históricos – abrindo caminho epistemológico para futuras pesquisas e orientações para outros pesquisadores. Leia Mais
Bilros. Fortaleza, v.9, n.18, 2021.
Apresentação
- APRESENTAÇÃO
- Francisco Gerardo Cavalcante do Nascimento
Artigos
- MÚSICA, POLÍTICA E BOEMIA EM FORTALEZA: A MPB FAZ SUA CENA (1980 – 1985)
- Fábio F. Marques
- A ARTE ATRÁS DO PALCO: CAMINHOS DOMÉSTICOS DO CANTADOR JOÃO SIQUEIRA DE AMORIM E A MEMÓRIA DE DONA RAIMUNDA SIQUEIRA DE AMORIM
- Marília Soares Cardoso
- “IMPRESSIONANTES ESCULTURAS DE LAMA”: O MANGUE E A CRIAÇÃO DE UM NOVO ESPAÇO-SÍMBOLO
- Esdras Carlos de Lima Oliveira
- REDUTOS DA CONQUISTA: CASAS FORTES E ARRAIAIS COMO ESTRATÉGIA DE COMBATE NA CAPITANIA DO SIARÁ GRANDE (SÉCULO XVIII)
- Rafael Ricarte da Silva
- ESPECIFICIDADES DA SOCIEDADE AÇUCAREIRA: CAMPINAS NO CONTEXTO DO QUADRILÁTERO PAULISTA (1836)
- Carlos Eduardo Nicolette, Felipe Rodrigues Alfonso
- PRESSUPOSTOS CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO NO CEARÁ: A COLEÇÃO ESCOLA APRENDENTE
- Geovanio Carlos Bezerra Rodrigues
- ESCOLA SEM PARTIDO: O ATAQUE REACIONÁRIO CONTRA UMA EDUCAÇÃO LIBERTADORA
- George Oliveira Mota
- A RELAÇÃO ENTRE ACADEMIA, LUTAS SOCIAIS E ATAQUES FASCISTAS A PROPÓSITO DE UMA DISCUSSÃO SOBRE A HISTORICIDADE DA PRÁTICA DISCURSIVA ACADÊMICA
- Marcos Roberto dos Santos Amaral
AbeÁfrica. Rio de Janeiro, v.5, n.5, 2021.
Expediente
- Expediente
- Júlio Cesar Machado de Paula
Dossiê
- Apresentação do Dossiê
- Ana Paula Ribeiro Tavares, Camen Lúcia Tindó Secco, Júlio Cesar Machado de Paula
- O leitor como mediador de diálogos: o entretecer de fios textuais a partir de Se o passado não tivesse asas, de Pepetela
- Beatriz de Jesus Santos Lanziero
- De luzes, palavras e imagens: Ruy Duarte de Carvalho, uma poética cinematográfica
- Julia Goulart
- As comunidades narradas pelo cinema em Moçambique: uma leitura de Kuxa Kanema, o nascimento do cinema
- João Victor Sanches da Matta Machado
- Mergulhar no sonho: notas sobre Ngwenya, o crocodilo, de Isabel Noronha, e O beijo da palavrinha, de Mia Couto
- Gabriel Dottling Dias
- Sal, açúcar e voo: receita de sonhos
- Lais Naufel Fayer Cerri
- Utopias no espaço distópico da Mafalala
- Danúbia Tupinambá Pimentel
- Desvendando a cidade no cinema africano contemporâneo: visões de Maputo no longa metragem Resgate, de Mickey Fonseca
- Marcelo Rodrigues Esteves
Artigos
- Fazendo Cabeças: Raça no conto “Sidney Poitier na barbearia de Firipe Beruberu”, de Mia Couto
- Ana Claudia Dos Santos Sao Bernardo
- Educar para separar e educar para unificar: A tónica racial dos propósitos de educação no Moçambique Colonial (1930-1974) e Pós-independente (1974-1985)
- Sontina Benjamim Bero, Agostinho Viana Lima
- O legado dos pan-africanismos na União Africana: breves reflexões sobre desafios e perspectivas para os estados africanos
- Mamadú Cissé, Joyce Amâncio de Aquino Alves
- Mineração industrial e conflitos socio-ambientais: o caso da província de Tete, centro de Moçambique
- Sérgio Feliciano Come, Eufrásio João Sozinho Nhongo, Fernanda Machado Ferreira
Resenhas
- N’Sondé, Wilfried (2019). Um oceano, dois mares, três continentes. 1ª Edição. Luanda: Mayamba Editora, 230 p.
- Ermelinda Liberato
Traduções
- Diante do Monte Kenya: a vida tribal dos quicuio
- Jomo Kenyatta, Luciana Schleder Almeida, Maria Andrea dos Santos Soares, Paulo Ricardo Müller
- Sobre a tradução de “Diante do Monte Kenya”
- Luciana Schleder Almeida, Maria Andrea dos Santos Soares, Paulo Ricardo Müller
Criação literária
Narrativas de la historia en el audiovisual colombiano. Controversias sobre el pasado en cuatro estudios de caso comparados | Isabel Restrepo Jaramillo
El libro Narrativas de la historia en el audiovisual colombiano parte de la idea de que ha existido una conexión entre la historia en cuanto disciplina y las representaciones del pasado que han sido vertidas en el audiovisual colombiano con enfoque retrospectivo. Con la intención de comprender la filigrana de lo anterior, la historiadora Isabel Restrepo Jaramillo ha optado por la comparación de cuatro casos: Garras de oro, los documentales de Marta Rodríguez y Jorge Silva; El profesor Super O histórico y los documentales que integran la Caja Viajera del Grupo de Memoria Histórica (GMH). La investigación adelantada por la autora le permite sostener que los audiovisuales con intencionalidad retrospectiva dialogan con argumentos desarrollados por la historiografía y los actualizan de acuerdo con las coyunturas del entorno de producción de las obras, al tiempo que transmiten una comprensión de la historia ligada tanto a corrientes historiográficas como a proyectos políticos o reivindicaciones sociales. En consecuencia, los productos audiovisuales emplean el pasado para hablar del tiempo en que vieron la luz. Leia Mais
Sins Against Nature. Sex and Archives in Colonial New Spain | Zeb Tortorici
Desde 1986, cuando Serge Gruzinski publicó su novedoso estudio “Las cenizas del deseo”, no se publicaba una investigación histórica tan desafiante sobre la homosexualidad durante el periodo colonial novohispano.1 Es cierto que habían aparecido distintas investigaciones que ampliaban y enriquecían nuestra comprensión del campo de la sexualidad durante el periodo, especialmente porque analizaban muchas transgresiones a la doctrina establecida por la Iglesia. Sin embargo, conviene admitirlo, estas transgresiones tenían relación, casi siempre, con el matrimonio católico. Es decir, se trataba de relaciones heterosexuales prematrimoniales o al margen del matrimonio. Sins Against Nature, es bueno decirlo, no es sobre homosexualidad, pero es indiscutible que es uno de sus principales focos de atención. Leia Mais
Todos estos años de gente. Historia social, protesta y política en América Latina | Andrea Andújar e Ernesto Bohoslavsky
La relación entre pasado y presente es inherente a la disciplina histórica desde sus inicios. En América Latina, y antes en Europa, el proceso de profesionalización e institucionalización de la historia fue, en gran medida, impulsado y modelado por las necesidades de su presente. Las aspiraciones de cientificidad fueron indisociables de los usos políticos, especialmente los vinculados a contribuir a la consolidación de los Estados y las identidades nacionales. A lo largo del tiempo esa tensión inherente a la disciplina se resignificó en múltiples sentidos y direcciones. Así, en el espacio latinoamericano, la privilegiada interlocución de la historia profesional con el Estado fue complejizándose al calor de las protestas y demandas de diversos actores colectivos, principalmente desde el último cuarto del siglo XX. Las reivindicaciones por derechos impulsadas por las luchas feministas, los pueblos originarios, los homosexuales o el movimiento negro interpelaron de diversa forma a la comunidad de historiadores. Los vasos comunicantes fueron complejos, fluctuantes y, a veces, esquivos. Este nudo de preocupaciones en el cual pasado y presente se atan, solapan y retroalimentan es el que articula los textos que Andrea Andújar y Ernesto Bohoslavsky reunieron en Todos esos años de gente. Leia Mais
Tendências Historiográficas na Revista Brasileira de História: 1981-2000
Ricardo Marques de Mello / Foto: Unespar-Campo Mourão /
Os anos 1980 e 1990 são usualmente considerados momento de inflexão da historiografia em nosso país, com a falência das metanarrativas iluminista e marxista e das teses de longa duração. Ao promover diálogo interdisciplinar com a antropologia e a teoria literária, os historiadores brasileiros teriam propiciado a ascensão da micro história e da história cultural. Muitos se valeriam de novas fontes para meditar sobre representações, e privilegiariam recortes temporais recentes e recortes espaciais em território nacional, regionais ou locais. A mudança de bases teóricas, com inspiração na Nova História e em autores como Michel Foucault, Edward Thompson, Walter Benjamin e Clifford Geertz, alavancaria o enfoque de temas, objetos e sujeitos históricos até então apagados. Todavia, a apropriação superficial desses pensadores, somada à presença tímida, no Brasil, da produção e do conhecimento de obras de teoria, teria favorecido uma prática empirista da escrita da história.
À vista disso, seria possível determinar a validade destes pressupostos nas fontes da história da historiografia do período referido? Se sim, como? Se não, por quê? Poderiam os historiadores empregar estas formulações para definir tendências historiográficas estaticamente?
É sobre aquele cenário e estas questões que Ricardo Marques de Mello se debruça no livro Tendências Historiográficas na Revista Brasileira de História: 1981-2000. Nas cento e oitenta e três páginas que o compõem, Mello almeja identificar tendências historiográficas existentes na historiografia brasileira das duas últimas décadas do século XX, por meio das publicações da Revista Brasileira de História (RBH). A obra é fruto de sua tese de doutorado (2012), que venceu, em 2014, o concurso de teses da Sociedade Brasileira de Teoria e História da Historiografia (SBTHH). O livro conta com prefácio de Carlos Fico, um dos primeiros historiadores brasileiros interessados na identificação de inflexões deste tipo para composição de balanços.
É pertinente registrar que a RBH é vinculada à Associação Nacional de História (ANPUH) e surgiu em 1981, como produto da reformulação da entidade num contexto de expansão acadêmica e “necessidade de ampliar a troca de experiências entre os praticantes do ofício” (MELLO, 2016, p. 47). Logo, o periódico materializou os interesses e as orientações dos historiadores publicados e dos grupos envolvidos direta e indiretamente na instituição, atuando na divulgação dos propósitos desta e na construção do cenário historiográfico da época.
A seguir, resenharei os procedimentos e as soluções encontradas por Mello, buscando expor as contribuições de sua obra para as discussões sobre as particularidades da historiografia brasileira do final do século passado. Destarte, entendo que é preciso definir o conceito expresso no título do livro, assim como o autor o faz em seu primeiro capítulo.
Segundo Mello, tendências historiográficas devem ser entendidas como conjuntos resultantes da propensão ao emprego gradual e frequente de certas opções historiográficas. Estas, por sua vez, estão pautadas em elementos comuns a todos os artigos, de forma a viabilizar a interpretação das fontes mesmo em sua heterogeneidade. São eles: “área historiográfica, recorte temporal, delimitação espacial, orientação teórica, perspectiva predominante na interpretação e tipos de fontes” (p. 48). Deste modo, Mello pratica um estudo interno da revista, valendo-se, como instrumento metodológico de identificação e investigação das opções historiográficas, de uma Ficha de Análise por ele mesmo elaborada a partir das características dos artigos. Nesta primeira etapa, o emprego da ficha é importante para garantir que sejam aplicados os mesmos critérios de exame para todos os textos. Ela tem como categorias: “RBH”, “Autor(a)”, “Âmbito de interesse”, “Orientações Teóricas”, “Perspectiva predominante na interpretação”, “Fontes” e “Observações”.
Sinteticamente, “RBH” se refere aos dados técnicos do artigo; “Autor(a)” a informações sobre quem escreveu o texto, obtidas, sobretudo, por meio da Plataforma Lattes; e “Âmbito de interesse” insere o artigo em determinada área historiográfica, recorte espacial e temporal. Aqui, é imprescindível uma pausa para alguns esclarecimentos.
As classificações de áreas historiográficas foram feitas com base na preponderância de certo âmbito, mensurável mediante critérios de definição presentes nas fontes mesmas, bem como nas acepções fabricadas pelos pensadores e/ou pela comunidade acadêmica no momento de escrita dos artigos. Mello identificou cinco grandes áreas: História Social, História Cultural, História Política, História Econômica e História das Ideias; e três “especialidades de cunho metateórico”: Historiografia, Teoria/Filosofia/Metodologia da História e Ensino de História (p. 67-68). Da mesma forma, recortes espaciais e temporais seguiram as determinações dos próprios textos. O autor explica: “Se o recorte dizia respeito aos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, preenchi o campo pertinente, precisamente, com os dados do artigo: São Paulo e Rio de Janeiro” (p. 78). Posteriormente, tais dados foram coligidos em divisões maiores, como regiões e continentes. Quanto ao recorte temporal, adotou-se a periodização em séculos: “se em um texto, por exemplo, o recorte cronológico abrangia as duas últimas décadas do século XIX e a primeira década do século XX, classifiquei-o como ‘século XIX e XX’” (p. 78).
Já em “Orientações Teóricas”, Mello não se ateve apenas a menções diretas para distinguir dispositivos analíticos, demonstrativos e explicativos que orientam de um modo especial a compreensão, construção, caracterização e explicação do objeto de análise da pesquisa. Elas podem ser de duas naturezas: abrangentes [generalizantes, como as filosofias da história] ou pontuais [pertencem a pesquisas específicas] (p. 78-79, grifos do autor).
“Perspectiva predominante na interpretação” divide-se entre perspectiva factual e representacional, e trata de concepções de compreensão e apropriação de objetos no que diz respeito aos modos de reconhecer a realidade e o trabalho do historiador. Em semelhança com o que ocorre com as áreas historiográficas, um artigo é rotulado como portador de uma ou outra perspectiva por critério de preeminência, já que o factual e o representacional estão vinculados e se mesclam nos textos. Neste tópico, as especialidades de cunho metateórico representam uma categoria a parte, denominada “discussão bibliográfica” (p. 87).
Por fim, “Fontes” permite a identificação do uso (ou desuso) de fontes oficiais nos estudos em questão, e “Observações” reúne aquilo que não se enquadra nos itens anteriores, como resumo do artigo, curiosidades e informações relevantes de caracteres diversos.
Apesar de encontrar dezenove tipos de textos na RBH e ler todo o conteúdo dos números elencados, Mello prefere usar exclusivamente os artigos, “tanto por questões quantitativas – maioria dos textos da RBH –, quanto qualitativas – uma vez que são espaços privilegiados nos quais é possível identificar mais facilmente as opções historiográficas adotadas por cada autor” (p. 57-58). Ao todo, eles perfazem o número de trezentos e quarenta e três.
Mello quantificou a presença e frequência das opções historiográficas tanto em perspectiva diacrônica quanto em números totais, calculando e comparando, ao fim, as porcentagens. Assim, obteve duas periodizações a partir dos próprios atributos da revista: a primeira se estende de 1981 a 1990, e a segunda, de 1991 a 2000. Isso porque a passagem entre as duas décadas é ponto de mudança de opções favoritas dos historiadores. Os resultados, reunidos e apresentados em tabelas no segundo capítulo, são surpreendentes; demonstram a preferência, na RBH dos anos 90, por recortes espaciais definidos como “Brasil” e pela ausência de orientação teórica. Assim,
[…] o artigo “típico” do primeiro período – 1981-1990 – seria, ao mesmo tempo, de história social, recortaria seu objeto cronologicamente entre o século dezenove e vinte, versaria sobre o Brasil ou especificamente sobre São Paulo, não teria orientação teórica, teria perspectiva predominante da interpretação factual e usaria algum tipo de documento oficial e bibliografia pertinente como fontes privilegiadas. Por seu turno, o artigo que melhor representaria o período seguinte – 1991-2000 – seria de história cultural, sem orientação teórica, sobre o século XX, o Brasil ou São Paulo, representacional e com bibliografia pertinente (p. 133).
Entretanto, Mello não considera possível, nem oportuno, construir um padrão hermético dos artigos veiculados pela RBH, porque a elaboração de um modelo omitiria a diversidade, as nuances e a riqueza das fontes. Isso quer dizer que estabelecer uma tendência historiográfica homogênea para cada um dos períodos trabalhados seria, na verdade, fabricar um retrato distorcido e despropositadamente dualista sobre a historiografia produzida a partir deste periódico. Aliás, as porcentagens dos artigos que corresponderiam perfeitamente aos arquétipos traçados são baixíssimas: pouco mais de 5% para o do primeiro período e 3,9% para o do segundo. O autor indica que seria viável apurar tendências apenas em sua singularidade, pois cada uma delas teria um tempo único de mudança e propagação, não ocorrendo, portanto, simultaneamente; e relata, inclusive, que existem diversos casos de “coexistência de opções em decadência com outras em ascensão em um mesmo artigo” (p. 134).
Por conseguinte, no terceiro capítulo, Mello interpreta as informações produzidas de forma a significar as transformações nas opções historiográficas individualmente. Abordaremos a seguir somente aquelas que diferiram do esperado.
O crescimento dos recortes espaciais definidos como “Brasil” (como um todo) e “Sem-identificação” foi tendência imprevista na RBH no segundo período pela ênfase que a história da historiografia brasileira dá ao predomínio dos recortes locais e regionais a partir dos anos 1980. Mello explica que fatores condicionantes deste quadro advêm do emprego de termos generalistas; do aumento de artigos de “Discussão Bibliográfica” (textos que, muitas vezes, dispensam delimitação espacial); de alusões imprecisas dos autores aos recortes balizados; e da multiplicação da perspectiva representacional. Este último elemento faz com que o espaço perca a importância atribuída a ele pela perspectiva factual, que dependia do físico como argumento de convencimento. Para o autor, a representação não necessariamente está fundamentada em um espaço concreto: o que tem maior relevância, nesses casos, é ela mesma e sua historicidade. Por isso, há margem para limites espaciais abstratos, ou mesmo ausentes, nas pesquisas publicadas no periódico entre 1991 e 2000.
Ainda falando de tendências inesperadas, temos que poucos artigos da RBH, de 1981 a 2000, apresentam orientação teórica. A apropriação de pensadores como Foucault, Benjamin, Thompson e Geertz foi baixíssima, perfazendo aporte de menos de 7% dos trezentos e quarenta e três artigos eleitos; especialmente na década de 1990, diminuíram sua participação na revista, representando apenas 2,6% das escolhas dos publicados. Também é significativo que
Entre aqueles artigos que utilizaram alguma orientação teórica, foi comum o uso de mais de um autor no mesmo trabalho, como combinações entre Marx/Foucault, Thompson/Ginzburg e Freud/Lacan/Arendt; e, dos últimos quatro números da RBH, apenas dois artigos, entre quarenta e dois, se valeram de orientação teórica (Bourdieu), sugerindo que o final do século XX se encerra com um sintomático desapego às teorias (p. 124-125, grifo do autor).
Sobre este assunto, o autor entende que tal decréscimo relaciona-se à descrença na similaridade como via de pesquisa dos fenômenos históricos. Encontrar correspondências entre presente e passado e fazer delas possibilidade de análise seria relativamente incompatível com o pensamento dos historiadores da RBH deste período; aplicar teorias surgidas em outros contextos e estudos aos seus próprios, menos ainda. Não obstante, Mello conclui que os autores dos textos em questão ponderam teoricamente sobre seus objetos, por meio de sua escrita e argumentação, bem como apoiando-se em uma “lógica interna” das fontes, por exemplo (p. 148). Com isso, compreendemos que a ausência de orientação teórica não se equivale a falta de reflexão teórica.
Ao final, Mello não nos dá uma imagem totalizante apaziguadora acerca da historiografia veiculada na RBH naquele momento. Outrossim, o autor não pôde mensurar a aplicabilidade das afirmações que iniciam esta resenha (acerca de um panorama historiográfico brasileiro das décadas de 1980 e 1990) em suas fontes. Sobretudo, porque o material empírico e as definições das opções historiográficas nas obras disponíveis para comparação eram “supostamente diferentes” das suas e também entre si (p. 166). Contudo, além das conclusões já apresentadas (algumas, podemos dizer, inusitadas), Tendências Historiográficas vem confirmar que, na década de 1990, houve uma “ênfase concedida às diferenças” (p. 157). Isso significa que, em comparação com o período anterior, os artigos publicados entre os anos de 1991 e 2000, em geral, contêm opções historiográficas que prezam pelo foco nas descontinuidades, trazendo à tona novos sujeitos históricos e negando hierarquias entre grupos, sociedades e culturas. Segundo Mello, este movimento sinaliza uma mudança nas formas de conceber a função do trabalho dos historiadores, e em como estes se veem; uma alteração nas maneiras que enxergam a história e captam a realidade, e nos modos como se relacionam com ambas, mudando sua escrita sobre elas. Em suas palavras, “parece-me que a ênfase nas diferenças é uma tendência do nosso tempo que se manifesta no nosso ofício[…]” (p. 159).
Ademais, os conceitos de opções e tendências historiográficas como colocados pelo autor, o esmiuçamento de seu percurso de investigação e o reconhecimento da inconstância das tendências vêm auxiliar os pesquisadores da história da historiografia. Este certamente é um estudo que pode servir de inspiração teórico-metodológica a muitos outros, desde que sejam levadas em conta, como o próprio Mello ressalta e sabiamente toma para si, as especificidades de cada fonte.
Carolina Maria Donegá Teodoro – Mestranda em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Franca – São Paulo – Brasil. E-mail: cteodoro73@gmail.com.
MELLO, Ricardo Marques de. Tendências Historiográficas na Revista Brasileira de História: 1981-2000. 1. ed. Curitiba: Prismas, 2016. 183p. Resenha de: TEORODO, Carolina Maria Donegá. Revista de História da UEG, v.10, n.1, p.1-6, 2021. Acessar publicação original [IF].
Ágora – Arquivologia em Debate | Florianópolis, v.31, n.62, 2021.
Edição v.31 n.62 (2021) | Publicado: 2021-01-01
Editorial
- Tempos de mudanças e incertezas: a relevância da preservação e transmissão do conhecimento em evidência | Aline Carmes Krüger | Editorial PDF/A
Artigos
- Contribuições do estudo de usuários (as) para a construção de produtos e serviços arquivísticos: um estudo de caso | Aurekelly Silva, Eliane Bezerra Paiva | Artigo PDF/A
- Abrigos no mercado de trabalho e as profissões da informação: um estudo dos editais de concurso para arquivista no Brasil | José Matos, Eliana Maria Santos Bahia Jacintho | Artigo PDF/A
- Documentos produzidos pela pesquisa: uma análise dos instrumentos de gestão arquivística das Universidades Estaduais de São Paulo | Caio Fabio Moreira Gonçalves, Maria Leandra Bizello | Artigo PDF/A
- Mapeamento da produção acadêmico-científica sobre competência em informação na Arquivologia: da aprendizagem às práticas profissionais | Renata Lira Furtado, Gabriel Jhonatta Pereira Santos | PDF/A
- O protagonismo do Arquivo Nacional na configuração da Arquivologia no Brasil (1838-1991) | Ivina Flores Melo | PDF/A
- Gestão documental e gestão da informação como ferramentas da memória organizacional: foco na memória repositório | Juliana Cardoso dos Santos, Marta Lígia Pomim Valentim | Artigo PDF/A
- Devassas em devassa: uma fonte para a reconstituição da história da cultura escrita no Brasil Colonial e Imperial | André Luiz Alves Moreno, Libânia da Silva Santos, Giovane Santos Brito | PDF/A
- Recomendações para a digitalização de documentos arquivísticos: uma análise da lei nº 12.682/2012 | Marisa Vieira Leite da Silva, Eliane Braga de Oliveira | Artigo PDF/A
- A comunicação não verbal em tempos de máscara no contexto do profissional de arquivos | Rosane Alvares Lunardelli | Artigo PDF/A
- Políticas Públicas Arquivísticas numa sondagem com a BRAPCI: um mapeamento de comunicação científica brasileira em ciência da informação | Luiz Carlos Silva, Rosa da Penha Ferreira da Costa, Marcelo Calderari Miguel | Artigo PDF/A
- José Honório Rodrigues: interlocutor brasileiro para a institucionalização da Arquivologia no Brasil a partir das contribuições francesas | Angelica Alves da Cunha Marques, Paula Rafisa Batista de Almeida Marques Ramalho | Artigo PDF/A
- Princípios e características de documentos arquivísticos: algumas questões terminológicas | Kíssila Rangel, Maria Celina Soares de Mello e Silva | Artigo PDF/A
- Classificação de documentos arquivísticos da Fundação Nacional do Índio: um estudo de caso | Rodolfo Almeida de Azevedo, Oriane de Souza Batalha, Glenda Silva Rodrigues | Artigo PDF/A
Relato de experiência
- O Arquivo Nacional doBrasil e os arquivos da comunidade de países de língua portuguesa: relações com o universo digital | Mariane Costa Pinto | Artigo PDF/A
- Análise da publicação pela citação como critério de qualidade: estudo da produção científica em arquivologia | Daniela Hirono Stancatti, Adilson Luiz Pinto | Artigo PDF/A
- Metadados aplicados às Partituras musicais em meio digital: um estudo comparativo a partir dos Acervos digitalizados de Chiquinha Gonzaga e Tom Jobim | Raquel da Costa Silva, Taiguara Villela Aldabalde | Artigo PDF/A
Expediente | Aline Carmes Krüger | PDF/A |
Cronistas do Rio | Revista IHGRJ | 2021
Na opinião de Machado de Assis, o cronista seria uma espécie de historiador do cotidiano, que transita entre as fronteiras imprecisas da literatura com a história, a registrar acontecimentos corriqueiros que dificilmente renderiam manchetes nos jornais, mas que permitem ao historiador contemporâneo compreender as ideias que circulavam na sociedade durante uma determinada época, além de conhecer suas práticas e costumes1. Pois bem, este número da Revista é aberto pelo dossiê “Cronistas do Rio”, que contempla a obra de três escritores, que perscrutaram, cada qual a seu modo, a “vida ao rés-do-chão”2 da urbe carioca: o flâneur João do Rio (1881-1921), o rebelde Lima Barreto (1881-1922) e o “anjo pornográfico” Nelson Rodrigues (1913-1980), estudados respectivamente por Antonio Edmilson Martins Rodrigues, Luiz Ricardo Leitão e Marco Santos.
Como de costume, além do dossiê, a Revista se organiza em dois segmentos. O primeiro está voltado para contribuições acadêmicas, enquanto o segundo apresenta uma síntese da vida social do IHGRJ, eventos e informações de natureza institucional. Leia Mais
Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, n.28, 2021.
APRESENTAÇÃO
- Lená Medeiros de Menezes
- Lucia Maria Paschoal Guimarães
- Olinio Coelho (in memoriam)
DOSSIÊ – CRONISTAS DO RIO
- JOÃO DO RIO EM PERSPECTIVA: UM FLÂNEUR-PEDESTRE E A CIDADE DO RIO DE JANEIRO
- Antonio Edmilson M. Rodrigues
- LIMA BARRETO: UM CRONISTA MULTIFACETADO E REBELDE DO RIO DE JANEIRO
- Luiz Ricardo Leitão
- O MUNDO TRÁGICO SUBURBANO CARIOCA DE NELSON RODRIGUES
- Marco Santos
- ARTIGO
- “AS FAVELAS DO DISTRITO FEDERAL” (NO CENSO DE 1950), UM ESTUDO DE ALBERTO PASSOS GUIMARÃES
- Nelson de Castro Senra
- AS MORADAS DO REI
- Vera Lúcia C. de Queiroz Andrade
- A SOCIEDADE DOS ARTISTAS NACIONAIS
- Maria de Fátima Castro Neves
- HERANÇAS JUDAICAS
- Neusa Fernandes
- LUIZ PALMIER (1893-1955) E A CONFORMAÇÃO DA SÃO GONÇALO MODERNA..
- Luís Reznik Rui Aniceto Fernandes
- MEMÓRIA E PATRIMÔNIO EM VASSOURAS-RJ
- Roselene de Cássia Coelho Martins
- O MONUMENTO-ALTAR DE SÃO SEBASTIÃO: A SAGA CÍVICO-RELIGIOSA DE UMA DEVOÇÃO
- Carlos Augusto Nobre
- SANTO ANTONIO DO RELENTO.
- Magaly Oberlaender
- ESBOÇO TEMÁTICO
- CARLOS CHAGAS NÃO RECEBEU O PRÊMIO NOBEL
- Naftale Katz
- RIO SÃO JOÃO E O LINDO MUNICÍPIO DE CASIMIRO DE ABREU
- Miridan Britto Falci
- RESENHAS DE LIVROS
- MARIA GRAHAM: UMA INGLESA NA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
- Miridan Britto Falci
- O BRASIL RESILIENTE: ESTÍMULOS CRIATIVOS PARA SUA RECONSTRUÇÃO
- Vera Lucia Cabana de Queiroz Andrade
- PORTUGUESES NO RIO DE JANEIRO: NEGÓCIOS, TRAJETÓRIAS E CENOGRAFIAS URBANAS
- Paulo Knauss
- DISCURSOS E SAUDAÇÕES SAUDAÇÃO À SÓCIA EFETIVA ELISABETH SORIANO PLETSCH
- Olínio Gomes Paschoal Coelho
- DISCURSO DE POSSE DA SÓCIA EFETIVA ELISABETH SORIANO PLETSCH
- Elizabeth Soriano Pletchs
- DISCURSO DE RECEPÇÃO À SÓCIA CORRESPONDENTE MARIA IZILDA SANTOS DE MATOS
- Paulo Knauss
- PALAVRAS DE MARIA IZILDA SANTOS DE MATOS POR OCASIÃO DE SUA POSSE COMO SÓCIA-CORRESPONDENTE
- Maria Izilda Santos de Matos
O INSTITUTO MÊS A MÊS O INSTITUTO MÊS A MÊS NO ANO DE 2021
QUADRO SOCIAL QUADRO SOCIAL
(Des)Arquivar: arquivos pessoais e ego-documentos no Tempo Presente / Maria Teresa S. Cunha
“O trabalho com esse material ao longo de minha trajetória e o encantamento pelos seguros indícios de vida ali presentes e nunca abandonados acabaram por fazer de mim uma historiadora dessas coisas ditas ordinárias” (CUNHA, 2019, p. 12). É assim que Maria Teresa Santos Cunha anuncia os propósitos do livro de sua autoria e declara suas afinidades historiográficas.
Essas palavras, que estão logo nas primeiras páginas de “(Des)Arquivar”, incitam à leitura da obra que reúne produções acadêmicas representativas dos percursos da autora.
Ao apreciar cada capítulo, como não se deixar comover pelas abordagens sensíveis e fecundas desenvolvidas por Maria Teresa? Como não se emocionar ao perceber os frutos de pesquisas de muitos anos em que guardou, garimpou, manuseou, leu e examinou papeis da ordem do comum, outrora desprezados pela historiografia? Leia Mais
A evolução improvável / William von Hippel
William von Hippel / Foto: UQ School Psychology /
Em seu primeiro livro publicado, o psicólogo social William von Hippel (1963-) consegue se inserir na recente e já tão marcante coleção de obras que articulam os resultados de inumeráveis experimentos de laboratório, pesquisas em psicologia social e teoria da evolução. Com a primeira publicação no final de 2018 e tradução para o português em 2019, “A evolução improvável”[2] (“The Social Leap”, no original) busca utilizar as recentes descobertas da ciência evolutiva e pesquisas relacionadas para compreender vários aspectos da vida cotidiana e da história do ser humano, passando por questões aparentemente banais como o arremesso de pedras e chegando à grandes perguntas sobre a felicidade e as contradições da existência humana.
Professor de psicologia e pesquisador da Universidade de Queensland, Austrália, von Hippel estruturou seu livro de modo didático, partindo de questões mais abrangentes nos primeiros capítulos, e, aos poucos, a obra irá filtrando temas e situações específicas da vida humana que demandam mais atenção e cuidado na análise. Tais construções tornam-se nítidas já no prólogo, quando o autor utiliza três estudos de caso para responder, de antemão, uma pergunta que ele mesmo se coloca (imaginando, acertadamente, que os leitores em algum instante perguntariam), “como sabemos o que sabemos?”.
Essa pergunta, que pode parecer trivial, dialoga com o estado em que se encontra a Psicologia evolutiva no cenário acadêmico. Criada recentemente, nas décadas de 1980-1990 (com pesquisas no Brasil a partir de 2004), a Psicologia Evolutiva [3] vem enfrentando desde seu nascimento muitas críticas relacionadas a seus limites explicativos e especulativos [4], além das questões de rigor científico e de suas problemáticas interpretações morais [5]. Algumas dessas dúvidas, porém, são logo retiradas de cena quando von Hippel demonstra como a “contagem de mutações no código genético” de piolhos de diferentes tipos pode sugerir quando começamos a usar roupas (há 70 mil anos); ou como fontes históricas de registros de casamentos e mortes feitas por igrejas luteranas servem de evidência para analisar o papel das avós na história evolutiva dos humanos; e por fim, como a utilização de análises da presença de diferentes composições de estrôncio em dentes fossilizados sugerem que as fêmeas dos Australopithecus africanus abandonavam seu grupo de origem em certa idade para evitar a reprodução entre parentes próximos (evitando a endogamia).
A partir dessa breve elucidação metodológica, o livro se divide em dez capítulos, que estão, por sua vez, organizados em três partes. A primeira parte [“como nos tornamos quem somos”], será um esforço de releitura da trajetória evolutiva do Australopithecus até o Homo sapiens, destacando situações marcantes que influenciaram nossa formação evolutiva.
A nossa descida das árvores para as savanas, causada pela mudança gradual da vegetação a partir do movimento de placas tectônicas que elevou as regiões do Quênia, Tanzânia e Etiópia, secando boa parte do Vale do Rift, é um evento em destaque, pois mudou completamente a forma como convivíamos uns com os outros e com a natureza ao nosso redor, tornando a cooperação e o fortalecimento de grupos as nossas principais armas evolutivas.
O arremesso de pedra, por exemplo, dos Australopithecus afarensis, possibilitou nossas primeiras experiências de cooperação e trabalho coletivo. A evolução da esclerótica branca dos nossos olhos possibilitando uma “atenção partilhada” mais forte entre membros de um grupo, e a criação da divisão de trabalho pelo Homo erectus na produção das pedras acheulianas (mais pontiagudas e com dois gumes) fortaleceu os laços cooperativos e colaborativos humanos. Com o Homo erectus também vemos o alvorecer da maturidade evolutiva dos humanos, porque é partir de então que o ‘amanhã’ importará mais que o ‘hoje’ em nossas vidas, fato que ainda hoje nos caracteriza com ansiedades e preocupações quase sempre associadas às incertezas do “amanhã”, mas que em suas origens correspondiam à planejamentos e a uma consciência de estocar e carregar coisas para um uso futuro.
Assim, a hipótese do cérebro social é um dos principais conceitos da primeira parte, e de todo o livro, pois sugere que a nossa evolução cognitiva se deve a nossa crescente sociabilidade adquirida depois que passamos a viver nas savanas, dando margem para desenvolvermos a Teoria da Mente, a compreensão de que o outro pensa diferente de mim. Isso possibilitou maior capacidade de ensinar e aprender, como também aprimorou nossa habilidade de abstração e imaginação.
Salta aos olhos a quantidade de experiências que o autor cita ao longo do livro, o que representa uma estratégia argumentativa de nunca levantar hipóteses explicativas sem ter em mãos algumas evidências concretas para corroborá-las. Desse modo, na segunda parte [“usando o passado para compreender o presente”] von Hippel torna inteligível as vantagens evolutivas do autocontrole, mas também do autoengano, destaca nossa capacidade inventiva (Homo innovatio), inerentes a todos nós, mas que em geral se dão em inovações sociais (resolver problemas a partir de relações sociais) e com menos frequência em inovações técnicas (resolver problemas com criação de técnicas/tecnologias); e isso se explica pela nossa história evolutiva de hipersociabilidade, que nos ensinou a valorizar tanto as interações sociais com membros de nosso grupo (Homo socialis), mas não com outros grupos.
William von Hippel analisa como os riscos da interação entre grupos há milhões de anos pode ter evoluído à uma tendência de evitarmos a interação entre grupos, mesmo que valorizássemos a coesão interna do nosso grupo. Isso possui, segundo o autor, origens patogênicas além das rivalidades territoriais. Nosso organismo se adapta aos patógenos com os quais toma contato ao longo da vida do indivíduo e da história de sua genealogia, dessa maneira, o contato com grupos isolados pode trazer sérias consequências [6]. O autor amplia a análise e sugere até mesmo que essa seria a possível explicação de existir nos trópicos uma quantidade tão grande de religiões e línguas distintas, pois nessas localidades a grande quantidade de doenças gera uma maior resistência relacionada ao contato entre grupos; e continua: “Dessa forma, é provável que ameaças de patógenos sejam a fonte subjacente do que é conhecido como preconceito simbólico, ou a animosidade com grupos com práticas e crenças diferentes das nossas” [7].
Ainda na segunda parte, von Hippel estuda as implicações políticas da nossa evolução, apresentando o elefante e o babuíno como metáforas dos “tipos” de políticos mais democráticos e abnegados, e aquelas mais autoritários e individualistas, respectivamente. Esses “tipos” políticos ganham significados mais definidos com a ruptura político-social e psicológica que foi a Revolução Agrícola (estudada na primeira parte do livro).
A Revolução Agrícola transformou nossa psicologia, dando ensejo a uma série de armadilhas constituintes da nossa realidade como a propriedade privada, a desigualdade de gênero e a “normalização” da desigualdade econômica, porque só com a agricultura tais mudanças e acúmulos possuíam algum sentido e vantagem evolutiva. Assim, tal como o historiador Yuval N. Harari [8], von Hippel enxerga a Revolução Agrícola como um engodo ou a “grande fraude da história humana”, que nos trouxe vários benefícios, mas também inúmeros problemas [9].
Apesar disso, von Hippel utiliza os estudos de Steven Pinker para afirmar que a violência humana diminui significativamente ao longo dos séculos, e hoje apresenta seu menor índice em termos mundiais, em função da acelerada industrialização das cidades e do poder crescente de intervenção do Estado nas relações sociais dos indivíduos e seus conflitos.
Na última parte, denominada “usando o conhecimento do passado para construir um futuro melhor”, o autor coloca a “felicidade” no centro da discussão, e arrisca refletir sobre como podemos usar todos os conhecimentos que foram apresentados ao longo do livro para vivermos melhor. E por alguns instantes o autor parece escrever um capítulo de autoajuda, dando algumas ‘dicas’ e sugerindo ‘passos’ para uma vida mais feliz. Esse caminho é apenas uma escolha de estilo, pois desde o início von Hippel propõe ser bastante acessível e didático em sua construção intelectual, e nos últimos capítulos ele se esforça em reunir tudo que já foi dito para sintetizar as descobertas científicas recentes em lições que podem de fato nos ajudar no cotidiano, alertando principalmente para o que chama de indulgências fenotípicas, que “embora prazerosos, são apenas substitutos para nossas preferências evoluídas” [10] (p. ex.: filmes, drogas, masturbação etc.).
Desse modo, o autor não faz uso de clichês ou caminhos fáceis, e logo afirma que a felicidade não pode ser permanente, além de que, em nossa história evolutiva, sua razão de ser corresponde a sua finitude; e não só isso: a conquista da felicidade é relativa a cada pessoa, grupo e sociedade, mas todos possuem certas características biológico-evolutivas que podem ser úteis para nos conhecermos mais e assim vivermos de forma mais proveitosa. E essas características constituintes de nossa espécie são reunidas pelo autor em “dez passos fáceis”, abordando em forma de “lições” os principais pontos trabalhados nos dez capítulos do livro: (1) Permaneça no presente; (2) Busque momentos doces; (3) Projeta sua felicidade para permanecer saudável; (4) Acumule experiências, não coisas; (5) Dê prioridade a comida, amigos e relações sexuais; (6) Coopere; (7) Entranhe-se na comunidade; (8) Aprenda coisas novas; (9) Use suas forças (suas habilidades específicas); e (10) Busque a fonte original (não se satisfaça apenas com as indulgências fenotípicas) [11].
Por fim, percebemos que von Hippel foi bem sucedido em seu objetivo de apresentar uma história evolutiva humana que fosse capaz de fornecer conceitos explicativos sobre nossas vidas na contemporaneidade, permitindo-nos acessar um conhecimento prático-reflexivo, demonstrando assim a grande aplicabilidade dos estudos da evolução e da genética nas ciências sociais e humanas12, proporcionando uma compreensão dos comportamentos e das culturas humanas sob a perspectiva biológica, mas sem deixar de lado as influências e determinações associadas ao ambiente em que vivem os indivíduos e as sociedades florescem.
Notas
2. Infelizmente, a tradução do título para o português não resgatou o sentido do original, que, numa tradução livre, poderia ser “O salto social”, mais próximo do ponto central da obra que é demonstrar a importância seminal da sociabilidade para a evolução da nossa espécie; e com “salto” poderíamos interpretar a descida das árvores para as planícies das savanas, que nos obrigou a sermos mais cooperativos e sociais, marcando a separação definitiva entre nós e os outros primatas.
3. Que tem sua origem mais distante nas obras de Darwin a partir de 1859, mas surgiu como campo de estudo definido a partir da matriz da Sociobiologia de meados do século XX.
4. Ver: VERNAL, Javier. As explicações da psicologia evolutiva. Investigação Filosófica: vol. E1, artigo digital 4, 2011.
5. HATTORI, Wellisen Tadashi; YAMAMOTO, Maria Emília. Evolução do comportamento humano: Psicologia evolutiva. Estud. Biol., Ambiente Divers. 2012 jul./dez., 34(82), p. 101-112.
6. O que para a história do continente americano não é nenhuma novidade, vide o genocídio dos autóctones pela invasão dos europeus ser principalmente causado pela transmissão de patógenos não existentes neste continente. (HARARI, Yuval Noah. Homo Deus: uma breve história do amanhã. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 16-19).
7. HIPPEL, William von. A evolução improvável. – Tradução de Alexandre Martins. – 1. Ed. – Rio de Janeiro: Haper Collins, 2019, p. 207.
8. HARARI, Yuval Noah. A Revolução Agrícola. In: _____. Sapiens: uma breve história da humanidade. – Porto Alegre, RS: L&PM, 2018, p. 113-219.
9. “Quando comparamos os custos e benefícios, vemos que a agricultura permitiu a nossos ancestrais algumas garantias contra a fome, mas ao custo de diversas novas doenças, menos estatura e longevidade, uma halitose repulsiva e com frequência um dia de trabalho muito mais longo. O resultado final foi que os primeiros fazendeiros trabalhavam mais para ter uma vida pior que a de seus antepassados” (HIPPEL, op. cit., 73).
10. Ibidem, p. 265-268.
11. Ibidem., p. 238.
12. Um exemplo seria a recente obra de Francis Fukuyama, As origens da ordem política, que na primeira parte do livro utiliza os resultados de pesquisas em genética e teoria da evolução para explicar certos estágios e eventos fundamentais de nossas história política, usando também conceitos e raciocínios próprios da antropologia e da arqueologia socio-evolutiva. (FUKUYAMA, Francis. Antes do Estado. In:______. As origens da ordem política: dos tempos pré-históricos a Revolução Francesa. Rio de Janeiro: Rocco, 2011, p. 17-115).
Agenor Manoel da Silva Filho – Graduando em Licenciatura em História pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Correio eletrônico: manoel0agenor@gmail.com.
HIPPEL, William von. A evolução improvável. Tradução de Alexandre Martins. 1. Ed. Rio de Janeiro: Haper Collins, 2019. 304, p. Resenha de: SILVA FILHO, Agenor Manoel. A revolução diferenciada. História.Com. Cachoeira, v.7, n.13, p.125-129, 2020. Acessar publicação original [IF].
Boletim de História e Filosofia da Biologia. São Paulo, v.15, n.2, set. 2021.
2021 – Volume 15
- Volume 15, número 3 (setembro de 2021)
-
Encontro de História e Filosofia da Biologia 2022
Chamada para publicação “Dossiê História e Filosofia da Genética”
Celebração dos 30 anos do GHTC
Comemoração dos 150 anos de The Descent Of Man, de Charles Darwin
Tradução: “A contínua importância da obra de Giuseppe Raddi”, por Susanne Renner
Tradução: “Ética evolutiva: o ressurgir da fênix”, por Michael Ruse
As Formas de Adaptabilidade do Neopentecostalismo Brasileiro à Mídia | Cézar de Alencar Arnaut de Toledo e William Robson Cazavechia
As Formas de Adaptabilidade do Neopentecostalismo Brasileiro à Mídia | Cézar de Alencar Arnaut de Toledo, William Robson Cazavechia | Revista Brasileira de História das Religiões. Maringá, v. 13, n.39, 2021.
Engajamento político e Renovação Carismática Católica em Londrina-PR (2014-2016) | Fabio Lanza, Luiz Ernesto Guimarães, José Neves Jr e Raíssa Rodrigues
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Os efeitos políticos no Brasil dos sete anos iniciais do papa Francisco | André Ricardo de Souza e Breno Minelli Batista
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Entre a articulação e a desproporcionalidade: relações do Governo Bolsonaro com as forças conservadoras católicas e evangélicas | Marcelo Ayres Camurça e Paulo Victor Zaquieu-Higino
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Guerras culturais e a relação entre religião e política no Brasil contemporâneo | Roberto Dutra, Karine Pessôa
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A “governabilidade” petista: reflexões sobre Estado, religião e política no Brasil | Amanda Mendonça
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O campo político e o campo religioso a partir dos jovens ligados a International Fellowship of Evangelical Students na América Latina | Aldimar Jacinto Duarte e Vinicius Seabra
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Os evangélicos e o processo republicano brasileiro | Saulo Baptista
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A trajetória de Marcelo Crivella: de cantor gospel a prefeito da segunda maior cidade brasileira em 2016 | Dora Deise Stephan Moreira
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Pela “família tradicional”: campanha de candidatos evangélicos para a ALEP nas eleições de 2018 | Frank Antonio Mezzomo, Lucas Alves da Silva e Cristina Satiê de Oliveira Pátaro
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Apresentação – Os cristãos e a política no Brasil contemporâneo: laicidade em disputa, Estado em colapso, religião em efervescência | Fábio Py, Emerson Sena da Silveira, Marcos Vinicius Reis Freitas
Apresentação – Os cristãos e a política no Brasil contemporâneo: laicidade em disputa, Estado em colapso, religião em efervescência | Fábio Py, Emerson Sena da Silveira, Marcos Vinicius Reis Freitas | Revista Brasileira de História das Religiões. Maringá, v. 13, n.39, 2021.
A Religião Global no contexto da pandemia de Covid-19 e as implicações político-religiosas no Brasil | Anna Carletti, Fábio Nobre
A Religião Global no contexto da pandemia de Covid-19 e as implicações político-religiosas no Brasil | Anna Carletti, Fábio Nobre | Revista Brasileira de História das Religiões. Maringá, v. 13, n.39, 2021.
Field Notes from Brazil: We don’t believe in Democracy | Graham McGeoch
Field Notes from Brazil: We don’t believe in Democracy | Graham McGeoch | Revista Brasileira de História das Religiões. Maringá, v. 13, n.39, 2021.
Religiões na grécia e roma antigas: contatos, encontros e trocas / História – Questões & Debates / 2021
RELIGIÃO NA GRÉCIA E ROMA ANTIGAS: CONTATOS, ENCONTROS E TROCAS [1]
A natureza fragmentária e variada do Mediterrâneo foi estudada por pesquisadores que se dedicaram, de fato, a entender a região. As ideias revolucionárias da obra pioneira de Fernand Braudel, La Méditerranée et le Monde méditerranéen à l’époque de Philippe II (1949), mudaram o foco do espaço mediterrânico, deslocando-o de suas fronteiras continentais para a bacia marítima, bem como reorientaram a pesquisa histórica da região, encaminhando-a da política para a cultura e a economia. É certo que, depois de Braudel, foram necessários muitos anos para que os estudos na escala mediterrânica se tornassem tendência. A nova contribuição significativa foi feita por Peregrine Horden e Nicholas Purcell, com a publicação The Corrupting Sea: A Study of Mediterranean History (2000), que identificou elementos comuns ao longo dos mais de três mil anos de história no Mediterrâneo. Explorando a extrema fragmentação da região em suas paisagens terrestres e marinhas, os autores produziram uma análise inovadora das relações entre suas diferentes microecologias. Horden e Purcell evidenciaram o peso do elemento da incerteza nos microcosmos mediterrânicos, seja quanto ao clima e à quantidade de precipitação, seja quanto à direção e a intensidade do vento, e ainda quanto à possibilidade de catástrofes vulcânicas e sísmicas. Por outro lado, se o Mediterrâneo passa então a ser pensado enquanto uma área de incerteza, entende-se que ele se constituiu também como região de grande mobilidade, dados seu elevado número de ilhas e a extensão de sua área costeira, a maior do planeta. Com efeito, o fato de seus navegadores raramente perderem de vista a terra e do sol brilhar durante todo o ano fez do Mediterrâneo um espaço de oportunidades, o que encorajou os homens a diversificarem, produzirem e explorarem.
Esse poder que o Mediterrâneo tem de conectar mundos é explorado num outro livro monumental do século XXI, The Making of the Middle Sea (2014). Seu autor, Cyprian Broodbank, utiliza uma vasta quantidade de dados arqueológicos para desvelar a história da região, de um milhão e oitocentos mil anos atrás até o Período Clássico, demonstrando como o mundo mediterrânico, facilmente navegável e ecologicamente fragmentado, evoluiu para uma oecumene através da agência dos habitantes de suas ilhas e costas.
A natureza fragmentária da região mediterrânica é, com efeito, uma de suas características mais distintivas. Ela atua como estímulo histórico para a formação de redes de transporte complexas, responsáveis por ligarem lugares de tamanhos e importância desiguais, da família aos estados imperiais, e por envolverem todo tipo de atores, do comerciante ao monarca (MALKIN; CONSTANTAKOPOULOU; PANAGOPOULOU, 2011). O Mediterrâneo, por isso, permitiu o movimento de multidões em torno da sua vasta área, não só devido à proximidade dos seus locais costeiros e suas ilhas, mas também devido às condições climáticas (ou seja, um verão semi-árido e um inverno úmido) amplamente favoráveis à disseminação de produtos e técnicas (agricultura, perfumaria, cerâmica, navegação) (BROODBANK, 2014). A extensa circulação de pessoas e bens no Mediterrâneo reflete-se também na natureza das práticas religiosas da região. Objetos provenientes de todo o mundo antigo eram apresentados como ofertas em túmulos e santuários pela região mediterrânica. As práticas religiosas, por sua vez, eram transmitidas durante diferentes ciclos de convulsões sociais e migrações, o que envolvia o contato tanto de habitantes de áreas próximas entre si quanto daquelas situadas a grandes distâncias, cuja comunicação se dava por meio da rede de rotas.
Este dossiê apresenta então estudos de caso que enfatizam a diversidade cultural e os intercâmbios religiosos no mundo greco-romano, centrando-se nas relações entre fragmentos da região mediterrânica (MALKIN, 2011). Com nove artigos em múltiplas áreas temáticas, os primeiros cinco se desenvolvem no campo da Arqueologia Clássica, e os quatro seguintes em História e Literatura. As contribuições (feitas em português, inglês e francês) provêm de pesquisadores que trabalham sobre diferentes aspectos da religião no mundo greco-romano. Iniciamos com uma investigação sobre trocas e práticas de culto no coração das Cíclades, onde se deu uma das mais importantes descobertas arqueológicas realizadas na Grécia nos últimos dez anos. Yannos Kourayos e Kornilia Daifa, que dirigem as escavações em Despótiko, apresentam em seu texto um panorama deste que é um importante santuário cicládico, só conhecido a partir de evidências arqueológicas. Localizado no centro da região cicládica, o santuário em questão foi erigido pela poderosa ilha de Paros e revelou uma quantidade impressionante de oferendas votivas originárias de múltiplos pontos das Cíclades e também de partes mais afastadas do Mediterrâneo. O segundo trabalho deste volume, escrito por Elena Korka e membros de sua equipe, divulga alguns dos recentes resultados das escavações em Tenea, situada nos arredores da aldeia de Chiliomodi em Corinto, um local cuja cultura material e ciclo de mitos estão ligados à Guerra de Tróia. Depois de sumarizar o trabalho arqueológico realizado até agora, os autores discutem a principal divindade adorada em Tenea, o deus Apolo, e os artefatos encontrados ali, importantes para a interpretação e o entendimento do antigo culto. Vale destacar que alguns dos objetos escavados têm suas imagens publicadas pela primeira vez neste dossiê. O próximo artigo, escrito por Michael Fowler da East Tennessee State University, examina os quatro monumentos tumulares arcaicos tardios da Necrópole Setentrional do povoado grego de Istros. O autor explora as características desses monumentos comparáveis à descrição das cerimônias heroicas de cremação, tal como narradas na poesia épica (particularmente, no caso do funeral de Pátroclo na Ilíada) e discute, ainda, a possibilidade surpreendente de sacrifício humano. Para além dos hábitos religiosos incomuns entre os gregos e das reconsiderações sobre a Pira A em Orthi Petra (Eleutherna, Creta), a discussão de Fowler inclui também em seu estudo um sítio arqueológico situado no Mar Negro, região que segue pouco estudada fora dos círculos acadêmicos russos. Do Mar Negro, nosso dossiê retorna para Corinto, desta vez às margens do golfo. Dora Katsonopoulou, diretora das escavações em Helike, discute o culto de Poseidon Helikonios com ênfase nos antigos altares ancestrais dos jônicos. Ela examina o estabelecimento do culto de Poseidon Helikonios, trazido pelos aqueus para a costa da Ásia Menor, transmitido em seguida para a já mencionada região do Mar Negro. O próximo trabalho, escrito por Lilian Laky da Universidade de São Paulo, explora a interconectividade do Mediterrâneo examinando a iconografia das moedas com imagens de águias e relâmpagos, atributos de Zeus. A autora utiliza como fontes moedas cunhadas por Crótone na Magna Grécia e por Olympia no Peloponeso para discutir a difusão do culto de Zeus Olympios. Contribuindo para o tema da relação entre Olympia Sicília, o artigo, ademais, dá um importante aporte para os estudos sobre a disseminação regional dos epítetos locais, tema pouco abordado que, porém, está lentamente ganhando a atenção necessária.
Os próximos quatro textos de nosso dossiê examinam os contatos e as trocas entre as religiões gregas e romanas pelas lentes da História e da Literatura antiga. Esta seção é aberta com um artigo de Pierre Ellinger, da Université de Paris. O autor analisa os raptos de estátuas divinas de santuários à beira-mar, a partir de mitos gregos, especialmente o de Ártemis Táurida, tal como elaborado pela tragédia euripideana, enfatizando-o. O texto explora a presença do mar nesses registros antigos, dando destaque às rotas mediterrânicas e sua articulação com determinados pontos, à experiência de partida e de chegada e ao contexto em que tais estórias teriam sido narradas. Ao ressaltar a dimensão marítima dessas fontes, o autor põe em questão a nossa familiaridade com o espaço grego, reorientando nossa perspectiva da visão da cidade para a visão do mar ao longo de suas margens. O artigo, portanto, não só lança luz sobre o culto enigmático de Ártemis Táurida, cujo culto continua a confundir e intrigar os estudiosos modernos, como apresenta uma grande contribuição para os estudos emergentes sobre as religiões mediterrânicas.
Em seguida, o texto de autoria de Lucio Maria Valletta da École Pratique des Hautes Études, discute novos cultos da região do Mar Negro. O autor examina uma passagem de Heródoto sobre o povo cita para refletir sobre a existência de elementos culturais que seriam próprios a povos que viveram e se deslocaram nas regiões circundantes da bacia do Mediterrâneo, incluindo o Mar Negro. O dossiê segue com o trabalho de Júlia Avelar, da Universidade Federal de Uberlândia, que aborda cultos romanos e festivais religiosos do início do Império por meio do trabalho do poeta romano Ovídio. Avellar examina as intersecções entre cultos privados e festivais públicos na Roma antiga. A autora demonstra de que forma os cultos religiosos da poesia ovidiana seriam recriações poéticas que, através de elementos religiosos, provocam reflexões sobre as relações de poder na Antiguidade. Voltando às Cíclades e a Paros, o último trabalho deste volume, escrito por Rafael Silva e Teodoro Rennó Assunção da Universidade Federal de Minas Gerais, parte de fragmentos ditirâmbicos atribuídos a Arquíloco (fr. 120 W, fr. 96 Lasserre) para desenvolver considerações sobre a relação entre o culto de Dioniso e a difusão do ditirambo.
Juntos, os artigos apresentados neste volume expõem a riqueza das trocas religiosas no Mediterrâneo, particularmente no mundo greco-romano. Enquanto alguns revelam pesquisas arqueológicas originais sobre regiões sócio-políticas estratégicas, outros apresentam autênticos quadros teóricos, capazes de iluminar a complexidade dos intercâmbios culturais observados pela disseminação tanto da cunhagem oficial quanto dos mitos vernáculos.
Nota
1. Nós gostaríamos de agradecer o convite para organizarmos este dossiê e toda a assistência durante a confecção do número à Renatta Garraffoni (UFPR) e Priscila Vieira (UFPR), agora à frente da editoria da Revista História: Questões & Debates. Somos também enormemente gratas a Yannos Kourayos, que cedeu os direitos de uso da foto de capa, com o recém-restaurado edifício A do santuário de Despótiko. Estendemos nosso agradecimento ainda a Andrew Gipe Lazarou (Diakron Institute) que produziu a capa e fez a revisão do texto em inglês desta introdução. Qualquer erro que persista é, no entanto, de nossa inteira responsabilidade.
Erica Angliker (Institute of Classical Studies, University of London).
Lorena Lopes da Costa (Universidade Federal do Oeste do Pará).
ANGLIKER, Erica; COSTA, Lorena Lopes da. Introdução. História – Questões & Debates. Curitiba, v.69, n.1, jan. / jun., 2021. Acessar publicação original [DR]
La destrucción de una república Bogotá / Francisco Gutiérrez Sanín
Francisco Gutiérrez Sanín / Foto: Marcela Becerra/Julián Mojica /
La República Liberal, concebida como un periodo de fuertes rupturas de los procesos políticos colombianos, ha sido un laboratorio de estudio, a diferentes intensidades, de la historiografía. Francisco Gutiérrez Sanín, un politólogo con lupa de historiador, realiza un valioso análisis interdisciplinar de este periodo de la historia caracterizado por el surgimiento de un régimen que pretendía modernizar el aparato estatal, amplió las formas de hacer política e intentó democratizar una tipología de representación censitaria heredada del siglo xix. Sin embargo, para hacerlo, Gutiérrez no acude a los textos de manual, y tampoco apela de manera determinante a otros estudios que han marcado paradigma en el tema como los de Tirado Mejía (1991), Melo (1991) o Pécaut (2001). Propone, en su lugar, una historia de los partidos políticos entendiendo sus mecanismos tecnológicos de acción, que estaban determinados por el choque de intereses, por la ruptura y surgimiento de poderes y por la aparición de tensiones que parecían medianamente resueltas durante las primeras décadas del siglo XX.
Para el profesor Gutiérrez, la Hegemonía del Partido Conservador iniciada en 1886, adquirió una mayor relevancia en 1910, y aunque gobernó con matices hasta 1930. en esta última etapa acudió a un tímido cogobierno. Por tanto, una latente pacificación del escenario político posibilitó unas cuotas mínimas, o según los liberales, un techo de votación a la oposición, para así mantener los poderes públicos bajo el partido azul, a cambio de aceptar la legitimidad del Gobierno y con ello, de las elecciones, el papel preponderante de la Iglesia, y la politización de las Fuerzas Armadas. Gutiérrez Sanín plantea una novedosa y fluida historia de los partidos políticos, no tanto desde el modelo cuantitativito norteamericano, tan de moda en las últimas décadas, sino que desde su perspectiva reinterpreta la propuesta de Maurice Duverger en la cual se analiza la ruptura del marco normativoestructural y la praxis cotidiana, así como la teoría de Schumpeter, donde claramente desentraña la democracia en cuanto una lucha por el poder entre líderes políticos, y no necesariamente una búsqueda del “bien común”. En conjunción, se crean estructuras de acción colectiva que una vez ligadas a lo consuetudinario, crean un modelo que permite, pero también aprisiona, el desarrollo del sistema democrático. El académico también presenta, de manera acertada, un debate historiográfico sobre las características comunes que llevarían a pensar en una convergencia tácita entre los dos partidos históricos en Colombia, esto es: su carácter multiclasista, oligárquico, y clientelar. Allí, Gutiérrez hábilmente argumenta la necesidad de tener en cuenta los mecanismos de tecnología política y espectro ideológico que los diferenciaba. Vistos desde sus bases, el Partido Conservador poseía un caudal electoral cuasi estático, angosto, que podría ser compartido, en su vertiente moderada, por el Partido Liberal. A su vez, este último, tenía un campo ideológico ancho, que englobaba desde la izquierda moderada, pasando por la socialdemocracia, hasta algunas posturas de derecha. Es decir, en la práctica, la mecánica electoral del liberalismo planteaba luchas faccionales amplias por su diversidad ideológica, que eran más fácilmente matizadas en el conservadurismo, aunque es de anotar que la vertiente laureanista de este último provocó verdaderas pugnas internas, por sus propuestas que invitaban a una postura antidemocrática.
En el desarrollo del libro, Gutiérrez analiza las fisuras de ambos modelos, pero hace hincapié en las consecuencias de las pugnas intra-partidistas del liberalismo como una de las claves para entender la destrucción de la república, además de la radicalización conservadora y la incapacidad de promover un candidato de consenso que continuara con el dominio del partido rojo.
Para entender la línea argumentativa, el autor analiza en un primer capítulo la Hegemonía conservadora, que, como señalamos anteriormente, presentó uma moderación en 1910, cuando la vertiente republicana domesticó la política, imprimiéndole mecanismos que brindaran una pacificación del país, necesaria después de la Guerra de los Mil Días. Esta pasaba por la modificación del régimen electoral y la incorporación del Partido Liberal al juego político, con garantías constitucionales, que fueron aceptadas por estos últimos. Sin embargo, la crisis económica de 1929, los eventos represivos como la masacre de las bananeras y las incapacidades para conseguir un candidato que no produjera escozores en alguno de los sectores del conservadurismo, abonó el terreno de la República Liberal, que llegó con la victoria de Enrique Olaya Herrera. Este contó además con la presencia de algunos conservadores, quienes veían en su nombre a una figura no necesariamente rival frente al Partido Conservador. El Partido Liberal, en cabeza de Alfonso López Pumarejo, comenzó a plantearse la candidatura de este último con la que en las elecciones de 1934 salió victorioso. López Pumarejo, un hombre reformista, despertó diversos enemigos al interior de su partido como también en las toldas conservadoras que veían en su política modernizadora y de ampliación de derechos sociales una amenaza frente a la autoridad que la Iglesia, el Partido y las Fuerzas Militares ejercían en sus bases electorales. Llegadas las elecciones de 1938, el liberalismo presentó el nombre de Eduardo Santos, candidato moderado, no continuista de la “Revolución en Marcha” de López y quien buscó una pacificación de los ánimos mediante tímidos acuerdos con los conservadores. A pesar del resquemor que despertaba López, tanto en las toldas opositoras como en las propias facciones liberales, y gracias a su cercanía con los movimientos de base obrera y sindical, retornó al poder, aunque sin mucho margen de maniobra, cosa que provocó su prematura salida del gobierno. Gutiérrez señala principalmente los siguientes ejes explicativos: primero, la recurrente abstención del Partido Conservador, que se complementaba con un alegato de falta de garantías electorales; segundo, la ampliación de derechos políticos, tales como el sufragio universal masculino, la expansión de libertades individuales a las mujeres, la incorporación de nuevos partidos sin mucha fuerza electoral y la legalización de los sindicatos; tercero, el fraude como un mecanismo vivo y practicado, por ejemplo en las elecciones de 1934; y cuarto, la incapacidad de un mandatario en ejercicio de darle continuidad a sus formulaciones en el periodo inmediatamente posterior.
Las elecciones y su efecto en los movimientos partidistas también son objeto de estudio del profesor Gutiérrez. Por ello, analiza la legitimidad del liberalismo, flanqueada gracias al desconocimiento de las elecciones, la negación del gobierno liberal, la incapacidad de utilizar los mecanismos de inclusión política planteados en 1910, y la nula aceptación del sistema electoral por parte del Partido Con servador. Seguidamente, utilizando el marco conceptual Duverger-Schumpeter, demuestra el idilio de llevar el campo de las normas a la realidad. La República Liberal, según analiza Gutiérrez, insertó algunas disposiciones para evitar el fraude como la cedulación, que resultaron siendo engorrosas e improductivas para un Estado como el colombiano. El fraude, no solo como la capacidad de manipular los números finales, sino como los mecanismos que impedían la llegada de los votantes a las urnas, así como la trashumancia electoral, empañaron los comicios tanto nacionales como regionales. Asimismo, la ampliación de las bases electorales ocasionó una transformación de la forma de hacer política. Gutiérrez muestra a través de algunas fuentes periodísticas y epistolares las correrías de los candidatos por las regiones del país, buscando llegar a las nuevas bases del partido, el uso de nuevos mecanismos tecnológicos, y la crítica que, desde sectores conservadores, acostumbrados a una política de notables, se emprendió contra los liberales.
Allí, Gutiérrez señala la necesidad de investigar con mayor detenimiento sobre el fraude en este periodo, hecho reconocido incluso por López Pumarejo.
Uno de los desarrollos analíticos más ricamente demostrados es el que plantea sobre los partidos y el clientelismo; explorando sistemáticamente este fenómeno como herramienta de engranaje de la burocracia estatal, lo somete a una profunda comprobación a partir de la correspondencia que fluía entre algunos actores de diferentes estratos en el país. Así, Gutiérrez plantea la capacidad limitada que la República Liberal tenía frente al control del pago de favores políticos, que, a pesar de no ser extraños en Colombia, ya que fueron heredados parcialmente de la Hegemonía conservadora, recobraron un poder especial en el contexto de la ampliación del universo de sufragantes. Gutiérrez argumenta que desde 1910 el Pacto de Pacificación garantizaba una cuota burocrática del partido opositor en el Gobierno.
Con la llegada de Olaya Herrera, parecía mantenerse así, dentro del eslogan de “concentración nacional”, que fue puesto en duda rápidamente después de la alianza con el conservador antioqueño Román Gómez, lo que desequilibró las cargas de los conservadores en el Congreso, fortaleciendo, aunque mínimamente, a los liberales. A partir de allí, los azules vieron la necesidad de modernizar un partido no acostumbrado en su historia próxima a ser oposición. Por el contrario, los liberales percibieron la incapacidad de dotar al Estado de una burocracia que cumpliera con dos parámetros mínimos: la defensa política del liberalismo y la capacidad tecnocrática de asumir la modernización deseada. Gutiérrez evidencia algunas cartas que mezclaban intereses personales difíciles de distinguir de las necesidades colectivas. Frente a ello, esgrime tres tipos de clientelismo: el primero, entre un círculo pequeño de amigos y conocidos, una especie de parentela que agrupaba a los sectores privilegiados. Un segundo clientelismo es descrito en el ámbito de los directorios, a partir de un mayor énfasis territorial, en su intento de ocupar la nómina del Estado regional y local, para mantener aceitado el aparato electoral. Y el tercer horizonte de clientelismo, denominado menesteroso, posiblemente cobijaba a un sector periférico de la población, es decir, permitía una especie de inclusión social que posibilitaba ganar adeptos a las bases liberales, lo cual se traduciría posteriormente en réditos electorales. Ahora, como esta máquina burocrática-clientelar requería una milimetría inalcanzable, produjo deterioros en la unidad del partido y aumentó las fracturas de las facciones. Además, sirvió de argumento estratégico del conservatismo laureanista para acusar a los liberales de clientelares y corruptos, bandera que valió para socavar la estructura de la República Liberal. Sin embargo, la descripción del clientelismo en el libro de Gutiérrez no plantea un orden sistemático de ese fenómeno ni señala a los actores que más se fortalecían llenando sus aparatos burocráticos; tampoco dice cuáles redes estaban mejor engrasadas, ni identifica el criterio del poder central fijado para destrabar la cantidad de solicitudes que llegaban, incluso, desde los rincones más recónditos del país. Asimismo, no contempla la estructura de las solicitudes, entendiéndolas como un capital social conseguido no solo desde la práctica política cotidiana, sino en razón del cúmulo de herencias parentales, económicas o sociales, en un país de élites.
La destrucción de una república invita a la reflexión de los métodos historiográficos, de tal manera que apostándole a las fuentes epistolares mantiene la riqueza de un tratamiento teórico, que en ocasiones pareciera esquivo a los trabajos de la disciplina de Clío. Este libro saca de los anaqueles las normas, para entenderlas bajo una especie de sociología partidista, que no desprende los azarosos caminos de la realidad que las confronta de los análisis históricos. Es claro en señalar la diferencia entre los modelos liberal y conservador, que ideológicamente competían en un país diferente. Es una historia que hace hincapié en la ruptura social que antecedió a La Violencia. Una convulsión que no se entiende sin las luchas faccionales, la pérdida de poder de algunos sectores, la incapacidad de construir modelos democráticos igualitarios y la fuerte presencia de tradiciones que no resistían el rompimiento del statu quo. Este no un libro más, sino un ejemplo más, de cómo ampliar las fronteras de la historia.
Juan David Restrepo-Zapata – Universidad Nacional de Colombia, sede Medellín. Correo electrónico: juandrestrepozapata@gmail.com.
GUTIÉRREZ SANÍN, Francisco. La destrucción de una república Bogotá. Universidad Externado de Colombia-Taurus, 2017. 650p. Resenha de: RESTREPO-ZAPATA, Juan David. Memorias – Revista Digital de Historia y Arqueología desde el Caribe. Barranquilla, n.43, p.175-179, ene./abr., 2021. Acessar publicação original [IF]
História Medieval: experiências do passado, perspectivas contemporâneas | Vozes, Pretérito & Devir | 2021
Não diga jamais
Poderá parecer estranho para muitos, talvez mesmo abusivo, o fato de nossas Universidades dedicarem grande parte de seus cursos de História à Idade Média, sobretudo se atentarem para a circunstância de não termos no Brasil nem arquivos nem problemáticas pertinentes e, muito menos, o passado medieval. Assim sendo, de uma Universidade Brasileira jamais surgirá um medievalista, o que não importa em dizer que seja impossível fornecer cursos sérios e honestos sobre o passado medieval de importância primordial para a formação de professores de História e historiadores brasileiros.
[…]
Não deixa de ser com alegria que acolhemos a edição desses documentos, a primeira assim cremos, a ser feita no Brasil. […] os estudantes serão os maiores beneficiados com essa iniciativa e, com eles, aumentará, em substância, a possibilidade de termos melhores historiadores do Brasil (LINHARES, 1979, p. 11; 13-14).
Com essas palavras, Maria Yedda Leite Linhares apresentou a obra O Modo de Produção Feudal, de Jaime Pinsky. Ao invocar esse conteúdo para apresentar um dossiê dedicado exclusivamente às problemáticas acerca da Idade Média, não se pretende levantar uma bandeira de vitória sobre o monte da revanche, mas marcar um ponto de chegada do campo dos estudos medievais no Brasil, com potencial ainda latente e capacidades de inovação que não devem ser subestimadas.
A trajetória dos estudos históricos no Brasil se entrelaça à dos estudos medievais. Em 1942, Eurípedes Simões de Paula defendeu a primeira tese doutoral em História do Brasil (SILVA; ALMEIDA, 2016), justamente dedicada a uma problemática acerca da Idade Média. Intitulado O comércio varegue e o grão-principado de Kiev, o trabalho analisou a atuação dos escandinavos em regiões orientais no contexto medieval, propondo reflexões sobre as relações comerciais entre Oriente e Ocidente (de PAULA, 2009).
Depois de atuar junto à força brasileira na Segunda Guerra Mundial, entre 1942 e 1945, Eurípedes Simões de Paula assumiu a cadeira de História da Civilização Antiga e Medieval na então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP) (LOMÔNACO, 2019). Quinze anos depois, esteve à frente das discussões que deram origem à Associação Nacional dos Professores Universitários de História (ANPUH) (SILVA; ALMEIDA, 2016).
O protagonismo de um indivíduo não representava, contudo, a proeminência de um campo. No final de 1970, poucas universidades apresentavam uma separação entre História Antiga e História Medieval – reflexo da escassa especialização desses dois campos no Brasil (SILVA; ALMEIDA, 2016). Foi principalmente da década de 1990 em diante, que os estudos medievais ganharam fôlego e cresceram no Brasil. A partir de então, historiadores voltaram seus olhares à Idade Média, alguns desenvolveram parte de seus estudos em países europeus e muitos se tornaram professores universitários, a orientar, dessa forma, futuros medievalistas. Assim cresceu a medievalística brasileira, impulsionada pela maior presença de especialistas e pelo crescimento das pesquisas em História Medieval nos Programas de Pós-Graduação – formando novos mestres e doutores –, até chegar à fundação da Associação Brasileira de Estudos Medievais (ABREM), em 1996 (BASTOS, 2016).
A abertura do século XXI trouxe também mudanças significativas para os estudos medievais no Brasil e no mundo. O avanço acelerado da internet foi acompanhado da abertura de arquivos digitais a partir de um esforço de digitalização e disponibilização de documentos em alta resolução, de modo a emular a presença física do pesquisador diante de seu suporte e proporcionar acesso crescente a bases de dados antes muito distantes. A entrada das grandes livrarias e a internacionalização das vendas on-line ampliou o acesso – embora muitas vezes custoso – às obras de referência e às novas publicações da medievalística. Tanto quanto ou mais significativo, foi a ampliação do acesso aos periódicos e aos artigos que passaram a circular cada vez mais nas universidades brasileiras, ao que se soma a iniciativa de docentes, discentes, Programas de Pós-graduação e grupos de pesquisa, em organizar revistas especializadas sobre problemáticas ligadas à Idade Média.
Nesse mesmo contexto, enquanto o mundo dava passos largos no desenvolvimento de novas tecnologias da informação, o Brasil deu saltos sociais e educacionais por meio de uma política de governo, a qual, entre os anos de 2004 e 2014, ampliou os investimentos na área educacional em cento e trinta por cento (MENDES, 2015). Essa iniciativa promoveu um avanço quantitativo e qualitativo das investigações sobre a Idade Média no país. A oferta de oportunidades de estudo e pesquisa no exterior durante a graduação e a pós-graduação, ampliou as possibilidades da formação de medievalistas brasileiros em universidades, arquivos e núcleos de pesquisa de diversos países do mundo, marcadamente da Europa. Os estudos medievais brasileiros se internacionalizaram ainda mais a partir de novos diálogos e parcerias com instituições de ensino e investigadores estrangeiros.
A nova geração de medievalistas favorecida por esse ambiente, aprofundou os estudos das problemáticas suscitadas pelos mestres das gerações anteriores, enveredando pela senda de perspectivas teóricas renovadas que também apontaram outros temas, outros objetos e outras preocupações diante do presente. Concomitantemente, a expansão das Instituições de Ensino Superior da oferta de cursos de graduação e pós-graduação, abriu as portas das universidades a essa geração de medievalistas por meio de concursos públicos. Assim, novos pesquisadores passaram a aprender os ofícios do historiador e do medievalista.
Os desdobramentos desse brevíssimo itinerário dos estudos medievais no Brasil podem ser vislumbrados neste dossiê, que reúne trabalhos de pesquisadores das diversas regiões do Brasil, a oferecer reflexões sobre os mais variados temas a respeito da Idade Média, tais como a atuação e relação dos poderes régio, senhorial e eclesiástico; produções literárias e narrativas; criação das universidades; representações e modelos femininos; e demais problemáticas, como se poderá constatar pela leitura das páginas que seguem.
Essas problemáticas foram analisadas a partir do uso das mais diversas tipologias documentais – registros régios e eclesiásticos, ordenações legais, tratados teológicos, crônicas, hagiografias, entre outras –, oriundos de arquivos físicos e digitais, e também do trabalho de transcrição, tradução e publicação de obras originais levado a cabo pela iniciativa editorial. Tudo isso em uma revista acadêmica inteiramente on-line e gratuita, mantida por uma instituição pública de excelência.
À parte do dossiê, mas relacionado ao tema da Idade Média, esse volume da Vozes, Pretérito & Devir traz também uma entrevista com o professor Dr. Carlile Lanzieri Júnior, que ofereceu suas reflexões sobre as mudanças experimentadas pela medievalística brasileira, bem como a importância do estudo da Idade Média no Brasil, as perspectivas teóricas para os estudos medievais e os usos políticos desse passado que, dizem alguns, não nos pertence, embora nos seja tão presente – basta saber olhar!
Como toda iniciativa nutre uma expectativa, a organização deste dossiê não é despretensiosa. A primeira dessas intenções diz respeito ao incentivo à ampliação dos estudos sobre a Idade Média, quer seja por estudantes da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), cujos docentes organizam essa revista, mas também pelos futuros historiadores nordestinos.
Enquanto as universidades e programas de pós-graduação do Sul e do Sudeste, e em menor medida do Centro-Oeste, têm seus quadros integrados por especialistas em História Medieval, o mesmo não ocorre no Norte e no Nordeste. Tratando-se dessa última região, a condição tardia do desenvolvimento de Programas de Pós-Graduação e a concentração das linhas de pesquisa em problemáticas locais ou regionais, são fatores que explicam a pouca presença de estudos ligados à Idade Média (ALVARO; MOTA, 2019).
A organização deste dossiê busca também oferecer um espaço de publicação – palavra entendida aqui em seu sentido lato, isto é, de tornar público – dos resultados obtidos pelo esforço investigativo de alguns dos pesquisadores brasileiros que se debruçam sobre a Idade Média para escrutiná-la com o devido rigor exigido pelo ofício do historiador.
Em um contexto de atritos políticos e curriculares, quando saltam vozes a desqualificar e desmerecer diversos temas e problemáticas, a reunião desses artigos visa ratificar a importância dos estudos medievais no Brasil e chamar atenção para o fato de que a História é uma área composta por campos, e a inabilitação ou eliminação de um deles, não representa a possibilidade de ampliação dos outros, mas antes o enfraquecimento e o encolhimento da própria área; por consequência, seu descrédito e desmerecimento já tão acelerados em tempos de negacionismo e certezas anticientíficas. A quem duvida desse perigo ou julga-o menor, sugiro: não diga jamais.
Uma excelente leitura a todos.
Referências
ALVARO, Bruno Gonçalves; MOTA, Bruna Oliveira. Grandes Sertões do Nordeste Brasileiro: o Horizonte dos Estudos Medievais nos Programas de Pós-Graduação em História. In: AMARAL, Clinio; LISBÔA, João. A Historiografia Medieval no Brasil: de 1990 a 2017. Curitiba: Editora Prismas, 2019, p. 93-127.
BASTOS, Mário Jorge da Motta. Quatro décadas de História Medieval no Brasil: contribuições à sua crítica. Diálogos, Maringá, v. 20, n. 3, p. 2-15, set. 2016. Disponível em: < http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/Dialogos/article/view/33600>. Acesso em: 02 mar. 2021.
DE PAULA, Eurípedes Simões. Concessão de título de doutor honoris causa ao professor Eurípedes Simões de Paula. Extraído do Boletim da Universidade de Toulouse, nº V, 1965. Trad. de SOUZA, Joceley Vieira; GOMES, Rodolfo de V. Revista de História, São Paulo, n. 160, p. 85-91, 2009. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/19103/21166. Acesso em: 02 mar. 2021.
LINHARES, Maria Yedda Leite. Apresentação. In: PINSKY, Jaime. O modo de produção feudal. São Paulo: Editora Brasiliense, 1979.
LOMÔNACO, José Fernando Bitencourt. Vida e Obra de Eurípedes Simões de Paula. Boletim Academia Paulista de Psicologia, São Paulo, v. 39, n. 97, p. 294-295, jul./dez.
Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-711X2019000200016 . Acesso em: 02 mar. 2021.
MENDES, Marcos. Boletim Legislativo nº 26, de 2015: a despesa federal em Educação: 2004-2014. Brasília: Senado Federal, 2015. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/publicacoes/estudos-legislativos/tipos-de-estudos/boletinslegislativos/bol26. Acesso em: 02 mar. 2021.
SILVA, Marcelo Cândido da; ALMEIDA, Néri de Barros. Apresentação. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 36, n. 72, p. 13-16, mai./ago. 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbh/a/TbLWnvgHd6fp8qSD5KnQvTN/?lang=pt. Acesso em: 02 mar. 2021.
Carlos Eduardo Zlatic.
ZLATIC, Carlos Eduardo. Apresentação. Vozes, Pretérito & Devir. Piauí, v.13, n.1, p. 5- 9, 2021. Acessar publicação original [DR]
Grecorromana, Revista Chilena de Estudios Clásicos. Santiago, v.3, n.3, 2021.
ARTÍCULOS
- Mattia Boscarino, «Alterità, ritualità e messa in scena, L’invocazione di Dario nei Persiani di Eschilo»
Università di Pisa - José Agustín Vásquez Valdovinos, «La legitimidad democrática del imperialismo ateniense en la Pentecontecia. Una aproximación historiográfica a partir de la Escuela Norteamericana»
- Pontificia Universidad Católica de Valparaíso
- Juan Pablo Ramis, «La representación ciudadana de la stásis ateniense en los alegatos forenses de Isócrates»
Universidad Nacional de Cuyo - Juan Pablo Prieto, «Gimnasio, paideia y ciudadanía helenística: una propuesta para el estudio de la educación griega postclásica desde Latinoamérica»
- Université Bordeaux Montaigne
- Agustín Moreno, «Cuando los romanos conocieron a los galos. Una reinterpretación de la narración de Livio del ataque bárbaro a Roma»
Universidad Nacional de Córdoba / CIECS - Andrés Sáez Geoffroy, «Cn. Julio Agrícola como legado imperial en la Galia Aquitania: un intento de reconstrucción histórica»
Universidad de La Frontera
RESEÑAS (Ver todas las reseñas)
- Nicolás Cruz, «Mary Beard, Doce Césares. La representación del poder desde el mundo antiguo hasta la actualidad, Crítica, Barcelona, 2021, 450 pp., con múltiples imágenes»
- Pontificia Universidad Católica de Chile
- Mattia Boscarino, «Andrea Cozzo, Stranieri. Figure dell’altro nella Grecia antica (DG Pocket), Di Girolamo, Trapani, 2020, 156 pp.»
Università di Pisa - Javier Fuentes González y Nicolás Rojas Cortés, «Aristóteles, Eudemo (texto griego establecido, traducido y comentado por Benjamín Ugalde), Ediciones Democracia y Libertad, Santiago de Chile, 2020, 97 pp.»
Universidad de Bonn / Universidad de Chile - Felipe Montanares-Piña, «David Braund, Roberto Nicolai y Antonio, L. Chávez Reino, Tra Geografía e storiografia, Monografías de GAHIA, Sevilla-Alcalá de Henares, 2020, 188 pp.»
- Universidad de Concepción
- NORMAS DE PUBLICACIÓN
Globalists: the end of empire and the birth of neoliberalismo
Quinn Slobodian, professor na Wellesley College, é historiador com foco em história internacional, política norte-sul, movimentos sociais e história intelectual do neoliberalismo. É ligado a esse último tema que escreveu sua nova obra, “Globalists: the end of empire and the birth of neoliberalism”.
O objetivo inicial de Slobodian é quebrar com o senso comum de que os neoliberais acreditariam em um laissez-faire global, ou seja, em mercados que se autorregulem, em um Estado mínimo e na redução das motivações humanas ao interesse pessoal do homo economicus. Esses neoliberais imaginados confluiriam para um capitalismo de mercado livre conjugado com democracia e teriam fantasias de um mundo sem fronteiras. Leia Mais
Histórias(s) do presente. Os mundos que o passado nos deixou | Miguel Bandeira Jerónimo e José Pedro Monteiro
Logo no início de Histórias(s) do Presente. Os mundos que o passado nos deixou, Miguel Bandeira Jerónimo e José Pedro Monteiro, ambos investigadores do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, deixam claro que “o cepticismo é uma forma sã de viver cívico, não apenas um inabalável princípio científico”. Na introdução do livro, os autores interrogam o passado e procuram pistas para interpretar com rigor a atualidade, observando que “o conhecimento da história não é um elixir contra a maldade ou contra o desvario” (JERÓNIMO; MONTEIRO, 2020, p. 12). A dinâmica, observam, vai mesmo em sentido contrário, já que os usos da história serviram quase sempre “propósitos bem pouco edificantes”. A atestá-lo, está o facto de o conhecimento não impedir o ódio. Dessa forma, induzir dúvidas onde só parece haver certezas, como propõem na Introdução da obra, será já uma tarefa e tanto (JERÓNIMO; MONTEIRO, 2020, p. 12).
O livro agrupa, numa versão atualizada, a série de trabalhos dados à estampa no jornal diário português Público, em 2017 e 2018, (12 ensaios e 12 entrevistas a reputados especialistas internacionais) sobre eventos e processos históricos que marcaram o nosso passado, e sobre os legados que nos deixaram. Neste rol, encontram-se quase todos os assuntos que preenchem a atualidade informativa de há anos a esta parte: a crise dos refugiados, o racismo, a globalização, os nacionalismos, os usos dos véus, as fake news, os abusos da história. Através da exploração das histórias plurais saídas dos campos de concentração, da emergência de um discurso dos direitos humanos ou das políticas do medo e da histeria coletiva organizada, hoje tão presentes, convida-se o leitor a tentar perceber como se chegou até aqui, propondo-lhe um olhar do que aconteceu de forma a poder imaginar-se um futuro melhor. Leia Mais
Histórica. Lima, v.45, n.1, 2021.
Artículos
- Periodos históricos y discontinuidades temporales: ensayo de interpretación
- Renán Silva
- Las comisarías del Santo Oficio en la Audiencia de Filipinas. Conflictividad y comunicaciones en un espacio inquisitorial periférico, 1583-1784
- Pedro Miranda Ojeda
- Formas de la corporalidad en el pensamiento ilustrado entre España y América Latina
- Muriel Morgan, Bettina Sidy, Laura Celina Vacca
- Política, sociedad y religión en Arequipa: una mirada desde el laicado católico militante (1885- 1919)
- Rolando Iberico Ruiz
Notas
- El Gabinete de lectura del Ateneo Mexicano
- Jocelyn Guadalupe López Zahar
- La democratización del libro: desde la piratería a los monopolios
- Robert Darnton
Reseñas
- Del Villar Tagle, María Soledad. Las asistentes sociales de la Vicaría de la Solidaridad: una historia profesional (1973-1983). Santiago de Chile: Universidad Alberto Hurtado, 2018, 271 pp
- Juan Miguel Espinoza Portocarrero
- López Soria, José Ignacio y Nashely Lizarme Villcas. El pensamiento de los ingenieros sobre el Perú (1850-1930). Lima: Centro Historia Universidad Nacional de Iingeniería, 2021, 2 tomos
- Leticia Quiñones
- Lynteris, Christos (ed.). Framing Animals as Epidemic Villains. Histories of Non-human Disease Vectors. Cham: Palgrave Macmillan, 2019, 247 pp.
- Ricardo Morales González
- Rice, Mark. Making Machu Picchu. The Politics of Tourism in Twentieth- Century Peru. Chapel Hill: University of North Carolina Press, 2018, 252 pp., ilust.
- Nino Bariola
Os cristãos e a política no Brasil contemporâneo: laicidade em disputa, Estado em colapso, religião em efervescência / Revista Brasileira de História das Religiões / 2021
O presente dossiê teve contribuição de treze excelentes textos que nos ajudam a contribuir a atuação intercessão entre cristãos e a política brasileira mais recente. Pode-se dizer que política e religião a cada momento, a cada nova configuração governamental se relacionam de forma distintas tal como narram Judith Butler e Gayatri Spivak (2007) sobre a arena dos diferentes estados nacionais. Agora, nos diferentes estados acaba que se tornou em alguns aspectos, caracterizado pelo questionamento da laicidade por seus atravessamentos.
1 A laicidade e o esboço de suas formas
Assim, uma questão da hora que se coloca sobre as desventuras de religião e política é sobre o aparato caraterizado como “laicidade” no âmbito dos Estados, sobretudo, nas questões da abstenção da religião. Esse sentido e grau de abstenção envolve no âmbito da sociedade uma infinidade de “embates de interpretações envolvidos sobretudo nos nichos promotores e suas diferentes apreensões religiosas” (RICOEUR, 1995, p.313). Esse curto-circuito de intensos conflitos foram apontados em linhas gerais em importante entrevista de Paul Ricoeur de 1995 – um dos raros textos que tratou dessa topografia teórico-social.
A definição de laicidade, as conexões de religião e política no âmbito dos Estados, é primeiro uma variável da conjuntura da gestão governamental do estado. Paul Ricoeur (1995) admite sobre isso que a noção de laicidade é diferente no Egito, na França, Portugal, Gabão e Inglaterra, nisso se alinha com teóricos com Nicos Poullantzas (1976), Judith Butler e Gayatri Spivak (2007) que a interpelação nos estados é uma variável local dependente de cada história social da religião oficial e do conjunto de forças hegemônicas. Por exemplo, Poullantzas (1976) indica que a Inglaterra respeita seu processo de laicidade respaldando os conflitos religiosos internos, mesmo assumindo, a partir a figura da rainha como liderança rainha e dirigente anglicanismo. A laicidade inglesa é descrita por Christian Smith (2003) vai designar de aberta para experiencias de fé, mesmo dando a primazia para o cristianismo de Westminster.
De igual forma Smith (2003) escreve sobre a França emergida no ambiente da Revolução Francesa, prorrogou um critério de laicidade, de retirada de símbolos e expressões religiosas dentro dos gabinetes até o ano de 2018. Por isso, Smith (2003) vai chamar o estado francês de “fechado” as discussões, diálogos e embates das expressões de fé. A partir de 2013, com uma série de campanhas e levantes mulçumanos e de migrantes acarretou na revisão da noção francesa de abolição de símbolos religiosos, até porque ocorriam cobranças das populações mulçumanas por conta das rezas diárias que se fazem na direção de Meca. Essa revisão de décadas da laicidade francesa se deu como uma série de acusações das populações emigradas que se referiram “o racionalismo europeu como racista” (PORTIER, 2019).
2 Laicidade no âmbito da sociedade
A noção de laicidade brasileira é ligada a laicidade portuguesa, uma forma mista das operações dos ambientes ingleses e franceses. Por isso Smith (2003) utiliza a expressão laicidades “mistas”, o que se torna mais desafiadora para as análises, pois admite internamente duplicidades de narrativas e aparentes contradições de argumentos.
Só por isso, afirma-se a importância desta edição da Revista Brasileira de Histórias das Religiões/ANPUH, com a discussão sobre cristãos e política em tempos difíceis.
Ao olhar mais o panorama da sociedade, ainda que sobre as sinalizações dos teóricos franceses, Phillip Portier (2011, p.190-195) indica-se que exista “há a laicidade do Estado, que pode ser referida com uma palavra: abstenção, com conotações restritiva e negativa”. O “Estado laico deve assumir papel de neutralidade em relação à religião e, consequentemente, às instituições religiosas” (PORTIER, 2011, p.195). Logo, seus representantes e estatutos não deveriam privilegiar ou posicionar-se de maneira agressiva em relação a nenhuma manifestação religiosa, o que para Paul Ricoeur (1995) esse caminho seria de uma espécie de “agnosticismo estatal”. Nesse sintagma a separação entre Estado e religião não implica simples ignorância de um em relação ao outro, mas, “há o intento de delimitar de maneira adequada o papel de cada um, de maneira que a religião seja reconhecida pelo Estado como entidade, com regimentos, registro e estatuto público, submetida às leis que regem os demais grupos e agremiações sociais” (RICOEUR, 1997, p.81).
Em termos jurídicos as instituições religiosas não têm o poder centralizador, configurando-se como mais uma associação dentre as outras, portanto, a religião não é “todo o estado, mas parte dele” (PORTIER, 2011, p.196). Paul Ricoeur (1995 p. 181), está convencido de que este conceito de laicização se mostra mais normativo do que efetivo, quando diz: “creio que é preciso ter mais sentido histórico e menos ideológico, para abordar os problemas ligados à laicidade”. O que se quer esmiuçar: os diversos Estados-nação, a partir de sua formação histórica peculiar, há mobilizações próprias sobre as religiões e as instituições estatais.
Junto a esse conceito de laicidade existe outro mais dinâmico. Quando se analisa no âmbito da sociedade civil, a laicidade coloca-se como embate de posicionamentos distintos, como pluralidade e diversidade de perspectivas. Esses conflitos de posicionamentos pressupõe uma sociedade marcada pelo pluralismo de concepções de mundo, de crenças, de ideias, de ideologias, de interpretações e de convicções. Em uma sociedade marcada por esta diversidade, a laicidade assume caráter dinâmico em razão do campo de disputas que se instaura. Esse “conflito de interpretações” não tem por objetivo a harmonização, um consenso. Mas, antes, assume-se que, em muitas questões, a impossibilidade de um acordo é patente. O que não é negativo, desde que se preserve as partes em desacordo. O conflito das interpretações, desde que se preserve os atores e seus argumentos, é uma forma de preservação das liberdades e dos conjuntos.
3 Tensões e questões da laicidade em disputa no Brasil
No Brasil atual, em que cada vez mais se aumentam os atravessamentos entre religião e política, deve-se lembrar que os conflitos de interpretações religiosas são inerentes a formação do Estado republicano (1889) que se mantém neutro, ao menos oficialmente, em relação a instituições religiosas, ou então, deveria ser mantido. Com esses dados sobre religião e política no Brasil podemos vislumbrar incursões dos atores religiosos, em especial católicos e evangélicos, na construção de uma patrulha ideológica nos postos do Estado brasileiro e sua ocupação efetiva, e, todos os níveis, local, regional e federal e se espraiando pelos três poderes. Daí a importância desse dossiê, e sobretudo, que a laicidade brasileira não seja um conceito dado, fixo, mas se encontra em disputa.
É o que se pode perceber, quando o atual Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, afirmou em 2019 no maior evento evangélico do país, a Marcha para Jesus: “O país é laico, mas eu sou cristão”. Está ocorrendo um claro deslocamento da neutralidade do estado, e o se preservando as partes nos conflitos religiosos internos a nossa sociedade (PY, 2020). Por outro lado, isso sempre foi uma ponta de disputa, como por exemplo, com o advento do Estado de 1892, na primeira Carta Constitucional da República, tratou-se sobre a laicidade brasileira, e por conta dela o clero viram a necessidade de tentar “recatolicizar”, e passaram a investir nas novas instituições republicanas, buscando influenciar decisões políticas e sociais por meio da formação de uma elite intelectual católica (SILVEIRA, 2019).
Um dos marcos desse início e reação católica foi a promulgação, em 1916, da Carta Pastoral de Dom Sebastião Leme, arcebispo de Olinda e Recife, tornou-se, mais tarde, arcebispo e cardeal do Rio de Janeiro pelas mãos do Papa Pio XI (SILVEIRA, 2019). A Carta Pastoral fazia parte de um momento que se delineava desde a origem da República Brasileira, quando a Igreja Católica reuniu suas forças para consolidar reformas internas, como o recrutamento de novos membros estrangeiros para as ordens religiosas, a criação de novas dioceses e a consolidação de um discurso e de uma ação mais homogêneos (SILVEIRA, 2019). Assim, o dossiê apresentará uma série de reflexões teóricas e de objetos empíricos, construtos de seus autores e autoras, na forma de treze artigos que brindam os leitores e pesquisadores dos temas do Brasil contemporâneo.
4 Os artigos do dossiê
Logo em seguida, o trabalho intitulado “Pela “família tradicional”: campanha de candidatos evangélicos para a ALEP nas eleições de 2018”, escrito pelos pesquisadores Frank Antonio Mezzomo, Lucas Alves da Silva, Cristina Satiê de Oliveira Pátaro, discutem a partir do material de campanha (coletado nas redes sociais e sites) de alguns candidatos a deputados estaduais no estado do Paraná, seus posicionamentos políticos. Os temas centrais encontrados em geral foram: a defesa da escola sem partido, a luta contra a ideologia de gênero, e debates sobre a reprodução da vida. A preocupação destes candidatos é em geral com temas religiosos e morais.
A pesquisadora-docente Dora Deise Stephan Moreira contribui com o artigo denominado “A trajetória de Marcelo Crivella: de cantor gospel a prefeito da segunda maior cidade brasileira em 2016”. O texto discute as ações adotadas pela Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), para eleger inicialmente para o cargo de senador o bispo licenciado Marcelo Crivella, e depois, ao cargo a prefeitura do Rio de Janeiro que foi eleito em 2012. A dança entre a imagem religiosa e a imagem política se complexifica e é utilizada por Crivella de forma instrumental, ao sabor das circunstâncias políticas-eleitorais. Em todas as campanhas disputadas por Marcelo Crivella houve a vinculação da sua imagem com o projeto Nordeste. Projeto este desenvolvido pela IURD para fins sociais. Percebeu-se a associação do referido político com a questão midiática, assistencial, religiosa e moralista.
O próximo texto a ser apresentado e de autoria do docente da Universidade do Estado do Pará Saulo Baptista. O título do seu trabalho é “Os Evangélicos e o Processo Republicano Brasileiro”. No início do seu trabalho, o autor faz uma recapitulação histórica da chegada dos protestantes em terras brasileiras e sua presença pública em contraponto a hegemonia católica. Logo em seguida, contextualiza o surgimento e o desenvolvimento dos pentecostais e dos neopentecostais na política brasileira. O texto termina com uma eximia reflexão a respeito da presença dos evangélicos na atual conjuntura política nacional.
O docente Aldimar Jacinto Duarte e Seabra Vinicius contribuem com este número com o texto chamado “O campo político e o campo religioso a partir dos jovens ligados a International Fellowship of Evangelical Students (IFES) na América Latina”. Muito interessante a reflexão desenvolvida a respeito da postura, aparentemente, apolítica do grupo do IFES. Para chegar a esta conclusão foram aplicados questionário via Google-Forms em vinte países da América Latina, obtendo 228 respostas. A análise dos dados foi feita a partir dos conceitos da teoria de Pierre Bourdieu. Tal grupo é majoritariamente formado por jovens universitários.
Os pesquisadores Ricardo Ramos Shiota e Michelli de Souza Possmozer escreveram o texto denominado “O Brasil cristão da Frente Parlamentar Evangélica: luta pela hegemonia e revolução passiva”, que discute a partir das informações contidas no Facebook da Frente Parlamentar Evangélica (FPE), criada em abril de 2019. Sabemos que a FPE é entusiasta apoiadora do governo Jair Bolsonaro (sem partido), sobretudo pelo alinhamento ideológico na defesa das pautas de costume ou morais, fundamentalismo religioso e defesa de postura vinculadas aos expecto ideológico de extrema direita. Foram analisadas 209 publicações, entre 01 de abril e 31 de outubro de 2019. A teoria escolhida para analisar os dados foram os conceitos desenvolvidos por Gramsci.
Os autores Cézar de Alencar Arnaut de Toledo e William Robson Cazavechia adotaram como título do texto, “As Formas de Adaptabilidade do Neopentecostalismo Brasileiro à Mídia” e discutem a presença do conservadorismo religioso neopentecostal na mídia brasileira. Historicamente os evangélicos tiveram concessão de rádio, tv, criaram páginas de internet, e o uso das redes sociais com o intuito de posicionarem a respeito dos mais variados temas nacionais na perspectiva do fundamentalismo cristão. O texto é instigante e nos mostra como a mídia é bem trabalhada por este grupo religioso no Brasil.
O texto publicado foi de autoria dos autores Fabio Lanza, Luiz Ernesto Guimarães, José Neves Jr. e Raíssa Rodrigues, cujo título é “Engajamento político e Renovação Carismática Católica em Londrina-PR (2014-2016)”. O texto discute os posicionamentos políticos dos grupos católicos carismáticos (RCC) na cidade de Londrina inteiro de São Paulo. A partir de visitas de campo e entrevistas semiestruturadas, os autores conseguiram perceber a visão de mundo das lideranças deste universo religioso sobre o atual momento político brasileiro, Em geral, os representantes ou postulantes da RCC a cargo para o poder legislativa ou executivo, defendem pautas conservadoras, são fundamentalistas religiosos e benefícios institucionais para organismos de inspiração carismática católica e outros segmentos da Igreja Católica no Brasil.
Ao discutir o governo Bolsonaro na relação religião e política, a união entre católicos e evangélicos tem evidenciado de forma rotineira. O texto “Entre a articulação e a desproporcionalidade: relações do Governo Bolsonaro com as forças conservadoras católicas e evangélicas” escrito por Marcelo Ayres Camurça Lima e Paulo Victor Zaquieu-Higino tenta compreender se esta aproximação pode ser caracterizada como uma ação ecumênica de extrema-direita, num contramovimento do que no passado caracterizou as tentativas de aproximação entre os diferentes grupos cristãos em torno, por exemplo, da Teologia da Libertação e das lutas sociais na América Latina. Uma forte indagação é feita e discutida ao longo do texto: nessa trama religioso-política de extrema-direita, o catolicismo estaria sendo “eclipsado” e o pentecostalismo destacado? Não tenha dúvida que o atual governo aciona a religião para fundamentar suas ações e visões de mundo na política.
O próximo trabalho a ser apresentado traz como título “Guerras culturais e a relação entre religião e política no Brasil contemporâneo” escrito pelos pesquisadores Roberto Dutra e Karine Pessôa. O texto versa da presença da moralidade na política, provocada pela religião nas eleições de 2018. Os autores recorrem as categorias da sociologia política sistêmica de Niklas Luhmann para analisar o fenômeno religião e política na eleição referida.
O artigo chamado “A ‘governabilidade’ petista” escrito pela pesquisadora Amanda Mendonça é bem interessante e supre lacuna na literatura a cerca religião e política, que versa sobre a relação do Partido dos Trabalhadores (PT) com os pentecostais e os católicos, no período que esteve à frente da presidência do Brasil. A autora mostra que evangélicos e católicos uniram-se em torno da defesa de pautas conservadoras e, ainda que dando alguma sustentação político-partidária, causaram conflitos com a gestão petistas por entenderem que a “essência” do governo era contrária ao seu ideário religioso. Por outro lado, os governos petistas ofereceram alianças, cargos e apoio direto e indireto – subvenção de comunidades terapêuticas religiosas para o tratamento de drogadições, concessões de rádio e TV por exemplo – aos grupos cristãos em nome da governabilidade, essa geringonça feita de modos heteróclitos e que em 2018 entrou em um novo patamar de crise.
Os pesquisadores do campo das relações internacionais Anna Carletti e Fábio Nobre com o texto intitulado “A Religião Global no contexto da pandemia de Covid-19 e as implicações político-religiosas no Brasil”, nos mostra como líderes religiosos no Brasil e no mundo reagiram a pandemia Covid-19. Os pesquisadores André Ricardo de Souza e Breno Minelli Batista contribuem com o trabalho intitulado “Os efeitos políticos no Brasil dos sete anos iniciais do Papa Francisco”, tentando compreender as relações políticas e religiosas do Papa Francisco com o governo Jair Bolsonaro (sem partido). Sabemos que o Papa Francisco assume o papado em 2013, logo após, a renúncia do atual Papa Emérito Papa Bento XVI.
E por fim, o docente Graham McGeoch com o trabalho “Field Notes from Brazil: We don’t believe in Democracy”, faz uma interessante reflexão da presença dos elementos religiosos na atual conjuntura política brasileira, elegendo a eleição e o governo Bolsonaro como tema de análise. Daí, extraímos algumas perguntas: Que tipo de democracia é esta que temos e o porquê ela se enredou em uma trama político-religiosa de extrema-direita? É possível acreditar nesse tipo de democracia? E, por fim, que outra democracia podemos sonhar para sairmos uma relação disfuncional, inflamada e perversa entre cristianismo reacionário e política estatal (um estado de sítio) que a democracia liberal-representativa permitiu vir à luz.
Referências
BUTLER, Judith; SPIVAK, Gayatri. Who sings the Nation-State? Language, Politics, Belonging. New York: Seagull. 2007
POULANTZAS, Nicos (Org.), La Crise de l’État. Paris : Presses Universitaires de France, 1979.
PY, Fábio. Pandemia cristofascista. São Paulo: Recriar, 2020.
RICOEUR, Paul. Phenomenology and the social sciences. In: KOREBAUM, M. (Org.). Annals of Phenomenological Sociology, Ohio: Wright State University, 1977.
RICOEUR, Paul. O conflito das interpretações. Ensaios de hermenêutica. Rio de Janeiro: Imago, 1978.
RICOEUR, P. Leituras 1. Em torno ao Político. São Paulo: Edições Loyola, 1995.
SMITH, Christian. The secular revolution: power, interests, and conflict in the secularization of American public life. Berkeley: University of California Press, 2003.
SILVEIRA, Emerson. J. S. Padres conservadores em armas: o discurso público da guerra cultural entre católicos. Reflexão, PUCCAMPINAS, v. 43, 2019, p. 289-309.
Fábio Py – Professor do Programa de Políticas Sociais da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Riveiro. E-mail: pymurta@gmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7634-8615.
Emerson Sena da Silveira – Doutor em Ciência da Religião, antropólogo, professor do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora, MG. E-mail: emerson.pesquisa@gmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5407-596X.
Marcos Vinicius Reis Freitas – Doutor em Sociologia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Docente do Curso de Pós-Graduação em História Social pela UNIFAP, Docente do Curso de Pós-Graduação em Ensino de História (PROFHISTORIA). (CEPRES-UNIFAP/CNPq). E-mail para contato: marcosvinicius5@yahoo.com.br. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0380-3007.
PY, Fábio; SILVEIRA, Emerson Sena da; FREITAS, Marcos Reis. Apresentação – Os cristãos e a política no Brasil contemporâneo: laicidade em disputa, Estado em colapso, religião em efervescência. Revista Brasileira de História das Religiões. Marigá, v.13, n.39, p.5-12, jan. / abr. 2021. Acessar publicação original [IF].
História social da literatura | ArtCultura | 2021
Sobre as relações dialéticas entre história e literatura Os textos que o leitor tem em mãos neste dossiê partem de um pressuposto comum: a literatura é um documento do seu tempo e do seu lugar. Soa tautológico quando historiadores sugerem que um documento histórico deve ser compreendido como parte inseparável do seu contexto, como resultado dos embates sociais, políticos, culturais e econômicos do seu tempo, do seu lugar; e, simultaneamente, produto e produtor desse contexto. Mas é preciso dizê-lo novamente, e provavelmente ainda será necessário dizê-lo outras vezes, porque tomar a literatura como produto do seu tempo e lugar, como documento histórico, tem sido um pressuposto que tem afastado, de modo inconciliável, os historiadores dos críticos literários. Não de todos os críticos literários, por óbvio, mas sobretudo daqueles que insistem em atribuir à literatura um lugar especial, reservando a ela o lugar mais elevado da imaginação, da criação, da fantasia, da liberdade. Nos artigos reunidos nesta coletânea, ao contrário, a literatura é um produto material, tão material quanto pregos e parafusos, exatamente por isso, um produto do mundo, do contexto, dos conflitos que o formam e informam. Leia Mais
Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2021.
Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2021.
- AS CIÊNCIAS HISTÓRICAS E O EVOLUCIONISMO CULTURAL DO SÉCULO XIX: A BUSCA PELO PASSADO ANCESTRAL por Geraldo Rosolen Junior…………………………………………………….
- A TEORIA E A PRÁTICA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR: UMA REFLEXÃO EDUCACIONAL, CRÍTICA E CONSTRUTIVA por Katiana Alencar Bernardo…………………………………………..
- HISTÓRIA ORAL COMO POSSIBILIDADE EM PRODUÇÕES DA DIDÁTICA DA HISTÓRIA E DO ENSINO DE HISTÓRIA: NARRATIVAS DE PROFESSORES(AS) por Mariana de Sá Gaspar…
- RAP: UMA BRICOLAGEM TÁTICA FRENTE A VIOLÊNCIA POLICIAL CONTRA OS NEGROS ESTADUNIDENSES por Paulo Roberto Krüger………………………………………………………….
Experiencias del ensayo. Intersecciones/figuraciones/prácticas | Marisa Muñoz
Si pensamos en «ensayo» en cuanto concepto, cierto impulso formativo puede llevarnos a conjugarlo casi mecánicamente con un presunto par, «error»: el binomio queda conformado y, con él, la praxis direccionada. Pareciera que, en el marco de una esfera homogénea, ensayar supone experimentar una y otra vez, errando hasta que aparece ¾se des-cubre¾ lo exento de error, o sea, la verdad. Ahora bien, la misma dupla ensayo-error habilita otro tipo de experiencia e, incluso, otro tipo de verdad. Ensayar puede ser abordada como la práctica que no rehúye el error, sino que lo subvierte. Ensayar puede sugerir errar en la medida en que abre el horizonte para experimentar sistemáticamente lo fallido. Y, quizás debido a eso, ensayar ha apuntado un tránsito errante de la escritura y la lectura: mientras las buenas costumbres de la Academia decimonónica han asociado el rigor y la potencia crítica a la configuración de un Sujeto impoluto, soporte de las Ideas y la Lengua; el ensayo se ha inmiscuido en el error, como si se tratara de una falla desestabilizante de semejante estructura. Experiencias del ensayo. Intersecciones, figuraciones, prácticas (Prometeo, 2019) se aventura de lleno ¾y sin red de protección¾ en este aspecto. Y lo hace de modo tal que busca expresar el temple huidizo del ensayo como experiencia del pensamiento. Más bien, lo rodea sin sitiarlo, sin capturarlo en los moldes acomodaticios de la discursividad teórica. Este movimiento de la reflexión, tan flexible como contundente, determina la potencia de la obra editada por Marisa Muñoz; pues constituye, al mismo tiempo, el fundamento de las experiencias anunciadas en su título. Leia Mais
Secretos fracturados. Estampas del catolicismo conspirativo en México | Fernando González
En septiembre de 2017 tuvieron lugar una serie de eventos en el Instittuto Tecnológico y de Estudios Superiores de Occidente (ITESO), la universidad jesuita de Guadalajara, que giraron alrededor de un foro sobre la despenalización del aborto, organizado por estudiantes de esa institución. De acuerdo con varios medios, la actividad estuvo a punto de cancelarse debido a la presión ejercida por grupos Pro-Vida. Gracias a la movilización de las organizadoras, quienes acusaron que se trataba de una forma de censura, el foro finalmente se llevó a cabo. En la carta de motivos para la suspensión del evento, las autoridades del ITESO argumentaron que “no existen las condiciones de respeto para dicho foro”. Esto fue corroborado por algunas participantes, quienes dijeron haber recibido amenazas. Incluso se rumoró que algunos de sus detractores se habrían organizado para ingresar al campus y “reventar el diálogo”.2 Para quien no esté familiarizado con la historia del catolicismo tapatío en el siglo XX, esta referencia puede parecer una nimiedad. Sin embargo, el clima de tensión y de amenazas desde cierta derecha católica hacia una universidad jesuita invocaba a un espectro que no ha dejado de rondar el presente mexicano. En este caso, las disputas parecían invocar al fantasma de los Tecos, aquella organización secreta que, en 1958, intentó tomar por asalto las instalaciones del ITESO. Leia Mais
Uma introdução à história da Historiografia brasileira 1870-1970 / Thiago Nicodemo, Pedro Santos e Mateus de Faria
Thiago Lima Nicodemo / Foto: Jornal da Unicamp /
O título é chamativo: Uma introdução à história da historiografia brasileira (1870-1970). O texto oscila entre o inventário das concepções de historiador ideal e a transmutação do objeto “historiografia” ou “história da historiografia”, na duração de um século: de reflexão dispersa em necrológios e artigos de jornal à disciplina curricular da formação universitária em História.
Thiago Lima Nicodemo (Unicamp), Pedro Afonso Cristovão dos Santos (UNILA) e Mateus Henrique de Faria Pereira (UFOP), os autores, são jovens pesquisadores da área de Teoria e História da Historiografia. Tentaram se livrar da história da historiografia brasileira como inventário de homens e livros em ordem cronológica, mas enfrentaram dificuldades comuns entre os que, em grupo, querem conciliar pensamentos e práticas historiográficas díspares na exposição de um discurso sobre a matéria. Leia Mais
Hacer la revolución. Guerrillas latino-americanas/de los años sesenta a la caída del Muro | Aldo Marchesi
En los estudios sobre América Latina a partir de los años sesenta hasta la actualidad se hace cada vez más necesario una mirada transnacional que reconstruya los procesos políticos, ideológicos, intelectuales y culturales que vivió la región, teniendo en cuenta las complejidades de un contexto de Guerra Fría marcado por el ascenso de diversas agendas políticas. Una de las temáticas que más ha cobrado relevancia en ese sentido es el análisis de los movimientos guerrilleros o revolucionarios que comenzaron a desplegarse tras 1959 en el continente. No obstante, la fuerte carga de afectos a su alrededor, la cercanía temporal, el llamado fracaso de muchos de estos movimientos y la falta de fuentes para historizarlos, son algunas de las escabrosas cuestiones que dificultan el trabajo del historiador del tiempo presente. Leia Mais
Una herencia que perdura. Petróleo, cultura y sociedad en Venezuela | Miguel Tinker Salas
El autor Miguel Tinker Salas es un venezolano nacido en Caripito, estado Monagas. Su niñez, adolescencia y parte de su juventud transcurrió en un campo petrolero residencial, dado que sus padres trabajaban para una empresa de este ramo, por lo que llegó a conocer de primera mano cómo se vivía en un campo petrolero residencial, qué valores culturales existían y qué conductas eran promovidas y ejecutadas allí. Actualmente es Profesor Titular del Departamento de Historia y Estudios Latinoamericanos del Pomona College, en Claremont (California). Doctor en Historia por la Universidad de California en San Diego, es especialista en temas sobre Venezuela, México y la diáspora latinoamericana en Estados Unidos. Ha publicado libros, ensayos y artículos diversos de su especialidad. Es también analista político y conferencista en temas nacionales e internacionales.
Su obra que reseñamos fue motivada en su investigación y escritura por los sucesos socio-políticos acaecidos en Venezuela entre los años 2002 y 2004: es decir, por las masivas movilizaciones a favor o en contra del gobierno del entonces presidente de la república, comandante Hugo Rafael Chávez Frías (1999-2013); un fallido golpe de Estado en abril de 2002; actos esporádicos de violencia socio-política, cuyo fin era promover la ingobernabilidad; un cierre patronal y una huelga general promovida por los gerentes de la empresa estatal de hidrocarburos (Petróleos de Venezuela Sociedad Anónima., mejor conocida por sus siglas PDVSA) y las fuerzas sociales y políticas de oposición entre diciembre de 2002 y febrero de 2003; un referéndum revocatorio del mandato presidencial en 2004 y el clima de incertidumbre y polarización que promovieron varios sectores de la sociedad. Todo lo cual puso al descubierto las profundas divisiones que existen al interior de la sociedad venezolana. Leia Mais
Chronos. L’Occident aux prises avec le Temps | François Hartog
Cronos. Occidente frente al tiempo, sería más o menos la traducción del título del último libro de François Hartog que acaba de salir en octubre del turbulento 2020, publicado por la acreditada editorial Gallimard. Es un libro de sólida madurez intelectual que refleja los años de trabajo y reflexión de uno de los grandes historiadores franceses de los últimos veinte años del siglo XX y de los primeros del XXI. También en este 2020 se cumplen cuarenta años de su primera gran obra: El espejo de Heródoto, producido también por las prensas de Gallimard. Leia Mais
História Regional: novas perspectivas / Revista Maracanan / 2021
A historiografia recente interpreta “região” como um conceito polissêmico, não apenas ligado a recortes espaciais, construídos por entidades político-administrativas, tais como os Estados-nacionais, como também a questões de identidade e de representação. O presente número da Revista Maracanan traz o dossiê “História Regional: novas perspectivas”, aqui vislumbrada como um campo de pesquisa em franco desenvolvimento, partindo de problemáticas concernentes às relações entre espaço físico e espaço social, referendando que toda divisão regional parte de uma definição política. Os estudos aqui apresentados ressaltam a importância de estudos sobre o Brasil em suas múltiplas diversidades e abordagens, que vão além das esferas de poder mais tradicionais. A região também é percebida em sentido ampliado, evocando o campo das lutas simbólicas, a partir do qual, portanto, tornar-se-ia possível investigar aspectos relativos aos debates sobre identidade(s) e memória social.
Diante disso, o dossiê “História Regional: novas perspectivas” reúne trabalhos que partem da perspectiva da história regional aqui explicitada, sem restrições temporais ou epistemológicas, permitindo um diálogo polissêmico e original. Inicialmente apresentamos duas entrevistas sobre História Regional como campo de estudos. As professoras Alessandra Izabel de Carvalho e Maria Silva Leoni falam de suas trajetórias, de como entendem e trabalham com História Regional e analisam as potencialidades e dificuldades da área no Brasil e na Argentina, respectivamente.
Essas entrevistas apresentam o debate que segue com o primeiro artigo de Maria Alice Ribeiro Gabriel intitulado “‘A doçura que envolve’: a culinária brasileira do Nordeste em Baú de Ossos”. Nele a autora faz uma análise da obra do médico e memorialista brasileiro Pedro da Silva Nava, destacando o valor histórico das referências do autor sobre alimentos, em especial a cozinha regional nordestina no século XIX e princípios do século XX. O artigo apresenta uma análise histórico-comparativa para examinar os temas relativos à alimentação e à culinária que emergem de episódios biográficos sobre a família Nava, além de aspectos culturais e sociais de pratos populares e tradicionais do Nordeste brasileiro.
O segundo artigo, de autoria de Clovis Antonio Brighenti & Osmarina de Oliveira, intitulado “Conflitos territoriais como espaço de disputas entre memória e história: Análise de processos judiciais da Itaipu Binacional contra os Guarani no Oeste do Paraná” desloca o debate sobre região para o sul do Brasil e, através da análise de algumas ações judiciais envolvendo a disputa por terra entre o povo Guarani e o Estado, os autores analisam um discurso construído em torno de elementos que confluem para desconsiderar a história Guarani e desconstruir a memória da ocupação territorial regional, apresentando o estado atual do debate sobre o tema.
O artigo de Fernando Vojniak, “Cultura escrita na Fronteira Sul: Uso políticos da escrita entre os Kaingang” dá continuidade ao debate envolvendo indígenas e questões regionais ao analisar os temas da cultura escrita e das práticas intelectuais indígenas, campos ainda pouco explorados pela historiografia. O foco está na apresentação panorâmica das possibilidades de análise em perspectiva histórica das práticas intelectuais e dos usos políticos da escrita entre os indígenas, especialmente os Kaingang.
O quarto artigo é de Marcelo Ferreira Lobo & Aline de Kassia Malcher Lima, intitulado “Jacobinos da Amazônia: Nacionalismo, trabalho e violência no Pará (1890-1920)”. Nele os autores analisam as tensões entre nacionais e estrangeiros em Belém do Pará nas primeiras décadas da República. Para os autores, a presença significativa de imigrantes, em grande parte portugueses, na cidade de Belém, proporcionou o acirramento de tensões étnicas, onde nacionalismo transfigurou-se em antilusitanismo e servem que gancho para o estudo da difusão de ideias nacionalistas entre os anos de 1890 a 1920 no Pará e as implicações no mundo do trabalho amazônico.
O quinto artigo é “Sobre os Dízimos e os Direitos de Saída na São Paulo Provincial” de Camila Scacchetti & Luciana Suarez Galvão e busca quantificar a trajetória ascendente do dízimo, posteriormente denominado direitos de saída, nas finanças públicas paulistas durante o século XIX. Para as autoras, com essa análise documental é possível traçar um paralelo entre a evolução cafeeira e as expectativas arrecadatórias provenientes do imposto incidente sobre a exportação na região de São Paulo.
Na sequência, “História regional sob a perspectiva dos processos civilizadores: possibilidades de pesquisa a partir do caso de Monte Alegre – PR”, artigo de Ana Flávia Braun Vieira & Miguel Archanjo de Freitas Junior, traz o debate sobre a cidade-empresa de Monte Alegre (atual município de Telêmaco Borba, Paraná), de propriedade das Indústrias Klabin. Os autores buscam compreender como a região conhecida como sertões do Tibagi se tornou uma referência para a industrialização e urbanização nacional de meados do século XX e o fazem analisando o conteúdo das crônicas de Hellê Vellozo Fernandes, publicadas no jornal O Tibagi entre 1948 e 1964. A partir desses textos são identificadas e apresentadas as sensibilidades que orientaram o processo de civilização naquela formação social, as esferas da vida às quais as publicações eram dirigidas e os processos de adequação comportamental e as ações de resistência.
Em “De Straßburg a Strasbourg: Marc Bloch, Lucien Febvre e o nascimento dos Annales” Jougi Guimarães Yamashita nos apresenta uma discussão bastante interessante sobre a importância da Universidade de Estrasburgo no processo de criação da revista Annales d`Histoire Économique et Sociale, liderado por Marc Bloch e Lucien Febvre. Estabelecendo uma relação alvissareira com a proposta do dossiê, o autor estabelece diálogos entre as estratégias políticas de reconhecimento da Alsácia como região francesa a partir de 1919, após o domínio alemão de quase quarenta anos. A partir da pesquisa realizada em algumas revistas históricas, Yamashita propõe uma análise dos esforços dos renomados editores em afirmar a região em questão como francesa, bem como a relação desse processo com a editoração dos Annales.
A seguir, Samira Peruchi Moretto, em seu artigo intitulado “O desmatamento e reflorestamento no Oeste de Santa Catarina nas décadas de 1960 e 1970”, propõe um estudo sobre o desmatamento do estado de Santa Catarina e as práticas empreendidas, sem preocupações ambientais, durante as décadas de 60 e 70 do século XX, de projetos considerados pela autora como “de cunho imediatistas”. A historiografia mais recente tem se aprofundado nas relações entre a História Ambiental e a História Regional e a pesquisa apresentada pela autora em seu artigo demonstra com êxito esses debates, a partir de uma base documental bastante diversificada.
O décimo artigo que compõe o dossiê se intitula “Os indesejados da seca: a imagem do sertanejo desde as narrativas da Revista Instituto do Ceará ao Campo de Concentração do Alagadiço (1877-1915)”, de autoria de Leda Agnes Simões de Melo & Camila de Sousa Freire, é um estudo sertanejo. Seu mote é a criação do primeiro campo de concentração do estado, o campo do Alagadiço, na seca do ano de 1915. Sua intenção é propor uma análise do discurso construído, na época, pelo Instituto do Ceará e por uma elite em torno dessa instituição, sobre a região, o pioneirismo cearense e a abolição da escravatura.
O próximo artigo que apresentamos é intitulado “No Asilo e no orfanato: crianças pobres e doentes em Goiás na primeira metade do século XX”, de autoria de Rildo Bento de Souza & Lara Alexandra Tavares da Costa. O trabalho toma como foco duas instituições de caridade leigas para crianças pobres e doentes com o objetivo de realizar um estudo sobre as relações de poder na cidade de Goiás, relacionando as estruturas políticas regionais com as formas de caridade assistencial adotadas pelas elites da cidade.
A seguir temos um artigo de autoria de Raimundo Hélio Lopes, “O general do Norte: Juarez Távora e o movimento pelo seu generalato no imediato pós-30”. O autor, através de pesquisas realizadas na documentação do arquivo pessoal de Juarez Távora e no acervo de imprensa da região norte, analisa as estratégias adotadas por Juarez Távora e seu grupo para tomar e demarcar a região, na conjuntura política do pós Revolução de 1930.
“Os agentes não humanos na construção da paisagem da Cidade-Parque: História da Arborização de Brasília-DF (1960-1980)”, assinado por Marina Salgado Pinto & José Luiz de Andrade Franco é mais um estudo que se vale das relações estabelecidas pela historiografia recente entre História Regional e História Ambiental. É apresentada uma análise feita sobre o processo de arborização de Brasília nas décadas de 1960 e 70. Considerando uma “visão utilitarista da natureza”, os autores problematizam a influência da mídia, dos agentes políticos e dos especialistas envolvidos no projeto na formação de um espaço urbano que controlasse a paisagem nativa e atendesse às demandas de controle dos poderes constituídos, harmonizando-as.
Fechando o nosso dossiê temos o artigo intitulado “O papel do Instituto Histórico na construção de memórias sobre a Baixada Fluminense (1971-1985)” de Eliana Santos Laurentino & Rui Aniceto Fernandes, analisa como o Instituto Histórico da Câmara de Duque de Caxias (RJ), foi útil para edificar uma memória de “Progresso” para o município, nos anos 1970. Explorando os usos do espaço físico do próprio Instituto em comemorações oficiais os autores sustentam que a memória não se constrói livremente, mas é alimentada por arquivos, aniversários e celebrações que foram usadas, nesse caso, para favorecer o diálogo com o regime político vigente.
Priscila Gomes Correa & Aline Farias de Souza são as autoras de “Política e Região: a Bahia da Modernização Conservadora e o primeiro governo estadual de Antonio Carlos Magalhães”. A nota de pesquisa, adjunta ao dossiê, apresenta um estudo baseado nos diálogos possíveis entre a História Regional e a História Política. Para tal, é feito uma análise do processo de construção do que as autoras chamaram de “região da Bahia da Modernização Conservadora”, durante o primeiro governo de Antônio Carlos Magalhães no estado (1971- 1975) e das mudanças provocadas no território baiano.
Na seção de artigos livres os trabalhos estão publicados “Quando os súditos se convertem em soldados: O pacto político ao Norte e ao Sul da América Portuguesa” de Christiane Figueiredo Pagano de Mello; “A narrativa poética de Joaquim Alves da Silva: polícia versus jagunços no oeste; e, sudoeste do Paraná” de Claércio Ivan Schneider; e, “A administração dos bens confiscados dos Jesuítas na Capitânia de São Paulo, 1760-1782” de Ilana Peliciari Rocha.
Por fim, este número é fechado com a tradução de um texto seminal de Martin Jay, professor Emérito da University of California-Berkeley. “‘Ei! Qual é a grande ideia?’: ruminações sobre a questão da escala na História Intelectual” discute sobre este ramo da historiografia a partir de uma proposta metódica que reconhece a ambiguidade semântica dos conceitos, por meio de uma leitura que considera a longa duração. O exercício de crítica do autor surge como uma resposta e alternativa à chamada História das Ideias tradicional.
Basta agora convidar o leitor a navegar no sumário do número 26 da Revista Maracanan. Desde já, desejamos boas leituras!
Isadora Tavares Maleval – Professora Adjunta da Universidade Federal Fluminense, Campos dos Goytacazes, Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional, Departamento de História. Doutora, Mestre e graduada em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. E-mail: isadoramaleval@gmail.com http: / / orcid.org / 0000-0003-4882-7907 http: / / lattes.cnpq.br / 5004479701596418
Cláudia Atallah – Professora Adjunta da Universidade Federal Fluminense, Campos dos Goytacazes, Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional, Departamento de História. Professora do Programa de Pós-graduação em História Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Formação de Professores. Doutora em História pela Universidade Federal Fluminense; Mestre e graduada em História e Especialista em História do Brasil pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. E-mail: clauatallah@gmail.com http: / / orcid.org / 0000-0001-5298-9939 http: / / lattes.cnpq.br / 2918940954094400
Susana Cesco – Professora Adjunta da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Escola de História. Professora do Mestrado Profissional em Ensino de História da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Doutora em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro; Mestre e graduada em História pela Universidade Federal de Santa Catarina. E-mail: susanacesco@gmail.com http: / / orcid.org / 0000-0002-1357-3743 http: / / lattes.cnpq.br / 1534977452527340
As organizadoras.
MALEVAL, Isadora Tavares; ATALLAH, Cláudia; CESCO, Susana. Apresentação. Revista Maracanan, Rio de Janeiro, n.26, 2021. Acessar publicação original [DR]
História da saúde e das doenças: instituições, discursos e relações de poder / História – Debates e Tendências / 2021
A saúde e as doenças não podem ser pensadas como conceitos estanques, a complexidade que envolve o estar são ou doente tem uma relação direta sobre como as sociedades interpretam e assimilam esses dois estados. Assim, a conceituação também está envolvida nas relações de poder, nas disputas discursivas que dizem respeito aos diversos comportamentos referentes à multiplicidade de doenças existentes.
O saber médico precisa ser problematizado nos diversos contextos, possibilitando ver como os discursos se articulam e garantem a sua condição de existência. Neste sentido, as representações sociais sobre as doenças estarão diretamente relacionadas com os mecanismos de controle, definição e exclusão dos indivíduos em diferentes conjunturas históricas. Leia Mais
Liberating Histories | Claire Norton, Mark Donnelly
Experimentamos un tiempo de incertidumbre, marcado por lo que algunos han denominado un cambio sin precedentes. La situación condicionada por problemas de precariedad económica, conflictos raciales y el ascenso de las nuevas derechas exige una constante reformulación de las formas bajo las cuales “observamos” los pasados y las circunstancias que nos impelen a interactuar con ellos en términos éticos y activos. Leia Mais
[Tiempo suspendido] Una historia de la desaparición forzada en México/1940-1980 | Camilo Vicente Ovalle
Entre 1940 y 1980, el Estado posrevolucionario se consolidó; alcanzó una etapa de crecimiento económico como nunca se había vivido en el México independiente. La estabilidad política era notable, sobre todo en comparación con el resto de Latinoamérica. La imagen de México en el exterior era de un país democrático, liberal y hasta progresista. Al interior, el mito de la Revolución mexicana sostenido por la “familia revolucionaria” organizada en el partido hegemónico -el Partido Nacional Revolucionario (PNR), el Partido de la Revolución Mexicana (PRM) y el (PRI) Partido de la Revolución Institucionalizada- era uno de los principales soportes ideológicos del sistema. Y, sin embargo, este retrato de un país “color de rosa” tenía su contraparte. Probablemente, uno de sus rostros más macabros es el de la desaparición forzada como práctica institucional contra los opositores al régimen. Éste es el tema principal de [Tiempo suspendido]. Leia Mais
Tessituras – Revista de Arqueologia e Antropologia. Pelotas, v.9, n.1, 2021.
Dossiê: Perspectivas Antropológicas Afrolatinas e Caribenhas: a atualidade do racismo, e neoliberalismo em nossos contextos
Editorial
Dossiê: Perspectivas Antropológicas Afrolatinas e Caribenhas
- APRESENTAÇÃO DO DOSSIÊ PERSPECTIVAS ANTROPOLÓGICAS AFROLATINAS E CARIBENHAS: A ATUALIDADE DO RACISMO, FASCISMO E NEOLIBERALISMO EM NOSSOS CONTEXTOS
- Luciana de Oliveira Dias, Rosane Aparecida Rubert, Vera Rodrigues
- EU EMPREGADA DOMÉSTICA: HERANÇAS, RESISTÊNCIAS E ENFRENTAMENTOS DAS TRABALHADORAS DOMÉSTICAS NO BRASIL
- Luciana de Oliveira Dias, Lyzyê Inácio Almeida
- “VIDAS NEGRAS IMPORTAM: O QUE DIZEMOS NÓS MULHERES NEGRAS ATIVISTAS, INTELECTUAIS E ARTISTAS”
- Vera Rodrigues
- NARRATIVAS ANTIRRACISTAS NO ENFRENTAMENTO AO CONTEXTO DE NEOFASCISMO: EDUCANDO SUJEITOS HISTÓRICOS NAS LUTAS
- Kelly Meneses Fernandes, Nivaldo Aureliano Léo Neto
- MATERIALIDADES DISCRIMINATÓRIAS: RACISMO CONCRETIZADO NO COTIDIANO
- Rafael de Abreu e Souza
- ETNOGRAFIA DA FECHAÇÃO: GÊNERO, RAÇA E PERFORMANCE DOS VIADOS DE FANFARRA NA BAHIA
- Vinícius Santos da Silva Zacarias
- JUVENTUDE NEGRA NA PEGADA DA TRANSGRESSÃO COMO PRÁTICA DE LIBERDADE: PERSPECTIVAS E ABORDAGENS ETNOMUSICOLÓGICAS
- Leonardo Moraes Batista, Thamara Collares do Nascimento, Danilo Cunha de Jesus dos Santos, Acsa Braga Costa, Victor Hugo Costa Cantuaria da Silva
- A RESISTÊNCIA DE MOVIMENTOS SOCIAIS E FEMINISMOS NEGROS NA ARGENTINA: UM PAÍS QUE SE CRÊ FENOTIPICAMENTE BRANCO E CULTURALMENTE EUROPEU
- DENISE LUCIANA DE FATIMA BRAZ
- LA AFRODESCENDENCIA EN LA ANTROPOLOGÍA URUGUAYA. UNA REFLEXIÓN AFRO REFERENCIADA.
- Fernanda Daniela Olivar
- PDF (ESPAÑOL (ESPAÑA))
- PERSPECTIVAS E RESISTÊNCIAS AFRO-COLOMBIANAS: NEOLIBERALISMO, MULTICULTURALISMO E CONFLITO SOCIAL ARMADO
- Luis Meza Álvarez
- CONSTRUINDO TERRITÓRIO NEGRO: O ESPAÇO HUMANITÁRIO DE PUENTE NAYERO (BUENAVENTURA-COL) E A LUTA ANTIRRACISTA NO DIREITO INTERNACIONAL
- Daniela Lima Costa, Marcos Queiroz
- A AFROPERUANIDAD COMO IDENTIDADE HEMISFÉRICA: A CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES RACIAIS E POLÍTICAS NA EXPERIÊNCIA MIGRATÓRIA NEGRA
- Camila Daniel
- O DESEMPRETECIMENTO PODE SER UMA PRÁTICA DE OTIMIZAÇÃO ESTÉTICA?
- Frantz Rousseau Déus
- RAÇA, COLONIALIDADE E PODER: DESDE ANTÉNOR FIRMIN
- Bruna Ribeiro Troitinho
- TRANSCULTURANDO A AMEFRICANIDADE DE LÉLIA GONZALEZ: DECOLONIALIDADES EM DEBATE
- Lourival Aguiar
- ENTREVISTA – JOHN SIMS: AS ARTES COMO MEIO PARA CATARSES ANTIRRACISTAS
- Fabiana Mendes de Souza
Artigos Livres
- BIOPODER E RACISMO ESTRUTURAL/INSTITUCIONAL: PENSANDO A SAÚDE BRASILEIRA ANTROPOLOGICAMENTE EM “TEMPOS DE CORONA VÍRUS”
- Jairo Hely Silva
- GÊNEROS PERDIDOS: POR UMA ARQUEOLOGIA TRANSFEMINISTA
- Violet Baudelaire Anzini
- AMAR E ODIAR LA PALOMA (URUGUAI): UMA PEQUENA LOCALIDADE COSTEIRA ENTRE O “INVERNO” E O “VERÃO”
- Daniel Cajarville Fernández
- PDF (ESPAÑOL (ESPAÑA))
Resenhas
- TEMPOS DE DIZER, TEMPOS DE ESCUTAR: TESTEMUNHOS DE MULHERES NO BRASIL E NA ARGENTINA.
- Daniele Borges Bezerra
- REMOÇÕES DE FAVELAS NO RIO DE JANEIRO: ENTRE FORMAS DE CONTROLE E RESISTÊNCIAS
- Nathalia Ferreira Gonçales
- LES MIGRANTS EN BAS DE CHEZ SOI
- Otávio Amaral da Silva Corrêa
- PDF (FRANÇAIS (CANADA))
- Práticas, conflitos, espaços: pesquisas em antropologia da cidade
- João Paulo Campos
Procesos Históricos. Mérida, n.039 (20) 2021.
Enero-Junio 2021
Editorial
- Editorial
- Artículos
- El escenario urbano: un espacio del desencanto. Fotografía y crítica a la modernidad venezolana (1963-2003)
- Fabiola Velasco Garípoli
- Implicaciones psicológicas de la actual crisis venezolana
- Leslie Arvelo Arregui
- ¿Dictaduras necesarias en África? Análisis del segundo régimen nguemista de Guinea, 1979-1996
- Miré Germain Palé
- Trágica y gloriosa unidad nacional. La fabricación monumental de Francisco de Miranda en el Panteón Nacional, 1895-1896
- Carlos Augusto Lindarte Castro
- Consideraciones sobre el país fallido y la destrucción de élites locales y regionales, Venezuela, siglo XX
- Horacio Biord Castillo
- La Damnatio Memoriae del Próximo Oriente Antiguo en el siglo XXI: D estrucción y saqueo del patrimonio histórico cultural del Museo de Bagdad , 2003
- Simón Vladimir Pérez Medina
- Bolívar como personaje literario heroico en la Biblioteca de Escritores Venezolanos Contemporáneos
- Robert Guerrero Pérez
Reseñas bibliohemerográficas
- Miguel Tinker Salas: Una herencia que perdura. Petróleo, cultura y sociedad en Venezuela. (Traducción del inglés por Ángela Thielen). Caracas, Editorial Galac, 2014, pp.379 (Original inglés: The Enduring Legacy. Oil, culture and society in Venezuela, 2013).
- Gilberto Quintero Lugo
Documentos
- Parte de la Batalla de Carabobo. Un documento redactado por el Libertador y que hoy publica la Revista Procesos Históricos, en conmemoración de la fecha bicentenaria de esta gloriosa batalla, a celebrarse el próximo 24 de junio de este año: junio 24, 1821-junio 24, 2021
- Simón Bolívar
Almanack. Guarulhos, n.27, 2021.
Almanack. Guarulhos, n.27, 2021.
Palavras para debate
- HISTÓRIA CONCEITUAL DO REALISMO MÁGICO – A BUSCA PELA MODERNIDADE E PELO TEMPO PRESENTE NA AMÉRICA LATINA
- Palavras para o debate | Iegelski, Francine
Dossiê
- FRONTEIRAS E RELAÇÕES TRANSFRONTEIRIÇAS NA AMÉRICA IBÉRICA | Bastos, Carlos Augusto
- BORDERLANDS AND ACCOMMODATION: SPANISH SOLDIERS AND AMERINDIAN NATIONS IN LOUISIANA AND FLORIDA (1763-1803) | Croguennec, Soizic
- SOBERANIA EM TERRITÓRIO ALHEIO: COMANDANTES E ESPIÕES IBÉRICOS NAS FRONTEIRAS DA AMÉRICA, SÉCULOS XVIII E XIX | Comissoli, Adriano
- La estructuración del régimen de intendencias en el Distrito del Sur en tres escenarios (1824-1830): Elecciones, administración territorial y justicia | Hanna, Santiago Cabrera
- ESTRATEGIAS DE CONTROL COMERCIAL EN EL ÁREA SUR ANDINA, 1830-1860: APROXIMACIÓN A CUATRO CASOS DE MERCADERES EXTRANJEROS ESTABLECIDOS EN LA REGIÓN TACNA-ARICA 1 | Rosenblitt B, Jaime
- “NOS CAMINHOS DE SÃO GREGÓRIO”: AS HIERARQUIAS SOCIAIS NA FRONTEIRA DO BRASIL COM O URUGUAI E O COMANDO REGIONAL DO BRIGADEIRO DAVID CANABARRO (C. 1831-1865) | Vargas, Jonas Moreira
- VASTIDÃO DOS GENTIOS BÁRBAROS”: CAMINHOS E FRONTEIRAS ENTRE O MARANHÃO E O BRASIL (1680-1700) | Chambouleyron, Rafael; Ibáñez-Bonillo, Pablo; Melo, Vanice Siqueira de
- FISCALIDADE E COERÇÃO NA FRONTEIRA: A AÇÃO DO ESTADO EM TERRITÓRIO LIMÍTROFE DO BRASIL MERIDIONAL EM MEADOS DO SÉCULO XIX | , Mariana Flores da Cunha Thompson Flores
- A NAÇÃO CONTRADITADA: AUTOBIOGRAFIAS DE ESCRAVIZADOS E O ABOLICIONISMO NOS ESTADOS UNIDOS (SÉCULO XIX) | Oliveira, Rafael Domingos
- INFLUÊNCIAS DA TERCEIRA REGÊNCIA DA ESPANHA NA OPINIÃO PÚBLICA: O FINANCIAMENTO AO PROCURADOR GENERAL DE LA NACIÓN Y DEL REY DURANTE AS CORTES DE CÁDIS1 | Santos, Bruno
- DIRIGENTES PARTIDÁRIOS, MUDANÇA POLÍTICA E PERCURSOS SOCIAIS: OS DESTINOS DE LIDERANÇAS DO PARTIDO CONSERVADOR PARANAENSE APÓS A QUEDA DO IMPÉRIO (DÉCADA DE 1890) | Gomes, Sandro Aramis Richter
- O “DIREITO DE NOBREZA” NA CULTURA JURÍDICO-POLÍTICA DO BRASIL IMPERIAL | Fonseca, Álvaro Monteiro Mariz
- A VISITA DE “SUA MAGESTADE O IMPERADOR” E OS PEDIDOS DE PERDÃO DE PRESOS DA CADEIA CIVIL DE PORTO ALEGRE | Cesar, Tiago da Silva
Resenha
- CONSTRUINDO FRONTEIRAS DENTRO DAS FRONTEIRAS DO IMPÉRIO DO BRASIL | Machado, André Roberto de A.
- UM SOLIDÁRIO TREZE DE MAIO: OS AFRO-BRASILEIROS E O TÉRMINO DA ESCRAVIDÃO | Soares, Rodrigo Goyena
- A POLITIZAÇÃO DO TEMPO HISTÓRICO NA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL1 | Fortunato, Thomáz
- O DIREITO À LIBERDADE E A DIALÉTICA DAS RAÇAS NAS AMÉRICAS | Ferraro, Marcelo Rosanova
Paz en la República. Colombia, siglo xix | Carlos A. Camacho, Margarita O. Garrido e Daniel A. Guriérrez
Margarita Garrido | Foto: LaVozDeMacondo |
Este libro compilado es un esfuerzo muy pertinente por hacer la historia relevante para el presente. En medio de las controversias que han suscitado recientemente las negociaciones de paz con las farc y el eln, este grupo de historiadores se propone “enriquecer estos debates con el estudio de los periodos de paz decimononicos, con el fin de darle profundidad a la inmediatista mirada habitual” (p. 16). Ojala con mas frecuencia los historiadores nos animaramos a enriquecer el debate publico con una perspectiva de mas larga duracion, tan fundamental para la comprension de la coyuntura. Ademas de aportar profundidad historica, nos invitan a romper con la creencia generalizada de que la guerra ha sido una constante en la historia de Colombia. Para hacerlo, abordan el siglo xix, que repetidamente hemos llamado “el siglo de las guerras civiles”, y nos demuestran que no lo fue: afirman que, despues de 1839, cuando empieza la primera guerra civil propiamente dicha, hubo catorce anos de guerra y cien de paz. Los capitulos estudian las paces hechas tras cada una de las ocho guerras civiles del siglo xix y su conexion con el retorno posterior a la guerra. De esta manera, dirigen nuestra atencion a lo que ha sido mayoritariamente espacio negativo ante nuestros ojos, mas acostumbrados a ver la guerra.
A pesar de que el libro es sobre la paz, tambien nos ensena sobre las guerras civiles, pues la fluidez entre paz y guerra hace necesario estudiarlas atendiendo a las dos caras de la moneda. Cada capitulo explica las causas de una guerra (excepto el de Malcolm Deas, que aborda dos, correspondientes a 1885 y 1895), la forma como se negocio y alcanzo la paz, asi como las limitaciones de esta ultima que generaron la detonacion de una nueva guerra posteriormente. Los autores y autoras hacen enfasis en la heterogeneidad de las guerras, explicando en detalle las situaciones particulares que conllevaron a cada una de ellas y sus variaciones de region en region. La de los Supremos (1839-1842), estudiada por Luis Ervin Prado, no fue una: fueron una serie de levantamientos provinciales que tuvieron en comun un llamado a la federalizacion. La de 1851, abordada por Margarita Garrido, fue motivada por la abolicion de la esclavitud, pero tambien por la intervencion del Estado en asuntos de la Iglesia y de las provincias, asuntos que amenazaban la nocion del mundo y del orden social de los rebeldes. Leia Mais
Ciencia, lengua y cultura nacional. La transferencia de la ciencia del lenguaje em Colombia, 1867-1911 | Andrés Jimenez Ángel
Andrés Jimenez Ángel | Foto: UR |
Este libro se ocupa de la configuracion de la ciencia del lenguaje en Colombia desde 1867 —ano atado a las reformas educativas de los gobiernos del Olimpo radical y en el que se publico la primera edicion de la Gramática de la lengua latina de Miguel Antonio Caro y Rufino Jose Cuervo— hasta 1911 —fecha del deceso de Cuervo; Caro habia muerto en 1909—. Al insistir en el proceso productivo de la forma vernacula de un conocimiento tecnico con pretensiones universales, evita hacer enfasis en lo que se haya recibido de tradiciones intelectuales foraneas o valorar esa recepcion en los terminos del centro y la periferia. Asi, el principal valor del libro es que se concentra en la circulacion de un saber y los efectos de ese movimiento sobre el modo de ser de ese saber circulante.
Adicionalmente, el punto de vista de la circulacion asumido por Jimenez Angel nos permite desmitificar la unidad de los saberes para verlos en sus formas multiples, relativas a marcos espaciotemporales diversos. Gracias a ello, podemos enfatizar los aspectos locales del proceso y tambien dar a Europa un lugar mas adecuado en la vida intelectual de otros centros de produccion de conocimiento. Leia Mais
Soberanías fronterizas. Estados y capital en la colonización de Patagonia (Argentina y Chile, 1830-1922) | Albert Harambour
Soberanías fronterizas | Detalhe de capa |
Uno de los rasgos comunes en la historiografia sobre los procesos poscoloniales de formacion nacional en America Latina ha sido la nocion de la soberania como una fuerza civilizatoria encarnada en el estado,1 el cual se ha asumido a su vez como un aparato que se expande siguiendo una trayectoria centrifuga, absorbiendo gradualmente territorios y poblaciones por fuera de su control o resistentes al mismo. En esta lectura, el fracaso o exito de los estados se ha concebido frecuentemente como un efecto de su capacidad —o incapacidad— de extender su poder a la totalidad del territorio bajo su jurisdiccion, y de construir y sostener en el tiempo una identidad politica homogenea.
En contravia de esta nocion, Soberanías fronterizas. Estados y capital en la colonización de Patagonia (Argentina y Chile, 1830-1922) desplaza la atencion hacia los margenes del estado como epicentro que permite desentranar sus mitos fundacionales, logicas y efectos espaciotemporales. En un trabajo solido, sustentando en una variedad amplia de fuentes primarias, Alberto Harambour examina criticamente las dinamicas de expansion capitalista y construccion estatal en la Patagonia argentina y chilena durante el siglo xix y comienzos del xx. Leia Mais
Hacer la revolución. Guerrillas latino-americanas, de los años sesenta a la caída del Muro | Aldo Marchesi
Aldo Marchesi | Foto: Brecha |
Uno de los temas recurrentes en los estudios sobre la historia reciente de America Latina es la violencia politica de la segunda mitad del siglo xx. En particular, para el caso de los paises del Cono Sur, las reflexiones academicas en torno a las luchas sociales y politicas protagonizadas por distintos sectores y organizaciones armadas o civiles; la respuesta autoritaria de las dictaduras militares; sus respectivas consecuencias humanitarias; y los procesos de transicion politica hacia la democracia, han sido temas relevantes para el conjunto de las ciencias sociales de la region y del mundo. Pues bien, el libro del historiador uruguayo Aldo Marchesi, ganador del premio a “Mejor libro en Historia reciente y Memoria” de la Latin American Studies Association en 2020, nos presenta una version novedosa e integral sobre estas tematicas como resultado de su investigacion doctoral.
En el texto, el autor dibuja una geografia politica de la izquierda radical de los paises del Cono Sur a partir del trabajo riguroso con fuentes documentales y testimoniales que son utilizadas para presentar los distintos flujos estrategicos, biograficos e ideologicos de una cultura politica transnacional que fue construida y compartida por cuatro organizaciones armadas en el arco temporal comprendido por el estudio. Estas organizaciones fueron el Movimiento de Liberacion Nacional-Tupamaros (mlnt) uruguayo; el Ejercito de Liberacion Nacional (eln) boliviano; el Partido Revolucionario de los Trabajadores (prt) argentino y su estructura militar, el Ejercito Revolucionario del Pueblo (prterp); y el Movimiento de Izquierda Revolucionaria (mir) chileno. Leia Mais
Y a la vida por fin daremos todo… Memorias de las y los trabajadores y extrabajadores de la agroindustria de la palma de aceite en el Cesar, 1959-2018 | Centro Nacional de Memoria Histórica
SMNH. Y a la vida por fin daremos todo… | Detalhe |
Este libro es una reconstruccion colectiva de la memoria de las y los trabajadores y extrabajadores de la palma en el departamento del Cesar (Colombia) entre 1950 y 2018, donde hubo al menos 249 victimas que tuvieron relacion directa con la organizacion sindical. Las organizaciones que participan del informe son la Fundacion de Apoyo y Consolidacion Social para los desplazados por la Violencia en Colombia —fundesvic—, el Sindicato Nacional de Trabajadores de la Industria del Cultivo y Procesamiento de Aceites y Vegetales —sintraproaceites— y el Sindicato Nacional de Trabajadores de la Industria Agropecuaria —sintrainagro—.
Este ejercicio de memoria se llevo a cabo entre el 2017 y el 2018 y abarca seis decadas. Tuvo como trasfondo un conjunto de informacion proveniente de distintas tecnicas y fuentes: entrevistas, documentos personales de los afiliados a los sindicatos, talleres de memoria, prensa escrita, archivos institucionales, material secundario. Aunque es el primero que, desde el Centro Nacional de Memoria Historica (cnmh), tiene como eje central al sector palmero, la violencia antisindical ha sido abordada, a nivel de registro e investigacion, tanto por organizaciones no gubernamentales, como por entidades sindicales y academicos, desde hace ya al menos tres decadas en el pais.[1] Si bien el informe fue publicado por el cnmh en 2018, su lanzamiento publico no estuvo exento de polemica con la actual direccion del cnmh, en cabeza del historiador Ruben Dario Acevedo Carmona, teniendo lugar finalmente en la Universidad de los Andes, el 29 de mayo de 2019. En su momento, el portal La Silla Academica titulo el episodio como “la lucha de poder detras de la memoria”.[2] El capitulo introductorio del informe lleva por nombre “Siembra y ampliacion del cultivo de palma, conflictos laborales e inicios de la organizacion sindical”. Alli se describen los antecedentes de la llegada de la palma y el proceso social y politico de formacion de la organizacion sindical. El capitulo narra que antes de la llegada de la palma, en el Copey (norte del Cesar), habia cultivos de algodon, arroz, tabaco y sorgo, donde empresas como El Labrador s.a. y empresarios que vinieron de menos a mas en la region —tal es el caso de Alfonso Lozano Pinzon o Misael Carreno— jugaban un papel importante. A partir de relatos de exfuncionarios de una de las empresas formada en 1971, Palmeras de la Costa s.a., y de extrabajadores de Indupalma, se reconoce que el cultivo de palma comienza a entrar en San Alberto (sur del Cesar) entre 1958 y 1961 a traves de Agraria La Palma o Indupalma, y que su llegada, ademas de traer consigo “gentes de todas las regiones, facilita las primeras formas de organizacion de los trabajadores […] y la creacion del primer sindicato de Indupalma en 1963” (p. 39). Estos relatos dan cuenta del rol de los sindicatos en las huelgas de 1971 y 1977 y las distintas “acciones de presion” a Indupalma. Ademas, describen la institucionalidad comunitaria local impulsada por el activismo sindical, especialmente en San Alberto, a traves de la creacion de juntas comunales, comites de mujeres, comite de presos politicos, fondo de solidaridad, comite deportivo y creacion de barrios obreros como El Primero de Mayo (pp. 80-84). Leia Mais
Cultura y violencia: hacia una ética social del reconocimiento | Myriam Jimeno
Myriam Jimeno (terceira, da esquerda à direita) | Foto: Agência de Notícias UNAL |
Una reseña tradicional suele parecerse a un resumen analítico de la obra en cuestión. Para el caso, aquí se referiría a la compilación de catorce artículos sobre la violencia escritos por Myriam Jimeno entre 1996 y 2015. Los artículos están organizados en cuatro partes que incluyen, cada una, aspectos sobre la relación entre violencia, cultura, política y emociones. Si bien en el prólogo Joanne Rappaport recomienda leer los artículos en orden cronológico y tomar el concepto “configuración emotiva” para evidenciar cómo la autora fue evolucionando en su investigación, esta recomendación de la prologuista también tiene intención pedagógica: mostrarles a los estudiantes que “la investigación es algo que se desarrolla a través del tiempo y que nunca es algo aislado y puntual” (p. 8).
En lo metodológico, se destacan dos consideraciones, una inductiva y otra deductiva. Sobre la primera, Jimeno subraya que la compilación de artículos retoma la tradición antropológica de entender los fenómenos sociales a partir de la comprensión que sobre ellos tienen los propios actores sociales. Luego de tamizar estos relatos un investigador haría evidentes las regularidades detectadas. En la deductiva, se identifican algunos trabajos que han procurado relacionar el análisis sobre subjetividad y violencia con los macroprocesos políticos o históricos. En este mismo enfoque se ubican los artículos de la tercera parte, destacando entre ellos uno sobre el partido radical del siglo xix . Leia Mais
El mundo en movimiento. El concepto de revolución en Iberoamérica y el Atlántico norte (siglos xvii-xx) | Fabio Wasserman
Fabio Wasserman | Foto: Ana López |
En las ultimas dos decadas el examen de los conceptos politicos fundamentales ha sido un campo de estudio que sigue produciendo interesantes resultados.
A partir de la red Iberconceptos y la elaboracion del Diccionario político y social del mundo iberoamericano —que ya posee dos tomos—,1 se ha logrado examinar la importancia de una veintena de conceptos claves para comprender el devenir de los procesos sociopoliticos de diversos paises entre 1750 y 1870. Precisamente este libro, bajo la compilacion de Fabio Wasserman, amplia y enriquece esta linea investigativa centrando su mirada especificamente en el concepto “revolucion”.
Ademas, incorpora otros procesos de transformacion politica y social que antecedieron o sucedieron paralelamente a los desarrollados en Iberoamerica, tales como los ocurridos en Inglaterra, Francia, America del Norte y las Antillas Francesas. Leia Mais
Arte abstrata no Brasil: novas perspectivas | MODOS. Revista de História da Arte | 2021
A arte moderna dos anos 1930 e 1940 e as práticas abstratas dos anos 1950 são comumente tratadas como temas separados. No estudo da arte brasileira de meados do século XX, a disciplina de história da arte e sua dependência de associações teleológicas e já mapeadas, entre estilo e periodização, enfatizaram uma ruptura depois de 1945 e mitigaram a percepção das continuidades e transformações entre arte e a política da ditadura do Estado Novo, bem como as do Brasil da democratização depois da II Guerra Mundial. As colaborações sociais e de ativismo entre grupos de artistas de diferentes vertentes pode já ser observada durante as três edições do Salão de Maio (1937-1939) em São Paulo. Precisamente em sua segunda edição, em 1938, quando o artista Flávio de Carvalho passou a organizar a exposição, as alianças entre estéticas divergentes emergiram, indo de tendências realistas à abstração. Durante sua longa viagem à Europa em 1934, que ele havia iniciado pela Inglaterra, Carvalho entrou em contato com o grupo do artista Ben Nicholson e do crítico Herbert Read. Em seguida, Carvalho os convidou para participarem do salão, e a presença de artistas ligados aos grupos de arte concreta na Inglaterra, França e na Alemanha tornou-se um elemento definidor da mostra. Não houve qualquer reação estética ou crítica a esta tendência naquele momento, mas o papel que esses grupos tiveram em movimentos antifascistas foi bastante comentado1. A manifestação da oposição do meio artístico a formas autoritárias de poder coincidiu, no contexto brasileiro, com a crescente simpatia do Presidente Getúlio Vargas tanto por seus pares nazistas quanto pelos fascistas, bem como a criação de uma comissão especial de concessão de vistos de permanência para imigrantes de origem judaica em 1938, que limitou a emissão de vistos a 20 por ano 2. Leia Mais
As cores do Novo Mundo: degeneração, ideias de raça e racismos nos séculos XVII e XVIII | Bruno Silva
Quando Diderot e d’Alembert concluíram a Encyclopédie, esse enorme empreendimento intelectual coletivo que buscava concentrar e ordenar o conhecimento possuía mais de 70.000 artigos. No entanto, nenhum deles era dedicado à América. A falta de um verbete sobre o continente americano no que foi descrito por Robert Darnton (1986, p. 247) como “o texto supremo do Iluminismo” é reveladora do espaço dedicado ao Novo Mundo nas reflexões de alguns membros da intelectualidade europeia do período das Luzes. A partir de lógicas hierarquizadoras, as terras americanas e seus habitantes foram, muitas vezes, relegados aos estágios inferiores de desenvolvimento ou de “civilização”.
Essa ausência viria a ser contornada apenas no Supplément à l’Encyclopédie, publicado entre 1776 e 1777, que não contou com a participação direta dos principais organizadores da obra original. Nele, o verbete Amérique2 é dividido entre dois autores. As questões geográficas entremeadas por debates acerca da fiabilidade das fontes sobre o Novo Mundo foram abordadas por Samuel Engel, cartógrafo ilustrado suíço que já havia dedicado uma obra ao continente americano, na qual buscava determinar como, quando e por quem essas terras teriam sido povoadas (ENGEL, 1767). Por sua vez, as discussões envolvendo os indígenas, a natureza e as influências deletérias do clima couberam a Cornelius de Pauw. Em sua parte do verbete, o intelectual prussiano descreve um continente, bem como seus habitantes, marcado pela inferioridade e pela falta em seus múltiplos aspectos: de animais de carga, de disposição e maturidade para o trabalho físico e intelectual por parte de seus moradores, de condições climáticas favoráveis à agricultura e ao desenvolvimento das sociedades, entre várias outras ausências. Leia Mais
Narrativas no eurocéntricas y su influencia en la enseñanza, investigación y producción histórica actual en los tiempos modernos y contemporáneos/Revista Escuela de Historia/2021
Tenemos el agrado de presentar la segunda entrega del dossier con los trabajos presentados a la mesa “Narrativas no eurocéntricas y su influencia en la enseñanza, investigación y producción histórica actual en los tiempos modernos y contemporáneos”, celebrada en el marco de las XI Jornadas de Historia Moderna y Contemporánea, organizadas por la Universidad Nacional de Sur en abril de 2021. Leia Mais
Revista de Ensino de Geografia. Uberlândia, v.12, n.22, jan./jun. 2021.
- Editoria
ARTIGOS
- ENSINO DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA NA ALFABETIZAÇÃO E NO LETRAMENTO: CIÊNCIAS HUMANAS E CONSTRUÇÃO CURRICULAR NO INÍCIO DA ESCOLARIZAÇÃO
- Gilvan Charles Cerqueira de Araújo
Tiago Fernandes Rufo
GEOGRAFIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: FORMAÇÃO E DESAFIOS NA PRÁTICA DA DOCÊNCIA - Rizonete Maria Ramos da Silva
Nelcioney José de Souza Araújo - JOGOS DIGITAIS E O ENSINO DE GEOGRAFIA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA NACIONAL
- Antonio Virginio Martins Neto
Carlos José Sabino Nascimento
Rogerio Junior Correia Tavares - PERSPECTIVAS DO RAP NA EDUCAÇÃO GEOGRÁFICA: O QUE PENSAM OS DOCENTES?
- Ana Luiza da Silva Indiano
- O ENSINO DE GEOGRAFIA NO BRASIL: DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DO SABER GEOGRÁFICO ÀS
IMPLICAÇÕES DA LEI Nº 13.415/2017 E DA BNCC
Raiany Priscila Paiva Medeiros Nonato
Cícero Nilton Moreira da Silva - ENSINO DE GEOGRAFIA EM TEMPOS DE PANDEMIA: DESAFIOS DO ENSINO REMOTO E DAS TECNOLOGIAS NA PRÁTICA DOCENTE
Joyce Caroline de Souza Souto
Nathalia Rocha Morais - A QUESTÃO ÉTNICO-RACIAL E O ENSINO DE GEOGRAFIA: UM ESTUDO A PARTIR DE MAPAS DA ÁFRICA ELABORADOS POR DOCENTES DOS ANOS INICIAIS DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL
Marcos Aurélio Soares da Silva
Adelina de Oliveira Novaes - O PATRIMÔNIO CULTURAL NO ENSINO DE GEOGRAFIA: APORTES PARA UMA VISÃO DECOLONIAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
- Tatiana Colasante
Alini Nunes de Oliveira
Fabiane de Oliveira Domingos - LEVANTAMENTO E APLICAÇÃO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO ENSINO DE GEOGRAFIA
- Camila Martins
Ricardo Tombesi Macedo
Sidnei Renato Silveira - A GEOGRAFIA NO CONTEXTO LATINO-AMERICANO: DECOLONIZANDO ESTEREÓTIPOS REPRODUZIDOS PELO LIVRO DIDÁTICO
- Glemilson Moraes Pascoal
- O ESPAÇO GEOGRÁFICO ESCOLAR NA PRÁTICA EDUCATIVA DO ENSINO BÁSICO
- Évelyn Freire da Silva
Janete Regina de Oliveira - IDENTIFICANDO CINCO DESAFIOS DE INVESTIGAÇÃO EM EDUCAÇÃO GEOGRÁFICA PARA A PRÓXIMA DÉCADA
- Cristiana Martinha Maia Oliveira da Fonseca Abay
- DE POUSO À REGIÃO METROPOLITANA: POTENCIALIDADES DA PRÁTICA DOCENTE INTERDISCIPLINAR NO ESTUDO DA CIDADE
- Viviane Lousada Cracel
Glaucia Regina Damiani Passos Camargo
Lúcia Helena Caldas - ALTERNATIVA METODOLÓGICA PARA CONSTRUÇÃO DE UM “MAPA AFETIVO” DO MUNICÍPIO NO CONTEXTO DE ENSINO REMOTO DE GEOGRAFIA
- Derik Ribeiro de Paiva
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS E PRÁTICAS
- APRENDIZAGEM GEOGRÁFICA NO CONTEXTO DA PANDEMIA DA COVID-19: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM TOUR VIRTUAL EM MUSEUS COMO POSSIBILIDADE NO ENSINO
Malena Silva Nunes - USO DOS APLICATIVOS GPS-STATUS E GOOGLE EARTH EM TRABALHO DE CAMPO DE GEOGRAFIA NA ESCOLA
- Rafael Alves de Freitas
- O ENSINO DA GEOGRAFIA SUPERANDO FRONTEIRAS: A APRENDIZAGEM DO LUGAR ESTANCIADO EM FORMA LÚDICA, LIBERTA E VICISSUTIDINÁRIA
- Sarah Julyana Coelho de Albuquerque
- O TESTAMENTO BIOGEOGRÁFICO DO PAU BRASIL: ATIVIDADE LABORATÓRIO DE ENSINO EM GEOGRAFIA
- Aldeíze Bonifácio da Silva
Travessias no Atlântico Negro: reflexões sobre Booker T. Washington e Manuel R. Querino | Sabrina Gledhill
De certa maneira, os historiadores são verdadeiros parceiros dos eguns – ancestrais cujos mundos pretendemos reviver com nosso trabalho. Um dos exemplos mais claros disso tem sido o desenvolvimento da nossa compreensão da escravidão; abordagens inovadoras da história social têm nos ajudado a ouvir atentamente os escravizados e a dar voz à natureza horrenda da escravidão e à imensidão do esforço, fé e criatividade necessários para se sobreviver a ela. A biografia tem desempenhado um papel particularmente importante nesse sentido. Leia Mais
Narrativas no eurocéntricas y su influencia en la enseñanza, investigación y producción histórica actual en los tiempos modernos y contemporáneos/Revista Escuela de Historia/2021
Los trabajos que se presentan en este dossier son parte del resultado del trabajo realizado en torno a la mesa “Narrativas no eurocéntricas y su influencia en la enseñanza, investigación y producción histórica actual en los tiempos modernos y contemporáneos” celebrada en el marco de las XI Jornadas de Historia Moderna y Contemporánea, organizadas por la Universidad Nacional de Sur en abril de 2021. Leia Mais
Cadernos da Associação Brasileira de Ensino de Ciências Sociais. Rio de Janeiro, v.3, n.1, jan./jun. 2019.
Editorial
Apresentação
- Desafios, Autonomia e Resistência no Ensino de Ciências Sociais | Fernanda Feijó, Lígia Wilhelms Eras | PDF
Relato de Experiência
- Ensino de Teoria Política no Ensino Médio: entre a Sociologia e a História | Eduardo João Moro | PDF
Artigos
- A autonomia na mediação didática de professores de Sociologia do Ensino Médio diante dos livros didáticos | Marcelo Sales Galdino | PDF
- O Ensino de Ciências Sociais no Recôncavo da Bahia (Cachoeira, São Félix e Muritiba) a partir do olhar de Estudantes da Educação Básica | Luis Flávio Reis Godinho, Luciméa Santos Lima, Marcus Bernardes | PDF
- Reflexões sobre Formação de Professores e sua intersecção com a Antropologia e Políticas Públicas | Marcia Leitao Pinheiro, Carine Lavrador de Farias | PDF
- Diretrizes Políticas Dlobais de Educação e a Sociologia na escola secundária nos países da CPLP: entre recontextualizações, homogeneizações e hibridismos | Joana Elisa Rower, Bruno Gomes, Celeste Silvia Vuap Mmende | PDF
Entrevista
- História da Sociologia no Ensino Médio Brasileiro: A oficina sociológica de Mario Bispo dos Santos | Fagno da Silva Soares, Rafael Bezerra Gaspar | PDF
Línguas e variedades em contato no âmbito românico | LaborHistórico | 2021
Miña lingua le saca la lengua al disionario baila uma cumbia insima dus mapa i faz com a túnica i a moña uma cometa pra voar livre i solta pelo seu. (SEVERO, 2017, p. 19)1
Si bien la historia de los contactos lingüísticos se fusiona con la propia historia de las lenguas, la génesis de la investigación científica sobre el tema se remonta tan sólo al siglo XIX (cf. APPEL; MUYSKEN, 2005, p. 6-7)2. Entre sus precursores se encuentran nombres como los del austríaco Hugo Schuchardt –cuyos estudios contribuyeron a sentar las bases, por ejemplo, de la criollística como rama de la lingüística3 – y el estadounidense William Whitney, quien trató el problema de los préstamos como uno de los factores del cambio lingüístico4. Sin embargo, fue solamente a mediados del siglo XX, con la publicación de Languages in contact: Findings and Problems (1953) de Uriel Weinreich5, que empezó a consolidarse una nueva disciplina en el ámbito de la sociolingüística dedicada a los contactos entre lenguas –o entre sus dialectos y variedades6 –.
El contacto entre lenguas –como hecho cotidiano y universal– tiene múltiples causas: el desplazamiento masivo de personas –forzado o voluntario– como consecuencia de los procesos de conquista y colonización o de las sucesivas oleadas migratorias provocadas por los cambios sociales, políticos y económicos del mundo a lo largo de los siglos7 ; la interacción entre individuos en las zonas fronterizas8 ; la convivencia de grupos etnolingüísticos distintos –uno de los cuales por lo general minoritario– en un mismo territorio9 , etc. Son, asimismo, relevantes los contactos que se producen durante los procesos de adquisición o aprendizaje de una lengua segunda o extranjera10, así como los que propicia la práctica de la traducción11. Por último, se debe señalar que los contactos también pueden darse de forma virtual. En ese ámbito sobresale el papel de los medios de comunicación y, sobre todo, de la internet en la difusión de textos escritos y orales en lenguas “extranjeras” –especialmente las lenguas globales, como el inglés y, hasta cierto punto, el español12–. Así pues, el bi-/multilingüismo13 –y, por ende, las situaciones de contacto– pueden tener carácter individual o social, y presentar diferentes grados de simetría –o sea, dominio más o menos similar de ambas lenguas por parte de un mismo individuo, o función y prestigio más o menos similares de diferentes lenguas (o dialectos) al interior de una dada comunidad, en el caso de que el bi- /multilingüismo sea social– (cf. APPEL; MUYSKEN, 2005 14; KABATEK; PUSCH, 2011, p. 185 15). Leia Mais
Torto Arado | Itamar Vieira Junior
Torto arado conquistou, em 2018, o LeYa, maior prêmio concedido a romance inédito em língua portuguesa. Em 2020, recebeu o Jabuti de Melhor Romance e também o Prêmio Oceanos. Aclamado pela crítica especializada e consagrado pelo público, o livro escrito pelo baiano Itamar Vieira Júnior vem sendo traduzido em outros idiomas, a exemplo do búlgaro e do italiano. Nascido em Salvador, em 1979, o autor obteve, na Universidade Federal da Bahia, o título de Doutor em Estudos Étnicos e Africanos. Sua pesquisa sobre a formação de comunidades quilombolas no interior do Nordeste brasileiro confere lastro sólido à sua ficção. Transcorrida na Chapada Diamantina, a trama fala sobre um grupo de trabalhadores descendentes de escravizados, destacando suas formas de culto, suas lutas por sobrevivência, trabalho e posse da terra. Leia Mais
O dia em que Charles Bossangwa chegou à América | João Melo
Lançado em fevereiro de 2020, em Lisboa, O dia em que Charles Bossangwa chegou à América é o sétimo livro de contos de João Melo. Logo ao abrirmos essa edição, a lista de títulos registrados na página 3 leva- -nos, sem dúvida, à presença de um autor experiente: são doze volumes de poemas e sete de contos, ou seja, dezenove livros e 35 anos de envolvimento direto com a escrita literária. Com mais atenção, podemos também perceber, ao lado do empenho, uma certa contenção expressa na distância temporal entre as edições, fato que nos sugere um perfil cuidadoso, resistente às pressões do mercado, que tantas vezes quer fazer da literatura um produto como outro qualquer. No ritmo adotado por João Melo parece se projetar a morosidade afeita a uma concepção de escrita que recusa o pacto com a voracidade do presente que nos cerca. Leia Mais