Afro-Clio: direitos humanos, história da África e outras artesanias | Elio Chaves Flores

Lelia Gonzalez3 História da África
Lélia Gonzalez (acima) e Elio Flores (abaixo) | Fotos: Divulgação / Brasil de Fato

Afro Clio História da ÁfricaO livro Afro-Clio: direitos humanos, história da África e outras artesanias, de Elio Chaves Flores (2019), que ora se resenha é resultado do texto apresentado em formato de Memorial para requisito de aprovação no concurso público para a função de professor Titular na Universidade Federal da Paraíba, campus de João Pessoa, no ano de 2018.

Flores é professor Titular do Departamento de História da UFPB, pesquisador na área de História Moderna e Contemporânea e atua nas áreas de Cultura Histórica, Ensino de História, História da África, Educação das Relações Étnico-raciais, Direitos Humanos e Saberes Históricos.

O livro está organizado em quatro capítulos: o primeiro deles intitula-se “Sair da história: direitos humanos, tempo presente”; o capítulo 2, “Mergulhar na história: viradas, ventanias”. No capítulo 3 o autor reflete sobre o “Fazer-se professor (e historiador) de História da África – Licenciaturas”; e no quarto capítulo apresenta a “A tal tese e outras tensões (ou doutoristicamente falando?)”. Aos capítulos apresentados seguem-se as “Considerações Finais: à guisa do Posfácio” e a sua produção intelectual bibliográfica. Leia Mais

Saeculum. João Pessoa, v.26, n.44, 2021.

Dossiê Diretório dos Índios

EXPEDIENTE

DIRETÓRIO DOS ÍNDIOS: POLÍTICAS INDÍGENAS E INDIGENISTAS NA AMÉRICA PORTUGUESA

RESENHAS

PUBLICADO: 2021-07-29

Raça, Ciência e Saúde no contexto da escravidão e do pós-Abolição | Revista Maracanan | 2021

Maconha História da África
Maconha | Foto: Notícias Chapecó

Durante as últimas duas décadas tem crescido o interesse historiográfico por temas como saúde, doença e ciência e, em especial, a saúde da população negra. A ampliação do debate sobre as múltiplas intersecções entre esses campos de análise e sociedade é de extrema relevância para reflexões acerca do Pensamento Social Brasileiro. Além disso, tem contribuído para a construção de novos campos de estudo, trazendo à tona pesquisas inovadoras tanto para o campo da História das Ciências e da Saúde como para a História do Negro no Brasil.

A Revista Maracanan publica o Dossiê Temático “Raça, Ciência e Saúde no contexto da escravidão e do pós-Abolição” em um momento crucial para os estudos em Saúde no Brasil e, também, para a História do Brasil. A relação entre saúde, doença e ciência tem sido posta em evidência, por exemplo, com pesquisas que apontam que a população negra tem sido a mais afetada pela pandemia da Covid-19 no Brasil, tanto em número de mortos como também em termos socioeconômicos.[1] Leia Mais

Ensino de História em tempos de pandemia | Fronteiras – Revista catarinense de História | 2021

Em junho de 2021 enquanto trabalhávamos no referido dossiê, o Brasil ultrapassou a devastadora marca de 540 mil pessoas mortas em decorrência da Covid 19. Um cenário desolador, marcado por ações de uma necropolítica, que causaram sentimentos de muita dor e revolta. A soma dessas mortes evidencia um contexto assustador iniciado em março de 2020, quando os primeiros casos de contaminação pelo novo coronavírus começaram a ser contabilizados no país. De lá pra cá temos somados perdas e indignação, seja pelo negacionismo que pautou a política do governo federal em relação às medidas protetivas ou pela demora na compra das vacinas.

Entre as muitas ausências que temos enfrentado é preciso relacionar aquelas relativas à educação. Esse novo contexto causou mudanças profundas no complexo cenário educacional, trazendo claramente prejuízos, principalmente no que tange a prática docente e a vida do estudante, sejam pelas abruptas condições nas quais a grande parcela de professores e professoras foram lançados, com aulas no formato remoto, com horários síncronas e assíncronas, precisando se adequar a plataformas digitais, alterando as rotinas e experiências docentes e discentes, acarretando adversidades na aprendizagem.

Diante do novo panorama a partir da conjuntura pandêmica, diversas áreas das ciências humanas buscam interpretar o momento vivido pela sociedade através de produções acadêmicas, em especial a História. Nesse sentido, historicizar essa experiência, como o que pretendemos neste dossiê, é registrar os momentos vividos, ouvir os sujeitos que dela participam, sendo um compromisso social e importante. Assim, temos aqui na Fronteiras: Revista Catarinense de História, um espaço que se articula a função social da História e dos historiadores e historiadoras.

O presente número da Revista Fronteiras é composto por 12 artigos, 1 entrevista, 2 resenhas, 1 relato e 1 texto complementar. O dossiê número 37, intitulado Ensino de História em tempos de pandemia é composto por 7 artigos, uma entrevista e um texto complementar. A seguir trazemos algumas reflexões empreendidas por alguns historiadores e historiadoras desse denominado novo “normal”, que foge de qualquer referência à normalidade pré-pandemia vivenciada por gerações, que a partir das suas vivências diárias, em sociedade, diante dos novos formatos das salas de aulas explicitam desejos, visibilizam preconceitos existentes, reforçam a importância dos direitos conquistados, marcam as suas impressões a partir do seu lugar de fala: O ser professor(e) (a).

O artigo que abre o dossiê é assinado por Flávia Eloisa Caimi, Letícia Mistura, Pedro Alcides Trindade de Mello e tem como título uma questão fundamental: Aprendizagem histórica em contexto de pandemia: o que pode ser e conter uma aula de História? A discussão parte do contexto de suspensão das atividades presenciais em instituições educativas e consequente instalação do ensino remoto para problematizar os impactos no processo de construção e realização da aula de História.

E eu, professor?! O ensino remoto de história e o cenário de inclusão deficitária em áreas rurais e periféricas do Estado do Pará é assinado por Catarina da Silva Moreira. O artigo traz os resultados de uma pesquisa qualitativa desenvolvida na Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Pádua Costa, em Santa Bárbara do Pará e onde se buscava dados para a percepção da experiência de ensino de História no referido contexto.

Derick Douglas Domiciano, Ilisabet Pradi Krames, Sabrina Silva Campos, Marcel Oliveira de Souza trazem a questão do negacionismo e do revisionismo no texto O ensino de História diante dos discursos negacionistas e revisionistas no contexto da pandemia: desafios e possibilidades. O texto traz reflexões sobre as implicações que os discursos negacionistas e revisionistas trazem para o processo de ensino de História. Os autores abordam a polarização presente nos discursos negacionistas e revisionistas considerando que os mesmos têm grande impacto na formação de jovens estudantes. E defendem que o ensino de História seja espaço para construção de mais sensibilidade e alteridade, sentimentos esses necessários para a sedimentação de uma sociedade mais humanizada.

O sujeito histórico negro para além do epistemicídio é de autoria de Luiz Gustavo Mendel Souza e apresenta os resultados de uma pesquisa que buscou investigar livros didáticos da rede municipal de Campos dos Goytacazes/RJ e sua abordagem sobre a Lei nº 10.639/03. Pautando nos pressupostos da literatura decolonial o autor faz uma pergunta chave: a História da África e da cultura afro-brasileira seria retratada apenas pela ótica da escravidão nas páginas dos livros didáticos?

A ausência do ‘olho no olho’, do abraço espontâneo e das brincadeiras: Desafios dos professores de História em tempos de pandemia no Espírito Santo é o artigo assinado por Esdra Erlacher, Bruna Mozini Subtil, Brunna Terra Marcelino, Miriã Lúcia Luiz. Neste artigo são analisados os dados de uma pesquisa que buscou a experiência de 33 professores atuando em ensino remoto durante a pandemia de Covid-19. Os dados da pesquisa levam a discussão sobre temas como a precarização do trabalho docente e o adoecimento dos profissionais.

Ainda partindo da experiência escolar, Silvia Vitorassi apresenta o texto Experiência pandêmica em um ano histórico. A autora apresenta um relato onde tem espaço para seus questionamentos e angústias frente ao trabalho remoto desenvolvido a partir do momento de estabelecimento das medidas de isolamento por conta da pandemia. A narrativa aborda questões relevantes tais como: a romantização do papel docente, os abusos cometidos pelo governo ao não estruturar um planejamento mínimo para as condições de trabalho frente à pandemia e os limites estabelecidos entre pessoa e profissional.

O texto de Odair Souza e Patrícia de Freitas Ensino de História e temas sensíveis em tempos de pandemia traz questões resultantes de uma pesquisa realizada com estudantes da educação básica e ensino médio da Escola de Educação Básica Prof.ª Maria do Carmo de Souza localizada em Palhoça/SC. A pesquisa em questão buscou conhecer a situação desses estudantes frente ao ensino de História em situação de aulas remotas. E além disso priorizou também conhecer os limites do processo de aprendizagem frente aos chamados temas sensíveis.

Na Entrevista com o professor Fernando de Araujo Penna observamos de uma forma ampla o pensar do professor sobre diversos temas presentes da contemporaneidade, principalmente os articulados à profissão do Historiador e da Historiadora, reforçando ainda qual o papel dos professores na sala de aula. Destaca a partir das suas impressões sua trajetória na luta pelo ensino de história na educação básica e na formação de professores de História. Além disso, reflete sobre as funções sociais e éticas dos profissionais de História na sociedade. Recentemente Fernando Penna vem participando da comissão de compromissos éticos do exercício da docência no ensino história da ABEH. Concluindo, aborda os impactos da pandemia na formação inicial dos futuros professores de História.

Para encerrar os textos que compõem o dossiê temos um texto complementar, de autoria de nosso entrevistado: Fernando de Araujo Penna. O texto denominado “Escola Sem Partido” como ameaça à Educação Democrática: fabricando o ódio aos professores e destruindo o potencial educacional da escola, foi publicado anteriormente, em 2017, na obra “Golpes na História e na Escola: o Brasil e a América Latina nos séculos XX e XXI”1. O texto serve como uma contextualização da entrevista – que é inédita, por analisar a sua concepção de escolarização no Brasil. No texto, são apresentadas as representações de alunos e de professor, assim como as finalidades da escola, apresentadas nos discursos dos líderes e defensores da Escola Sem Partido. Mostrando como tais lideranças são desprendidas do contexto escolar e trazem discursos modulados pelo ódio ao professor.

Na atual edição contamos também com 5 artigos, 1 relato e 2 resenhas. Escrita da História e sexualidade: Cassandra Rios, ausência e invisibilidade, por sua vez, é a discussão proposta por Flávia Mantovani. A autora traz à cena a importância de uma escrita da História que aborda questões relativas à História das Mulheres. No caso, a discussão apresentada se volta para a produção literária de Cassandra Rios (1932-2002), conhecida como “a escritora mais proibida do Brasil”. A pesquisa desenvolvida pela autora permite perceber nos escritos da referida autora a possibilidade de uma escrita da História que dê visibilidade a outros sujeitos e suas sexualidades.

As narrativas da cinematografia soviética do período pós-guerra e início da Guerra Fria tornaram-se objeto de reflexão do artigo de Gelise Cristine Ponce Martins e Moisés Wagner Franciscon intitulado Os Estados Unidos e a Inglaterra vistos pelo cinema soviético do stalinismo tardio: a Guerra da Crimeia e os mares, no qual tanto o texto quanto as imagens permitem aos leitores olhares de como o investimento na guerra de narrativas a respeito das versões das histórias e de suas mensagens de união nacional soviética objetivou disseminar a circulação da narrativa do inimigo externo.

No texto de autoria de Wagner Cavalheiro, Roberta Barros Meira e Mariluci Neis Carelli, nomeado de A cristalização do açúcar e da ciência na segunda metade do século XIX: o engenho da fazenda Pirabeiraba e a racionalização da agricultura, realizaram uma operação historiográfica interdisciplinar com uso combinado teórico-metodológico da geografia e da história enfocando o humano habitante da paisagem para escreverem um artigo da história agrária. Os pesquisadores lançaram luz às mudanças do campo científico no século XIX para compreender alguns grupos joinvilenses em relação ao trabalho e à produção rural vinculada ao Engenho.

Cacique Orides: um retrato da resistência indígena no oeste de Santa Catarina escrito por Angelo José Franciosi de Souza, Jaisson Teixeira Lino, Fábio Araújo e Gustavo Andre Glienke Feyh denotou a força da resistência indígena em se apropriar dos dispositivos de poder da cultura política não indígena. Generoso artigo enfoca em que medida a atuação do cacique Kaingang Orides Belino Correia da Silva na posição de vice-prefeito e prefeito de Ipuaçu-SC implementou melhorias para a comunidade nativa da região.

Horizontes do ensino de história na América Latina escrito por Felipe Ziotti Narita realiza conexões teóricas com recortes temáticos levando em consideração outras demandas pelo conhecimento histórico. Artigo denso ao abordar três aspectos do ensino de história em escala decolonial da América latina, quais sejam, primeiro sobre a “produção das identidades latino-americanas”; o segundo “as relações entre ensino de história e as funções do conhecimento histórico”; por fim, a dimensão de digitalização do ensino de história com seus públicos. Problemáticas de como realizar o ensino não eurocêntrico em países latinos ao trazer o fontes e reflexões pertinentes do Chile, Argentina, Brasil, Venezuela, México e Colômbia. Vale a leitura.

O relato O Programa de Pós-Graduação em História da UFFS: algumas Memórias, de Antonio Marcos Myskiw, conta a trajetória do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em História da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Chapecó/SC, que completou 5 anos de efetivo funcionamento neste mês. O texto vem para celebrar a data de fundação do PPGH/UFFS, narrando as lutas e o ensejo para sua aprovação enquanto curso reconhecido pela CAPES. O relato compartilha algumas experiências vivenciadas no PPGH/UFFS, assim como, faz conexões com o cenário da Pós-graduação no Brasil.

A resenha de Wellen Pereira Augusto atuando no campo jurídico ofereceu o título sugestivo desta, qual seja: A história do Brasil é brasileira? Duelo entre presente e passado, no qual destaca as múltiplas dimensões da obra reflexiva da antropóloga Lilian Moritz Schwarcz. O tema sobre o autoritarismo brasileiro não é novo no cenário historiográfico, todavia é uma obra necessária para leitores preocupados com os rumos do Brasil e dos brasileiros, sobretudo em situação de vulnerabilidade.

A resenha A Canção Latino-Americana em Questão, de Igor Lemos Moreira, analisa a obra Do folclore à Militância: A canção latino-americana no século XX, da historiadora Tânia da Costa Garcia. O autor mostra o texto resenhado é uma referência fundamental a todos/as historiadores/as que decidam se envolver não somente no campo da música latino-americana, mas apresenta uma possibilidade metodológica ímpar aos estudos da História da Canção em perspectiva comparada.

Assim, mesmo com as incertezas de tempos pandêmicos, esperamos levar para os leitores textos provocativos e densos, ou pelo menos, que possamos através deles, dividir nossas angústias e desafios. Desejamos uma boa leitura!

Nota

1 MACHADO, André Roberto de A.; TOLEDO, Maria Rita de Almeida (Orgs.). Golpes na História e na Escola: Brasil e a América Latina nos séculos XX e XXI. São Paulo: Cortez Editora: ANPUH SP, 2017.


Organizadores

Cintia Régia Rodrigues

Nucia Alexandra Silva De Oliveira

Yomara Feitosa Caetano de Oliveira Fagionato


Referências desta apresentação

RODRIGUES, Cintia Régia; DE OLIVEIRA, Nucia Alexandra Silva; FAGIONATO, Yomara Feitosa Caetano de Oliveira; MORETTO, Samira Peruchi. Apresentação. Fronteiras – Revista catarinense de História, n. 37, p. 3-8, jul./dez. 2021. Acessar publicação original [DR]

Acessar dossiê

 

Sobre o autoritarismo brasileiro | Lilia Moritz Schwarcz

A autora é conhecida por diversas obras que visam a análise antropológica e histórica da formação do Brasil, com foco nos perfis escravocratas e nos mitos desencadeados pela absorção acrítica de um ideal de brasilidade. Na obra resenhada não foi diferente, pois a autora delineia aspectos centrais da desigualdade racial existente no tempo presente, com justificativas do passado, a partir da memória de um Brasil sobejamente renegado na História oficial.

Alguns elementos da referida obra já haviam sido apontados no livro de Marilena Chauí na ocasião da publicação da obra Brasil: mito fundador e sociedade autoritária (2000), em que aborda a “cultura senhorial”, isto é, a relação mando-obediência nas relações públicas e privadas; as estruturas históricas fundadoras de desigualdade; a acumulação de capital e a privatização do público. Na contramão das comemorações em alusão aos 500 anos de Brasil, Marilena Chauí afirmava com propriedade, que nada, de fato, havia de se comemorar em função da persistência do autoritarismo mesmo sob regime democrático: “temos o hábito de supor que o autoritarismo é um fenômeno político que, periodicamente, afeta o Estado, tendemos a não perceber que é a sociedade brasileira que é autoritária e que dela provêm as diversas manifestações do autoritarismo político.” (CHAUÍ, 2000. p. 110). Leia Mais

Fronteiras – Revista Catarinense de História. Florianópolis, n.37, 2021.

Dossiê Ensino de história em tempos de pandemia

jan./jun. 2021

Editorial

Apresentação

  • Apresentação
  • Cintia Régia Rodrigues, Nucia Alexandre Silva de Oliveira, Yomara Feitosa Caetano de Oliveira Fagionato, Samira Peruchi Moretto
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Dossiês

Entrevistas

Relatos

Resenhas

Publicado: 28-07-2021

História e Cultura. Franca, v.10, n.1, 2021.

Historiografia em tempos de urgência: do horizonte de expectativas ao fechamento das esperanças

EDITORIAL

APRESENTAÇÃO

ARTIGOS – DOSSIÊ

ARTIGOS – LIVRES

Publicado: 2021-07-27

 

Historiografia em tempos de urgência: do horizonte de expectativas ao fechamento das esperanças | História e Cultura | 2021

Durante uma entrevista concedida à Véronique Mortaigne em 2005, o antropólogo francês Claude Lévi-Strauss – então com 97 anos – quando perguntado sobre o futuro, respondeu:

Não me pergunte nada desse gênero. Estamos num mundo ao qual já não pertenço. O que conheci, o que amei, tinha 2,5 bilhões de habitantes. O mundo atual conta com 6 bilhões de seres humanos. Ele não é mais o meu. E o do amanhã, povoado por 9 bilhões de homens e mulheres – mesmo se for o pico de população, como nos asseguram para nos consolar -, proíbe-me qualquer previsão… (LEVI-STRAUSS, 2011, p. 57). Leia Mais

Fronteiras – Revista de História. Durados, v.23, n.41, 2021.

Fronteiras: Revista de História

EXPEDIENTE

  • ·                 Expediente
  • Leandro Baller
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APRESENTAÇÃO

  • ·                 Apresentação
  • Leandro Baller, Guilherme Galhegos Felippe
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ARTIGOS LIVRES

ENTREVISTA

PUBLICADO: 27/07/2021

Trilhas da História. Três Lagoas, v.10, n.20, 2021.

História e Novas epistemologias

Apresentação

Artigos livres

Ensaios de Graduação

Publicado: 2021-07-24

Filosofia e História da Biologia. São Paulo, v.16, n.1, jan./jun. 2021.

O décimo sexto volume de Filosofia e História da Biologia foi editado por Lilian Al-Chueyr Pereira Martins e Maria Elice Brzezinski Prestes.

Editorial

  • Editorial
  • Lilian Al-Chueyr Pereira Martins, Maria Elice de Brzezinski Prestes
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Artigos

Publicado:2021-07-23

Sociologia e educação: desafios da formação de professores para o ensino de Sociologia na educação básica | Juarez L. Carvalho Filho e Benedito Souza Filho

DURKHEIM E História da África
Émile Durkheim | Imagem: farofafilosófica.wordpress.com

CARVALHO FILHO Ensino de Sociologia História da ÁfricaApós a institucionalização da Sociologia em 2008, os professores da educação básica e a própria disciplina, que nunca se encontraram livres, encontram-se frente a diferentes obstáculos. Além disso, o atual cenário político traz ameaças para a disciplina na escola e, consequentemente, na academia. Fato que se dá com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a reforma do Ensino Médio (Lei nº 13.415), além dos constantes ataques de acusação de ser uma disciplina de doutrinação. Devido a esse contexto de expansão e repressão, faz-se necessário um debate sociológico entre Sociologia e Educação, buscando analisar as principais problemáticas que envolvem o tema.

“Sociologia e Educação” foi organizada pelo professor Juarez Lopes de Carvalho Filho (UFMA), mestre em filosofia e doutor em ciências sociais e Benedito Souza Filho, doutor em antropologia social e professor na mesma universidade. A obra (2018) é produto do I Encontro de Sociologia e Educação (2015), realizado pela Universidade Federal do Maranhão, e conta com oito artigos desenvolvidos por pesquisadores de diversas instituições do Brasil. O principal objetivo do livro é trazer informações e reflexões acerca da formação de professores da educação básica, com o foco nos estados do Maranhão e Paraíba, porém, iluminando questões para o cenário geral. Leia Mais

Bandidos | Eric Hobsbawm

Eric Hobsbawm História da África
Eric Hobsbawm | Foto: La Vanguardia

HOBSBAWM Bandidos3 História da ÁfricaA campanha soviética na Segunda Guerra Mundial e seu domínio político cultural sobre o leste europeu modificaram as relações entre os países desenvolvidos e polarizou a economia ocidental entre a URSS e os EUA. Além disto, as transformações provenientes da reconstrução da Europa nos anos 1950 levaram ao crescimento na renda da classe média local e à inserção de uma nova geração na sociedade de consumo. Nasce assim uma nova intelectualidade, atenta ao fortalecimento da URSS como potência mundial, ao aumento de sua influência sobre os países subdesenvolvidos e às consequências do capitalismo industrial sobre os corpos das sociedades periféricas.

É neste contexto político-cultural que Eric John Ernest Hobsbawm desenvolveu seus trabalhos. Nascido em 1917 em Alexandria, Egito, mudou-se para Berlim em 1931 e, com a ascensão de Hitler ao poder, imigrou para Londres em 1933 onde recebeu uma bolsa de estudos na Universidade de Cambridge. Durante a Segunda Guerra (1938-1945) lutou ao lado dos aliados como cavador de trincheiras, preparador de bunkers e em trabalhos de inteligência devido à sua proficiência em quatro línguas. Nos anos 1960, ingressou no grupo de marxistas britânicos que buscavam entender a história da organização das classes populares, suas lutas e ideologias, através da chamada História Social. Leia Mais

Entre Sertões e Representações: Ensaios e Estudos | Antônio Fernando de Araújo Sá

SA FERNANDO 2 História da África
Antônio Fernando de Araújo Sá | Foto: Acervo pessoal

SA F Entre sertoes História da ÁfricaA primeira resenha de livro que produzi foi em 2007, um comentário crítico da obra de Terry Eagleton, “Depois da Teoria: Um olhar sobre os Estudos Culturais e o Pós-Modernismo”. Na ocasião, fui convidado pelo Prof. Dr. Antônio Fernando de Araújo Sá a proferir palestra sobre esse livro em um Curso de Extensão promovido pelo Grupo de Pesquisa “História Popular do Nordeste”, na Universidade Federal de Sergipe. Livro complexo, que me exigiu um bom esforço intelectual para criticá-lo.

O desafio agora recai sobre um livro escrito pelo próprio Professor Antônio Fernando de Araújo Sá e lançado ano passado. O empenho exigido nesta resenha não foi inferior ao dedicado ao livro produzido pelo filósofo e crítico literário britânico. Leia Mais

Escuela de Historia Virtual. Córdoba, n. 19 (2021)

Presentación

Dossier: Mercados terapéuticos en América Latina

Artículos

Resúmenes de Tesis de Grado y Posgrado

Reseñas

DOI: https://doi.org/10.31049/1853.7049.v.n19

Publicado: 2021-07-21

Religião e Indústria Cultural | Ponta de Lança | 2021

GOSPEL PRIME História da África
Tela inicial do site Gospel Prime, 27 jul. 2021

Diversas pesquisas no âmbito das ciências humanas têm constatado que no campo religioso (BOURDIEU, 1998) brasileiro evidencia-se ampla concorrência entre seus agentes, o que os tem levado cada vez mais a criar novas estratégias e bens simbólicos de salvação plausível, aqueles que garantam às instituições religiosas forças na luta pelo monopólio da gestão desses bens, pela manutenção ou ampliação do seu capital social. Nessas disputas, os meios de comunicação têm desempenhado um papel primordial, principalmente com a mediação da cultura moderna, onde foram plasmadas as maneiras como as formas simbólicas são produzidas, transmitidas e recebidas nas sociedades modernas, bem como as maneiras como as pessoas experimentaram as ações e acontecimentos que se dão em contextos dos quais estão distanciados, tanto no espaço como no tempo (THOMPSON, 1995).

Num mundo marcado pelos meios de comunicação, as tradições se tornaram mais e mais dependentes de formas simbólicas mediadas. Elas foram desalojadas de lugares particulares e reimplantadas na vida social de novas maneiras. Mas o deslocamento e a nova ancoragem das tradições não se tornam necessariamente inautênticas, nem foram condenadas à extinção. Com o avanço dos meios de comunicação, o papel das tradições orais, por exemplo, não foi eliminado, mas foi suplementado e reconstituído pela difusão dos produtos da mídia (THOMPSON, 2002). Leia Mais

Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura. São Cristóvão, v.15, n.28, 2021.

Publicado: 2021-07-21

Expediente |  PDF

Apresentação  |  PDF

Dossiê Temático

Artigos – Fluxo Contínuo

Comunicação de Pesquisa

Resenhas

Varia Historia. Belo Horizonte, v. 37, n.74, maio/ago. 2021.

Varia Historia4 História da África

 Editorial

 Dossiê

 Artigos

 Resenhas

Revista Ágora. Vitória, v.32, n. 1, 2021.

Doenças e práticas de cura na História brasileira

Ágora de debates

Doenças e práticas de cura na História brasileira

Resenha

Pareceristas

Publicado: 20-07-2021

Trajetória das paixões: uma retórica da alma | Maria Flávia Figueiredo, Acir de Matos Gomes e Luana Ferraz

Em meio ao pandêmico ano de 2020, que transformou profundamente a forma com que concebemos a difusão do conhecimento no meio acadêmico – que hoje, mais do que nunca, acontece principalmente de forma remota–, o Grupo PARE (Pesquisa em Argumentação e Retórica), sediado na Universidade de Franca (UNIFRAN) e certificado pelo CNPq desde 2013, compôs a obra a qual esta resenha faz referência, Trajetória das paixões: uma retórica da alma.

O PARE é um grupo composto de pesquisadores que se encontram em diferentes níveis na carreira acadêmica. Tal diversidade possibilita um sistema de contribuição entre os seus membros, chamado de orientação em cascata. Por meio desse sistema, pessoas que se encontram em níveis acadêmicos mais avançados auxiliam e orientam colegas que também trilham o caminho acadêmico. À vista disso, o grupo conta com professores titulares, pós-doutores, doutores, mestres, especialistas, graduados e alunos de Iniciação Científica. Leia Mais

Fruição Patrimonial | Memória em Rede | 2021

O presente dossiê “Fruição Patrimonial” reuniu pesquisadores de distintas regiões do Brasil, de norte a sul, contemplando principalmente uma ampla diversidade de perspectivas teóricas e metodológicas, com destaque para a apresentação dos estudos de casos. Conforme Yin (2010), como método de pesquisa, os estudos de casos corroboram com a apresentação de múltiplas situações dos fenômenos sociais complexos, com ampla riqueza de dados e relatos, desde casos individuais, grupais, organizacionais, sociais e políticos, que podem ser utilizados pelas mais diversos áreas do conhecimento.

Neste sentido, os estudos elencados para este editorial da Revista Memória em Rede tiveram como tema comum, a fruição patrimonial, com destaques para as interações do caminhar por locais históricos e sítios arqueológicos, seja pelo resgate de contranarrativas e de memórias submersas, com relação à preservação do patrimônio material e das memórias locais. Os autores elencados neste editorial apresentaram constantes preocupações quanto à ampliação do uso público dos patrimônios, seja para a adequação das políticas públicas de preservação do patrimônio, seja pela necessidade de ampla participação dos atores sociais e das reflexões sobre o consumo dos espaços turísticos. Leia Mais

Doenças e práticas de cura na História brasileira | Revista Ágora | 2021

O campo da História da Medicina e da Saúde tem crescido especialmente desde a década de 1950 e início da década de 1960, graças aos estudos pioneiros dos historiadores Louis Chevalier e Asa Briggs, que se debruçaram sobre os estudos sobre as epidemias e suas relações com a sociedade. Com o historiador inglês Charles Evans as doenças e as epidemias passaram a ser estudadas de forma mais ampla e intensa, ao serem analisadas como um fenômeno social.

No Brasil, as passagens do psicólogo Michael Foucault, entre 1965 e 1976, também contribuíram para colocar a temática da História das Doenças no foco dos historiadores, ainda que os primeiros trabalhos sob influência de suas proposições tenham sido um empreendimento realizado por psiquiatras, como Roberto Machado, organizador de “A danação da norma: a medicina social e a constituição da psiquiatria”, e Jurandir Sebastião Freire Costa, autor de “Ordem médica, norma familiar”. Essas obras focalizaram a afirmação da Medicina e a crescente ampliação de suas normas e prescrições na sociedade brasileira, especialmente no contexto da construção do Estado-nação imperial, com ênfase em conceitos como “medicalização da sociedade”, “biopoder” e no binômio coercitivo “saber/poder”. Leia Mais

Revista Eletrônica da ANPHLAC. São Paulo, v.21, n.30, 2021.

Intelectuais e resistências ao autoritarismo na América Latina

Apresentação

Dossiê

Resenhas

Publicado: 2021-07-19

Ensino remoto emergencial: o que aprendemos com a experiência? | EmRede – Revista de Educação a Distância | 2021

Esse número apresenta uma série de experiências e reflexões sobre a adoção do ensino remoto no período da pandemia, efetivado nas instituições brasileiras ao longo de 2020, reunidos na Seção Dossiê Ensino Remoto Emergencial. Além disso, inclui artigos mais gerais, acolhidos em submissão contínua.


Referências desta apresentação

[Ensino remoto emergencial: o que aprendemos com a experiência?] EmRede – Revista de Educação a Distância. Porto Alegre, v.8, n.1, 2021.

Acessar dossiê [DR]

EmRede – Revista de Educação a Distância. Porto Alegre, v. 8, n. 1, 2021.

Ensino remoto emergencial: o que aprendemos com a experiência?

Dossiê Ensino Remoto Emergencial

Artigos

Publicado: 2021-07-16

A constituição de 1824 e o problema da modernidade: O conceito moderno de constituição, a história constitucional Brasileira e a teoria da constituição no Brasil | David F. L. Gomes

GOMES D História da África
David Gomes | Foto: ComoEuEscrevo.com

GOMES D A Constituicao História da ÁfricaDavid F. L. Gomes é professor efetivo da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e possui longa trajetória de pesquisa nas áreas de Teoria da Constituição, Teoria do Estado, Sociologia e História do Direito.

Fruto de sua tese de doutorado, o livro A Constituição de 1824 e o problema da modernidade: O conceito moderno de constituição, a história constitucional Brasileira e a teoria da constituição no Brasil foi lançado em 2019, pela editora D’Plácido. Na obra, utilizando-se de um diálogo crítico entre as teorias de Jürgen Habermas (1929-) e Karl Marx (1818-1883), o autor busca reconstruir o conceito moderno de Constituição à luz da perspectiva materialista, a partir da história da Constituição Brasileira de 1824 [1]. Leia Mais

História Hoje. São Paulo, v. 10, n. 21, Edição Especial, 2021.

Editorial

Dossiê

Revista História Hoje | São Paulo, v.10, n.20, jul./dez., 2021.

Editorial: Porque há esperança diante da farsa, do ódio e do medo

Artigos

Entrevista

Falando de História hoje

História Hoje na sala de aula

Hegel e a liberdade dos modernos | Domenico Losurdo

LOSURDO D História da África
Domenico Losurdo| Foto: Kyan Shokoui Dios

LOSURDO D Hegel e a liberdade História da ÁfricaIntrodução

A despeito das piadas jocosas que encontramos em páginas de social medias relacionadas à filosofia, é inegável que Hegel continua sendo um autor que desperta respeito, ou, no mínimo, curiosidade para uma leitura. Disso, é difícil encontrar hoje alguém disposto a comentar sua obra. O italiano Domenico Losurdo (1941-2018) tomou consciência de tal empreendimento. Porém, não se absteve de contribuir com algumas ideias. O trabalho de anos de pesquisa e publicações diversas (LOSURDO, 2019, pp. 19-20), resultou no livro intitulado Hegel e a liberdade dos modernos. O foco de sua obra direciona-se ao Hegel sujeito-político, inserido no contexto de sua época. No entanto, Losurdo deu um passo adiante ao confrontar o estudo dos escritos de Hegel com a fortuna crítica coeva e hodierna de sua obra; é dessa relação entre escritos filosóficos e fortuna crítica que se pretende dar atenção nessa resenha crítica.

A importância da historiação dos escritos filosóficos

À primeira vista, Losurdo dá atenção à biografia intelectual como uma maneira de escapar de trabalhos historicista-jornalísticos e das obras que versam a comentários a partir de Hegel. Essa premissa pode parecer estranha àqueles que, acostumados com leituras de autores e autoras já consagrados, acabam por não questionar os cortes produzidos em torno do sujeito, separando, por vezes, a vida pessoal dos escritos publicados, como se não houvesse relação nenhuma entre eles (LUKÁCS, 2018, p. 44). Leia Mais

Doenças e cativeiro: um estudo sobre mortalidade e sociabilidades escravas no Rio de Janeiro, 1809-1831 | Keith Valéria de Oliveira Barbosa

BARBOSA Keith 2 História da África
Keith Barbosa | Foto: ufam.edu.br/notícias

BARBOSA K Doenca e catieiro História da ÁfricaO livro de Keith Valéria de Oliveira Barbosa, pesquisadora e professora da Universidade Federal do Amazonas, é fruto de sua pesquisa desenvolvida no seu mestrado na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

A obra é dividia em quatro capítulos, no primeiro, “Escravidão e doenças: historiografia, fontes e métodos”, a autora buscou analisar como a mortalidade escrava não estava ligada apenas ao contato entre pessoas de diferentes continentes e, portanto, que o tráfico atlântico em si não dá conta de explicar a mortalidade escrava. Em outras palavras, embora o contato entre indivíduos de espaços geográficos distantes inevitavelmente tenha colocado patógenos em condições de causar doenças que eram desconhecidas para os africanos, a questão não pode ser analisada apenas por esse prisma.

As condições de vida da população cativa propiciavam “ambientes” para que enfermidades matassem muito. A falta de alimentos, os maus tratos, a insalubridade do trabalho, as condições higiênicas inadequadas das senzalas, entre outros aspectos, faziam com que a vida de escravo fosse abreviada muitas vezes pela morte. Leia Mais

Temporalidades. Belo Horizonte, v.13, n.1, 2021.

Edição 35 – Temporalidades, Belo Horizonte (jan./jun.2021)

Editorial

Apresentação

Entrevistas

Expediente

Artigos Livres

Resenhas

Traduções

Transcrição Documental Comentada

Publicado: 2021-07-10

História da Enfermagem. Brasília, v.12, n.1, 2021.

HISTORIA DA ENFERMAGEM3 História da África

POSTED BY: HERE 10 DE JULHO DE 2021

EDITORIAL

ARTIGOS ORIGINAIS

FAC SIMILE

ERRATA

História da Enfermagem. Brasília, v.11, n.2, 2020.

POSTED BY: HERE 25 DE OUTUBRO DE 2020

EDITORIAL

ARTIGOS ORIGINAIS

REVISÃO INTEGRATIVA

  • Resgate histórico dos avanços da Enfermagem Obstétrica brasileira | Historical rescue of the advances in Brazilian Obstetric Nursing | Rescate histórico de los avances en la Enfermería Obstétrica brasileña | Fernanda Alves dos Santos Carregal, Rafaela Siqueira Costa Schreck, Fernanda Batista Oliveira Santos, Maria Angélica de Almeida Peres

REFLEXÃO

  • História e processos de trabalho da enfermagem em Centrais de Material e Esterilização | Historia y proceso de trabajo de la enfermería en Centros de Material y Esterilización | History and work process of Nursing in Materials and Sterilization Centers | Djailson José Delgado Carlos, Cristiane Ribeiro de Melo Lino, Suênia Silva de Mesquita Xavier, Luciane Paula Batista Araújo de Oliveira, Kátia Regina Barros Ribeiro, Wanessa Cristina Tomaz dos Santos Barros

História da Enfermagem. Brasília, v.11, Especial, 2020.

POSTED BY: HERE 20 DE SETEMBRO DE 2020

EDITORIAL

ARTIGOS ORIGINAIS

RELATO DE EXPERIÊNCIA

  • Criação de Acervo Documental sobre acontecimentos no Ano Internacional da Enfermeira e Obstetrizes (2020) | Creation of a Documentary Collection on events in the International Year of the Nurse and Midwives (2020): experience report | Creación de Acervo Documental sobre eventos en el Año Internacional de los Profesionales de Enfermería y Obstetricia (2020): relato de experiencia | Rosa Maria Souza Braga, Ana Paula da Costa Lacerda Brandão, Davi Milleli Silva, Anamaria de Souza Fagundes, Pacita Geovana Gama de Sousa Aperibense, Maria Angelica de Almeida Peres

FAC SIMILE

  • A Influenza Espanhola | The Spanish Influenza | A Gripe Espanhola | Ana Paula da Costa Lacerda Brandão, Maria Angélica de Almeida Peres

REFLEXÃO

RESENHA

História da Enfermagem. Brasília, v.11, n.1, 2020.

POSTED BY: HERE 29 DE JULHO DE 2020

EDITORIAL

ARTIGOS ORIGINAIS

  • Padrão Anna Nery e perfis profissionais de enfermagem possíveis para enfermeiras e enfermeiros no Brasil | Anna Nery Standard and possible nursing professional profiles for nurses in Brazil | Estándar Anna Nery y perfiles profesionales de enfermería posibles para enfermeras y enfermeros en Brasil | Fernanda Batista Oliveira Santos, Fernanda Alves dos Santos Carregal, Rafaela Siqueira Costa Schreck, Rita de Cássia Marques, Maria Angélica de Almeida Peres
  • Taxonomia do conhecimento sobre história da enfermagem | Taxonomy of knowledge about history of nursing | Taxonomía del conocimiento sobre historia de enfermería | Abel Silva de Meneses, Maria Cristina Sanna, Leila Maria Rissi Caverni, Marco Antônio dos Santos, Ricardo Quintão Vieira
  • Historicidade dos serviços de saúde do município de Gaspar – Santa Catarina (1973- 2014) | Historicity of health services in the municipality of Gaspar – Santa Catarina (1973 – 2014) | Historicidad de los servicios de salud en el municipio de Gaspar – Santa Catarina (1973 – 2014) | Tássila Dias Malta Moreira Moura, Patrícia Gubler, Maria Lígia dos Reis Bellaguarda, Mariana Vieira Villarinho, Maria Itayra PadilhaV, Maiara Suelen Mazera
  • Administração em enfermagem no Hospital João de Barros Barreto | Nursing administration at João de Barros Barreto Hospital: historical perspective of the seventies, twentieth century | Administración de enfermería en el Hospital João de Barros Barreto: perspectiva histórica de los años setenta, siglo XX | Ilma Pastana Ferreira, Isaura Setenta Porto, Tereza Tonini, Elaine Regina Corrêa Souza

FAC SIMILE

BIOGRAFIA

IN MEMORIAM

ERRATA

História da Enfermagem. Brasília, v.10, n.2, 2019.

POSTED BY: HERE 5 DE MAIO DE 2020

EDITORIAL

ARTIGOS ORIGINAIS

História da Enfermagem. Brasília, v.10, n.1, 2019.

POSTED BY: HERE 7 DE JULHO DE 2019

EDITORIAL

ARTIGOS ORIGINAIS

RESENHA

REFLEXÃO

IN MEMORIAM

História da Enfermagem. Brasília, v.9, n.2, 2018.

POSTED BY: HERE 20 DE DEZEMBRO DE 2018

EDITORIAL

ARTIGOS ORIGINAIS

História da Enfermagem. Brasília, v.9, n.1, 2018.

POSTED BY: HERE 31 DE JULHO DE 2018

EDITORIAL

ARTIGOS ORIGINAIS

IN MEMORIAM

História da Enfermagem. Brasília, v.8, n.2, 2017.

POSTED BY: HERE 10 DE DEZEMBRO DE 2017

EDITORIAL

ARTIGOS ORIGINAIS

REFLEXÃO TEÓRICA

IN MEMORIAM

História da Enfermagem. Brasília, v.8, n.1, 2017.

POSTED BY: HERE 25 DE SETEMBRO DE 2017

EDITORIAL

ARTIGOS ORIGINAIS

FAC-SÍMILE

IN MEMORIAM

História da Enfermagem. Brasília, v.7, n.2, 2016.

POSTED BY: HERE 15 DE MARÇO DE 2017

EDITORIAL

ARTIGOS ORIGINAIS

FAC-SÍMILE

História da Enfermagem. Brasília, v.7, n.1, 2016.

POSTED BY: HERE 2 DE MARÇO DE 2017

EDITORIAL

ARTIGOS ORIGINAIS

REFLEXÃO

FAC SÍMILE

História da Enfermagem. Brasília, v.6, n.2, 2015.

POSTED BY: HERE 29 DE ABRIL DE 2016

EDITORIAL

ARTIGOS ORIGINAIS

ARTIGOS DE REVISÃO

FAC SÍMILE

História da Enfermagem. Brasília, v.6, n.1, 2015.

POSTED BY: HERE 1 DE JANEIRO DE 2015

EDITORIAL

ARTIGOS ORIGINAIS

ARTIGOS DE REVISÃO

REFLEXÃO

 

História Unisinos. São Leopoldo, v.25, n.1 jan./abr. / v.25, n.2, maio/ago. 2021

Historia Unisinos 1 História da África

Dossiê

Artigos

Entrevista

Notas de Pesquisa

Resenhas Críticas

Acervos e Fontes

Publicado: 2021-07-09


Palavras ABEHRtas. Curitiba, v.1, n.1, 2021.

PALAVRAS ABERTAS2 2 História da África

Chão da História

Provocações

Vice-versa

Rizoma de ações

Acontece nas escolas

Publicado: 2021-07-09

As ações de liberdade no Tribunal da Relação do Rio de Janeiro no período entre 1871 e 1888 | Carlos Henrique Antunes da Silva

Muito se discute atualmente sobre o papel do Poder Judiciário no Brasil. Em fins do século XIX, permearam as instâncias e as decisões judiciais ações cíveis cujo objeto era a liberdade de escravos. Sem os meios de comunicação de que hoje dispomos, ainda assim parte da sociedade estava atenta ao assunto. Para além da opinião pública e dos movimentos sociais de então, o trabalho que temos em mãos tem como ponto de partida um elemento bastante presente nas fontes utilizadas para o estudo da escravidão, mas nem sempre em evidência nas investigações relacionadas ao tema: o Estado. De que modo os agentes atuantes na estrutura judiciária do Império lidaram com os processos impetrados pela liberdade de homens e mulheres na condição de escravos? Que instrumental advogados e desembargadores operaram em suas argumentações e decisões?

O livro que nos coloca essas e outras questões é resultado de uma pesquisa de mestrado em História defendida na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) em 2015. Seu autor, Carlos Henrique Antunes da Silva, é formado em Direito, História e Filosofia, adentrando também a Sociologia do Direito neste estudo. O referencial teórico adotado por ele está na obra do sociólogo Pierre Bourdieu, em sua reflexão sobre as representações e relações simbólicas de poder. A noção “campo jurídico”, particularmente, busca dar a ver o movimento de definição do Poder Judiciário durante o Brasil Império, sem deixar de lado as especificidades da época, como a vigência da escravidão de africanos e descendentes. Leia Mais

La prensa de Montevideo, 1814-1825. Imprentas, periódicos y debates públicos en tiempos de revolución | Wilson González Demuro

Neste livro, Wilson González Demuro analisa o papel da imprensa na criação de um espaço moderno de opinião pública em Montevidéu, integrado ao processo de desconstrução do Antigo Regime na América por suas independências e construção de Estados nacionais, assentados em governos representativos, baseados princípios liberais.

Um dos alvos de Demuro são as abordagens que consideram os meios de comunicação apenas como fontes ou testemunhos, e não objetos de análise. Colocando-se ao lado de outros historiadores como Noemí Goldman, Fabio Ares, Renán Silva e Fabio Wasserman, Demuro junta-se ao esforço por valorizar “la prensa como fuente histórica” e encará-la como “campo disciplinario”3. Leia Mais

Pactos políticos en Iberoamérica | Almanack | 2021

La invasión de Napoleón a la península ibérica y los sucesos que siguieron fueron coyunturas propicias para instalar en el escenario peninsular e iberoamericano un novedoso repertorio de soluciones políticas. La crisis abierta en 1808 impulsó cambios inusitados. Como es conocido y ha sido profusamente estudiado la necesidad de reformular los pactos entre los monarcas, sus reinos y sus súbditos, estuvo asociada a las posibilidades y alcance de la gobernabilidad de sus territorios. En el caso lusitano, la corona decidió cambiar la localización de su centro político desplazándolo al continente americano, concretamente a la ciudad de Rio de Janeiro en el Brasil. El caso español fue diferente. El ingreso de las tropas francesas a España dio lugar a la vatio regis, un hecho insólito que obligó a replantear las bases de sustentación de la monarquía.

Los acontecimientos referidos produjeron amplios movimientos en el seno de las sociedades iberoamericanas que comenzaron a cuestionar las nuevas bases de los poderes instituidos. A partir de formatos conocidos, aunque reformulados en el marco extraordinario de principios del siglo XIX, los cabildos abiertos, las proclamas o las peticiones, por citar algunos ejemplos, fueron recurrentes. En el espacio hispanoamericano, las novedosas experiencias políticas que habían inaugurado las revoluciones de finales del siglo XVIII se replicaron, al mismo tiempo que aparecieron nuevas prácticas como es el caso del pronunciamiento cuyos contenidos y formalización fueron muy diversos.5 Aunque su marco legal puede ser cuestionado, el estudio de estas prácticas, del vocabulario utilizado y de la sociabilidad que generaron permite mostrar su papel real en el debate político. Leia Mais

Neoliberalismo: Linajes cursos y discursos en América Latina | História Unisinos | 2021

Neoliberalismo 2 História da África
Neoliberalismo | Fotomontagem: Juliana Pereira/Guia do Estudante/Reprodução

Leia mais em: https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/o-que-e-o-neoliberalismo-e-qual-sua-relacao-com-o-brasil-de-2020/

De tiempo en tiempo, cuando se abate una crisis, es recurrente que se desempolven viejos obituarios acerca del neoliberalismo. Los Estados rápidamente activan sus estructuras para socorrer al sistema capitalista en apuros adelantando políticas que antes se habrían visto renegadas, pero que vuelven al ruedo.

Hemos observamos entonces, desde otras experiencias similares, que, una vez pasado el cimbrón, ciertas ideas retornan a sus carriles habituales mostrando y demostrando en medio de la disfunción un enorme poder de resiliencia. Se trata de una palabra algo bastardeada, pero que -en este caso- se podría aplicar a pie juntillas. El neoliberalismo parecería tener tantas vidas como los gatos, tal y como juguetea -a través de esa metáfora- el título de una reciente compilación de Dieter Plehwe, Quinn Slobodian y Phillip Mirowski (2020). Por ello, puede ser prematuro decretar un réquiem para el neoliberalismo. Las hipótesis sobre su reformulación entonces no pueden ser desacartadas como apuntaron diversos trabajos formulados tiempo antes de la actual coyuntura. Leia Mais

Oração, penitência e trabalho: o Recolhimento de Santa Maria Madalena e São Gonçalo de Braga (1720-1834) | Maria Marta Lobo de Araújo

Recolhimento Santa Matalena Braga História da África
Recolhimento de Santa Maria Madalena, Braga | Foto: aspa35anos.blogspot.com

ARAUJO M Oracao Penitencia História da ÁfricaProfessora associada do Departamento de História da Universidade do Minho, há muitos anos Maria Marta Lobo de Araújo vem se dedicando ao estudo de diferentes tipos de instituições religiosas existentes na região noroeste de Portugal, durante a Época Moderna. As pesquisas da autora se inserem no âmbito de recentes tendências historiográficas que renovaram a História Social: o estudo das práticas e das crenças religiosas dos fiéis, o estudo da assistência à pobreza e à orfandade, o estudo da reclusão das mulheres e dos valores que a norteavam, entre outros temas de importância. O material empírico principal utilizado no livro é constituído pelo fundo do Recolhimento de Santa Maria Madalena, depositado no Arquivo Distrital de Braga. Paralelamente, outros fundos documentais pertencentes ao mesmo Arquivo foram também utilizados na pesquisa.

A obra abrange desde o período de fundação e entrada das primeiras recolhidas até 1834, quando o Recolhimento se revestiu de outras finalidades, em sintonia com os decretos liberais da época, que afetaram diretamente a existência de ordens religiosas masculinas e femininas em Portugal. O diálogo com a historiografia é profícuo, destacando-se os trabalhos dedicados a conventos e a recolhimentos femininos no Minho, mas sem descuidar da historiografia relativa aos referidos estabelecimentos que foi produzida em outras partes da Europa e nos antigos domínios portugueses. No esforço aqui empreendido para apresentar a obra aos leitores interessados, serão exploradas conexões com a literatura produzida a respeito do tema, particularmente aquela que tomou a América Portuguesa como pano de fundo. Leia Mais

Boletim Cearense de Educação e História da Matemática. Fortaleza, v.8, n.24, set./dez., 2021.

BOCEHM (Fluxo Contínuo) – Set/Dez

ARTIGOS

PUBLICADO: 2021-07-08

“A Direita na América Latina Contemporânea”: universidades, intelectuais, disputas de espaços e sentidos | Revista de História da UEG | 2021

Apresentação

“Um fantasma recorre a América Latina”. Especialmente desde os anos de 1960, depois da Revolução Cubana e seu influxo na radicalização política de alguns setores da juventude militante daquele período, os debates entre universitários “bolcheviques”, ou seja, aqueles mais próximos da experiência soviética e chinesa, que, por sua vez, baseavam-se na prática maoísta, o surgimento das propostas de socialismo nacional nos partidos populares, bem como o boom dos escritores latino-americanos fez com que se afiançara a noção cultural da hegemonia das esquerdas nos campos intelectual e universitário. Paradoxalmente, esse argumento, qual seja, o do “esquerdismo” dos e das estudantes, docentes e intelectuais, é um velho tópico usado também pelas direitas para denunciar a decadência das universidades e da cultura em geral.

Por isso, esse dossiê analisa esse sentido comum por meio de diferentes artigos que mostram as experiências direitistas de intelectuais e universitários em diferentes países latino-americanos. Entendemos o conceito de intelectual em seu sentido amplo, isto é, incluindo jornalistas e empresas editoriais, bem como atores políticos que fazem uso de instrumentos intelectuais para indicar e defender suas ações e projetos. O campo de estudos sobre as direitas latino-americanas (e de outros recortes geográficos) cresceu significativamente nas últimas décadas, ganhando legitimidade como tema de investigação social, desmentindo a alguns detratores que lhe atribuíam um caráter meramente militante. Por outro lado, com a recente irrupção de partidos e governos de direita na região, se colocaram em evidência as premissas e corpus de ideais pensados por intelectuais de direita que também assumiram uma nova visibilidade. Leia Mais

A história secreta da Mulher-Maravilha | Jill Lepore

“É impossível registrar boa parte de qualquer vida. Todo casamento, todo amor, é inefável” assumiu Jill Lepore ao final de seu livro A história secreta da Mulher-Maravilha que é sobre a criação da super-heroína mais famosa do mundo (LEPORE, 2017, p. 341). A sentença declarando os limites de uma narrativa historiográfica decorre depois da historiadora ter demonstrado conduzir uma pesquisa que desvendou os mistérios em torno da vida, do casamento e do amor da família Marston, criador da Mulher Maravilha. Jill Lepore, historiadora e professora de Harvard, tem como objetivo em seu livro contar a história da criação da Mulher Maravilha, para isto, ela investigou a biografia do criador da super-heroína, William Moulton Marston. O que ela traz para o público é mais do que uma biografia, é também parte significativa da história americana do século XX, é uma história do direito, da psicologia, da ciência, do feminismo, do sufrágio e – por que não dizer – também da mídia e hegemonia cultural americana. Para isto, além das HQ’s da Mulher Maravilha, Jill Lepore teve a chance de fazer uma investigação meticulosa em papéis e documentos pessoais da família Marston. É de se admirar a quantidade de fontes que Jill Lepore (2017, p. 13-14) pôde acessar:

milhares de páginas de documentos manuscritos e datilografados, fotografias e desenhos, cartas e cartões-postais, fichas criminais, anotações rabiscadas nas margens de livros, depoimentos de tribunal, prontuários médicos, memórias não publicadas, roteiros rascunhados, esboços, históricos de estudantes, certidões de nascimento, documentos de adoção, registros militares, álbuns de família, álbuns de recortes, anotações para palestras, arquivos do FBI, roteiros de cinema, as minutas cuidadosamente datilografadas dos encontros de um culto sexual e minúsculos diários escritos em código secreto. Leia Mais

…como se fosse um deles: almirante Aragão – Memórias, silêncios e ressentimentos em tempos de ditadura e democracia

Obra de cunho histórico-biográfico, publicada no ano de 2017, foi finalista do Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, na categoria biografia, em 2018. Seu autor, Anderson da Silva Almeida, sergipano, marinheiro entre os anos de 1996 e 1999, e sargento fuzileiro naval de 1999 a 2010, quando deixou as fileiras da Marinha do Brasil, é hoje professor na Universidade Federal de Alagoas.

Resultado de sua pesquisa de doutorado, cuja Tese foi defendida em 2014, junto ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense (UFF), o livro é uma contribuição no sentido de, em um quadro atual de franca disputa de memórias em torno de fatos e contextos históricos que tocam o passado ditatorial recente do Brasil, reconstruir a trajetória do vice-almirante fuzileiro naval Cândido da Costa Aragão, sobretudo a partir de seu ingresso como soldado nas fileiras da Marinha do Brasil, com ênfase nos contextos em que esteve inserido desde os anos iniciais da década de 1960, passando pela associação de marinheiros e fuzileiros navais e o golpe civil-militar em 1964, até seu regresso do exílio, no ano de 1979. Leia Mais

O Império do sentido: a humanização das Ciências Humanas | François Dosse

Há algum tempo a discussão acerca da atuação social dos pesquisadores de várias áreas do saber, mas principalmente das Ciências Humanas, tornou-se um tema vigente na França e também tem ganhado perspectiva no Brasil. Ao que tudo indica, o cenário se encontra polarizado entre os filósofos midiáticos e a comunidade atomizada dos pesquisadores em Ciências Humanas, estes, cada vez mais fechados em sua tecnicidade e incapazes de produzir para o grande público de maneira convidativa a participar do debate. Evidentemente, é necessário pontuar que o fazer científico ocorre de maneira distinta na França e no Brasil, e exportar o modelo do debate sem uma reflexão pode ocasionar erros. Mas é nesse sentido que a obra de François Dosse, O Império do sentido, se mostra atual por fornecer uma base para repensar o vínculo social dos pesquisadores na Cidade moderna. Reflexão essa que no Brasil ainda se encontra por fazer, ao menos com tamanha profundidade tal qual fez François Dosse em seu livro. Logo, a escolha por traduzir a obra em 2003 e reeditar a obra no recente ano de 2018 foi mais do que acertada. Mas se na primeira aparição a obra em terras tupiniquins se deu com o tom informativo, sua segunda traz o tom de aviso pois evidencia um cenário que pouco mudou em 15 anos, dentro de um período em que a discussão se tornou mais latente do que nunca e a atuação desses pesquisadores passou a ser uma demanda social. Leia Mais

Filosofia para mortais: pensar bem para viver bem | Daniel Gomes de Carvalho

Um professor de História escreve um livro de Filosofia. A afirmação pode lembrar uma daquelas anedotas que começam com “Um fulano e um sicrano entram num bar”. Contudo, a questão aqui levantada é, mais do que pilhéria, uma reflexão primordial a diversas ciências humanas: aquela que se refere à interdisciplinaridade. É neste campo que nosso objetivo central nesta ligeira exposição de Filosofia para mortais está inserido. Podemos resumi-lo na seguinte pergunta: Por que ler um livro de Filosofia escrito por um professor de História? Os caminhos de resposta escolhidos apontam para a correlação entre os pensamentos histórico e filosófico, sendo igualmente válidos para não historiadores (as) e não filósofos (as).

De antemão, nos desculpamos com o autor e futuro público leitor que, ao contraporem as considerações que aqui expomos com a obra original, logo perceberão que outras muitas ponderações possíveis foram deixadas de lado, por conta da necessidade de enfoque exigido por uma resenha. Aqui falaremos de algumas correlações entre o pensamento filosófico e o pensamento histórico, com destaque à questão da mortalidade, uma das ideias centrais trabalhadas no livro de Daniel Carvalho. Neste ponto, devemos também alertar que indicar pontos da referida conexão não elimina os diferentes lugares ocupados e metodologias exercidas por cada uma das referidas áreas do conhecimento como disciplinas. Leia Mais

Revista de História da UEG. Morrinhos, v.10, n.02, 2021.

Dossiê “A Direita na América Latina Contemporânea”: universidades, intelectuais, disputas de espaços e sentidos

Imagem de Capa: 
“Necropolítico X”. Óleo sobre madeira 35x40cm.
Autor: Gabriel Augusto
Fonte: https://www.instagram.com/p/CQ3d_iEN7Wd/

Editorial

Dossiê Temático

Resenhas

Fontes Históricas

Publicado: 2021-07-08

O Rio de Janeiro dos fados, minhotos e alfacinhas: o antilusitanismo na Primeira República | Gladys Sabina Ribeiro

Elaborei esse texto com o objetivo de discutir e analisar algumas questões presentes no livro O Rio de Janeiro dos fados, minhotos e alfacinhas: o antilusitanismo na primeira república, de autoria de Gladys Sabina Ribeiro, historiadora e professora da Universidade Federal Fluminense (UFF). Pesquisadora de longa data, o currículo de Gladys é extenso, possui graduação em história pela UFRJ (1979), especialização (1984) e mestrado (1987) pela UFF e doutorado pela UNICAMP (1997). Grande parte da sua produção é voltada para temas relacionados ao antilusitanismo, cidadania, direito, nação e identidade nacional, com ênfase na história do Brasil Império e Primeira República.

Quando avistamos um livro, a primeira coisa que nos chama atenção é a capa. A foto escolhida para a capa do livro analisado é de autoria do fotógrafo Augusto Malta e datada de 1920. A imagem nos remete ao Rio de Janeiro urbano. Na fotografia percebemos seis homens ao redor de um quiosque, alguns encarando a câmera e outros distraídos. A imagem tem uma linguagem que fala por si só, ao segurar o livro logo nos remetemos ao Rio de Janeiro da Primeira República, quando a modernidade buscava apagar e mascarar alguns hábitos tidos como indesejáveis pela elite dominante (como é o caso dos tragos de paraty e as cusparadas que compunham o ambiente dos quiosques). Já o título “O Rio de Janeiro dos fados, minhotos e alfacinhas” nos remete à um outro ambiente e quem julga o livro pelo título pode entender que a obra aborda o aspecto cultural que permeia a música portuguesa e os costumes portugueses, mas não é essa a proposta da autora. Em nenhum momento do texto é abordada a questão das festas portuguesas ou mesmo da música e creio que a palavra “Fado” só é citada no título do livro, bem como “Minhoto” e “Alfacinha”. No entanto, o subtítulo é muito preciso “o antilusitanismo na primeira república”. A obra trata disso. Leia Mais

Nova História das Mulheres no Paraná | Georgiane Garabely Heil Vázquez

Em um contexto de negação dos direitos das minorias, de aumento da violência contra mulheres, bem como de discursos que procuram negar as relações de gênero existentes na sociedade, ganha ainda mais importância e surge como sinônimo de coragem a obra coletiva Nova História das Mulheres no Paraná, organizada pela professora Georgiane Garabely Heil Vázquez. O livro, composto por 8 capítulos, foi escrito por pesquisadoras ligadas a diferentes instituições. O que estabelece a unidade da obra é a discussão da mulher a partir das discussões teóricas de gênero nas mais variadas perspectivas, bem como recortes temporais distintos e em diversos municípios do Paraná.

A publicação é voltada principalmente para as pessoas que se dedicam à pesquisa histórica. No entanto, não apenas historiadores e historiadoras poderão utilizar o livro como referência quando estiver em pauta a História das Mulheres ou discussões teóricas e metodológicas a respeito dos Estudos de Gênero. Pesquisadores (as) de áreas como Psicologia, Ciências Sociais, Direito, entre outras, que constantemente dialogam com a História e que discutem as implicações de gênero na sociedade, terão no livro uma contribuição importante. Leia Mais

Veredas da História. [Salvador], v.13, n.1, 2020.

APRESENTAçãO EDITORIAL

RESENHAS

Jinga de Angola: a rainha Guerreira da África | Linda M. Heywood

Cercada por mitos e controvérsias, a história da Rainha Jinga já inspirou livros, canções, filmes e movimentos sociais. No Brasil, trabalhos como de Selma Pantoja (2000) e de Mariana Bracks Fonseca (2018) ilustram a importância da rainha Jinga no contexto africano as representações dela ao longo do tempo. Atualmente, o livro “Jinga de Angola: a rainha guerreira da África”, escrito por Linda M. Heywood, é o mais recente e um dos mais completos estudos sobre a história da rainha africana que enfrentou disputas internas e externas para reconstruir o reino do Ndongo entre os séculos XVI e XVII.

A autora tem uma carreira consagrada ao estudo das sociedades na África Centro Ocidental (grosso modo atual Angola), tendo publicado monografias e organizado livros sobre o tema. Seus trabalhos versam sobre assuntos relacionados à política, cultura, poder e diáspora no contexto africano. Entre nós, a produção de Heywood é tímida, resumindo-se ao livro de organização “Diáspora Negra no Brasil” (2008), da editora Contexto, versão do livro Central Africans and Cultural Transformations in American Diaspora, mas composta apenas com artigos relacionados ao Brasil. Leia Mais

Literatura, História e Memória. Cascavel, v.17, n.29, 2021.

PÁGINAS INICIAIS

APRESENTAÇÃO

PUBLICADO: 02-07-2021

Revista Brasileira de História. São Paulo, v.41, n.87, 2021.

A História (in)Disciplinada: teoria, ensino e difusão do conhecimento histórico. | Arthur Lima de Avila, Fernando Nicolazzi e Rodrigo Turin

Fernando Nicolazzi História da África
Fernando Nicolazzi | Foto: Canal História da Ditadura

No dia 27 de abril de 2020, Jair Bolsonaro vetou integralmente o projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional que previa a regulamentação da profissão de historiador. Entre muitos aspectos que podem ser explorados a partir da análise dessa ação controversa, um deles se refere ao concorrido campo da história. Longe de ser uma “ciência dedicada aos mortos”, a história – e o direito de enunciá-la ou de interditá-la – é ponto de embate ideológico, além de um importante instrumento político, intrinsecamente vinculado a questões do nosso presente. Leia Mais

State violence, torture, and political prisoners: on the role played by Amnesty International in Brazil during the dictatorship (1964-1985) | Renata Meirelles

MEIRELES Renata4 História da África
Renata Meireles | Fotomontagem: RC/coldwarbrazil.fflch.usp.br

MEIRELES R State Violence História da ÁfricaEm 2010, Samuel Moyn publicou aquele que seria seu principal livro sobre os direitos humanos: The last utopia: human rights in history. Nas palavras do historiador, se “os direitos do homem tinham relação com a reunião de um povo em torno de um Estado, e não com estrangeiros que podiam criticar outro Estado por suas violações” (Moyn, 2010, p. 26 [tradução do autor]), a primeira definição não mais se aplicaria ao mesmo conceito um século e meio depois de sua invenção nos Estados Unidos e na França revolucionários.

A grande mudança aconteceu após a Segunda Guerra Mundial, e mais intensamente ao longo da Guerra Fria, quando, nos anos 1970, a política internacional transformou-se em disputa pelo que então se queria entender por emancipação humana, ou por conquista de novas liberdades, quer no sentido anticolonial, quer no sentido da democracia repensada, restaurada, ampliada. A novidade do conceito de direitos humanos estava no ato de se acreditar que era mesmo possível agir-se para a elevação política e moral da humanidade, sem as limitações das fronteiras nacionais, se intervindo nos Estados de forma que seus governos, criticados externamente, respondessem por seus atos e promovessem mudanças positivas. Leia Mais

O Auge da História. História do curso de História da Universidade Federal do Paraná | Bruno Flávio Lontra Fagundes

Faculdade de Filosofia UFPR História da África
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Paraná na década de 1940. Foto: Divisão de Documentação Paranaense/Exatas.ufpr.br

LONTRA B O auge da Historia História da ÁfricaNota-se, nas últimas duas décadas, um adensamento nos esforços em prol da historicização dos cursos de História no Brasil. Constituem sua forma mais visível e direta os estudos de caso, em que se combinam, de maneiras variadas, histórias institucionais e políticas, bem como análises de programas e estudos populacionais (em particular, de docentes).[1] Não menos significativas, contudo, são as investigações de aspectos outros, indiretos, que reverberam na compreensão da história dos cursos. Seja analisando trajetórias de indivíduos ou grupos[2], seja apostando na etnografia de práticas que acompanham a criação de tais espaços[3], esse segundo conjunto de trabalhos ajuda a dimensionar com maior precisão a complexidade de objetos de estudo que nos são, ao mesmo tempo, próximos e caros.

É no cruzamento dessas duas sendas que vem se situar O Auge da História, livro escrito por Bruno Flávio Lontra Fagundes e dedicado ao estudo do curso de História da atual Universidade Federal do Paraná (doravante UFPR). Trata-se de mais uma inflexão na versátil e multidisciplinar trajetória de seu autor, que explorou, antes, o “livro-arquivo” de José Pedro Xavier da Veiga (2014a), ou então as representações do Brasil e de sua história na literatura contemporânea (2010 e 2011). Professor da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR) desde 2015, Fagundes apresenta nele as conclusões de um estágio pós-doutoral realizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, em alguma medida prefiguradas em artigos científicos já conhecidos na área (2014b e 2017). Leia Mais

Clichês baratos: sexo e humor na imprensa ilustrada carioca do início do século XX | Cristiana Schettini

SCHETTINI C História da África
Cristiana Schettini | Foto: cafehistoria.com

SCHETTINI C Cliches baratos História da ÁfricaEm busca de diversão noturna, homens que viviam no Rio de Janeiro do início do século XX encontravam inúmeras opções de entretenimento no centro da cidade. Teatros, cinematógrafos, casas de chope e jardins são apenas alguns exemplos, dentre tantos outros locais de sociabilidade masculina. Não raro, nesses espaços, elementos relacionados ao sexo e ao humor eram mobilizados para atrair e satisfazer os anseios de uma ampla e diversificada clientela. “Estrangeiros no tempo”, leitoras e leitores de Clichês Baratos: sexo e humor na imprensa carioca do início do século XX, novo livro de Cristiana Schettini, iniciam seu percurso por esse mundo com um passeio que reproduz roteiros disponíveis a muitos consumidores desse lazer repleto de apelos eróticos. As perspectivas masculinas, porém, estão longe de serem as únicas, tampouco as mais enfatizadas pela historiadora.

Doutora em História pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), a autora fez uma tese sobre a prostituição carioca no início do período republicano. Esse trabalho foi premiado pelo Arquivo Nacional e deu origem ao livro “Que tenhas teu corpo”: uma história social da prostituição no Rio de Janeiro das primeiras décadas republicanas, publicado em 2006. Desde então, ela tem se dedicado a pesquisas sobre o tema e sobre imigração no Brasil e na Argentina, com ênfase na perspectiva de gênero. Publicou inúmeros artigos e organizou coletâneas, sendo a mais recente em parceria com Juan Suriano, intitulada Historias Cruzadas: diálogos historiográficos sobre el mundo del trabajo en Argentina y Brasil (2019). Atualmente, leciona no Instituto de Altos Estudios Sociales da Universidade Nacional de General San Martín (USAM) e é pesquisadora do Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET). Leia Mais

Estilo Avatar: Nestor Macedo e o populismo no meio afro-brasileiro | Petrônio Domingues

Petronio Domingues História da África
Petrônio Domingues | Foto: INFONET/Acervo pessoal

Eu quando estou com fome quero matar o Janio, quero enforcar o Adhemar e queimar o Juscelino. As dificuldades corta o afeto do povo pelos políticos (Carolina Maria de Jesus, 1960).

O historiador Petrônio Domingues (Universidade Federal de Sergipe) tornou-se documentalista de um campo de estudos que ajudou a formatar: o Pós-Abolição. Escolhido um determinado tema da República brasileira, sempre com recorte racial, não há acervo, fonte e documento que não acabe sendo visitado, folheado e interpretado pelo pesquisador, ávido por novas fontes e documentos nunca dantes arrolados. Nem todo historiador exercita a qualidade do documentalista, uma vez que não é incomum, na instituição historiadora, aquele vício soberbo que arrebata boa parte de nós, para a glória acadêmica e de currículos “serventes da erudição”. Imerso nos arquivos, o professor Domingues entra e sai de lá para escrever, à moda thompsoniana, “contra o peso das ortodoxias predominantes” (Thompson, 1987, p. 12). Leia Mais

Regalismo no Brasil Colonial: a coroa portuguesa e a Ordem do Carmo, Rio de Janeiro, 1750-1808 | Leandro Ferreira Lima da Silva

Praca XV RJ História da África
Palace Square, Rio de Janeiro. Ao fundo, a Igreja do Carmo (esquerda) e a Igreja da Ordem Terceira do Carmo (direita) | Imagem: Richard Bate, 1808

SILVA l Regalismo no Brasil História da ÁfricaO regalismo pombalino e o processo de submissão da Igreja ao Estado no império português foram amplamente reconhecidos pela historiografia luso-brasileira. Entretanto, apenas nas últimas décadas houve tentativas de análise que ultrapassassem as interpretações clássicas que compreendiam a ação regalista da monarquia portuguesa como uma política exclusivamente antijesuítica[2]. As transformações no campo historiográfico e a ampliação da noção de documento (Rousso, 1996), sobretudo após o advento da Nova História Cultural, resultaram em pesquisas inovadoras sobre o período pombalino e, sobretudo, problematizadoras da primazia inaciana. Esta, apesar de ser central na construção da política pombalina, não é suficiente para a compreensão das múltiplas dimensões das ações estatais direcionadas aos religiosos, e das ações do episcopado e de agentes civis em sua aplicação no Reino e no ultramar. Aqui reside a originalidade da obra de Leandro Ferreira Lima da Silva, Regalismo no Brasil Colonial, resultante da sua dissertação de mestrado e vencedora do prêmio de História Social (2013-2014) pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade de São Paulo.

Graduado em História pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade de São Paulo, Leandro Ferreira Lima da Silva possui uma trajetória de pesquisa sólida e em ascensão no campo de estudos sobre o regalismo pombalino. Além da obra resenhada, o autor escreveu “À sombra da “última ruína”: regalismo e gestão material na província de Nossa Senhora do Carmo do Rio de Janeiro” (Silva, 2013). Atualmente, Silva é doutorando em História pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade de São Paulo, no qual continua os estudos sobre os impactos da reforma regalista sobre o clero regular. Leia Mais

A metade que nunca foi contada: a escravidão e a construção do capitalismo norte-americano | Edward Baptist

BAPTIST E E História da África
Edward E. Baptist | Foto: nytimes.com

BAPTIST E A metade que nunca foi História da ÁfricaEnfim traduzido, o livro de Edward Baptist vem para estimular o conhecimento do passado e a compreensão do mundo contemporâneo. O autor propõe trazer a lume a metade da História nunca contada: a escravidão estadunidense fazendo par com o capitalismo industrial britânico, e, também, o seu papel na formação do capitalismo estadunidense, de 1790 a 1860. Debruçada sobre essa aliança entre lavoura escravista e Revolução Industrial no Atlântico Norte, a obra também faz ver a experiência de homens e mulheres escravizados, africanos ou afrodescendentes. Com cenas vívidas, ampla e minuciosa pesquisa, reconstitui a experiência e a ação – agency – dos trabalhadores. O livro de Baptist comprova, novamente, o “impacto dos em tese impotentes sobre os poderosos em termos econômicos e políticos” (Greenidge, 2020).

O autor Edward Baptist é professor da Universidade de Cornell e historiador dos Estados Unidos, tendo o século XIX como recorte cronológico. Estuda a vida de homens e mulheres escravizados no Sul, região que é cenário de uma maciça expansão da escravatura, devido à lucratividade do algodão (o que terminou por precipitar a Guerra Civil em 1861). O público a que o livro se destina é aquele que deseja conhecer melhor a força da escravidão, por um lado, e, por outro, também a força dos escravizados. Também mata a sede de quem quer entender o contemporâneo apego dos estadunidenses ao lado perdedor da guerra, o sulista, que quis se separar do país para fundar um outro, a fim de manter a escravidão. Os efeitos duradouros desse apego podem ser simbolizados hoje, mais do que nunca, nas imagens da tentativa de golpe de Estado em 6 de janeiro de 2021, a qual, embora um fiasco, conseguiu desfraldar a bandeira confederada dentro do Capitólio. Leia Mais

Taking possession: The Politics of Memory in a St. Louis Town House | Heidi Aronson Kolk

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Heidi Kolk | Fotomontagem: RC/ amcs.wustl.edu

KOLK H Taking possession História da ÁfricaEm Tomando posse: as políticas de memória em uma casa em St. Louis (tradução livre), Heidi Kolk, professora da Washington University (St. Louis), analisa as políticas da memória e o processo de musealização da Campbell House, edificação localizada na cidade de St. Louis, no estado americano do Missouri. A casa, datada de 1851 e situada no antigo bairro exclusivo conhecido por Lucas Place, foi a residência de Robert Campbell – empresário e membro das elites locais -, sua esposa Virginia e seus filhos, Hugh e Hazlett. A residência dos Campbell foi transformada na Campbell House Museum (Casa-Museu Campbell), oficialmente aberta ao público em 1943.

O trabalho de Kolk pode ser compreendido como um estudo exemplar de história pública, analisando as ações e engajamentos de um conjunto diverso de agentes sociais para a produção da memória e de significados sobre o passado na esfera pública. Articulando um leque amplo de perspectivas teórico-analíticas – como história pública, história urbana, museologia, geografia cultural, antropologia e sociologia -, o estudo interdisciplinar de Kolk, estruturado em oito capítulos, considera os principais acontecimentos históricos e “atos de apropriação” da Campbell House, desenrolados ao longo de aproximadamente um século e meio. Para o desenvolvimento do estudo, a autora baseia-se primordialmente numa análise da cultura material e dos objetos que constituem as coleções e o acervo do Museu, além de documentos históricos e textos jornalísticos divulgados na imprensa. Leia Mais

Negacionismos e usos da história | Revista Brasileira de História | 2021

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Negacionismos | Fotomontagem: Jornal da USP

Como certos passados, sistematicamente escrutinados pelos historiadores, amplamente debatidos e largamente documentados, podem ser simplesmente negados ou apresentados como invenções motivadas por interesses escusos? O que leva grupos e indivíduos a duvidarem da existência do Holocausto, da ditadura militar brasileira, dos incontáveis genocídios ao redor do mundo ou da escravidão que, ao longo de mais de três séculos, moldou as formas sociais do capitalismo moderno? Quais são as operações intelectuais, afetivas, políticas e ideológicas que envolvem e inscrevem os desafios e interrogações lançados pelos negacionismos à história, como conhecimento organizado do passado, aos seus usos políticos, apropriações e condições de produção da verdade?

Estas questões estiveram nas origens deste dossiê e agora são aprofundadas pelos artigos que o compõem. Eles apresentam um arco diversificado de reflexões acerca das variadas formas de visibilidade do negacionismo e do revisionismo ideológico no espaço público, bem como se propõem a pensar o papel da escrita da história e dos historiadores em seu enfrentamento. Evidentemente, explorar todas as respostas possíveis para as perguntas anteriores nos levaria a perscrutar um domínio inalcançável de análises produzidas por áreas que, ao longo das últimas décadas, procuraram decifrar a complexidade do fenômeno negacionista. Nossos objetivos são outros. Leia Mais

O Estado Interventor no Brasil e seus reflexos no direito administrativo e constitucional (1930-1964): Themistocles Cavalcanti e sua contribuição doutrinária | Mauricio Mesurini da Costa

O direito administrativo brasileiro é um objeto ainda por ser historiado.

A despeito do já consagrado campo da história da administração pública, que tem em Arno Wehling (1986, 2003) o seu representante mais próximo da história do direito, a história específica da sua ordenação jurídica é ainda dependente de estudos pontuais e de escopo temporal limitado3 – como os trabalhos pioneiros de Airton Seelaender sobre a polícia e a modernização do direito administrativo brasileiro (2003, 2006, 2010, 2020, 2021), as pesquisas de Walter Guandalini Junior sobre a gênese do saber jurídico-administrativo no Brasil Imperial (2015, 2016, 2019a, 2019b, 2019c) e os nossos estudos conjuntos sobre a transição da disciplina nas primeiras décadas do século XX (Teixeira e Guandalini, 2019; Guandalini e Teixeira, 2021; Teixeira, 2021). Revisões panorâmicas de caráter dogmático-cronológico, como as realizadas por Maria Sylvia Zanella di Pietro (2006) e Fernando Dias Menezes de Almeida (2015), apesar da boa vontade e esforço dos autores em consultar as fontes primárias, não são suficientes; falta-lhes o método historiográfico, a contextualização necessária ao desvio das armadilhas do anacronismo e à compreensão das funções e significados específicos atribuídos à disciplina em cada momento de sua história.

Nessas circunstâncias, o livro de Maurício Mesurini da Costa (2021) sobre a contribuição doutrinária de Themistocles Cavalcanti à constituição jurídico-administrativa do Estado interventor preenche uma importante lacuna na historiografia do direito administrativo brasileiro. Redigido a partir das pesquisas que realizou para a sua tese de doutorado (Costa, 2016), o livro aborda um período crucial ao desenvolvimento da doutrina brasileira sobre o direito administrativo, e ainda pouco estudado pelos historiadores da matéria: os 34 anos de instituição e consolidação do Estado Administrativo brasileiro, no período que vai de 1930 a 1964. Leia Mais

La macchina imperfetta. Immagine e realtà dello Stato fascista | Guido Melis

Os interessados na história institucional e jurídica da ditadura encontram no livro de Guido Melis uma preciosa ferramenta de trabalho.

O volume dedicado aos vinte anos da ditatura fascista (1922-1943) propõe um estudo dos arranjos institucionais do estado italiano. No período no qual ocorreu uma profunda revolução no plano constitucional com um viés fortemente autoritário, permanecendo intocadas a Carta Constitucional (o Statuto Albertino) e a forma monárquica. As instituições representativas que compunham o estado liberal durante o século XIX foram sendo progressivamente enfraquecidas, o nascente sistema de partidos políticos de massa foi desmantelado, graças aos intervenção na lei eleitoral e, sobretudo, através de novos medidas policiais e formas especiais de repressão, visando neutralizar a dissidência política e o aniquilamento do que era reconhecido como inimigo político. O novo sistema se baseava na figura do Duce, Chefe do governo e, juntos, do partido político único, o Partido Nacional Fascista, auxiliado por um novo órgão constitucional, o Gran Consiglio del Fascismo. Ao mesmo tempo foi determinada uma nova reorganização das instituições públicas que redesenha em um sentido mais centralista as relações entre Estado e território, no sentido intervencionista as relações entre Estado e economia, e no sentido corporativo as relações entre Estado e sociedade. Leia Mais

Direito e autoritarismo: juristas e cultura jurídica em regimes de exceção e ditaduras | História do Direito | 2021

Esse terceiro número da RHD, História do Direito – Revista do Instituto Brasileiro de História do Direito, que corresponde ao segundo número do ano de 2021, constitui o primeiro dossiê temático do periódico. A revista, de fato, tem como plano que o segundo número de cada ano aborde uma problemática específica que seja de interesse da disciplina. E a leitora e o leitor agora têm em mãos o nosso primeiro dossiê.

Muitas vezes historiadores do direito devem suportar perguntas incautas (feitas às vezes por ingenuidade, outras por ignorância) sobre a “utilidade” de sua disciplina, ou ainda irônicas, sobre a sua “atualidade”. Se não for uma pergunta maliciosa, a verdade é que se trata, claro, de uma pergunta complexa e que poderia abrir toda uma sessão pertinente de discussões sobre a teoria da história. Muitos colegas qualificados poderiam trazer questões pertinentes sobre a relação entre a teoria e a prática no âmbito de nossas discussões acadêmicas; poderiam fazer um debate sobre como o excessivo pragmatismo acadêmico (filho dileto dos tempos contemporâneos) pode ser nocivo para a compreensão adequada daquilo que somos e fazemos; poderiam também demonstrar como sem adequados níveis de compreensão da experiência jurídica passada, o jurista contemporâneo sempre será um tanto deficitário. Ou, como também já vi acontecer, um colega mais indulgente poderia simplesmente sorrir, achando que o interlocutor não vale o debate, talvez juntando a isso um lamento silencioso sobre o empobrecimento da nossa cultura. Leia Mais

Visionary Women. How Rachel Carson, Jane Jacobs, Jane Goodall, and Alice Waters Changed Our World | Andrea Barnet

Visionary Women: How Rachel Carson, Jane Jacobs, Jane Goodall, and Alice Waters Changed Our World, de Andrea Barnet, reúne biografias de quatro mulheres que, quase simultaneamente, revolucionaram o mundo com as suas ideias. Em 1962, Rachel Carson (1907-1964) deu início ao movimento ambientalista ao alertar, no livro Silent Spring, para as graves consequências ambientais e sanitárias do uso indiscriminado de DDT. Em 1961, Jane Jacobs (1916-2006) inaugurou, com o seu livro The Death and Life of Great American Cities, a crítica ao urbanismo modernista ao apontar a deterioração da vida social nas cidades norte-americanas nas quais esse modelo de planejamento urbano fora implantado – especialmente em Nova Iorque. Em 1962, Jane Goodall (1934–) provocou uma redefinição científica de humanidade ao observar e registrar chimpanzés utilizando ferramentas, comportamento até então atribuído apenas aos seres humanos. Em 1965, Alice Waters (1944-) descobriu, na França, os prazeres das refeições feitas com ingredientes frescos, produzidos localmente. Isso inspirou o projeto do seu restaurante, Chez Panisse – marco na culinária sustentável –, inaugurado em 1971, Berkeley, Califórnia. Leia Mais

História da saúde e das doenças: sujeitos/ saberes e práticas | Fênix – Revista de História e Estudos Culturais | 2021

Os anos de 2020 e 2021 marcaram profundamente a vida das pessoas de diferentes lugares do planeta. A pandemia de Sars-coV-2 (Covid-19) invadiu o espaço público, os corpos das pessoas e dizimou uma enorme parcela da população, especialmente a mais pobre.

A primeira grande pandemia do século XXI, embora precedida por outras manifestações epidêmicas como o Ebola e o H1N1, tomou proporções que só podem ser comparadas às da gripe “espanhola”, no início do século XX. Em 1918, a imprensa informava que o vapor Demerara, proveniente da cidade inglesa de Liverpool e que passou pelos portos do Recife, Salvador e Rio de Janeiro na primeira quinzena de setembro, registrou passageiros infectados a bordo, com cerca de cinco óbitos (SOUZA, 2009, p. 102). Era a chegada da doença ao Brasil. Leia Mais

Revista Maracanan | Rio de Janeiro, n.27, 2021.


Revista Maracanan. Rio de Janeiro, n.27, 2021.

Raça, Ciência e Saúde no contexto da escravidão e do pós-Abolição |

Expediente

Apresentação

Seção Especial

Entrevistas

Artigos

Notas de Pesquisa

Complicidad económica con la dictadura: un país desigual a la fuerza | Juan Pablo Bohoslavsky, Karinna Fernández e Sebastián Smart

Marc Bloch afirma que comparar, em História, é “escolher, em um ou v|rios meios sociais diferentes, dois ou vários fenômenos que parecem, à primeira vista, apresentar certas analogias entre si, descrever as curvas da sua evolução, encontrar as semelhanças e as diferenças e, na medida do possível, explicar umas e outras”.2 As pesquisas desenvolvidas com o método comparativo entre os historiadores têm demonstrado a fertilidade dessa ferramenta. Se levarmos em consideração as indicações feitas por Bloch, vamos verificar que a América Latina é um ambiente altamente propício para comparações de situações históricas vividas entre os diferentes países da região, tendo em vista a convergência das trajetórias e marca do processo colonial, da dependência, da desigualdade e dos reincidentes governos ditatoriais no subcontinente.

Dentro da farta tradição de estudos comparados na América Latina, um campo que apresenta bastante potencial e que tem visto as pesquisas florescerem nos últimos anos diz respeito à colaboração do empresariado com os regimes de exceção dos países da região durante a Guerra Fria. Muitas investigações foram feitas recentemente sobre o ativismo dos empresários nas ditaduras do Cone Sul e como esses agentes ajudaram a desferir golpes de Estado, dar suporte, participar e se beneficiar dos governos autoritários impostos nos anos 60 e 70. São particularmente dignos de nota os esforços editoriais liderados por Juan Pablo Bohoslavsky, que teve início com o hoje já clássico estudo sobre os cúmplices da ditadura argentina, em livro lançado no ano de 2013, e que foi seguido de estudos congêneres no Brasil, Uruguai e, agora, no Chile.3 Leia Mais

Carta Internacional. Belo Horizonte, v.16, n.2, 2021.

Revista Práticas de Linguagem. Juiz de Fora, v. 3, n. 2, jul./dez. 2013.

5 – Sumário e Editorial

RELATOS

ARTIGOS

ENTREVISTA

RESENHAS

Didática da História e o ensino de História: questões contemporâneas – Parte 1 | CLIO- Revista de Pesquisa Histórica | 2021

No Brasil, nos últimos vinte anos, temos assistido a uma ampliação das produções acadêmicas que abordam o ensino de História em suas múltiplas dimensões. Por caminhos diferentes, inúmeros investigadores têm realizado trabalhos, projetos e pesquisas que visam analisar as relações que estudantes e professores estabelecem com a disciplina de História, como se dá o processo de produção do conhecimento histórico escolar, bem como os desafios e as vicissitudes presentes no ensinar e aprender História em contextos escolares e não escolares.

No entanto, se hoje entendemos que existe uma pluralidade de abordagens relativas ao ensino de História e que diferentes espaços continuam sendo construídos visando o desenvolvimento de investigações nessa área, isso só possível devido aos constantes embates, resistências e diálogos que foram travados, a partir dos anos de 1970, que objetivaram reconstituir a História, enquanto disciplina escolar autônoma, que naquele momento havia perdido o seu espaço epistemológico para os Estudos Sociais. Leia Mais

Historia, memoria y olvido del 12 de febrero de 1818. Los pueblos y su declaración de la independencia de Chile

Reexaminar la historia de la Independencia implica un enorme desafío. La historiografía sobre este periodo ha quedado presa en tradiciones y convenciones impuestas por historiadores del siglo XIX; a ello se puede atribuir que por décadas este tema no despertó gran interés en generaciones posteriores. La emancipación americana fue revisitada con mayor atención en los años del centenario y sesquicentenario, aunque buena parte de los textos producidos en esas fechas poseían un tono conmemorativo y pocos de ellos aportaron nuevas interpretaciones, por lo que ayudaron a reforzar los hechos distintivos del periodo y a exaltar la heroicidad de sus protagonistas.

La historia de la Independencia ha tenido una utilización política al considerarse que dicho proceso demarca el nacimiento de las naciones americanas. Muestra de ello es que, desde mediados del siglo XIX, los textos escolares se usaron como instrumentos para conformar la identidad de los ciudadanos, al inculcar valores patrióticos emanados por los padres de la patria en sus actos políticos y bélicos. Dichas enseñanzas raras veces fueron objetadas. En ese tipo de lecciones podría rastrearse la apatía que muchos sienten por estudiar la historia, pues gracias a esa narrativa caló la idea errónea de que esta consiste en memorizar biografías y batallas. Leia Mais

El revés de las vacaciones: hotelería, trabajo y género. Mar del Plata, segunda mitad del siglo XX | Débora Garazi

En las sociedades modernas, las vacaciones se conformaron como un tiempo de ocio para el descanso y el esparcimiento. En la Argentina, Mar del Plata, balneario ubicado en el sudeste de la provincia de Buenos Aires, devino un destacado centro de veraneo que, si bien tuvo un origen social elitista, vivió un proceso de democratización hasta llegar a convertirse, al promediar el siglo XX, en una capital del turismo de masas, cuya cara oculta fue un extenso mundo laboral. En El revés de las vacaciones, Débora Garazi estudia el trabajo hotelero, en la ciudad de Mar del Plata, durante la segunda mitad del siglo XX, preguntándose por las experiencias laborales de sus protagonistas.

Este libro, producto de una investigación doctoral financiada por el sistema científico público argentino, se escribe desde la historia social y los estudios de género. Su primer logro es estudiar el mundo del trabajo a través de los procesos laborales que incluyen tanto los espacios y los tiempos como las tareas y los saberes involucrados, así como también tres dimensiones muy particulares como son la económica, la temporal y la emocional; es decir, la autora elige un camino distante del universo sindical y las acciones colectivas, lo cual no significa que desestime ni a las organizaciones gremiales ni a las protestas. Su segundo logro radica en ahondar en las relaciones de género atendiendo tanto a la segregación ocupacional entre personas —mujeres y varones— como a los sentidos implícitos en las tareas. Leia Mais

Redes e imaginario del exilio en México y América Latina: 1934-1940 | Ricardo Melgar Bao

El Cardenismo, hacia la segunda mitad de los años treinta del siglo pasado, caracterizado principalmente por el proyecto nacionalista económico y político que encarnó la expropiación petrolera, también ha sido representado como un periodo de gobierno en el cual se dio continuidad a la Revolución Mexicana. Asimismo, otra de las características indisolubles del gobierno del general Lázaro Cárdenas, ampliamente difundido y estudiado, fue su política exterior. Amparado en la Doctrina Estrada, con base en una política humanitaria del derecho internacional, el gobierno mexicano abrió sus fronteras a exiliados de otras naciones; destacándose el recibimiento de miles de trasterrados españoles y la acogida del exlíder del ejército rojo, León Trotski. Sin embargo, otro flujo de desplazados de sus países de origen, que ha recibido menor cantidad de estudios y publicaciones, encontró recibimiento en el territorio mexicano durante el periodo presidencial de Cárdenas: el del exilio latinoamericano. Leia Mais

Historiae. Rio Grande, v.12, n.1, 2021.

HISTORIAE FURG História da África

Patrimônio Cultural: relações entre História, Políticas Públicas, Turismo e Sustentabilidade |

Expediente

  • Rodrigo Santos de Oliveira | pdf

Apresentação

  • Carmem G. Burgert Schiavon, Sandra de Cássia Araújo Pelegrini, Carla Rodrigues Gastaud | pdf

Dossiê

Artigos

Resenhas

Públicado: 2021-07-01

Clio – Revista de Pesquisa Histórica. Recife, v.39, n.2, jul./dez. 2021.

Dossiê: Didática da História e o ensino de História: questões contemporâneas – Parte 1

Apresentação

  • Apresentação
  • Arnaldo Martin Szlachta Junior, Wilian Junior Bonete, Nilson Javier Ibagón Martín
  • PDF

Dossiê

Artigos Livres

Sobre a Revista

 

 

Ágora – Arquivologia em Debate. Florianópolis, v.31, n.63, [jul./dez.] 2021.

Agora Arquivologia 2 História da África

Seção Especial – II Seminário Nacional de Governança Arquivística

Publicado: 2021-07-01

Locuras en primera persona. Subjetividades/ experiencias/ activismos | Rafael Huertas

Rafael Huertas, médico por la Universidad Complutense de Madrid, doctor honoris causa por la Universidad de Buenos Aires, profesor e investigador del Instituto de Historia del CSIC (Madrid), es uno de los mayores representantes de la historia de la medicina contemporánea europea. Ha publicado diversas investigaciones sobre el saber médico, entre las que destacan: Locura y Degeneración. Psiquiatría y sociedad en el positivismo francés (1987); Del manicomio a la salud mental. Para una historia de la psiquiatría pública (1992); Neoliberalismo y políticas de salud (1999); El siglo de la clínica. Para una teoría de la práctica psiquiátrica (2005); Los laboratorios de la norma. Medicina y regulación social en el Estado liberal (2008); Historia cultural de la psiquiatría (2012); Otra historia para otra psiquiatría (2016). Desde 2008, a través de la Red Iberoamericana de Historia de la Psiquiatría, Rafael Huertas ha propiciado la organización de un espacio de debate crítico y colaboración científica entre historiadores y psiquiatras mexicanos, peruanos, colombianos, brasileños, argentinos, españoles y chilenos. Para muchos de los que formamos parte de la Red, el Profesor Huertas ha marcado e inspirado nuestro quehacer como historiadores.

Esta publicación continúa una línea investigativa centrada en nuevas perspectivas teóricas que buscan ampliar los análisis históricos y culturales sobre la locura, hasta ahora centrados en las disciplinas médicas clásicas. En el caso actual, por medio de una detallada y actualizada bibliografía, reflejo de una exhaustiva investigación, el autor propone pensar la locura “en primera persona” a través de enfoques multidisciplinarios y utilizando fuentes documentales de diferente índole. En términos historiográficos esta publicación es tributaria de los estudios históricos críticos que se vienen desarrollando desde la última década, los que han incorporado perspectivas, experiencias y escritos de los pacientes. Abordar la locura en primera persona implica no sólo un diálogo multidisciplinario, sino también una ruptura epistemológica y la búsqueda de nuevas metodologías. Leia Mais

Concebendo a liberdade: mulheres de cor, gênero e abolição da escravidão nas cidades de Havana e Rio de Janeiro | Camillia Cowling

A edição brasileira do livro “Concebendo a Liberdade: mulheres de cor, gênero e abolição da escravidão nas cidades de Havana e Rio de Janeiro” da historiadora inglesa Camillia Cowling, professora de história da América Latina da Universidade de Warwick, foi lançada em 2018 pela editora da Universidade Estadual de Campinas, São Paulo. O livro é uma tradução do original intitulado Conceiving Freedom: Women of Color, Gender, and the Abolition of Slavery in Havana and Rio de Janeiro, lançado em 2013 pela University of North Carolina Press e, desde 2010, partes da obra já vinham sendo divulgadas em publicações internacionais pela autora.

Cowling trouxe para o centro desta narrativa as histórias de vida (ou pelo menos parte das histórias) de duas mulheres libertas: Ramona Oliva e Josepha Gonçalves de Moraes. Elas transcorrem por toda a obra, desde a introdução, quando a autora nos transporta para os respectivos dias em que estas mulheres, a primeira em Havana, a segunda no Rio de Janeiro, entraram com pedido de custódia de seus filhos nas instâncias judiciais máximas de cada uma destas cidades: Ramona no Gobierno General em Havana em busca de libertar seus quatro filhos María Fabiana, Agustina, Luis e María de las Nieves, e Josepha no tribunal local de primeira instância e depois no Tribunal de Relação no Rio de Janeiro, um tribunal de apelação, em busca de liberta sua filha Maria. Ramona teve que enfrentar “um dia escaldante do verão caribenho de 1883” e Josepha, diferentemente da cubana, “provavelmente sentiu arrepios de frio […] enquanto caminhava pelas ruas da cidade [do Rio de Janeiro]”, em agosto de 1884, quando é inverno na cidade. (COWLING, 2018, p. 23) Leia Mais

Ganhadores. A greve negra de 1857 na Bahia | João José Reis

Alguns livros, se me permitem a analogia, são como os melhores vinhos maturados em barris de carvalho. Isto é, requerem tempo, bem como se beneficiam da experiência de pesquisa e dos conhecimentos acumulados ao longo dos anos por parte do autor, no caso da obra aqui resenhada autor-pesquisador, melhor esclarecendo: historiador. Para mim são os melhores livros, inclusive permitindo aos leitores descobrir numa passagem qualquer do texto ou, principalmente, nas notas de rodapé, o decorrer do tempo na “fermentação” e “decantação” da pesquisa, agregando leituras, fontes e dívidas ou trocas intelectuais. Há quase trinta anos atrás, em 1993, nas páginas da Revista USP (Dossiê Brasil/África), João Reis já havia nos apresentado em alguma medida o tema de sua investigação no artigo: “A greve negra de 1857 na Bahia”.2 Ainda recordo a sensação quando li este artigo: fiquei maravilhado. Até porque já havia iniciado minhas investigações sobre a escravidão na Amazônia oitocentista, particularmente no ambiente urbano de Belém, justamente compreendendo os escravizados como parte da classe trabalhadora, como parte da história social do trabalho. Lia, então, a história de uma greve feita por libertos, portanto ex-escravizados, e também por escravos, basicamente africanos (nagôs). “Que história fantástica!”, pensei, com a sensação de querer saber mais, me indagando se dali não podia sair mais coisa, quem sabe um livro. Em 2019, veio o livro: Ganhadores. Obra, portanto, que, no seu conjunto, se beneficiou da experiência historiográfica do autor no campo de investigação da escravidão, particularmente em Salvador (Bahia), quando, por exemplo, discute no livro os cantos de trabalhos dos africanos, quer libertos ou escravos, algo que já havia tratado alhures tal como em seu artigo “De olho no canto: trabalho de rua na Bahia na véspera da abolição”, publicado em 2000, na prestigiada revista acadêmica Afro-Ásia. 3 Leia Mais

Conflictividad social y violencia política en América Latina | Sur y Tiempo – Revista de Historia de América | 2021

En este dosier presentamos cinco artículos que analizan desde distintas perspectivas, escenarios y actores sociales, una serie de dinámicas y experiencias históricas vinculadas a los fenómenos de conflictividad social y violencia política. Partimos con un homenaje póstumo al gran maestro Ricardo Melgar Bao, quién visitó la Universidad de Valparaíso el año 2018 y dejó entre los estudiantes de posgrado y el cuerpo de profesoras y profesoras del Instituto de Historia de la Universidad de Valparaíso un gran recuerdo por su gran calidad humana y grandeza intelectual. En función de aquella experiencia colectiva, decidimos republicar uno de sus trabajos y volver a situarlo en un contexto latinoamericano marcado por las dinámicas de movilización popular y protesta social, de revueltas y respuesta estatal-paramilitar violenta. En “La Memoria Sumergida”, publicado por primera vez en la Revista Memoria (México, 2002), Ricardo Melgar aborda la amplitud, las tradiciones, militancias y expresiones del universo guerrillero latinoamericano, así como las distintas aproximaciones e interpretaciones realizadas en torno a las prácticas y experiencias guerrilleras y los conflictos armados desencadenados en el continente en el marco de la Guerra Fría.

A continuación, tenemos el artículo del estudiante de Doctorado en Historia de la Universidad Católica de Valparaíso, Mg. Pedro Valdés, titulado: “Fisonomía de la resistencia en contra de las Dictaduras del Cono Sur. Balances de una revisión historiográfica”, quien, desde una perspectiva de análisis local, continental y trasnacional da cuenta de las distintas lecturas realizadas en torno a los procesos de confrontación y resistencia a las dictaduras del Cono Sur. Como resultado de dicho balance, destaca las diferentes caracterizaciones y significados con los cuales las investigaciones se han referido a estos procesos o actividades de resistencia. Del mismo modo, identifica la apertura de un importante campo de estudio en relación a los aspectos comunes y las posibilidades de establecer visiones de conjunto. Leia Mais

Revista de Ensino de Geografia. Uberlândia, v.12, n.23, jul./dez. 2021.

APRESENTAÇÃO

  • Editorial

ARTIGOS

RELATOS DE EXPERIÊNCIAS E PRÁTICAS

Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará. Belém, v.8, n.2, 2021.

EDITORIAL

  • Editorial
  • José Maia Bezerra Neto, Bárbara da Fonseca Palha
  • PDF

DOSSIÊ

DISCURSOS

ENTREVISTAS

RESENHAS

 

História & Artes Visuais | ArtCultura | 2021

Mesmo com todo o emblema

Todo o problema

Todo o sistema

Toda Ipanema

A gente vai levando […]

Mesmo com o todavia

Com todo dia

Com todo ia Todo não ia […]

A gente vai levando essa guia

(Chico Buarque e Caetano Veloso)1

Em tempos de terraplanistas, de ecocidas e de negacionistas em que se movem ataques sem tréguas contra a produção científica, a gente vai levando a ArtCultura: Revista de História, Cultura e Arte, driblando as dificuldades dispostas pelo meio do caminho. Nesta edição, em particular, sobressaem as contribuições que transitam pela “ponte da amizade” intelectual entre o Brasil, a Argentina e o Chile, com especial destaque para a presença de nada menos do que cinco pesquisadores argentinos. Leia Mais

História & anacronismo – I – Parte internacional | ArtCultura | 2021

Ao longo das últimas três ou quatro décadas, os historiadores vêm demonstrando uma preocupação sensível com o tema da multiplicidade temporal. Ao tempo linear e homogêneo, característico de um regime disciplinar cada vez mais questionado, eles contrapõem “novas formas, múltiplas, variadas, policrônicas”.1 Essa pluralização expressa também questões políticas candentes, como aquelas relacionadas aos nossos tantos passados traumáticos, nos quais diversas modalidades de horror e de violência estatal indicam a persistência incontornável de experiências ainda sentidas como contemporâneas.2

Por outro lado, há uma abertura menor à reflexão sobre o tema do anacronismo, o que pode constituir, em certa medida, aquela situação na qual, de acordo com Christophe Charle, os debates e as polêmicas teóricas são eclipsados por uma atitude de apaziguamento, de conformação e de esvaziamento discursivo em função do peso de determinados vetos epistemológicos.3 Esse parece ser o caso da noção de anacronismo, cuja força persuasiva sobre a operação historiográfica não é novidade já há algumas gerações. Afinal, qual estudante não aprende a repudiar, desde os primeiros momentos de sua formação em História, o “pecado mortal” dos historiadores? Leia Mais

Argentina e Brasil: entre a canção romântica e o rock dos anos 80-90 | ArtCultura | 2021

Mesmo com todo o emblema

Todo o problema

Todo o sistema

Toda Ipanema

A gente vai levando […]

Mesmo com o todavia

Com todo dia

Com todo ia Todo não ia […]

A gente vai levando essa guia

(Chico Buarque e Caetano Veloso)1

Em tempos de terraplanistas, de ecocidas e de negacionistas em que se movem ataques sem tréguas contra a produção científica, a gente vai levando a ArtCultura: Revista de História, Cultura e Arte, driblando as dificuldades dispostas pelo meio do caminho. Nesta edição, em particular, sobressaem as contribuições que transitam pela “ponte da amizade” intelectual entre o Brasil, a Argentina e o Chile, com especial destaque para a presença de nada menos do que cinco pesquisadores argentinos. Leia Mais

Escravidão e liberdade no Brasil setentrional | Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará | 2021

Criado em 2013, o Grupo de Estudos e Pesquisas da Escravidão e Abolicionismo na Amazônia (GEPEAM), registrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Pesquisa (CNPQ), reúne, desde então, professores, pesquisadores, alunos de graduação e de pós-graduação de diferentes instituições brasileiras das regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste, atuando em diferentes níveis de ensino, interessados na pesquisa sobre a escravidão e o abolicionismo no Brasil Setentrional.

O GEPEAM, em parceria com a prestigiada Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará (IHGP), a segunda mais antiga da Amazônia em funcionamento, juntou esforços para dar corpo ao Dossiê “Escravidão e Liberdade no Brasil Setentrional”, organizado por dois de seus membros: Bárbara da Fonseca Palha e José Maia Bezerra Neto, igualmente membro como sócio efetivo do IHGP. Assim, no presente dossiê se congregou resultados de pesquisas de vários membros do grupo, bem como se contou com a participação de textos de outros pesquisadores ou historiadores, no caso: Anaíza Vergolino e Silva, Jonas Monteiro Arraes, Rafael Chambouleyron e Oscar de la Torre. Havendo também duas resenhas: uma do mais recente livro do historiador João José Reis, “Os Ganhadores: a greve negra de 1857 na Bahia” (2019) e outra do livro “Concebendo a Liberdade: mulheres de cor, gênero e abolição da escravidão nas cidades de Havana e Rio de Janeiro” da historiadora inglesa Camillia Cowling (2018). Mas, destrinchemos com mais vagar o presente dossiê. Leia Mais

Procesos Históricos. Mérida, n.040 (20) 2021.

Julio-Diciembre 2021

Editorial

Artículos

Homenaje de Procesos Históricos a los héroes de Carabobo

Entrevista

Cadernos da Associação Brasileira de Ensino de Ciências Sociais. Rio de Janeiro, v. 5, n.1, jan./jun. 2021.

enino de ciencias sociais História da África

Editorial

  • Editorial | PDF

Apresentação

Relato de Experiência

Artigos

Entrevista

Memória em Rede. Pelotas, v. 13, n.25, 2021.

Editorial

Dossiê

Artigos

Ensaios

Ensaios Visuais

Resenhas

Trashumante – Revista Americana de Historia Social. n.18, julio/diciembre 2021.

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Contenido

Investigación

Reseñas

História, Educação e Intelectuais Brasileiros | Perspectivas e Diálogos – Revista de História Social e Práticas de Ensino | 2021

TEIXEIRA e SARTRE História da África
Anísio Teixeira e Jean Paul Sartre: Fotos: A Tarde //Gisele Freund

Como definir um intelectual? Qual a sua função? Essas perguntas sartrianas, em seu livro Em Defesa dos Intelectuais, nos levam a problemas de método. O estudo sobre intelectual se constitui quanto categoria dentro de uma estrutura de investigação científica não muito bem delineada. Mesmo tratando-o, epistemologicamente, em uma visão multidisciplinar, em que os instrumentos teórico-metodológicos consolidados de vários campos, como Sociologia, Filosofia, História e Educação, contribuem academicamente de forma indelével, a análise sobre intelectual pode-se incorrer em armadilhas. Um dos desafios, por conseguinte, é perquirir o lugar do intelectual na sociedade. A relação entre sujeito intelectual e estrutura institucional pode ser concebida a partir de sua formação, de suas diversas filiações e suas tessituras de sociabilidade política, cultural, econômica, educacional etc.

Este prisma auxilia o ponto de partida para uma análise da pluralidade das suas funções possíveis na sociedade hoje. Portanto, a pesquisa sobre os intelectuais, enquanto “categoria teórica movediça”, nos conduz a assinalar a sua importância como agentes orgânicos em determinada conjuntura histórico-política, que têm funções sociais na condição mais de vínculo a uma classe ou grupo social do que à personalidade individual marcante. Assim sendo, tentamos construir a premissa de Sartre na qual “o intelectual é o homem que toma consciência da oposição, nele e na sociedade […]. Produto de sociedades despedaçadas, o intelectual é sua testemunha porque interiorizou seu despedaçamento. É, portanto, um produto histórico. Nesse sentido, nenhuma sociedade pode se queixar de seus intelectuais sem acusar a si mesma, pois ela só tem os que faz.” [4] Leia Mais

Simpósio Nacional sobre o Rural e o Urbano no Brasil – VI SINARUB | Rural e Urbano | 2021

Agricultura Familiar Agencia Senado História da África
Agricultura Familiar | Foto: Divulgação/Agência Senado

Editorial

A Revista Rural & Urbano V6. N. 1 2021 apresenta uma coletânea de artigos sobre o rural e o urbano, suas inter-relações e especificidades, como resultado de discussões realizada por pesquisadores que participaram da sexta edição do Simpósio Nacional sobre o Rural e o Urbano no Brasil – SINARUB, coordenado pela Profa. Dra. Cristina Maria Macêdo de Alencar, da Universidade Católica de Salvador. Todos os artigos aqui apresentados foram revisados pela equipe editorial e pareceristas da Revista Rural & Urbano. Fazemos o convite à leitura, visto que todos são de grande contribuição para a temática central de nossa revista, e possibilitando múltiplas abordagens referente ao Rural, Urbano, Campo e Cidade, desde uma perspectiva epistemológica, como também estudo de caso que contribuem para a leitura da realidade

Profa. Dra. Edvânia Torres Aguiar Gomes

Profa. Dra. Maria Rita Ivo de Melo Machado

Profa. Dra. Mariana Zerbone Alves de Albuquerque

Por uma pauta de visibilidade do rural e do urbano: planejamento e desenvolvimento

A sexta (VI) edição do Simpósio Nacional sobre o Rural e o Urbano no Brasil – SINARUB, evento que nasceu da relação entre Programas de Pós-graduação em Geografia, reuniu-se à quinta (V) edição Seminário Nacional Planejamento e Desenvolvimento, evento promovido pelos Programas de Pós-graduação em Planejamento Urbano, Regional e Demografia – PURD e tematizaram a invisibilidade do rural e do urbano, em interação, nas pesquisas e ações de planejamento do desenvolvimento e dinâmicas do desenvolvimento, evidenciando que existem pautas relevantes a serem visibilizadas. É dessa comunidade científica ao  discutir modos de vida rural e urbano, diretrizes de desenvolvimento rural e urbano, relações entre ciências, sociedade e natureza no mundo rural e no urbano, que emergem os artigos que compõem este dossiê da Revista Rural & Urbano. Leia Mais

Rural e Urbano. Recife, v. 6, n. 1, 2021.

RURAL E URBANO1 História da África

Dossiê VI Simpósio Nacional sobre o Rural e o Urbano no Brasil – SINARUB

 

Un gobierno de papel. El correo y sus rutas de comunicación en tiempos de la reforma imperial en Chile (1764-1796) | J. Araneda Riquelme

Este libro es el resultado de una tesis de magíster que el autor dedicó al estudio de la construcción del sistema postal en Chile, proceso liderado por la Administración General de Correos de Santiago y sus funcionarios, en la época de transformaciones y reformas administrativas a fines del período colonial.

El estudio nos invita a adentrarnos en los intersticios de este “gobierno de papel” que en el período borbónico busca afianzar los lazos entre la metrópolis y sus colonias, vínculo que se percibe frágil, sujeto a negociaciones y atravesado por las relaciones locales del poder; aunque en esta misma fragilidad se sustenten las lógicas del poder imperial que se vuelven más restrictivas en las últimas décadas del dominio colonial. En este sentido, el correo es un vehículo idóneo para el estudio de cómo se transforman las lógicas imperiales y las prácticas locales en este período. Por otra parte, un desafío no menor es el abordaje del juego de escalas, que el autor sortea con éxito, en un análisis que logra sustentar metodológicamente la idea del archipiélago imperial. Asimismo, la investigación combina de manera airosa el estudio de las instituciones y las trasformaciones en materia administrativa y legal con la experiencia y realidad cotidiana de los actores locales, de los hombres de carne y hueso que recorrieron las nuevas rutas del correo, a merced de las inclemencias del clima, la geografía y las condiciones materiales adversas en el territorio de la Capitanía General de Chile. Leia Mais

1818. La Proclamación de la Independencia de Chile. Historia y Memoria, Realidad y Mito | Cristián Guerrero Lira e Ulises Cárcamo Sirguiado

La historia de la Independencia que Chile es uno de los temas predilectos de los historiadores de nuestro país, tanto en el siglo XIX como en el XX. Sin duda, en ellos se abordan diferentes enfoques, los cuales, sin duda, se orientan a describir el proceso independentista patrio que, empezó en el año 1810 con la Primera Junta Nacional de Gobierno y termina para algunos en 1818 con la Batalla de Maipú y para otros, en 1826 con la anexión de Chiloé a Chile.

El objetivo de esta obra es precisar y explicar cuándo y dónde se firmó el Acta de la Independencia de Chile. Esa duda, razonable para algunos, reapareció debido a las discusiones académicas que se produjeron el año 2010, precisamente durante la conmemoración de los 200 años de la libertad de la república. Tanto políticos como representantes de los gobiernos locales de Concepción y Talca se enfrascaron en un debate sobre la fecha y el lugar donde O’Higgins habría firmado el documento crucial de este hecho histórico, y en forma práctica estas ciudades buscaban, solicitar un feriado regional y realizar las conmemoraciones locales con toda la comunidad. Sin embargo, para los autores lo importante, más allá de estas celebraciones y cuestionamientos locales, es aclarar temporal y espacialmente este hito libertario “y otros que han surgido de una errónea interpretación de los documentos y de la ignorancia de ciertos hechos registrados y documentados por la historiografía” (p.15). Leia Mais

NGOENHA Severino E. (Aut), Resistir a Abadon (T), Paulinas (E), QUITUNGA Asbel D. (Res), Monções UFGD (Mçr), Filosofia, Relações Internacionais, Pensamento Alemão, Ulrich Beck, Sociólogo | Carlos R. S. Milani

A obra “Solidariedade e interesses: motivações e estratégias na cooperação internacional para o desenvolvimento”, escrita por Carlos Milani e publicada em 2018, é uma importante contribuição recente para a área das Relações Internacionais, em especial para os estudos da cooperação internacional para o desenvolvimento (CID). Ao longo de quatro capítulos, Milani (2018) analisa diferentes temas e dimensões da cooperação internacional para o desenvolvimento tendo como fio condutor a coexistência de solidariedade e de interesses nas práticas enquadradas sob a categoria da CID1.

A primeira grande contribuição consiste na apresentação, na Introdução, de uma definição parcimoniosa, e por isso, com grande potencial de generalização, para a cooperação internacional para o desenvolvimento. Nas palavras do autor, define-se a CID “[…] como um campo político – portanto, necessariamente, permeado por relações de poder – em que inúmeros atores competem por legitimidade, reconhecimento e recursos materiais […]” (MILANI, 2018, p. 23). Tal definição abrange tanto as práticas tradicionais e históricas dos países doadores do Norte, quanto as ações dos parceiros emergentes, como China, Turquia, Brasil, Índia e México. Leia Mais