Bibliografia Libertária – O Anarquismo em Língua Portuguesa | Adelaide Gonçalves e Jorge E. Silva

Em edição revista e ampliada, a editora Imaginário lança A Bibliografia Libertária – O Anarquismo em Língua Portuguesa, de Adelaide Gonçalves e Jorge E. Silva, trabalho que sintetiza informações acerca da atividade editorial voltada para o pensamento e prática anarquistas em Portugal e no Brasil, constituindo um importante guia para leituras e estudos sobre o tema.

Buscando contemplar a atividade editorial libertária lusófona desde a década final do século XIX, a catalogação corrige e amplia consideravelmente àquela da primeira edição, que incluía apenas livros publicados em Portugal após 1974 e, no Brasil, a partir de 1980, datas que marcaram o ocaso das ditaduras que assolaram os dois países. A listagem, desta forma, inclui também as edições feitas no período de maior visibilidade do movimento anarquista, a fase de seu surgimento e propagação como movimento socialmente representativo, que vai da última metade do século XIX até meados dos anos 30 do século XX. Leia Mais

Discurso da Dissidência | Noam Chomsky

Talvez Chomsky seja mais lembrado por sua rica produção acadêmica na área da lingüística. Lecionando esta disciplina no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA), desde 1955, tornou-se seguramente uma das maiores expressões no campo da lingüística. Hoje, através de seus inúmeros discursos políticos se credencia como uma das mais importantes vozes contra o establishment. Trata-se portanto de um especialista no estudo da linguagem com reconhecimento internacional que ora contribui com seus escritos e palestras para diminuir as injustiças sociais através de contundentes análises sobre a conjuntura mundial, particularmente sobre as conseqüências das políticas externas estadunidense e européia. Levando-se em conta o alcance que têm seus estudos face à problemática política atual pode-se dizer que é um autor relativamente pouco conhecido do grande público e, no caso brasileiro, também do público intelectual. Tendo em vista o seu indiscutível comprometimento em todas as situações que envolvem disputas internacionais e também a competência em tratar temas contemporâneos, mereceria maior atenção destes diferentes públicos.

O livro que escolhemos para comentar aqui é uma coletânea de diferentes artigos e entrevistas que apresentam um Chomsky ativista de direitos humanos e desmistificador da propaganda que objetiva controlar as pessoas nas mais diversas situações de exploração política e social. Leia Mais

Revistas em revista – imprensa e práticas culturais em tempos de República, São Paulo (1890-1922) | Ana Luíza Martins

A utilização de jornais e revistas como fontes no trabalho de pesquisa é algo corriqueiro no fazer historiográfico. Vez por outra recorremos a eles para verificar dados, analisar discursos, relacionar idéias dominantes de um período ou personagem que buscamos conhecer. Poucas vezes, no entanto, vemos esses veículos de comunicação no centro da cena. A busca dos significados de sua criação e dos detalhes de suas relações com a cultura e sociedade da época não é tratada com o rigor necessário, sendo subdimensionada na pesquisa.

A historiadora Ana Luíza Martins resolveu inverter essa lógica. Centrando foco na imprensa periódica das quatro primeiras décadas da República, através do estudo específico das revistas, a pesquisadora acabou compondo um verdadeiro painel da cultura e dos meios literários e jornalísticos paulistanos entre os anos de 1890 e 1922. O resultado pode ser conferido em Revistas em revista – imprensa e práticas culturais em tempos de República, São Paulo (1890-1922), produto de sua tese de doutorado na USP. Leia Mais

O Trabalhador Gráfico | Adelaide Gonçalves e Allyson Bruno

A História sempre teve incontáveis narradores, em quaisquer épocas e lugares. Sabese, porém, que nem todas as narrativas se prestam à construção da História dita “oficial”. Por isto, em seu laborioso trabalho de fabricar mitos e heróis, os escribas da Corte se esmeram em filtrar informações, descartando aquelas que antagonizam a autoridade de plantão e alijando para os bastidores personagens que eventualmente desagradam, incomodam ou – suprema ousadia – afrontam as forças dominantes.

Preciosas versões dos acontecimentos acabam, dessa forma, desaparecendo nos desvãos do tempo. O que é lamentável, pois muitas vezes a face oculta dos conflitos, dos pactos e celebrações, dos pequenos e grandes inventos e descobertas, guarda informações imprescindíveis: a crônica do soldado revela-se mais rica e colorida que a do general; a do peão, mais contundente e esclarecedora que a do patrão. Leia Mais

História da Igreja: Notas introdutórias | Ney Souza

A segunda edição da coleção Iniciação à Teologia da Editora Vozes está lançando diversos volumes sobre as disciplinas e áreas da Teologia com um conteúdo introdutório para aqueles (as) que desejam conhecer melhor os fundamentos da ciência teológica, suas áreas e a sua relação com os demais saberes.

O volume referente à História da Igreja é de autoria do Prof. Dr. Ney de Souza, professor da Faculdade de Teologia da nossa Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, doutor em História Eclesiástica pela Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma), cujo diploma de Doutorado em História foi registrado na Universidade de São Paulo. Professor Ney é um historiador renomado, centrando suas linhas de pesquisas em catolicismo na América Latina no que se refere à piedade popular, ditaduras militares, e a recepção e desdobramentos do Concílio Vaticano II no continente, promovendo através de publicações diversas, congressos e grupos de pesquisas a História da Teologia. Leia Mais

Religião e Sociedade | Cordis – Revista Eletrônica de História Social da Cidade | 2021

A Revista Eletrônica Cordis está publicando seu Volume 1, número 26, primeiro semestre de 2021. Esta é uma Edição Especial da revista por se tratar de uma temática debatida no “I Simpósio Internacional de Estudos Pós-Graduados em História das Religiões: Estado e Igreja em Debate, realizado no segundo semestre de 2020 de forma virtual, uma iniciativa da pós-graduação lato sensu da Universidade Cruzeiro do Sul e sua Diretoria de Ensino a Distância (DEA), em parceria com o Núcleo de Estudos de História Social da Cidade da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (NEHSC da PUC-SP). Os artigos, pesquisas e resenha deste número está em sintonia com as inquietações que esta temática vem provocando na sociedade, portanto o título para esta edição é Religião e Sociedade.

Os docentes e pesquisadores que enviaram seus artigos atuam em Instituições de Ensino Superior e Núcleos de Pesquisa do Brasil e do Estrangeiro (Argentina, Chile e Polônia), acumulando experiências em pesquisas e debates com participação em eventos nacionais e internacionais em seus países. Os autores tem formação em diferentes cursos de graduação e pós-graduação, no Brasil e no Estrangeiro, sendo especialistas nas áreas de Ciências Humanas e Sociais, atuantes em suas áreas de especialidade: História, Antropologia, Ciências Sociais e Teologia, o que contribuirá bastante para o debate/conhecimento sobre a temática proposta para esta edição da Cordis, pois Religião e Sociedade foram analisadas em suas múltiplas faces, percorrendo caminhos que passam pela religiosidade popular, pela arte, pela política e pelas teorias e metodologias da História das Religiões, ou seja, as abordagens teóricas, os métodos e as fontes são bastante amplas e colaboram para problematizar nossa proposta temática, e que são também pertinentes aos objetos de estudos dos pesquisadores aqui reunidos com suas reflexões consistentes e instigantes. Leia Mais

Cordis – Revista Eletrônica de História Social da Cidade. São Paulo, v.1, n.26, 2021.

Religião e Sociedade

Apresentação

Pesquisas

Resenhas

Publicado: 2021-10-02

Modern Architecture and Climate. Design Before Air Conditioning | Daniel Barber

A pandemia, que parou cidades inteiras em todo o mundo, provocou uma série de programações virtuais como debates on-line sobre o tema com infectologistas, agentes da saúde pública, médicos, políticos, mas também suscitou discussões entre arquitetos e urbanistas preocupados com a qualidade do ambiente construído, com o futuro das cidades no período pós-pandemia, reflexões sobre a profissão, entre outras questões. As medidas de isolamento social ativaram uma série de discussões sobre o espaço: nas habitações, o “novo normal” demandou novas configurações espaciais para acomodar atividades em casa – do home-office, ao homeschooling e até as atividades físicas –, assim como impactou na percepção do espaço – no setor imobiliário constatou-se proporcionalmente um aumento na procura por casas ou por apartamentos maiores e com varandas. Na Roda de Conversa Virtual “Arquitetura em contexto de Pandemia: velhas questões, novos caminhos”, promovida pelo Grupo Projetar e pela Revista Projetar, uma das questões recorrentes e ponto para reflexão foi “a importância de apreendermos com a história, utilizando os conhecimentos adquiridos em outras situações catastróficas para compreender o presente e antecipar o futuro” (1). Leia Mais

O Mito da Beleza: como as imagens de beleza são usadas contra as mulheres | Naomi Wolf

Naomy Wokf mito da beleza
Naomi Wolf | Getty Imagens

O mito da beleza como as imagens mito da belezaDias e semanas de quarentena se passam, para umas/uns mais rápido, para outras(os) como torturantes dias sem fim, iguais, grises. Certezas de nossa sociedade – local de trabalho, compromissos presenciais, eventos acadêmicos, necessidades de consumo – caem por terra, diante de um vírus do qual sabemos pouco e que revirou nosso cotidiano, nos fez desmarcar viagens, recriar rotinas de trabalho. Pedimos/nos pedem para nos cuidar, parar e como lema máximo: ficar em casa!1 – para umas/uns uma missão impossível, para outras(os) a percepção de estarem aprisionadas(os), para outras(os) uma possibilidade de manter-se protegidas(os). As ações corriqueiras e o que chamávamos de cotidiano já não existe, por mais que tantas(os) ainda tentem simular uma realidade ou negar os efeitos da Covid-19 em nossas vidas.

Tantas percepções destas desigualdades de nosso sistema-mundo capitalista, ocidental, misógino e racista2 caberiam aqui, mas falaremos de uma problemática cujas análises se aprofundaram pela leitura do livro resenhado: o controle sob o corpo feminino. Como há anos não me ocorria, volto a minha ‘estante virtual’ – com mais livros do que conseguirei ler nos próximos anos – não procurando o que preciso agora, mas com a sensação de que posso ler algo que não precisa ser útil para um novo projeto, para um novo artigo – já viram que não deu certo, maldito capitalismo acadêmico! –. Na lista de livros para ler, havia um que iniciei a leitura no ano passado, O Mito da Beleza: como as imagens de beleza são usadas contra as mulheres, a obra de Naomi Wolf escrita no contexto de outrora, era lido agora sob o prisma da pandemia que estamos vivenciando. Leia Mais

Racismo y sexualidad en la Cuba colonia. Intersecciones | Verena Stolcke

Verena Stolke 2 mito da beleza
Verena Stolke | Canal Santiago Morcillo

Racismo e sexualidade em Cuba mito da belezaPeço licença para contar uma anedota. Penso que ela ajudará a compreender a importância do recentemente publicado Racismo y sexualidade em la Cuba colonial. Intersecciones. Também, auxilia a contextualizar as contribuições do livro, seja para os estudos de gênero e sexualidade, seja para os estudos de raça, seja para a história da antropologia. O ano era 2011. Eu havia ingressado no Mestrado em Antropologia Social na Unicamp. Em uma das disciplinas obrigatórias o professor responsável, Omar Ribeiro Thomaz, nos apresentou uma série de obras por ele denominadas de “heterodoxas”. Eram trabalhos que incorporavam a dinâmica social, os conflitos, a transformação sociopolítica e traçavam novos caminhos, métodos e técnicas do fazer antropológico. Em síntese, eram investigações de temas antropológicos considerados clássicos, mas realizados por perspectivas analíticas pouco usuais. Marriage, Class and Colour in Nineteenth Century Cuba. A study of Racial Attitudes of Sexual Values in a Slave Society, de Verena Stolcke, publicado originalmente em 1974 e reeditado em castelhano em 2017, era um destes livros.

Como bem salienta a autora (César; Lassali; Stolcke, 2017), é interessante notar que o título da versão em castelhano é mais apropriado que em inglês. Isso porque afirma ela, dimensiona não apenas a intersecção dos temas abordados, como destaca os elementos centrais que organizavam a sociedade cubana na época colonial. Na disciplina, não lemos o livro todo, fruto de sua pesquisa de doutoramento em Oxford orientada por Pierre Rivière, mas as discussões foram importantes para compreender os motivos pelos quais a “heterodoxia” de Verena nos fornecia uma instigante e inovadora maneira de fazer e praticar pesquisa antropológica. O trabalho de campo por ela realizado se centrou em Arquivos Coloniais de Cuba e Espanha. É verdade, porém, que este não fora desde sempre o objetivo da investigação. Stolcke conta que tinha como objetivo estudar as mudanças na família depois da Revolução de 1959. Chegou a ficar alguns meses em Sierra Maestra – juntamente com sua filha e com seu marido que investigava os efeitos da reforma agrária implementada por Fidel Castro – realizando a pesquisa. Entretanto, politicamente havia um contexto delicado e a presença de europeus passou a não ser bem quista. Leia Mais

Discursos humorísticos e identidad de género | Cadernos Pagu | 2021

Penelope mito da beleza
“Penélope e los pretendientes” | John William Waterhouse – óleo sobre lienzo – 130 x 188 cm – 1912 | Aberdeen Art Gallery and Museums (United Kingdom)

Discursos humorísticos e identidad de género incluye estudios vinculados a distintas disciplinas del saber, entre ellas filosofía, historia, sociología, lingüística, literatura (española, francesa e inglesa), arte gráfico, música, dramaturgia o redes sociales que abordan cuestiones relativas a la construcción y deconstrucción del género en el marco del sistema patriarcal desde la perspectiva del humor. Como fuente de diversión, como vía de comunicación interpersonal, como elemento de creación artística, como herramienta de denuncia social, como experiencia cognitiva de descubrimiento de realidades, como elemento catártico, como mecanismo psicológico de defensa ante la adversidad o como fórmula terapéutica para reparar traumas, el humor ha sido materia de análisis a lo largo de la historia, de especial trascendencia son los tratados al respecto de Platón y Aristóteles1 en la Grecia Clásica, de Laurent Joubert2 en el Renacimiento o de Sigmund Freud3 en el siglo XX. En la actualidad gana fuerza como objeto de estudio en muy diversos campos de investigación, muestra de ello es este monográfico, en el que las autoras analizan producciones culturales en las que se representan diferentes identidades de género a través de elementos cómicos, en ellas, el humor se emplea como recurso creativo para examinar el modo en el que se construyen, se difunden o se subvierten determinados prototipos de feminidad y masculinidad que encasillan al sujeto – limitando sus posibilidades de desarrollo personal– al tiempo que lo adscriben a una determinada posición –central-marginal, superior-inferior, dominante-subordinada–. Leia Mais

Cadernos Pagu. Campinas, n.62, 2021.

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Confianza en la Administración de Justicia: lo que dicen les abogades: una encuesta en el Departamento Judicial La Plata | Olga Luisa Salanueva

Olga Salanueva mito da beleza
Olga Luisa Salanueva | Foto: Ismael Francisco

Confianca na administracao da justica mito da belezaLa presente reseña tiene por objeto acercar a la comunidad académica un trabajo que reviste especial importancia para la reflexión sobre la administración de justicia. Este trabajo, presenta y discute los resultados del Proyecto de Investigación 11/J161 ¿Quiénes son los usuarios de la administración de justicia? Medición de los niveles de confianza en La Plata, llevado adelante por un grupo de investigación con una amplia trayectoria en el análisis de problemas socio jurídico, coordinado por la Doctora Olga Luisa Salanueva.

El rigor y el excelente procesamiento de datos, junto con la profundidad del análisis teórico y metodológico, lo hacen un texto de referencia para el análisis de la realidad regional, aportando elementos que nos permiten reflexionar sobre un tema de actualidad, como lo es el funcionamiento del Poder Judicial. Leia Mais

Passagens. Niterói, v.13, n.3, set./dez., 2021.

Editorial

Artigos

Resenha

Colaboradores deste Número

Historia Crítica. Bogotá, Núm. 82 (2021)

Artículos de investigación

Artículos de investigación

Publicado octubre 1, 2021

Esportes e fontes orais | História Oral | 2021

Myay Thai esporte mito da beleza
Muay Thai techniques | Imagem: Muay Thai-Word

O presente dossiê é fruto de um campo de estudos que está prestes a completar 40 anos. Em artigo de balanço escrito para o Boletim de Informação Bibliográfica, o antropólogo Luiz Henrique de Toledo (2001) balizou o ano de 1982 1 como data matricial para o início das pesquisas acadêmicas dedicadas aos esportes, com particular atenção ao futebol, no âmbito das Ciências Sociais. A referência, por suposto, diz respeito à coletânea organizada por Roberto DaMatta, intitulada Universo do futebol: esporte e sociedade, que reunia pesquisadores da área de antropologia social, em formação na pós-graduação do Museu Nacional, do Rio de Janeiro, em princípios daquele decênio.

Em busca de uma terminologia para o campo, Toledo, nesse mesmo texto, considerava mais apropriada a denominação “antropologia das práticas esportivas”, posto que captava o dinamismo conceitual e uma compreensão mais lata do gradiente de atividades dos esportes. Em acréscimo, evitava o enrijecimento do objeto reificado, segundo mais uma nova e cômoda setorização: antropologia dos esportes. Seja como for, o fato é que nas últimas quatro décadas gerações de pesquisadores, não apenas da antropologia, vêm se interessando em investigar atores, eventos e relações sociais associadas às práticas e às representações esportivas, aos chamados, por outro antropólogo, “futebóis” (Damo, 2006), em suas diferentes escalas, matrizes e dimensões. Leia Mais

Los archivos. Papeles para la Nación | Juan José Mendoza

Así como un archivo generalmente se compone de diferentes piezas agrupadas en un conjunto coherente, los libros que versan sobre este fenómeno también parecen constituirse en sí mismos como archivos. En un gesto que podría considerarse metatextual, el tema en cuestión se ofrece en su amplia heterogeneidad como un material propicio para ser abordado desde diferentes perspectivas que generan múltiples puertas de acceso y se cristalizan en un repertorio de textos que componen una colección de piezas de un sistema. El libro Los archivos, papeles para la nación de Juan José Mendoza sigue esta prerrogativa y compila una serie de textos pertenecientes a diferentes géneros (como el ensayo, la entrevista y la crítica literaria, entre otros) para dar cuenta de la plural y heterogénea problemática del archivo. Leia Mais

Construir Mendoza. Obras y políticas públicas en el el territorio (1932-1943) | Cecilia Beatriz Raffa

Este libro reùne el trabajo de 15 años de investigaciòn en torno de las polìticas pùblicas (en particular referida a la producciòn de arquitectura) en el ciclo conservador-demòcrata en Mendoza (1932-1943). Si bien hay consenso en la historiografìa por reconocer la marca del fraude polìtico en el perìodo, la contribuciòn de la autora refresca estas apreciaciones, a partir de una mirada renovada que incorpora otras perspectivas: se aferra principalmente al derrotero de las polìticas pùblicas, cruzado por las visiones de los dirigentes y sumado a los aportes de agentes tècnicos inmersos en las reparticiones provinciales. Todo ello, desde el àngulo de una provincia como Mendoza, donde la territorialidad està condicionada por el clima àrido y seco, y con una multiplicidad de paisajes y realidades geogràficas diferentes a las de los grandes centros poblados, como Buenos Aires y Còrdoba, sobre los que, tradicionalmente, se ha construido la historia de la arquitectura de nuestro paìs. Justamente allì subyace uno de los aportes de este trabajo. Leia Mais

Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva | Silvia Federici

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Silvia Federici | Foto: DeliriumNerd

FEDERICI S Mulheres e caca as mito da belezaA obra Calibã e a Bruxa inventaria os aspectos mais relevantes do projeto de pesquisa iniciado em meados dos anos de 1970 por Silvia Federici. Trata-se de um empreendimento teórico, interessado nas mudanças ocorridas na vida das mulheres a partir do processo de transição do feudalismo para o capitalismo.

Silvia Federici nasceu na cidade de Parma em 1942, vivendo na Itália até migrar para os Estados Unidos em 1967 onde estudou filosofia na Universidade de Buffalo. Ativista feminista e professora, participou em 1972 da fundação do Coletivo Feminista Internacional, grupo responsável pela campanha mundial em defesa do salário para o trabalho doméstico. Na década de 1980 trabalhou por vários anos como professora na Universidade de Port Harcourt na Nigéria. Tornou-se docente em Filosofia Política e Estudos Internacionais no New College da Universidade de Hofstra de Nova York, na qual foi consagrada como professora emérita. Leia Mais

A Opção Sul-Americana: Reflexões sobre Política Externa (2003-2016) | Bruno Gaspar

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Marco Aurélio Garcia | Foto: Roberto Stuckert Filho / Agência O Globo / 2004

A opcao sul americana mito da belezaEntre um Brasil para a América do Sul e uma América do Sul para o Brasil

Na História da Política Externa Brasileira (HPEB), o relacionamento entre nosso país e os vizinhos sul-americanos se constituiu num dos capítulos mais complexos nos últimos dois séculos. Ao longo dessa trajetória de país independente, diversos episódios marcaram as fases de aproximações e distanciamentos entre Brasil e América do Sul. Entre construções de identidades políticas e culturais, debate sobre fronteiras, guerras e disputas de hegemonia, tal temática é uma vertente complementar para a compreensão da formação de nosso Estado e da nossa sociedade, sendo, portanto, estratégica na construção da inserção internacional brasileira.2

Durante os primeiros anos do século XXI, sem necessariamente romper com todas as linhas de atuação anteriores, os governos Lula e Dilma ficaram marcados por uma nova fase na constituição de laços entre os brasileiros e seus vizinhos, seja da perspectiva das relações bilaterais, seja nos esforços multilaterais. A América do Sul se reafirma como um dos eixos prioritários da Política Externa durante os primeiros governos petistas (RICUPERO, 2017), num esforço de intensificação de relações e construção consciente desse espaço regional. Leia Mais

Moralidades: norma e transgressão no Brasil contemporâneo | Aedos | 2021

Patricia Rosa prostituta e ativista feminista. mito da beleza
Patrícia Rosa, prostituta e ativista feminista | Foto: Mariana Bernardes

A proposta deste dossiê surgiu do desejo de reunirmos reflexões em torno de práticas, discursos e políticas morais elaboradas no Brasil ao longo do período republicano. Nos últimos anos, o tema das moralidades tem pautado o debate público brasileiro e dividido opiniões. Por um lado, testemunhamos o recrudescimento de discursos que visam denunciar uma alegada ameaça ao que seriam os valores tradicionais brasileiros. Por outro, observamos um movimento de reação em amplos setores da sociedade, que veem em tais discursos um arremesso contra os direitos civis.4

Apesar das particularidades do momento atual, essa é uma questão que se faz latente em diversos períodos da nossa história, como testemunham inúmeros trabalhos já consagrados que, a partir de diferentes perspectivas, se debruçaram sobre o tema das normas e transgressões morais. Referências importantes são, por exemplo, o trabalho de Jurandir Freire Costa (2004) e o de José Leopoldo Ferreira Antunes (1999), que analisam a intervenção médico-higienista na instituição familiar e nos hábitos sociais brasileiros entre os séculos XIX e XX. No que diz respeito às normas e transgressões sexuais e de gênero, são imprescindíveis os trabalhos de Sueann Caulfield (2000) e Martha Abreu Esteves (1989) que, a partir de discursos médicos, jurídicos, políticos e eclesiásticos, discutem os usos e sentidos da honra sexual e suas intersecções com raça e classe no Brasil durante a primeira metade do século XX. Igualmente importantes nesse sentido são os trabalhos de Margareth Rago (1985; 1991) e Beatriz Kushnir (1996), que investigam códigos sexuais e de gênero em torno das práticas de prostituição feminina em capitais brasileiras entre os séculos XIX e XX, assim como a pesquisa pioneira de Durval Muniz de Albuquerque Júnior (2003), que analisa a construção social e histórica da virilidade nordestina.5 Leia Mais

Aedos. Porto Alegre, v.13, n.28, 2021.

Moralidades: norma e transgressão no Brasil contemporâneo

Expediente

  • Expediente
  • Lúcio Geller Jr., Maria Eduarda Magro
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Editorial

  • Editorial
  • Vinícius Reis Furini
  • PDF

Apresentação

  • Apresentação
  • Erika Cardoso, Marina Duarte, Paulo César Gomes
  • PDF

Dossiê Temático

Resenhas

Comandante. Hugo Chávez’s Venezuela | Rory Carroll

Comandante. Hugo Chavez’s Venezuela, escrito por Rory Carroll, aparece en un momento crucial de la historia reciente del país. Después de varios meses de rumores sobre la delicada salud de Chávez, y de una accidentada campaña electoral que le permitió la reelección, su muerte ha dejado al país en una situación de limbo, por más esfuerzos que el delfín del régimen, Nicolás Maduro, realice para llenar el vacío dejado por uno de los líderes más controvertidos de América Latina en las últimas décadas.

Carroll, quien se desempeñó como corresponsal en Caracas para el diario británico The Guardian, ha escrito una crónica donde busca explicar el fenómeno de la V República Bolivariana combinando entrevistas, perfiles, impresiones personales y material bibliográfico. Su obra se suma a una creciente bibliografía que aspira a capturar la compleja relación entre la aparición y llegada al poder de Hugo Chávez y el proyecto ideológico que busca convertir a Venezuela en una suerte de socialismo bolivariano, sucesor de Cuba y eje regional de la Nueva Izquierda, con ramificaciones en Centro América y América del Sur y aliados en Irán y Rusia. Leia Mais

Crisis y desastres: im-posibilidades de reparación y cuidado en las sociedades contemporâneas | Antípoda – Revista de Antropolgía y Arqueología | 2021

Escribimos este artículo introductorio cuando llevamos casi dos años viviendo una catástrofe de alcances mundiales que ha afectado y permeado distintos ámbitos de la vida, principalmente, la vida humana, pero también la no humana. Una crisis que agrava las injusticias, de por sí profundas, y que muestra con especial crudeza las consecuencias de formas de depredación que generan nuevas desigualdades e inequidades: algunos países y personas acceden a vacunas, otros no; algunas personas se recuperan de la covid-19, otras mueren en salas de espera repletas; otras ni siquiera tienen la posibilidad de acceder a ellas. Podríamos seguir nombrando una larga lista de desigualdades vitales, sociales, raciales y de género, pero basta con indicar estas pocas para mostrar que las crisis, hoy en día, se encadenan y revelan un fenómeno multidimensional en el que se conectan factores medioambientales (migración de especies), fenómenos sanitarios (contagio animal-ser humano), efectos de precarización en cadena (sobreexplotación) y exposición desigual a los riesgos de enfermedad y muerte.

Las situaciones de crisis dan cuenta de estados difíciles de definir, por su vaguedad e incertidumbre, o difíciles de admitir y encajar (Stavo-Debauge 2012). Pero, también, estas situaciones quiebran la vida, bifurcan trayectorias y algunas veces abren nuevos senderos. Das (2006) señala que el acontecimiento irrumpe y quiebra la cotidianidad. En este sentido, los acontecimientos se distinguen de lo ordinario por ser relevantes, por ser diferentes a lo cotidiano. Obligan a pensar lo ocurrido y a darle sentido, por ello, rompen o reconfiguran la trama de lo social, y atraviesan a los individuos y colectivos. Así, en tanto acontecimientos, las crisis una vez que impactan obligan a recomponer. Por ende, la invitación de este número especial es a pensar las maneras cómo individuos, colectivos, humanos y no humanos responden ante la “ruptura de la inteligibilidad” (Bensa y Fassin 2002, 1) que producen los acontecimientos; cómo “crean relatos para dar cuenta de esta fractura de sentido” (Bensa y Fassin 2002, 1), construyen sentidos, tejen y reparan a veces de forma precaria o inestable, pero también en algunas ocasiones de manera creativa, innovadora y renovadora de mundos. Leia Mais

Antípoda. Bogotá, v. 45, oct. 2021.

Crisis y desastres: im-posibilidades de reparación y cuidado en las sociedades contemporáneas

Meridianos

Paralelos

Panorámicas

Do Bellus ao Bellum: (Inter)faces da Guerra na Antiguidade e no Medievo/Mythos – Revista de História Antiga e Medieval/2021

Si vis pacem, para bellum

Vegetius, De re militari

Uma constante presença, fundadora e fundamental do próprio discurso de Clio, a guerra consitui-se como atividade inerente à natureza humana, queiramos ou não. Se partirmos de uma contextualização histórica para investigarmos sua onipresença na história da humanidade, somos forçados a constatar seu papel determinante na construção da escrita da própria História ocidental ao nos remetermos principalmente aos historiadores gregos Heródoto e Tucídides, nos albores da historiografia. Leia Mais

Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva | Silvia Federici

A obra Calibã e a Bruxa inventaria os aspectos mais relevantes do projeto de pesquisa iniciado em meados dos anos de 1970 por Silvia Federici. Trata-se de um empreendimento teórico, interessado nas mudanças ocorridas na vida das mulheres a partir do processo de transição do feudalismo para o capitalismo.

Silvia Federici nasceu na cidade de Parma em 1942, vivendo na Itália até migrar para os Estados Unidos em 1967 onde estudou filosofia na Universidade de Buffalo. Ativista feminista e professora, participou em 1972 da fundação do Coletivo Feminista Internacional, grupo responsável pela campanha mundial em defesa do salário para o trabalho doméstico. Na década de 1980 trabalhou por vários anos como professora na Universidade de Port Harcourt na Nigéria. Tornou-se docente em Filosofia Política e Estudos Internacionais no New College da Universidade de Hofstra de Nova York, na qual foi consagrada como professora emérita. Leia Mais

Moralidades: norma e transgressão no Brasil contemporâneo | Aedos | 2021

A proposta deste dossiê surgiu do desejo de reunirmos reflexões em torno de práticas, discursos e políticas morais elaboradas no Brasil ao longo do período republicano. Nos últimos anos, o tema das moralidades tem pautado o debate público brasileiro e dividido opiniões. Por um lado, testemunhamos o recrudescimento de discursos que visam denunciar uma alegada ameaça ao que seriam os valores tradicionais brasileiros. Por outro, observamos um movimento de reação em amplos setores da sociedade, que veem em tais discursos um arremesso contra os direitos civis. 4

Apesar das particularidades do momento atual, essa é uma questão que se faz latente em diversos períodos da nossa história, como testemunham inúmeros trabalhos já consagrados que, a partir de diferentes perspectivas, se debruçaram sobre o tema das normas e transgressões morais. Referências importantes são, por exemplo, o trabalho de Jurandir Freire Costa (2004) e o de José Leopoldo Ferreira Antunes (1999), que analisam a intervenção médico-higienista na instituição familiar e nos hábitos sociais brasileiros entre os séculos XIX e XX. No que diz respeito às normas e transgressões sexuais e de gênero, são imprescindíveis os trabalhos de Sueann Caulfield (2000) e Martha Abreu Esteves (1989) que, a partir de discursos médicos, jurídicos, políticos e eclesiásticos, discutem os usos e sentidos da honra sexual e suas intersecções com raça e classe no Brasil durante a primeira metade do século XX. Igualmente importantes nesse sentido são os trabalhos de Margareth Rago (1985; 1991) e Beatriz Kushnir (1996), que investigam códigos sexuais e de gênero em torno das práticas de prostituição feminina em capitais brasileiras entre os séculos XIX e XX, assim como a pesquisa pioneira de Durval Muniz de Albuquerque Júnior (2003), que analisa a construção social e histórica da virilidade nordestina. 5 Leia Mais

Vozes, vivências e significados. Mulheres africanas e perspectivas de gênero | AbeÁfrica – Revista da Associação Brasileira de Estudos Africanos | 2021

A ideia que esteve na origem do dossiê que aqui apresentamos foi gestada a partir de uma mesa coordenada por uma das coorganizadoras deste volume, Andréa Lobo, do título “Mulheres africanas vistas por mulheres brasileiras”, tendo integrado algumas das contribuidoras4 . A proposta da mesa foi a de reunir e confrontar experiências empíricas de estudiosas brasileiras e africanas, no continente africano, tendo como foco principal destacar os processos de produção e reprodução social efetivado por mulheres no cotidiano de suas sociedades, bem como refletir sobre a produção de conhecimento de mulheres (e homens) africanos/as sobre suas próprias dinâmicas sociais. Nesse sentido, o nosso objetivo foi o de debater sobre o “feminino”5 a partir das perspectivas das mulheres, tanto no ambiente doméstico quanto no espaço público e comunitário. Foi possível vislumbrar, a partir das discussões, a forma como se configuram as relações sociais e de poder a partir de dinâmicas de gênero em contextos específicos africanos, ressaltando dimensões importantes como a da emancipação, a da autoconsciência e a da capacidade de agenciamento das mulheres africanas.

Cabe salientar que as percepções e abordagens trazidas por essa mesa permitiram aprofundar a compreensão não apenas da complexidade que caracteriza o campo dos estudos africanos e de gênero, que envolvem vidas, cotidianos e o imaginário de mulheres e homens africanas/os, pelo olhar delxs própri@s e/ou de outr@s. A partir de uma perspectiva comparada, foi-nos possível estabelecer algumas conexões interessantes bem como vislumbrar possibilidades de agendas comuns e experiências partilhadas: questões como a construção da autonomia no espaço público, a luta antirracista e a participação histórica das mulheres nas construções dos estados africanos independentes, tendo em conta as narrativas das mulheres e suas experiências e trajetórias, nos demonstraram que existem diálogos possíveis e utopias que poderão se transformar em realidades, ainda que precisemos aprofundar amplamente nossos conhecimentos sobre as tantas histórias das mulheres e suas vivências, a partir de suas próprias vozes. Leia Mais

O que é história global? | Sebastian Conrad

Sebastian Conrad, Professor – Doutor em História e que, desde 2010, ocupa a cadeira de História Moderna na Universidade Livre de Berlim, é autor da obra What is Global History? [O que é história global?], lançada em 2016 2. Em seu capítulo introdutório, Conrad expõe seus objetivos: compreender o aumento da popularidade que a linha da história global adquiriu tanto mundialmente quanto dentro da disciplina de História, assim como apresentar uma perspectiva atual de História em oposição ao modelo historiográfico de história universal do século XX, um modelo profundamente eurocêntrico.

Segundo o autor, os primeiros esboços de uma história global surgem após a II Guerra Mundial e o interesse pela mesma ganha fôlego já no final do século XX. As principais razões para isso se devem à tendência em encontrar na globalização o ponto de explicação do presente, assim como o de análise das origens históricas de um processo e da revolução comunicacional, um contexto que impactou os historiadores e a maneira como produzem História. Tal efeito se deu tanto a partir das insuficiências dos instrumentos usados pelos profissionais até aquele momento quanto por conta dos desafios lançados pela globalização das ciências sociais. Leia Mais

Apocalypse and Anti-Catholicism in Seventeenth-Century English Drama | Adrian Street

As relações entre o pensamento político e religioso com o teatro moderno inglês são largamente discutidas nos trabalhos de estudos literários dos últimos trinta anos, sendo também pensadas na historiografia recente sobre o mesmo período. Desde a década de 1980, houve uma mudança nas produções sobre a Inglaterra Moderna, tanto nos estudos historiográficos quanto literários. No campo da História, a corrente pós-revisionista começava a se voltar para as continuidades, rupturas e negociações nos processos históricos da Inglaterra moderna, evitando as abordagens polarizadas das historiografias revisionista e whiggista2. Paralelamente, os estudos literários do Novo Historicismo rompiam com as análises puramente textuais do criticismo literário (ou Neo-crítica), defendendo uma análise do texto literário que se aproximasse do seu contexto político e social, entendendo a História como um fator fundamental para produção literária3. No que diz respeito à religião, os estudos recentes passaram a enfatizar as diferentes manifestações da linguagem religiosa na cultura impressa e visual4, inclusive observando a presença do catolicismo no pensamento e literatura inglesa ao longo da Época Moderna5. Leia Mais

História Concisa dos Bairros de Curitiba: do Abranches ao Xaxim | Felippy Strapasson Hoy

Pode-se dizer que a história de Curitiba nunca esteve tão presente no cenário curitibano como ocorrera nos tempos mais recentes. O livro, cuja publicação fora feita em 2019 e que tem como título “História concisa dos bairros de Curitiba: do Abranches ao Xaxim”, fez de Felippy Strapasson Hoy2 um dos historiadores mais jovens a incorporar, dentro da historiografia paranaense, discussões e debates acerca da identidade curitibana. Assim, o autor visa fazer com que o(a) seu(sua) leitor(a) viaje pelos bairros da “antiga Curitiba” e entenda a sua formação a partir de divisões geográficas, curiosidades e desdobramentos que (por trás de um passado histórico) constituíram o alvorecer da capital paranaense.

Trata-se de um livro não muito extenso, composto por 182 páginas e que traz ao público-alvo uma gama de investigações baseadas nas evoluções histórica e urbana da cidade brasileira nos últimos séculos. A escrita do livro flui ao longo de suas páginas, caracterizando a leitura da obra como prática, direta, didática e de fácil compreensão ao(a) leitor(a). Leia Mais

Psiquiatria e Política: o jaleco/a farda e o paletó de Antonio Carlos Pacheco e Silva | Gustavo Queródia Tarelow

O Texto A obra é o resultado da pesquisa de doutoramento do historiador Gustavo Queródia Tarelow, que atualmente, desenvolve estudos no setor educativo do Museu Histórico da Faculdade de Medicina da USP e também é autor da obra “Entre comas, febres e convulsões: os tratamentos de choque no Hospital do Juquery (1923- 1937)”, pela Editora UFABC, 2013.

Na obra resenhada, Tarelow se dedica a analisar a trajetória acadêmica, profissional e política de Antonio Carlos Pacheco e Silva, procurando problematizar seu legado, analisando suas subjetividades dentro do contexto histórico em que ele estava inserido. Desta maneira, o autor deixa claro que não é objetivo do livro a produção de uma biografia de análise memorialística – como fizeram outras biografias dedicadas a exaltar suas contribuições profissionais, retratando-o como um grande psiquiatra e ilustre político – mas compreender como seu posicionamento político- ideológico esteve presente em sua prática como médico, professor e dirigente de instituições hospitalares. Leia Mais

Hydra. Guarulhos, v.5 n.10, 2021.

Do luto à luta: Histórias Indígenas e Afroasiáticas em perspectiva

Expediente

  • ·                  Expediente
  • Revista Hydra
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Editorial

  • ·                  Editorial
  • Augusto Aigner
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Dossiê

Artigos Livres

Resenhas

Notas de Pesquisa

Entrevista

Publicado: 2021-09-30

Esportes e fontes orais | História Oral | 2021

O presente dossiê é fruto de um campo de estudos que está prestes a completar 40 anos. Em artigo de balanço escrito para o Boletim de Informação Bibliográfica, o antropólogo Luiz Henrique de Toledo (2001) balizou o ano de 1982 1 como data matricial para o início das pesquisas acadêmicas dedicadas aos esportes, com particular atenção ao futebol, no âmbito das Ciências Sociais. A referência, por suposto, diz respeito à coletânea organizada por Roberto DaMatta, intitulada Universo do futebol: esporte e sociedade, que reunia pesquisadores da área de antropologia social, em formação na pós-graduação do Museu Nacional, do Rio de Janeiro, em princípios daquele decênio.

Em busca de uma terminologia para o campo, Toledo, nesse mesmo texto, considerava mais apropriada a denominação “antropologia das práticas esportivas”, posto que captava o dinamismo conceitual e uma compreensão mais lata do gradiente de atividades dos esportes. Em acréscimo, evitava o enrijecimento do objeto reificado, segundo mais uma nova e cômoda setorização: antropologia dos esportes. Seja como for, o fato é que nas últimas quatro décadas gerações de pesquisadores, não apenas da antropologia, vêm se interessando em investigar atores, eventos e relações sociais associadas às práticas e às representações esportivas, aos chamados, por outro antropólogo, “futebóis” (Damo, 2006), em suas diferentes escalas, matrizes e dimensões. Leia Mais

História Oral. Rio de Janeiro, v.24, n.2, 2021

Esportes & fontes orais

APRESENTAÇÃO

ARTIGOS VARIADOS (TEMAS LIVRES)

PREMIAÇÃO

ENTREVISTAS

RESENHAS

PUBLICADO: 2021-09-30

Revisitando o 11 de Setembro de 2001: entre a Esfinge e a Fênix | Boletim Historiar | 2021

Onze de Setembro de 2021 mito da beleza
A segunda torre do World Trade Center é atingida por avião e explode em chamas durante atentado do 11 de Setembro em Nova York — Foto: Chao Soi Cheong/AP/Arquivo / O Globo

Na ocasião de 11 de setembro de 2001, quatro aviões comerciais foram sequestrados por integrantes da rede Al-Qaeda e lançados contra símbolos políticos norte-americanos. Os alvos se construíram nas torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e no Pentágono, localizado em Washington D.C. Responsável por cerca de três mil mortes, os atentados repercutiram globalmente, com transmissão televisionada ao vivo em diversos países; parte desses afetados posteriormente pelas respostas aos ataques dadas pelos Estados Unidos, que, em coalizão internacional, colocaram-se em guerra nos territórios do Afeganistão (2001) e Iraque (2003).

Passadas duas décadas, as repercussões dos ataques de 11 de setembro de 2001 ainda podem ser vistas em produções acadêmicas e culturais. Dentro das universidades e centros de inteligência, por exemplo, os especialistas em terrorismo e movimentos extremistas analisaram os episódios de 11 de setembro de 2001 como o apogeu da jihad global. Na indústria cultural, por outro lado, os filmes, séries e HQ’s trouxeram enredos relacionados ao terrorismo internacional, apresentaram antagonistas muçulmanos e tornaram populares termos como jihadAl-Qaedaburcasharia etc. Leia Mais

Decoding “Despacito”: an Oral History of Latin Music | Leila Cobo

Em 2021, a jornalista colombiana Leila Cobo lançou sua nova obra na qual reúne depoimentos sobre a história da Latin1 Music baseados no uso de entrevistas com artistas, produtores musicais, empresários, comunicadores sociais e compositores. Intitulado Decoding “Despacito”: an Oral History of Latin Music/La fórmula “Despacito”: los hits de la música latina contados por sus artistas, o livro conta com uma versão em inglês e outra em espanhol, e é resultado dos anos da comunicadora social dedicados à cobertura da indústria fonográfica, em especial como colunista e jornalista da seção Latin da revista Billboard. Apesar da semelhança com coletâneas organizadas por jornalistas que atuaram na indústria fonográfica, a exemplo de Everyone loves you when you’re dead (2011), de Neil Strauss, que pretendem ser uma reunião de entrevistas, Cobo apresenta uma perspectiva distinta, concentrando-se na construção de um texto que usa os depoimentos para uma biografia das canções. Em linhas gerais, trata-se de obra que apesar de se intitular como trabalho de História Oral não se destina propriamente ao ambiente acadêmico, sendo seu principal público-alvo leitores e/ou curiosos sobre a história da música, o que não significa (como veremos nesta resenha) que suas metodologias e escolhas narrativas não possam fornecer contribuições valiosas para se pensar o campo historiográfico. Leia Mais

História Pública e História do Tempo Presente | Rogério Rosa Rodrigues e Viviane Borges

Observou-se nas últimas décadas um crescimento em estudos que destacam a memória como objeto ou fonte de pesquisas históricas. Pautada principalmente a partir da década de 1980, sua interlocução com a história permitiu intensos debates sobre temáticas caras ao passado presente. A História Oral se estabeleceu como prática no campo, consolidou diferentes vertentes teórico-metodológicas e adensou as discussões entre memória e história. Conectada pela memória, a área se aproxima da História do Tempo Presente, e em consonância com a História Pública, busca amarrar esses pontos, com foco em produções realizadas com (e para) o público.

Essas questões estão no livro História Pública e História do Tempo Presente, lançado em 2020 pela editora Letra e Voz, com organização de Rogério Rosa Rodrigues e Viviane Borges, docentes na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Seus escritos são marcados pelas interfaces de contato entre esses campos, e desenvolvem pesquisas que abordam a relação entre temporalidades, memória, estratos temporais e o caráter público da história. A obra possui dez capítulos, divididos em artigos e entrevistas, e busca contribuir com diferentes panoramas a partir de linhas teóricas e discussões que se cruzam. Reunindo 12 autores, o livro nos convoca a pensar sobre os usos do passado, a monumentalização e o fomento de um campo preocupado com as implicações públicas do fazer histórico. Leia Mais

Revista Brasileira de Peleontologia. Porto Alegre, v.18, n.2, 2015 / v.24, n.3, 2021.

História Oral. Rio de Janeiro, v.24, n.2, 2021.

Esportes & fontes orais

Expediente

APRESENTAÇÃO

  • · Editorial
  • Ricardo Santhiago, Bernardo Borges Buarque de Hollanda
  • PDF

DOSSIÊ

ARTIGOS VARIADOS (TEMAS LIVRES)

ENTREVISTAS

RESENHAS

NOTAS

PUBLICADO: 2021-09-30

 

Boletim Historiar. São Cristóvão, v.8, n.03 (2021): Jul./Set. 2021

Artigos

Resenhas

Publicado: 2021-09-30

Boletim do Tempo Presente. Recife, v.10, n. 09, 2021.

Artigos

Resenhas

Notas de Pesquisa

Publicado: 2021-09-30

Revista de Ensino, Educação e Ciências Humanas. Londrina, v.22, n.3, 2021.

Artigos

Publicado: 2021-09-30

Geografia das ciências, dos saberes e da história da geografia | Larissa A. de Lira, Manoel F. de Souza Neto e Rildo B. Duarte

Larissa Lira 2 mito da beleza
Larissa Alves de Lira | Foto: Epistasthai

Geografia das ciencias dos saberes mito da belezaGeografia das ciências, dos saberes e da história da geografia aborda a história das ciências e das técnicas a partir de vários temas ligados à geografia. Isso porque é a coleção de diversos artigos escritos por diferentes pesquisadores (salvo um historiador, todos geógrafos) a partir de suas pesquisas atuais. Esse livro pode ser interpretado como um convite e uma provocação aos historiadores das ciências e das técnicas, especialmente os que se dedicam à pesquisa sobre história da geografia.

Quando se fala em uma geografia do Brasil, por exemplo, costuma-se visar a uma ciência geográfica própria aos geógrafos brasileiros ou realizada a respeito do território brasileiro, ou, também, originada pela atividade desses geógrafos nacionais ou nesse contexto territorial. Assim, o livro de Lira, Sousa Neto e Duarte (2020) nos convida a interpretar as implicações dessa identificação coletiva com um dado espaço geográfico e nos provoca a considerar o fazer científico nessa condição espacial. Leia Mais

Revista de Arqueologia. Pelotas, v.34, n.3, 2021.

Tecnologias Perecíveis

Editorial

  • Fernanda Codevilla Soares, Luís Claudio Pereira Symanski, Rafael Guedes Milheira
  •  PDF

Apresentação

Artigo

Resumo de Tese e Dissertação

Publicado: 2021-09-30

Palavras Abhertas. Ponta Grossa, n.3, set. 2021.

Chão da História

Desafios e dilemas da profissão docente

Provocações

Vice-versa

Rizoma de ações

Publicado: 2021-09-30

O fascismo em camisas verdes: do integralismo ao neointegralismo | Leandro Pereira Gonçalves e Odilon Caldeira Neto

Leandro Goncalves e Odilon Caldeira mito da beleza
Leandro Pereira Gonçalves e Odilon Caldeira Neto | Fotos: Tribuna de Minas

O Fascismo em Camisas mito da belezaA obra O fascismo em camisas verdes: do integralismo ao neointegralismo foi escrita pelos historiadores Leandro Pereira Gonçalves e Odilon Caldeira Neto, e publicada em 2020, pela Editora FGV. No tocante aos autores, Gonçalves concentra suas pesquisas em questões relacionadas à História da América Latina nos campos da História Política e Cultural, bem como, estudos no âmbito das direitas, dos fascismos, integralismo, salazarismo e franquismo. Neto tem experiência na área de História Contemporânea e História do Tempo Presente, atuando principalmente nos temas: neofascismos, direita radical, transições democráticas e processos da extrema direita.

Logo na introdução, os escritores buscam promover para o leitor uma reflexão, no que alude a fazê-los entender que os acontecimentos históricos não ficam presos no seu tempo e inertes nos livros, mas que alguns deles estão em constantes metamorfoses, e se apresentam na sociedade tão velhos e tão atuais. E é a partir dessa premissa que o livro é desenvolvido, e ao longo dos seus quatro capítulos expõe e problematiza a história do movimento integralista brasileiro. Leia Mais

De Hollywood a Aracaju: antinazismo e cinema durante a Segunda Guerra Mundial | Andreza Santos Cruz Maynard

Andreza Maynard mito da beleza
Andreza Santos Cruz Maynard | Foto: Laís Cruz

De Hollywood a Aracaju mito da belezaNas últimas décadas, temos visto crescer o número de trabalhos que se dedicam à relação entre a história e o cinema. O filme, para além do entretenimento e do teor artístico que carrega, tem sido encarado pelos historiadores como fonte, ferramenta para o ensino de história, representação de um fato histórico e agente da história. Podemos mencionar, ainda, os estudos que realizam um diálogo entre o filme e outros meios de comunicação em massa, como a imprensa.

Tais possibilidades, somadas às potencialidades apresentadas por essa interação, ajudam a explicar o crescente interesse dos historiadores pelo campo e, consequentemente, o aumento no número de publicações sobre a temática. Na historiografia brasileira, de forma mais específica, uma obra recém-lançada que se coloca como mais uma contribuição para os estudos nessa área é De Hollywood a Aracaju: antinazismo e cinemas durante a Segunda Guerra Mundial, da historiadora Andreza Santos Cruz Maynard. Leia Mais

Carta Internacional. Belo Horizonte, v.16, n.3, 2021.

Sophia Austral. Punta Arenas, v.27, 2021.

Artículos

Artículos Convocatoria General

Publicado: 2021-09-29

Resultados das avaliações colaborativas sobre as resenhas da primeira unidade

Colegas, boa tarde!

Seguem os resultados da avaliação que as turmas fizeram sobre a resenha produzida por cada grupo. Resultados de nomes específicas podem ser acessados via teclas de atalho (Control + F)

Cada grupo tem até uma semana para fazer autoavaliação a partir do feedback da turma e/ou reivindicar nova correção.

Os que já querem incorporar a nota resultante da atual avaliação, devem me informar no primeiro dia de aula da segunda unidade.

A nota final de cada grupo é extraída a partir da seguinte fórmula:

A nota da unidade 1 de cada grupo resulta do seguinte cálculo:

Soma dos SIM (31) + soma dos NÃO (18) = Total de pontos disputados (49)

(Soma dos SIM * 100%) / Total de pontos disputados

(31 x 100% )/49 = 63,3 (Nota seis vírgula três).

Até já.

 

 

  • ANA PAULA LIMA DOS SANTOS,
  • KARINA SANTANA MENDONÇA
  • LARISSA SANTOS LIMA
  • LUARA EMANUELLE ALVES DE JESUS
  1. O título da resenha sintetiza e/ou indica o conteúdo da resenha?9 / 9 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 9
NÃO 0
  1. Os dois primeiros parágrafos são construídos com, pelo menos, quatro das oito unidades de informação demandadas pela atividade?9 / 9 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 9
Não 0
  1. Os dois últimos parágrafos foram construídos com as quatro unidades de informação demandadas pela atividade?9 / 9 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 9
Não 0
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "De que trata a obra resenhada?"9 / 9 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 9
NÃO 0
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "Qual o maior defeito da obra resenhada?"0 / 9 respostas corretas
Valor Contagem
SIM 8
NÃO 1
  1. O texto incorre em, no máximo, três imperfeições que afetam a norma culta da língua portuguesa (pontuação, grafia das palavras, acentuação, concordância verbal/nominal/gênero/número, período incompleto etc.)?8 / 9 respostas corretas
Valor Contagem
✓ Sim 8
Não 1
  1. O texto respeita o limite de 800 a 1200 palavras, incluindo título e referências?9 / 9 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 9
NÃO 0
  • Andresa Souza Santos
  • Clarice Beatriz Santos Silva
  • Flavia Silva Rocha
  • Marcia Evangelista da Silva Santos
  1. O título da resenha sintetiza e/ou indica o conteúdo da resenha?10 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 10
NÃO 0
  1. Os dois primeiros parágrafos são construídos com, pelo menos, quatro das oito unidades de informação demandadas pela atividade?9 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 9
Não 1
  1. Os dois últimos parágrafos foram construídos com as quatro unidades de informação demandadas pela atividade?7 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 7
Não 3
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "De que trata a obra resenhada?"10 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 10
NÃO 0
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "Qual o maior defeito da obra resenhada?"0 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
SIM 8
NÃO 2
  1. O texto incorre em, no máximo, três imperfeições que afetam a norma culta da língua portuguesa (pontuação, grafia das palavras, acentuação, concordância verbal/nominal/gênero/número, período incompleto etc.)?5 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ Sim 5
Não 5
  1. O texto respeita o limite de 800 a 1200 palavras, incluindo título e referências?10 / 10 respostas corretas
  • Bruna Isabela de Sá Silva
  • Carla Pereira Barros
  • Laís Regina Leite Pinheiro
  • Tabatha Costa Bastos
  • Tauam Marques Pinheiro
  1. O título da resenha sintetiza e/ou indica o conteúdo da resenha?10 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 10
NÃO 0
  1. Os dois primeiros parágrafos são construídos com, pelo menos, quatro das oito unidades de informação demandadas pela atividade?8 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 8
Não 2
  1. Os dois últimos parágrafos foram construídos com as quatro unidades de informação demandadas pela atividade?9 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 9
Não 1
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "De que trata a obra resenhada?"10 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 10
NÃO 0
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "Qual o maior defeito da obra resenhada?"0 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
SIM 8
NÃO 2
  1. O texto incorre em, no máximo, três imperfeições que afetam a norma culta da língua portuguesa (pontuação, grafia das palavras, acentuação, concordância verbal/nominal/gênero/número, período incompleto etc.)?8 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ Sim 8
Não 2
  1. O texto respeita o limite de 800 a 1200 palavras, incluindo título e referências?
  • SIM 10 (100%)
  • NÃO 0 (0%)0 (0%)
  • Crislane dos Santos Ramos
  • Izabel Silva Souza
  • Madalena Passos David
  • Renata Carmelina Santos Souza
  1. O título da resenha sintetiza e/ou indica o conteúdo da resenha?7 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 7
NÃO 0
  1. Os dois primeiros parágrafos são construídos com, pelo menos, quatro das oito unidades de informação demandadas pela atividade?2 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 2
Não 5
  1. Os dois últimos parágrafos foram construídos com as quatro unidades de informação demandadas pela atividade?2 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 2
Não 5
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "De que trata a obra resenhada?"7 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 7
NÃO 0
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "Qual o maior defeito da obra resenhada?"0 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
SIM 2
NÃO 5
  1. O texto incorre em, no máximo, três imperfeições que afetam a norma culta da língua portuguesa (pontuação, grafia das palavras, acentuação, concordância verbal/nominal/gênero/número, período incompleto etc.)?3 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ Sim 3
Não 4
  1. O texto respeita o limite de 800 a 1200 palavras, incluindo título e referências?7 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 7
NÃO 0
  • Danielle Santos Menezes
  • Keilla de Jesus Andrade
  • Luiza Tainara de Jesus Carvalho
  • Larissa Simone do Carmo Lima.
  1. O título da resenha sintetiza e/ou indica o conteúdo da resenha?10 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 10
NÃO 0
  1. Os dois primeiros parágrafos são construídos com, pelo menos, quatro das oito unidades de informação demandadas pela atividade?8 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 8
Não 2
  1. Os dois últimos parágrafos foram construídos com as quatro unidades de informação demandadas pela atividade?9 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 9
Não 1
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "De que trata a obra resenhada?"10 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 10
NÃO 0
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "Qual o maior defeito da obra resenhada?"0 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
SIM 10
NÃO 0
  1. O texto incorre em, no máximo, três imperfeições que afetam a norma culta da língua portuguesa (pontuação, grafia das palavras, acentuação, concordância verbal/nominal/gênero/número, período incompleto etc.)?6 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ Sim 6
Não 4
  1. O texto respeita o limite de 800 a 1200 palavras, incluindo título e referências?4 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 4
NÃO 6
  • Eliane de Carvalho Pino Andrade
  • Gildeane Hilglley Alves da Silva
  • Lanna Stefhanny dos Santos Ribeiro
  • Lorena Melo dos Santos
  1. O título da resenha sintetiza e/ou indica o conteúdo da resenha?11 / 12 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 11
NÃO 1
  1. Os dois primeiros parágrafos são construídos com, pelo menos, quatro das oito unidades de informação demandadas pela atividade?11 / 12 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 11
Não 1
  1. Os dois últimos parágrafos foram construídos com as quatro unidades de informação demandadas pela atividade?12 / 12 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 12
Não 0
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "De que trata a obra resenhada?"12 / 12 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 12
NÃO 0
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "Qual o maior defeito da obra resenhada?"0 / 12 respostas corretas
Valor Contagem
SIM 11
NÃO 1
  1. O texto incorre em, no máximo, três imperfeições que afetam a norma culta da língua portuguesa (pontuação, grafia das palavras, acentuação, concordância verbal/nominal/gênero/número, período incompleto etc.)?6 / 12 respostas corretas
Valor Contagem
✓ Sim 6
Não 6
  1. O texto respeita o limite de 800 a 1200 palavras, incluindo título e referências?12 / 12 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 12
NÃO 0
  • Felipe Macêdo Rocha
  • Inajá Santos Ferreira
  • Gabriele Silva Santos
  • Ketlenn Santana Souza
  1. O título da resenha sintetiza e/ou indica o conteúdo da resenha?11 / 11 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 11
NÃO 0
  1. Os dois primeiros parágrafos são construídos com, pelo menos, quatro das oito unidades de informação demandadas pela atividade?11 / 11 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 11
Não 0
  1. Os dois últimos parágrafos foram construídos com as quatro unidades de informação demandadas pela atividade?9 / 11 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 9
Não 2
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "De que trata a obra resenhada?"11 / 11 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 11
NÃO 0
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "Qual o maior defeito da obra resenhada?"0 / 11 respostas corretas
Valor Contagem
SIM 7
NÃO 4
  1. O texto incorre em, no máximo, três imperfeições que afetam a norma culta da língua portuguesa (pontuação, grafia das palavras, acentuação, concordância verbal/nominal/gênero/número, período incompleto etc.)?8 / 11 respostas corretas
Valor Contagem
✓ Sim 8
Não 3
  1. O texto respeita o limite de 800 a 1200 palavras, incluindo título e referências?4 / 11 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 4
NÃO 7
  • KEROLLYN CRISTINA DOS SANTOS SOUZA
  • RAIMUNDO RENATO DA SILVA NETO
  • REBECA SANTA RITA FREITAS
  • THALISSA SILVA SOUZA
  1. O título da resenha sintetiza e/ou indica o conteúdo da resenha?11 / 11 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 11
NÃO 0
  1. Os dois primeiros parágrafos são construídos com, pelo menos, quatro das oito unidades de informação demandadas pela atividade?11 / 11 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 11
Não 0
  1. Os dois últimos parágrafos foram construídos com as quatro unidades de informação demandadas pela atividade?10 / 11 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 10
Não 1
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "De que trata a obra resenhada?"11 / 11 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 11
NÃO 0
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "Qual o maior defeito da obra resenhada?"0 / 11 respostas corretas
Valor Contagem
SIM 11
NÃO 0
  1. O texto incorre em, no máximo, três imperfeições que afetam a norma culta da língua portuguesa (pontuação, grafia das palavras, acentuação, concordância verbal/nominal/gênero/número, período incompleto etc.)?5 / 11 respostas corretas
Valor Contagem
✓ Sim 5
Não 6
  1. O texto respeita o limite de 800 a 1200 palavras, incluindo título e referências?11 / 11 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 11
NÃO 0
  • Lucileide Simplicio da Silva
  • Ailton Santos de Andrade
  • Karine Santos Santana
  • Louyse Gabrielle da Conceição Pereira
  1. O título da resenha sintetiza e/ou indica o conteúdo da resenha?3 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 3
NÃO 7
  1. Os dois primeiros parágrafos são construídos com, pelo menos, quatro das oito unidades de informação demandadas pela atividade?10 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 10
Não 0
  1. Os dois últimos parágrafos foram construídos com as quatro unidades de informação demandadas pela atividade?8 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 8
Não 2
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "De que trata a obra resenhada?"9 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 9
NÃO 1
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "Qual o maior defeito da obra resenhada?"0 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
SIM 3
NÃO 7
  1. O texto incorre em, no máximo, três imperfeições que afetam a norma culta da língua portuguesa (pontuação, grafia das palavras, acentuação, concordância verbal/nominal/gênero/número, período incompleto etc.)?6 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ Sim 6
Não 4
  1. O texto respeita o limite de 800 a 1200 palavras, incluindo título e referências?8 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 8
NÃO 2
  • Brenda Kerolle Lima do Nascimento Santos
  • Ivana Maria Santana Andrade
  • Thais Silva Rocha Melo
  • Yasmim da Silva Ferreira.
  1. O título da resenha sintetiza e/ou indica o conteúdo da resenha?9 / 9 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 9
NÃO 0
  1. Os dois primeiros parágrafos são construídos com, pelo menos, quatro das oito unidades de informação demandadas pela atividade?8 / 9 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 8
Não 1
  1. Os dois últimos parágrafos foram construídos com as quatro unidades de informação demandadas pela atividade?6 / 9 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 6
Não 3
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "De que trata a obra resenhada?"9 / 9 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 9
NÃO 0
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "Qual o maior defeito da obra resenhada?"0 / 9 respostas corretas
Valor Contagem
SIM 3
NÃO 6
  1. O texto incorre em, no máximo, três imperfeições que afetam a norma culta da língua portuguesa (pontuação, grafia das palavras, acentuação, concordância verbal/nominal/gênero/número, período incompleto etc.)?5 / 9 respostas corretas
Valor Contagem
✓ Sim 5
Não 4
  1. O texto respeita o limite de 800 a 1200 palavras, incluindo título e referências?3 / 9 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 3
NÃO 6
  • Identificação deste formulário
  • Adria Gabriele Santos Feitosa
  • Mirielle Silva Santana
  • Taislaene Araújo Santos
  • Williany Souza Santos
  1. O título da resenha sintetiza e/ou indica o conteúdo da resenha?10 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 10
NÃO 0
  1. Os dois primeiros parágrafos são construídos com, pelo menos, quatro das oito unidades de informação demandadas pela atividade?10 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 10
Não 0
  1. Os dois últimos parágrafos foram construídos com as quatro unidades de informação demandadas pela atividade?10 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 10
Não 0
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "De que trata a obra resenhada?"10 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 10
NÃO 0
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "Qual o maior defeito da obra resenhada?"0 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
SIM 6
NÃO 4
  1. O texto incorre em, no máximo, três imperfeições que afetam a norma culta da língua portuguesa (pontuação, grafia das palavras, acentuação, concordância verbal/nominal/gênero/número, período incompleto etc.)?7 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ Sim 7
Não 3
  1. O texto respeita o limite de 800 a 1200 palavras, incluindo título e referências?10 / 10 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 10
NÃO 0
  • Elizandra de Jesus Fernandes
  • Iara Luizi Souza dos Santos
  • Misael Emilio Gama Góis
  • Rafaela da Solidade Santos
  1. O título da resenha sintetiza e/ou indica o conteúdo da resenha?5 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 5
NÃO 2
  1. Os dois primeiros parágrafos são construídos com, pelo menos, quatro das oito unidades de informação demandadas pela atividade?7 / 7 respostas corretas
  • 02468✓ SIMNão7 (100%)7 (100%)0 (0%)0 (0%)
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✓ SIM 7
Não 0
  1. Os dois últimos parágrafos foram construídos com as quatro unidades de informação demandadas pela atividade?7 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 7
Não 0
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "De que trata a obra resenhada?"7 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 7
NÃO 0
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "Qual o maior defeito da obra resenhada?"0 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
SIM 7
NÃO 0
  1. O texto incorre em, no máximo, três imperfeições que afetam a norma culta da língua portuguesa (pontuação, grafia das palavras, acentuação, concordância verbal/nominal/gênero/número, período incompleto etc.)?5 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ Sim 5
Não 2
  1. O texto respeita o limite de 800 a 1200 palavras, incluindo título e referências?6 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 6
NÃO 1
  • Ana Regina Alves França Silva
  • Andrielle de Oliveira Dantas Mendonça
  • Denise Vieira Santos
  • Wendy Leticia Ramos Alves Santos
  1. O título da resenha sintetiza e/ou indica o conteúdo da resenha?4 / 7 respostas corretas
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✓ SIM 4
NÃO 3
  1. Os dois primeiros parágrafos são construídos com, pelo menos, quatro das oito unidades de informação demandadas pela atividade?7 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 7
Não 0
  1. Os dois últimos parágrafos foram construídos com as quatro unidades de informação demandadas pela atividade?4 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 4
Não 3
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "De que trata a obra resenhada?"6 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 6
NÃO 1
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "Qual o maior defeito da obra resenhada?"0 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
SIM 1
NÃO 6
  1. O texto incorre em, no máximo, três imperfeições que afetam a norma culta da língua portuguesa (pontuação, grafia das palavras, acentuação, concordância verbal/nominal/gênero/número, período incompleto etc.)?4 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ Sim 4
Não 3
  1. O texto respeita o limite de 800 a 1200 palavras, incluindo título e referências?2 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 2
NÃO 5
  •  Cleberton Almeida de Oliveira
  • Douglas Batista Santana
  • Evellyn Brenda da Silva Santos
  • Jamile Bispo Peixoto
  1. O título da resenha sintetiza e/ou indica o conteúdo da resenha?2 / 7 respostas corretas
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✓ SIM 2
NÃO 5
  1. Os dois primeiros parágrafos são construídos com, pelo menos, quatro das oito unidades de informação demandadas pela atividade?7 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 7
Não 0
  1. Os dois últimos parágrafos foram construídos com as quatro unidades de informação demandadas pela atividade?3 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 3
Não 4
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "De que trata a obra resenhada?"6 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 6
NÃO 1
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "Qual o maior defeito da obra resenhada?"0 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
SIM 1
NÃO 6
  1. O texto incorre em, no máximo, três imperfeições que afetam a norma culta da língua portuguesa (pontuação, grafia das palavras, acentuação, concordância verbal/nominal/gênero/número, período incompleto etc.)?3 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ Sim 3
Não 4
  1. O texto respeita o limite de 800 a 1200 palavras, incluindo título e referências?6 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 6
NÃO 1
  • Flávia de Jesus Santos
  • Gleiciane dos Passos Torres
  • Marina Batista Ribeiro
  • Zaiane Tayse Barbosa de Souza
  1. O título da resenha sintetiza e/ou indica o conteúdo da resenha?5 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 5
NÃO 2
  1. Os dois primeiros parágrafos são construídos com, pelo menos, quatro das oito unidades de informação demandadas pela atividade?6 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 6
Não 1
  1. Os dois últimos parágrafos foram construídos com as quatro unidades de informação demandadas pela atividade?6 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 6
Não 1
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "De que trata a obra resenhada?"6 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 6
NÃO 1
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "Qual o maior defeito da obra resenhada?"0 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
SIM 0
NÃO 7
  1. O texto incorre em, no máximo, três imperfeições que afetam a norma culta da língua portuguesa (pontuação, grafia das palavras, acentuação, concordância verbal/nominal/gênero/número, período incompleto etc.)?3 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ Sim 3
Não 4
  1. O texto respeita o limite de 800 a 1200 palavras, incluindo título e referências?7 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 7
NÃO 0
  • Inara Larissa Carregosa dos Santos
  • Milena Pereira Santana Souza
  • Nívea Juliana Souza Silva Santos
  • Ricardo Meneses
  1. O título da resenha sintetiza e/ou indica o conteúdo da resenha?7 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 7
NÃO 0
  1. Os dois primeiros parágrafos são construídos com, pelo menos, quatro das oito unidades de informação demandadas pela atividade?7 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 7
Não 0
  1. Os dois últimos parágrafos foram construídos com as quatro unidades de informação demandadas pela atividade?3 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 3
Não 4
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "De que trata a obra resenhada?"7 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 7
NÃO 0
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "Qual o maior defeito da obra resenhada?"0 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
SIM 7
NÃO 0
  1. O texto incorre em, no máximo, três imperfeições que afetam a norma culta da língua portuguesa (pontuação, grafia das palavras, acentuação, concordância verbal/nominal/gênero/número, período incompleto etc.)?4 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ Sim 4
Não 3
  1. O texto respeita o limite de 800 a 1200 palavras, incluindo título e referências?7 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 7
NÃO 0
  • Isabela Menezes Santos
  • Larissa dos Santos
  • Lourena Cristina da Silva Lima
  • Maria Verônica Rocha Santos
  1. O título da resenha sintetiza e/ou indica o conteúdo da resenha?7 / 7 respostas corretas
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✓ SIM 7
NÃO 0
  1. Os dois primeiros parágrafos são construídos com, pelo menos, quatro das oito unidades de informação demandadas pela atividade?7 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 7
Não 0
  1. Os dois últimos parágrafos foram construídos com as quatro unidades de informação demandadas pela atividade?5 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 5
Não 2
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "De que trata a obra resenhada?"6 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 6
NÃO 1
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "Qual o maior defeito da obra resenhada?"0 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
SIM 4
NÃO 3
  1. O texto incorre em, no máximo, três imperfeições que afetam a norma culta da língua portuguesa (pontuação, grafia das palavras, acentuação, concordância verbal/nominal/gênero/número, período incompleto etc.)?5 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ Sim 5
Não 2
  1. O texto respeita o limite de 800 a 1200 palavras, incluindo título e referências?3 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 3
NÃO 4
  • DEYVID FERNANDO NASCIMENTO OLIVEIRA
  • JÉSSICA SILVA DOS SANTOS VIEIRA
  • LUCAS ALMEIDA MARCAL
  • MICAELA FRANCIELE COSTA
  1. O título da resenha sintetiza e/ou indica o conteúdo da resenha?5 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
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NÃO 2
  1. Os dois primeiros parágrafos são construídos com, pelo menos, quatro das oito unidades de informação demandadas pela atividade?7 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 7
Não 0
  1. Os dois últimos parágrafos foram construídos com as quatro unidades de informação demandadas pela atividade?6 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 6
Não 1
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "De que trata a obra resenhada?"7 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 7
NÃO 0
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "Qual o maior defeito da obra resenhada?"0 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
SIM 2
NÃO 5
  1. O texto incorre em, no máximo, três imperfeições que afetam a norma culta da língua portuguesa (pontuação, grafia das palavras, acentuação, concordância verbal/nominal/gênero/número, período incompleto etc.)?4 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ Sim 4
Não 3
  1. O texto respeita o limite de 800 a 1200 palavras, incluindo título e referências?7 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 7
NÃO 0
  • ARIADENI PINHEIRO DOS SANTOS
  • LORENNE DO CARMO PINA
  • KETLHYN MYLLENA DE SOUZA MELO
  1. O título da resenha sintetiza e/ou indica o conteúdo da resenha?4 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 4
NÃO 3
  1. Os dois primeiros parágrafos são construídos com, pelo menos, quatro das oito unidades de informação demandadas pela atividade?7 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 7
Não 0
  1. Os dois últimos parágrafos foram construídos com as quatro unidades de informação demandadas pela atividade?4 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 4
Não 3
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "De que trata a obra resenhada?"6 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 6
NÃO 1
  1. A resenha responde, de modo claro e sucinto, à seguinte questão: "Qual o maior defeito da obra resenhada?"0 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
SIM 1
NÃO 6
  1. O texto incorre em, no máximo, três imperfeições que afetam a norma culta da língua portuguesa (pontuação, grafia das palavras, acentuação, concordância verbal/nominal/gênero/número, período incompleto etc.)?3 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ Sim 3
Não 4
  1. O texto respeita o limite de 800 a 1200 palavras, incluindo título e referências?6 / 7 respostas corretas
Valor Contagem
✓ SIM 6
NÃO 1

 

Problemas de aprendizagem: distinção entre fato e opinião | Itamar Freitas

Um problema de aprendizagem

Um dos piores desempenhos dos alunos sergipanos do 5º ano do Ensino Fundamental está na distinção entre fato e opinião. Nesse descritor de Língua Portuguesa, os resultados da Prova Brasil indicam “baixo grau de domínio”. Nos anos 2017 e 2019, pouco mais de 20% dos alunos que submeteram à prova conseguiu estabelecer a diferença. (Foco Brasil, 2021). Esses números sugerem que os professores sergipanos devem considerar o ensino dessa distinção como atividade prioritária.

Não há mágica para melhorar os resultados. O que sugiro, diante da posição dos especialistas e dos saberes tácitos que desenvolvi na formação de professores, são quatro ações.

A primeira já foi citada. Consiste em transformar o ensino da diferenciação entre fato e opinião como prioridade nos planos de ensino.

A segunda é tomar uma definição de fato e uma definição de opinião coerentes entre si e planejar sequências didáticas que criem situações nas quais tal diferença possa ser comunicada, percebida, exemplificada, compreendida e autoavaliada pelos alunos.

A terceira ação é a construção de um instrumento de avaliação, necessariamente alinhado à referida sequência didática para auferir o grau de compreensão dos alunos submetidos às atividades específicas de ensino e aprendizagem sobre fato e opinião.

A quarta, por fim, é considerar os resultados desta avaliação e retomar o planejamento, tornando-o mais flexível, mais simples (ou mais complexo), partindo das demandas imediatas manifestadas por esses alunos.

Nesta segunda unidade do curso de Avaliação Educacional, não chegaremos ao quarto passo. Entretanto, demonstraremos como se pode cumpri-lo apresentando visão sumária de todos eles na aula de hoje.

O tópico que vocês acompanham representa o primeiro passo. O próximo tópico é o passo da definição. Encerraremos este encontro síncrono com o passo relativo à construção de um instrumento de avaliação para auferir o grau de compreensão a respeito desse descritor que preocupa as autoridades educacionais de Sergipe.

Supondo que vocês, futuramente, assumam postos no sistema público de educação, penso que terá sido importante vivenciar o problema de aprendizagem a ser enfrentado junto aos seus alunos. É o que fazemos, a partir de agora.

 

Uma significação para “fato” e para “opinião”

Nos domínios da Filosofia, várias significações para “fato” e “opinião” podem ser colhidas. Para o que nos interessa nesta aula e neste contexto nacional (fake News, fascismos e obscurantismos de varia espécie), considerei o significado que prioriza os conhecimentos controlados submetidos ao escrutínio de corporações de especialistas. Em síntese, considerei fato e opinião como categorias determinadas pelas ciências.

Em tal sentido, fato é a declaração resultante do conhecimento de algo (ou sobre algo) que depende de um método e da controlada isenção das crenças de quem emprega este método. De modo direto, fato é aquilo que “pode ser verificado ou confirmado por qualquer um que disponha dos meios adequados, e que pode ser descrito ou previsto de forma passível de aferição.” (Abbagnano, 2007, p.429). Vejam o exemplo:

A Covid-19 foi a maior causa isolada de mortes no Brasil em 2021, com 92 mil óbitos, aponta levantamento feito pela CNN com base em dados do Portal da Transparência de Registro Civil da Arpen (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais) no período de 1º de janeiro a 18 de março. O número corresponde a 28% do total das mortes no ano.

Dados de anos anteriores do Datasus (Departamento de informática do Sistema Único de Saúde) mostram que, com 272 mil mortes em um ano, a doença seria a principal causa de óbitos no país, quando comparada com a média anual de óbitos por outros motivos.

Na declaração “A Covid-19 foi a maior causa isolada de mortes no Brasil em 2021” há fato porque o conhecimento sobre os tipos de morte no Brasil foi extraído mediante análise estatística do número de mortos e comparação entre os números de mortos para cada causa. Esse conhecimento foi elaborado por enfermeiros, médicos, matemáticos, estatísticos e outros profissionais sem que as suas crenças religiosas, políticas e preferências estéticas interferissem diretamente nos resultados do seu trabalho.

É impossível retirar a crença da mente dos estatísticos e dos médicos que atuaram neste trabalho. Mas o processo de controle interno de cada corporação profissional trabalha para coibir eventuais distorções advindas de crenças individuais estranhas aos fins da pesquisa e ao bom uso dos métodos de análise. Somente em situações extremas, vamos encontrar pessoas que acusem a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais como instituição “petista”, “comunista” ou desejosa da “destruição do Brasil”.

O interesse nas categorias “fato” e “opinião” e os resultados da sua significação diferem no mundo acadêmico. O fato físico pode não receber o mesmo tratamento do fato histórico. E mesmo o fato histórico até pode receber outro nome: acontecimento. Contudo, cada ciência incorpora mais ou menos a definição acima.

No geral e, repetindo, para o que necessitamos neste contexto de obscurantismo, fato é a coisa e o conhecimento que confirma a existência/ocorrência dessa coisa, adquirido com o emprego de métodos de conhecimento geral e relativamente independentes das crenças dos usuários destes métodos.

Veja este exemplo: “Considerando o conjunto de teses e dissertações sobre golpes militares no Brasil do século XX, defendidas nos últimos 10 anos em universidades púbicas e confessionais, podemos afirmar que cada um dos eventos do gênero contou com a participação direta do Exército Brasileiro. Esta força militar, portanto, é uma instituição inerentemente golpista”.

No período acima, há declaração de fato (o Exército Brasileiro participou de golpes), acompanhada de conhecimento produzido metodicamente e legitimada pela população em geral (teses e dissertações defendidas publicamente em universidades).

Quanto à opinião (que sofre de idênticas variações filosóficas), tomaremos como categoria inserta no campo semântico de fato, embora caracteristicamente diferente. Enquanto o fato é a coisa ou o resultado da coisa (uma declaração) adquirida com o emprego de métodos e relativamente independente das crenças dos seus conhecedores, a opinião é a coisa ou resultado da coisa (uma declaração) “que não inclua garantia alguma da própria validade” (p.759).

Dizendo de outro modo, opinião é qualquer proposição enunciada sem a necessidade de emprego do método ou do esforço de isenção ideológica de quem a enuncia. Por essa razão, em geral, as opiniões são marcadas pelo sentimento, pensamento e/ou vontade de uma só pessoa que não necessariamente guarda compromisso algum com o coletivo especializado no assunto da sua declaração.

No exemplo imediatamente anterior, a declaração de que o Exército Brasileiro é uma “instituição inerentemente golpista” é uma opinião. Essa afirmação não encontra respaldo no enunciado que não se ocupa de características essenciais e inseparáveis da instituição “Exército Brasileiro”. No contexto do exemplo, as teses e dissertações apenas afirmam que o Exército participou dos golpes. A extrapolação atribuidora de determinada essência ao Exército Brasileiro é da responsabilidade individual de quem a enuncia.

Essa diferença entre fato e opinião nos induz a afirmar que opinar é ruim ou que ela deva ser sempre apoiada em pesquisa científica? A resposta é não. Opinar é expressar posição, ainda que tal posição não tenha passado pelo crivo dos pares. É uma capacidade humana que viabiliza a interação em sociedade.

Opinar é uma forma de experimentar a classificação das coisas que nos rodeiam, ainda que tal classificação não tenha (repetimos) passado pelo crivo dos especialistas.

Opinar é, na maioria dos casos, pré-julgar, antecipar um julgamento para antever os resultados de determinada situação. Quem quer comunicar interesse de fazer provar um petisco ou fazer sexo com outra pessoa não necessita empreender uma investigação acadêmica sobre o alvo do seu desejo antes de o consumir ou de o consumar. Em geral, essa pessoa emprega conhecimento tácito, opinião dos colegas, técnicas que circulam em séries etc. e dispara a declaração: “Isso aqui parece gostoso!”; “Você é lindo!”

Em outras situações, porém, o desconhecimento da diferença ou o desprezo pelas características do fato e as características da opinião podem implicar em acontecimentos graves, pondo em risco, inclusive, a vida do grupo daquele que opina e, até, de populações inteiras.

Isso pode ocorrer porque, nos últimos dois séculos, várias das instituições organizadoras das sociedades têm se estruturado em princípios científicos. Exemplo de organizações do tipo, criadas a partir de reflexão e experimentação controladas, são: o Estado (brasileiro) e as ações deste Estado em relação à sociedade civil (políticas de saúde, segurança e educacionais).

No mundo privado, entretanto, os princípios científicos também possuem a sua importância. A justiça familiar e os conflitos conjugais para chegarem a bom termo são geridos por algumas práticas fundadas em princípios científicos (observação, quantificação e comparação). O simples e grave enunciado de que “Você me traiu”, por exemplo, exige provas adquiridas por métodos e depoentes independentes. Depende de procedimentos que levem um dos contendedores a afirmar: “Você me traiu: isso é um fato. E eu tenho razão!”

Também por esses motivos, o conhecimento presente maior parte do conteúdo escolar é constituído por fato e não por opiniões. Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, esse descritor de conhecimentos gera expectativas de aprendizagem (ou objetivos educacionais) para as disciplinas de Ciências, Língua Portuguesa, História e Geografia.

A distinção referida está presente nos currículos, enfim, para que os alunos, em situações da vida prática e pública, resolvam os problemas coletivos a partir da emissão de declarações de fatos, guardando as declarações de opinião para as situações nas quais elas estão necessariamente demandadas.

Agora, façamos um breve exercício para verificar se vocês compreenderam bem os argumentos que apresentamos neste texto e se estão à vontade para aplicá-los em situações da vida prática.

 

3. Sequência didática para a compreensão da diferença entre fato e opinião

Nome do estabelecimento de Ensino – Universidade Federal de Sergipe

Data de execução – 28/09/2021

Autoria do plano – Prof. Itamar Freitas

Título – O que é fato e o que é opinião?

Assunto – Distinção entre fato e opinião

Questões – Os alunos conseguem definir fato e opinião? Os alunos são capazes de identificar e distinguir declarações de fato e declarações de opinião discursos manifestos em diferentes gêneros textuais?

Relação com o currículo prescrito – A discussão sobre fato e opinião está relacionada ao diagnóstico efetuado pela Prova Brasil sobre o desempenho dos alunos sergipanos do 5º ano do Ensino Fundamental, na disciplina Língua Portuguesa. Essa é a motivação. No curso superior, a discussão é inserida como um problema de aprendizagem que precisa ser equacionado ou minimizado com a elaboração de sequências didáticas e instrumentos de avaliação, um dos objetivos do Curso de Avaliação Educacional.

Destinação – Alunos do Ensino Superior (vários períodos)

Conhecimentos – definições de fato e de opinião

Habilidades – definir categorias, identificar e exemplificar referentes de categorias, comparar e distinguir referentes de categorias

Valores – Respeito ao Estado democrático de direito.

Tempo estimado – 60min

Objetivo geral – Envolver os alunos em uma situação de aprendizagem na qual seja convidado a identificar um problema, refletir sobre formas de resolução desse problema e a construir elementos de ensino e de avaliação.

Objetivo específico/expectativa de aprendizagem – Ao final desta aula, espera-se que os alunos sejam capazes de distinguir fato de opinião e se sintam estimulados, mediante o exemplo fornecido pelo professor, a projetar uma sequência didática e um instrumento de avaliação sobre matéria similar.

Justificativas – A sequência foi produzida a partir da necessidade de demonstrar a articulação entre avaliação, métodos de ensino e problemas reais de aprendizagem na rede pública.

Conhecimentos prévios – domínio do conceito de avaliação educacional e de outras categorias do mesmo campo semântico.

Recursos – Texto escrito “Fato e Opinião” e Formulário de avaliação.

Estratégias de ensino – Exposição introdutória à sequência, leitura, discussão e apresentação de exemplos por parte dos alunos.

Momentos didáticos

Ações Tempo Habilidades
1. O professor apresenta os objetivos, justificativas e etapas da aula. 05 min _
2. Os alunos são convidados à leitura do texto. O professor dirime dúvidas dos alunos e os estimula a exemplificarem situações em que identificam a presença de fatos e/ou de opiniões. 20 min Leitura

Interpretação

Aplicação

3. Os alunos são convidados a aplicarem os seus conhecimentos mediante teste com itens de resposta construída, durante 20 minutos. 20 min Aplicação

Avaliação

4. O professor apresenta o resultado da avaliação. Os alunos argumentam sobre as causas de eventuais problemas de aprendizagem (instrumento, entendimento, conhecimentos prévios etc.). Os alunos sugerem medidas didáticas para minorar os eventuais problemas de aprendizagem revelados pela avaliação. 40 min Argumentação

Problematização

 

 

Avaliação – Metaavaliação diagnóstica, mediante formulário de itens de resposta construída.

Possibilidades de progressão – Esta sequência didática pode ser empregada em outras situações, onde os alunos estejam, por exemplo, no primeiro ou no último período. A gradação a complexidade pode ser efetuada com a mudança dos textos motivadores, da natureza dos itens (IRC/IRS) e dos próprios problemas de aprendizagem previamente detectados.

Referências

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

FOCO Brasil. Resultados da Escola – Prova Brasil. Estadual – SE, 2019, Ensino Regular de Língua Portuguesa. Foco Brasil. Sdt. Disponível aos professores da rede mediante senha franqueada pela Secretaria de Estado da Educação. Consultado em 29 ago. 2021.

HALADYNA, Thomas M.; RODRIGUEZ, Michael. Developing and validating test items. New York: Routledge, 2013.


Referências deste texto

FREITAS, Itamar. Fato e opinião. Resenha Crítica. Aracaju/Crato, 29 set. 2021.


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Estado laico, intolerância e diversidade religiosa no Brasil: pesquisas, reflexões e debates | Alexandre Brasil Carvalho Fonseca

Alexandre Brasil Carvalho da Fonseca, sociólogo e professor associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro é o organizador da obra. Possui publicações nas áreas de educação, sociologia e sociologia da religião; atuou como assessor na presidência da república (2012-2016), nas áreas de participação social e direitos humanos.

A presente obra resenhada é uma miscelânea que congrega a síntese das análises dos dados do RIVIR2, objeto de debates e reflexões acontecidos em um seminário3; além de sete artigos publicados a partir das primeiras reações ao RIVIR. Insere-se, ainda, questões relacionadas a liberdade religiosa, a laicidade do Estado na Constituição da República Federativa do Brasil, e a importância da educação no enfrentamento a intolerância religiosa. Leia Mais

Revista Brasileira de História das Religiões. Curitiba, v.14, n.41, 2021.

Trajetórias Globais das Religiões

  • Nesta chamada temática o nosso objetivo foi reunir resultados de pesquisas na forma de artigos científicos que discutissem a problemática de trajetórias globais das religiões em momentos históricos diferentes e as mudanças e transformações que estas crenças, vivências e práticas religiosas sofreram e continuam sofrendo por causa das suas “viagens”, migrações e, consequentemente, múltiplos processos de adaptação nas novas terras, sociedades e culturas. Sabemos que as ideias religiosas jamais estiveram presas aos limites dos territórios, sendo preciso pensar como tem ocorrido a expansão de “novas” religiosidades.

CHAMADA TEMÁTICA

Apresentação

ARTIGOS LIVRES

RESENHAS

Publicado: 2021-09-28

Trajetórias Globais das Religiões | Revista Brasileira de História das Religiões | 2021

Nesta chamada temática o nosso objetivo foi reunir resultados de pesquisas na forma de artigos científicos que discutissem a problemática de trajetórias globais das religiões em momentos históricos diferentes e as mudanças e transformações que estas crenças, vivências e práticas religiosas sofreram e continuam sofrendo por causa das suas “viagens”, migrações e, consequentemente, múltiplos processos de adaptação nas novas terras, sociedades e culturas.

Sabemos que as ideias religiosas jamais estiveram presas aos limites dos territórios, sendo preciso pensar como tem ocorrido a expansão de “novas” religiosidades. Se, por um lado, vemos a importância dos fluxos migratórios na produção de novos sentidos sagrados, por outro não podemos somente explicar a transnacionalização religiosa por padrões migratórios (OOSTERBAHN; VAN DE KAMP; BAHIA, 2020; ROCHA; VÁSQUEZ, 2013) – deslocamentos humanos desempenham um papel importante, porém vemos que alguns casos seguem a lógica das migrações, e outros são multidirecionais, sendo também conduzidos por interesses individuais (BAHIA, 2015; SILVA, 2014). Leia Mais

História oral | Estudos Históricos | 2021

HISTÓRIA ORAL: DIMENSÕES PÚBLICAS NO TEMPO PRESENTE

Este dossiê contempla estudos sobre história oral com base em pesquisas que assumem os desafios colocados contemporaneamente a essa metodologia de pesquisa e produção de fontes. Metodologia desenvolvida desde fins dos anos 1950 e amplamente utilizada e consolidada ao redor do mundo, a história oral chega ao século XXI catalisada pelas discussões da história pública, assim como pelas novas tecnologias, que colocam em questão novas formas de gravação, interação, preservação e difusão das narrativas orais e audiovisuais. Nesse sentido, este dossiê traz, particularmente, artigos que tencionam essas dimensões, com reflexões sobre suas interações e respostas da história oral às questões do tempo presente: por estudos temáticos, trajetórias de vida ou tradição oral.

Os textos afirmam o dinâmico movimento da história oral e os seus entrecruzamentos com a historiografia. Pela oralidade, é possível observar o trabalho de memória — escolhas narrativas referentes às formas como os sujeitos históricos significam as dimensões do público no tempo presente. Na história oral, dissensos e consensos, presentes nas memórias coletivas, catalisam práticas sociais. Lembranças, silêncios e esquecimentos expressam questões socialmente vivas em estudos que mobilizam múltiplos itinerários dos usos do passado. Ao evidenciarem as narrativas dos sujeitos históricos, os autores desenvolveram análises pela constituição de fontes que desempenham papel fundamental nas reflexões sobre “comunidades de sentido” e suas conexões temporais entre passado, presente e expectativas futuras. Leia Mais

Estudos Históricos. Rio de Janeiro, v.34, n.74, set./dez. 2021.

História Oral

setembro – dezembro

Editores

Bernardo Borges Buarque de Hollanda, João Marcelo Ehlert Maia e Thais Continentino Blank (professores doutores e pesquisadores do CPDOC/FGV, Rio de Janeiro, Brasil)

Conselho Consultivo

Angela Maria de Castro Gomes (UNIRIO e PPHPBC/FGV, Rio de Janeiro, Brasil) […]

Secretário

Taynã Martins Ribeiro

Editoração Eletrônica/Capa

Zeppelini Publishers

Revisão

Zeppelini Publishers

Pareceristas ad hoc

Adrianna Setemy (UNIVERSO) […]

Publicado: 2021-09-27

Editorial

Artigos

Colaboração Especial

Entrevistas

PolHis. Buenos Aires, n.26, 13, 2021.

Editorial

Dossiers Temáticos

Dossier Temático

Artículos

Comentarios sobre novedades bibliográficas

Publicado: 2021-09-26

Bakhtiniana.  São Paulo. v.16, n.3, 2021.

Editorial

Resenhas

Entrevista

Publicado: 2021-09-22

Racismo estrutural | S. Almeida

Poder e ideologia têm sido objeto de interesse da ciência da linguagem há mais de 90 anos, mas é especialmente (embora não exclusivamente) neste século que teorias passam a questionar o modelo de homem universal de modo a incluir a perspectiva racial como fundamentação teórica em seus trabalhos.

Desde então, o diálogo entre os estudos discursivos e uma teoria social que ofereça elementos para a compreensão da articulação entre recursos de poder e recursos linguísticos tem se tornado inadiável para aqueles que queiram viabilizar a crítica e a transformação social no Brasil. Nesse contexto, a questão racial emerge como tópico central para analistas que lidem com as relações sociais em um país na periferia do sistema capitalista. Leia Mais

Archivos de historia del movimiento obrero y la izquierda. Buenos Aires, v.10, n.19, septiembre 2021 / febrero 2022.

Presentación

Dossier: Izquierdas, feminismos y movimiento de mujeres del Cono Sur

Artículos libres

Ensayos e intervenciones

Reseñas

Publicado: 2021-09-21

Avaliação final – HH

Descrição - Nesta última atividade, ampliamos o cumprimento da última prescrição da ementa, produzindo uma análise historiográfica e avaliando, colaborativa e coletivamente todas as resenhas da turma.

É importante reiterar que os critérios de avaliação foram comunicados no início deste curso e que o trabalho de produção textual e de avaliação dos textos dos colegas são parte da avaliação final, ou seja, é tão importante produzir como avaliar as resenhas.

A nota de cada aluno será a nota de cada trio produtor e avaliador de resenha. A nota de cada trio corresponderá à média das notas atribuídas pelos demais trios da turma à respectiva resenha.


Data | hora | modalidade

Produzir e postar a resenha entre segunda-feira (27/09/2021) e sexta-feira (15/10/2021) | Assíncrona - 8h.

Avaliar as resenhas dos colegas entre o sábado (16/10/2021) e o domingo (17/10/2021) | Assíncrona - 2h.


Objetivo - Ler obra de história (livre escolha), produzir resenha em trios e publicá-la em formulário.


Princípio de aprendizagem - Compor e decompor textos autorais reforça as habilidades abstratas de análise e de síntese e desenvolve a habilidade de metacognição (saber como melhor se faz melhor alguma coisa mediante autoavaliação).


Recursos

FORMULÁRIO DE PUBLICAÇÃO DE RESENHAS

 

FORMULÁRIOS PARA A AVALIAÇÃO DAS RESENHAS

Avalie aqui a resenha de Francisco Jorge

Avalie aqui a resenha de Francisco Oliveira, Marcondes Fernandes e Veronica Bandeira

Avalie aqui a resenha de Cícera Fernandes, Marilhia Paula e Erica Fernandes

Avalie aqui a resenha de Daniela Alencar e Nívia da Silva

Avalie aqui a resenha de Daniel Santos, Francisco Silva e Bartolomeu Batista Neto

Avalie aqui a resenha de Beatriz Cirilo e Marcos de Souza

Avalie aqui a resenha de Cícelro Silva, Francisca Santos e Talita de Lira

Avalie aqui a resenha de Aline Leite e Silva e Karamirele Belém

Avalie aqui a resenha de Laís da Paz e Carlos Amador

Avalie aqui a resenha de Amanda Santana e Tatiana da Silva

Avalie aqui a resenha de Tandes Rodrigues, Vanessa da Silva e Maiara Silva


ATIVIDADES DISCENTES

Ação 1 - Ler e resenhar em trio uma obra de livre escolha, produzida nos últimos três anos, empregando os critérios disponibilizados na unidade IV deste curso.

Ação 2 - Postar a resenha no formulário reservado à esta tarefa.


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Concentrar-se nos objetos de leitura | Itamar Freitas e Margarida Oliveira

OLIVEIRA Maria Margarida Dias de mito da beleza
Maria Margarida Dias de Oliveira | Foto: Portal UFRN

Tratemos, agora, do mundo de sujeitos concretos, que é o mundo de Margarida e de Itamar e, também, o mundo de vocês que nos acompanham neste livro. Somos responsáveis pela editoria de uma revista intitulada Crítica Historiográfica que tem por meta mais ampla o fortalecimento dos domínios nos quais atuamos – a Ciência da História, em geral, e o Ensino de História, em particular. Nossa ação se dá por meio do exercício corriqueiro e obrigatório de ler, avaliar e comunicar o que escrevemos e de ler, avaliar e comunicar o que os nossos colegas – os membros de domínios designados “História” e “Ensino de História” – escrevem.

Acreditamos ser necessário reiterar um modelo de produção conhecimento construído em largos traços ao longo dos últimos 150 anos. Acreditamos que – do modo mais geral possível – construir conhecimento histórico requer motivação social (alguma espécie de interação com o mundo não acadêmico) e o desenvolvimento das operações de pesquisar e comunicar o resultado da problematização de determinado aspecto da realidade que nos incomoda, empregando valores, princípios e habilidades que nos constituíram intelectualmente nos cursos de graduação em História.

As operações macro, cuja utilidade e cientificidade têm sido eventualmente depreciadas por atitudes novidadeiras e pouco refletidas, autodeclaradas como anti-moderna ou pós-moderna, são: interrogar, coletar fontes, interpretar fontes, extrair fatos, princípios, tendências e/ou generalizações e comunicar essas aquisições mediante um texto claro e acessível aos não historiadores.

A execução de tais operações constitui as normas de validação e, com elas, garantimos, em grupo e para a sociedade, a legitimidade do conhecimento que produzimos.

Por essa razão, os objetos que buscamos na leitura de um livro-tese, de um livro-coletânea, um dossiê de artigos ou uma coleção temática com vista à construção de uma resenha, são as coisas que sustentam a legitimidade interna/externa do que produzimos. Elas são, é preciso dizer, o nosso caráter de verdade.

Assim, a resenha que elaboramos nesse contexto tem uma função básica: ela deve atribuir valor à natureza, aos usos e à contribuição que tais elementos oferecem à ao fortalecimento do nosso caráter de verdade e da legitimidade da nossa fala como problematizadores das experiências humanas no tempo.

No jargão acadêmico, esses elementos são os problemas, os métodos, as fontes, a narrativa etc. Mas há um modo mais simples de demonstrar o caráter basilar dessas coisas. Esse modo consiste em discriminar quatro objetos sobre os quais devemos concentrar a nossa atenção durante a leitura de um livro com o objetivo de resenhá-lo:

  • O que diz o autor? (Quais objetos, questões, teses ele acredita transmitir?)
  • Quem é o autor? (Quais dados biobibliográficos depõem sobre o lugar de onde fala?)
  • Em que contexto a coisa é dita (Que espaço, tempo e causa e meios caracterizam, modelam ou determinam a coisa dita?)
  • Quais as consequências das coisas ditas? (Que valor tem a coisa dita para...? Que valores, ações, processos as coisas ditas podem desencadear em...?)

Estas são as perguntas centenárias que fazemos às fontes do nosso conhecimento. Não são questões criadas por historiadores. São resultantes de séculos de interações entre estudiosos da Bíblia, das Leis e dos artefatos (sobretudo aqueles colhidos de povos antigos), por exemplo.

Não são questões formuladas originalmente no século XIX, apenas por historiadores formados em cursos superiores, mas são as questões que melhor descrevem a atitude historiadora profissional.

Não é à toa que alguns clássicos generalistas de como ler livros se apropriam desses tipos de questão, induzindo o noviço leitor a concluir que os teóricos da literatura de ficção e os professores de Língua Portuguesa, por exemplo, possuem as mais importantes técnicas de ler qualquer tipo de livro: qual o objeto eleito pelo autor? Como seleciona e dispõe os objetos de leitura em um texto? É competente sobre os objetos os quais examina e expõe? Que critérios de verdade emprega ao ler uma biografia, uma autobiografia ou uma história do Tempo Presente? Preserva a verossimilhança dos fatos?  (Van Doren; Adler, 2011, p.236-246).

O fato é que esses especialistas em leitura, leitura técnica, leitura acadêmica, leitura instrumental etc. empregam (inconscientemente, talvez) os clássicos discursos sobre os três tipos de hermenêutica que anunciamos acima.

Estas perguntas, repetimos, são centenárias e, hoje, ainda mais necessárias. Questionar sobre a matéria tratada na obra, as credenciais da autoria, os contextos de produção e o valor das coisas ditas são operações aplicáveis à leitura de todas as fontes de informação que alimentam o poder de verdade dos nossos escritos e o livro-tese, o livro-coletânea, o dossiê de artigo e a coleção de livros produzidos por um mesmo editor e, dentro de uma mesma finalidade. Essas perguntas, por fim, são as fontes de informação de um discurso histórico que se quer verdadeiro. Para dar respostas a esses questionamentos, contudo, temos que praticar a tomada de notas sobre os objetos lidos.


Referências deste texto

FREITAS, Itamar; OLIVEIRA, Maria Margarida Dias de. Concentrar-se nos objetos de leitura. In: Resenhando para historiadores. Aracaju: Criação, 2021. No prelo.


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Atividades do domingo – HH


Descrição - Neste encontro síncrono, vamos relembrar tipologias de elementos básicos identificadores da prática historiográfica profissional. Vamos explorar as tipologias expressas indiretamente pela ementa - a operação historiográfica de Michel de Certeau - e também algumas possibilidades de definição expressas ao final do século XIX que ainda sobrevivem entre nós.

Empregando partes de tipos expressos por Michel de Certeau e também de historiadores da segunda metade do século XIX e da segunda metade do século XX, experimentamos procedimentos da crítica histórica e da crítica historiográfica como preparação para a escrita da resenha final.


Data | hora | modalidade - Domingo (26/09) | Síncrona - 3h.


Objetivo - conhecer os elementos da crítica, ler textos e analisar textos a partir de determinados critérios de avaliação historiográfica.


Princípio de aprendizagem - Aprender investigando é mais prazeroso e estimulante que receber proposições fechadas do professor ou do compêndio.


Recursos - Sala de aula virtual: Link para a atividade síncrona de hoje (domingo): https://meet.google.com/bvf-sgsn-iay | Texto "Metodologia - as regras do método histórico", de Jörn Rüsen.


ATIVIDADES DISCENTES

Ação 1 - Reler o texto "Metodologia  as regras do método histórico", identificando os usos e os significados das heurística, crítica, interpretação e representação".

Ação 2 - Ler um texto e praticar a crítica histórica.

Ação 3 - Ler resenhas e identificar os elementos da estrutura retórica, pondo em prática os princípios da crítica historiográfica, extraídos do texto de Jörn Rüsen.


Para ampliar o conhecimento

Concentrar-se nos objetos de leitura, de Itamar Freitas e Margarida Oliveira.

 

Uma História negada? Conversas com historiadoras e historiadores sobre o Brasil Paralelo | Fernando Nicolazzi, Mayara Balestro, Carlos Zacarias e Sônia Meneses, em 16 de setembro de 2021.

 


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Atividades do sábado – HH


Descrição - neste encontro síncrono, exponho não apenas um panorama da produção historiográfica brasileira, como prescreve a ementa do curso. Apresento possibilidades de construção de panoramas, ou seja, possibilidades de se contar a história da historiografia brasileira, tendo como objetos: historiadores, disciplina, métodos, ideias, problemas, funções (Blanke), objetos, abordagens, problemas (Le Goff), paradigmas fundadores (Rüdger), regimes de historicidade (Cezar), tipologia de consciências (Rüsen), cultura historiográfica (Dihel) etc..

Ao mesmo tempo. estimulo vocês a ensaiarem pequenos esboços durante a seção e a empregarem criticamente as categorias "tendência", "escola", "linhagem" para tipificar e fazer progredir a narrativa sobre a história da historiografia brasileira.

Outro objeto da preleção animada desse sábado é o exame das mudanças e permanências da estrutura cognitiva das narrativas que comunicam sínteses de história do Brasil, sobretudo nas últimas duas décadas.


Data | hora | modalidade - Sábado (25/09) | Síncrona - 4h.


Objetivo - oferecer uma visão panorâmica sobre a história da produção historiográfica no Brasil.


Princípio de aprendizagem - A leitura de informação atualizada e autorizada é fundamental para a construção de conhecimento histórico controlado (científico), durável e defensável entre os pares historiadores.


Recursos - Sala de aula virtual | Tipos e funções da história da historiografia, de Walter Blanke | Sumários de obras de sínteses sobre a História do Brasil de diversos autores. 


ATIVIDADES DISCENTES

Ação 1 - Assistir à preleção sobre "a formação historiadora brasileira" e alguns modos clássicos (escolas/paradigmas) e alguns modos alternativos (institucionalização/problemas) de contar a história da historiografia brasileira.

Ação 2 - Identificar a prevalência de determinadas estruturas de construir sínteses da história do brasil, mediante análise de semelhanças e diferenças entre  sumários de obras de síntese publicadas nos últimos 10 anos.

Ação 3 - Informar nome completo da equipe, título, autoria e ano de publicação das obras a serem resenhadas. Clique aqui para comunicar essas informações via formulário google.


 

Para revisar a aula de ontem

Definições de História, Historiografia e História da Historiografia

 

 

Vídeo não especificado. Selecione um para exibir.

Memórias da Historiografia cearense | Tito Barros Leal e Bárbara Alencar entrevistam José Pinheiro em 17 de setembro de 2021.

 


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Atividades da sexta-feira – HH

 


Descrição - Com esta atividade, rememoramos as diferenças entre alguns significados de "História" e "Historiografia Brasileira". A base é o uso etimológico das palavras/expressões, complementado com textos recentes de Temístocles Cezar (sobre a história da história em duração secular) e Itamar Freitas (a história da formação historiadora).

Vocês podem fazer as intervenções/interrogações antecipadamente na janela "comentários". Eles serão aprofundados durante a atividade síncrona.

A atividade da sexta à noite não é uma exposição original do professor. A originalidade está na discussão das demandas da turma, sobretudo aquelas comunicadas previamente.


Data | hora | modalidade - Sexta-feira (24/09) | Síncrona - 3h.


Objetivo - Discutir a diferença entre os conceitos de História, Ciência da História, Historiografia e História da Historiografia Brasileira analisar os elementos que compõem a operação historiográfica.


Princípio de aprendizagem - A leitura de informação atualizada e autorizada é fundamental para a construção de conhecimento histórico controlado (científico), durável e defensável entre os pares historiadores.


Recursos - Sala de aula virtual - https://meet.google.com/ixo-hvnr-okz | Textos "História como conceito-mestre moderno", de Reinhart Koselleck e "Em busca de uma definição de historiografia", de Jurandir Malerba.


ATIVIDADES DISCENTES

Ação 1 - Ler o texto "História", de Temístocles Cezar, identificando as mutações da palavra história ao longo do tempo e o significado das expressões "historiografia" e "historiografia brasileira".

Ação 2 - Reler o texto "A operação historiográfica", identificando os usos e os significados das expressões "história" e "operação historiográfica".


PARA AMPLIAR O CONHECIMENTO

"História", de Temístocles Cezar.

História da Historiografia | Estevão de Rezende Martins

Porto Alegre, 11 out. 2012.

 


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Avaliação Diagnóstica – HH


Descrição - Com esta atividade, inventario os conhecimentos prévios da turma sobre a matéria do curso, ou seja, sobre os objetos reunidos sob a categoria "Historiografia Brasileira".

Classifico tais objetos a partir dos elementos constituintes das operações de problematização do social, da investigação e da expressão científica sobre o passado.

Essa noção é traduzida em itens de prova diagnóstica (que não valem como nota para a aquisição dos créditos do curso). Os ítens são: os conhecimentos (conteúdo substantivo e conteúdo metahistórico) e as habilidades historiadoras (investigação e escrita).

Assim, as questões objetivas que vocês responderão dizem respeito a sujeitos e artefatos (lugares e acontecimentos), conceitos, habilidades de investigação relacionadas à investigação histórica, ao vocabulário especializado, às habilidades e técnicas de expressão relacionados à operação de representação do passado.

Reitero que esta avaliação serve apenas para a rememoração de vocês sobre o que já viram na graduação e, ainda mais importante, para a orientação/reorientação do programa do curso. Por isso, não geram qualquer espécie de classificação ou atribuição de notas.


Data | hora | modalidade - De quarta-feira (22/09) até quinta-feira (23/09) | Assíncrona - 2h.


Objetivo - informar o que conhece sobre a matéria do curso.


Princípio de aprendizagem - O reconhecimento das próprias potencialidades e das limitações propicia o desenvolvimento de habilidades metacognitivas.


Recursos - Sala de aula virtual | Testagem no aplicativo Google Formulário.


AÇÕES DISCENTES

1 - Empregando o aplicativo Google Formulário, respondam à avaliação diagnóstica.

2 - Comuniquem por escrito sobre as dificuldades e as prováveis razões para as dificuldades enfrentadas na resolução dos itens de prova.

 

Sobre o autoritarismo brasileiro | Lilia Moritz Schwarcz

São Paulo, 19 jul. 2020.

 


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Caliandra – Revista de História da ANPUH-GO. Goiânia, v.1, 2021.

Caliandra mito da beleza

Apresentação

Artigos

Espaço dos GT’s

Demandas do dia

Histórias de escola

Poemas e Contos

Publicado: 2021-09-20

História da educação matemática | Cadernos CEDES | 2021

Desde, pelo menos, os anos 1930, no Brasil, anunciam-se tensões entre a matemática, como campo disciplinar e o ensino de matemática. Em realidade, constitui anacronismo, a esse tempo, denominar “campo disciplinar matemático” o lugar ocupado por professores que ministram cursos de matemática no ensino secundário. Em sua quase totalidade, são eles engenheiros. É somente a partir de finais da década de 1930, tendo em vista o surgimento das faculdades de filosofia, que se passa a ter professores formados em matemática.

As tensões relativas ao ensino de matemática, cujo ícone foi Euclides Roxo – professor de matemática e diretor do Colégio Pedro II (ele mesmo com formação em engenharia) –, de fato representam embates que colocam, de um lado, os professores com inserção no campo educacional e, de outro, os engenheiros sem afinidade com as discussões educativas. A proximidade ao campo educacional de professores de matemática, como Euclides Roxo, também pode ser explicada por reflexos do movimento internacional do início do século XX, tendo à frente o eminente matemático Félix Klein. Àquela altura, fica posto o desafio a todos os países de estabelecerem continuidade dos ensinos secundário e superior em matemática. Isso faz emergir, de modo inédito, entre os matemáticos, o interesse pelo ensino elementar de sua disciplina. Leia Mais

Cadernos CEDES. Campinas, v.41, n.115.

APRESENTAÇÃO

ARTIGOS | HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

NOMINATA

PARECERISTAS AD HOC 2021 NOMINATA

  • Texto: PT
  • PDF: PT

Publicado: 17 09 2021

Formação historiadora no Brasil: Proteger a verdade neotomista e difundir a erudição docente | Itamar Freitas

FREITAS Itamar mito da beleza

Pouco sabemos a respeito, mas os italianos foram protagonistas das primeiras iniciativas propedêuticas que resultaram em manual de História, no Brasil, na segunda e terceira décadas do século XX. Isso vale para impressos formativos no ensino superior (veremos adiante). No que diz respeito às obras de síntese sobre a nação que encarnaram as primeiras “formas históricas”, as experiências datam de 100 anos antes e estiveram sob a orientação de intelectuais de Portugal, França, Inglaterra e Alemanha, na primeira metade do século XIX.

Nessas Histórias do Brasil, o presente e o passado do Reino Unido de Portugal (1808) e do país independente (1822) estiveram em jogo, sendo várias as tentativas de compendiar uma memória nacional. Algumas estavam alinhadas à História da Casa de Bragança enquanto outras serviram aos projetos comerciais dos alemães,[1] dos Estados francês e inglês ou aos radicais parlamentares nacionalistas brasileiros, [2] explicitando também as primeiras problematizações epistemológicas do século XIX. No mesmo período, houve também uma iniciativa inglesa, marcada pela idealização do passado medieval que estabelecia direta relação “entre superstição, gótico, antiquariato, catolicismo, Península Ibérica e Brasil.”[3] Leia Mais

A operação historiográfica (Excertos) | Michel de Certeau

CETEAU Michel de mito da beleza
Michel de Certeau | Foto: Collège de France / books & ideas

Esclarecimento

Na seleção dos trechos deste fichamento  eu não me preocupei com as marcas do tempo, do lugar e das circunstâncias que interferiram na produção de Michel de Certeau. Meu objetivo foi recortar orientações teóricas gerais empregadas hoje, entre historiadores brasileiros, quase meio século depois de publicada A Escrita da História, onde está inclusa “A operação historiográfica” e que serão retomadas, na terceira unidade, como orientação para o aprendizado da crítica historiográfica.


1. O que fabrica o historiador quando “faz história”? Para quem trabalha? Que produz? Interrompendo sua deambulação erudita pelas salas dos arquivos, por um instante ele se desprende do estudo monumental que o classificará entre seus pares, e, saindo para a rua, ele se pergunta: O que é esta profissão? […]

2. Encarar a história como uma operação será tentar, de maneira necessariamente limitada, compreendê-la como a relação entre um lugar (um recrutamento, um meio, uma profissão, etc.), procedimentos de análise (uma disciplina) e a construção de um texto (uma literatura). É admitir que ela faz parte da “realidade” da qual trata, e que essa realidade pode ser apropriada “enquanto atividade humana”, “enquanto prática”.4 Nesta perspectiva, gostaria de mostrar que a operação histórica se refere à combinação de um lugar social, de práticas “científicas”5 e de uma escrita. Essa análise das premissas, das quais o discurso não fala, permitirá dar contornos precisos às leis silenciosas que organizam o espaço produzido como texto. A escrita histórica se constrói em função de uma instituição cuja organização parece inverter: com efeito, obedece a regras próprias que exigem ser examinadas por elas mesmas. […]

3. UM LUGAR SOCIAL

4. Toda pesquisa historiográfica se articula com um lugar de produção sócioeconômico, político e cultural. Implica um meio de elaboração que circunscrito por determinações próprias: uma profissão liberal, um posto de observação ou de ensino, uma categoria de letrados, etc. Ela está, pois, submetida a imposições, ligada a privilégios, enraizada em uma particularidade. [Pg. 066] É em função deste lugar que se instauram os métodos, que se delineia uma topografia de interesses, que os documentos e as questões, que lhes serão propostas, se organizam. […]

5. Os historiadores na sociedade.

6. Segundo uma concepção bastante tradicional na intelligentsia francesa, desde o elitismo do século XVIII, convencionou-se que não se introduzirá na teoria o que se faz na prática. Assim, falar-se-á de “métodos” mas sem o impudor de evocar seu valor de iniciação a um grupo (é preciso aprender ou praticar os “bons” métodos para ser introduzido no grupo), ou sua relação com uma força social (os métodos são meios graças aos quais se protege, se diferencia e se manifesta o poder de um corpo de mestres e de letrados). Estes “métodos” esboçam um comportamento institucional e as leis de um meio. Nem por isso deixam de ser científicos. Supor uma antinomia entre uma análise social da ciência e sua interpretação em termos de história das idéias, é a falsidade daqueles que acreditam que a ciência é “autônoma” e que, a título desta dicotomia, consideram como não pertinente a análise de determinações sociais, e como estranhas ou acessórias as imposições que ela desvenda. […]

7. O que permite e o que proíbe: o lugar.

8. Antes de saber o que a história diz de uma sociedade, é necessário saber como funciona dentro dela. Esta instituição se inscreve num complexo [Pg. 076] que lhe permite apenas um tipo de produção e lhe proíbe outros. Tal é a dupla função do lugar. Ele torna possíveis certas pesquisas em função de conjunturas e problemáticas comuns. Mas torna outras impossíveis; exclui do discurso aquilo que é sua condição num momento dado; representa o papel de uma censura com relação aos postulados presentes (sociais, econômicos, políticos) na analise. […]

9. UMA PRÁTICA.

10. O estabelecimento das fontes ou a redistribuição do espaço.

11. Em história, tudo começa com o gesto de separar, de reunir, de transformar em “documentos” certos objetos distribuídos de outra maneira. Esta nova distribuição cultural é o primeiro trabalho. Na realidade, ela consiste em produzir tais documentos, pelo simples fato de recopiar, transcrever ou fotografar estes objetos mudando ao mesmo tempo o seu lugar e o seu estatuto. Este gesto consiste em “isolar” um corpo, como se faz em física, e em “desfigurar” as coisas para constituí-las como peças que preencham lacunas de um conjunto, proposto a priori. Ele forma a “coleção”. Constitui as coisas em um “sistema marginal”, como diz Jean Baudrillard;48 ele as exila da prática para as estabelecer como objetos “abstratos” de um saber. Longe de aceitar os “dados”, ele os constitui. O material é criado por ações combinadas, que o recortam no universo do uso, que vão procurá-lo também fora das fronteiras do uso, e que o destinam a um reemprego coerente. E o vestígio dos atos que modificam uma ordem recebida e uma visão social.49 Instauradora de signos, expostos a tratamentos específicos, esta ruptura não é, pois, nem apenas nem primordialmente, o efeito de um “olhar”. É necessário aí uma operação técnica. […]

12. Fazer surgir diferenças: do modelo ao desvio.

13. A utilização das técnicas atuais de informação leva o historiador a separar aquilo que, em seu trabalho, até hoje esteve ligado: a construção de objetos de pesquisa e, portanto, das unidades de compreensão; a acumulação dos “dados” (informação secundária, ou material refinado) e sua arrumação em lugares onde possam ser classificados e deslocados;60 a exploração é viabilizada através das diversas operações de que este material é susceptível. […]

14. Nesta linha o trabalho teórico se desempenha, propriamente falando, na relação entre os pólos extremos da operação inteira: por um lado, a construção dos modelos; por outro lado, a atribuição de uma significabilidade aos resultados obtidos ao final das combinações informáticas. A forma mais visível desta relação consiste, finalmente, em tomar pertinentes diferenças adequadas às unidades formais precedentemente construídas; em descobrir o heterogêneo que seja tecnicamente utilizável. A “interpretação” antiga se torna, em função do material produzido pela constituição de séries e de suas combinações, a evidenciação dos desvios relativos quanto aos modelos. […]

15. O trabalho sobre o limite.

16. Esta estratégia da prática histórica prepara-a para uma teorização mais de acordo com as possibilidades oferecidas pelas ciências da informação. Parece que ela especifica, cada vez mais, não apenas os métodos, mas a função da história no conjunto das ciências atuais. Com efeito, seus métodos não mais consistem em buscar objetos “autênticos” para o conhecimento; seu papel social não é mais (exceto na literatura especular, dita de vulgarização) o de prover a sociedade de representações globais de sua gênese.. A história não mais ocupa, como no século XIX, este lugar central, organizado por uma epistemologia que, perdendo a realidade como substância ontológica, buscou reencontrá-la como força histórica, Zeitgeist, [Pg. 087] e escondendo-se na interioridade do corpo social. Ela não tem mais a função totalizante que consistia em substituir a filosofia no seu- papel de expressar o sentido. […]

17. [A história, hoje, ] intervém à maneira de uma experimentação crítica dos modelos sociológicos, econômicos, psicológicos ou culturais. Diz-se que utiliza um “instrumental emprestado” (P. Vilar). É verdade. Mais precisamente, testa esse instrumental através de sua transferência para terrenos diferentes, da mesma forma que se testa um carro esporte, fazendo-o funcionar em pistas de corrida, em velocidades e condições que excedam suas normas. A história se toma um lugar de “controle” onde se exerce uma “função de falsificação.70. Nela podem ser evidenciados os limites de significabilidade relativos aos “modelos” que são “experimentados”, um de cada vez, pela história, em campos estranhos ao de sua elaboração. […]

18. Crítica e história.

19. Há cem anos este conhecimento representava uma sociedade a maneira de uma meditação-compilação de todo o seu devir. É verdade que a história era fragmentada numa pluralidade de histórias (biológicas, econômicas, lingüísticas, etc.).81 Mas, entre estas positividades despedaçadas, como entre os ciclos diferenciados que a Atualmente o conhecimento histórico é julgado mais por sua capacidade de medir exatamente os desvios – não apenas quantitativos (curvas de população, de salários ou de publicações), mas qualitativos (diferenças estruturais) – com relação às construções formais presentes. Em outros termos, conclui com aquilo que era a forma do incipit nos relatos históricos antigos: “Outrora não era como hoje.” A -representação – mise en scène literária – não é “histórica” senão quando articulada com um lugar social da operação científica e quando institucional e tecnicamente ligada a uma prática do desvio; com relação aos modelos culturais ou teóricos contemporâneos. Não existe relato histórico no qual não esteja explicitada a relação com um corpo social e com [Pg. 093] uma instituição de saber. Ainda é necessário que exista aí “representação”. O espaço de uma figuração deve ser composto.[…]

20. UMA ESCRITA

21. A representação – mise en scène literária – não é “histórica” senão quando articulada com um lugar social da operação científica e quando institucional e tecnicamente ligada a uma prática do desvio; com relação aos modelos culturais ou teóricos contemporâneos. Não existe relato histórico no qual não esteja explicitada a relação com um corpo social e com [Pg. 093] uma instituição de saber. Ainda é necessário que exista aí “representação”. O espaço de uma figuração deve ser composto. Mesmo se deixarmos de lado tudo aquilo que se refere a uma análise estrutural do discurso histórico,85 resta encarar a operação que faz passar da prática investigadora à escrita. […]

22. A primeira imposição do discurso consiste em prescrever como início aquilo que na realidade é um ponto de chegada, ou mesmo um ponto de fuga da pesquisa. Enquanto esta dá os seus primeiros passos na atualidade do lugar social, e do aparelho institucional ou conceitual, determinados ambos, a exposição segue uma ordem cronológica., Toma o mais anterior como ponto de partida. Tomando-se um texto, a história obedece a uma segunda imposição. A prioridade que a prática dá a uma tática de desvio, com relação à base fornecida pelos modelos, parece contradita pelo fechamento do livro ou do artigo. Enquanto a pesquisa é interminável, o texto deve ter um fim, e esta estrutura de parada chega até a introdução, já organizada pelo dever de terminar. Também o conjunto se apresenta como uma arquitetura estável de elementos, de regras e de conceitos históricos que constituem sistema entre si e cuja coerência vem de uma unidade designada pelo próprio nome do autor. Finalmente, paia atar-se a alguns exemplos, a representação escriturária é “plena”; preenche ou oblitera as lacunas que constituem, ao contrário, o próprio princípio da pesquisa, sempre aguçada pela falta.[…]

23. Dito de outra maneira, através de um conjunto de figuras de relatos e de nomes próprios, toma presente aquilo que a prática percebe como seu limite, como exceção ou como diferença, como passa. Por estes poucos traços – a inversão da ordem, o encerramento do texto, a substituição de um trabalho de lacuna por uma presença de sentido – pode-se medir a “servidão” que o discurso impõe à pesquisa.[…]

24. O lugar do morto e o lugar do leitor.

25. No texto o passado ocupa o lugar do assunto-rei. Uma conversão escriturária se operou. Lá, onde a pesquisa efetuou uma crítica dos modelos presentes, a escrita construiu um “túmulo”119 para o morto. O lugar feito para o passado joga, pois, aqui e lá, com dois tipos de operação, uma técnica outra escriturária. É apenas através desta diferença de funcionamento [Pg. 107] que pode ser reencontrada uma analogia entre as duas posições do passado – na técnica de pesquisa e na representação do texto.[…]

26. A escrita não fala do passado senão para enterrá-lo. Ela é um túmulo no duplo sentido de que, através do mesmo texto, ela honra e elimina. Aqui a linguagem tem como função introduzir no dizer aquilo que não se faz mais. Ela exorciza a morte e a coloca no relato, que substitui pedagogicamente alguma coisa que o leitor deve crer e fazer. Este processo se repete em muitas outras formas não-científicas, desde o elogio fúnebre, na rua, até o enterro. Porém, diferentemente de outros “túmulos” artísticos ou sociais, a recondução do “morto” ou do passado, num lugar simbólico, articula-se, aqui, com o trabalho que visa a criar, no presente, um lugar (passado ou futuro) a preencher, um “dever-fazer”. A escrita acumula o produto deste trabalho. Através dele, libera o presente sem ter que nomeá-lo. Assim, pode-se dizer que ela faz mortos para que os vivos existam. Mais exatamente, ela recebe os mortos, feitos por uma mudança social, a fim de que seja marcado o espaço aberto por este passado e para que, no entanto, permaneça possível articular o que surge com o que desaparece. Nomear os ausentes da casa e introduzi-los na linguagem escriturária é liberar o apartamento para os vivos, através de um ato de comunicação, que combina a ausência dos vivos na linguagem com a ausência dos mortos na casa. Desta maneira, uma sociedade se dá um presente graças a uma escrita histórica. A instauração literária deste espaço reúne, então, o trabalho que a prática histórica efetuou. […]


Referências

CETEAU, Michel de. A Escrita da história. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1982. Tradução de Maria de
Lourdes Menezes ;*revisão técnica [de] Arno Vogel.

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História | Temístocles Cezar

CEZAR Temistocles 2 mito da beleza
Temístocles Cezar (esquerda), Renata Gomes e Cesar Guazzelli | Foto: Renata Gomes

Esclarecimentos

Originalmente, o texto de Temístocles Cezar não possui as subdivisões apresentadas abaixo. Procedemos desta maneira para facilitar a realização da tarefa desta unidade que é a extração dos significados de Historiografia e Historiografia Brasileira.

Boa leitura!


1. [Antiguidade clássica]

2. A história tem uma longa história. No Canto VIII da Odisseia, Homero narra o episódio em que Ulisses desembarca, náufrago e solitário, na terra dos feácios. No banquete oferecido em sua homenagem, o herói grego escuta o poeta (aedo) Demódoco contar sua própria história: aquela do cavalo de madeira e da queda de Troia. Ulisses considerou a narrativa de Demódoco tão precisa que, emocionado, lhe disse: “Demódoco, acima, sim, de todos os mortais te louvo; ou a Musa te ensinou, filha de Zeus, ou Apolo, pois muito em ordem o fado dos aqueus cantas, quanto fizeram e sofreram e quanto suportaram, como se, em parte, estivesses presente ou o ouvisses de outro”.

3. Embora o poeta não tivesse participado do conflito, muito menos visto, posto que era cego, sua narrativa parecia, paradoxalmente, a de uma testemunha ocular. Ulisses, além de personagem, é também aquele que atesta a veracidade dos fatos. Ele é a prova de que aquilo realmente aconteceu. Nesta cena primitiva, que não passa de uma metáfora da origem da história, percebemos quatro noções – tempo (Odisseia), escrita (Homero), memória (Demódoco), verdade (Ulisses) – que acompanham a história até nossos dias.

4. Mesmo que a autoria dos poemas homéricos e sua datação permaneçam envoltas em mistérios, é certo que a palavra história, nestes primeiros tempos, designava antes um estado de espírito e um tipo de procedimento do que um domínio particular de conhecimento. Atividades intelectuais como o estudo médico ou a investigação do tipo judiciário serviam-se da palavra história, formada a partir do verbo grego historieîn, por sua vez derivado de hístor – que remete etimologicamente a ideîn – “ver” – e a (w)oida – “saber”. Até hoje, o verbo faz parte do universo semântico dos dois campos, sendo normal o médico ou o juiz solicitar o histórico, respectivamente, do paciente, da vítima e do réu. O que em determinado momento ocorreu foi uma transformação que converteu o verbo em substantivo identitário que passou a designar a história e, em seguida, a atividade dos historiadores.

5. Heródoto (V a.C.), considerado por Cícero o pai da história, é aquele que historia, isto, escrevia para que “os acontecimentos provocados pelos homens, com o tempo, não sejam apagados, nem as obras grandes e admiráveis, trazidas à luz tanto pelos gregos quanto pelos bárbaros, se tornem sem fama”.

6. Tucídides, pouco depois, escreveu sobre a guerra entre peloponésios e atenienses a partir de indícios de tal modo que não erraria quem considerasse que essas coisas aconteceram como expus, não acreditando em como os poetas as cantaram, adornando-os para torná-las maiores, nem em como os logógrafos [leia-se aqui Heródoto] as compuseram, para serem mais atraentes para o auditório, em vez de mais verdadeiras, já que é impossível comprová-las e a maior parte delas, sob a ação do tempo, acabou forçosamente por tornar-se fábula que não merece fé.

7. Para ambos, a história ajuda a memória a evitar o esquecimento. E tanto em um como no outro, uma ideia de imparcialidade se faz presente. Além disso, nestes primeiros tempos, na ausência de arquivos, no sentido moderno da palavra, umas das principais premissas metodológicas para se registrar os acontecimentos históricos era por meio da visão.

8. [Medievo]

9. Não chega a surpreender, portanto, que a obra de Tucídides – História da guerra do Peloponeso – seja uma história do tempo presente na qual ele participou, logo, a viu. Em 55 a.C., Cícero, em sua obra Do orador, resume, desse modo, as variações em torno da história que lhe antecederam: testis temporum, lux veritatis, vita memoriae, magistra vitae, nuntia vetustatis. Testemunha dos tempos, luz da verdade, vida da memória, mestra da vida, mensageira do passado.

10. A fórmula adquiriu, simultaneamente, reputação, cuja longevidade nos atinge, e uma versão sintética: história mestra da vida. Logo, um conhecimento útil que deveria ser ensinado. Em 165 de nossa era, logo após as obras fundamentais de Políbio, que universaliza a ideia de história (203 a.C.-120 a.C.) e de Plutarco (46-120), que a aproxima do gênero biográfico, Luciano de Samósata afirmava em um tratado, único do gênero que chegou até nós, intitulado Como se deve escrever a história, a seguinte passagem:

11. assim deve ser para mim o historiador: sem medo, incorruptível, livre, amigo da franqueza e da verdade; alguém que não admita nem omita nada por ódio ou por amizade; que a ninguém poupe, nem respeite, nem humilhe; que seja juiz equânime, benevolente com todos até o ponto de não dar a um mais que o devido; apátrida, autônomo, sem rei, não se preocupando com o que achará este ou aquele, mas dizendo o que se passou.

12. Além dessa defesa da isenção, desde suas origens gregas, a história obedeceu a uma dupla exigência. Por um lado, ela deveria explicar os principais eventos (notadamente as guerras) por meio da identificação de causas, o que exigia do historiador uma narração coerente que colocasse em ordem aquilo que foi pesquisado e pensado.

13. Por outro lado, para que a análise fosse bem recebida e aprendida, era necessário que ela fosse capaz de trazer consigo a adesão do leitor ou do auditório, ou seja, que fosse capaz de convencê- lo. A relação entre a produção textual e seus efeitos foi sintetizada pela retórica latina por meio da seguinte fórmula: evidentia in narratione.

14. A primeira preocupação (evidência) provinha da esfera da observação medical; enquanto a segunda (narratio, narrativa), da eloquência judiciária.

15. [Renascença]

16. O legado dos antigos não foi, entretanto, uma herança intelectual transmitida de maneira consensual, retilínea e evolutiva. Por exemplo, quando os humanistas renascentistas se empregaram em restaurar a validade dos modelos greco-romanos, temos, muitas vezes, a impressão de que se tratou apenas de um movimento de reabilitação de uma herança cultural. Mais do que isso, foi uma escolha consciente, uma opção entre outras possíveis, de autores e obras.

17. Nesse sentido, não podemos esquecer que parte não negligenciável da cultura clássica foi preservada em língua árabe durante a Idade Média e retraduzida na Renascença. Por esta época, encontramos o trabalho que se convencionou denominar o texto fundador da crítica histórica das fontes, o trabalho do humanista Lorenzo Valla (1407-1457), Sobre a doação de Constantino, a ele atribuída e mentirosa, publicado em 1442.

18. Valla desmontou o argumento de que o constitutum Constantini (decreto de Constantino), documento amplamente conhecido no medievo, segundo o qual o imperador Constantino (306-337), no século IV, após se converter ao cristianismo, teria doado ao papa Silvestre I, em sinal de gratidão por este lhe ter curado milagrosamente da lepra, um terço do império romano. Valla, por meio de recursos de ordem psicológica, política e filológica, provou que o texto era do século VIII (concebido nas dependências da chancelaria pontifícia para fornecer uma base pseudolegal às pretensões papais ao poder temporal).

19. Valla abriu espaço para a aparição de De re diplomatica (Sobre a diplomacia) de Jean Mabillon (1681), que segundo Marc Bloch fundou, na prática, a moderna crítica histórica dos documentos. Essa alteração no método histórico foi aprofundada no que se chamou de a era dos antiquários no século XVIII. O antiquário, essa figura gêmea do historiador, fixou normas e colocou na ordem do dia problemas metodológicos estruturais para a história como saber organizado, entre os quais as questões como a da autenticidade documental (a distinção entre fontes primárias e secundárias e a utilidade de testemunhos não escritos, por exemplo), dos modelos narrativos da história ou ainda problemas teóricos como a distinção entre a organização e a interpretação dos fatos.

20. [Ilustração]

21. Ora mestra da vida, ora história dos príncipes, ora sinônimo de tradição e memória (fundamento das leis consuetudinárias, por exemplo), ou simples ramo da retórica, a história, mesmo amparada em princípios teóricos (a busca da verdade) e metodológicos (o método crítico), foi confrontada, ainda neste século, com a filosofia da história de Voltaire que fixou uma série de proposições que, de certa forma, prenuncia os paradigmas do que seria a história no século XIX.

22. Em seu Dicionário filosófico, de 1764, a história foi definida como “narração de fatos considerados verdadeiros, ao contrário da fábula, narração de fatos considerados falsos”. Essa concepção formal e didática de história relacionava-se com a ideia de que a narrativa histórica devia preocupar-se menos com as revoluções do trono do que com o destino do gênero humano, tendo por base a história dos costumes, entendida como a tentativa de recuperar o passado dos povos, da civilização e da cultura.

23. Os historiadores cientistas do século XIX foram herdeiros dessa história filosófica. Nesse contexto, a concepção da história como mestra da vida passa a ser questionada, pois se a experiência mostrava que o aprendizado histórico poderia tornar as pessoas mais inteligente, ao mesmo tempo, era difícil explicar por que essa mesma experiência não era suficiente para impedir que certos acontecimentos que pareciam esgotados voltassem a se reproduzir, apesar do ensinamento da história.

24. A principal hipótese é a de que as críticas à velha fórmula encontraram amparo em um movimento intelectual que reorganizou a temporalidade. Passado e futuro adquiriram outra fisionomia e um novo conceito de história surgiu. A Revolução Francesa foi, simultaneamente, a condição e a fiadora desse novo conceito de história que a tornou um singular coletivo. Ou seja, um conceito que sintetizava a variedade de noções esparsas que significavam a história e lhe retirou a pluralidade (não mais histórias, mas a história).

25. Essa modificação coincidiu com outras singularizações histórica e linguística de conceitos de movimento que reagiram ao antigo regime, como o de liberdade (não mais liberdades), o de justiça (não mais justiças), o de progresso (não mais progressos) e, finalmente, o de revolução (revolução que significa a Revolução Francesa e seus desdobramentos, e não mais revoluções).

26. Assim, em 1824, o jovem Leopold von Ranke, no prefácio a sua História dos povos românicos e germânicos, situava-se na junção desta alteração paradigmática ao afirmar que: “atribui-se à história a tarefa de apontar para o passado, de instruir o mundo contemporâneo para proveito da posteridade; o presente trabalho não aspira a uma tarefa tão elevada, pretendendo apenas mostrar como as coisas realmente aconteceram”.

26. Antes dele, em 1821, em uma conferência intitulada A tarefa do historiador, Wilhelm von Humboldt havia definido a missão da história nos mesmos termos, que por sua vez faziam eco a Luciano: mostrar como as coisas realmente aconteceram. Era isso que se devia ensinar, sendo as consequências desse aprendizado desvinculadas do trabalho do historiador. A história era vista, nessa perspectiva, como conhecimento do passado e o historiador um homem de letras sem compromissos (ou decepcionado) com uma propedêutica política decorrente do seu ofício.

28. Na medida em que a história assumiu o progresso como ordem do tempo, ela também admitiu a unicidade e singularidade dos acontecimentos, tendo por princípio a ideia inovadora de que os homens faziam a história, principalmente, a história da nação. Por conseguinte, a educação baseada no exemplo pretérito perdia consistência. Se havia um aprendizado, era o de que, como pensava Hegel, os homens não se instruem com o saber histórico: “em geral se aconselha a governantes, estadistas e povos a aprenderem a partir das experiências da história. Mas o que a experiência e a história ensinam é que os povos e governos até agora jamais aprenderam a partir da história, muito menos agiram segundo as suas lições”.

29. Se o passado e o futuro não mais coincidiam, então a possibilidade da repetição histórica perdia significado, ficando a experiência que se realiza (a história em movimento) restrita a seu tempo e o futuro aberto a uma infinidade de possibilidades, o que vem sendo chamado de regime de historicidade moderno.

30. Karl Marx o sintetizou com beleza e maestria no 18 Brumário: “A revolução do século XIX não pode tirar poesia do passado e sim do futuro”. De certa forma, houve uma reabilitação dos ensinamentos da história, apenas o fluxo se inverteu: o aprendizado e os exemplos não vêm mais do passado, mas do futuro que ainda não se realizou. Paralelamente a esse movimento político e filosófico, a história vai aprimorando seus padrões científicos rumo à disciplinarização.

31. [Cientificismo]

32. São exemplares as contribuições de Johann Gustav Droysen, em seus cursos proferidos entre 1857 a 1882, na Universidade de Berlim e na França, Fustel de Coulanges, Gabriel Monod, fundador da “escola metódica”, e, em 1898, a publicação de uma Introdução aos estudos históricos de autoria dos medievalistas Charles-Victor Langlois e Charles Seignobos, que definiram critérios do que era a história, como deveria ser pesquisada, escrita e ensinada.

33. Houve, contudo, críticas a esse processo de cientifização da história, sobretudo à utilidade da história (Friedrich Nietzsche), à sua capacidade de ser transmitida (Walter Benjamin) e mesmo ao seu poder inebriante e entorpecedor (Paul Valéry). Em todo caso, a história adentrou o século XX como uma ciência respeitável.

34. Em 1929, os historiadores Marc Bloch e Lucien Febvre fundaram em Estrasburgo a revista dos Annales, que se torna o nome e a identidade de um movimento historiográfico cujo objetivo era o de renovar os estudos históricos. A Annales era marcada por um estilo de reflexão mais direto, mais irônico, produto inevitável da abertura de suas concepções teóricas, entre as quais a dilatação da noção de fonte histórica, destituindo a preponderância do documento escrito e sustentando a ideia de que os fatos históricos eram construções do historiador.

35. Após a II Guerra Mundial, o movimento em torno dos Annales consolidou-se sob o domínio do historiador Fernand Braudel. A partir de 1968, essa “nova história”, como se tornou conhecida, aumentou a popularidade da história fruto justamente da sua ampliação temática e de formas inabituais de tratar objetos, problemas e campos de estudos já conhecidos.

36. O clima, o livro, a língua, o inconsciente, o mito, o medo, o imaginário, as representações, as mulheres, a infância, os jovens, o corpo, a sexualidade, a morte, a loucura, a prisão, a opinião pública, o filme, a festa etc. tornaram-se temas de pesquisa e de ensino com legitimidade acadêmica. Some-se a essa multiplicação de objetos a emergência da “micro-história” e de uma história cultural renovada e os famosos “retornos”: do acontecimento, da biografia, do político, da narrativa.

36. Essas novas perspectivas abrem o caminho para a ressurgência da história do tempo presente, signo da cultura histórica contemporânea, que adquiriu respeito no campo historiográfico, sobretudo a partir do Instituto de História do Tempo Presente, fundado em Paris, em 1978. Em sua configuração mais recente, já em pleno regime de historicidade presentista (no qual o tempo presente é o centro da história), à história do tempo presente foram associados temas tais como a identidade (nacional, étnica, religiosa etc.), dever de memória, o patrimônio e a figura da testemunha e do juiz, a responsabilidade do historiador, a questão do acesso aos arquivos e as comemorações, a ética, o pós-colonialismo, o cosmopolitismo, os traumas e os animais. Tais propostas de pesquisa e de ensino da história têm em comum a tentativa de restaurar uma conexão mais direta e imediata com o passado ou com algum aspecto central da experiência humana.

38. Essas formas de história desdobraram-se e passaram a ocupar um imenso espaço não apenas físico (o livro, a sala de aula, o cinema etc.), mas também o virtual (notadamente os debates em torno da história pública, da história de gênero, da história das minorias, da história ambiental etc.).

39. [Cientificismo no Brasil]

40. A historiografia brasileira não ficou alheia aos movimentos desta história da história mais global. Enquanto no século XVIII a história no Brasil baseava-se em academias literárias ou em iniciativas individuais, próximas da crônica antiquária e/ou erudita, no século XIX ela integrou-se ao ponto de vista nacionalista. A história da nação brasileira passou a ser o objetivo central dos letrados do período. Oscilando entre uma escrita romântica e científica, a história era escrita sob a égide dos procedimentos que se queriam modernos: fontes originais, objetividade e imparcialidade do historiador.

41. A fundação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), em 1838, tornou-se o local institucional de produção desta historiografia nacional, pelo menos até 1889. Em 1854 e 1857, foi publicada a primeira História geral do Brasil escrita nestes moldes por um brasileiro, Francisco Adolfo de Varnhagen (a produção que lhe antecede, History of Brazil, era a do inglês Robert Southey, publicada na Inglaterra entre 1810 e 1819).

42. A virada do século foi marcada por um conjunto de obras sem vínculos estreitos com o IHGB, como as de Capistrano de Abreu e Euclides da Cunha, que exploravam, com acuidade, erudição e inteligência, outras alternativas historiográficas, bem como as obras interpretativas e especulativas sobre o Brasil, como as de Gilberto Freire (Casa-grande & senzala, 1933), Sérgio Buarque de Holanda (Raízes do Brasil, 1936) e Caio Prado Júnior (Formação do Brasil contemporâneo, 1942).

43. A historiografia brasileira, enfim, acompanhou o desenvolvimento das tendências internacionais da história como disciplina, ora com mais subserviência teórica e metodológica, ora mais independente. A institucionalização dos cursos de história a partir dos anos 1930 e a criação dos programas de pós-graduação no Brasil nos anos 1970 e 1980 consolidaram a história como campo de pesquisa e como disciplina de ensino.

44. A historiografia brasileira é hoje, pelos seus temas e por sua autorreflexão, uma das mais inclusivas e combativas sem perder em conteúdo teórico e pedagógico: a história da escravidão, do racismo, de gênero, a história da historiografia e os estudos voltados ao ensino são exemplos notórios.


45. CEZAR, Temístocles. História. In: FERREIRA, Marieta de Moraes; OLIVEIRA, Maria Margarida Dias de. Dicionário do Ensino de História. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2020.

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Viagem às colônias italianas do Espírito Santo: onde estão e como vivem os camponeses italianos no Espírito Santo – 1902 | Arrigo de Zettiry

No último quarto do século XIX o Espírito Santo recebeu mais de 35 mil colonos italianos. Vieram em busca de novas oportunidades na América: far la Mèrica, como sonhavam os pobres camponeses da Itália Setentrional. Em 1895, após 21 anos da chegada da Expedição Tabacchi à província capixaba, que inaugurou a imigração em massa de italianos para o Brasil, o Governo italiano proibiu novos embarques de famílias ao Espírito Santo, em função das péssimas condições a que estavam submetidos os camponeses nas colônias e fazendas de café do Estado. Tal decisão teve por base o relatório do Cav. Carlo Nagar, Cônsul Real em Vitória (1895) no qual relatou o drama dos italianos em terras capixabas (Coleção Canaã, volume 1).

Sete anos depois, no alvorecer do século XX, a Itália envia emissários ao Brasil para visitar esses imigrantes, a fim de conhecer a condição de vida deles. Para o Espírito Santo e Minas Gerais foi enviado o comissário, jornalista, Arrigo De Zettiry. A imigração havia cessado, o preço do café havia despencado, valendo dez vezes menos que na década anterior. É nesse contexto que se dá a visita de De Zettiry ao Brasil, com a incumbência de manter contato com seus compatriotas. Leia Mais

Imprensa, intelectuais e circulação de ideias no Espírito Santo | Revista do Arquivo Público do Estado do Espirito Santo | 2021

As pesquisas dedicadas aos impressos e a circulação de ideias ganham, ano após ano, um lugar de destaque nos debates historiográficos. As discussões que envolvem história da circulação escrita, abrangendo também, evidentemente, os manuscritos, evidenciaram algumas nuances importantes acerca do impacto das letras nas modificações das práticas, políticas, sociais, culturais e simbólicas em diversas sociedades.

Se para McLuhan1, a imprensa de Gutemberg transformou o meio social, indicando a atuação dos impressos como agentes revolucionários e, até mesmo, restringindo o uso dos manuscritos e da oralidade, percepções como as de Roger Chartier2 equilibram o debate, direcionando a perspectiva de análise para os aspectos sociológicos dos textos. Para além disso, outros atores surgem em meio à esta nova abordagem, indicando a importância de figuras como o redator, o editor, o leitor, os livreiros e os intelectuais. Leia Mais

Historiografia Brasileira

A CASA É DE VOCÊS!

Colegas, este Ambiente Virtual de Aprendizagem armazena e distribui o material a ser lido, produzido e avaliado, relativo às unidades do curso de Historiografia Brasileira, ofertado pela Universidade Regional do Cariri.

O curso culminará com a produção de uma resenha sobre um livro de História, segundo os princípios de crítica experimentados durante as atividades e construída em dupla.

As dúvidas sobre as leituras e os exercícios devem ser dirimidas no início das aulas síncronas correspondentes ou mediante mensagem escrita na janela "comentários", situada ao final de cada postagem deste curso. A partir de hoje (22/10/2021), darei respostas diariamente pelo mesmo expediente (a janela "comentários").

Bom trabalho!

 


EMENTA

Diferença entre os conceitos de história, conhecimento histórico e historiografia; elementos da operação historiográfica; visão panorâmica sobre a história da produção historiográfica no Brasil; análise historiográfica de um texto.

 


METAS DO CURSO

Tomando como base a ementa prescrita pela URCA, este curso tem por meta:

  1. Discutir a diferença entre os conceitos de história, conhecimento histórico e historiografia;
  2. analisar os elementos que compõem a operação historiográfica;
  3. oferecer uma visão panorâmica sobre a história da produção historiográfica no Brasil;
  4. ensinar a fazer a análise historiográfica de um texto.

 


EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Ao final deste curso, espero que vocês tenham adquirido uma visão esquemática de projetos clássicos e alternativos de narrar a história da Historiografia brasileira, como também a elaborar a crítica de livros de história, partindo de critérios pré-estabelecidos.

 


METODOLOGIA

Apesar das limitações impostas pela Pandemia do Covid-19, este curso será ministrado por meio de métodos ativos. Isso significa dizer que vocês produzem (leem, respondem a testes, questionam, escrevem e expõem oralmente) antes, durante e/ou depois das reuniões síncronas.

A listagem das atividades, com recursos e orientações, estão disponíveis aqui no blog enquanto durar o curso, ou seja, de 22/09 a 10/10/2021.

 


AVALIAÇÃO

O curso é estruturado em avaliação diagnóstica (antes dos encontros síncronos), avaliação formativa (durante os encontros síncronos) e avaliação para aquisição dos créditos (após os encontros assíncronos).

A primeira é efetuada a distância e versa sobre a matéria prescrita pela ementa produzida pela Universidade Regional do Cariri (URCA). Consta de um formulário de questões objetivas, preenchido individualmente de modo assíncrono.

A segunda é efetuada sincronamente, pelo professor, mediante comentários e questionamentos diretos.

A terceira é a única que resulta em "nota". É produzida em duplas e se constitui da escolha, leitura e produção de uma resenha como mecanismo de aplicação de elementos da crítica historiográfica prescrita pela ementa. A avaliação e a atribuição de nota é colaborativa, ou seja, todos os alunos avaliam todas as resenhas a partir de uma rubrica (critérios de avaliação) produzida pelo professor e disponível aos alunos a partir de hoje (22/09/2021).

 


ATIVIDADES/CALENDÁRIO

  1. QUARTA-FEIRA/QUINTA-FEIRA (22 e 23/09/2021) - Avaliação diagnóstica sobre o objeto do curso: Historiografia Brasileira.
  2. SEXTA-FEIRA (24/09/2021) - História, Ciência da História, Historiografia Brasileira.
  3. SÁBADO (25/09/2021) - Visão panorâmica da História da produção historiográfica no Brasil e Elementos de crítica historiográfica
  4. DOMINGO (26/09/2021) - Aplicação dos elementos de crítica historiográfica.
  5. DE SEGUNDA-FEIRA (27/09) até DOMINGO (10/10/2021) - Avaliação final (produção de uma resenha em duplas).

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

FREITAS, Itamar. Uma introdução ao método histórico (1870-1930). Aracaju: Criação, 2021.

GUIMARÃES, Manoel Luiz Salgado. Estudos sobre a escrita da História. Rio de Janeiro: Sete Letras, 2006.

IGLÉSIAS, Francisco. Historiadores do Brasil: Capítulos de historiografia brasileira. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2000.

KOSELLECK, Reinhart et al. O conceito de História. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.

MALERBA, Jurandir (Org). A história escrita: teoria e história da historiografia. São Paulo: Contexto, 2006.

NICODEMO, Thiago Lima; SANTOS, Pedro Afonso Cristóvão dos; PEREIRA, Mateus Henrique de Faria. Uma introdução à história da Historiografia brasileira (1870-1970). Rio de Janeiro: FGV Editora, 2010. (E-book).

RODRIGUES, José Honório. A pesquisa histórica no Brasil. 3ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional; Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1978.

 

Introdução às interpretações do Brasil | Fernando Novais

Instituto de Economia da Unicamp, 03 mai. 20219.

Unidade 2 – Problemas de aprendizagem

Última atualização - 11/11/2021, às  11h37h.


BEM-VINDOS!

Colegas, esta a página armazena e distribui o material a ser lido, produzido e avaliado, relativo à segunda unidade do nosso curso de Avaliação Educacional.

Esta se inicia com a problematização de dificuldades de aprendizagem dos alunos da rede pública estadual sergipana e culmina com a produção de uma revisão da literatura sobre questões de avaliação em Língua Portuguesa ou em História, nos anos iniciais, construída em grupo.

Relembro que as dúvidas sobre as leituras e os exercícios devem ser dirimidas no início das aulas síncronas correspondentes ou mediante escrita na janela "comentários" (abaixo).

Sigam as orientações e prestem atenção ao calendário.

Bom trabalho!

 


EXPECTATIVAS

Objetivo desta unidade é viabilizar o desenvolvimento das habilidades de problematização da realidade, investigação sobre o conhecimento acadêmico relativo a demandas sociais reais e auxiliar à resolução de problemas reais de avaliação da aprendizagem em Língua Portuguesa ou em História, no terceiro, quarto e quinto anos do Ensino Fundamental.

Espero que, ao final da unidade, vocês estejam capacitados a discutir as causas de determinado problema de aprendizagem enfrentado pelos alunos sergipanos dos anos iniciais, empregando conhecimentos tácitos e conhecimentos especializados, colhidos em artigos em periódicos científicos, livros, capítulos de livros, teses ou dissertações.


ATIVIDADE VIII

Data | hora | modalidade - QUARTA-FEIRA 29/09/2021 | SEXTA-FEIRA 01/10/2021 | Síncrona - 2h.

Objetivo - Identificar problemas de aprendizagem a serem enfrentados coletivamente.

Princípio de aprendizagem - A submissão do professor às testagens que formula e aplica favorece à sua compreensão sobre eventuais problemas que os alunos poderão enfrentar na resolução dos mesmos.

Ação 1 - Acompanhem a preleção do professor sobre a necessidade de alinhar a avaliação educacional aos problemas de aprendizagem efetivos, diagnosticados na rede pública de ensino.

Ação 2 - Empregando o aplicativo Google Formulários, respondam ao teste diagnóstico sobre aprendizagens históricas para o 5o ano do Ensino Fundamental.

Ação 3 - Escrevam e comuniquem oralmente sobre as dificuldades enfrentadas na resolução dos itens de prova.

Ação 4 - Escolham e comuniquem o problema de aprendizagem relacionado ao ensino da Língua Portuguesa ou da História, entre os alunos do 5o. ano do Ensino Fundamental, a ser identificado e enfrentado, durante a terceira unidade, mediante sequência didática e construção de testes.

Recursos - Sala de aula virtual - meet.google.com/msm-exof-zoe | Texto "Fato e Opinião", de Itamar Freitas

EXCEPCIONALMENTE, A AULA DESTA SEXTA COMEÇARÁ ÀS 20H. 

Acesse aqui o Formulário de prova sobre a diferenciação entre fato e opinião. Poste sua posição individual até 01/09 às 23h59.

Formulário de identificação dos problemas de aprendizagem a serem enfrentados coletivamentePoste a posição do grupo até 08/10 às 23h59.

 


ATIVIDADE IX

Data | hora | modalidade - QUARTA-FEIRA 06/10/2021 e SEXTA-FEIRA 08/10/2021 | Síncrona - 4h.

Objetivo - Ler e fichar artigos de revistas especializadas que tratam do problema de aprendizagem selecionado pelo grupo e fichar o resultado da leitura em resumos simplificados na quantidade de um resumo para cada membro do grupo.

Princípio de aprendizagem - Aprender investigando é mais prazeroso e estimulante que receber proposições fechadas do professor ou do compêndio.

Ação 1 - Usando o índice de "objetos de dossiês" e os "sumários" de periódicos, façam um levantamento bibliográfico (construam listas de artigos com respectivos links) que potencial ou efetivamente ofereçam uma resposta ao problema de pesquisa estabelecido pelo grupo. Iniciem a busca pelo acervo do Blog. Se for necessário, avancem para outras bases de dados, como Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES e o Google Acadêmico.

Ação 2 - Leiam artigos selecionados, fichando as principais ideias por meio de um resumo simplificado.

Ação 3 - Postem os fichamentos realizados durante a atividade no formulário disponibilizado abaixo (Recursos).

Recursos - Recursos - Sala de aula virtual - meet.google.com/msm-exof-zoe Inventário de objetos e dossiê | Inventário de objetos de resenha | Filtro na lateral deste post para buscar sumários de revista | Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES  | Google Acadêmico | Modelo de  resumo simplificado 

 


ATIVIDADE X

Data | hora | modalidade - QUARTA-FEIRA 13/10/2021 e SEXTA-FEIRA 15/10/2021 | Síncrona - 4h.

Objetivo - Finalizar o trabalho de classificação e agrupamento de resumos e postar o texto da revisão da literatura nos formulário específico disponível abaixo (Recursos).

Princípio de aprendizagem - Compor e decompor textos autorais reforça as habilidades abstratas de análise e de síntese e desenvolve a habilidade de metacognição (saber como melhor se faz melhor alguma coisa mediante autoavaliação).

Ação 1 - Empregando os resumos simplificados sobre os artigos lidos, identifiquem os tipos predominantes de informação e estabeleçam ordens para a sua exposição.

Recursos - Sala de aula virtual - meet.google.com/msm-exof-zoe | Inventário de objetos e dossiê | Inventário de objetos de resenha | Filtro na lateral deste post para buscar sumários de revista | Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES  | Google Acadêmico | Modelo de  resumo simplificado |  Modelo de revisão da literatura |

  • TURMA DA QUARTA - Postar revisão da literatura até terça-feira (26/10/2021).
  • TURMA DA SEXTA - Postar revisão da literatura  até quinta-feira (28/10/2021).

ATIVIDADE XI

Data/hora/modalidade - QUARTA-FEIRA 20/10/2021 | SEXTA-FEIRA 22/10/2021 | Assíncrona - 4h.

Objetivo - Ler e fichar artigos de revistas especializadas que tratam do problema de aprendizagem selecionado pelo grupo.

Princípio de aprendizagem - Aprender investigando é mais prazeroso e estimulante que receber proposições fechadas do professor ou do compêndio.

Ação 1 - Usando o índice de "objetos de dossiês" e os "sumários" de periódicos, façam um levantamento bibliográfico (construam listas de artigos com respectivos links) que potencial ou efetivamente ofereçam uma resposta ao problema de pesquisa estabelecido pelo grupo. Iniciem a busca pelo acervo do Blog. Se for necessário, avancem para outras bases de dados, como Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES e o Google Acadêmico.

Ação 2 - Leiam artigos selecionados, fichando as principais ideias por meio de um resumo simplificado.

Recursos - Inventário de objetos e dossiê | Inventário de objetos de resenha | Filtro na lateral deste post para buscar sumários de revista | Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES  | Google Acadêmico | Modelo de  resumo simplificado |  Modelo de revisão da literatura | Formulário para postagem da revisão da literatura.


ATIVIDADE XII

Data | hora | modalidade | duração - QUARTA-FEIRA 27/10/2021 | SEXTA-FEIRA 29/10/2021 | Assíncrona | 4h

Objetivo - Submeter a revisão de literatura à avaliação dos colegas.

Princípio de aprendizagem - A avaliação entre pares reforça o compromisso ético dos que avaliam, no sentido de julgarem mediante critérios previamente acordados e, simultaneamente, amplia a responsabilidade dos que são avaliados em relação ao que produzem e publicam.

Ação 1 - Avaliar por escrito, via formulário eletrônico, a revisão da literatura produzida por cada grupo.

Recursos - Sala de aula virtual e formulários de avaliação das revisões da literatura.


Avaliem aqui o texto de Daniele, Keilla, Luiza e Larissa

 

Avaliem aqui o texto de Felipe, Inajá, Gabriele e Ketlen.

Avaliem aqui o texto de Adria, Mirelle, Taislene e Williany.

Avaliem aqui o texto de Bruna, Carla, Laís, Tabatha e Tauam.

Avaliem aqui o texto de Marcia, Andressa, Clarisse e Flávia.

Avaliem aqui o texto de Lana, Lorena, Eliane e Gildeane.

Avaliem aqui o texto de Kerollyn, Raimundo, Rebeca e Talissa.

Avaliem aqui o texto de Brenda, Ivana, Thais e Yasmim.

Avaliem aqui o texto de Ana Paula, Karina, Larissa e Luara.

Avaliem aqui o texto de Ailton, Louyse, Lucileide e Karine

Avaliem aqui o texto de Crislane, Izabel, Madalena e Renata

  •  

Avaliem aqui o texto de Deyvid, Jéssica, Lucas e Micaela

Avaliem aqui o texto de Isabela, Larissa, Lourena e Maria Verônica.

Avaliem aqui o texto de Flávia, Gleiciane, Marina e Zaiane.

Avaliem aqui o texto de Ana Regina, Andrielle, Denise e Wendy

Avaliem aqui o texto de Inara, Milena, Nívea e Ricardo

Avaliem aqui o texto de Lorenne, Rosaline, Ariadeni e Ketlhyn

Avaliem aqui o texto de Elizandra, Iara, Misael e Rafaela

 


QUEM JÁ ENCERROU TODOS OS TRABALHOS DA UNIDADE II, JÁ PODE DAR INÍCIO ÀS TAREFAS DA UNIDADE III. CLIQUE AQUI

Hawò. Goiânia, v.2, 2021.

Antropologia e seus campos

Publicado: 23-09-2021

As ações de liberdade no Tribunal da Relação do Rio de Janeiro no período entre 1871 e 1888 | Carlos Henrique Antunes da Silva

Muito se discute atualmente sobre o papel do Poder Judiciário no Brasil. Em fins do século XIX, permearam as instâncias e as decisões judiciais ações cíveis cujo objeto era a liberdade de escravos. Sem os meios de comunicação de que hoje dispomos, ainda assim parte da sociedade estava atenta ao assunto. Para além da opinião pública e dos movimentos sociais de então, o trabalho que temos em mãos tem como ponto de partida um elemento bastante presente nas fontes utilizadas para o estudo da escravidão, mas nem sempre em evidência nas investigações relacionadas ao tema: o Estado. De que modo os agentes atuantes na estrutura judiciária do Império lidaram com os processos impetrados pela liberdade de homens e mulheres na condição de escravos? Que instrumental advogados e desembargadores operaram em suas argumentações e decisões?

O livro que nos coloca essas e outras questões é resultado de uma pesquisa de mestrado em História defendida na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) em 2015. Seu autor, Carlos Henrique Antunes da Silva, é formado em Direito, História e Filosofia, adentrando também a Sociologia do Direito neste estudo. O referencial teórico adotado por ele está na obra do sociólogo Pierre Bourdieu, em sua reflexão sobre as representações e relações simbólicas de poder. A noção “campo jurídico”, particularmente, busca dar a ver o movimento de definição do Poder Judiciário durante o Brasil Império, sem deixar de lado as especificidades da época, como a vigência da escravidão de africanos e descendentes. Leia Mais

The War on Sugar: forced labor, commodity production and the origins of the Haitian peasantry, 1791-1843 | Johnhanry Gonzalez

Pesquisas sobre a Revolução Haitiana se desenvolveram em ritmo surpreendente na academia nas últimas décadas, diversificando a discussão com variadas perspectivas de análise que muito contribuíram para o amadurecimento deste campo de estudo. Interpretações políticas, econômicas e sociais da antiga colônia de Saint-Domingue se somaram à avaliação dos impactos da revolução escrava em diversos espaços do mundo atlântico. É dentro deste movimento de renovação que se insere a obra de Johnhenry Gonzalez, Maroon Nation: A History of Revolutionary Haiti, adaptação de sua tese de doutorado3.

Publicado em 2019 pela editora da Universidade de Yale, o livro se propõe, antes de tudo, como uma introdução à história inicial do Haiti no século XIX. Preocupado em compreender as persistentes crises de subdesenvolvimento e dependência que atingem este país há décadas, Gonzalez volta à era revolucionária para analisar a emergência do campesinato haitiano, cerne da organização econômica e social do Haiti contemporâneo. Recorrendo a relatos de viajantes, relatórios de países estrangeiros, documentos militares, judiciais e políticos encontrados no Haiti, nos Estados Unidos, na Inglaterra e na França, o autor concebe dois caminhos de análise relacionados e centrais para a originalidade da obra: a interpretação alargada da Revolução Haitiana e a tese da nação maroon. Leia Mais

La prensa de Montevideo, 1814-1825. Imprentas/ periódicos y debates públicos en tiempos de revolución | Wilson González Demuro

Neste livro, Wilson González Demuro analisa o papel da imprensa na criação de um espaço moderno de opinião pública em Montevidéu, integrado ao processo de desconstrução do Antigo Regime na América por suas independências e construção de Estados nacionais, assentados em governos representativos, baseados princípios liberais.

Um dos alvos de Demuro são as abordagens que consideram os meios de comunicação apenas como fontes ou testemunhos, e não objetos de análise. Colocando-se ao lado de outros historiadores como Noemí Goldman, Fabio Ares, Renán Silva e Fabio Wasserman, Demuro junta-se ao esforço por valorizar “la prensa como fuente histórica” e encará-la como “campo disciplinario”3. Leia Mais

Patrimonio, arte y política. Producción simbólica y prácticas patrimoniales y de representación | Sophia Austral | 2021

Referências deste dossiê

[Patrimonio, arte y política. Producción simbólica y prácticas patrimoniales y de representación].  Sophia Austral. Punta Arenas, v. 27, 2021. Acessar dossiê

Revista Expedições. Morrinhos, v.13, n. Fluxo Cont, 2021.

 

Quinto Sol – Revista de História. Santa Rosa, v.25, n.3, 2021.

septiembre / diciembreFotografía de tapa: Enseñanza técnica, julio-agosto de 1964, Gacetika 71, p. 33. Biblioteca Mayor de la Universidad Nacional de Córdoba. Gentileza Paula Romani.

ARTÍCULOS

RESEÑAS

PUBLICADO: 2021-09-11

September 11, 2001 as a Cultural Trauma | Christine Muller || How Nations Remember: a narrative approac | James V. Wertsch

Os livros September 11, 2001 as a Cultural Trauma (2017), de Christine Muller, e How Nations Remember: a narrative approach (2021), de James V. Wertsch, são obras desenvolvidas a partir duma sólida base interdisciplinar (com contribuições vindas da Psicologia, Sociologia, Antropologia, História, Ciência Política, entre outras) que abordam os temas da memória das nações e a importância de eventos traumáticos na respetiva memória. A presente resenha aos dois livros surge num momento oportuno da História Contemporânea, em que várias nações do mundo usam a memória para revisitar o seu passado, impulsionadas por derivas nacionalistas identitárias, por tentações revisionistas, ou por movimentos de contestação como o Black Lives Matter.

Passados vinte anos sobre o atentado terrorista do 11 de setembro, e depois de inúmeros artigos e livros sobre o trauma cultural associado à infame data, foi com muito interesse que analisei a obra de Christine Muller, que aborda o ataque terrorista como um case study de trauma cultural. O livro lançado em 2017 apresenta exemplos de produções culturais populares norte-americanas, em que a típica narrativa otimista e recompensadora do “sonho americano” é substituída por narrativas dominadas por crises existenciais, ambivalência moral e fins trágicos inevitáveis. Leia Mais

O Novo Conservadorismo Brasileiro: de Reagan a Bolsonaro | Marina Basso Lacerda

Em outubro de 2018, um número considerável de jornalistas, cientistas políticos e historiadores ficou atônito diante do resultado das eleições no Brasil: o país havia elegido, pela primeira vez, um presidente da República de extrema-direita: Jair Messias Bolsonaro. Integrante do chamado “baixo clero” da Câmara dos Deputados – ala composta por políticos inexpressivos e com pequena capacidade de influenciar decisões importantes –, Bolsonaro notabilizara-se por pronunciamentos sobre temas, no mínimo, polêmicos, como os elogios à ditadura civil-militar e ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, a defesa de milícias e, mais recentemente, a popularização do que seria um “kit gay” a ser utilizado nas escolas de educação básica. Antes uma figura caricata, hoje ele foi alçado ao cargo mais importante do país.

Neste momento, portanto, o livro O novo conservadorismo brasileiro: de Reagan a Bolsonaro, de Marina Basso Lacerda, adquire uma relevância ainda maior. Mesmo que a obra tenha sido escrita durante uma parte considerável do período analisado, isso não parece ter sido um problema para a investigação com a qual a autora nos brinda. No livro – originalmente uma tese de doutorado em Ciência Política, desenvolvida na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) –, a advogada e analista legislativa da Câmara dos Deputados identifica o fenômeno com perspicácia e ilumina esse cenário ainda um tanto nebuloso. Em resumo, a autora nos ajuda a compreender as razões do recente crescimento neoconservador, que culminou com a eleição de Bolsonaro à Presidência. Leia Mais

Celebrando a Pátria Amada: esporte, propaganda e consenso nos festejos do Sesquicentenário da Independência do Brasil (1972) | Bruno Rei Duarte

Entender como governos autoritários construíram bases de apoio social capazes de legitimar e estabilizar o funcionamento das instituições políticas mobilizou a atenção dos pesquisadores das ditaduras militares da América do Sul nos últimos anos. Especialmente no Brasil, com o ressurgimento recente de narrativas laudatórias sobre os “anos de chumbo”, o interesse sobre o assunto se tornou ainda mais patente. Afinal, como é possível que partes expressivas da sociedade possam apoiar, ou mesmo, não se rebelar contra governos que exaltam a tortura, a perseguição política e a censura?

No final dos anos 1970 e início dos anos 1980, quando a ditadura brasileira começou a ter que lidar com um descontentamento social que ia além das esquerdas e abarcava amplos setores da esfera pública brasileira, a resposta para essa pergunta ganhou contornos redentores: as pessoas que apoiaram regimes autoritários foram manipuladas ou coagidas pelas políticas repressoras do Estado. Por isso apoiaram, pelo engano ou pelo medo. Dessa forma, a sociedade, vista como vítima, se redimia da conivência com os absurdos autoritários. Os filhos dessa pátria, que por anos levaram pedras feito penitentes1, viam passar a página infeliz da nossa história convictos da culpa estatal. O jardim da democracia que florescia sem pedir licença consagrava a memória binária da sociedade versus o estado; dos civis contra os militares. Leia Mais

La Transición española y sus relaciones con el exterior | Mónica Fernández Amador e RAfael Quirosa-Cheyrouze Muñoz

Si tuviera que definirse este trabajo con sólo una palabra, esta sería necesario. Se trata de un estudio que muestra la realidad del periodo histórico denominado transición a la democracia española, y que además presenta la realidad de esta etapa vista desde la perspectiva internacional, analizando para ello diferentes aspectos que permiten extrapolar a un contexto más amplio del habitual lo acaecido entre 1976-1983 en España.

La obra coordinada por Mónica Fernández Amador y Rafael Quirosa-Cheyrouze y Muñoz reúne, tras el texto escrito por ambos y utilizado como investigación introductoria, doce capítulos firmados por investigadores, historiadores de prestigio y personalidades reconocidas vinculadas por su profesión con el proceso democratizador en España. La mayor parte de los investigadores pertenecen a universidades españolas, pero a sus aportaciones se unen los trabajos de miembros de instituciones homólogas de países como Alemania, Francia o Portugal. Todos ellos con amplia y especializada trayectoria en publicaciones históricas y en el campo de la Historia del Tiempo Presente. Leia Mais

História pública e história do tempo presente | Rogério Rosa Rodrigues

A segunda década do século XXI marcou a consolidação do movimento da História Pública no Brasil. Apesar de sua emergência e seu estabelecimento através da formação da Rede Brasileira de História Pública, de publicações especializadas e eventos internacionais e nacionais, a História Pública ainda permanece permeada de dúvidas, críticas e estranhamentos por parte da comunidade de historiadores(as). É possível considerar que a maioria destas questões estão associadas à imagem de “novidade” em torno de uma prática que, para alguns, remonta a projetos anteriores que já existiam no âmbito universitário. Publicações como Que História Pública Queremos (2018) e História Pública no Brasil: Sentidos e Itinerários (2016) procuraram responder a algumas destas problemáticas que emergiram após a realização do curso de Introdução a História Pública na USP (2011). Em meio a tais esforços, verificou-se a expansão do interesse da comunidade por esta discussão em paralelo as possíveis críticas que emergiam. Cursos de graduação e pós-graduação foram revisados e/ou criados, projetos em diferentes níveis passaram a pensar a dimensão pública de suas produções e, acima de tudo, historiadoras(es) repensaram seu próprio ofício.

O que se percebe é um processo de construção de um movimento, mais que a fundação de um campo da História Pública (Santhiago 2016), que tem defendido a centralidade do público na prática historiográfica. Seja como uma história com, para, pelo ou através dos públicos, a História Pública tem revisitado as regras estruturais do campo disciplinar. Atenta a este processo, a editora Letra e Voz publica, desde 2019, a coleção “História pública e…” que mapeia as relações entre a prática da história pública na interface com outros campos, como a divulgação histórica (2019) e o ensino de história (2021). Em sua proposta, os livros da coleção reúnem artigos que possibilitam a reflexão epistêmica da História Pública e entrevistas com historiadores nacionais e internacionais de referência. Leia Mais

O dia que mudou o mundo? O 11 de Setembro 20 anos depois | Locus | 2021

Uma das imagens-choque da manhã dos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001, foi a de pessoas a atiraram-se, esbracejando no ar, das torres gémeas de Nova Iorque em chamas. Praticamente 20 anos depois, uma das imagens-choque da retirada Americana do Afeganistão, invadido pelos EUA a seguir ao 11 de Setembro, foi a de civis afegãos a caírem de um avião militar Americano. Iniciar este texto sobre o 11 de Setembro sobre aquilo que uma pessoa vê, e o poder do visual, faz sentido na medida em que esse episódio tem um efeito de “lâmpada” na memória das pessoas – e à escala internacional até porque se deu num contexto muito mais tecnologicamente mediatizado do que no passado, instantâneo e visto e comentado em directo – fazendo-as relembrar, às gerações da passagem do século XX para o século XXI, onde e com quem estavam quando se deu o “evento”. Para muitos pareceu uma interrupção no tempo histórico – havia o antes e o depois, e dizia-se que “nada será como dantes”, e que o mundo, pelo menos Ocidental, teria mudado “para sempre”, na sua confiança, na sua vertigem pela abertura e interconexão, e por uma globalização liberal e capitalista que, pensava-se, iria chegar (e transformar) a todos os cantos do mundo – o mundo que, pensava-se, estava cada vez mais plano, tornava-se subitamente outra vez rugoso e acidentado. E, para quem antes tinha pensado num fim da história, ela depois e sem aviso, fazia-se ouvir, imprevisível, desconcertante e, como sempre, destruidora de profecias. Leia Mais

Locus. Juiz de Fora, v.27, n.2, 2021.

O dia que mudou o mundo? O 11 de Setembro 20 anos depois

Descrição da edição

  • . Dossiê: O dia que mudou o mundo? O 11 de Setembro 20 anos depois (Vol. 27, n. 2, 2021);
    . Organizador: José Pedro Zúquete (Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa);
    . Capa: “11/09”, 2021. Dalila Varela Singulane;
    . Capa e Concepção gráfica: Dalila Varela Singulane.

Editorial

Apresentação

Dossiê

Seção Livre

Resenha

Entrevista

Avaliadores

La Transición española y sus relaciones con el exterior | Mónica Fernández Amador

Si tuviera que definirse este trabajo con sólo una palabra, esta sería necesario. Se trata de un estudio que muestra la realidad del periodo histórico denominado transición a la democracia española, y que además presenta la realidad de esta etapa vista desde la perspectiva internacional, analizando para ello diferentes aspectos que permiten extrapolar a un contexto más amplio del habitual lo acaecido entre 1976-1983 en España.

La obra coordinada por Mónica Fernández Amador y Rafael Quirosa-Cheyrouze y Muñoz reúne, tras el texto escrito por ambos y utilizado como investigación introductoria, doce capítulos firmados por investigadores, historiadores de prestigio y personalidades reconocidas vinculadas por su profesión con el proceso democratizador en España. La mayor parte de los investigadores pertenecen a universidades españolas, pero a sus aportaciones se unen los trabajos de miembros de instituciones homólogas de países como Alemania, Francia o Portugal. Todos ellos con amplia y especializada trayectoria en publicaciones históricas y en el campo de la Historia del Tiempo Presente. Leia Mais

Patrimônio e Resiliência: perspectivas frente às mudanças climáticas | PerCursos | 2021

Em 06 de Agosto de 2021, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) finalizou a primeira parte do Sexto Relatório de Avaliação (AR) sobre as Mudanças Climáticas na contemporaneidade e as perspectivas de nosso futuro. Chamado de “A base das ciências Físicas”, o relatório teve baixa visibilidade midiática no Brasil, mas entre alguns setores sociais tem despertado discussões motivadas pelas conclusões e prognósticos aterradores. O relatório aponta que a emergência climática é um “fato”, ou seja, que é um ponto de convergência entre pesquisas e pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento e vindos de variadas instituições e nacionalidades. Esse “fato” atesta que estamos muito próximos de um ponto sem retorno – tipping points – no que diz respeito aos danos causados pelas mudanças climáticas sobre a vida e os complexos (e delicados) sistemas que a envolvem no planeta Terra. Em outras palavras, não há retorno dos severos e permanentes danos ao clima do planeta com efeitos em todos os aspectos da vida na terra, incluindo os elementos socioculturais.

Diante desse cenário, o Comitê de Mudanças Climáticas e Patrimônio do ICOMOSBR, juntamente com a Revista PerCursos, em seu 22º volume, apresenta o dossiê “Patrimônio e Resiliência: perspectivas frente às mudanças climáticas” como forma de colaborar no debate sobre o estado da arte, os efeitos, as causas, as consequências e as possibilidades da preservação do patrimônio cultural, das diversas categorias, frente às mudanças climáticas. Leia Mais

Percursos. Florianópolis, v.22 n. 49, 2021.

Patrimônio e resiliência: perspectivas frente às mudanças climáticas

Editorial

Apresentação do Dossiê

Artigos Dossiê

Resenha

Publicado: 2021-09-10

O que os jovens brasileiros pensam da ciência e da tecnologia? | Luisa Massarani

Luisa Massarani mito da beleza
Luisa Massarani | Foto: Universo – Sistema de Noticias de la UV

O que os jovens brasileiros pensam da ciencia mito da belezaAs mudanças climáticas, suas origens e seus impactos estão entre os temas mais estudados das últimas décadas. Existe um significativo nível de concordância entre diferentes correntes de pesquisas científicas sobre o tema (Bastin et al., 2019 ). A comunicação dos resultados dessas pesquisas amplia a importância do desenvolvimento científico e tecnológico e fortalece o nível de percepção da sociedade sobre esse fenômeno. Estudos mostram que os jovens tendem a um maior engajamento nesse contexto quando conhecem a dimensão dos impactos dessas mudanças, contudo, com raras exceções, são excluídos das discussões sobre a dimensão desse problema que os desafiará em breve (Lee et al., 22 fev. 2020). E no contexto nacional, o que pensam os jovens sobre mudanças climáticas? Sobre pesquisas científicas? Sobre tecnologia? Esta resenha trata de uma produção muito importante que responde a essas e outras incertezas sobre os jovens brasileiros. Leia Mais

História pública na América Latina: mediações do passado demandas sociais e tempo presente | Estudos Ibero-americanos | 2021

Discurso de Bolsonaro na ONU Laerte mito da beleza
Sobre o discurso vergonhoso de Bolsonaro na OUN | Charge: Laert | Chargeonline.com.br Disponível no Blog da KIKACASTRO

Sob a expressão história pública, reúnem-se múltiplas iniciativas em favor do redimensionamento do saber histórico (produção compartilha­da e ampliação dos públicos da história), observando-se as mediações do passado e as demandas sociais no tempo presente. A história não é aprendida e assimilada somente por meio da educação formal; isto significa que praticá-la requer uma ação problematizadora no debate público, de maneira responsável e integrada, para uma história partici­pativa. A história pública, por meio das discussões sobre os usos e os abusos do passado, abarca questões socialmente vivas que catalisam significações, teóricas e práticas, sobre a memória social em perspectiva transnacional: a diversidade de públicos da história; o impacto social e público da produção acadêmica em história; a interface entre história pública e divulgação científica; os debates públicos sobre patrimônio material e imaterial; o impacto das novas mídias sobre as estratégias de produção e de publicização da história; os procedimentos da história diante de celebrações, comemorações e memoriais; os cruzamentos entre história pública e história oral para uma história participativa; o entrecruzamento da história com áreas de conhecimento aplicado, como o jornalismo, o cinema, as relações públicas, a gestão de organizações, o turismo; a relação entre história e literatura em múltiplos âmbitos de narrativa histórica: as biografias, os testemunhos, a ficção histórica.  Os caminhos da história pública na América Latina, para além de fronteiras físicas e disciplinares, estão sendo traçados. As experiências que transitam entre a documentação, a construção de conhecimentos e sua ampla disse­minação fortalecem, a cada passo, esse movimento. Peça a peça, a história pública se monta em um amplo quebra-cabeças – com interstícios e amplos mapas, na medida em que evidencia os ecos e as entranhas da produção e reprodução da vida cotidiana, social, cultural e política de cada um e de cada comunidade. Leia Mais

Museologia & Interdisciplinaridade. Brasília, v.10, n.Especial, 2021.

Acervos museológicos em ambiente digital

Editorial

  • Editorial
  • Ana Lúcia de Abreu Gomes, Clovis Carvalho Britto, Monique Batista Magaldi
  • PDF

Dossiê Acervos Museológicos em Ambiente Digital

Publicado: 2021-09-08

Ensinando História Antiga e Medieval no Brasil: Da inércia à potência | Brathair | 2021

“E não te esqueças de que a hora de partir chegou.

O vento levará para longe os teus olhos”.

Alexandre, o repórter (O Passo Suspenso da Cegonha).

Seis anos atrás, um grupo de professores de História Antiga e Medieval das regiões Norte e Nordeste do Brasil reunimo-nos e redigimos uma carta contra a ameaça de retirada dos conteúdos de História Antiga e Medieval do ensino escolar brasileiro, texto esse retomado na íntegra no epílogo da coletânea Antigas Leituras: Ensino de História (Recife: Edupe, 2020, organizada por mim mais os companheiros Guilherme Moerbeck e Renan Birro). Naquela carta, enfatizávamos a importância da presença curricular dos assuntos dessas temporalidades e denunciávamos a miopia de determinados segmentos que viam nesses estudos verdadeiros cavalos de Troia da história eurocentrada e colonizada que deveria ser extirpada (ou quando menos reduzida ao mínimo) das salas de aula em prol de outras narrativas, especialmente afro-ameríndias e contemporâneas. Mas por mais que discordemos dessa miopia, ela não surgiu do acaso. Leia Mais

Brathair. São Luís, v.1, n.21, 2021.

Ensino de História: Antiga e Medieval

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Publicado:2021-09-07