“Fumo de Negro”: a criminalização da maconha no pós-abolição | Luísa Saad

Luiza Saad Maconha
José Luiz Costa e Luísa Saad | Foto: Joe@lluis_adv

Resultado de dissertação de mestrado defendida em 2013 por Luiza Saad, no programa de pós-graduação em História Social da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o livro “Fumo de Negro”: a criminalização da maconha no pós-abolição, publicado em 2019, investigou como se estabeleceu o discurso de criminalização da maconha que fundamentou a primeira lei de proibição dessa planta, em 1932, mas, que passou a inundar o imaginário social e constituir um discurso contra a maconha.

Fumo de Negro 1 MaconhaEssa problemática se estrutura a partir de uma revisão historiográfica que remonta à aproximação das ciências humanas em relação às drogas, movimento que, no Brasil, se caracterizou partir dos anos 1980. A autora parte de pesquisadores como Luiz Mott para reafirmar a tese de que não existe uma história da cannabis no Brasil. Embora não retrate uma história global dessa planta, ela contribui para a compreensão de um dos principais marcos desse processo: a mudança de tratamento em relação ao tema. Desta forma, é possível afirmar que o livro funciona como obra seminal para outras investigações, na medida em que incita a necessidade de atender outros recortes temporais.

Leia Mais

Os caminhos da pesquisa antropológica: Homenagem a Beatriz Góis Dantas | Eufrázia Menezes e Sílvia Góis Dantas

Beatriz Gois Dantas 2 Maconha
Beatriz Góis Dantas com o  Cacique Lucimário Ba Xocó à sua esquerda | Foto: Carolina Timoteo/ADUFS (2019)

Os caminhos da pesquisa antropológica: homenagem a Beatriz Góis Dantas, foi lançado há dois meses, em clima fraternal, em live no Youtube (Link). Presentes ao ato, além de Beatriz Dantas, estavam as organizadoras da obra Sílvia Dantas e Eufrázia Cristina Menezes, respectivamente, filha e ex-aluna da antropóloga e historiadora Beatriz Góis Dantas. A própria homenageada, na ocasião, traçou uma “cartografia afetiva e intelectual” da inserção de vários antropólogos e historiadores em sua vida de pesquisadora, em quase seis décadas de atividades.

Os caminhos da pesquisa antropologica Beatriz Gois MaconhaA cartografia se expressa no próprio livro que, em suas três partes (trajetória acadêmica, experiência na Antropologia e testemunhos de colegas), reúne 14 autores com atuação acadêmica local e transnacional. Há cenas familiares, relatos autobiográficos, anedóticos de trabalho, periodização clássica da carreira, reconhecimentos e agradecimentos por auxílios pessoais e até um poema de Maria Lúcia Dal Farra, dedicado à “Missionária da memória”. Há descrição, crítica e reconhecimento da contribuição de Beatriz Dantas nos domínios da Arquivística, Museologia, Antropologia e (apesar do título do livro) História.

Leia Mais

Hoje mando um abraço para ti, pequenina | André Cabral Honor

Andre Honor Maconha
André Cabral Honor | Foto: UnB

O livro intitulado  Hoje mando um abraço para ti, pequenina, de autoria de André Cabral Honor, foi publicado pela Editora Escaleras, em 2020, tem 155 páginas, possui  dimensões diferenciadas dos livros físicos padrão (12,25 x 19 cm) e foi impresso em papel Pólen Bold 90g/m2. Se incluo essas informações é para dizer que a experiência de manusear este livro é singular. Ele é inteligente e dá prazer em folhear. Ponto para a Editora Escaleras.

Hoje mando um abraco para ti MaconhaO texto foi premiado pelo Edital de fomento à literatura por meio da formação de novos autores da Fundação Biblioteca Nacional, em 2014. Aos que não conhecem ou não estão lembrados, o título remete ao refrão da música “Paraíba”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. A história narra momentos da vida do capitão-mor Jerônimo José de Melo e Castro à frente da Capitania da Paraíba. O livro é baseado em fatos históricos e, com muita licença poética,  ambienta cada capítulo como pequenos filmes.

Leia Mais

Crítica Historiográfica. Natal, v.2, n.3, jan./fev. 2022.

Critica Historiografica Maconha

Resenhas

Publicado: 2021-12-30

Parceristas desta edição

Letramento histórico-digital: Ensino de História e Tecnologias Digitais | Danilo Alves da Silva

DAnilo Alves Maconha
Danilo Alves da Silva | Foto: Acervo do autor (2021)

A obra Letramento Histórico-digital: ensino de História e tecnologias digitais, é fruto da dissertação de mestrado de Danilo Alves da Silva, a partir das reflexões junto ao Programa de Pós-Graduação do Mestrado Profissional em Ensino de História, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A publicação pretende conceituar o letramento histórico-digital, no intuito de sistematizar uma coligação entre o Ensino de História e a cultura digital.

Letramento historico digital MaconhaO livro está organizado em três capítulos, o que não difere da forma estrutural da própria dissertação do autor. A partir de sua prática docente em uma escola privada, na cidade de João Pessoa, Paraíba, o autor investe em uma proposição para o campo do Ensino de História. Por que não juntar a demanda por entender sobre a cultura digital nos meandros do conhecimento histórico, já com uma proposta para a sala de aula? E será essa jornada que a pessoa leitora poderá encontrar. Ele mostra como é importante que profissionais de História estejam sensíveis às demandas do século XXI, e que se apropriem do conhecimento histórico no intuito de propor interações em plataformas digitais, usando aplicativos e várias ferramentas disponíveis para o ensino de História. Porém, ele não faz um caminho de escrita focando unicamente em justificar o seu artefato didático cultural, como a maioria das produções docentes da pós-graduação do Programa o fazem. Ele pretende conceituar um método – o letramento histórico-digital – para, então, após uma esquematização de suas discussões e leituras, passar para uma mostra dessa definição ou sistematização, que leva o nome do livro.

Leia Mais

Entre rios e impérios: a navegação fluvial na América do Sul | Francismar Alex Lopes

Cena do documentario Porto das Moncoes de Vicentini Gomez Maconha
Cena do documentário “Porto das Monções”, de Vicentini Gomez | Imagem: Cidade de São Paulo/Cultura

Fruto da dissertação de mestrado de Francismar Alex Lopes de Carvalho, defendida na Universidade Estadual de Maringá em 2006, Entre rios e impérios analisa, com abordagem renovada, as relações interculturais entre as populações envolvidas nas rotas das monções. Confrontada com o texto que lhe deu origem, a redação do livro, publicado em 2019 pela Editora Unifesp, apresenta a incorporação de reflexões, documentos e referências bibliográficas acumulados ao longo dos anos.

A obra está dividida em 3 partes e 10 capítulos. Na primeira, Itinerários do Extremo Oeste, Carvalho, hoje professor de História da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), focaliza os caminhos fluviais e terrestres que levavam à fronteira oeste da América portuguesa desde o século XVII, com destaque para as ações dos grupos nativos no controle das rotas. Na segunda, Os práticos da navegação fluvial, ressalta o protagonismo dos mareantes mamelucos no movimento monçoeiro. Na última, Os senhores dos rios, problematiza as guerras e alianças entre as populações indígenas e os adventícios na disputa pelo domínio do rio Paraguai, sobretudo durante a primeira metade do Setecentos, encerrando com a discussão sobre a nova correlação de forças estabelecida a partir da instalação dos fortes fronteiriços no contexto dos tratados de limites. Leia Mais

Arte, política e cultura |  Almanack | 2021

Alphonse Mucha Maconha
Detalhe de capa de Alponse Mucha: msterworks | Alphonse Mucha, 2007

Os registros visuais e audiovisuais de eventos, personagens e processos históricos relacionados às Independências e à formação de identidades nacionais nas Américas, vem merecendo o estudo e questionamento de pesquisadores brasileiros e estrangeiros.

As imagens, para além das representações e sentidos que lhes são atribuídos por seus autores, possuem enorme capacidade de gerar efeitos, de promover e propor intervenções sociais, o que alarga os circuitos de produção, circulação e atualização em que geralmente são inseridas. É fundamental, então, reconstituir e contextualizar historicamente não só as práticas artísticas e formais de que são o resultado mais aparente como, sobretudo, sua dimensão narrativa e o peso por ela desempenhado na construção e introjeção de conceitos e interpretações sobre as “comunidades imaginárias nacionais”, como as denominou Benedict Anderson, forjadas no Brasil e na América, desde o século XIX5. Leia Mais

El Quijote en Chile. Primera edición y estudios bibliográficos de 1863 a 1947 | Raquel Villalobos Lara

El libro parte de la pregunta básica: ¿cómo y desde cuándo se leyó la obra cervantina en Chile? Para responderla este se divide en dos partes: 1) análisis sobre la primera edición realizada en Chile y 2) el análisis e interpretación de los documentos bibliográficos que dan cuenta de la recepción crítica que El ingenioso Hidalgo Don Quijote de la Mancha de Miguel de Cervantes tuvo en Chile desde 1863, fecha de la publicación del texto cervantino en Chile, hasta 1947, año de la conmemoración del cuadringentésimo aniversario del nacimiento de Cervantes. Leia Mais

La minificción ya no es lo que era | Violeta Rojo

Todo lo que tiene que ver con la minificción resulta contradictorio

Violeta Rojo

La aparición del libro Breve manual para reconocer minicuentos, en el año 1997, publicado por la Universidad Autónoma Metropolitana de México, bajo la autoría de la docente e investigadora venezolana Violeta Rojo (1959) marcaría para aquel entonces un aporte desde la crítica, a los asuntos concernientes a la minificción, no solo en Venezuela, sino también en Latinoamérica, característica que hace del texto, un documento importante para las investigaciones en torno al tema. Dos años después de aquel suceso, ciertamente esplendente, en una breve, pero desafiante reseña publicada en la Revista Chilena de Literatura, el crítico Juan Armando Epple, refiriéndose a este libro, comenta lo siguiente: “Después de muchos años de ser el pariente pobre y díscolo, la oveja negra de la familia literaria, el minicuento no solo tiene quién lo describa, sino que contamos con un manual para reconocerlo” (Epple 169).

Aunque este comentario pudiera parecer un tanto equívoco, no parece estar muy distante de lo que sigue siendo hoy en día el minicuento, a pesar de los encuentros, festivales e incluso mesas de trabajo, sigue teniendo y hasta padeciendo las mismas consideraciones. Sin mencionar, acaso, sobre el poco entendimiento, así como el esmirriado abordaje teórico en torno a este subgénero, considerado por muchos como raro, incluso, extraño. No obstante, este raro y hasta extraño subgénero cumple con las características que un texto debe tener. Sin embargo, el microrrelato sigue estando en los márgenes, navegando en procelosos mares a veces ignotos, a veces turbio de la teorización. Leia Mais

Contextos – Estudios de Humanidades y Ciencias Sociales. Santiago do Chile, n.49, 2021.

Artículos

Reseñas

Publicado: 2021-12-29

Revista M. Rio de Janeiro, Revista M. Rio de Janeiro, v.6, n.12, 2021.

Dossiê 12: Inquisição e Morte

Editorial

Dossiê

Artigo Livre

Publicação: 29 12 2021

Il Canale di Suez e l’Italia (1856- 1869) | Andrea Giuntini

Ha scritto Éric Dardel che: «[…] il paesaggio non è un cerchio chiuso, ma un dispiegarsi. È veramente geografico per i suoi prolungamenti, per lo sfondo reale o immaginario che lo spazio apre al di là dello sguardo […]. Il paesaggio è uno scorcio su tutta la Terra, una finestra aperta su possibilità illimitate: un orizzonte. Non una linea fissa, ma un movimento, uno slancio» 1. Il Canale di Suez è stato proprio questo: un orizzonte in movimento, una spinta impressa verso l’altrove che prometteva disvelamenti necessari quanto imprevedibili.

Nella copertina del bel libro di Andrea Giuntini, con la sua linea narrativa accattivante in cui il lessico delle decine di informazioni che si accumulano pagina dopo pagina alimenta una viva curiosità mai sazia, il quadro di Albert Rieger, un’immagine iconica, la chiamerei così, del Canale che sa prima di tutto di intensa veduta sintetizza bene l’idea di paesaggio con pennellate di luci e ombre in una geografia certo “orientaleggiante”, ma al tempo stesso incardinata sui paradigmi di quella modernità dirompente, a cominciare dalle navi a vapore che solcano il principio di quell’innervatura liquida punteggiata da bacini lacustri. L’inizio di una traversata che è anche attraversamento, “traduzione” nelle terre degli Altri che attendono appena al di là del ricongiungersi dei due mari, il Mediterraneo e il Mar Rosso. Se sulla destra della tela, tra spuntoni di rocce e palme tropicali, fa capolino un tipico edificio orientale con tanto di cupola dorata all’esterno della quale compaiono uomini a piedi o in groppa a cammelli con abiti e turbanti altrettanto tipici, è pur vero che spostando appena lo sguardo verso lo specchio d’acqua su cui campeggia un faro, Port Said, illuminato dal sole, ci appare in tutta la sua geometrica contemporaneità. Quasi a sancire la rappresentazione del paesaggio urbano occidentale, gli edifici rimandano a un taglio prospettico decisamente europeo dove non manca lo sbuffare delle ciminiere al centro di un perimetro di fabbrica che non può non ricordare gli insediamenti industriali del ricco Centro del Nord trasferiti alla periferia del mondo, ibridando civiltà e ambienti naturali così disomogenei. Leia Mais

Prometeo a Fukushima. Storia dell’energia dall’antichità ad oggi | Grazia Pagnotta

Qualunque sia la sua origine, l’energia, intesa come forza necessaria per compiere un certo lavoro, è alla base della vita. Non è quindi sorprendente che l’intera storia dell’umanità possa essere ripercorsa usando proprio l’energia come punto di riferimento. Questo è lo scopo del libro di Grazia Pagnotta, titolare dell’insegnamento di Storia dell’ambiente all’Università Roma Tre e autrice di diverse ricerche sullo sviluppo della città di Roma, in particolare sui trasporti pubblici e sulla storia industriale.

Alla fine della breve introduzione che apre il volume l’autrice spiega che il titolo, unendo il nome della località in cui è avvenuto un incidente nucleare nonostante quasi tutto fosse stato previsto per evitarlo e la figura mitica che muore per aver voluto andare oltre i propri limiti richiama la necessità per gli esseri umani di non dare nulla per scontato quando si prova a superare i confini della conoscenza. L’invito è calzante anche perché proseguendo la lettura ci si trova davanti a diversi esempi di come questa attività di superamento sia una costante nei secoli. La prima parte del volume si occupa di uno spazio temporale lunghissimo (dalla preistoria all’epoca moderna), ma è anche la più breve. In questa e nelle altre due parti a ogni fonte di energia (acqua, vento, legno e poi i combustibili fossili e l’energia nucleare) è dedicato un capitolo. Qui l’autrice illustra le prime forme di energia impiegate dall’uomo, iniziando da quella dei muscoli degli esseri umani e degli animali e passando poi all’uso dei primi mulini per sfruttare il vento e i corsi d’acqua e all’impiego del legno e del carbone di origine vegetale usati come combustibili. Pagnotta pone anche parecchia attenzione alle conseguenze ambientali di questi interventi umani sui luoghi, come nel caso delle popolazioni che abitavano Rapa Nui (l’isola di Pasqua)1. Leia Mais

Haiti. Storia di una rivoluzione | Jeremy D. Popkin

Nel corso della sua lunga carriera Jeremy D. Popkin – professore di storia della University of Kentucky – si è a lungo occupato della storia intellettuale e delle rivoluzioni francese e haitiana1. Haiti, storia di una rivoluzione è la traduzione italiana di A Concise History of the Haitian Revolution2, che si è rapidamente imposto come un classico.

C’è una visione storiografica che sostiene che la rivoluzione haitiana – ossia l’insieme degli eventi occorsi nella colonia francese dal 1791 al 1804 – debba essere messa sullo stesso piano di quelle francese e americana, individuando un’unità fra le vicende di quegli anni e l’esito finale; quest’ultimo dovrebbe essere considerato come la realizzazione di un programma portato avanti sin dall’inizio. Non è questa la prospettiva di Popkin, che rigetta questa lettura distinguendo fra gli obiettivi profondamente differenti dei movimenti e dei gruppi rivoluzionari attivi sull’isola. Manca un manifesto politico (la rivolta venne portata avanti perlopiù da schiavi illetterati) e il principale leader, François-Dominique Touissant Louverture non può essere in alcun modo paragonato alla moderna figura di rivoluzionario: si oppose, ad esempio, al primo decreto di emancipazione del 1793. Popkin individua come caratteristica essenziale della Rivoluzione haitiana la presa di posizione contro la schiavitù e la discriminazione razziale: fu grazie a queste peculiarità che divenne la più radicale delle insurrezioni rivoluzionarie contro la dominazione europea. All’epoca in cui scattò la rivoluzione, Saint-Domingue era la colonia più fiorente al mondo e il maggiore fra i mercati di schiavi. Leia Mais

Il Novecento della Cucirini Cantoni Coats. Lavoro/ territorio e conflittualità nella parabola lucchese della multinazionale tessile | Federico Creatini

Il nuovo volume di Federico Creatini1 , contenente un saggio di Andrea Ventura2 , ricostruisce le vicende della Cucirini Cantoni Coats, succursale lucchese della nota impresa multinazionale produttrice di filati con sede in Scozia, sino ad oggi oggetto di un interesse limitato e sporadico da parte della storiografia, presentando i risultati di un progetto di ricerca biennale promosso dall’Istituto Storico della Resistenza e dell’Età Contemporanea di Lucca e dedicato a ricostruire le vicende dello stabilimento e, più in generale, la memoria collettiva della vita di fabbrica nella città di Lucca. L’opera recepisce gli spunti offerti dal dibattito metodologico che ha interessato negli ultimi anni la storia del lavoro, che, superate le strettoie di un approccio rigidamente operaista (e marxista), si è aperta agli stimoli provenienti dalla global history, dalla storia di genere e dalla storia della conflittualità sociale e della subalternità3 , rileggendo le vicende sindacali e le trasformazioni aziendali della Cucirini Cantoni Coats alla luce di processi socio-culturali e ambientali più complessi, tanto di livello micro che di livello macro4. Leia Mais

La svolta culturale. Come è cambiata la pratica storiografica | Carlotta Sorba e Federico Mazzini

Il sapere storico è stato a lungo concepito come un sapere unicamente empirico e artigianale, basato su rigorose ricerche documentarie volte a ricostruire il passato nella maniera più accurata e oggettiva possibile. Eppure, tale concretezza della pratica storiografica ha sempre dialogato, più o meno consapevolmente, con un quadro teorico e filosofico di riferimento, atto a indagare e comprendere il reale tramite riflessioni e interpretazioni soggettive, ma non per questo inattendibili. La storia senza teorizzazione, infatti, non può sussistere e le narrazioni del passato non possono prescindere da congetture e ipotesi circa le relazioni tra i fatti e il significato che essi assumono agli occhi di chi li studia. Tale è l’assunto di partenza del volume in esame, scritto a quattro mani da Carlotta Sorba e Federico Mazzini, docenti rispettivamente di Storia e teoria culturale e di Digital History e Storia dei media e della comunicazione presso l’Università degli Studi di Padova. Leia Mais

Diacronie. Studi di Storia Contemporanea, n.48, 4, 2021.

N°48, 4|2021

ARTICOLI

MOTORE, CIAK, STORIA!

III. RECENSIONI

A escrita da história em disputa: os desafios do tempo presente para a prática da pesquisa e do ensino em História | SÆCULUM – Revista de História | 2021

Guia politicamente incorreto da historia do Brasil Maconha
Detalhe de capa de Guia politicamente incorreto da história do Brasil, de Leandro Narloch | Imagem: HH Magazine

Nos últimos anos, o(a) professor(a)1 de História no Brasil tem sido deslegitimado(a) e agredido(a) por pessoas ou grupos políticos/sociais que compartilham dos princípios do movimento “escola sem partido e sem ideologia de gênero”. Como se não bastasse toda a violência praticada contra os(as) docentes, acompanhamos nas redes sociais, no noticiário e nas conversas informais o processo de (des)validação da história ensinada, sob argumento de que professores(as) de história trazem versões comunistas e esquerdistas para a sala de aula e para o livro didático. Esses ataques ao fazer docente acendem o alerta da comunidade acadêmica, das associações cientificas, da sociedade civil organizada e dos sindicatos para a necessidade de um cuidado permanente que todos devem ter para com as instituições formativas e a importância do debate permanente sobre a liberdade de cátedra e o pluralismo de ideias no espaço educativo, e, ao mesmo tempo, devem ser lidos como um sinal para que professores(as), estudantes, pais e gestores(as) discutam sobre (in)verdade, fake fews, conhecimento científico e negacionismo. Leia Mais

Esboços. Florianópolis, v.28, n.49, 2021.

Expediente

Debate “Colapso ambiental e histórias do capitalismo”

Artigo

Resenha

Lista de pareceristas

Publicado: 2021-12-29

Saeculum. João Pessoa, v.26, n. 45, 2021.

SAECULUM1 Maconha

Dossiê A escrita da história em disputa: os desafios do tempo presente para a prática da pesquisa e do ensino em História

EXPEDIENTE

A ESCRITA DA HISTÓRIA EM DISPUTA: OS DESAFIOS DO TEMPO PRESENTE PARA A PRÁTICA D

PUBLICADO: 2021-12-29

Pilquen. Buenos Aires, v.24, n.5, 2021.

Teoría de las políticas públicas en y desde América Latina

EQUIPO EDITORIAL DOSSIER

EDITORIAL

ARTÍCULOS

RESEÑAS

PUBLICADO: 2021-12-29

As abolições da escravatura: no Brasil e no mundo | Marcel Dorigny

“(…) Os processos que levaram ao ‘fim da escravidão’ são muito menos conhecidos e frequentemente relegados ao final das obras consagradas à escravidão em si” (DORIGNY, 2019, p. 14). Com efeito, a obra As abolições da escravatura no Brasil e no mundo, escrito por Marcel Dorigny, do Departamento de História da Universidade Paris-VIII na França, apresenta aspectos primordiais que influenciaram as manifestações contrárias à escravidão, instituída por vários séculos no mundo. Não obstante àquilo que a maioria das pessoas aprenderam e consideram como movimentos que proporcionaram o fim da escravidão, como o desenvolvimento da indústria, a ampliação do mercado consumidor ou a influência dos ideais do Iluminismo, o autor enfatiza que estes não foram únicos. Os movimentos realizados pelos próprios escravos, chamados por ele de resistências e revoltas, ainda nos oceanos, também contribuíram para o processo abolicionista. Leia Mais

Ofícios de Clio. Pelotas, v.6, n.11, 2021.

Ofícios de Clio

Expediente

Apresentações

Dossiê Educação

Resenhas

Revista Eletrônica da ANPHLAC. São Paulo, v.21, n.31, 2021.

História e Gênero na América Latina: problemas, possibilidades e desafios interpretativos (séculos XIX e XX)

Apresentação

Dossiê

Resenhas

  • Publicação: 2021 12 29

Gênero em perspectiva multidisciplinar | Albuquerque | 2021

Drag Queens de Nova York Maconha
Drag Queens de Nova York | Foto: Leland Bobbe

Muito prazer, eu sou a nova Eva

Filha das travas, obra das trevas

Não comi do fruto do que é bom e do que é mal

Mas dichavei suas folhas e fumei a sua erva

Muito prazer, a nova Eva

(Eu quebrei a costela de Adão)

— Linn da Quebrada, quem soul eu.

Nesta edição de albuquerque: revista de história almejamos organizar um debate sobre gênero que trouxesse múltiplos olhares para pensar relações sociais, políticas e culturais a partir da categoria gênero como análise. Partindo disso, convidamos autoras e autores de diversas áreas do conhecimento para escrever sobre temas contemporâneos que privilegiasse a interdisciplinaridade na tessitura de seus artigos, evidenciando o caráter em trânsito de pensar relações de gênero descentrando olhares apenas para o foco feminino cisgênero. Leia Mais

O spleen de Paris: pequenos poemas em prosa

Qual de nós que, em seus dias de ambição, não sonhou o milagre de uma prosa poética, musical, sem ritmo e sem rimas, tão macia e maleável para se adaptar aos movimentos líricos da alma, às ondulações do devaneio, aos sobressaltos da consciência. É, sobretudo, da frequentação das enormes cidades e do crescimento de suas inumeráveis relações que nasce esse ideal obsessivo

(BAUDELAIRE, 2020, p. 7).

No final de 2020, a Editora 34 lançou O spleen de Paris, que reúne anedotas, reflexões e epifanias (pequenos poemas em prosa) do francês Charles Baudelaire (1821-1866). O volume conta com tradução primorosa de Samuel Titan Junior e texto de apresentação do escritor e cineasta argentino Edgardo Cozarinsky. Esta obra, do poeta maldito, já recebeu mais de dez edições no Brasil ― a primeira em 1937 ― e com certeza outras virão, mas esta tem todo um charme especial, a começar pela capa que traz o autorretrato de Baudelaire. Petits poèmes en prose (Le spleen de Paris) apareceu pela primeira vez, como edição póstuma, no quarto volume das Obras completas (1869) do poeta, organizadas por Théodore de Banville (1823-1891) e Charles Asselineau (1820-874) e editadas pela Gallimard. Leia Mais

Uma viagem pelo Sertão: 200 anos de Saint-Hilaire em Goiás | Lenora Barbo

“Gosto deste velhinho”. Declarou o poeta Carlos Drummond de Andrade em uma crônica publicada em homenagem ao bicentenário do nascimento de Saint-Hilaire (1979, p. 5). Para o escritor mineiro era “um caso de simpatia pessoal e também de gratidão. Entre os viajantes estrangeiros do começo do século 19, ele me interessou mais do que qualquer outro, pelo que viu e contou de Minas. E não só de Minas: do Espírito Santo, de Goiás, de São Paulo, do Sul do Brasil. Graças a ele viajei por essas terras, conheci seus moradores, seus costumes, plantas, animais e minerais sem precisão de sair de casa.” Às suas palavras, o poeta viajou, imaginariamente, apoiado nas narrativas do naturalista.

Auguste François César Prouvençal de Saint-Hilaire nasceu na cidade francesa de Orleans em 4 de outubro de 1779. Sua biografia é conhecida: nascido de uma família nobre, teve uma formação inicial no Colégio Militar de Pontlevez. Após a Revolução Francesa esteve fora da França e retornou em 1802 onde estudou botânica no Museu de Ciências Naturais. Devido a um convite do então embaixador da França na Coroa Portuguesa veio para o Brasil em 1816. Leia Mais

Tudo sobre o amor: novas perspectivas

Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil.

(Clarice Lispector)

Um dos temas mais recorrentes no campo das artes é o amor. Músicas, filmes, livros, por exemplo, quando falam sobre o amor, na maior parte das vezes, é em tom ficcional, especialmente, sobre as possibilidades de um amor romântico que se desenvolve quase como uma fantasia para aqueles que desfrutam do trabalho artístico.

É sobre o amor que a autora norte-americana bell hooks se propõe a refletir na obra Tudo Sobre o Amor: novas perspectivas (2020), livro publicado pela Editora Elefante. Trata-se de um convite à compreensão sobre o tema, para além do que os homens são capazes de falar sobre ele. Sim, bell hooks assumidamente em letras minúsculas. Uma das grandes vozes na contemporaneidade sobre questões como raça, gênero, educação e cultura contemporânea. Ela rompe com a ideia do amor romântico, semelhante a uma fantasia, o qual grande parte das pessoas almejam viver um dia, pautado pela atração física e ao sentimentalismo, o que é denominado de “caxetia”, segundo a escritora. O que hooks quer abordar ao longo do livro é a ideia de amor real, que evoque tanto o crescimento espiritual do indivíduo quanto o do próximo. O amor enquanto ação transformadora, permeando todo e qualquer relacionamento humano, desde a infância. O que ela chama de uma ética amorosa. Quando o indivíduo entende esse pressuposto, ele entende verdadeiramente o amor. Leia Mais

Albuquerque – Revista de História. Aquidauana, v.13, n.26, 2021.

Resenha Capa de Revista 21 Maconha

Dossiê: Gênero em perspectiva multidisciplinar

  • Capa: Roger Luiz Pereira da Silva. Imagem: “Autorretrato abril” (2020), gentilmente cedida por Gabriel Darcin.

Expediente

Editorial

Artigos

Tradução

Entrevistas

Resenhas

Crítica Cultural

Pareceristas desta edição

Publicado: 2021-12-28

Escuela de Historia Virtual. Córdoba, n. 20 (2021)

Presentación

Artículos

Resúmenes de Tesis de Grado y Posgrado

Reseñas

Publicado: 2021-12-28

Dinâmicas imperiais/ circulação e trajetórias no mundo ibero-americano | Andréa Slemian, Jaime Rodrigues, José Carlos Viladaga e Marina Passos Tufolo

Andreia Slemian Maconha
Andréia Slemian | Imagem: NEDAP/UFC, 2020

Organizado por Andréa Slemian, Jaime Rodrigues e José Carlos Vilardaga, professores de História da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), e por Marina Passos Tufolo, mestranda em História Social pela referida instituição, o livro Dinâmicas imperiais, circulação e trajetórias no mundo ibero-americano surgiu dos debates travados num seminário internacional de mesmo nome realizado em outubro de 2019 nas dependências do campus Guarulhos da UNIFESP, no qual se buscou reunir pesquisadores de diversas tendências e instituições nacionais e internacionais em distintos momentos de suas respectivas carreiras.

Como resultado do evento, o livro reuniu artigos de pesquisas de mestrandos e doutorandos que tratam de temas relacionados às lógicas e às formas de mobilidade, circulação e interações no mundo ibero-americano, abarcando as espacialidades da Península Ibérica e América e destas partes com outras regiões do mundo, num recorte temporal sobre a colonialidade americana. Leia Mais

Regimes autoritários e totalitários em perspectiva histórica (séc. XIX, XX e XXI) | Ars Historica | 2021

1984 Maconha
Detalhe de capa de 1984, de George Orwell | Cia das Letras, 2009

… porque o país se calava, não podia fazer outra coisa,

senão calar, e enquanto isso as pessoas morriam e a polícia

mandava e desmandava. Pereira começou a suar, porque

pensou novamente na morte. E pensou: esta cidade fede a

morte, a Europa toda fede a morte.

Antonio Tabucchi em Afirma Pereira

Regimes autoritários e totalitários. Parece que não conseguimos nos esquivar desses temas – alguns poderiam dizer que temos mesmo uma certa obsessão por eles. Mas não é de se espantar que esses temas, em suas variações nacionais ou transnacionais, tenham uma presença constante na historiografia.2 Afinal, se há algo que as pesquisas e os estudos sobre o tema demonstram é que a democracia só está segura enquanto o autoritarismo não se torna uma opção aceita por parte considerável da população. No momento em que posicionamentos autoritários são reconhecidos como soluções possíveis, ou que a nostalgia por tempos de repressão se torna um sentimento comum, é o momento em que os fantasmas do autoritarismo não estão mais nos rondando, mas já se encontram sentados à mesa, na sala de decisões, bebendo de nosso café. Daí a perene urgência de desenvolvermos esses estudos. Leia Mais

Ars Historica. Rio de Janeiro, v.22, 2021.

ARS3 Maconha

Dossiê Regimes autoritários e totalitários em perspectiva histórica (séc. XIX, XX e XXI)

Comitê Editorial

Editorial

Apresentação

Artigos de Dossiê

Artigos Livres

Resenhas

Publicado: 2021-12-27

Revista de Arqueologia Pública. Campinas, v.16, n.2, 2021.

Cem anos de Paulo Freire: Cultura Material, Educação e Liberdade

NOTA

DOSSIÊS

ENTREVISTAS

TRADUÇÕES

PUBLICADO: 2021-12-27

El gas de hulla en la Europa Latina hasta mediados del siglo XX, historia, tecnología e innovación | Asclepio. Revista de Historia de la Medicina y de la Ciencia | 2021

INTRODUCCIÓN

El gas que usamos en nuestras casas o en las industrias ya no se fabrica, se extrae de yacimientos lejanos, se transporta en barcos especiales o mediante gasoductos, se distribuye hasta los puntos de consumo, y su principal aplicación es para usos térmicos. Pero, no siempre fue así. Durante mucho tiempo el gas se elaboró mediante procesos de destilación de materias primas combustibles, sobre todo carbón mineral, se distribuyó mediante tuberías, esto, si, más o menos igual que hoy, con otros materiales y se utilizó para el alumbrado.

En Europa, primero comenzó a ser distribuido en Gran Bretaña, en Londres en 1812, y en los países de la Europa Latina, en Francia, en París desde 1818, en Italia, en Milán desde 1837, en España, en Barcelona desde 1841 y en Portugal, en Lisboa desde 1848. Leia Mais

Impresiones de China: Europa y el englobamiento del mundo (siglos XVI-XVII)

Impresiones de China trata un tema ancho y clásico: cómo se configuró el imaginario oriental en la cultura europea entre 1550 y 1680, y en concreto, el relativo al Imperio del Centro. En aquel encuentro Europa descubrió progresivamente la lejana China, conforme sus actores ─misioneros, comerciantes, historiógrafos─ ensancharon los límites del mundo conocido. Su autora es la prestigiosa historiadora Antonella Romano, directora de estudios en el Centro Alexandre Koyré, EHSS (París), y una de las mejores conocedoras de la historia de las ciencias y los conocimientos misioneros durante la Edad Moderna. Con esta cuidada traducción al castellano de Alicia Martorell ─siempre difícil en este tipo de estudios histórico-científicos─, Marcial Pons acerca al lector hispanohablante un estudio fundamental para el conocimiento de las relaciones entre Asia y Europa, esta vez, desde el enfoque de la construcción de los saberes.

Como comenta Romano en la introducción de su libro, la existencia de China ya era conocida en Europa mucho antes de que los comerciantes portugueses o los misioneros jesuitas comenzaran sus actividades en Asia Oriental. Gracias a la continuidad geográfica del continente euroasiático, las poblaciones europeas tuvieron noticias de la lejana y mítica Catay a través del testimonio de viajeros como Marco Polo. Sin embargo, la llegada de comerciantes y los misioneros ibéricos durante los ss. XVI y XVII produjo un auténtico proceso de descubrimiento del Imperio del Centro, cuya imagen fue emergiendo y ocupando un lugar cada vez más destacado en las letras europeas. En el discurso que nos ofrece la autora, descubrir este lejano lugar significó para Europa ir más allá de los meros esbozos de conocimiento para pasar a reconocerla sobre el terreno e integrarla en sus saberes: en otras palabras, fue pasar de Catay a ‹‹la China››. Leia Mais

Cuando África comenzaba en los Pirineos. Una historia del paradigma africanista español (siglos XV-XX) | Carlos Cañete

La redacción de esta reseña coincide en el tiempo con un momento en el que las relaciones entre España y el norte de África, en concreto Marruecos, atraviesan por una crisis política, con el problema migratorio y del Sáhara Occidental en la mesa de discusión. Quizás por ello sea éste el momento adecuado para recordar la tesis principal de esta obra, que no es otra que la existencia a lo largo de cinco siglos del paradigma africanista español, es decir, del origen común y la vinculación histórica entre las comunidades ibérica y norteafricana. El autor, Carlos Cañete, un sólido profesional en el ejercicio de las ciencias humanas, vinculado durante muchos años al CSIC y actualmente a la UAM, ha ejercido una encomiable obra de investigación multidisciplinar, ya que su discurso, sólidamente articulado, se fundamenta en textos de historia general, de literatura y de historia de las ciencias naturales y de la antropología. Este paradigma, aclara, no fue una mera construcción ideológica al servicio de la acción colonial española en el norte de África durante los siglos XIX y XX, sino que es muy anterior, ya que aparece en relatos historiográficos y en narrativas sobre los orígenes de España y su monarquía, que se discutieron en base a procesos de la formación de la identidad nacional durante la época moderna. Leia Mais

El vocabulario de la medicina en el español del siglo XVIII

Hace años se publicó por el Consejo Superior de Investigaciones Científicas una curiosa continuación de las páginas del Quijote, del mundo cervantino; el autor era un niño, el futuro rey Felipe V, quien introdujo una nueva dinastía en el trono de España, acompañada de algunos aires de modernidad. Sin duda el rey Sol se ocupó de que sus nietos tuviesen esmerada educación, en época de personajes de la talla de Fenelon o Bossuet. No es extraño así que el primer Borbón en el trono del imperio español tuviera interés por la lengua castellana, imponiéndola en sus reinos, tal como su dinastía había hecho con el francés en los suyos. Resulta pues comprensible que el siglo XVIII fuera época de rápida uniformidad y castellanización; la lengua empieza a extenderse en múltiples lugares en que antes el latín o las lenguas vernáculas distintas habían tenido importancia. Lugares en los que pronto se extendió fueron las instituciones consagradas a la ciencia, en la que las coronas y alguna nueva burguesía estaban interesadas. Leia Mais

De vidas y virus. VIH/sida en las culturas hispânicas | Rafael M. Mérida Jiménez

Tiempos de epidemia(s), de pandemia(s); de contagios, hospitalizaciones y muertes; de urgencia, investigación y farmacopornografía1 ; de alegatos médico-sociales, biopolíticos, de protección / control; de soflamas bélicas, nacionalistas y morales; de clasificación de grupos humanos, estadísticas y estigmatizaciones; de redefinición de las relaciones sociales, de comportamientos, y de dinámicas socioculturales; de (in)visibilizaciones, silencios, intereses y activismos encontrados; de confinamientos, culpabilizaciones, incertidumbre y miedo; de miedos líquidos2 . Tiempos de covid-19 3. Me pregunto cómo habría escrito esta reseña hace dos años, cuando se publicó el libro en cuestión, De vidas y virus. VIH/sida en las culturas hispánicas, justo antes de que la covid-19 operara una transformación radical del mundo en el que vivimos y que creo que aún estamos muy lejos de entender en toda su extensión. Me pregunto también si el editor del libro, Rafael M. Mérida Jiménez, y sus colaboradores habrían modificado algunos de sus planteamientos y análisis si lo hubieran escrito ya inmersos en estos tiempos de covid-19. Supongo que no, o no excesivamente en cuanto al contenido en sí y las herramientas analíticas que se despliegan, tanto en el libro como en la reseña, porque la pandemia de sida presenta muchas diferencias con la de covid-19 y ha habido tiempo, durante cuarenta años, para que la primera pase por muy diversas fases en todos los sentidos; pero también creo que de algún modo se notaría, porque el sida y la covid-19 también confluyen en muchos de esos aspectos con los que abro este párrafo y que están muy presentes a la hora de pensar (en) contextos epidémicos diversos, tanto históricos como perfectamente actuales. Leia Mais

The Indies of the Setting Sun. How Early Modern Spain Mapped the Far East as the Transpacific Wes | Ricardo Padrón

El espacio hodológico es aquel que vivimos y sentimos, un espacio no euclidiano sino subjetivo, vinculado al trayecto o los caminos que emprendemos para desplazarnos de un lugar a otro (camino en griego se dice hodos, ὁδός). Aunque el concepto procede de la psicología de principios del siglo XX (Kurt Lewin) y haya sido depurado por autores como Otto Friedrich Bollnow o el propio Gilles Deleuze, en el dominio de la cartografía fue el italiano Pietro Janni quien lo consagró con su libro La mappa e il periplo, Cartografia antica e spazio odologico (Bretschneider, 1984).

Ricardo Padrón es profesor en la Universidad de Virginia y autor de otro libro sobre las relaciones entre literatura y geografía en el Imperio español (The spacious world, The Chicago University Press, 2004). En The Indies of the Setting Sun retoma el tema del espacio hodológico para aplicarlo a las dos Indias en el siglo XVI, un mundo en construcción, separado y unido por la mayor mancha azul del planeta, el Océano Pacífico. Leia Mais

Madre y Patria. Eugenesia/ procreación y poder en una Argentina heteronormada | Marisa Miranda

En el año 2020, la reconocida especialista en la historia y las transformaciones de la eugenesia en el ámbito iberoamericano, Marisa Miranda –Investigadora Principal del Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (Argentina) y de la Universidad Nacional de La Plata–, ha publicado el libro Madre y Patria. Eugenesia, procreación y poder en una Argentina heteronormada en la editorial Teseo, tanto en formato papel como electrónico. Allí, la investigadora nos ofrece un aporte original de inestimable valor académico, gracias a la manera en que configura herramientas para la comprensión del vínculo entre la circulación del discurso eugenésico dentro del campo médico y jurídico argentino y la forma en que se problematizó, de manera imbricada, la constitución de la Nación y el rol estratégico que les correspondía a las “mujeres sanas y decentes” en el engrandecimiento de la Patria (en tanto madres potenciales).

En ese sentido, sostenemos que Miranda logra articular su sólida trayectoria de décadas de trabajo sobre la recepción y las transformaciones del darwinismo y la eugenesia en el denominado “mundo latino” –que ha dado lugar a numerosas publicaciones– con la indagación respecto de una arista que permite que su labor trascienda dicho campo de estudios, al analizar los vínculos biopolíticos entre la preocupación respecto de la maternidad, eugénicamente practicada, y el fortalecimiento de la Nación en la Argentina del siglo XX. Por lo tanto, hacemos propia las interpretación del especialista en biopolítica e historia de la sexualidad en España, Francisco Vázquez García, quien al prologar el libro enfatizó que la autora lograba consolidar, de manera contundente y original, una contribución correlativa al estudio de la eugenesia, a las reflexiones respecto de la biopolítica y al campo de los estudios de género. Leia Mais

Transversal: International Journal for the Historiography of Science. Belo Horizonte, n. 11, 2021.

Transversal Maconha

Historiography of Science in South America (Argentina, Brazil and Uruguay)

From the Editors

Dossiers (Issue-specific topics)

Articles

Book Reviews

Published: 2021-12-25

ArteCultura – Revista de História Cultura e Arte. Uberlândia, v.23, n.43, 2021.

Ficha Técnica

  • Katia Paranhos
  • PDF
  • Apresentação

Apresentação

  • Adalberto Paranhos, Kátia Rodrigues Paranhos
  • PDF

Minidossiê: História & Artes Visuais

Dossiê: História & anacronismo – I – Parte internacional

Minidossiê: Argentina e Brasil: entre a canção romântica e o rock dos anos 80-90

Artigos

Resenhas

Outros

  • Publicado: 2021-12-24

História em Curso. Belo Horizonte, v.3, n.4, 2021.

Organizadores do Número

  • Júlia Calvo (PUC Minas)
  • Mateus Roque da Silva (PUC Minas)
  • Fernanda Mendes Santos (UFMG)

Editorial

Apresentação

Artigos/Articles

Publicado: 23-12-2021

História em Curso. Belo Horizonte, v.3, n.4, 2021.

evista História em Curso – Número 4

Organizadores do Número

  • Júlia Calvo (PUC Minas)
  • Mateus Roque da Silva (PUC Minas)
  • Fernanda Mendes Santos (UFMG)

Editorial

Apresentação

Artigos/Articles

Publicado: 23-12-2021

Pergaminho. Patos de Minas, n.12, 2021.

Artigos

  • A afetividade no processo de desenvolvimento e aprendizagem infantil: uma revisão bibliográfica……………………………………………………………………………………………………………… 07
  • Larissa Ferreira de Oliveira
  • Cátia Aparecida Silveira Caixeta
  • Anarcoveganismo: os animais e a revolução……………………………………………………………… 20
  • Vitor Hugo de Araujo Rosa
  • Marcos Antônio Caixeta Rassi
  • Arthur Danto e o fim da arte……………………………………………………………………………………… 46
  • Rodrigo de Freitas Silva
  • Daniel Amorim Gomes
  • As perseguições aos cristãos no Império Romano: razões estruturais e suas bifurcações……………………………………………………………………………………………………………….. 64
  • Amanda Silva Bomfim
  • Marcos Antônio Caixeta Rassi
  • Contribuição do teatro no desenvolvimento infantil………………………………………………… 75
  • Jordana Fonseca Kennedy
  • Edite da Glória Amorim Guimarães
  • Ecossocialismo: um aliado da educação ambiental nas escolas………………………………… 93
  • Wallisson Oliveira
  • Marcos Antônio Caixeta Rassi
  • Escravo x escravizado: reflexões sobre a escravização…………………………………………….. 106
  • Carolina Vieira Carvalho
  • Rafael Lucas Barros Botelho
  • Marcos Antônio Caixeta Rassi
  • Gêneros textuais na educação infantil: contribuições para o processo de alfabetização e letramento…………………………………………………………………………………………………………….. 116
  • Maria Izabel Barcelos Silva
  • Carolina da Cunha Reedijk
  • Os métodos no processo de alfabetização e letramento…………………………………………… 133
  • Jordana Tolentino Pires
  • Carolina da Cunha Reedijk

Publicado: 2021-12-23

História da Ciência em debate: possibilidades, fontes e horizontes de pesquisa | Faces da História | 2021

Não são muitas as áreas de conhecimento que apresentam um caráter tão multifacetado quanto a História da Ciência1. Localizada na intersecção entre Filosofia, Sociologia e Antropologia, a disciplina que dá nome ao presente dossiê passou por inúmeras transformações durante todo o século XX. George Sarton, e seu inspirador otimismo relacionado ao “Novo Humanismo” (1988), pôde ilustrar as expectativas em relação à História da Ciência nas primeiras décadas de 1900:

A história da ciência deve ser […] usada apenas para seus próprios fins, para ilustrar imparcialmente o funcionamento da razão contra a irracionalidade, o desdobramento gradual da verdade, em todas as suas formas, sejam agradáveis ou desagradáveis, úteis ou inúteis, bem-vindas ou indesejáveis2. (SARTON, 1952, p. XIV, tradução nossa). Leia Mais

Faces da História. Assis, v.8, n.2, 2021.

História da Ciência em debate: possibilidades, fontes e horizontes de pesquisa

Equipe Editorial

Apresentação

Entrevista

Artigos para Dossiê

Artigos Livres

Publicado: 2021-12-22

A vertigem das artes no Sul global | PerCursos | 2021

100 Anos de Gonzagao Maconha
Capa da coletânea ‘100 Anos de Gonzagão’ Bento Andreato/Divulgação | Imagem: Veja São Paulo, 2019

Viajando pela Vertigem das Artes no Tempo Presente do Sul Global

Nas últimas décadas, as artes têm sido tradutoras de muitos dos dilemas sociais no Sul Global (GUERRA, 2021a). Através delas, inúmeros artistas têm expressado suas opiniões e tecido críticas e/ou elogios aos poderes instituídos. Múltiplas formas de arte têm sido dedicadas às vivências quotidianas insurgentes. Essas expressões artísticas são também atos de cidadania ativa, na medida em que envolvem uma afirmação ou luta por direitos ou espaço: daí, ser “urgente analisarmos os sons e os espaços como formas de agenciamento das vidas e das cidades”, daí destacarmos a importância das “sociabilidades urbanas” (GUERRA, 2021b: 173). O simples ato de criação questiona o instituído, produz inovação e propõe transformação social. É através de processos criativos e de produção e consumo estéticos que os jovens (GUERRA, 2020), em particular, se dedicam a causas sociais, a movimentos alternativos de resistência aos poderes dominantes, à constituição de políticas de identidade em torno do gênero, da etnia, etc.; nesse sentido, aponta-se o importante papel político das culturas do-ityourself (DIY) (GUERRA, 2018) ou do ativismo cultural (GUERRA, 2019). O conceito de artivismo surge, entre outros, na literatura acadêmica, para dar conta de toda esta dinâmica entre criatividade simbólica e agência política. O artivismo pode ser descrito como uma nova linguagem baseada numa relação orgânica entre arte e ativismo, que apela à antiga ligação entre arte e política. Sublinha-se a sua relação profunda com as práticas de ocupação do espaço público e os emergentes movimentos sociais, apontando necessariamente para a decolonização da ciência e da arte. Leia Mais

Percursos. Florianópolis, v.22, n.50, 2021.

A vertigem das artes no Sul global

Editorial

Apresentação do Dossiê

Artigos Dossiê

Entrevista

Artigos Demanda Contínua

Publicado: 2021-12-22

Faces da História. Assis, v.8, n.2, 2021.

História da Ciência em debate: possibilidades, fontes e horizontes de pesquisa

Equipe Editorial

Apresentação

Entrevista

Artigos para Dossiê

Artigos Livres

Publicado: 2021-12-22

Revista de História da Arte e da Cultura. Campinas, 2020, v. 2, n. 2, jul./dez., 2021.

ARTIGOS

DOCUMENTOS

PUBLICADO: 2021-12-22

Antígona. Porto Nacional, v.1, n.2, 2021.

Indígenas, camponeses e quilombolas: caminhos para os (des)encontros com novas e outras narrativas

Editorial

  • Editorial
  • Vitor Hugo Abranche de Oliveira; George Leonardo Seabra Coelho, Odair Giraldin
  • pdf

Artigos

Publicado: 2021-12-21

Filosofia e História da Biologia. São Paulo, v.16, n.2, 2021.

Volume 16, número 2, julho/dezembro de 2021.

O décimo sexto volume de Filosofia e História da Biologia foi editado por Lilian Al-Chueyr Pereira Martins e Maria Elice Brzezinski Prestes.

Editorial

  • Editorial
  • Lilian Al-Chueyr Pereira Martins Martins, Maria Elice de Brzezinski Prestes

    PDF

Artigos

Tradução

Publicado: 2021-12-21

História social do Paraguai | Revista Trilhas da História | 2021

A independencia foi proclamada em 14 de maio de 1811 Maconha
A independência foi proclamada em 14 de maio de 1811 | Foto: IP

La finalidad del Centro de Investigaciones de Historia Social del Paraguay (CIHSP), con sede en Asunción, es producir y difundir otro tipo de historia, alejada de los temas recurrentes en la historiografía paraguaya tales como los grandes héroes (historia biográfi ca) y las guerras (historia bélica).

Conteste con este objetivo, convocamos a historiadores/as e investigadores/ as de la Región a participar del dossier de la Revista Eletrônica Trilhas da Historia con trabajos originales sobre Historia Social del Paraguay abarcando los periodos colonial e independiente. Leia Mais

Trilhas da História. Três Lagoas, v.11, n.21, 2021.

Trilhas de Historia2 Maconha

HISTÓRIA SOCIAL DO PARAGUAI

Dossiê

Artigos livres

Ensaios de Graduação

Resenhas

Publicado: 2021-12-21

Livro didático e paradidático de história em tempos de crise e enfrentamento: sujeitos, imagens e leituras | Ana Paula Squinelo

Ana Paula Squinelo Maconha
Ana Paula Squinelo | Imagem: Top Mídia News, 2016

Reflexões sobre o Ensino de História e temas a ele correlatos são imprescindíveis em qualquer momento histórico. O que dizer, então, de reflexões em contextos de crises e enfrentamentos, quando os conhecimentos históricos são questionados em sua essência e postos em xeque diante de negacionismos? Tornam-se vitais ao pensamento humano, à liberdade intelectual e à prática de professores de História, agora reconhecidos em sua profissão2.

Neste contexto, apresento a resenha do livro organizado por Ana Paula Squinelo, intitulado “Livro Didático e Paradidático de História em tempos de crise e enfrentamento: sujeitos, imagens e leituras”. Para tanto, a resenha se desenvolve da seguinte forma: apresentação da autora, características gerais da edição da obra, inserção no contexto de produção no campo do Ensino de História e, por fim, alguns olhares sobre as características temáticas da obra, mostrando seus horizontes de possibilidades reflexivas. Leia Mais

Tzintzun. Morelia, n.75, enero-junio, 2022.

Artículos

Entrevistas

Reseñas

Publicado: 2021-12-21

Cuadernos de Historia de España. Ciudad Autónoma de Buenos Aires, n.88, 2021.

Dossier

Comentarios bibliográficos

Publicado: 2021-12-21

Travestis: entre o espelho e a rua | Hélio R. S. Silva

De fácil leitura, mas sem perder em densidade, reúne revistos de dois livros notáveis de Hélio R. Silva, publicados há mais de dez anos – Travesti, a invenção do feminino e Certas Carioca .

A divisão capitular do livro compreende por partes de seu trabalho acadêmico (Silva, 1993). Através desses escritos, essa investigação inédita das dimensões sociais que envolvem a prostituição de travestis no Rio de Janeiro e é operacionalizada por meio de categorias analíticas e tem como objetivo levar algumas hipóteses ao estatuto da verossimilhança. Dentre essas categorias, destacam-se: as estruturas demográficas e sociais, por meio da história serial; as normalidades, pensando também a normatização, e desvios sexuais, através das relações de gênero; e os valores culturais e simbólicos, atuando ao nível da mentalidade coletiva. Dessa forma, o ineditismo que essa obra trouxe, sob o ponto de vista metodológico, é a compreensão da história da sexualidade das travestis sob um viés oposto ao que muitos historiadores faziam, ou seja, não mais contemplando exclusivamente os campos da ideologia e da moral; e a liga que deu forma às inferências é a história demográfica, articulada com os registros sobre os comportamentos sociais – fica evidente que ele intencionou escrever uma história dos costumes. Leia Mais

Gender in World Perspective | Raewyn W. Connell

Em 2021, no primeiro semestre do segundo ano de uma devastadora pandemia, uma estudiosa veterana da área de estudos de gênero começa a ler a quarta edição de um livro paradidático da área. Escrito em linguagem direta e simples para pessoas jovens – universitárias, principalmente –, o livro bem serviria, a princípio, para uso em sala de aula em países anglófonos, ou nos diversos lugares do mundo que adotam o inglês como língua franca no ensino. E ela se pregunta sobre o valor concreto desse esforço para alunas e alunos do ensino superior no Brasil. Há inúmeros livros paradidáticos desse tipo disponíveis no mercado editorial mundial de língua inglesa, alguns mais gerais, outros mais específicos, e são todos excelentes recursos para docentes do ensino superior confrontados pelo desafio de sintetizar para seus discentes uma enorme quantidade de material relevante. O livro a que se refere esta resenha, contudo, destaca-se pela autoria: foi escrito pela renomada Raewyn Connell, grande figura não só no campo global dos estudos de gênero, como também da sociologia australiana. Leia Mais

Mulheres brasileiras migrantes: a des/re/construção do(s) corpo(s) | Cadernos Pagu | 2021

Trilhando o caminho

A estrutura da apresentação deste dossiê foge um pouco à regra e começa com uma sessão de agradecimentos.

Um agradecimento ao comitê editorial da cadernos pagu que, em meados do ano de 2020, quando a vida como conhecíamos já havia sido inteiramente desestruturada pelo invisível coronavírus, encontrou tempo para analisar nossa proposta de dossiê e aceitou este ousado desafio. Em meio a uma pandemia que forçou a suspensão de quase todas as formas de mobilidade, os artigos publicados neste número analisam a experiência migratória das mulheres brasileiras por meio de abordagens absolutamente originais e inovadoras. Não poderia ser mais oportuno pensar movimento e experiências transfronteiriças de mulheres brasileiras em um momento em que vivíamos a patologização da mobilidade tida como principal meio de propagação do vírus e quando muitas vozes anunciavam o fim ‘do paradigma da mobilidade’ ( Cresswell, 2020 ; Lin; Yeoh, 2021 ). Os artigos aqui reunidos mostram como o(s) corpo(s) das mulheres categorizadas pela nacionalidade brasileira está(ão) sempre em movimento e ocupa(m) uma posição central em suas trajetórias migratórias.

Um agradecimento também as revisoras e revisores que contribuíram anonimamente para garantir a qualidade deste dossiê. O trabalho de revisão de artigos é um espaço fundamental de diálogo com as autoras e autores, que oferece pistas e questões valiosas para pensar os problemas propostos. A apreciação anônima de artigos é um exemplo concreto do caráter inerentemente coletivo da produção de conhecimento. Não é necessariamente a mais prazerosa das atividades académicas, entretanto, posto que quase nunca recebe o devido reconhecimento público.

No contexto de pressão extenuante da academia neoliberal por ‘produtividade’, a pandemia agravou a precariedade das condições de trabalho com as demandas de aulas remotas, de conteúdos para as plataformas de educação a distância, de adaptações para a conclusão de trabalhos de campos, dentre outras. O aumento do trabalho doméstico e de cuidado tornou o tempo já escasso ainda mais valioso, requerendo uma escolha cuidadosa dos compromissos a serem assumidos. A contribuição dos avaliadores em meio a esse contexto tornou-se, portanto, inestimável.

Um último agradecimento volta no tempo, mais precisamente ao ano de 2019 quando, apesar de as fronteiras não estarem igualmente abertas a todos os corpos, alguns espaços acadêmicos configuravam-se como encontros de diversidade. À Beatriz Padilla, com quem organizei o painel Brazilian emigration: what you know and what it is new about no Congresso da Associação de Estudos Latino Americanos (LASA). À Tamaki Watari e Nádia Luna Treillard, que no mesmo ano organizaram a sessão Quando migrantes femininas (re)encontram o(s) “corpo(s) brasileiro(s): os casos da Europa, do Japão e do Brasil no Congresso da Associação de Brasilianistas na Europa (ABRE). Ambos eventos foram o início de uma colaboração feminista e transnacional entre as autoras aqui reunidas, que se mantém até os dias de hoje. Em 2021, partilhamos mais uma vez um painel conjunto no Congresso da ABRE. Muitas das questões aqui apresentadas foram discutidas e amadurecidas nesses encontros, alimentando nosso interesse em organizar o presente dossiê que não pretende oferecer conclusões ou respostas sobre a diversidade da experiência mulheres brasileiras migrantes e seu(s) corpo(s) brasileiro(s). Antes, tem como objetivo constituir-se como espaço de diálogo com um público maior.

A impressão da colonialidade no(s) corpo(s) brasileiro(s) das mulheres brasileiras imigrantes

As trajetórias e vivências transfronteiriças e transnacionais de mulheres brasileiras têm sido objeto de crescentes estudos nacionais ( Carpenedo; Nardi, 2017 ; De Oliveira Assis, 2014 ; Escudero, 2016 ; Fleischer, 2003 ; Piscitelli, 2008a, 2008a; Piscitelli; Assis; Olivar, 2011; Pontes, 2004 ) e internacionais ( Gomes, 2013 ; Lidola, 2015 ; Lucchese Et Al., 2021 ; Mcdonnell; Lourenço, 2009 ; Mcilwaine; Evans, 2020 ; Messias, 2002 ; Padilla; França, 2015 ; Watarai, 2014 ). Tal multiplicidade de interesses dá-se tanto pelo seu aumento exponencial e a diversificação de destinos, bem como pela complexidade de sentidos, materialidade e significados. De maneira geral, a literatura existente tem se dedicado largamente, em nível macro, aos processos de constituição e direcionalidade dos fluxos migratórios, inserção e/ou precarização laboral, acolhimentos, cidadania, (ir)regularidades e acesso à saúde, por exemplo. Em perspectivas mais contextuais, e complementares, muito do debate acadêmico tem se voltado à questões acerca de processos identitários, afetos, racialização e sexualização, agências, entre outros.

A migração das mulheres brasileiras, para além de um e deslocamento geográfico, é um fenômeno social atravessado por clivagens de gênero, classe, raça. Como em outras dinâmicas societais, tais clivagens organizam de forma particular as experiências dessas mulheres, forçando negociações constantes sobre suas identidades/identificações e seu(s) corpo(s) brasileiro(s) tanto nos países de origem quanto nos de destino ( Donato et al., 2006 ; Hondagneu-Sotelo, 2011 ).

Devido à posição subalterna nas matrizes de relação de poder, em suas trajetórias migratórias, as mulheres brasileiras vivenciam intensas convergências de processos de estigmatização, sexualização e racialização que moldam suas experiências e subjetivações corporais (Piscitelli, 2008b). Interseccionalidade e colonialidade, portanto, apresentam-se como conceitos-chave para pensar as experiências migratórias dessas mulheres em contextos de múltiplos sistemas de poder e hierarquias ( Carneiro, 2003 ; Crenshaw, 1991 ; González, 1984 ; Lugones, 2008 ; Paredes, 2008 ). Como Mahler e Pessar (2001) afirmam, a imigração de mulheres implica não apenas um deslocamento geográfico, mas engloba também continuas práticas e discursos de negociação de posições em diferentes níveis das matrizes de poder que moldam a experiência de atravessamento das fronteiras.

Os debates decoloniais têm produzido desafiadoras chaves analíticas na problematização da colonialidade resultante do binómio colonialismo-modernidade materializada em assimetrias geopolíticas, econômicas e culturais de dominação e hierarquização dos sujeitos ( Quijano, 1992 ). Lugones (2008) avança nessas discussões, revelando que a colonialidade de gênero, como um dispositivo de dominação, impôs uma visão hegemônica e eurocêntrica dos atributos que categorizam as mulheres do Sul Global como seres subalternos e inferiores. A autora argumento que a colonialidade de gênero localiza as “mulheres do Sul Global” como sendo corpos exóticos e sexualmente disponíveis, objetificando-os em função do prazer dos homens das metrópoles ( Cusicanqui, 2010 ; Lugones, 2008 ).

A essas dinâmicas de sexualização estão intrincados, também, processos de racialização que, como uma herança da história colonial, forjaram diferenças e distinções, as quais ordenaram a humanidade em categorias posteriormente convertidas em hierarquias ( Ahmed, 2000 ). Essa prática anexou uma identidade racial aos corpos dos sujeitos das colônias investida de significados pré-determinados, transformando-os em corpos racializados ( Ahmed, 2015 ). A racialização das mulheres das colônias deu-se, portanto, como uma experiência intrinsecamente corpórea. O dispositivo saber-poder colonial uniu a identidade das mulheres ao seu corpo ( Ahmed, 2015 ). Aos corpos das mulheres das colônias, assim, associou-se uma identidade racial sexualizada. A medida em que a colonialidade de gênero e a racialização passaram a definir os corpos das mulheres das colônias, foram também sendo empreendidas dinâmicas de inferiorização e subalternização delas em relação às mulheres brancas ( Lugones, 2008 ).

Como mulheres da ex-colônia, as brasileiras imigrantes são construídas como ‘corpo colonial’ ( Fanon, 2007 ). Um corpo racializado, libidinoso e imoral que não obedece às normas dominantes. Tendem a ser vistas, portanto, como o Outro das mulheres brancas ( Ahmed, 2000 ). Essas dinâmicas de opressão se materializam nos dias de hoje através da exotização e erotização dessas mulheres e da sua vinculação constante ao mercado do sexo, resultando em experiências de discriminação e marginalização (Piscitelli, 2008a). O(s) corpo(s) brasileiro(s) das mulheres brasileiras migrantes continua(m) submetido(s) a dispositivos de controle e disciplina construídos discursivamente pelo colonialismo e mantido pela colonialidade.

O(s) corpo(s) sexualizado(s) e racializado(s) das mulheres brasileiras em seus contextos migratórios constituiem-se como uma arena de conflitos, negociações e resistências. Elas jogam com e deslizam sobre os processos de essencialização de suas existências que traduzem e aprisionam suas identidades em um “corpo feminino brasileiro unitário” disponível sexual, afetiva e laboralmente ( Malheiros; Padilla, 2015 ; Piscitelli, 2014 ). Ressignificam os sentidos atribuídos ao(s) seu(s) corpo(s) brasileiro(s), corporificando práticas insurgentes e insubmissas. Práticas de recusa ao lugar subalterno de ‘corpo colonial’ que lhes está reservado previamente. Nesse sentido, as mulheres produzem subjetivações a partir de uma resistência combativa que desafia o discurso hegemónico e forja outras possibilidades identitárias (ver Gomes, 2013 ). As experiências migratórias das brasileiras expõem, portanto, uma multiplicidade de perspectivas de habitar o(s) corpo(s) brasileiro(s).

Ao nos referirmos a ‘corpo(s) brasileiro(s)’ nas experiências transfronteiriças e transnacional das mulheres brasileiras objetivamos refletir sobre as práticas de des/re/construção e experimentação do corpo como um corpo racializado e sexualizado. Desse modo, pensamos ‘o(s) corpo(s) brasileiro(s)’ como técnicas, modos, práticas de resistência, de interpretação, representação e ressignificação. Nas experiências migratórias das mulheres brasileiras, ‘o(s) corpo(s) brasileiro(s)’ constitui-se, simultaneamente, como experiência de opressão e de agência.

Os artigos deste dossiê

Tendo em vista as inúmeras possibilidades experimentação do(s) corpo(s) brasileiro(s) nas trajetórias e vivências transfronteiriças das mulheres brasileiras, este dossiê trata de questões como racialização, sexualização, corporalidades, feminilidades, agência, resistência, identidade(s) e masculinidades em perspectivas transnacional e interseccional, levando em conta diferentes contextos geográficos e sociais. A pluralidade de performances possíveis do(s) corpo(s) brasileiro(s) nas vivências migratórias das mulheres brasileiras que o(s) negocia(m), ressignifica(m) ou contrapõe(m) aos discursos e práticas de dominação, controle e disciplina que impede qualquer tentativa de aprisionamento em uma categoria fixa e ‘natural’. O questionamento central que guia os artigos deste dossiê se volta para os sentidos e os lugares que o(s) corpo(s) brasileiro(s) assumem nas vivências transnacionais e transfronteiriças das mulheres brasileiras. Ou seja, como essas mulheres imaginam, vivem, percebem e sentem seu(s) corpo(s) brasileiro(s) em suas trajetórias de migração. Que transformações o(s) corpo(s) brasileiro(s) experienciam? Qual potencial de agencialidade do(s) corpo(s) brasileiro(s)? Mais ainda, perguntamos como o(s) corpo(s) brasileiro(s) das mulheres brasileiras migrantes conforma(m) ou resiste(m) ao lugar que lhe é previamente reservado com base em construções imaginárias preexistentes. Qual posição assume o(s) corpo(s) brasileiro(s) nos movimentos transfronteiriços das mulheres brasileiras imigrantes e em suas negociações por pertencimento em diferentes geografias.

As experiências de ativismo feminista digital das mulheres brasileiras imigrantes em Portugal é o ponto de partida para as reflexões de Thais França e Stefanie Prange de Oliveira no artigo, Brazilian migrant women as killjoys: disclosing racism in ‘friendly’ Portugal , o qual abre este dossiê. As autoras analisam as estratégias de resistência e enfrentamento à narrativa colonial que as constroem como um corpo racializado, sexualizado e subalterno, levadas a cabo nas redes sociais por brasileiras imigrantes em Portugal. A partir dos posts publicados pelo projeto ‘Brasileiras não se calam’ no Instagram e das problematizações de Ahmed sobre a busca pela felicidade, as autoras, situam o projeto como um ‘coletivo feminista estraga prazeres (feminist killjoy)’ que desafia a falácia do mito sobre Portugal como um país tolerante à diversidade e não-racista. França e de Oliveira argumentam que, ao colocar-se como uma plataforma de denúncia aberta nas redes sociais, o projeto ‘Brasileiras não se calam’ se contrapõe ao lugar de silêncio e passividade reservado às mulheres brasileiras no país.

Ainda no contexto Europeu, Maria Lidola elege o cenário alemão para analisar as estratégias de subversão das hierarquias e estigmas que envolvem a experiência laboral das mulheres brasileiras naquele país. A partir da análise da inserção laboral das mulheres brasileiras no setor de depilação, em seu artigo Civilizando as outras: Beleza, trabalho íntimo e encontros affectivos em Brazilian Waxing Studios em Berlim , a autora analisa como o trabalho íntimo realizado nos Waxing Studios (estúdios de depilação) se constitui como muito mais do que um serviço de remoção de pelos. Lidola argumenta que as mulheres brasileiras atuam como educadoras do corpo alemão não só para uma corporalidade categorizada como mais higiênica e mais feminina, senão também para um comportamento mais humanizado com o diferente. Apesar dos limites que atravessam os relacionamentos temporários e frágeis que se dão no contexto dos Waxing Studios, Lidola argumenta que a inserção laboral das brasileiras no setor estético alemão abre espaços de agência a que essas mulheres não experienciam em outros segmentos feminizados ou etnicizados do mercado laboral.

O artigo Aprendendo a maquiar as hierarquias: corpo “ocidental” e o “oriental” nos cursos de maquiagem da comunidade brasileira no Japão , de Tamaki Watarai, leva-nos ao Japão e segue as análises sobre corpo, beleza e agência. A partir da pesquisa de campo realizada com maquiadoras brasileiras no Japão, a autora discute os processos em que o “corpo brasileiro” se apresenta como “ocidental” em comparação ao “oriental”, criando uma nova hierarquia que coloca as brasileiras em um patamar superior às japonesas. Tal constatação contraria a expectativa da hierarquia econômica existente entre os dois países, bem como das assimetrias sociais, nas quais as brasileiras se classificam como classe menos favorecida por se engajar no trabalho não qualificado no Japão. Watarai analisa como as relações entre corpo, consumo, classe social, gênero e raça possibilitam inversões de hierarquias e como isso constrói os mundos cotidianos das mulheres brasileiras no Japão.

Erica Hatugai, em seu artigo Ler, no corpo da “mestiça”, beleza, corporalidades e fronteiras no parentesco nikkey: as experiências de mulheres nipodescendentes no Brasil , continua a discutir a experiência das mulheres brasileiras no contexto japonês. Seu artigo, porém, parte das concepções de parentesco entre as famílias “japonesas” no Brasil, seguindo um estudo etnográfico realizado com imigrantes de origem japonesa e nipodescendentes de diferentes gerações da região Centro-Oeste Paulista. A autora analisa o deslocamento migratório ao longo de diferentes gerações de descendentes de imigrantes do Japão e suas concepções nativas sobre parentesco, corporalidades e o lugar das mulheres nessas famílias. Hatugai argumenta que as mulheres “mestiças” estabelecem uma ‘nova’ fronteira no parentesco e, portanto, são capazes de confrontar, com suas corporalidades, os estereótipos acerca das mulheres nipodescendentes miscigenadas e não miscigenadas.

Em um contexto e social geográfico distinto, os processos de transformações identitários subjetivos é o objeto do artigo de Ariany da Silva Villar, Dareila Sharim e Beatriz Padilla, Entre la agencia y el estigma: negociaciones identitarias de brasileñas/os en Santiago de Chile desde una perspectiva Biográfica-Interseccional. Analisando a experiência de mulheres brasileiras e homens brasileiros imigrantes no Chile, as autoras trazem uma grande contribuição para a literatura sobre imigração feminina brasileira no contexto Sul-Sul. Elas exploram como as identidades narrativas das mulheres e homens foram negociadas e produzidas entre agência e sujeição ao imaginário sobre a ‘brasilidade’, onde o corpo é o espaço destas negociações. Villa, Sharim e Padilla observam, também, que algumas mulheres brasileiras no Chile escapam ao estereótipo da “mulata”1, sendo posicionadas como “brancas”. Portanto, as autoras concluem que ao contrário do que acontece em outros contextos migratórios, o processo de racialização das brasileiras no Chile compreende também um distanciamento de algumas dessas mulheres dos estereótipos tradicionalmente associados às brasileiras.

Fechando o dossiê, está o artigo Entre o Brasil e a Europa: brasileiras negociando gênero e raça nas representações sobre “a mulher brasileira de Gláucia Assis e Sueli Siqueria. Este estudo multissiatuado investiga os processos de transnacionalização e percepção das marcas da racialização e exotização que as mulheres brasileiras vivenciam ao longo de suas experiências de imigração para Portugal, Itália e Alemanha. As autoras analisam como essas mulheres repensam seus projetos migratórios, negociam posições de gênero e, enfrentando processos de racialização, constroem outros significados para os imaginários associados à “mulher brasileira”, reiteradamente vinculados à relações de conjugalidade estabelecidas com parceiros portugueses, alemães ou italianos. O casamento para as mulheres entrevistadas foi importante para marcar a mudança nas expectativas temporais e na decisão de permanecer nos países de imigração, ao mesmo tempo em que se constituiu como um espaço de afetos e segurança.

Os envolvimentos afetivos afrontaram preconceitos de parentes e amigos, de modo que as mulheres entrevistadas foram desafiando o estigma e preconceito buscando se afastar dos estereótipos da mulher brasileira. As estratégias de enfretamento ao preconceito e discriminação que vivenciam diariamente passam pela ressignificação dos estereótipos sustentados pela colonialidade que as situam numa posição subalterna nas relações laborais, sociais e íntimas. Embora em alguns casos os processos de racialização e sexualização reforcem as assimetrias de poder no interior dessas relações, Assis e Siqueira ilustram como as trajetórias migratórias das brasileiras permitem, também, possibilidades de reposicionamento diante do estigma a que são confrontadas na sociedade de acolhida.

O conjunto dos artigos aqui reunidos mostra que pensar as trajetórias e experiências migratórias de mulheres brasileiras é refletir, obrigatoriamente, sobre as possibilidades e ambiguidades do(s) corpo(s) brasileiro(s) nessas experiências. A abordagem amplia o entendimento de que o(s) corpo(s) brasileiro(s) não conforma(m) uma categoria analítica estática e que, portanto, não pode(m) ser naturalizado(s) ou homogeneizado(s). A partir das discussões aqui apresentadas, convidamos as leitoras/autoras na continuidade das analises sobre a multiplicidade de lugares e papéis que o(s) corpo(s) brasileiro(s) pode(m) ocupar nas vivências transfronteiriças e transnacionais das mulheres brasileiras. Quiçá que os desdobramentos analíticos possam incorporar as formas por meio das quais a pandemia afetou experiências das mulheres que corporificam brasilidades em movimento.

Desejamos que a leitura das nossas reflexões seja prazerosa e estimulante!

Nota

1 Por “mulata” refiro a construção discursiva da mulher brasileira como essencialmente mestiça, dotada de uma sexualidade exacerbada. Nas palavras de Giacommini (1994:221) “A autêntica mulata brasileira revela-se, então, a mulher sedutora por excelência – sedutora porque sensual e disponível”.

Referências

AHMED, S. Strange Encounters: Embodied Others in Post-coloniality. [s.l.] Psychology Press, 2000.

AHMED, S. Race as sedimented history. postmedieval: a journal of medieval cultural studies, v. 6, n. 1, p. 94–97, 1 abr. 2015 [https://doi.org/10.1057/pmed.2015.5].
» https://doi.org/10.1057/pmed.2015.5

CARNEIRO, S. Enegrecer o Feminismo: A situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. In: ASHOKA EMPREENDIMENTOS SOCIAIS (ed.). Racismos contemporâneos. RJ, Takano Cidadania, 2003, pp.49-58.

CARPENEDO, M.; NARDI, H. Maternidade transnacional e produção de subjetividade: as experiências de mulheres brasileiras imigrantes vivendo em Londres. cadernos pagu (49), Campinas, SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu/Unicamp, 2017 [https://doi.org/10.1590/18094449201700490012].
» https://doi.org/10.1590/18094449201700490012

ASSIS, G. Gender and migration from invisibility to agency: The routes of Brazilian women from transnational towns to the United States. Women’s Studies International Forum v. 46, 1 set. 2014, pp.33-44 [https://doi.org/10.1016/j.wsif.2014.01.003].
» https://doi.org/10.1016/j.wsif.2014.01.003

CRENSHAW, K. Mapping the Margins: Intersectionality, Identity Politics, and Violence against Women of Color. Stanford Law Review v. 43, n. 6, jul. 1991, pp.1241 [https://doi.org/10.2307/1229039].
» https://doi.org/10.2307/1229039

CRESSWELL, T. Valuing mobility in a post COVID-19 world. Mobilities v. 0, n. 0, 20 dez. 2020, pp.1-15 [https://doi.org/10.1080/17450101.2020.1863550].
» https://doi.org/10.1080/17450101.2020.1863550

CUSICANQUI, S. R. Ch’ixinakax utxiwa: una reflexión sobre prácticas y discursos descolonizadores. [s.l.] Tinta Limón, 2010.

DONATO, K. M. et al. A Glass Half Full? Gender in Migration Studies. International Migration Review, v. 40, n. 1, 2006, pp.3-26 [https://doi.org/10.1111/j.1747-7379.2006.00001.x].
» https://doi.org/10.1111/j.1747-7379.2006.00001.x

ESCUDERO, C. O protagonismo de mulheres imigrantes na construção de redes sociais para o fortalecimento identitário: o caso das Brasileiras em Chicago (EUA). REMHU: Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana v. 24, n. 48, dez. 2016, pp.179-196 [https://doi.org/10.1590/1980-85852503880004812].
» https://doi.org/10.1590/1980-85852503880004812

FANON, F. The Wretched of the Earth. [s.l.] Grove/Atlantic, Inc., 2007.

FLEISCHER, S. Uma faxina na identidade de emigrantes brasileiras. Cadernos de Campo v. 11, n. 11, São Paulo, 30 mar. 2003, 1991, pp.49-67 [https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v11i11p49-67].
» https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v11i11p49-67

GOMES, M. O imaginário social “Mulher Brasileira” em Portugal: uma análise da construção de saberes, das relações de poder e dos modos de subjetivação. Dados v. 56, n. 4, 2013, pp.867-900 [https://doi.org/10.1590/S0011-52582013000400005].
» https://doi.org/10.1590/S0011-52582013000400005

GONZÁLEZ, L. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje, Anpocs, 1984, pp.223–244 [https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4584956/mod_resource/content/1/06%20-%20GONZALES%2C%20L%C3%A9lia%20-%20Racismo_e_Sexismo_na_Cultura_Brasileira%20%281%29.pdf – acesso: 20 maio 2017].
» https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4584956/mod_resource/content/1/06%20-%20GONZALES%2C%20L%C3%A9lia%20-%20Racismo_e_Sexismo_na_Cultura_Brasileira%20%281%29.pdf

HONDAGNEU-SOTELO, P. Gender and Migration Scholarship: An Overview from a 21st Century Perspective. Migraciones Internacionales v. 6, n. 1, 2011, pp.219-233 [https://doi.org/10.17428/rmi.v6i20.1066].
» https://doi.org/10.17428/rmi.v6i20.1066

LIDOLA, M. Of Grooming Bodies and Caring Souls: New-Old Forms of Care Work in Brazilian Waxing Studios in Berlin. In: ALBER, E.; DROTBOHM, H. (ed.). Anthropological Perspectives on Care: Work, Kinship, and the Life-Course. New York, Palgrave Macmillan US, 2015, pp.69-90.

LIN, W.; YEOH, B. S. A. Pathological (Im)mobilities: managing risk in a time of pandemics. Mobilities v. 16, n. 1, 2 jan. 2021, pp.96-112 [https://doi.org/10.1080/17450101.2020.1863550].
» https://doi.org/10.1080/17450101.2020.1863550

LUCCHESE, S. P. et al. Finding the Silver Lining: Aging Well Amongst Older Brazilian Women in the Post-Migration Context. Canadian Journal of Nursing Research, 22 mar. 2021, p. 08445621211004332 [https://doi.org/10.1177/08445621211004332].
» https://doi.org/10.1177/08445621211004332

LUGONES, M. Colonialidad y Género. Tabula Rasa v. 9, 2008, pp.73-101 [https://revistas.unicolmayor.edu.co/index.php/tabularasa/article/view/1501 – acesso: 16 ago 2010].
» https://revistas.unicolmayor.edu.co/index.php/tabularasa/article/view/1501

MAHLER, S. J.; PESSAR, P. R. Gendered Geographies of Power: Analyzing Gender Across Transnational Spaces. Identities v. 7, n. 4, 1 jan. 2001, pp.441-459 [https://doi.org/10.1080/1070289X.2001.9962675].
» https://doi.org/10.1080/1070289X.2001.9962675

MALHEIROS, J.; PADILLA, B. Can stigma become a resource? The mobilization of aesthetic-corporal capital by female immigrant entrepreneurs from Brazil. Identities: Global Studies in Culture and Power, 2015, pp.687-705 [https://doi.org/10.4324/9781315226491-4].
» https://doi.org/10.4324/9781315226491-4

MCDONNELL, J.; LOURENÇO, C. DE. You’re Brazilian, right? What kind of Brazilian are you? The racialization of Brazilian immigrant women. Ethnic and Racial Studies v. 32, n. 2, 1 fev. 2009, pp.239-256 [https://doi.org/10.1080/01419870802361328].
» https://doi.org/10.1080/01419870802361328

MCILWAINE, C.; EVANS, Y. Urban Violence Against Women and Girls (VAWG) in transnational perspective: reflections from Brazilian women in London. International development planning review v. 42, n. 1, 13 jan. 2020, pp.93-112 [https://doi.org/10.3828/idpr.2018.31].
» https://doi.org/10.3828/idpr.2018.31

MESSIAS, D. K. H. Transnational Health Resources, Practices, and Perspectives: Brazilian Immigrant Women’s Narratives. Journal of Immigrant Health v. 4, n. 4, 1 out. 2002, pp.183–200 [https://doi.org/10.1023/A:1020154402366].
» https://doi.org/10.1023/A:1020154402366

PADILLA, B.; FRANÇA, T. A imigração brasileira desde uma perspectiva de gênero. In: PEIXOTO, J. et al. (ed.). Vagas Atlânticas – Migrações entre Brasil e Portugal no início do Século XXI. Lisboa, Portugal, Mundos Sociais, 2015, pp.89-108.

PAREDES, J. Hilando Fino (Desde el feminismo comunitario). La Paz, CEDEC, 2008.

PISCITELLI, A. Looking for New Worlds: Brazilian Women as International Migrants. Signs: Journal of Women in Culture and Society, v. 33, n. 4, 1 jun. 2008a, pp.784-793 [https://doi.org/10.1086/528747].
» https://doi.org/10.1086/528747

PISCITELLI, A. Interseccionalidades, categorias de articulação e experiências de migrantes brasileiras. Sociedade e Cultura v. 11, n. 2, 18 dez. 2008b [https://doi.org/10.5216/sec.v11i2.5247].
» https://doi.org/10.5216/sec.v11i2.5247

PISCITELLI, A. Transnational Sex Travels: Negotiating Identities in a Brazilian “Tropical Paradise”. In: ALVAREZ, S. et alii (ed). Translocalities/Translocalidades: Feminist Politics of Translation in the Latin/a Américas. New York, USA, Duke University Press, 2014, pp.277-296.

PISCITELLI, A.; ASSIS, G.; OLIVAR, J. Gênero, sexo, amor e dinheiro: mobilidades transnacionais envolvendo o Brasil. Unicamp, Pagu, 2011.

PONTES, L. Mulheres brasileiras na midia portuguesa. cadernos pagu (23), Campinas, SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu/Unicamp, 2004, pp.229–256 [https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8644663 – acesso em: 01 dez 2008].
» https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8644663

QUIJANO, A. Colonialidad y Modernidad-racionalidad. In: BONILLO, H. (ed.). Los Conquistados. Bogota, Tecer Mundo Ediciones, 1992, pp.437-449.

WATARAI, T. Can a Mestiça be a Haafu? Japanese-Brazilian Female Migrants and the Celebration of Racial Mixing in Contemporary Japan. Journal of Intercultural Studies v. 35, n. 6, 2 nov. 2014, pp.662–676 [https://doi.org/10.1080/07256868.2014.967188].
» https://doi.org/10.1080/07256868.2014.967188


Organizadora

Thais França – Investigadora Integrada. Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL). Centro de Investigação e Estudos de Sociologia, Lisboa, Portugal. E-mail: thais.franca@iscte-iul.pt ORCID: 0000-0003-1279-412X


Referências desta apresentação

FRANÇA, Thais. Corpo(s) em movimentos: trajetória(s) corpórea(s) de mulheres brasileiras migrantes. Cadernos Pagu. Campinas, n.63, 2021. Acessar publicação original [DR]

Acessar dossiê

Cadernos Pagu. Campinas, n. 63, 2021.

  • Corpo(s) em movimentos: trajetória(s) corpórea(s) de mulheres brasileiras migrantes Dossiê Mulheres Brasileiras Migrantes: A Des/re/construção Do(S) Corpo(S) Brasileiro(S)
  • França, Thais
  • Texto: PT
  •  PDF: PT
  • Mulheres brasileiras imigrantes como estraga-prazeres: revelando racismo no “amigável” Portugal Dossiê Mulheres Brasileiras Migrantes: A Des/re/construção Do(S) Corpo(S) Brasileiro(S)
  • França, Thais; Oliveira, Stefanie Prange de
  • Resumo: EN PT
  •  Texto: EN PT
  •  PDF: EN PT
  • Civilizando as outras: Beleza, trabalho íntimo e encontros affectivos em Brazilian Waxing Studios em Berlim Dossiê Mulheres Brasileiras Migrantes: A Des/re/construção Do(S) Corpo(S) Brasileiro(S)
  • Lidola, Maria
  • Resumo: EN PT
  •  Texto: EN
  •  PDF: EN
  • Aprendendo a maquiar as hierarquias: corpo “ocidental” e o “oriental” nos cursos de maquiagem da comunidade brasileira no Japão Dossiê Mulheres Brasileiras Migrantes: A Des/re/construção Do(S) Corpo(S) Brasileiro(S)
  • Watarai, Tamaki
  • Resumo: EN PT
  •  Texto: PT
  •  PDF: PT
  • Ler, no corpo da “mestiça”, beleza, corporalidades e fronteiras no parentesco nikkey: as experiências de mulheres nipodescendentes no Brasil Dossiê Mulheres Brasileiras Migrantes: A Des/re/construção Do(S) Corpo(S) Brasileiro(S)
  • Hatugai, Érica Rosa
  • Resumo: EN PT
  •  Texto: PT
  •  PDF: PT
  • Entre la agencia y el estigma: negociaciones identitarias de brasileñas/os en Santiago de Chile desde una perspectiva Biográfica-Interseccional Dossiê Mulheres Brasileiras Migrantes: A Des/re/construção Do(S) Corpo(S) Brasileiro(S)
  • Villar, Ariany da Silva; Padilla, Beatriz; Sharim, Dariela
  • Resumo: EN ES
  •  Texto: ES
  •  PDF: ES
  • Entre o Brasil e a Europa: brasileiras negociando gênero e raça nas representações sobre “a mulher brasileira” Dossiê Mulheres Brasileiras Migrantes: A Des/re/construção Do(S) Corpo(S) Brasileiro(S)
  • Assis, Gláucia Oliveira; Siqueira, Sueli
  • Resumo: EN PT
  •  Texto: PT
  •  PDF: PT
  • As mulheres na produção editorial científica ilustrada do século XIX: Maria Graham, Anna Atkins e Matilda Smith Artigo
  • Souza, Maria de Fátima Medeiros de; Oliveira, Emerson Dionisio Gomes de
  • Resumo: EN PT
  •  Texto: PT
  •  PDF: PT
  • Morte ao patriarcado: fraternidade, irmandade, sororidade Artigo
  • Fernandes, Evelyn Blaut
  • Resumo: EN PT
  •  Texto: PT
  •  PDF: PT
  • Vivencias en voz baja: Género, público y privado en poblaciones rurales de Rio Grande do Norte (Brasil) Artigo
  • Figurelli, Mónica Fernanda
  • Resumo: EN ES
  •  Texto: ES
  •  PDF: ES
  • As bichas e os bofes na crise do sistema penitenciário Artigo
  • Sander, Vanessa
  • Resumo: EN PT
  •  Texto: PT
  •  PDF: PT
  • Emociones “negativas” y reflexividad: “guiños feministas” sobre género y sexualidades en una investigación etnográfica sobre parto respetado en Buenos Aires Artigo
  • Jerez, Celeste Mariel
  • Resumo: EN ES
  •  Texto: ES
  •  PDF: ES
  • Cansaço e violência social: sobre o atual cotidiano materno Artigo
  • Carneiro, Rosamaria
  • Resumo: EN PT
  •  Texto: PT
  •  PDF: PT
  • Los estudios sobre aborto en Argentina. Un estado de la cuestión Artigo
  • Burton, Julia
  • Resumo: EN ES
  •  Texto: ES
  •  PDF: ES
  • Dizeres e práticas docentes: as discussões de gênero em uma escola pública estadual de Pio XII/MA Artigo
  • Lima, Rarielle Rodrigues; Maia, Marília Milhomem Moscoso; Sousa, Sandra Maria Nascimento
  • Resumo: EN PT
  •  Texto: PT
  •  PDF: PT
  • O tabu da educação sexual: gênese e perpetuação dos preconceitos na infância Artigo
  • Garbarino, Mariana Inés
  • Resumo: EN PT
  •  Texto: PT
  •  PDF: PT
  • Equidade de gênero na educação e nas ciências: novos desafios no Brasil atual Artigo
  • Sígolo, Vanessa Moreira; Gava, Thais; Unbehaum, Sandra
  • Resumo: EN PT
  •  Texto: PT
  •  PDF: PT
  • Mujeres ante las violencias. Valoración de la información periodística sobre la violencia de género por parte de mujeres supervivientes Artigos
  • Zurbano-Berenguer, Belén; Solá-Morales, Salomé; Marín-Conejo, Sergio
  • Resumo: EN ES
  •  Texto: ES
  •  PDF: ES
  • Evoluções, revoluções, persistências, resistências – perspectivas em estudos de gênero para nossos tempos Resenha
  • Adelman, Miriam
  • Texto: PT
  •  PDF: PT
  • Travestis: entre o espelho e a rua Resenha
  • Silva, Renan Antônio da
  • Texto: PT
  •  PDF: PT
  • ERRATA Errata
  • Texto: PT
  •  PDF: PT

CLIO History and History Teaching. Zaragoza, n.47, 2021.

Participación ciudadana y enseñanza de la historia

Monográfico coordinado por Emilio José Delgado Algarra (Universidad de Huelva) y César Bernal Bravo (Universidad Rey Juan Carlos)

MISCELÁNEA

Reseñas

Publicado: 20-12-2021

Pilquen. Buenos Aires, v.24, n.4, 2021.

Revista Pilquen. Sección Ciencias Sociales

  • Período octubre/diciembre. Publicado 21/12/2021

ARTÍCULOS

RESEÑAS

PUBLICADO: 2021-12-16

Clío & Asociados. La Plata, n.33, jul./dic., 2021

Investigaciones

Entrevistas

Propuestas y experiencias

Reseñas

Publicado: 2021-12-15

Na contramão da liberdade: A guinada autoritária nas democracias contemporâneas | Timotht Snyder

O livro Na contramão da liberdade: a guinada autoritária nas democracias contemporâneas, do historiador norte-americano Timothy Snyder, chega em momento oportuno para ampla parcela do público brasileiro. Compreender a onda autoritária que se fortalece em âmbito global e que atualmente governa este país, tem chamado a atenção de muitos leitores. A obra, publicada originalmente em inglês em 2018, insere-se num filão editorial composto por obras como O povo contra a Democracia (Companhia das Letras, 2019), de Yascha Mounk, Como a Democracia chega ao fim (Todavia, 2018), de David Runciman, e Como as democracias morrem (Zahar, 2018), de Steven Levitsky e Daniel Ziblatt; livros agrupados por alguns analistas em categorias como “biblioteca da ansiedade” ou “bibliografia do fim do mundo”.1 Tais nomes poderiam sugerir exagero ou alarme falso, o que desconsideraria a urgência das questões tratadas em tais livros. Afinal, o perigo é real, inadiável. Basta considerar a erosão de nossas instituições democráticas nos últimos tempos. Os leitores brasileiros da referida obra poderiam, desse modo, beneficiar-se muito das considerações de Snyder acerca de processos históricos que, se não nos governam por inteiro, certamente mantêm relações com nossas instituições e vida política. Seu livro fornece tanto elementos para uma melhor compreensão da difusão recente do autoritarismo em várias partes do mundo, quanto possíveis caminhos para se contrapor a ele. Neste último caso, talvez valha a pena discutir tal obra a partir de alguns aspectos do fortalecimento de um movimento autoritário no Brasil e de suas especificidades, de maneira a evitar sua diluição completa no fenômeno abordado pelo livro, bem como a tomada das mesmas vias propostas pelo autor para a manutenção ou o revigoramento da democracia. Leia Mais

O Sindicato que a Ditadura queria: o Ministério do Trabalho no governo Castelo Branco (1964-1967)

A autora de O Sindicato que a Ditadura queria é Heliene Nagasava. Servidora do Arquivo Nacional desde 2008, ela atua na organização e pesquisa dos acervos ligados à História do Brasil Republicano, destacando-se no trabalho com os arquivos da repressão. Sua atuação no Arquivo Nacional, somado ao engajamento no Laboratório de Estudos da História do Mundo do Trabalho (LEHMT/UFRJ) e em projetos ligados à Comissão Nacional da Verdade (2012-2014), traça o lugar social da investigação histórica aqui analisada. O livro é resultado de dissertação de mestrado, orientada por Paulo Fontes (UFRJ), e defendida no Centro de Pesquisa e Documentação de História do Brasil Contemporâneo (CPDOC-FGV).

A pesquisa articula a intenção de revelar e utilizar os acervos da história recente do país, a contraposição das memórias das elites políticas do governo Castelo Branco (1964-1967) com os arquivos da repressão, e a compreensão da história social dos trabalhadores na ditadura. A análise estrutura-se em três capítulos: o primeiro compreende passagem de Arnaldo Sussekind como ministro do trabalho (1964-1965) e os embates com os trabalhadores; o segundo analisa a repressão feita nos sindicatos a partir do Ato Institucional nº 1; o terceiro enfoca as medidas tomadas pelos ministros do trabalho Peraccchi Barcelos e Nascimento e Silva. No panorama da história política do Brasil República e da história social dos trabalhadores, o livro e pesquisa deslocam o enfoque dado ao Ministério do Trabalho nas décadas de 1930 e 1940 para o período da ditadura civil-militar. Leia Mais

A corrida pelo rio: projetos de canais para o Rio São Francisco e disputas territoriais no Império brasileiro (1846-1886) | Gabriel Pereira de Oliveira

A História Ambiental vem atraindo cada vez mais pesquisadores nos últimos anos, o que resulta na expansão do seu leque de estudos. Um desses pesquisadores é Gabriel Pereira de Oliveira, mestre em História pela Universidade Federal de Minas Gerais e doutor em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Integra o que pode ser chamado de segunda geração de historiadores ambientais brasileiros, ou seja, foi aluno de pesquisadores que trouxeram a História Ambiental para o nosso país, a exemplo de Regina Horta Duarte e José Augusto Pádua, dois grandes professores que orientaram o mestrado e doutorado de Gabriel Oliveira, fato que aumenta as expectativas quanto ao livro aqui resenhado: “A corrida pelo rio: projetos de canais para o Rio São Francisco e disputas territoriais no Império brasileiro (1846-1886)”, publicado em 2019, em Recife, pela Fundação Joaquim Nabuco através da Editora Massangana. Recebi o livro como prêmio de um sorteio realizado no 3° Seminário Amazônico de História e Natureza (2020), organizado pelo GRHIN-UFPA (Grupo de Pesquisa História e Natureza).

Essa resenha apresenta duas divisões: tratamos inicialmente do resumo da obra, passando capítulo por capítulo e destacando os pontos fortes do livro; e uma segunda parte mais crítica, destacando algumas ausências na obra, os motivos para lê-la e os caminhos que se abrem a partir da leitura. O tema central do livro são os projetos de transposição do São Francisco no século XIX. As fontes dessa pesquisa histórica são bem variadas, passando por jornais e revistas, escritos e discursos de políticos e membros da elite do Império, com um destaque especial para os mapas e relatórios técnicos (p.19-25). Feita essa breve apresentação, vamos olhar com mais atenção para os capítulos. Leia Mais

A autobiografia de Martin Luther King | Clayborne Carson e Martin Luther King

Em função de sua influência midiática global, as recentes manifestações estadunidenses, pautadas primordialmente no antirracismo, ressuscitaram o debate sobre discriminação racial nas imprensas espalhadas pelo mundo. Seja para criticar a raiva dos manifestantes, representada pela destruição de símbolos escravistas, como estátuas de senhores de escravos, por exemplo, ou para apoiar a causa da população negra, opiniões têm sido levantadas sobre esses episódios sociais. Entretanto, se engana quem pensa que tais demandas e reivindicações são totalmente novas no âmbito social dos Estados Unidos da América. Não é de hoje que esse ativismo urgente reúne milhares de atuantes em seu centro e milhões de espectadores em seu entorno.

No cerne dessa questão, importantes lideranças negras se consolidaram como catalisadores de mudanças sociais no continente americano. Dentre elas, destaca-se o inesquecível pastor batista Martin Luther King Jr (1929- 1968), reconhecido por lutar em prol da universalização dos espaços sociais. Nascido no ápice da Grande Depressão, o menino da classe média de Atlanta, desde cedo, nutria um forte sentimento contra o sistema segregacionista que vigorava nos Estados Unidos. Acusado de ser negro1, inevitavelmente enveredou pelos caminhos militantes do pai2 e, em poucos anos, tornou-se a liderança central do movimento por direitos civis na América do Norte, questionando a predominância exclusivamente branca nos espaços sociais de seu país. Leia Mais

Revista de História. Salvador, v. 9, 2021.

Expediente

Editorial

  • EDITORIAL
  • Johnnys Jorge Gomes Alencar; Caio Fernandes Barbosa
  • PDF

Artigos

Resenhas

Publicado: 2021-12-16

Das Amazônias. Rio Branco, v.4 n.2, 2021.

A História em diálogo: identidades, sujeitos e saberes

Capa: Geovanna Moraes de Almeida e Thais Albuquerque Figueiredo

Apresentação da capa

Ficha Técnica

  • Ficha Técnica
  • Revista Discente de História da Ufac
  • PDF
  • Revista Discente de História da Ufac
  • PDF

Editorial

Artigos

Ensaios

Resenha

Publicado: 2021-12-16

Fênix – Revista de História e Estudos Culturais. Uberlândia, v.18, n.2, 2021.

Dossiê: História da saúde e das doenças: sujeitos, saberes e práticas

Editorial

Dossiê

Artigos

Resenhas

Publicado: 2021-12-16

Os saberes dos povos e a desconstrução: Religiosidade, Natureza e Cultura | Abatirá | 2021

Jacques Derrida writes Maconha
The intimacy of friendship, Jacques Derrida writes, lies in the sensation of recognizing oneself in the eyes of another | Foto: Denis Dailleux / Redux

Jacques Derrida foi um filósofo nascido na encruza, uma encruzilhada chamada Magrebe, entre norte e sul, entre ocidente e oriente. Derrida, um pied noir, como chamavam os franceses aos africanos do norte, um pé-preto, judeu-árabe, mas nem judeu nem árabe completamente, muito branco pra ser Africano, mas muito preto pra ser Europeu, ele vem desse lugar, se assenta nesse lugar e sustenta que só nesse lugar de cruzos se pode pensar. Desse estranho lugar nasce “essa estranha instituição chamada filosofia”: seja na encruzilhada que foi a Grécia Antiga, antes de ser pretensamente purificada pelos alemães do século XIX, seja na encruzilhada que foi o Egito, seja aqui nas nossas esquinas das Américas.

Quando esteve no Brasil para a última conferência que daria em vida, em agosto de 2004 4, Derrida nos pede que deixemos de lado certas picuinhas filosóficas, herdadas da Europa como “os grandes problemas da filosofia”, para pensarmos nossas questões. Acreditava ele que alguns de seus textos poderiam nos ajudar, não como “método” para ser aplicado, nem como modelo, mas, talvez, como inspiração para que cada um possa pensar suas questões desde e a partir de seu chão, que não é nenhuma espécie de fundamento, nem lugar determinado. Leia Mais

Branquitude e racismo estrutural na Universidade | Abatirá | 2021

Racismo estrutural quando o preconceito vira regra Maconha
Racismo estrutural: quando o preconceito vira regra | Imagem: Defensoria Pública Geral do Estado do Ceará

A Revista Abatirá é uma publicação eletrônica do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias do Campo XVIII da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e tem como escopo fomentar a produção científica para a construção do conhecimento no campo da Educação. Com o propósito de contribuir com o debate acadêmico sobre as várias dimensões da educação, este dossiê, volume 2, número 4, brinda os leitores com a publicação de estudos científicos inéditos sobre “Branquitude e racismo estrutural na Universidade”.

Antes da conceituação de branquitude, é importante entendermos o que é privilégio, termo que, de acordo com o dicionário Michaelis3, significa “direito, vantagem ou imunidades especiais gozadas por uma ou mais pessoas, em detrimento da maioria” ou, juridicamente, “posição de superioridade, amparada ou não por lei ou costumes, decorrente da distribuição desigual do poder político ou econômico”. Nessa perspectiva, Cardoso (2020, apud DRUMOND, 2021) diz que, na nossa cultura ocidental contemporânea, o termo parece não fazer sentido, já que prevalece o princípio da igualdade perante a lei, sendo o privilégio algo do passado, um período em que o privilégio era um direito, a depender do segmento social de nascimento de cada pessoa. Leia Mais

Abatirá. Eunápolis, v.2 n.4, 2021.

Abatira Maconha

Saberes dos Povos, Desconstrução e Branquitude

  • Grafismo por Arissana Pataxó
  • Designer gráfico por Danilo Silva

Expediente

Conferência

Dossiê: Os saberes dos povos e a desconstrução

Dossiê: Branquitude e racismo estrutural na Universidade

Artigos

Ensaios

Relato de Experiência (práticas educativas, saberes de mestres populares)

Entrevista

Publicado: 2021-12-16

PolHis. Buenos Aires, n. 27, 14, 2021.

Editorial

Dossiers Temáticos

Artículos

Comentarios sobre novedades bibliográficas

Publicado: 2021-12-15

Intelligere. São Paulo, n. 12, 2021.

APRESENTAÇÃO E SUMÁRIO

ARTIGOS

PESQUISA

EXPEDIENTE

INFORMAÇÕES

PUBLICADO: 2021-12-15

Práticas de pesquisa em história | Tania Regina de Luca

Este livro, de autoria de Tania Regina de Luca, foi publicado pela Editora Contexto em 2020, fazendo parte da coleção História na Universidade, que traz uma visão geral e didática sobre pontos-chave da disciplina. A autora é mestre e doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) e professora de cursos de graduação e pós-graduação em História da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Diante do desafio que é elaborar pesquisas em História, a pesquisadora se propõe a traçar os caminhos da produção do conhecimento historiográfico, norteando estudantes de graduação e demais interessados na área.

Com uma abordagem elucidativa, o universo da investigação em História é conduzido através da interlocução com renomados pensadores. Em cada capítulo, há uma epígrafe que convida o leitor a refletir sobre o tema abordado. Assim, de Marc Bloch a Marte Mangset e Emmanuelle Picard, é possível conhecer ou reencontrar os notáveis intelectuais do campo. Leia Mais

Revista Eletrônica História em Reflexão. Dourados, v. 15, n.30, 2021.

ARTIGOS LIVRES

RESENHAS

EXPEDIENTE

PUBLICADO: 15/12/2021

Mussolini contro Lenin | Emilio Gentile

Emilio Gentile Maconha
Emilio Gentile | Imagem: Accenti, 2019

Em agosto de 2017, após um confronto entre neonazistas e antifascistas em Charlottesville, nos EUA, espalhou-se nas redes sociais uma ideia que, anos atrás, talvez só tivesse adeptos entre os cultores de teorias da conspiração e de modernas lendas urbanas: a de que o nazismo teria origem num movimento de esquerda ou seria ele mesmo um movimento de esquerda. O site de notícias UOL publicou, na ocasião, uma reportagem desmentindo essas afirmações. Historiadores foram consultados2, e os argumentos disparatados dos defensores dessa ideia exótica foram refutados pelo site (UOL, 2017).

Um ano mais tarde, em setembro de 2018, a embaixada da Alemanha em Brasília e seu Consulado Geral no Recife publicaram um vídeo em que se explicava como a história é ensinada às crianças alemãs. No material produzido afirmava-se que o nazismo era um movimento de direita. Foi o que bastou para que um grupo de brasileiros tentasse “corrigir” os alemães através de uma enxurrada de críticas: afirmavam que o nacional-socialismo era de esquerda e que o Holocausto não havia acontecido. Damaris Jenner, encarregada dos assuntos de imprensa da embaixada, explicou ao jornal El País que a ideia de falar sobre como se ensina a história na Alemanha surgiu precisamente nos dias em que aconteceram as manifestações neonazistas em Chemnitz (Rossi e Oliveira, 2018). Mas a reação dos internautas os surpreendeu. Leia Mais

Cuando Moctezuma conoció a Cortés: la verdad del encuentro que cambió la historia | Matthew Restall

Mattew Restall Maconha

Mattew Restall | Imagem: Alchetron

Existem muitas formas de alguém interessado pela Conquista do México procurar informações sobre o tema. Uma das mais comuns é realizar uma busca através do Google. Ao fazermos isso, o primeiro resultado – em geral, o mais acessado – abre seu texto com a afirmação de que “a conquista dos astecas foi um feito atribuído ao espanhol Hernán Cortés” (Silva, 2020). Outro caminho muito utilizado é procurar por livros em sites de vendas. Na versão brasileira da Amazon, por exemplo, os primeiros resultados sugerem uma biografia de Cortés (Morais, 2011) e uma obra publicada há mais de 170 anos pelo historiador norte-americano William H. Prescott (1843).

As opções sugeridas em ambas as buscas revelam algumas das principais questões que levaram Matthew Restall a publicar seu Cuando Moctezuma conoció a Cortés: la verdad del encuentro que cambió la historia (2019)2. Nele, o professor da Penn State University questiona frontalmente a centralidade atribuída a Cortés durante séculos, o perene sucesso de determinadas abordagens e interpretações sobre os eventos, tendo Prescott como um nome central, e a própria noção de Conquista. Leia Mais

La ciencia y sus públicos: circulación, apropiación y creación científica en Iberoamérica (s. XIX-XX) | História Unisinos | 2021

Henri Poincare Maconha
Henri Poincare | Imagen: Bill Sanderson

¿Cómo se produce el conocimiento científico? ¿Cómo circula este en un nivel global y local? ¿Qué roles ejercen y cómo interactúan los “expertos” y los públicos profanos en estos procesos? Estas son algunas de las preguntas que motivaron la coordinación de este dossier, que propone una revisión del estatus de la comunicación científica en la construcción del saber desde una perspectiva histórica. Tradicionalmente, el llamado modelo del “déficit” ha influido en las últimas décadas y todavía hoy en la manera de entender la circulación del conocimiento científico. En este marco interpretativo, se percibe la ciencia como el quehacer de un grupo de expertos, que, habiendo elaborado su trabajo y realizado los esperados hallazgos en una primera etapa, difunden posteriormente sus resultados a la sociedad o públicos legos. De este modo, el saber circula desde los expertos dentro de las instituciones, hacia los inexpertos que están fuera de estas. Esta perspectiva asume a su vez que la circulación del saber científico opera bajo la lógica de transmisión desde el centro experto de la producción científica hacia la periferia profana. No obstante, los enfoques teóricos desarrollados durante los últimos años (Hilgartner, 1990; Broks, 1993; Secord, 2004; Topham, 2009; Lipphardt y Ludwig, 2011; Nieto-Galan, 2011) han revisado y cuestionado dicho modelo, al proponer a “los públicos” como agentes activos del proceso de construcción de conocimiento científico. Esta aproximación ha permitido constatar que la ciencia es afectada, moldeada y generada por diferentes personas dentro de la sociedad, más allá de los científicos, de tal modo que la interacción entre estos y aquellos se ha convertido en un asunto importante de analizar. La ciencia, bajo este nuevo paradigma, es entendida como un acto de comunicación en sí misma, por lo que no sería factible desvincular el hacer ciencia con su divulgación (Secord, 2004). Leia Mais

História Unisinos. São Leopoldo, v.25, n.3, set./dez. 2021.

Historia Unisinos 1 Maconha

Dossiê

Artigos

Entrevista

Resenhas Críticas

Acervos e Fontes

Publicado: 2021-12-14

5º Centenário da Primeira Volta ao Mundo: a estadia da frota no Rio de Janeiro | Paulo Roberto Pereira

Paulo Roberto Pereira 2 Maconha
Paulo Roberto Pereira | Imagem: Jornal da PUC, 2017

Em celebração aos 500 anos da viagem de Fernão de Magalhães e Juan Sebastián Elcano, foi realizado, nos dias 12 e 13 de dezembro de 2019, nas dependências do Museu Histórico Nacional, na cidade do Rio de Janeiro, o seminário internacional intitulado 5º Centenário da Primeira Volta ao Mundo: a estadia da frota no Rio de Janeiro. O evento resultou no desenvolvimento do livro homônimo, organizado por Paulo Roberto Pereira (doutor em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e professor na Universidade Federal Fluminense) e publicado pela Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha, em 2021.

A obra, uma coletânea de 14 artigos elaborados a partir das comunicações apresentadas durante o seminário, contou com a participação de pesquisadores brasileiros e de outros países envolvidos na primeira circum-navegação, como: Espanha, Portugal, Argentina, Chile, Peru e Uruguai. A presente resenha se debruça sobre os primeiros sete artigos que compõem a obra. Leia Mais

Ações militares e instituições marítimas brasileiras: da transmigração da corte lusitana à Independência | Navigator | 2021

Brigadada Real da Marinha Portuguesa Maconha
Brigada Real da Marinha Portuguesa | Imagem: Área Militar

Faltando menos de um ano para as comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil, a Revista Navigator lança em seu novo número o dossiê intitulado “Ações militares e instituições marítimas brasileiras: da transmigração da corte lusitana à Independência”, organizado pelo professor doutor Fernando da Silva Rodrigues e pela professora doutora Mary Del Priore, ambos do quadro docente permanente do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Salgado de Oliveira.

Como disse Ortega y Gasset, “O passado é o único arsenal onde podemos encontrar os meios para tornar o nosso futuro eficaz”. Não nos lembramos do passado apenas por causa dele, e muito menos por um desejo de permanecer nele, por uma ânsia de imitá-lo. Foi assim que no ano de 2008 tiveram início as reflexões sobre o bicentenário de independência dos países latino-americanos, quando intelectuais de Espanha, Portugal e da América Latina voltaram ao passado procurando uma forma de interpretar o seu futuro imediato. Leia Mais

Navigator. Rio de Janeiro, v.17, n.34 2021.

Navigator1 Maconha

Revista Navigator – Dossiê Ações militares e instituições marítimas brasileiras: da transmigração da corte lusitana à Independência

Apresentação

Dossiê

Artigos

Comunicação

Resenha

Publicado: 2021-12-14

Projeto História. São Paulo, v.72, 2021.

SET/DEZ: RELAÇÕES DE GÊNERO E HISTÓRIA: EMOÇÕES, CORPOS E SEXUALIDADES

Apresentação

Artigos Dossiê

Artigos livres

Resenhas

Projeto História. São Paulo, v.72, 2021.

Tempo. Niterói, v.27, n.3, set./dez. 2021.

TEMPO3 Maconha
  • Colonatos e aldeamentos no Niassa, Moçambique: processos e impactos sociais em tempo de guerra (1964-1974) Artigo
  • Castelo, Cláudia
  • Resumo: EN PT
  • Texto: PT
  • PDF: PT
  • As oficinas e o trabalho penal dos condenados da Casa de Correção de Porto Alegre (1895-1930) Artigo
  • Cesar, Tiago da Silva
  • Resumo: EN PT
  • Texto: PT
  • PDF: PT
  • Imagens afro-atlânticas: usos e circuitos transnacionais da fotografia de populações negras nos tempos do colonialismo Artigo
  • Barbosa, Cibele
  • Resumo: EN PT
  • Texto: PT
  • PDF: PT
  • Para o bairro, para o subúrbio, para a nação: a experiência náutica do Olaria Atlético Clube (Rio de Janeiro, 1915-1930) Artigo
  • Melo, Victor Andrade de
  • Resumo: EN PT
  • Texto: PT
  • PDF: PT
  • Por uma identidade nacional “moderna” e “regenerada”: a teoria psicanalítica na Liga Brasileira de Higiene Mental (1926) Artigo
  • Castro, Rafael Dias de
  • Resumo: EN PT
  • Texto: PT
  • PDF: PT
  • “O latifúndio é o Diabo”: apontamentos sobre a inusitada trajetória de Saluzinho Artigo
  • Zangelmi, Arnaldo José; Queler, Jefferson José
  • Resumo: EN PT
  • Texto: PT
  • PDF: PT
  • Uma gentalha derramada pelas cidades: distúrbios em terra e deserções na Marinha Mercante luso-brasileira (segunda metade do século XVIII) Artigo
  • Rodrigues, Jaime
  • Resumo: EN PT
  • Texto: PT
  • PDF: PT
  • Entre a restauração e a fundação: a democracia protegida da Declaración de Principios del Gobierno de Chile (1973-1980) Artículo
  • Korstanje, Maximiliano; López, Freddy Timmermann
  • Resumo: ES PT
  • Texto: ES
  • PDF: ES
  • “As engenharias do não engenheiro”: Conrado Jacob de Niemeyer e o Clube de Engenharia do Rio de Janeiro em perspectiva transnacional (1880-1919) Artigo
  • Atique, Fernando
  • Resumo: EN PT
  • Texto: PT
  • PDF: PT
  • Conflitos intraelite, cidadania e representação da minoria: o debate parlamentar sobre a reforma eleitoral de 1875 Artigo
  • Dolhnikoff, Miriam
  • Resumo: EN PT
  • Texto: PT
  • PDF: PT
  • A trajetória e o governo prelatício de Francisco da Silveira Dias, último administrador eclesiástico do Rio de Janeiro (1671-1681) Artigo
  • Mendes, Ediana Ferreira
  • Resumo: EN PT
  • Texto: PT
  • PDF: PT
  • “Fonte” [Quelle] e “método” [Methode] na historiografia didática em língua alemã (1699-1904) Artigo
  • Oliveira, Margarida Maria Dias de; Freitas, Itamar
  • Resumo: EN PT
  • Texto: PT
  • PDF: PT
  • O luto nas páginas da revista A Estação: o que vestir, como vestir Artigo
  • Schmitt, Juliana
  • Resumo: EN PT
  • Texto: PT
  • PDF: PT
  • Inventários da humanidade: narrativas de viajantes, hierarquias raciais e racismos nas Américas Resenha
  • Accruche, Hevelly
  • Resumo: EN PT
  • Texto: PT
  • PDF: PT

 

Florentino Ameghino y Hermanos: empresa argentina de paleontología ilimitada | Irina Podgorny

Florentino Ameghino (1854?-1911) dispensa apresentações para os historiadores das ciências, em especial da paleontologia, da zoologia, da antropologia, da etnografia, da arqueologia. Sua vasta obra, referência obrigatória para os especialistas europeus e norte-americanos de sua época, de Paris a Princeton, permanece consulta imprescindível, não só para a história da geologia, da paleontologia, da antropologia, da historiografia latino-americana, como para o esclarecimento de prioridades de pesquisas.

É certo que desde sua morte não faltaram obituários, biografias laudatórias do “sábio”, notas nas revistas científicas internacionais das diversas áreas disciplinares para as quais Ameghino deixou suas inúmeras contribuições. Leia Mais

Sex, skulls, and citizens: gender and racial science in Argentina (1860-1910) | Ashley Elizabeth Kerr

Todos nuestros huesos persisten al paso del tiempo. Son los últimos registros del archivo viviente que llamamos cuerpo. Frágiles e indestructibles, los restos óseos resisten archivados bajo tierra (o minan) nuestro vínculo con el pasado. Esto parece aún más evidente en una Argentina en la que los restos humanos se han transformado en poderosos agentes de las narrativas históricas. Quizás un ejemplo paradigmático de esto sean los restos de las víctimas del terrorismo de Estado de la última dictadura militar, que, activados por los equipos de antropología forense y los organismos de derechos humanos, se transformaron en actores indiscutibles en los procesos por la verdad, la memoria y la justicia.

Sex, skulls and citizens aborda otros restos: aquellos que durante décadas permanecieron como botines de guerra en las vitrinas de los museos. Este libro se ocupa de aquellos cuerpos violentados por el proyecto expansionista del Estado argentino para indagar sobre los puntos de contacto entre ciencia, raza y sexualidad en la formación de la argentina moderna. Leia Mais

Em Tempo de Histórias. Brasília, v.1, n.39, 2021.

Em tempo de Historias UnB Maconha

Dossiê História do Tempo Presente: itinerários, dilemas e perspectivas de investigação

Editorial

Dossiê

Entrevista

Artigos

Notas de Pesquisa

Publicado: 2021-12-13

História do Tempo Presente: itinerários, dilemas e perspectivas de investigação | Em Tempo de Histórias | 2021

Detalhe de Capa de Em Tempo de Historias Maconha
[Protestos no Congresso Nacional]. Detalhe de Capa de Em Tempo de Histórias v. 1, n. 39, 2021

A História do Tempo Presente emerge das incertezas e durezas de um tempo próximo, com feridas abertas a serem tratadas. Um passado que ainda não está acabado e no qual os sujeitos históricos são um “ainda aí”. Defini-la pode causar dissensos e confusões: consiste numa concepção teórica, muitas vezes confundida com um recorte temporal. As pesquisas históricas dedicadas ao estudo de eventos temporalmente próximos ao presente de produção do historiador/a são, em algumas oportunidades, interpretadas equivocadamente, como se tal proximidade qualificasse por si só um estudo inscrito no âmbito da História do Tempo Presente.

Como concepção historiográfica, a História do Tempo Presente está relacionada à forma como lidamos com o tempo e estabelecemos relações temporais mediadas por operações próprias do mundo pós-guerra: as memórias, seus usos e abusos; os testemunhos vivos de um passado-presente; os monumentos e homenagens públicas; as mídias e as comemorações. Essa perspectiva está associada à intenção de compreender os diversos passados que, de alguma maneira, ainda se fazem presentes. Compartilhamos, assim, a perspectiva apresentada pelo historiador François Dosse, para quem a singularidade do tempo presente reside “na não contemporaneidade do contemporâneo” (DOSSE, 2012, p. 6), em um passado que ainda circula pelos labirintos das temporalidades e que segue pulsante na atualidade. Leia Mais

Linhas. Florianópolis, v.22, n.50, 2021.

Linhas3 3 Maconha

Centenário da Escola Regional de Meriti

Editorial

Apresentação

Dossiê

Artigo

Resenha

Revista Brasileira de História da Ciência. Rio de Janeiro, v.14, n.2, 2021.

Editorial

  • Editorial
  • Breno Arsioli Moura, Ermelinda Moutinho Pataca, Indianara Lima Silva, Rômulo de Paula Andrade
  • PDF

Artigos

Ensaios

Depoimentos e Entrevistas

Avaliadores

Publicado: 08-12-2021

Conjectura – Filosofia e Educação. Caxias do Sul, v. 26, 2021.

Conjectura Filosofia e Educacao Maconha

DOSSIÊ: RELIGIÃO E POLÍTICA: PERSPECTIVAS, TRADIÇÕES E DESAFIOS

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO

História Regional. Ponta Grossa, v. 26, n.2 2021

Historia Regional Maconha

Ficha Técnica

Artigos

Publicado: 2021-12-06

Revista de História Regional. Ponta Grossa, v. 26, n.2 2021.

Ficha Técnica

Artigos

 

Educación, historia y sociedad: el legado historiográfico de Antonio Viñao | Pedro Luiz Moreno Martínez

O alentado livro, organizado por Pedro Luiz Moreno Martínez, não é apenas uma homenagem, mas um balanço historiográfico dos mais profícuos da História da Educação recente, desde o ponto de vista dos pesquisadores espanhóis. Com a competência e seriedade que lhe é peculiar, o autor-organizador passa a limpo a produção historiográfica espanhola a partir do diálogo de 16 historiadores da educação com o legado de Antonio Viñao. Justa homenagem nascida a partir da aposentadoria deste autor das suas funções junto ao ‘Departamento de Teoria e Historia de la Educación’da Universidad de Murcia, no sudeste espanhol.

A obra oferece ao leitor interessado nos estudos historiográficos uma constelação de temáticas desenvolvidas por diferentes historiadores, em diálogo rigoroso e criativo com a obra do homenageado. Iniciando com um olhar de Dollores Garrillo Gallego e Damián Lópes Martínez, professores da Universidad de Murcia, para a trajetória de Viñao quem, formado no campo do Direito converteu-se em uma referência nos estudos em história da educação não apenas na Espanha. Na sequência, é analisadoo lugar ocupado pela Universidad de Murcia na reconfiguração e renovação do campo a partir da década de 1980, em um capítulo assinado por María José Martinez Ruiz-Funes e Ana Sebastián Vicente, professoras da mesma universidade. Aquela renovação, da qual fizeram parte vários dos autores presentes na coletânea, demarcaria a independência dos estudos históricos da educação em relação ao campo pedagógico. Por certo isso contribuiu para que dali surgisse um dos mais vigorosos veios de estudos históricos sobre os fenômenos educativos, reconhecido em praticamente todo o mundo pela força dos seus pressupostos empíricos, teóricos e metodológicos. Leia Mais

Cadernos de História. Belo Horizonte, v.22, n.37, 2021.

Dossiê: História do Esporte

Expediente

Editorial

Dossiê – Artigos: História do Esporte

Publicado: 07-12-2021