Posts de Itamar Freitas
Teoria feminista: da margem ao centro | Bell Hooks
Bell Hooks | Imagem: Editora Elefante
Teoria feminista: da margem ao centro foi escrito por Bell Hooks em 1984, porém traduzido e publicado no Brasil apenas em 2019. A obra faz a crítica do feminismo branco burguês, trazendo para o debate feminista a discussão interseccional, atravessada pelas questões de classe, raça, gênero e sexualidade. A autora nos revela que o livro emerge da necessidade de criar uma teoria voltada para as populações empobrecidas e subalternizadas, uma teoria feminista radical que abarcasse a experiência das mulheres negras e das não brancas empobrecidas.
Bell Hooks, escritora, professora e ativista estadunidense, é considerada uma das mais importantes intelectuais da atualidade, publicou mais de trinta livros, vários deles traduzidos recentemente para o português. Por meio de uma linguagem acessível, a autora aborda temas profundos, expressando um pensamento complexo, que recusa binarismos e não cabe em formulações simplistas. Leia Mais
Pariremos com prazer | Casilda Rodrigáñez Bustos
Charla Casilda Rodrigáñez Bustos | Imagem: Instituto Europeo de Salud Mental Perinatal
Casilda Rodrigañez Bustos nasceu na cidade de Madrid na Espanha, em 16 de maio de 1945. bióloga, escritora e feminista, em seus livros ela abordou questões sobre o corpo das mulheres, o parto, a maternidade, as culturas pré-patriarcais, a análise crítica do patriarcado relacionando a desconexão das mulheres com seus corpos, entre outros assuntos dessa natureza. No Brasil, dois de seus livros foram publicados pela Editora Luas: A Matrística: aqui e agora e o livro resenhado. Dentre suas obras, escreveu El asalto al Hades, La sexualidad y el funcionamiento de la dominación, La Represión del deseo materno y la génesis del estado de sumisión inconsciente, além de vários artigos e ensaios – todos estes ainda sem tradução para o português brasileiro. Os originais desses textos encontram-se disponíveis no site da autora: https://sites.google.com/site/casildarodriganez/.
Pariremos com prazer aborda positivamente o útero como potência de vida, reconectando-o ao prazer e anunciando os meandros da invenção do parto com dor. O livro engloba as discussões: “Pariremos com prazer”, “Parto orgásmico: testemunho de mulher e explicação fisiológica” e “Estender a teia”. Na primeira parte do livro, “Pariremos com prazer”, Casilda apresenta a tese do parto com prazer e a renúncia à dor no parto como significado de reapropriação feminista do poder fisiológico do útero descontraído e exercitado para o orgasmo. Em “Parto orgásmico: testemunho de mulher e explicação fisiológica”, analisa a capacidade autoerótica das mulheres nos antigos rituais voltados para o exercício uterino e a preparação para o parto natural. Ela analisa, em imagens artísticas, a aparição destes rituais. E, finalmente, “Estender a teia” aborda a reconquista e o reaprendizado dos movimentos uterinos, tais como sentir sua pulsação e cadenciar seu fluxo em todo o corpo para recuperar a maternidade como local de afeto e de empoderamento. Para apresentar a tradução, a Editora Luas convidou a ginecologista feminista Halana Faria e a terapeuta reichiana Cláudia Rodrigues para escreverem o Prefácio. Leia Mais
Being Born: Birth and Philosophy | Alison Stone
Natalidade | Foto: Wesley Almeida/Canção Nova
Alison Stone é uma filósofa inglesa, professora da Universidade de Lancaster e especialista em filosofia continental com destaque para o idealismo alemão e teoria feminista. Ela é autora de livros como Petrified intelligence: nature in Hegel’s philosophy (2004, SUNY Press), Luce Irigaray and The Philosophy of Sexual Difference (2006, pela Cambridge Press) e An Introduction to Feminist Philosophy (2007, pela Polity Press), e coeditora da coletânea Routledge Companion to Feminist Philosophy (2017, Routledge).
Seu livro de 2019, Being Born: Birth and Philosophy amplia algumas noções contidas no sexto capítulo de An Introduction to Feminist Philosophy (Alison STONE, 2007), tendo como objetivo mostrar que a natalidade é “uma dimensão estruturante de nossa existência”1 (Alison STONE, 2019, p. 231). No volume, Stone nos apresenta sete capítulos, nos quais analisa elementos distintos que decorrem do fato de sermos nascidas. O primeiro capítulo explora como o nascimento foi pensado pelas filósofas feministas Luce Irigaray, Adriana Cavarero e Grace Jantzen; os três capítulos seguintes exploram aspectos da condição humana que estão, segundo a autora, conectados ao fato de nascermos: historicidade, vulnerabilidade, dependência, relacionalidade, o fato de nos emaranharmos em redes de poder e nosso caráter situacional resultante. A autora também inclui nesta lista a contingência radical de ser nascida; os dois capítulos seguintes exploram elementos próximos à filosofia existencialista como a angústia causada pelo nascimento e a conexão entre mortalidade e natalidade. O último capítulo se dedica a pensar o nascimento como dádiva a partir do sentido maussiano do conceito. O livro contribui para uma ontologia do nascimento e da relacionalidade constitutiva da existência humana, discute a interseccionalidade em termos de nossas origens natais e dialoga com as teorias contemporâneas sobre o luto. Leia Mais
A potência feminista ou o desejo de transformar tudo | Verónica Gago
Verónica Gago | Imagem: Verso Books
“A potência feminista” é um programa de ação e um artifício à medida que traz, desde o título, o signo do movimento. Nesse sentido, a potência feminista é entendida como uma teoria alternativa do poder (Verónica GAGO, 2020, p. 10), tratando-se “da força do processo protagonizado pelos feminismos nos últimos anos” (GAGO, 2020, p. 291). Esse desenho teórico dá pistas da configuração de produção do livro cuja autora, docente da Universidade de Buenos Aires e da Universidade de San Martin, tem a trajetória acadêmica marcada pela colaboração com os coletivos Situaciones e NiUnaMenos.
Esse movimento é feito por meio da greve como uma lente em dois sentidos – analítico e prático -, pelos quais é possível pensá-la como “[…] uma ferramenta prática de investigação política e um processo capaz de construir a transversalidade entre corpos, conflitos e territórios” (GAGO, 2020, p. 15). Leia Mais
María Lugones | Revista Estudos Feministas | 2022
María Lugones | Foto: Daily Nous/Reprodução
Homenagear María Lugones no segundo ano após a sua morte é algo pensado a partir do reconhecimento dessa intelectual no reencontro ou na descoberta das feministas brasileiras e latino-americanas com uma teoria própria, que desconstrói o cânone acadêmico e abre para uma virada epistêmica, ao mesmo tempo em que alimenta práticas e utopias.
Pensar Lugones dois anos depois é buscar entender o alcance de sua influência, que vai sendo sorvida em um momento de tensões sociais acirradas, em que o eurocentrismo ainda predomina e se impõe sobre o território latino-americano e o Sul global. E se essa centralidade branco-europeia se perpetua e é sentida, na intersecção entre raça, gênero e situação geopolítica, os esforços intelectuais de Lugones reverberam e não param de abrir novas opções teóricas, outros caminhos de luta e resistência. Leia Mais
Revista Estudos Feministas. Florianópolis, v. 30, n.1, 2022.
- 30 anos de REF: resistimos e sobrevivemos Editorial
- Lago, Mara Coelho de Souza; Wolff, Cristina Scheibe; Ramos, Tânia Regina Oliveira; Minella, Luzinete Simões
- Texto: PT
- PDF: PT
- Explorando a resistência das mulheres contra a ocupação e a guerra na Ucrânia Articles
- Koshulko, Oksana; Dluhopolskyi, Oleksandr
- Resumo: EN ES PT
- Texto: EN
- PDF: EN
- Três mulheres bíblicas capazes de construir uma identidade feminina alternativa Artículos
- Ordorika, Ianire Angulo
- Resumo: EN ES PT
- Texto: ES
- PDF: ES
- A comunidade das mulheres na República de Platão Artículos
- Sonna, María Valeria
- Resumo: EN ES PT
- Texto: ES
- PDF: ES
- Silêncios e resistências na contística de mulheres em Cuba: um panorama Artigos
- Rabasa Fernandez, Yamilka
- Resumo: EN PT
- Texto: PT
- PDF: PT
- A identidade narrativa em Margarida La Rocque, de Dinah Silveira de Queiroz Artigos
- Steffen, Ana Cristina; Baumgarten, Carlos Alexandre
- Resumo: EN PT
- Texto: PT
- PDF: PT
- Chimamanda Adichie, Mia Couto e o combate às expectativas de género Artigos
- Amante, Susana
- Resumo: EN ES PT
- Texto: PT
- PDF: PT
- Gótico & Queer: uma análise de Lost Souls, de Poppy Z. Brite Ponto De Vista
- Santos, Andrio de Jesus Rosa dos
- Resumo: EN ES PT
- Texto: PT
- PDF: PT
- Lugones: um caminho no horizonte decolonial Seção Temática María Lugones
- Veiga, Ana Maria; Bidaseca, Karina
- Texto: PT
- PDF: PT
- Viajar-mundos rumo a María Lugones Sección Temática María Lugones
- Bidaseca, Karina; Costa, Michelly Aragão Guimarães
- Resumo: EN ES PT
- Texto: ES
- PDF: ES
- Feminismo Decolonial: influências e contribuições de María Lugones Thematic Section María Lugones
- Rodrigues, Laís
- Resumo: EN ES PT
- Texto: EN
- PDF: EN
- Interrogando Lugones: reflexões sobre um debate inconcluso Sección Temática María Lugones
- Costa, Claudia de Lima
- Resumo: EN ES PT
- Texto: PT
- PDF: PT
- Territórios textuais dissidentes: lendo com María Lugones a literatura da Bolívia Sección Temática María Lugones
- Almada, Magdalena González
- Resumo: EN ES PT
- Texto: ES
- PDF: ES
- Fraturando o locus – a influência de María Lugones no Brasil Seção Temática María Lugones
- Veiga, Ana Maria
- Resumo: EN ES PT
- Texto: PT
- PDF: PT
- Lugones e o escurecer do ensino de história Sección Temática María Lugones
- Silva, Janaina Guimarães da Fonseca e
- Resumo: EN ES PT
- Texto: PT
- PDF: PT
- A presença da colonialidade no cinema feminista latino-americano Seção Temática María Lugones
- Noronha, Danielle Parfentieff de; Ezequiel, Maíra
- Resumo: EN ES PT
- Texto: PT
- PDF: PT
- Cartografias militantes Resenhas
- Philippi, Carolina Cechella
- Texto: PT
- PDF: PT
- Discursos sobre gênero e sexualidade no Facebook Resenhas
- Salerno, Laura Peretto
- Texto: PT
- PDF: PT
- Conceitos sobre gênero e diversidade: um desafio para a sociedade e o direito Resenhas
- Buffara, Júlia Maria Milanese
- Texto: PT
- PDF: PT
- Alicia en su país verde: política, politización e institucionalización de los feminismos Resenhas
- Sosa Vásquez, María Mónica
- Texto: PT
- PDF: PT
- O feminismo marxista se recria Resenhas
- Paulilo, Maria Ignez Silveira
- Texto: PT
- PDF: PT
- Por uma teoria feminista radical e libertadora Resenhas
- Silva, Juliana Ben Brizola da
- Texto: PT
- PDF: PT
- Uterinas com prazer Resenhas
- Lessa, Patrícia
- Texto: PT
- PDF: PT
- O nascimento como categoria filosófica feminista Resenhas
- Gabriel, Alice de Barros
- Texto: PT
- PDF: PT
Guia de fósseis da Bacia do Araripe | Antônio Álamo Feitosa de Saraiva, Flaviana Jorge de Lima, Olga A. Barros e Renan Bantin
Antônio Álamo Feitosa Saraiva | Foto: Acervo pessoal
Foi lançado em novembro último o Guia de fósseis da Bacia do Araripe, um trabalho de fôlego que reúne pesquisas publicadas nos últimos 10 anos sobre a matéria, organizado pelos professores Antônio Álamo Feitosa Saraiva, Olga Alcântara Barros, Renan Alfredo Machado Bantin, atuantes na Universidade Regional do Cariri – URCA, e Flaviana Jorge de Lima, da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE.
Como o próprio título anuncia, trata-se de um Guia, um instrumento de pesquisa que orienta os trabalhadores envolvidos com o estudo dos fósseis nas tarefas de identificação, descrição, classificação e avaliação de material paleontológico encontrável na região. Para Alexander Kellner, paleógrafo e diretor do Museu Nacional (RJ), o guia expressa a qualidade do trabalho dos pesquisadores das universidades federais de Campina Grande, do Ceará, da Rural de Pernambuco e do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens (além das já citadas URCA e UFPE), a riqueza singular do material paleontológico encontrado na região e a oportunidade de combater o tráfico de fósseis com ações educativas de amplo alcance comunitário.
Adiantemos o nosso veredicto quanto ao cumprimento dos objetivos: a obra, efetivamente, cumpre a função projetada. Leigos na matéria (mas conhecedores de princípios científicos) vão se sentir atraídos e confortáveis ao folhear o livro. São vinte capítulos, dezesseis dos quais dedicados ao objeto primeiro (os fósseis), de modo sistemático: designação, ilustração primeira da espécie, locais onde são encontrados, “dicas de identificação”, fotografia do original, desenho correspondente à fotografia e referências das obras consultadas na descrição/classificação. Leia Mais
Crítica Historiográfica. Natal, v.2, n.4, mar./abr. 2022.
- Jane Semeão | ID: https://orcid.org/o000-0001-6804-1640
- Itamar Freitas | ID: https://orcid.org/0000-0002-0605-7214
FORMAÇÃO BÁSICA PARA A PALEONTOLOGIA E O ENSINO MÉDIO – Resenha de Guia de fósseis da Bacia do Araripe, de Antônio Álamo F. Saraiva, Flaviana Jorge de Lima, Olga A. Barros E Renan A. M. Bantim | DOI: PDF
NARRATIVA HISTÓRICA E DEMANDAS SOCIAIS – Resenha de A Cidade em Chamas: O Serviço de Extinção de Incêndios em Natal/RN (1917-1955), de Flademir Gonçalves Dantas | DOI: PDF
QUEBRANDO TABUS – Resenha de Maconha: os diversos aspectos, da história ao uso, de Luciana Saddi e Maria de Lurdes de Souza Zemel | DOI: PDF
INTRODUÇÃO AO ESTUDO E À PRÁTICA AUTOBIOGRÁFICA – Resenhas de Écrire ses memóires: astuces et conseils pour transformer ses souvenirs en un livre, de Marie -Gaëlle Le Perff, e Aspectos teóricos de la autobiografia, de Edgar Velásquez Rivera | DOI: PDF
CONTEXTO, CONTEÚDO E DIÁLOGOS TRANSVERSAIS – resenha do dossiê “Ensino de História, livro didático e formação docente”, organizado por Erinaldo Vicente Cavalcanti e Helenice Aparecida Rocha | DOI: PDF
BUSCANDO MEMÓRIAS – Resenha de Entre a Itália e o Brasil Meridional: História Oral e narrativas de imigrantes, de Antonio de Ruggiero e Leonardo de Oliveira Conedera | DOI: PDF
Pareceristas desta edição (v.2, n.3, mar./abr. 2022)
- Anamaria G. Bueno de Freitas (UFS)
- Hermeson Alves de Menezes (UAB/UFS)
- Itamar Freitas (UFS)
- Magno Francisco de Jesus Santos (UFRN)
- Margarida Maria Dias de Oliveira (UFRN)
- Jucieldo Ferreira Alexandre (UFCA)
- Wesley Garcia Ribeiro Silva (UFPA)
Publicado: 2022-03-02
Economia e cultura dos comuns amazônidas | Escritas | 2021
Renatão (2015), do Guilombo Grotão | Foto: Fábio Guimarães/Extra
O tema dos comuns emergiu, nas últimas décadas, no debate político como uma parte das lutas de emancipação social. Diversos atores sociais como movimentos e comunidades do Sul Global ou da periferia do Norte vêm no comum – ou nos comuns – um caminho de lutas contra a prevalência agressiva do capitalismo, neoliberalismo e globalização.
Nas ciências humanas e sociais, diversos estudos têm sido realizados no sentido de conhecer o giro para o comum dos movimentos sociais e comunidades. Esses estudos procuram delimitar o conceito (comuns, comum) e trazer à tona a diversidade institucional a partir da qual o fenômeno concreto (comuns, comum) se manifesta na prática de diversos grupos em contextos e espaços sociais específicos. Leia Mais
Escritas. Araguaína, v.13, n.02, 2021.
ECONOMIA E CULTURA DOS COMUNS AMAZÔNIDAS
DOI: https://doi.org/10.20873/vol13n02
APRESENTAÇÃO: Economia e cultura dos Comuns amazônidasEconomia e cultura dos Comuns amazônidas
- Dernival Venâncio Ramos Junior, Harley Silva
Dossiê
- O AGIR COMUM NO QUILOMBO GROTÃO
- Felipe Oliveira, Dernival Venâncio
- IGREJAS, INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS E A ECONOMIA DO COMUM NA AMAZÔNIA
- Juliana Carvalho Brandão, Harley Silva
- AS LUTAS E CONQUISTAS DA QUEBRADEIRAS DE COCO DO BICO DO PAPAGAIO EM “RAIMUNDA, A QUEBRADEIRA”
- Milena Botelho de Azevedo Lena
- DESESTRUTURAÇÃO DE ECONOMIAS HETEROGÊNEASensaio de uma análise para a região do Cerrado Piauiense
- Francisco Eduardo de Oliveira Cunha, Luiz Gonzaga Feijão da Silva
- DIVERSIDADE DE ESTRATÉGIAS PRODUTIVAS EM ECONOMIAS PRIVADAS E COLETIVAS NA AMAZÔNIA
- Timni Vieira, Camila de Cássia do Socorro da Silva, Thayana Cristina de Andrade Rodrigues, Círia Cristiane da Rosa, Rodrigo Geroni Mendes Nascimento, Roberto Porro
Seção Livre
- CLUBES SOCIAIS NEGROS E AGÊNCIA EDUCADORA NEGRA NO SÉCULO XXO grêmio recreativo e familiar flor de maio
- Karina Almeida Sousa
- Um UM OLHAR PARA O ESTADO DE CONSERVAÇÃO DOS SAMBAQUIS URBANOS DE JOINVILLE
- Ana Cristina Twardowsky, Dione da Rocha Bandeira, Sandra P. L. C. Guedes
- DIDÁTICA E ENSINO DE HISTÓRIApotencialidades pedagógicas dos infográficos
- Vanderlene das Neves Dutra, Rosária Helena Ruiz Nakashima, Olivia Macedo Miranda Cormineiro de Medeiros Medeiros , Luciano Galdino da Silva
Publicado: 2022-03-02
Chungará. Arica, v.54, n.1, mar. 2022.
Arqueología y Patrimonio
- CRÓNICA DE UN ENTERRATORIO DEL HOLOCENO MEDIO EN LA LOCALIDAD CERRO DE LOS VIEJOS (PROVINCIA DE LA PAMPA, ARGENTINA). IMPLICANCIAS PARA LA REGIÓN PAMPEANA Y EL SECTOR CENTRO-MERIDIONAL DE LA DIAGONAL ÁRIDA SUDAMERICANA
Berón, Mónica A.; Paez, Florencia N.; Carrera Aizpitarte, Manuel P.; Lucero, Eliana N. - resumen en Español | Inglés texto en Español · Español ( pdf )
- ESTUDIO GEOARQUEOLÓGICO INICIAL DE LA FORMACIÓN DE ALEROS Y SUS RELLENOS EN LA LOCALIDAD PUNTA PÓRFIDO(RÍO NEGRO, ARGENTINA)
Favier Dubois, Cristian M.; Herrera Villegas, Dalila; Alcaraz, Ana P.; Cardillo, Marcelo; Vitale, Paula - resumen en Español | Inglés texto en Español · Español ( pdf )
- ESTRUCTURA Y DINÁMICA POBLACIONAL DE LOS CAZADORES-RECOLECTORES DEL SITIO MÉDANO PETROQUÍMICA (LA PAMPA, ARGENTINA): INFERENCIAS A PARTIR DEL USO DE TABLAS DE VIDA Y OTROS INDICADORES PALEODEMOGRÁFICOS
Bernardi, Lila; Arrieta, Mario A.; Bottini, Melina C. - resumen en Español | Inglés texto en Español · Español ( pdf )
- PERROS PREHISPÁNICOS (CANIS LUPUS FAMILIARIS) DEL PUCARÁ DE TILCARA (PROVINCIA DE JUJUY, ARGENTINA): CONTEXTO CRONOLÓGICO, MORFOLOGÍA Y ROL SOCIAL
González Venanzi, Lucio; Prevosti, Francisco Juan; Belotti López de Medina, Carlos Raúl; Lezcano, Maximiliano Javier; Prates, Luciano - resumen en Español | Inglés texto en Español · Español ( pdf )
- COMUNICACIÓN VISUAL EN LA CREACIÓN DE REDES SOCIALES LOCALES Y DE LARGA DISTANCIA (VALLE DE PUNILLA, CÓRDOBA, ARGENTINA)
Pastor, Sebastián; Acevedo, Agustín; Sario, Gisela - resumen en Español | Inglés texto en Español · Español ( pdf )
- LOS JAZMINES: PRÁCTICAS FUNERARIAS LOCALES DURANTE LA PRESENCIA DEL INKA Y EL CONTACTO HISPANO EN CHILE CENTRAL
Cortés Rodríguez, Constanza; Pavlovic Barbaric, Daniel - resumen en Español | Inglés texto en Español · Español ( pdf )
- CACERÍA DE GUANACOS EN EL CHACO ÁRIDO (CÓRDOBA, ARGENTINA): UNA MIRADA DESDE LA ZOOARQUEOLOGÍA
Costa, Thiago; Weihmüller, María Paula; Manzano-García, Jessica - resumen en Español | Inglés texto en Español · Español ( pdf )
- LOS VALORES SAGRADOS DEL PATRIMONIO ARQUEOLÓGICO: DISCONTINUIDADES Y REAPROPIACIONES EN TORNO A LOS MÚULO’OB EN QUINTANA ROO
Picas, Mathieu - resumen en Español | Inglés texto en Español · Español ( pdf )
- CONSERVACIÓN [CRÍTICA] SOCIAL EN ARQUEOLOGÍA
Pastor Pérez, Ana; Díaz-Andreu, Margarita - resumen en Español | Inglés texto en Español · Español ( pdf )
Antropología e Historia
- GEOGRAFÍAS, ENTRAMADOS Y RE-EXISTENCIAS EN LAS POBLACIONES NEGRAS DEL VALLE DEL PATÍA Y EL PACÍFICO SUR COLOMBIANO
Mosquera-Vallejo, Yilver; Tobar, Javier - resumen en Español | Inglés texto en Español · Español ( pdf )
Guia de fósseis da Bacia do Araripe | Antônio Álamo Feitosa de Saraiva, Flaviana Jorge de Lima, Olga A. Barros e Renan Bantin
Antônio Álamo Feitosa de Saraiva | Foto: Acervo pessoal
O livro Guia de fósseis da Bacia do Araripe, organizado por Antônio Álamo Feitosa Saraiva, Flaviana Jorge de Lima, Olga Alcântara Barros e Renan Alfredo Machado Bantim, além de trazer a descrição dos vários tipos de fósseis do Período Cretáceo, como: plantas, fungos, moluscos, crustáceos, pterossauros, dinossauros e lagartos, é uma excelente referência a ser usada por professores da área de Ciências Humanas na educação básica, inclusive no Ensino Médio, considerada como Ciências Sociais Aplicadas, mesmo que essa não tenha sido a intenção dos seus autores.
Os estudos de paleontologia, tendo à frente os autores do livro, vêm se destacando na região do Cariri (Ceará, Piauí e Pernambuco), principalmente pelo seu caráter de preservação da riqueza fossilífera da região bem como pela preocupação em combater o tráfico de fósseis encontrados nas encostas da Chapada do Araripe. As pesquisas para localização e identificação das mais variadas espécies que habitaram a Bacia do Araripe, desenvolvidas pelo Laboratório de Paleontologia da Universidade Regional do Cariri (LPU/URCA) e lideradas pelo professor Álamo Saraiva, são fundamentais para preservação do importante patrimônio científico e cultural da humanidade. Como reconhecimento internacional destas pesquisas pela comunidade científica internacional, destaca-se a criação do primeiro Geopark no Brasil (Geopark Araripe), o que fortalece ainda mais as identidades regionais e cultiva os necessários valores para o pensamento e a prática preservacionista.
O Guia é uma atualização de outras versões (2010, 2013 e 2015), aprimorado pela inserção de novas descobertas e por uma editoração gráfica bastante atrativa, principalmente pelas fotos e ilustrações em cor que dialogam com os textos descritivos. São escritos objetivos e detalhados de cada espécie que viveu na região há milhões de anos, em uma área que se estende por 12.000 Km².
Embora o objetivo do “Guia” seja a identificação dos fósseis encontrados pelos paleontólogos na vasta região do Cariri, as imagens e escritos trazem uma excelente possibilidade para a melhor compreensão dos estudos básicos de taxonomia de fósseis, paleontologia e geologia, notadamente no contexto de diferentes cenários paleográficos da evolução geológica das bacias do nordeste do Brasil entre o Devoniano Superior e o início do Cretáceo. Mas, é também um instrumento para a educação regular no Ensino Médio, como tratarei ao final desta resenha.
Dois capítulos antecedem a descrição das espécies. Ainda que tenham um caráter introdutório, as descrições são importantes referências para estudos aplicados à educação básica. O primeiro capítulo, “A geologia da Bacia do Araripe”, escrito por Renan Bantim, Flaviana Lima e Álamo Saraiva, traz um mapa geológico com a localização das dez unidades geológicas: a Sequência Paleozóica, com a formação Cariri; a Supersequência Pré-Rife, com as formações Brejo Santo e Missão Velha; a Supersequência Rifte, com a formação Abaiara; a Supersequência Pós-Rifte, constituída pelas formação Barbalha, Crato, Ipubi e Romualdo; temos, ainda, as formações de Araripina e Exu.
No segundo capítulo, os mesmos autores fazem um “breve histórico das pesquisas paleontológicas na Bacia do Araripe”. Descrevem, de forma cronológica, o desenvolvimento da paleontologia, desde que as petrificações de peixes e anfíbios geraram interesses nos cientistas alemães Spix e von Martius, ainda no início do século XIX. Segundo os autores, no relatório dos dois viajantes consta a primeira ilustração de um fóssil encontrado naquele local. Os autores citam Cope, Woodard e Jordan & Brannder como pesquisadores que também se interessaram pelos fósseis do Araripe. No século XX, os estudos sobre a Bacia do Araripe ganharam status de preocupação oficial do estado brasileiro, por meio da Inspetoria de Obras contra as Secas, tendo sido importantes os trabalhos de Crandall, em 1910, e Horace, em 1913.
O capítulo 3, organizado pelas pesquisadoras Flaviana Jorge de Lima, Ana Maria de Souza Alves e Alita Maria Neves Ribeiro, é dedicado à descrição da paleoflora da Bacia do Araripe. A maior preservação se encontra na formação rochosas do Grupo Santana, especialmente as formações Crato e Romualdo, predominando as gimnospermas. É possível, todavia, encontrá-las na Formação Missão Velha, Barbalha e Ipubi. Também já foram localizadas e descritas plantas pteridófilas e angiospermas. Após a rápida introdução do capítulo, as autoras apresentam as plantas divididas em Filicófita; Coníferas; Gnetales; Gimnosperma Incertae sedis; Angiospermas. Cada planta é descrita pelo nome da espécie, local de custódia do Holótipo, sítio de ocorrência mais comum e dicas de identificação, juntamente com uma imagem do espécime (holótipo). Esse esquema de apresentação do conteúdo se repete nos demais capítulos.
O Capítulo 4, de Álamo Saraiva, é dedicado aos fungos, representados pelo espécime Gondwanagaricites magnificus. Sua descrição segue o padrão: espécie, Holótipo, Ocorrência, Dicas de identificação e imagem acompanhada de escala. Já o capítulo 5 trata dos Moluscos e foi organizado por Damares Ribeiro Alencar e Sílvio Felipe Barbosa de Lima. Os moluscos fósseis da Bacia do Araripe são frequentes desde o Jurássico Superior até o Cretáceo Inferior, respectivamente, nas formações Brejo Santo e Romualdo.
O capítulo 6, organizado por Damares Ribeiro Alencar e Olga Alcântara Barros, aborda os crustáceos, divididos em: camarões, caranguejos e microcrustáceos que, por sua vez, são subdivididos em Copépodes, Ostracodas e Conchostráceos. O capítulo 7, dedicado às miriápodes, foi escrito por Elis Maria Gomes Santana e Renan Alfredo Machado Bantim. Ao menos três espécies foram encontradas na formação Crato e descritas a partir de holótipos depositados em Museus da Alemanha. Também são registradas as ocorrências de cada espécie, acompanhadas de datação cronológica e “dicas de identificação”. Elis Maria Gomes Santana e Edilson Bezerra dos Santos Filho (capítulo 8) escreveram sobre a identificação dos aracnídeos, mais bem preservados na formação Crato. Seu trabalho privilegia dois escorpiões, um Uropígio, um Amblipígio, um Solífugo, um Ácaro e cinco aranhas.
O capítulo 9, composto por Edilson Bezerra dos Santos Filho e Gustavo Gomes Pinho, traz a maior diversidade fóssil da Bacia do Araripe, os Insetos, predominando, quase exclusivamente, na Formação Crato, na qual foram descritas 14 famílias e 53 espécies. O Guia apresenta descrição detalhada de 27 insetos, no mesmo padrão das demais descrições (p. 163-189), além de quadro com as 387 espécies, distribuídas em 22 famílias e 17 ordens, que já foram descritas para a Bacia do Araripe (p. 191-207).
O capítulo 10, escrito por Damares Ribeiro Alencar e Antônio Álamo Feitosa Saraiva, trata dos Equinodermas. A ocorrência desses animais fósseis é mais frequente na Formação Romualdo, sendo importante evidência de ambientes marinhos com elevada salinidade. O Guia traz a descrição de quatro espécies de equinodermas, seguindo o mesmo padrão com o nome da espécie e a localização dos holótipos (2), espécime (1) e Lectótipo (1).
O texto de Thatiany Alencar Batista e José Lúcio e Silva (capítulo 11) trata dos peixes encontrados nas Formações Brejo Santo, Barbalha, Crato, Ipubi e Romualdo. Ao todo, são 35 espécies são descritas no guia. Já o Capítulo 12, escrito por Thatiany Alencar Batista e José Lúcio e Silva, descreve seis espécies de anfíbios. Em seguida, vem o capítulo 13 com 4 espécies de tartarugas, cuja descrição ficou a cargo de Gustavo Ribeiro Oliveira e Thatiany Alencar Batista.
Renan Alfredo Machado Bantim foi responsável pela escrita dos quatro capítulos seguintes. Os capítulos 14 e 15 descrevem, respectivamente, três crocodilos e quatro lagartos. Os pterossauros, comuns na Formação Romualdo e Crato, são o objeto do capítulo 16. Pelo menos dois grupos desses pterossauros são abundantes na região: os Anhangueridae e os Tapejaridae. O Guia nos apresenta oito espécies do grupo dos Anhanguerida; cinco espécies dos Anhagueria; cinco dos Tapejarinae; e dez espécies dos Thalassodrominae. Até agora, já foram descritas 30 espécies de pterossauros para a Bacia do Araripe, sendo seis da Formação Crato e 24 da formação Romualdo.
O capítulo 17 trata dos Dinossauros e Aves. Ao todo são sete espécies descritas, merecendo destaque o Santanrator placidus, pelo seu estado de preservação pouco comum no mundo, possuindo partes de tecidos moles, como peles, vasos sanguíneos e fibras musculares. Vale destacar que o fóssil recebe este nome em homenagem ao Reitor Plácido Cidade Nuvens, criador do Museu de Paleontologia de Santana do Cariri, atualmente importante equipamento de pesquisa no campo da paleontologia. O penúltimo capítulo (capítulo 19) é dedicado ao Museu e seu fundador.
O capítulo 18, escrito por Edilson Bezerra dos Santos Filho e Thatiany Alencar Batista, traz a descrição de onze Icnofósseis, resultantes das atividades deixadas por organismos através da biotubação, biorosão, fezes, ovos ou nidificação. Este e todos os capítulos destinados à descrição dos fósseis são acompanhados de referências bibliográficas.
O capítulo 19, como já dito, é dedicado ao Museu de Paleontologia que atualmente recebe o nome de seu fundador, Plácido Cidade Nuvens (MPPCN). O Museu foi inaugurado em julho de 1988, com o objetivo de guardar e preservar os fósseis, crescentemente tornados alvo de contrabando na região, principalmente do município de Santana do Cariri, cujo prefeito, à época, era o mesmo professor Cidade Nuvens. Em 1991, o então reitor da Universidade Regional do Cariri (URCA), José Teodoro Soares, firmou o termo de comodato para que o Museu pertencesse à URCA. Classificado como Museu de Ciências Naturais e História Natural, ele expõe vários fósseis descritos no Guia. O Museu também conta com reserva técnica com mais de 7.000 fósseis, resultantes de doações, coletas e escavações realizadas pelo Laboratório de Paleontologia da URCA. Anualmente, o MPPCN recebe visita de mais de 25.000 pessoas, entre os quais figuram estudiosos provenientes de vários países.
O último capítulo do Guia é dedicado ao Laboratório de Paleontologia da URCA (LPU). Criado em 2003 para atender às necessidades de estudos dos cursos de graduação e pós-graduação da URCA, o LPU, hoje, se destaca no âmbito nacional e internacional pelas pesquisas que realiza na Bacia do Araripe. O Laboratório é responsável pela maior quantidade de pesquisas paleontológicas do Ceará. Sempre que possível, o LPU faz exposições itinerantes junto às comunidades das cidades localizadas na Bacia do Araripe com vistas à conscientização sobre a importância de preservar o patrimônio fossilífero da região. O LPU mantém parcerias com diversos laboratórios nacionais e internacionais e seus membros já publicaram em revistas renomadas no cenário científico mundial. Não por acaso, o Museu de Paleontologia e o Laboratório de Paleontologia da URCA são roteiros fundamentais das visitas guiadas do Geopark Araripe.
A descrição panorâmica que fiz até aqui expressa a quantidade e a qualidade do trabalho dos pesquisadores de várias universidades nordestinas no campo da Paleontologia, mas não esgota o valor do Guia no que diz respeito aos seus usos. Na condição de profissional formador, com experiência de mais de duas décadas no Ensino Médio, gostaria de destacar algumas possibilidades dessa publicação. Evidentemente, não se trata de um livro didático por destinação. Mas, pode muito bem ser transformado em livro didático quando for manuseado na bancada de cada laboratório, biblioteca ou repositório digital das escolas estaduais do Ceará, Piauí, Pernambuco e Paraíba e demais estados brasileiros.
Um professor de Geografia, por exemplo, pode usar o Guia para trabalhar com localização geográfica e a formação de relevos, principalmente a partir do Capítulo 1 (p. 14-15) que trata da “Geologia da Bacia da Chapada”. O professor pode usar as excelentes imagens desse capítulo para demonstrar as diversas camadas de rochas e estratificação do relevo.
O professor de Biologia terá a oportunidade de usar os estudos apresentados pelo guia como ferramenta de compreensão da evolução dos seres vivos, fazendo trabalho interdisciplinar com a Geografia, ao desenvolver fundamentos básicos de Economia com atividades que envolvam o uso de combustíveis fósseis, a preservação do meio ambiente e poluição das camadas atmosféricas.
O professor de Matemática, igualmente, pode ser inserido nestes debates para trabalhar com operações básicas (como regra de três) e escalas gráficas, a transformação de grandezas em centímetros, milímetros e quilômetros, fornecendo uma dimensão mais significativa das distâncias de tempo que nos separam dos fósseis e uma melhor compreensão melhor do que vem a ser proporção. Este diálogo entre a Matemática e a Biologia poderá favorecer a compreensão da dimensão de tempo que separa os grandes ecossistemas da atualidade dos ecossistemas mais remotos. Pondo a Geografia nesse trabalho, o professor demonstrará como os fósseis são importantes ferramentas na compreensão da datação e ordenação das sequências sedimentares, notadamente da Bacia do Araripe.
Na mesma direção, o Guia pode estimular a reflexão sobre a origem dos humanos e sua relação com a natureza nos tempos atuais já que a Paleontologia, como ciência, não escapa à Filosofia, como testemunham Xenófanes (570-475 a.C), ao estudar fósseis marinhos submersos, e Curvier, com seus estudos de anatomia comparada de fósseis – uma das principais referências na obra filosófica do Michel Foucault, de As palavras e as coisas (2016).
O diálogo se estende às Ciências Sociais, podendo ajudar a questionar paradigmas como o mito de origem humana e como as sociedades de forma geral utilizavam, utilizam e significam esses fósseis, por exemplo, como adornos para os próprios corpos ou em suas habitações na atualidade. Certamente, seria uma ótima oportunidade para debater os conceitos de identidade e pertencimento e questionar sobre o lugar dos fósseis: eles estariam melhor situados no museu ou enfeitando estantes mundo a fora?
Por fim, o professor de História pode fazer parte deste projeto, refletindo com estudantes da Educação Básica sobre os viajantes do século XIX, suas necessidades científicas na perspectiva da colonialidade e como esse fenômeno está presente na região com as práticas de contrabando dos fósseis da região do Cariri.
Em síntese, considerando as metas estabelecidas e cumpridas pelo LP/URCA e os usos potenciais na formação dos alunos do Ensino Médio, considero que o Guia de Fósseis da Bacia do Araripe é leitura obrigatória para os que se propõem à prática de pesquisa em Paleontologia e Geologia na Bacia do Cariri, como também para os professores da educação básica, especialmente, na região do Cariri-CE. Com toda certeza, será uma ferramenta a mais na luta pelo conhecimento e preservação do rico patrimônio paleontológico, arqueológico, histórico e cultural da região. Parafraseando o prefaciador do Guia, Alexander Kellner, quem conhece e preserva não aceita o contrabando e o tráfico ilícito de suas riquezas naturais e culturais.
Sumário do Guia de fósseis da bacia do Araripe
- Prefácio
- Autores
- Apresentação
- A geologia da bacia do Araripe | Renan Alfredo Machado Bantim, Flaviana Jorge de Lima e Antônio Álamo Feitosa Saraiva
- Breve histórico das pesquisas paleontológicas na bacia do Araripe | Renan Alfredo Machado Bantim, Flaviana Jorge de Lima e Antônio Álamo Feitosa Saraiva
-
- Plantas | Flaviana Jorge de Lima, Ana Maria de Souza Alves e Alita Maria Neves Ribeiro
- Fungos | Antônio Álamo Feitosa Saraiva
- Moluscos | Damares Ribeiro Alencar e Silvio Felipe Barbosa de Lima
- Crustáceos | Damares Ribeiro Alencar e Olga Alcântara Barros
- Miriápodes | Elis Maria Gomes Santana e Renan Alfredo Machado Bantim
- Aracnídeos | Elis Maria Gomes Santana e Edilson Bezerra dos Santos Filho
- Insetos | Edilson Bezerra dos Santos Filho e Gustavo Gomes Pinho
- Equinodermas | Damares Ribeiro Alencar e Antônio Álamo Feitosa Saraiva
- Peixes | Thatiany Alencar Batista e José Lucio e Silva
- Anfíbios | Thatiany Alencar Batista e José Lucio e Silva
- Tartarugas | Gustavo Ribeiro Oliveira e Thatiany Alencar Batista
- Crocodilos | Renan Alfredo Machado Bantim
- Lagartos | Renan Alfredo Machado Bantim
- Pterossauros | Renan Alfredo Machado Bantim
- Dinossauros e aves | Renan Alfredo Machado Bantim
- Iconofósseis | Edilson Bezerra dos Santos Filho e Thatiany Alencar Batista
- O Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens | Antony Thierry de Oliveira Salú e José Lucio e Silva
- O Laboratório de Paleontologia da Universidade Regional do Cariri – LPU | Antônio Álamo Feitosa Saraiva
Vídeo de apresentação do Guia de fósseis da bacia do Araripe por um dos seus organizadores Link
Resenhista
Francisco Egberto de Melo – Doutor em Educação (PPGE/UFC), professor do Departamento de História da Universidade Regional do Cariri (DH/URCA) é líder do Núcleo de Pesquisa Ensino, História e Cidadania (NUPHISC/URCA). Publicou, entre outros trabalhos, “Toda a História em cinco minutos! História pública e ensino – considerações sobre o passado ensinado no Youtube”, em coautoria com Sônia Meneses (2021), “Vamos saudar o Brasil: civismo, autoritarismo e ensino de História” (2021) e “Base Nacional Comum Curricular e Documento Curricular Referencial do Ceará para o ensino de História: prescrição e resistência no tratamento das relações de gênero, étnicas e raciais” (2021) e “Biopoder e saber médico: normatização, vigilância e controle de corpos tuberculosos (Brasil, 1920 – 1970)”, em coautoria com Raiza Amanda Gonçalves de Souza e Deyvillanne Santos Oliveira dos Anjos. ID: https://orcid.org/0000-0003-0749-136X; E-mail: francisco.melo@urca.br; Instagram: https://www.instagram.com/melo.egberto/; Facebook: facebook.com/egbertomelo13
Para citar esta resenha
SARAIVA, Antônio Álamo Feitosa de; LIMA, Flaviana Jorge de; BARROS, Olga A.; BANTIM, Renan (org.). Guia de fósseis da Bacia do Araripe. Crato: Olga Alcântara Barros; Governo do Estado do Ceará, 2021. 378p. Resenha de: MELO, Francisco Egberto de. Formação básica para a Paleontologia e Ensino Médio. Crítica Historiográfica. Natal, v.2, n.4, p.11-16, mar./abr. 2022. Consultar publicação original.
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© – Os autores que publicam em Crítica Historiográfica concordam com a distribuição, remixagem, adaptação e criação a partir dos seus textos, mesmo para fins comerciais, desde que lhe sejam garantidos os devidos créditos pelas criações originais. (CC BY-SA).
Boletim de História e Filosofia da Biologia. [?], v.16, n.1, mar. 2022.
- Publicado pela Associação Brasileira de Filosofia e História da Biologia (ABFHiB)
- Encontro de História e Filosofia da Biologia 2022
- Chamada para publicação “Dossiê História e Filosofia da Genética”
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- Livros publicados
- Resenha de artigo: “Trouxeste a chave?”, por Bruno Fancio Lima e Marcelo Monetti Pavani
História, Ciências, Saúde-Manguinhos. Rio de Janeiro, v. 29, n.1, 2022.
- Os desafios das revistas científicas de história Carta Dos Editores
- Cueto, Marcos; Cerqueira, Roberta Cardoso
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- O cirurgião ilustrado Francisco Antônio de Sampaio e as plantas de “seu país” (vila de Cachoeira, BA – fins do século XVIII) Análise
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- Gesteira, Heloisa Meireles
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- Natureza e comércio no norte do Brasil: o “Discurso sobre os gêneros para o comércio, que há no Maranhão e Pará” de Duarte Ribeiro de Macedo (1633) Fontes
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- Porto, Cristiane de Magalhães
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- Agostoni, Claudia
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- História urbana das ciências em Lisboa: a relevância das práticas (tecno)científicas para a (re)escrita da história contemporânea Resenhas
- Sastre-Juan, Jaume
- Texto: PT
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- História da medicina: racismo, feminismo e colonialismo Resenhas
- Correa, Sílvio Marcus de Souza
- Texto: PT
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- CARTA AO EDITOR Letter To The Editor
- Freitas, Frederico
- Texto: EN
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- ERRATA Errata
- Texto: ES
- PDF: ES
I Colóquio de História Antiga e Medieval da UNIPAMPA | Alétheia – Revista de Estudos sobre Antiguidade e Medievo | 2021
Dossiê: I Colóquio de História Antiga e Medieval da UNIPAMPA, realizado entre 28 a 30 de abril de 2021. Alétheia – Revista de Estudos sobre Antiguidade e Medievo. Jaguarão, v.1, n.1, 2021. Acessar dossiê
[Nao há apresentação disponível para este dossiê]Alétheia – Revista de Estudos sobre Antiguidade e Medievo. Jaguarão, v.1, n.1, 2021.
O Dossiê contará com as contribuições em História Antiga selecionadas durante o I Colóquio de História Antiga e Medieval da UNIPAMPA, realizado entre 28 a 30 de abril de 2021.
Artigos
- Papéis sexuais como mimesis de papéis sociais no Ciclo de Juvêncio de Catulo
- Giovana Faversani
- TRAGÉDIA, POLÍTICA E RELIGIÃO
- INTERFACES E APONTAMENTOS
- Matheus Barros da Silva
- Acerca da fundação do Mosteiro feminino de Santa Maria de Tarouquela: da génese ao estabelecimento
- Neves Rui Pedro
- MEDEIA E O SEU DISCURSO NA TRAGÉDIA
- Darcylene Pereira Domingues Darcylene Pereira Domingues
- As DEMONSTRAÇÕES DE PODER FAMÍLIA DELLA ROVERE DURANTE O MOVIMENTO RENASCENTISTA POR MEIO DA ARTE SACRA E O MECENATO PAPAL
- Jordana Eccel Schio
- Agripina Menor
- Muito além de ser apenas a mãe de um imperador
- Isabela Pissinatti
- A Utopia da Pureza: A negação do sexo e da materialidade na Igreja Cátara (Séc. XII-XIII)
- Adrienne Cardoso
Publicado: 2022-03-01
Boletim do Tempo Presente. Recife, v.11, n.02, 2022.
Artigos
- Educar sobre o Direito de Resistência:Harry Potter e os Movimentos Partisanos
- Melissa Martins Casagrande, Flávia Oliveira Ribeiro
- Bob Kaufman:Total Recall
- Janina Rodas
- A resistência em jogo:estratégias de representação da Shoah nos jogos independentes Attentat 1942 e Through the Darkest of Times
- José Otaviano da Mata Machado
- Senhora Auschwitz:O espaço entre a experiência e a memória
- Claudia Fernanda de Campos Mauro
Resenhas
- O antinazismo hollywoodiano nos cinemas de Aracaju durante a Segunda Guerra Mundial
- Adriana Mendonça Cunha
Notas de Pesquisa
- Uma Introdução À Arte Contemporânea Nacionalista Na Palestina A Partir De Isma’il Shammut
- Vitória Paschoal Baldin
- A Projeção Geopolítica Do Brasil E Os Tratados De Defesa:Análise Comparativa Do Tratado Interamericano De Assistência Recíproca (1947) E Do Conselho De Defesa Sul Americano (2008)
- Luiz Gonçalves Cavalcante Aguiar da Silva
- Novas centralidades:Um estudo luz da cidade de Campo Grande/MS
- Maria Augusta de Castilho, Elaine Cristina Paganotti Rezende
Publicado: 2022-03-01
História & Luta de Classes. [?], v.17, n.33, mar. 2022.
- História & Luta de Classes. [?], v.17, n.33, mar. 2022.
- EXPEDIENTE…………………………………………………………………………………………………….. 4
- APRESENTAÇÃO………………………………………………………………………………………………. 5 RESUMOS ………………………………………………………………………………………………………….. 8
- ABSTRACTS…………………………………………………………………………………………………….. 10
- HOMENAGEM…………………………………………………………………………………………………. 12
- Os muitos fios que tecem a trama do recordar: o legado de Enrique Serra Padrós… 12
- Alessandra Gasparotto e Carla Luciana Silva
- DOSSIÊ AMÉRICA LATINA: LUTAS SOCIAIS E REVOLUÇÕES ………………….. 17
- Lutas sociais e pandemia: há esquerda por fora da ordem? …………………………………. 17
- Ana Elisa Corrêa Luciana Henrique da Silva
- A experiência da
- Unidad Popular à luz dos marxismos: debates teóricos e políticos . 33
- João Pedro Rossi Lays Correa da Silva
- A via chilena da contrarrevolução ………………………………………………………………………. 47
- Marcial Humberto Saavedra Castro Lina María Brandão de Aras Fermento místico: Cristianismo
- Libertador e movimentos sociais latino-americanos ………………………………………………………………………………………………. 62
- Sebastião Vargas Cuba na gestão da COVID-19: a vida como prioridade ……………………………………….. 76
- Arelys Esquenazi Borrego Aline Fardin Pandolfi Gissele Carraro
- ARTIGOS
- CONCLAP: estágio superior da militância político-empresarial no Brasil (1959-1964)………………………………………………………………………………………….. 91
- Renato Luís do Couto Neto e Lemos
- Estudantes Pela Liberdade: formas de organização e atuação, financiamento e intelectuais (2012-2016)…………………………………………………………………………………….. 106
- João Elter Borges Miranda
- Os conflitos do marxismo no século XXI em meio à afirmação de uma educação pública e integral no Brasil que assegure a diversidade do gênero humano …………. 117
- Marcos Antonio Macedo das Chagas
- RESENHA
- Indígena: questão incontornável para a revolução latino americana …………………… 132
- Carmen Susana Tornquist
- PARA OS AUTORES ………………………………………………………………………………………. 137
Mulheres no Mundo Antigo parte II/Mythos – Revista de História Antiga e Medieval/2022
No início de 2021, a Revista Mythos lançou o dossiê Mulheres no Mundo Antigo. Pesquisadoras dos variados rincões do Brasil e da América Latina aderiram à chamada e a coleção de artigos planejada para um número se transformou em duas, uma publicada em meados daquele ano e esta agora, em 2022. Bons frutos do trabalho acadêmico em curso, desde meados dos anos de 1990. Leia Mais
Diacronie. Studi di Storia Contemporanea. Bologna, n.49, 1, 2022.
- 0/ Novantadue: l’evento e la storia.di Marcello RAVVEDUTO – Il 30 gennaio 1993 il settimanale «Il Sabato» allega al n. 5 la videocassetta «1992. Un anno di storia». «Un almanacco video dell’anno appena trascorso», realizzato da Angela Buttiglione. La giornalista, in qualità di anchor woman del TG Uno, racconta «I fatti, i personaggi di un anno che… [more]
I. 1992: UN PANORAMA POLITICO
- 1/ Gli attori della crisi del 1992
- di Andrea MARINO – Raccontare la crisi del 1992 espone a un rischio: conoscerne l’epilogo. Così cadere nella tentazione di ricercare i sintomi che l’avevano preannunciata e cause che spieghino gli accadimenti successivi. A tutt’oggi, infatti, si riscontra un orientamento storiografico che ha evidenziato soprattutto le… [more]
- 2/ Partiti, tangenti e opinione pubblica. Il caso del Partito socialista italiano
- di Achille CONTI – Il saggio analizza le vicende che portarono nel giro di un anno, dal 17 febbraio al 17 dicembre 1992, il Psi, e il suo leader Craxi, a diventare il partito che più di tutti venne associato alle tangenti. Questo processo avvenne a causa di un meccanismo congiunto che vedeva alcuni giornali e trasmiss… [more]
- 3/ Dal Pci al Pds, alla Rete: dinamiche populiste della sinistra italiana nella crisi della Repubblica
- di Roberto TESEI – Affinché si realizzi un “momento populista”, occorre che il sistema istituzionale – ovvero sociale ed economico – si trovi in qualche modo in crisi, scosso. Il saggio ha l’obiettivo di ricostruire criticamente la maturazione “carsica” di un importante filone quale fu la questione morale, che consent… [more]
II. LA CRIMINALITÀ ORGANIZZATA NEL PASSAGGIO FRA PRIMA E SECONDA REPUBBLICA
- 4/ L’altra Tangentopoli. L’attore camorrista nello scambio affaristico tra politica e imprenditoria in Campania
- di Federico ESPOSITO – Il contributo presenta un’analisi del 1992 campano dal versante criminale, con una ricostruzione delle inchieste abbattutesi sulla classe politica locale contemporaneamente all’emersione dello scandalo Mani pulite a Milano. Sono prese in esame due indagini della magistratura, in grado di rappresenta… [more]
- 5/ Il delitto Lima. L’apertura del “vaso di Pandora” dei rapporti tra mafia e politica
- di Vincenzo CASSARÀ – Quando la Cassazione confermava il Maxiprocesso, il 30 gennaio 1992, per Cosa nostra non aveva importanza chiedersi se i referenti politici avessero fatto il possibile per impedirlo. Contava solo che Andreotti non aveva mantenuto le promesse. Il primo a pagare era così Salvo Lima, leader della sua c… [more]
III. COMUNICAZIONE E MEDIA: IL 1992 COME TORNANTE STORICO?
- 6/ I loro incubi sono i nostri sogni. Il movimento della Pantera tra critica al neoliberismo e nuovi modi di comunicare
- di Michele SGOBIO – Spesso si tende a considerare quello della Pantera come un mero movimento studentesco rinchiuso nelle università. Per questo, a differenza che per quello del 1968, o del 1977, poco è stato scritto su di esso. Eppure, a immergersi nei documenti prodotti nelle facoltà occupate nel 1990, ci si imbatte … [more]
- 7/ Lo schermo e la piazza: la crisi e il tramonto della Prima repubblica raccontati da Samarcanda
- di Carmine MARINO – All’inizio degli anni Novanta, il successo di Samarcanda aprì le porte a un racconto del tutto inedito della politica e dei suoi protagonisti. Il programma di Michele Santoro non si limitò soltanto a rivendicare la sua diversità dall’informazione paludata dei telegiornali, ma trasformò le p… [more]
- 8/ La televisione italiana nella crisi del 1992
- di Raffaello Ares DORO – L’articolo si propone di indagare il ruolo della televisione italiana nella rappresentazione delle vicende della crisi del 1992. L’«evento mediale» 1992 permette di ricostruire l’immaginario creato dalla televisione presso l’opinione pubblica; attraverso fonti audiovisive come i telegiornali e le tr… [more]
- 9/ Nel piccolo schermo il paese reale: Avanzi e il dibattito sulla tv spazzatura
- di Mariangela PALMIERI – Nella crisi del 1992 la televisione ha svolto un ruolo centrale, rispecchiando la realtà attraverso la sua lente deformante e al contempo incidendo su di essa attraverso specifiche narrazioni. Un programma televisivo simbolicamente rappresentativo è Avanzi, un format di genere comico e satirico tras… [more]
- TIMELINE: L’ITALIA DI TANGENTOPOLI
- a cura di Francesca Varanese
IV. RECENSIONI
- 10/ RECENSIONE: Christoph CORNELISSEN, Gabriele D’OTTAVIO (a cura di), La Repubblica di Weimar: democrazia e modernità, Bologna, Il Mulino, 2021, 302 pp.
- Recensione a cura di Alessandro STOPPOLONI
- 11/ RECENSIONE: Carolina CASTELLANO, Una questione di provincia. Criminalità e camorra tra età giolittiana e fascismo, Napoli, Editoriale Scientifica, 2020, 160 pp.
- Recensione a cura di Vittorio MARTONE
- 11/ RECENSIONE: Çiğdem OĞUZ, Moral Crisis in the Ottoman Empire, Society, Politics, and Gender during WWI, London, I. B. TAURIS, 2021, 228 pp.
- Recensione a cura di Luca ZUCCOLO
- 13/ RECENSIONE: Danielle F. JUNG, Dara Kay COHEN, Lynching and Local Justice. Legitimacy and Accountability in Weak States, Cambridge, Cambridge University Press, 2022, 75 pp.
- Recensione a cura di Giovanni Battista CORVINO
E foi a assim que eu e a escuridão ficamos amigas | Emicida
Emicida (Leandro Roque de Oliveira) | Imagem: Divulgação
E se um livro pudesse acalantar o coração de uma criança que tem medo do escuro? E se esse livro contasse uma história em formato de poema e não só convencesse os pequenos que o receio é comum e que até os adultos o sentem em certos momentos, mas também os encantasse com os versos rimados a cada virar de página? É dessa forma que Leandro Roque de Oliveira, o Emicida, rapper, cantor, letrista, compositor e autor da obra “E foi assim que eu e a escuridão ficamos amigas” brinca com a imaginação e conta uma bela história em forma de poesia.
Emicida é muito assertivo com a escolha do tema do seu livro: o medo e este, relacionado ao escuro, é uma vivência muito comum na infância. Debater este assunto em um livro infantil em formato de poesia é uma sacada muito positiva do autor. Para deixar a história ainda mais convincente, o livro de Emicida conta com belíssimas ilustrações de Aldo Fabrini que fogem do comum e trazem traços bastante originais dando ainda mais vivacidade aos momentos que se intercalam entre o medo e a coragem. Leia Mais
A Cidade em Chamas: O Serviço de Extinção de Incêndios em Natal/RN (1917-1955) | Flademir Gonçalves Dantas
Flademir Gonçalves Dantas | Foto: Acervo do autor
A Cidade em Chamas: O Serviço de Extinção de Incêndios em Natal/RN (1917-1955), doravante A Cidade em Chamas, foi escrita por Flademir Gonçalves Dantas, que possui duas graduações (História e Direito), especialização em Direito Público e mestrado em História, todas estas formações pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Trata-se do primeiro volume de uma trilogia que contará a história do serviço de extinção e prevenção de incêndios, atualmente Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte – CBMRN, em três recortes cronológicos lineares. O segundo e o terceiro volumes, ainda a serem publicados, abarcarão, respectivamente, os recortes entre 1955-1976 e de 1976 a 2002. A obra é prefaciada pelo Professor Emérito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN, Carlos Roberto de Miranda Gomes, que também se anuncia membro das Academias ANRL, AML, ALEJURN, ABROL, IHGRN, UBE-RN e MHV da OAB/RN. Conta também com uma apresentação de autoria de Luiz Monteiro da Silva Junior, comandante geral do Corpo de Bombeiros do Estado potiguar.
O livro está organizado em dez capítulos, sendo que o primeiro o introduz e comunica o objetivo, notas discretas sobre a escolha teórico-metodológica e a discussão bibliográfica. Este último exercício denota sobretudo o silêncio e a raridade dos trabalhos a respeito da temática no âmbito da sociedade norte-rio-grandense, elemento que serve de justificativa a produção ensejada. O objetivo central é “estimular as novas gerações de bombeiros a conhecerem o […] rico passado” (p. 22) da corporação e se ancora dentro de uma história institucional militar, com ênfase na experiência dos seus membros, “sem descartar o caráter utilitário da história enquanto ferramenta para aprender com o passado” (p. 22). Leia Mais
Écrire ses memóires: astuces et conseils pour transformer ses souvenirs en un livre | Marie -Gaëlle Le Perff || Aspectos teóricos de la autobiografia | Edgar Velásquez Rivera
Marie-Gaëlle Le Perff e Edgar Velásquez Rivera | Imagens: Narrovita e Proclama
Dois manuais recentes sobre a elaboração de autobiografias foram lançados em línguas francesa e espanhola com abordagens e destinatários diferenciados. Não apresentam inovações na área, mas vale a pena submetê-los à crítica como indicador da bibliografia circulante para o interessado na temática. Eles são: Écrire ses memóires: astuces et conseils pour transformer ses souvenirs en un livre, de Marie-Gaëlle Le Perff, e Aspectos teóricos de la autobiografia, de Edgar Velásquez Rivera.
Écrire ses mémoires é um singelo manual introdutório às artes dos escritos de vida (biografias, autobiografias e memórias). Foi publicado em 2020 com a meta de auxiliar pessoas comuns a escreverem suas lembranças, por si mesmas, dando a conhecer questões e conceitos típicos da investigação do gênero e da publicação independente. Sua autora, Marie-Gaëlle Le Perff, é formada em Jornalismo (Paris 7) e Biologia (Poitiers) e se apresenta como redatora da revista Vie Chrétienne, biógrafa familiar e especialista na cobertura de assuntos da saúde. Leia Mais
Entre a Itália e o Brasil Meridional: História Oral e narrativas de imigrantes | Antonio de Ruggiero e Leonardo de Oliveira Conedera
Antonio de Ruggiero | Imagem: PUC-RS / Acervo pessoal do autor
Entre a Itália e o Brasil Meridional: História Oral e narrativas de imigrantes, organizado por Antonio de Ruggiero e Leonardo de Oliveira Conedera, apresenta estudos de caso de pesquisadores brasileiros sobre a temática da História da Imigração Italiana a partir de fontes orais que, ao possibilitarem uma variação de escalas entre a história individual e a grande história, permitiriam compreender a memória coletiva como a lembrança de um passado comum dentro de uma comunidade que constrói e reconstrói identidade compartilhada.
Segundo Maria Lusitana Santos (2012, p.161), a memória seria um tema popular na produção cultural de sociedades desenvolvidas. Podemos dizer que a memória ascendeu como importante fonte no final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) em virtude das tentativas de se apagar as fontes oficiais. Os testemunhos do vivido por vítimas dos campos de concentração e extermínios, por exemplo, surgem como um registro de um passado que não poderia ser esquecido, conferindo à História Oral um dos expedientes empregáveis para pesquisadores de História. Leia Mais
Revisionismos, negacionismos e usos políticos do passado | Cadernos de Pesquisa do CDHIS | 2021
Defesa da ciência também foi pauta dos atos contra a gestão Bolsonaro | Foto: Sergio Lima/ AFP
Nas três últimas décadas a publicação de obras relacionadas aos usos do passado cresceu no campo historiográfico brasileiro. A polêmica sobre as inovações dos estudos sobre o escravismo e a divulgação da tradução de Os Assassinos da Memória, de Pierre Vidal-Naquet (1988), acentuaram o debate de historiadoras e historiadores profissionais acerca das representações sobre o passado e de seus usos políticos, além do papel da ideologia na fabricação desses discursos e as implicações éticas presentes na escrita sobre temas sensíveis, como o escravismo, o holocausto judeu e outros genocídios.
A consolidação dessa discussão e os movimentos de revisão de temas variados, prática típica da historiografia, permitiram que a academia nacional avançasse rumo à produção de conhecimento sobre objetos clássicos como revisionismo e negacionismo. Alguns autores dedicaram seus trabalhos à reflexão sobre tais conceitos ou práticas a eles associados a partir de debates sobre o negacionismo da barbárie nazista (JESUS, 2006), os revisionismos sobre a ditadura civil-militar brasileira (MELO, 2014; 2017) e, em parte, sobre as correntes revisionistas da historiografia sobre a União Soviética e sobre a Ásia (SEGRILLO, 2010; 2017). Para além do debate estritamente acadêmico houve também a tentativa de trazer a discussão para meios de maior acesso, como canais do Youtube ou podcasts em diversas plataformas, como o Leitura ObrigaHISTÓRIA e o História FM. Leia Mais
Cadernos de Pesquisa do CDHIS. Uberlândia, v.34, n.2, 2021.
Dossiê: Revisionismos, negacionismos e usos políticos do passado
Imagem da capa: Cercas no campo de concentração em Auschwitz – Fences in Auschwitz Birkenau
- Mário Costa de Paiva Guimarães Júnior
Editorial
Apresentação
- Revisionismos, negacionismos e usos políticos do passadouma apresentação
- Igor Tadeu Camilo Rocha , Thiago Prates
- Dossiê Revisionismos, negacionismos e usos políticos do passado
- Igor Tadeu Camilo Rocha , Thiago Henrique Oliveira Prates
- Usos do passado e o holocaustoReflexões sobre a questão da singularidade
- Consagrado Garcia, Sabrina Costa Braga
- “Negando o racismo nas escolas”o negacionismo histórico e os desafios para uma educação antirracista
- Erika Bastos Arantes
- A inquisição na França medievalNarrativas historiográficas nos anais do Vaticano
- Isa Maria Moreira Liz
- O revisionismo utilizado como política de governo pelo bolsonarismo
- Ariel Cherxes Batista
- Um passado em disputa na Câmara de DeputadosA atuação do PPR durante a votação da Lei sobre Mortos e Desaparecidos políticos (1995)
- Tasso Brito
- O uso da história no mercado empresariala utilidade do Núcleo de História oral Trem da Vale
- luciano roza, Maria Isabel Nascimento
- “No permitas ahora que ellos ‘descubran’ que el tercer nombre de Martí era Popov”disputas pela memória de José Martí na revista Mariel (1983-1985)
- Caroline Maria Ferreira Drummond
Publicado: 2022-02-24
Revista Brasileira de História Militar. Rio de Janeiro, v.12, n.30, nov. 2021.
- Os companheiros de Dom Obá: Os Zuavos Baianos e outras Companhias Negras na Guerra Do Paraguai
- Hendrik Kraay
- Uma interpretação do Primeiro Milagre Econômico Alemão (1933-1944)
- Ricardo Luís Chaves Feijó
- Espionagem, operações encobertas e guerra
- Thiago da Silva Pacheco
- O Caxias do Pantheon: As Trajetórias do Mito como Efeito Simbólico
- Claudio da Silva Costa
- Soldados da Borracha: o papel desses soldados para o Brasil e a Segunda Guerra Mundial
- Pedro Silva Drummond
- Livro em destaque: Napoleão Bonaparte – Sobre a guerra: a arte da batalha e da estratégia
- Autor: Bruno Colson
Publicado em 24 de fevereiro de 2022
Trabalho, Educação e Saúde. Rio de Janeiro, v.20, 2022.
- A pandemia de Covid-19 como justificativa para ações discriminatórias: viés racial na seletividade do direito a acompanhante ao parto Artigo
- Mittelbach, Juliana; Albuquerque, Guilherme Souza Cavalcanti de
- Resumo: EN ES PT
- Texto: PT
- PDF: PT
- Curso em saúde mental no contexto da Covid-19 com povos indígenas por meio de ensino remoto Artigo
- El Kadri, Michele Rocha; Melo, Bernardo Dolabella; Souza e Souza, Michele; Noal, Debora da Silva; Serpeloni, Fernanda; Pereira, Alessandra dos Santos
- Resumo: EN ES PT
- Texto: PT
- PDF: PT
- As transformações recentes no programa de reabilitação profissional do INSS Artigo
- Kulaitis, Fernando; Silva, Kelen Clemente
- Resumo: EN ES PT
- Texto: PT
- PDF: PT
- Prevalência de sintomas de depressão e ansiedade em trabalhadores durante a pandemia da Covid-19 Artigo
- Guilland, Romilda; Klokner, Sarah Gisele Martins; Knapik, Janete; Crocce-Carlotto, Pedro Augusto; Ródio-Trevisan, Karen Rayany; Zimath, Sofia Cieslak; Cruz, Roberto Moraes
- Resumo: EN ES PT
- Texto: PT
- PDF: PT
- Entrevista: Yves Schwartz. Entrevista
- Scherer, Magda Duarte dos Anjos; Pires, Denise Elvira; Prado, Nília Maria de Brito Lima; Menezes, Erica Lima Costa de
- Texto: PT
- PDF: PT
- Agradecimentos aos Pareceristas ad hoc do volume 19 (ano 2021) Pareceristas
- Texto: PT
- PDF: PT
Estudios de Filosifía Práctica e Historia de las Ideas. Mendonza, vol. 24, 2022
Dosier
- Introducción al dosier El exilio y sus variantes: aproximaciones filosóficas
- Mariela Avila, Adriana María Arpini
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- ¿Por qué don Quijote es una figura del exilio?
- Antolín Sánchez Cuervo
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- Errancias filosófico poéticas entre dos orillasAproximaciones a una filosofía poética del exilio a partir de los textos de María Zambrano y de Fernando Aínsa
- Alcira Beatriz Bonilla
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- El destierro de Osvaldo Fernández.Apuntes para la historia de la filosofía y la resistencia política del exilio chileno
- Pamela Soto García
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- Escrituras rozitchnerianas del exilio
- Joaquín Alfieri
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- El quiebre de la cotidianeidad en la niñez chilena exiliada en Mendoza, Argentina (1973-1989)
- Alejandro Paredes
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- Los exilios políticos argentinos del pasado reciente en perspectiva de género. Una revisión historiográfica
- Silvina Jensen
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- Subjetividades, tensiones y cambios identitarios en chilenas exiliadas
- Loreto Rebolledo González
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- El doble exilio de las mujeres: itinerarios de la expulsión
- Mariela Avila
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- El relato y su silencio: narrativa de una intersección entre exilio y migración
- Patricia Roitman
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- El coaching ontológico desde la problematización del exilio
- Emiliano Jacky Rosell
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- “Poner en molde”: Experiencias de exilio y des-exilio filosófico. Dos testimonios
- Adriana María Arpini
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Artículos
- Los sentidos de justicia en la reapertura de los juicios por crímenes de lesa humanidad (Argentina 2003-2007)
- Lucía Mariana Quaretti
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- Sarmiento como letrado. Su formación y autorepresentación
- Ariel Alberto Eiris
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- “Fare credere e’ discredenti”: la figura de Savonarola en los escritos políticos de Nicolás Maquiavelo
- Franco Castorina
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- Marxismo, peronismo e insurrección en el pensamiento de John William Cooke
- Rafael Zamarguilea
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- Verdad y praxis en la filosofía temprana de León Rozitchner
- Pedro Yagüe
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- Los debates filosóficos en el feminismo argentino de principios del siglo XX
- Pilar María Parot Varela
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- Entre el cielo y la tierraLas fuentes y sus derivas en Miguel Á. Virasoro
- Florencia Zalazar
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- Comentarios de libros
- Recorridos alternativos de la modernidad. Derivaciones de la crítica en el pensamiento contemporáneo
- Gerardo Oviedo
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- Repensar el anarquismo en América Latina: Historias, epistemes, luchas y otras formas de organización.
- Carlos Miguel Olmos Acuña
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Publicado: 2022-02-17
Contribuições da literatura para a História da Educação | Cadernos de História da Educação | 2022
Este dossiê parte da premissa de que a literatura tem contribuições preciosas a oferecer para a história da educação. À partida, no que concerne mais de perto ao domínio metodológico, é notável a dilatação – acompanhada em seu aspecto quantitativo pelo que se refere também à diversidade – das fontes e dos objetos propiciados pelas obras literárias para a interpelação do passado educativo realizada pelo historiador. A exploração dessa potencialidade está em íntima consonância com o movimento de renovação historiográfica vindo à tona nas últimas décadas do século XX no terreno da história tout court e que chega um pouco mais tarde ao domínio da história da educação. Caracterizada em grande medida pelo protagonismo das temáticas de matiz sociocultural, as apropriações realizadas no interior desta última apontam outrossim para novos problemas, os quais terminam por provocar novas abordagens, intensificando o diálogo da história da educação com outras áreas das ciências humanas, especialmente em torno da mobilização de novos repertórios teóricos.
Em correlação com o movimento assinalado acima, a maior presença da literatura, tomada tanto como fonte quanto como objeto de análise no campo da história da educação, faz-se sentir a partir dos anos 1990 em vários dos veículos de divulgação e escoamento da produção da área. Nas revistas especializadas do campo, surgidas na maior parte naquele decênio e nos seguintes, nas atas dos eventos científicos da área e nas monografias produzidas no interior dos programas de pós-graduação se observam abordagens variadas, que abrangem desde a literatura infantil, passando por perfis de intelectuais da educação e sua vinculação ao campo literário, a produção literária de professores, as dimensões educacionais presentes na obra de escritores, a literatura nas políticas e projetos de alfabetização, a própria história da literatura infantil até os possíveis usos da literatura como fonte para a exploração dos processos de escolarização. Leia Mais
Debates plurais: historiografia e história | História Debates e Tendências | 2022
O ex-presidente boliviano Evo Morales | Foto: Bertand Langlois/AFP
É com satisfação que apresentamos o volume 22, número 1, da revista História: debates e tendências, publicação científica que, ao longo de seus vinte e três anos de existência, tem desempenhado relevante papel de divulgação acadêmica e intercâmbio institucional na área de História. Editada pelo Programa de Pós-Graduação em História, da Universidade de Passo Fundo, a revista espelha as problemáticas que se articulam em torno da área de concentração do programa, História, Região e Fronteiras, em uma perspectiva transdisciplinar.
A edição atual, Debates plurais: historiografía e história, revela pesquisas com temáticas e fontes diversificadas, de autoria de pesquisadores vinculados à instituições do Brasil e do exterior, e está composta pelas seções Dossiê, Artigos Livres e Entrevista. Leia Mais
História – Debates e Tendências. Passo Fundo, v.22, n.1, 2022.
Dossiê “Debates plurais: Historiografia e História”
Editorial
- Apresentação do Dossiê
- Ana Luiza Setti Reckziegel, Eduardo Ramón Palermo López
- PDF (Español (España))
- PDF (English)
Dossiê
- Espacio e história na programação política da historiografia do Revisionismo ‘antes’ do Revisionismo na Argentina
- Eduardo Alberto Escudero
- PDF (Español (España))
- Revisão crítica da historiografia anarquista brasileira:proposições para uma análise transnacional
- Cláudia Tolentino Gonçalves Felipe
- A historiografia sobre as prisões na Era Vargas:notas preliminares ao debate
- Aurélio de Moura Britto
Artigos Livres
- Colonizar ou não colonizar, eis a questão. Portugal e suas possessões africanas no século XIX
- Rodrigo do Prado Bittencourt
- Empresarios y política partidaria:El caso de Pedro Pablo Kuczynski y Peruanos por el Kambio
- Carlos Alberto Adrianzen
- PDF (Español (España))
- Tempos de pandemia:breves apontamentos sobre sociedade e política no Brasil
- Ronaldo Bernardino Colvero
- Das lutas populares de El Alto à descontinuidade democrática:Uma análise sobre a crise do Governo Evo Morales
- Rafael Pinheiro de Araujo, ´Mariana Bruce
- Pluriatividade:elementos para refletir sobre o novo rural
- Isadora Wayhs Cadore Virgolin
Entrevistas
- Clodoaldo Bueno e a História da Política Externa Brasileira: pioneirismo e itinerário intelectual
- Daniel Rei Coronato, Fernando Comiran
Publicado: 2022-02-16
Circulação transnacional de livros de leitura e de manuais pedagógicos (entre fins do século XIX e início do século XX) | Cadernos de História da Educação | 2022
Os estudos relativos à transnacionalidade de artefatos e práticas pedagógicos, bem como o seu potencial de transnacionalização, têm se apresentado há um par de anos em periódicos de História da Educação de diversos países ocidentais. Com isso, o exame do tema avançou consideravelmente, mas está longe de ter se esgotado; há muito o que estudar sobre os livros escolares e sua circulação mundo afora. Por isso, esse dossiê investe no aprofundamento de um tópico relativo ao tema: circulação transnacional de materiais pedagógicos impressos, quer tenham nascido com destinação escolar quer tenham ganhado ulterior uso escolar. Tornou-se quase que sinônimo da modernidade a circulação de materiais impressos dados ao acesso pelas mais diferentes formas que vão do empréstimo à venda superfaturada; da impressão em folha solta a encadernados luxuosos; de versões vernaculares a traduções pouco ou nada amistosas, incluídas às muitas “apropriações” alimentadas por peculiares visões dos “gostos locais”.
Os livros de leitura, os livros didáticos, os compêndios ou manuais para formação do docente da escola primária, são documentos privilegiados neste dossiê, com vistas à análise da circulação transnacional desses fragmentos de cultura por meio dos quais se veiculam saberes e valores. O dossiê conjuga pesquisas que examinam livros, a partir de recortes temporais distintos, mas que privilegiam do século XIX às primeiras do século XX, de forma a compor um certo corpus analítico e de fontes. Assim, esta proposta objetiva discutir a produção e a circulação de livros produzidos em Portugal, na Itália, e no Brasil para pensar a história da educação a partir das diferentes projetos educacionais impressos nesses artefatos culturais. Aportes teóricos da História Cultural e História da Educação sustentam as análises que mobilizam, para além de livros, legislações, relatórios, jornais, correspondências, dentre outros materiais.
Justino P. De Magalhães abre o dossiê com o artigo Livro escolar – adaptação e tradução no Portugal de Oitocentos: do ‘aprender pelo livro’ ao ‘mestre-livro’, efetuando incursões em terras européias, a francesa em especial, na medida que recolhe elementos que lhe permitem explicar a criação do livro escolar moderno não só em terras portuguesas como brasileiras. Adentrando o século XIX, seu artigo acompanha os diversos momentos em que o livro vai se transformando em livro para uso escolar com distinção entre o livro para o aluno e o livro para o professor. Em fins do Oitocentos, o autor já tem em mãos uma diversidade de formatos de livros escolares, o que lhe permite afirmar que a proliferação do livro escolar, do pequeno livro e do periódico estão na origem da aculturação de massas. As transformações que registra no livro de uso escolar em relação aos demais livros e que lhe conferem especificidade permitem que conclua ser ela decorrente da regulação e do controle da produção e do acesso, bem como o fato de ser portador de orientações para a leitura.
O artigo de Samuel Castellanos, Livros de leituras ou manuais de civilidade como cultura material da escola maranhense para o ensino do ler e do vir-a-ser, como o próprio título indica, trabalha sobre livros/manuais que circularam no Maranhão do Oitocentos; são materiais que lhe permitem interrogar os pontos de contato entre “livros de leitura de autores maranhenses e manuais de civilidade não nacionais”, quais sejam: espanhóis, portugueses e franceses. É instigante como aí se enseja sua interlocução com o artigo de Justino Magalhães. Castellanos busca em R. Chartier e N. Elias referências conceituais para pensar os livros/manuais como suportes de regras que postas em circulação para a criação do sujeito civilizado. Posto face a face, os materiais maranhenses e europeus permitem que ele conclua que as variações percebidas naqueles são indicativas das novidades dos programas de ensino, nos métodos e nos usos prescritos daqueles materiais “como pretexto na formação do leitor em formação independentemente de seus níveis de leitura, da restrição de aprovação e indicação das obras que não cumprissem com as reformas da instrução, obrigando-as a uma reformulação e a um ajustamento segundo as prescrições nos dispositivos legais”.
O terceiro artigo desse dossiê é de Mirian J. Warde, Adaptações e traduções: cartilhas e livros de leitura “de americanos para filipinos” (início do século XX), opera um deslocamento, em relação aos anteriores, ao examinar livros escolares estadunidenses – cartilhas e livros de leituras – utilizados nas Filipinas pelos Estados Unidos durante os primeiros anos da ocupação, início do século XX, implicando operações, também essas, de deslocamento e imposição de uma cultura sobre a outra. O artigo foi provocado, originalmente, pela notícia de que a estadunidense The Arnold Primer, de Sarah Louise Arnold, indicada para adoção em São Paulo na versão traduzida e adaptada para escolares brasileiros (1907), teria sido também adaptada para escolares filipinos (1904), porém, não traduzida. O que seria “adaptação” em uma circunstância que sequer se pode chamar de transnacional? Uma condição na qual a confrontação entre culturas oblitera completamente os significados de civilização e barbárie, dissipam qualquer ilusão de que haja fronteiras entre esses dois modos de representação das culturas? Neste artigo são exploradas, especialmente séries documentais compostas por relatórios anualmente preparados pelo governo dos Estados Unidos nas Filipinas, acrescidas de um leque bastante diversificado de outras fontes.
Um novo deslocamento é operado com a inclusão dos três artigos a seguir que põem em cena dois países, Brasil e Itália, tanto mantendo as suas distâncias e diferenças quanto destacando suas interconexões.
Terciane Luchese com o artigo ‘Quando il mondo era Roma’: livros escolares para fascistizar os italianos no exterior, o caso brasileiro (1922-1938) contribui para que mantenhamos o exercício de abandono de qualquer laivo romântico que por ventura ainda guardávamos em relação aos livros escolares. Neste artigo, Luchese examina um livro – que dá título ao artigo – no contexto em que a Itália fascista, por meio de seus cônsules, enviava livros para as escolas italianas no Brasil, com o intuito de cativar os emigrados para os princípios e práticas daquele regime que ascendera ao poder em 1922, com Mussolini, e só foi encerrado com a derrota do Eixo na Segunda Guerra Mundial. Roger Chartier é também seu vetor conceitual para as análises construídas sobre uma extensa base documental e bibliográfica. Luchese se pôs como desafio “compreender as políticas educacionais e culturais da Itália e sua vinculação com o contexto brasileiro e gaúcho durante os anos 1920 e 1930, em especial atentando para políticas, produção, circulação e distribuição de livros escolares fabricados durante o fascismo para as ‘escolas italianas no exterior’” que ela enfrenta em dupla direção: de um lado, examinando as políticas italianas e “suas relações/ressonâncias em terras brasileiras” e, de outro, pelo exame de um livro específico destinado à “juventude no exterior”.
Por sua vez, artigo de Claudia Panizzolo, Livros escolares para a escola elementar italiana nos dois lados do Atlântico: o estudo do Libro d’appunti de Giovanni Soli (entre o final do século XIX e início do século XX) opera um deslocamento temporal, para fins do século XIX e início do XX, e geográfico. Apresenta como objetivo compreender as políticas educacionais, a produção, a circulação e a distribuição de livros escolares para a península e escolas italianas no exterior, especificamente em São Paulo- Brasil. Panizzolo examina uma rica variedade de fontes documentais como os relatórios de cônsules, ofícios, despachos, circulares ministeriais e anuário das escolas italianas, além do ‘livro de anotações’, objeto central de sua análise. Mobiliza o corpus conceitual em especial de Chartier e Choppin para definir os procedimentos e as direções de análise, e após detalhado estudo sobre os livros em circulação na Itália e no Brasil, discordando de análises menos aprofundadas, conclui que os livros que foram distribuídos pelo Consulado italiano eram recém-publicados, de expressiva circulação na Itália e muito contribuíram para inventar o italiano na Península e fora dela.
O último artigo do dossiê escrito por Michelina D’Alessio, intitulado Manuais e livros de texto para os professores italianos da emigração no início do novecentos, lança luzes sobre um fenômeno importante para a história da educação, brasileira e italiana, que é a preparação dos professores de emigração, ou seja, aqueles profissionais que pretendiam emigrar além-mar para diversos países, entre os quais o Brasil. A autora faz uso de um corpus documental diversificado que inclui manuais, livros de texto, os quais eram direcionados para esse público de professores emigrantes. A análise efetuada por D’Alessio coloca em cena uma perspectiva pouco explorada ainda dentro da temática da escolarização e/ou educação dos imigrantes italianos que é relativa ao percurso formativo dos professores que emigrariam. Ao longo do texto, na análise dos manuais e livros de texto, a autora observa, também, o papel do Estado italiano nos assuntos referentes a emigração para o exterior. Ainda, a partir do texto é possível compreender a emigração italiana a partir de um ponto de vista transnacional que a coloca dentro de um panorama internacional e interconectado.
Organizadores
Claudia Panizzolo – Universidade Federal de São Paulo (Brasil) https://orcid.org/0000-0003-3693-0165 http://lattes.cnpq.br/7842950333039932 E-mail: claudiapanizzolo@uol.com.br
Mirian Jorge Warde – Universidade Federal de São Paulo (Brasil) https://orcid.org/0000-0002-1119-6729 http://lattes.cnpq.br/2154986656715564 E-mail: mjwarde@uol.com.br
Referências desta apresentação
PANIZZOLO, Claudia; WARDE, Mirian Jorge. Apresentação. Cadernos de História da Educação, v.21, e115, 2022. Acessar publicação original
A pedagogia personalizada e comunitária no espaço ibero-americano (1950-1970) | Cadernos de História da Educação | 2022
A historiografia da educação francesa tem feito trabalhos instigantes sobre a pedagogia personalizada e comunitária, elaborada pelo educador jesuíta francês Pierre Faure. Em 1998, Anne-Maria Audic publicou «Pierre Faure s.j. 1904-1988: vers une pédagogie personnalisée et communautaire», livro que aborda a trajetória sócio-pedagógica do padre Faure. A pedagogia fauriana aparece sendo construída nas intervenções educativas desse padre jesuíta ecumênico, particularmente na segunda metade do século XX.
Em 2008, foi colocado à lume um volumoso conjunto de textos de Pierre Faure sob o título «Précurseurs et Témoins d`un enseignement personnalisé et communautaire», em que ele analisa as contribuições inovadoras da pedagogia de autores antigos como Jean-Jacques Rousseau e Henri Pestalozzi e educadores do novecentos como Maria Montessori, Ovide Decroly e Célestin Freinet. Leia Mais
Cadernos de História da Educação. Uberlândia, v.21, 2022.
- Publicação Contínua
- Aula prática no Laboratório de Ensino de Física e Química, s/data. Acervo da Escola Estadual de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil.
- Publicado: 2022-02-16
- Editorial
- Editorial
- Décio Gatti Júnior
- e145
- pdfpdf (English)
- Artigo Especial
- Educação, Direito de Todos e o Bicentenário da Independência
- Carlos Roberto Jamil Cury
- e107
- pdfpdf (English)
- Tradução
- Estudiosos de renome e o desenvolvimento da História da Educação nos Estados Unidos
- Karl M. Lorenz
- e143
- Dossiê 1 – Contribuições da literatura para a História da Educação
- Contribuições da literatura para a História da Educação
- Ana Laura Godinho Lima, Roni Cleber Dias de Menezes
- e071
- PDFPDF (English)
- A autoformação do escritor fora e contra a escola portuguesa: Teixeira de Pascoaes e a sublimação do génio, do Livro de memórias (1928) a Uma fábula (1952)
- Ana Luísa Fernandes Paz
- e072
- PDFPDF (English)
- “Leitora amiga”. Gênero e experiência de escolarização na Argentina na década de 1930
- Jorgelina Mendez, Natalia Vuksinic, Juan Manuel Suasnábar
- e073
- PDF (Español (España))PDF (English)
- O romance Canção de ninar e a relação entre as mulheres, a educação e o trabalho
- Raquel Lazzari Leite Barbosa, Mariana Montanhini da Silva
- e074
- PDFPDF (English)
- “Isto aqui não é escola, é zoológico. Lá estão os animais”: Morte em tenra idade de Jonathan Kozol e as injustiças e violências promovidas pelo sistema escolar americano na década de 1960
- Juliana de Souza Silva
- e075
- PDFPDF (English)
- O romance de formação da professora: contribuições da literatura para pensar a História da Educação
- Patrícia Aparecida do Amparo, Renata Marcílio Cândido, Ana Laura Godinho Lima
- e076
- PDFPDF (English)
- “Fala pouco e bem, ter-te-ão por alguém”: escolarização, moralização e produção de sentido a partir das memórias de José Lins do Rego e Graciliano Ramos (Brasil, 1930-1945)
- Katiene Nogueira da Silva, Roni Cleber Dias de Menezes
- e077
- PDFPDF (English)
- Dossiê 2 – Museus Pedagógicos: diálogos ibero-americanos
- Museus Pedagógicos: diálogos ibero-americanos
- Vera Lucia Gaspar da Silva
- e101
- pdfpdf (English)
- O Museo Pedagógico Nacional e a renovação educativa na Espanha (1882-1941)
- Pedro Luis Moreno Martínez
- e102
- pdf (Español (España))pdf (English)
- O Museu Pedagógico Municipal de Lisboa (Portugal, 1883-1933): Percurso e significado de uma instituição renovadora
- Maria João Mogarro
- e103
- pdf (Português (Portugal))pdf (English)
- O Museu Pedagógico da Argentina: nascimento e vicissitudes de uma instituição renovadora (1883-1940)
- María Cristina Linares
- e104
- pdf (Español (España))pdf (English)
- Museu e Biblioteca Pedagógicos: um grande gabinete experimental de ciência popular (Montevidéu / Uruguai, 1889…)
- Vera Lucia Gaspar da Silva, Gabriel Scagliola
- e105
- pdfpdf (English)
- Museu Pedagógico Nacional – Pedagogium, uma vitrine comercial (Rio de Janeiro, Brasil / 1890-1919)
- Camila Marchi da Silva
- e106
- pdfpdf (English)
- Dossiê 3 – A pedagogia personalizada e comunitária no espaço ibero-americano (1950-1970)
- Apresentação – A pedagogia personalizada e comunitária no espaço ibero-americano (1950-1970)
- Norberto Dallabrida, Laurent Gutierrez
- e108
- pdfpdf (English)
- A escolha de Pierre Faure como diretor do Instituto Superior de Pedagogia do Instituto Católico de Paris: afirmar posições doutrinais da pedagogia cristã diante da impressão de caos criado por métodos ativos
- Laurent Gutierrez
- e109
- pdf (Français (Canada))pdf (English)
- As visitas técnico-pedagógicas de Pierre Faure ao Brasil para a formação de professores
- Daniele Hungaro da Silva
- e110
- pdfpdf (English)
- O Colégio Santa Cruz como laboratório: a perspectiva de Yvon Lafrance (1959-1962)
- Mauro Castilho Gonçalves
- e111
- pdfpdf (English)
- A Pedagogia com Personalidade de Pierre Faure: receção em Portugal e estudo de caso
- Joaquim Pintassilgo, José Eduardo Franco, Rita Balsa Pinho
- e112
- pdf (Português (Portugal))pdf (English)
- A recepção da Pedagogia Personalizada e Comunitária em Espanha na ditadura de Franco. O caso de Madrid.
- Sara Ramos Zamora, Teresa Rabazas Romero
- e113
- pdf (Español (España))pdf (English)
- Pedagogia personalizada e comunitária no México: o primeiro curso de verão em Guadalajara (1975)
- Norberto Dallabrida, Norma Cecilia Bross Leal
- e114
- pdfpdf (English)
- Dossiê 4 – Circulação transnacional de livros de leitura e de manuais pedagógicos (entre fins do século XIX e início do século XX)
- Apresentação – Circulação transnacional de livros de leitura e de manuais pedagógicos (entre fins do século XIX e início do século XX)
- Claudia Panizzolo, Mirian Jorge Warde
- e115
- pdfpdf (English)
- Livro escolar – adaptação e tradução no Portugal de Oitocentos: do ‘aprender pelo livro’ ao ‘mestre-livro’
- Justino Pereira de Magalhães
- e116
- pdf (Português (Portugal))pdf (English)
- Livros de leituras ou manuais de civilidade como cultura material da escola maranhense para o ensino do ler e do vir-a-ser
- Samuel Luis Velázquez Castellanos
- e117
- pdfpdf (English)
- Adaptações e traduções: cartilhas e livros de leitura “de americanos para filipinos” (início do século XX)
- Mirian Jorge Warde
- e118
- pdfpdf (English)
- ‘Quando il Mondo era Roma’: livros escolares para fascistizar os italianos no exterior, o caso brasileiro (1922-1938)
- Terciane Ângela Luchese
- e119
- pdfpdf (English)
- Livros escolares para a escola elementar italiana nos dois lados do Atlântico: o estudo do Libro d’appunti de Giovanni Soli (entre o final do século XIX e início do século XX)
- Claudia Panizzolo
- e120
- pdfpdf (English)
- Manuais e livros de texto para os professores italianos da emigração no início do Novecentos
- Michela D’Alessio D’Alessio
- e121
- pdf (Italiano)pdf (English)
- Artigos
- Uma experiência interrompida: o Colégio Integrado do Centro Pedagógico da Universidade Federal de Minas Gerais (1971)
- Alessandra Soares Santos
- e061
- PDFPDF (English)
- Estratégias de difusão da educação em museus por meio da escrita: a atuação do Museu Histórico Nacional em seu Anais e na Revista do Ensino
- Ana Carolina Gelmini de Faria
- e062
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- A curiosa história da primeira escola a formar um agrimensor no Estado de Santa Catarina
- Cesar Rogério Cabral, Julia Cucco Dalri, Markus Hasenack
- e063
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- “Ciclo de Debates sobre Educação Brasileira Contemporânea”: posições conflitantes acerca da educação na Universidade Federal da Paraíba (1979)
- Charliton José dos Santos Machado, Maria Lucia da Silva Nunes, Aline Maria Batista Machado
- e064
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- Educação pelo esporte na cidade de São Paulo (1920-1936)
- Daniele Cristina Carqueijeiro de Medeiros, André Dalben, Carmen Lúcia Soares
- e065
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- Afro do Amaral Fontoura: a sistematização de saberes aritméticos para os cursos de formação de professores da Guanabara (1960-1974)
- Denise Medina de Almeida França
- e066
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- Arquitetura, cultura escolar e as práticas de educação física: a relevância dos pátios em instituições salesianas no início do Século XX
- Diego Ferreira Lima, Edivaldo Gois Junior
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- Marchas e contramarchas da educação técnica durante o terceiro governo peronista (1973-1976)
- Gabriela Andrea D’Ascanio
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- Literatura pedagógica e escolarização da infância: os bons moldes de ensino da “caixa de utensílios ”
- Hercília Maria Fernandes
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- Eduardo Cristiano Hass da Silva, Luciane Sgarbi Santos Grazziotin
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- Sertões: histórias e memórias da educação e da cultura do povo sertanejo
- Jailson Costa da Silva, Marinaide Lima de Queiroz Freitas
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- A Federação Escolar de Escoteiros e a Federação Escolar de Bandeirantes: notas para pensar a educação primária na cidade do Rio de Janeiro em finais dos anos 1920
- José Cláudio Sooma Silva, Victor Andrade de Melo
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- Impressos estudantis secundaristas como fonte para a História da Educação: potencialidades e desafios no processo de produção de um repertório sobre o Sul de Mato Grosso (Brasil)
- Kênia Hilda Moreira, Ana Maria de Oliveira Galvão
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- O Processo de federalização da Escola de Farmácia e a criação da Universidade Federal de Ouro Preto (Minas Gerais, Brasil)
- Leandro Silva de Paula
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- A presença do ideário escolanovista nas primeiras décadas do século XX na educação russa pós-revolução socialista: adaptação ou superação de ideias e práticas educativas?
- Marco Aurélio Gomes de Oliveira, Carlos Alberto Lucena
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- Entre a educação, a saúde e a religião: Antônio de Almeida Lustosa e os cuidados educativos com a saúde da criança e da família paraense (1935)”
- Maria Lucirene Sousa Callou, Laura Maria Silva Araújo Alves
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- Repercussões das guerras civis na Colômbia no sistema de ensino público, século 19
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- “Estamos nos nacionalizando!”: as escolas da Igreja Luterana – Sínodo de Missouri no Rio Grande do Sul e a Campanha de Nacionalização do Ensino do Estado Novo
- Sergio Luiz Marlow
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- A experiência de produzir fontes orais para a História das Instituições Escolares
- Sônia Maria dos Santos, Marisa Francisca Galdeano Marra
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- O reposicionamento político do Barão de Abiahy nos debates educacionais do fim do Império e início da República
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- Método intuitivo na instrução pública paranaense: diálogos com a Revista A Escola (1906-1910)
- Tony Honorato, Rosiclea Rodrigues da Silva
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- Barroco e educação em Portugal no Século XVII: Josefa de Óbidos
- Célio Juvenal Costa, Giovana Cardoso Versolatto
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- E não merecerá a Athenas Brasileira um “Bolo de Noiva”? Um prédio para a Biblioteca Pública do Maranhão.
- Cesar Augusto Castro, Luciana Nathalia Morais Furtado, Samuel Luis Velázquez Castellanos
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- Editora Vozes: uma das instâncias representativas do patrimônio educativo dos franciscanos na história da imprensa brasileira
- Cleonice Aparecida de Souza, Claudino Gilz
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- La Nouvelle Histoire e o ressurgimento da História Local: contribuições para a pesquisa em História da Educação
- Elenice Silva Ferreira
- e126
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- Juventude Estudantil e Autoritarismo aos olhos da Imprensa do Triângulo Mineiro (1964-1969)
- Isaura Melo Franco, Sauloéber Tarsio de Souza
- e127
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- Magistério Público no Brasil: remuneração e primeiros ensaios estatutários
- Jarbas de Paula Machado
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- A nova pedagogia e a modernização da arquitetura escolar no Rio Grande do Sul (1937-1945): O G.E. Silveira Martins de Bagé/RS
- Jauri dos Santos Sá, Flávia Obino Corrêa Werle
- e129
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- Fundamentos do Compêndio de Pedagogia de Marciano Pontes (1872): a educação prepara o homem para duas existências sucessivas, uma na terra outra no céo
- José Carlos Souza Araujo
- e130
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- Educação infantil e mulheres no Jornal do Comércio: Manaus, década de 1970
- Kelly Rocha de Matos Vasconcelos, Moysés Kuhlmann Júnior
- e131
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- A Escolologia como uma proposta da pedagogia Antipoffiana para a formação de professores em Minas Gerais na década de 1930
- Marilene Oliveira Almeida, Regina Helena de Freitas Campos
- e132
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- “School memories between Social Perception and Collective Representation”. Um projeto de pesquisa inovador e com vocação internacional
- Roberto Sani, Juri Meda
- e133
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- Cartas do ofício: Coelho Netto à frente da Escola Dramática (1910-1934)
- Shayenne Schneider Silva, Ana Chrystina Venancio Mignot
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- Língua inglesa nas Classes Integrais nos anos 1960: um estudo no Colégio Estadual do Paraná
- Sofia Bocca, Rosa Lydia Teixeira Corrêa
- e135
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- Novos olhares para a pesquisa em história da educação: análise da frequência de termos na revista The New Era via uso do software ATLAS.Ti
- Vinicius de Moraes Monção
- e136
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- Da escola distrital de habilitação para o magistério primário à escola de ensino normal de Leiria: uma análise a partir das atas do conselho escolar (1899-1919)
- Virgínia Pereira da Silva de Ávila, Justino Magalhães
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- Eduardo Waller & Comp: a emergência da indústria de mobiliário escolar em São Paulo (1895-1924)
- Wiara Rosa Rios Alcântara
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- O binômio “Segurança e Desenvolvimento”: propaganda, controle social e educação superior durante a ditadura militar no Brasil (1964-1988)
- Jaime Valim Mansan
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- Documento
- Estatutos da Escola Doméstica anexa ao Ginásio Auxilium de Anápolis/GO (1940)
- Roselene Candida Barroso Mendonça, Sandra Elaine Aires de Abreu
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- Resenhas
- Educação não escolar: Religiosidade e modos de fazer de uma curadora
- Adriene Suellen Ferreira Pimenta, Mário Allan da Silva Lopes, Thaís Tavares Nogueira
- e091
- Uma Casa de Educação Literária: o Atheneu Sergipense em perspectiva historiográfica
- Ane Luíse Silva Mecenas Santos, Magno Francisco de Jesus Santos
- e092
- Escola no Rio Grande do Sul (1889-1950): ensino, culturas e práticas escolares
- Ariane dos Reis Duarte
- e093
- O sonho de uma freira se tornando realidade
- Estela Socías Muñoz
- e094
- pdf (Español (España))
- A Escola Nova e A New Education Fellowship sob uma nova perspectiva na História da Educação
- Franciele Ferreira França
- e095
- A formação docente no Instituto de Educação “Fernando Costa” (1953-1975)
- Jorge Luís Mazzeo Mariano
- e096
- A educação soviética: da escola para poucos à escola para todos
- Maria Cristina Piumbato Innocentini Hayashi
- e097
- Docência e política no jornalismo de Maria Mariá
- Mônica Yumi Jinzenji
- e098
- A destruição de uma arquitetura: da monumentalidade à demolição, o Jardim da Infância de São Paulo (1896-1939)
- Rosana Carla de Oliveira
- e099
- Experiências Formativas não Escolares: História & Teoria da Educação
- Schirlei Russi von Dentz
- e100
- História e Educação em Portugal na Modernidade: diálogos pertinentes
- Carolina dos Santos Jesuino da Natividade
- e140
- A metamorfose da escola
- Mauricio dos Reis Brasão, José Carlos Souza Araújo
- e141
- Os diagramas do poder e a invenção de uma nação: a educação à margem e em meio do processo de independência
- Bruno Gonçalves Borges
- e142
Uma Casa de Educação Literária: 150 anos do Atheneu Sergipense | Eva Maria Siqueira Alves, João Paulo Gama Oliveira e Rosemeire Marcedo Costa
As efemérides constituem relevantes espaços de celebração e de construção de análises que tendem a avaliar as experiências tecidas na malha do tempo. Nos idos de 2020, em pleno contexto dilacerado pelos dilemas da pandemia, ocorreram as celebrações alusivas ao bicentenário da emancipação política de Sergipe e do sesquicentenário da mais longeva instituição educacional do estado, o portentoso Atheneu Sergipense. Infelizmente, em decorrência das necessárias ações de isolamento social, as ruas e os auditórios estiveram vazios, desprovidos de festejos, de eventos e da presença de sujeitos que enfaixam sentidos, vivem e narram as histórias. Entretanto, nem tudo foi silêncio. No dia 19 de outubro, uma live reuniu um considerável número de historiadores da Educação no efusivo lançamento da coleção “Uma Casa de Educação Literária: 150 anos do Atheneu Sergipense”. Trata-se de uma coleção que reúne dez livros que têm como escopo a trajetória da velha instituição de ensino secundário de Sergipe.
Certamente, o evento de lançamento pode ser entendido como o principal episódio das aludidas celebrações. Além disso, a coleção se tornou o marco, o registro historiográfico que investiga o passado do Atheneu Sergipense em seus variados aspectos. Assim, os discípulos de Clio cumpriram seu compromisso com a memória, ao reunir esforços para demarcar o tempo com uma produção que amplifica a visibilidade do ensino secundário sergipano. Leia Mais
Escola no Rio Grande do Sul (1889-1950): ensino/culturas e práticas escolares | Jsé Edimar de Souza
A obra Escola no Rio Grande do Sul (1889-1950): ensino, culturas e práticas escolares (Caxias do Sul, editora Educs, 2020, 476 páginas, e-book), organizada pelo professor e pesquisador José Edimar de Souza evidencia o esforço do seu organizador em contribuir para o campo da história da educação no Rio Grande do Sul. O livro está estruturado em quatro eixos de abordagem, os quais serão explorados no decorrer desta resenha. Ao compor a obra desta forma, o autor nos propicia estabelecer um panorama das produções acadêmicas sobre instituições escolares no estado. Da mesma forma, entendemos que tal organização permite ao leitor perceber os diferentes rumos e segmentos que a pesquisa sobre instituições pode tomar. A obra é prefaciada pelo professor António Gomes Ferreira, da Universidade de Coimbra, cujos estudos se dedicam ao campo da História da Educação, Políticas educacionais e Educação Comparada. Leia Mais
Colegio Santa Isabel de Hungría: 60 años al Servicio e la Educación Chilena con Carisma Franciscano | Jaime Caiceo Escudero
El texto en comento es una obra que ha surgido en honor a los 60 años del Colegio Santa Isabel de Hungría, el cual ha estado al servicio de la Educación Chilena con Carisma Franciscano durante todo ese tiempo, cuya fundadora fue la Madre Teresa Ortúzar Ovalle (1882-1969). La investigación realizada para efectuar este libro se divide en dos partes; la primera realizada con motivo de las bodas de oro del Colegio Santa Isabel de Hungría : 1961-2011 y la segunda con el motivo antes referido. Esta obra consta de prólogo, introducción, 6 capítulos, conclusiones, fuentes de consulta y anexos.
El Prólogo lo realiza la Superiora de la Congregación, Hna. Bernarda Madariaga Urzúa, agradeciendo a Dios el tiempo en el cual el colegio ha ido creciendo y mejorando en la atención a los niños, niñas y jóvenes de la zona sur de Santiago, especialmente de recursos medios y bajos, cumpliendo con los deseos de la Fundadora. Textualmente, señala: “Quien lea este libro, se dará cuenta la fuerza y el amor del autor y podrá compaginar con sorprendente naturalidad las huellas de gestación de estos 60 años de luces y sombras que entretejió esta mujer religiosa con pasta de santidad, junto a sus hijas religiosas y a muchos laicos que creyeron en esta locura de amor, que supo amalgamar entre el cielo y la tierra un itinerario de vida, para que fuera un aporte de paz y bien a la Sociedad Chilena”. Leia Mais
Escola nova em circuito internacional: cem anos da New Education Fellowship | Rafaela Silva Rabelo
Recompor o mosaico dessas narrativas, atando aquilo que se foi produzindo como separado, envolve uma virada epistemológica, a busca de outros referenciais de análise que, abdicando de colocar em primazia os contextos nacionais, se sensibilize por uma abordagem de cariz transnacional (VIDAL, 2021, p.11-12).
A New Education Fellowship (NEF), conhecida também como Ligue Internationale Pour L’Education Nouvelle, foi criada há 100 anos, em congresso realizado na cidade de Calais, na França. Baillie-Weaver foi nomeado como presidente, Beatrice Ensor assumiu como diretora organizadora, e Elizabeth Rotten e Adolphe Ferrière foram nomeados como diretores (VIDAL; RABELO, 2019). Com sede fixada em Londres, a NEF “emergiu como um movimento internacional desenhado para agregar pessoas de diferentes países em torno da renovação da educação e da escola”, reunindo “tanto educadores e profissionais ligados à educação quanto leigos” (RABELO; VIDAL, 2018, p. 03). Tendo por intuito difundir e promover discussões referentes aos diferentes aspectos da educação nova, a NEF organizou conferências bianuais, realizadas em diferentes países, assim como teve associada a publicação de três revistas: The New Era, editada por Beatrice Ensor, Pour L’Ere Nouvelle, por Adolphe Ferrière e Das Werdende Zeitatter, por Elizabeth Rotten1 (VIDAL; RABELO, 2019). Essa mobilização a favor da renovação da escola e da educação contribuiu, ou mesmo reafirmou, com o que é denominado na historiografia da educação como o Movimento da Escola Nova. Leia Mais
Espaço e lugar privilegiado para formação de professores: Instituto de Educação “Fernando Costa” (1953-1975) | Aline de Novaes Conceição
A presente obra é fruto de uma dissertação de mestrado defendida em 2017 no Programa de Pós-graduação da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP, campus de Marília. Neste livro, Aline de Novaes Conceição pesquisa como o Instituto de Educação (I.E) “Fernando Costa”, instalado em Presidente Prudente/SP, desenvolveu suas atividades, sobretudo, as finalidades previstas no Código de Educação do Estado de São Paulo.
O livro foi prefaciado por Macioniro Celeste Filho, professor permanente do Programa de Pós-graduação em Educação, da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP, campus de Marília. A obra é dividida em três capítulos que analisam os diversos aspectos da formação de docente no I.E “Fernando Costa”. Leia Mais
A educação soviética | Marisa Bittar e Amarilio Ferreira Junior
A história da escola e da pedagogia soviéticas eram parte da história da sociedade soviética organicamente conectada a ela. (Bittar; Ferreira Junior, 2021, p.100)
A epígrafe que abre essa resenha foi citada no livro “A educação soviética” de Marisa Bittar e Amarilio Ferreira Junior, lançado em 25 de agosto de 2021 pela EduFSCar. Mostra que para o estudo da escola real construída após a Revolução de 1917, incluindo seus antecedentes situados no Império czarista e os desenvolvimentos posteriores até 1991 com o fim da União Soviética, é necessário situar historicamente as características e princípios que a nortearam. É o que fazem os autores, ao longo de quase 300 páginas oferecendo aos leitores a oportunidade de conhecer não apenas o chão da escola soviética, mas também compreender a gênese do pensamento educacional soviético por meio dos protagonistas das diversas etapas dessa experiência pedagógica radical que percorreu 74 anos da história do século XX. Para enfrentar esse tema, que até então não havia sido tratado nos estudos do campo da educação em língua portuguesa, os autores mobilizaram um rico instrumental teórico e metodológico que foi complementado com conhecimentos adquiridos durante a primeira metade da década de 1980, quando tiveram a oportunidade de estudarem no Instituto de Ciências Sociais de Moscou. Essa estadia de um ano para frequentar um curso teórico e realizar trabalho voluntário fazia parte da política de formação de quadros do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Foi assim que os então professores do ensino secundário público no Brasil puderam conhecer o sistema educacional da Rússia soviética. Tais vivências formam o pano de fundo que contribuiu para elaboração desse livro. Quem ganha com isso é o leitor. Leia Mais
Uma década de prosa: impressos e impressões da professora e jornalista Maria Mariá (1953- 1959) | Hebelyanne Pimentel da Silva
A jovem pesquisadora Hebelyanne Pimentel da Silva, graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de Alagoas apresenta, nesse livro, o resultado de um estudo em que analisa aspectos da trajetória de Maria Mariá de Castro Sarmento (1917-1993), professora e jornalista que viveu e atuou na cidade de União dos Palmares, situada ao norte do estado de Alagoas. Apoiando-se na micro-história, especificamente nos estudos de Carlo Ginzburg (2006) e em diálogo com Arlette Farge, Michelle Perrot, Joan Scott e outros, a autora se dedica, por um lado, a contribuir com a construção da história da educação em Alagoas e, por outro, a dar visibilidade a uma personagem que, conforme tantas outras mulheres, tiveram suas ações e a própria existência relegadas ao esquecimento (PERROT, 2018).
A pesquisa foi realizada em diferentes acervos locais: Casa Museu Maria Mariá, Secretaria de Cultura Palmarina, Biblioteca Municipal Jorge de Lima e Escola Estadual Rocha Cavalcanti. Foram também consultados acervos estaduais: Arquivo Público de Alagoas (APA), Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL) e Biblioteca Pública Estadual Graciliano Ramos (BPEGR), além da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. O seu resultado é organizado em duas partes: na primeira, em três capítulos, apresenta o aporte teórico e o diálogo com outros estudos que apresentam mulheres letradas de diversas regiões brasileiras e de outros países, que realizaram ações em prol da difusão da leitura e do desenvolvimento da educação e cultura. Apresenta também o perfil da jornalista Maria Mariá e busca aproximações e distanciamentos com o movimento da Escola Nova. Na segunda parte, a autora apresenta a transcrição de 57 textos de autoria de Mariá, constituídos por notícias locais e regionais, crônicas e textos de opinião – seu grande achado -, publicados no período de 1953 a 1959 no Jornal de Alagoas, periódico impresso em Maceió1. Essa característica particular da obra demonstra a generosidade da autora em compartilhar fontes inéditas por ela “garimpadas”, possibilitando novas interlocuções, além de proporcionar, efetivamente, maior visibilidade à personagem em estudo. Leia Mais
Da Monumentalidade à Demolição: O Prédio do Jardim da Infância Anexo à Escola Normal de São Paulo (1896-1939) | Sandra Aparecida Melro
O livro Da Monumentalidade à Demolição: O Prédio do Jardim da Infância anexo à Escola Normal de São Paulo (1896-1939) (2021), de Sandra Aparecida Melro é fruto da sua dissertação de mestrado defendida em 2019, no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), sob a orientação da Prof. Mirian Jorge Warde, que prefacia este livro. A dissertação de Melro (2019) compõe um escopo de pesquisas orientadas por Warde, nos últimos 25 anos, acerca da Escola Caetano de Campos, antiga Escola Normal de São Paulo, desde sua criação, mas com atenção no período da Proclamação da República até os anos de 1930, instituição que representa os ideais republicanos para a educação paulista que se tornou modelo nacional.
Melro (2021) faz excelente uso das publicações sobre o tema, apresentando, por sua vez, uma importante contribuição para os estudos sobre a educação, no período pesquisado, sobretudo sobre o Jardim de Infância e as propostas republicanas para a educação nacional que previam abranger a população em geral, incluindo o estrangeiro. Leia Mais
Experiências formativas não escolares: História & Teoria da Educação | Matheus da Cruz Zica
A proposta do ebook “Experiências formativas não escolares: história & teoria da Educação”, lançado em 2021, é colocar em evidência outras instituições que promovem a educação não legitimada, como é o caso da instituição escolar, mas que contribuem para a formação dos indivíduos, das suas subjetividades. Essas outras instituições são: o Estado, a medicina, o meio de comunicação jornalístico impresso, os livros, instituições religiosas, o meio social, como a família, a vizinhança etc. O ebook está dividido em três partes, com sete capítulos, onde os autores/pesquisadores corroboraram com a temática principal de pensar a educação e sua história a partir de lugares comuns, ou seja, fora da escola. Organizado pelo historiador, pesquisador e professor Matheus da Cruz e Zica, que tem estudado a “formação” dos indivíduos nos mais diferentes espaços, este ebook apresenta justamente este aspecto formativo das subjetividades em lugares inimaginados.
Assim, na parte I são destacadas as experiências que “a morte” pode proporcionar nesse lugar incomum, fora dos espaços escolares propriamente ditos. De autoria de Thiago Rafael Oliveira, o primeiro capítulo intitula-se “A desinstrução do corpo antes da chegada a Auschwitz: a emergência do homo läger nas narrativas de Primo Levi e Miklós Nyszli (1935-1944)”. Ao traçar um contraponto entre as tristes lembranças dos sobreviventes de Auschwitz e o esfacelamento das bases humanas construídas no decorrer da vida, o autor destaca como o Estado também participa da formação da subjetividade humana. Amparado em Foucault, Oliveira afirma que “em qualquer sociedade, o corpo está preso no interior de poderes muito apertados” e que, por vezes, o Estado busca produzir “corpos submissos”. Leia Mais
Educação não escolar: Religiosidade e modos de fazer de uma curadora | Márcio Barradas Sousa e Maria betânia B. Albuquerque
A obra é resultado da dissertação de mestrado defendida em 2015 no Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade do Estado do Pará (UEPA). No livro, Márcio Barradas Sousa e Maria Betânia B. Albuquerque analisam os saberes e as práticas educativas cotidianas presentes no atendimento de pessoas submetidas às orações e tratamento de cura realizada por Odinéia dos Santos Barbosa, na comunidade quilombola de Abacatal, em Ananindeua, no Pará. Dona Dionéia, como costumava ser chamada, era conhecida como benzedeira que tratava os males espirituais provocados pelos seres habitantes das matas. Como aporte teórico metodológico os autores buscaram alicerçar-se nos pressupostos da história cultural, cuja abordagem historiográfica volta-se para a vida cotidiana, objetos e temas ligados à vida social dos homens e mulheres no tempo. Além disso, utilizaram-se do método da história oral e da técnica da entrevista semiestruturada, bem como características da pesquisa etnográfica.
Nesse movimento analítico os autores demonstraram o protagonismo de dona Dionéia e conferiram-lhe o status de exímia educadora ao revelar que esta, ao mudar de religião, criou uma metodologia própria de prática de cura ressignificando os processos educativos que utilizava no enfrentamento de doenças espirituais das pessoas que a procuravam. Nesse aspecto, tratava-se de processos educativos de natureza não escolar identificado pelos autores nas tessituras cotidianas das práticas de dona Dionéia e seus educandos, cuja relação era perpassada pelo processo de ensino e aprendizagem, na qual era mediadora de múltiplos saberes, disseminados pelo método da oração e da terapia de cura. Leia Mais
Museus Pedagógicos: diálogos ibero-americanos 1 | Cadernos de História da Educação | 2022
A circulação de ideias pedagógicas que contribuíram para edificar projetos de escolarização da infância, acompanhando a consolidação dos Estados-nação, teve alguns sustentáculos. Destacamos aqui o aparato legislativo, que compreende um conjunto de prescrições que apoiaram o desenho da composição administrativa, entre elas a obrigatoriedade escolar; as Exposições Universais como espaços de difusão de modelos, ideias, circulação de mercadorias direcionadas ao provimento da escola – especialmente a primária – e à promoção de um nicho de mercado; e a organização de Museus Pedagógicos, os quais assumem, neste Dossiê, lugar central.
Numa caracterização mais ampla, os Museus Pedagógicos2 podem ser descritos “como um centro de formação para professores, onde seriam desenvolvidos, testados, apresentados e difundidos novos métodos, mobiliários e instrumentos didáticos” (Petry; Gaspar da Silva, 2013, p. 82). Ou, como o propunha Bartolomé Cossío (1886), um órgão que serviria para a introdução dos avanços referentes à educação primária presentes em países considerados referência (in: García del Dujo, 1985). Para Pedro Moreno Martínez, Leia Mais
Cantareira. Niterói, v.1, n. 36, 2022.
Cantareira 20 anos: edição especial
Editorial e Sumário
- Editorial: Cantareira em dois cenários
- Alan Dutra Cardoso
- Por uma política de valorização das Revistas acadêmicas na área de História: Nota do Fórum de Editores de periódicos da ANPUH-Brasil
- Fórum de Editores de periódicos da ANPUH-Brasil
Artigos Livres
- O Enquadramento da memória do Holocausto a partir do filme A Lista de Schindler (1993)
- Isadora Wadi Staduto, Tereza Spyer
- Memórias e impactos da Estrada de Ferro Carajás nos versos de Gutemberg Guerra
- Vívia Nascimento , Anaís Sofia , César Martins de Souza
- · Uma sociedade formada por Trein, Mentz e Renner: Uma pesquisa sobre as indústrias A.J. Renner de Porto Alegre / RS e seus empresários.
- Jéssica Bitencourt Lopes
- A cavalaria na baixa idade médiadeclínio ou transformação?
- Ives Leocelso Silva Costa
- Passado pombalino em disputa: o Perfil do Marquês de Pombal, de Castelo Branco, em meio a embates sobre Pombal entre católicos e republicanos (Porto, 1882)
- Gustavo Pereira
- A primeira Assembleia Continental Guaranium movimento indígena na história contemporânea
- Edson Dos Santos Junior
- A formação do complexo colonial da Empresa Colonizadora Serafim Fagundes & Cia na região do planalto rio-grandense (1898-1899)
- João Vítor Sand Theisen
- Nem tudo deve ser lembrado: relação entre o arcebispo Dom Avelar Brandão Vilela, memória e política a partir da experiência de acesso ao arquivo privado “Paulo VI” da arquidiocese de Teresina-PI
- Lenilson Rocha Portela
- Tomás Antônio Gonzaga e o Tratado de Direito Natural: uma discussão sobre Justiça e poder no período pombalino
- Hiago Rangel Fernandes
Transcrições
- Domínio e dependência nas relações políticas entre Sobas e a Administração Portuguesa na Angola do século XVIII
- Luana Mayer, Gabriella Araújo, Jessica Dantas, Mariany Mathias, Lara Oliveira
Publicado: 2022-02-12
Sankofa. São Paulo, v.15, n.26, 2022.
ARTIGOS
- Africanos escravizados na expansão cacaueira de Ilhéus-Bahia, 1850- 1888
- Marcelo Loyola de Andrade
- Crianças africanas escravizadas nos anúncios de fugidos, nos oitocentos, na cidade do Rio de Janeiro
- Cátia Regina Gutman
- Educação Africana: possibilidades pedagógicas
- Ademir Barros dos Santos
- Literatura, imagem e resistência: o mundo se despedaça e o resgate das memórias ancestrais
- Alessandra Santos Chagas
- “Neo zumbilismo é agora”: 20 de novembro e consciência negra no Brasil
- Juliana Serzedello Crespim Lopes
- “Uma paisagem por baixo da outra”: narrativas de coloniais sobre a natureza na trilogia “as areias do imperador” de mia couto
- Julio Cesar Vieira, Roberta Barros Meira, Taiza Mara Rauen Moraes
PUBLICADO: 2022-02-11
Revueltas. Revista Chilena de Historia Social Popular. Santiago, n.5, 2022.
Presentación
- América entre revoluciones: construcción de sujetos e identidades en el ideario popular revolucionario latinoamericano
- Camila Neves Guzmán, Diego Venegas Caro, José Miguel González Garcés
Dossier Central
- La Nueva Canción Chilena: Un análisis desde la perspectiva de la historia cultural
- Víctor Vergara Campos
- La cultura en el campo de las ideas (1973 – 1985): prácticas y discursos de la institucionalidad de la dictadura chilena y el movimiento artístico-cultural de resistencia (UNAC y CADA)
- Valentina Arevalo Vidal
- México 68: El inicio de una tradición de lucha
- Marian Garcia Tapia
Artículos
- “Petu mogeleiñ pu mapuche! Küme tañi akuel nag Malleko”. Chiguaihue: Violencias, memorias y territorio
- Cristobál Peréz Muñoz
- “Por todos los territorios ellas piden conciencia”: Colectivo Cueca Sola y su lucha por las memorias (2013-2020)
- Daniela Mendez Navarrete
- Conformación identitaria obrera-artesanal: movimiento artesanal y mutualismo porteño desde la experiencia de la sociedad tipográfica de Valparaíso, 1855- 1888
- Alvaro Macaya Flores
Fuentes y documentos para la Historia Social Popular
- Confederación Nacional de Asociaciones Mapuche. Planteamientos, Declaración de Principios y Objetivos (1969)
- Jaime Navarrete Vergara
Reseñas
- El Origen del capitalismo. Una mirada a largo plazo
- Rodrigo Reyes Aliaga
Publicado: 2022-02-11
Construir soberanía. Una interpretación económica de y para América Latina | Theotonio dos Santos
La presente antología presenta un conjunto de textos sobre el científico social brasilero Theotonio Dos Santos (1963-2018), especialmente sus aportes sobre la formación económica y social de Brasil como latinoamericana a partir del marxismo nacionalizado que adoptó en sus análisis. Como destaca Mónica Bruckman en una introducción a la obra, los escritos del brasilero pueden datarse en cuatro momentos cronológicos: la apropiación del marxismo, la dinámica de la dependencia, el papel de la revolución científico-técnica y las preocupaciones sobre la economía mundial. Estos ejes que atraviesan la obra de Dos Santos, se tornan de especial importancia en nuestros días teniendo en cuenta los problemas de desarrollo, integración política y lucha contra la desigualdad que enfrentará la región luego de la pandemia por COVID-19.
A partir de los años 1960 Dos Santos comenzó a formarse en el marxismo y a vincularse con importantes intelectuales como Aníbal Quijano, Fernando Enrique Cardoso, Francisco Weffort, Pedro Paz, entre otros. Aquí se sitúan sus primeros análisis y publicaciones en torno a las clases sociales en Brasil y el desarrollo desde un punto de vista político. Luego vinieron los años en la Universidad de Brasilia donde Dos Santos se apropiará de la teoría marxista de la dependencia y su posterior exilio a Chile tras el golpe de 1964 donde seguiría trabajando con reconocidas figuras como Ruy Mauro Marini y André Gunder Frank. En una tercera etapa iniciada con el golpe de Estado en Chile en 1973 vino la desarticulación de los estudiosos de la dependencia y el exilio a México para desempeñar labores en la Universidad Nacional Autónoma de México donde se dedicó a estudiar la revolución científica tecnológica y su impacto en el desarrollo de las fuerzas productivas a nivel global. Fueron los años en que Dos Santos aportó al conocimiento del capitalismo global y al papel de la ciencia en el desarrollo de industrias y la intervención el Estado en ese proceso. Por último, viene el núcleo de estudios en torno al desarrollo y el proceso civilizatorio desde perspectivas históricas donde profundizó el enfoque de Kondrátiev y cuestionó a teóricos de renombre como a Immanuel Wallerstein y a Giovanni Arrighi en torno a la formación capitalista mundial. Leia Mais
Construir soberanía. Una interpretación económica de y para América Latina | Theotonio dos Santos
La presente antología presenta un conjunto de textos sobre el científico social brasilero Theotonio Dos Santos (1963-2018), especialmente sus aportes sobre la formación económica y social de Brasil como latinoamericana a partir del marxismo nacionalizado que adoptó en sus análisis. Como destaca Mónica Bruckman en una introducción a la obra, los escritos del brasilero pueden datarse en cuatro momentos cronológicos: la apropiación del marxismo, la dinámica de la dependencia, el papel de la revolución científico-técnica y las preocupaciones sobre la economía mundial. Estos ejes que atraviesan la obra de Dos Santos, se tornan de especial importancia en nuestros días teniendo en cuenta los problemas de desarrollo, integración política y lucha contra la desigualdad que enfrentará la región luego de la pandemia por COVID-19.
A partir de los años 1960 Dos Santos comenzó a formarse en el marxismo y a vincularse con importantes intelectuales como Aníbal Quijano, Fernando Enrique Cardoso, Francisco Weffort, Pedro Paz, entre otros. Aquí se sitúan sus primeros análisis y publicaciones en torno a las clases sociales en Brasil y el desarrollo desde un punto de vista político. Luego vinieron los años en la Universidad de Brasilia donde Dos Santos se apropiará de la teoría marxista de la dependencia y su posterior exilio a Chile tras el golpe de 1964 donde seguiría trabajando con reconocidas figuras como Ruy Mauro Marini y André Gunder Frank. En una tercera etapa iniciada con el golpe de Estado en Chile en 1973 vino la desarticulación de los estudiosos de la dependencia y el exilio a México para desempeñar labores en la Universidad Nacional Autónoma de México donde se dedicó a estudiar la revolución científica tecnológica y su impacto en el desarrollo de las fuerzas productivas a nivel global. Fueron los años en que Dos Santos aportó al conocimiento del capitalismo global y al papel de la ciencia en el desarrollo de industrias y la intervención el Estado en ese proceso. Por último, viene el núcleo de estudios en torno al desarrollo y el proceso civilizatorio desde perspectivas históricas donde profundizó el enfoque de Kondrátiev y cuestionó a teóricos de renombre como a Immanuel Wallerstein y a Giovanni Arrighi en torno a la formación capitalista mundial. Leia Mais
Revista Brasileira de História & Ciências Sociais. Rio Grande, v.13, n.27, 2021.
- RBHCS 27 (Jul-Dez/2021)
- Expediente
- Expediente RBHCS 27
- Editores RBHCS
- Apresentação
- Por uma política de valorização das Revistas acadêmicas na área de História
- Editores RBHCS
- Artigos Livres
- Sistema de Cotas e Conflitos Raciais Violentos no Brasil em Tempo de Políticas de Ação Afirmativa:fato ou suposições infundadas?
- Sales Augusto Santos, Matheus Freitas
- Para além da violência epistêmicapossibilidades de análises arqueológicas simétricas do Batuque Gaúcho
- Cláudio Baptista Carle, Ingrid Adrielle de Souza Freitas Santana
- A recepção do neorrealismo italiano por Moniz Vianna no contexto do subcampo da crítica de cinema brasileira (1948-1959)
- Thiago Turibio
- Representações do Sul do Brasil nos escritos da intelectualidade alemã (1896-1914)
- Rosane Marcia Neumann
- A crítica literária e a literatura produzida por mulheres no Brasil do final do século XIX a meados do século XX
- Carlos Eduardo Millen Grosso
- Uma história paulista do Brasilidentidade regional e história nacional no manual didático A Linda História de Meu País
- Flávio Giarola
- Educação e inclusão no contexto do “neoliberalismo conservador” no Brasil
- Mozart Linhares da Silva
- ● A Arqueologia do Saber de Michel FoucaultEntre a descrição estrutural e a análise epistemológica
- Pedro Ragusa
- Versões impressas no papel e na memória: Abrigo de Menores, novembro de 1956
- Eduardo Silveira Netto Nunes
- Administração pública no Brasilas reformas administrativas do DASP e do Decreto-Lei n°200 em perspectiva comparada
- Leonardo Queiroz Leite
- Impactos dos ventos a partir da ambientalização e estrangeirização da terra
- Tarcísio Silva
- Resenhas
- Pensar la dependencia latinoamericana: repaso histórico de Theotonio Dos Santos y el capitalismo periférico latinoamericano
- Ignacio Rossi
Publicado: 2022-02-10
Anais do Museu Histórico Nacional. Rio de Janeiro, v.55, 2021.
Editorial
Apresentação
- Apresentação do dossiê Acervos(re) leituras possíveis
- Aline Montenegro Magalhães, Márcio Rangel, Rafael Zamorano Bezerra
Dossiê temático
- UMA CONSTRUÇÃO BIOGRÁFICA DO VESTIDO DE MARIA BONITA:Musealização, remusealização e gênero
- Ana Lourdes Costa, Ivan Coelho de Sá, Bruno Brulon
- Valoração e autenticidade histórica na restauração de bens imóveis coloniaisum estudo sobre a Casa do Trem
- Rafael Zamorano Bezerra, Fernanda Pinheiro Pereira Silva
- A Heráldica como ferramenta para a leitura de manifestações culturais brasileiras.Experiências de ensino e extensão no Curso de Museologia UNIRIO.
- Ludmila Leite Madeira da Costa, Rayssa Lisbôa França, Rosemere Gomes de Andrade
- Saberes locais e a formação de coleções de história natural nas expedições científicas do oitocentos
- Anderson Pereira Antunes
Artigos
- Intelectuais do Conselho Consultivo do Sphan e do IHGBposição, produção e formação de redes (1938-1966)
- Jamile da Silva Neto
- A coleção egípcia do museu nacionalcontextos de formação e sua destinação para museus
- Rafael Rodrigues Felix
Publicado: 2022-02-08
Resenha Crítica. Aracaju & Crato, v.2, n.11, 07 fev. 2022.
Amostras de exame com as confirmação de subvariante da Ômicron | Foto: Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas / Uol Notícias
Colegas,
No mês de janeiro, coletamos dossiês sobre história da doença e da saúde, com destaque para as consequências da Pandemia para as economias e sociedades da América Latina.
As resenhas passam por uma espécie de entressafra, comum nos meses de janeiro e fevereiro, contabilizando pouco mais de uma dezena.
A aquisição de novos acervos de periódicos, por outro lado, não diminui. Nos últimos trinta dias, incorporamos ao nosso blog: duas revistas sobre Ensino de Geografia, uma especializada em Estudos da Morte e do Morrer e três revistas dedicadas, respectivamente, à História Social, Biografias e Autobiografias e Estudos sobre o Mundo Antigo.
Saúde e trabalho para todos nós!
Itamar Freitas e Jane Semeão (Editores)
(*) Para receber a listagem de todas as nossas publicações, mensalmente e sem custos, faça o seu cadastro aqui.
Resenhas
Dossiês
Sumários
Periódicos recentemente incorporados ao acervo
Conheça a totalidade do acervo
Para adequado uso do espaço na página inicial deste blog, destacamos apenas algumas resenhas, dossiês, sumários e apresentações de periódicos recentemente incorporados ao acervo em cada edição mensal do Resenha Crítica.
A quantidade de textos, porém, se altera à medida que incorporamos novos periódicos, retroativamente, aos nossos bancos de dados.
Para conhecer a totalidade das aquisições de resenhas, apresentações de dossiês e sumários, publicados originalmente no período 1839-2021, utilize os filtros da barra lateral.
Resenha Crítica. Aracaju & Crato, v.2, n.11, 7 fev. 2022.
ISSN: 2764-0302
Plínio Salgado: Biografia Política (1895-1975) | João Fábio Bertonha
João Fábio Bertonha é um dos principais historiadores brasileiros especializado no estudo das experiências autoritárias no Brasil do século XX, especialmente no que se refere ao Integralismo Brasileiro. Seu último trabalho publicado, cuja presente resenha irá analisar, é a construção de um perfil biográfico do expoente máximo do Integralismo Brasileiro: Plínio Salgado. Apesar de associação imediata de Salgado com o Integralismo, Bertonha mostra ao leitor aspectos outros de sua trajetória. Além disso, traça paralelos importantes com o tempo no qual ele esteve inserido, o que ajuda a compreender melhor as transformações e escolhas feitas em diferentes momentos por Plínio Salgado ao longo de sua vida.
O livro foi divido em quatro partes, com 13 capítulos. Na primeira delas, composta por quatro capítulos, o autor se debruça no processo de formação de Plínio Salgado enquanto intelectual e sua inserção no mundo da política. A segunda parte, que vai dos capítulos 5 ao 8, focou na construção da AIB (Ação Integralista Brasileira) e a experiência de Salgado a frente do movimento até sua derrocada, após a tentativa frustrada de um golpe de Estado. Os capítulos 9, 10 e 11 compõe a terceira parte do livro e dizem respeito a fase de exílio de Plínio e sua família em Portugal; seu retorno ao Brasil após o fim do Estado Novo e seu retorno a vida política no período da redemocratização pós 1945. Por fim, a última parte do trabalho analisa o envolvimento de Salgado com o golpe de 1964 e com o governo ditatorial, seus últimos anos e a sobrevivência simbólica de Plínio Salgado. Leia Mais
Sertão História. Crato, v.1, n.1, 2022.
Expediente
- Expediente
- Ana Isabel Ribeiro Parente Cortez Reis
Apresentação
- ApresentaçãoSertão História – volume 1, número 1
- Darlan de Oliveira Reis Junior
- Artigos
- Direito e Diplomacia no Tempo Saquarema:soberania territorial e fronteiras políticas na Amazônia (1849-1864)
- Alan Dutra Cardoso
- Antes as armas que o jugo:os índios do Ceará na Balaiada
- João Paulo Peixoto Costa
- Conflitos de terra e mão de obra indígena na fronteira oeste brasileira,entre o final do séc. XIX e início do XX
- Dandriel Henrique da Silva Borges
- “A acção destruidora do fogo e do machado”propriedade, crime e natureza na Serra do Araripe, Cariri cearense, no início do século XX
- Johnnys Alencar, Lina Maria Brandão de Aras
- De tapuia a caboclo:a incorporação dos últimos nativos ao “Ceará colonial”
- Raimundo Alves de Araújo
- São José do Egito – Alto Sertão do Pajeú – Pernambuco:notas para uma história
- Lindoaldo Campos
- Do meu lugar nem morto:relações de topofilia no sertão do Pajeú
- Ednaldo Emilio Ferraz
Resenha
- Plínio Salgado em diferentes atos
- Jose Airton Ferreira Costa Junior
Entrevista
- Entre o mundo acadêmico e o “mundo beato” – vivências de uma antropóloga sertaneja:Luitgarde Oliveira Cavalcanti Barros
- Maria de Fátima Morais Pinho, Viviane Prado Bezerra
Publicado: 2022-02-04
Autoria e autoridade entre antigos e modernos | Revista de História | 2022
Herodotus | Imagem: BBC
O tema deste dossiê sugere uma série de questões voltadas para os processos de escrita e o papel dos que escrevem, sobretudo as inscritas nas relações entre autoria e autoridade. São exemplos disso a discussão sobre uma possível dimensão transcendental, legitimadora e incontestável de autoridade ou o debate acerca da existência de uma genialidade criativa inata, apenas dois dos variados problemas que permitem explorar a perspectiva de que atribuir um texto a uma identidade individual não é o suficiente para que se forme autoria, não sendo igualmente possível admitir a categoria “autor” em chave essencialista, pois são muitos os resíduos semânticos depositados nela. Essa agenda traz à tona a tarefa de reconstituir posições de autores historicamente situadas e os variados critérios de credibilidade dos discursos nas condições de autoria que lhes foram atreladas. A variação desses elementos ao longo do tempo se dá no horizonte de um diálogo com formas de autorização instituídas nos termos da rivalidade e da adesão, impulsionando tradições textuais e relações de valência epistêmica. Trata-se, assim, de processos de longa duração, cujas características subjazem discursos do presente mesmo quando não abordam direta e explicitamente temas do passado. A partir disso, podemos afirmar, então, que pensar a relação entre autoria e autoridade hoje, com base no contraste entre “antigos” e “modernos”, nos oferece aportes complementares, estruturantes e indispensáveis à reflexão sobre discursos de natureza diversa. O que ocorre quando tais recursos são mobilizados para pura e simples autopromoção? Existe autoridade sem verdade? O autor exerce responsabilidade sobre seu texto e, portanto, deve encarar as consequências daquilo que escreve, ou o texto tem uma vida independente de seu criador, de maneira que devemos separar o eu subjetivo da função-autor? Quando não existe autoria, é possível afirmar a existência de autoridade? Se sim, em que sentido? A quem pertence a autoridade? A indivíduos, artefatos, instituições, tradições – ou a autoridade é efetivamente constituída no cruzamento dessas instâncias? Eis as reflexões proporcionadas pelo dossiê autoria e autoridade entre antigos e modernos. Leia Mais
Diálogos sobre a Modernidade. Vitória, v.4, 2022.
- Patrícia Merlo, Lucas Braga
Artigos
- Da técnica ao prato: os indícios da configuração de uma cozinha brasileira nos periódicos oitocentistas (notas de pesquisa)
- Patrícia Merlo
- O cacau na produção científica lusa em fins do século XVIII: notas de pesquisa
- Alexandre Santos
- Cacau: discursos médicos e modelos de consumo nas publicações científicas do século XVIII: notas de pesquisa
- Eduardo Gomes M. Moisés
- A corte joanina no Rio de Janeiro Oitocentista: notas de pesquisa
- Fernando Santa Clara Viana Jr.
- O auto de fé de 1761: aspectos da sentença de condenação do Padre Gabriele Malagrida
- Guilherme Marchiori de Assis
- Arte, sacralização e retórica do poder no barroco joanino (1707- 1750)
- Juliano Gomes
- Sensibilidades modernas nos novos padrões de consumo: sobre cacau e café na produção científica lusa em fins do século XVIII
- Lucas Onorato Braga
- Ópera do Tejo: o prelúdio de uma pesquisa
- Maria Aparecida Stelzer Lozorio
- O iluminismo e a instrução pública na província do Espírito Santo (1833-1844)
- Rodrigo da Silva Goularte
Publicado: 2022-02-03
Artificios – Revista Colombiana de Estudiantes de Historia. Bogotá, v.20, 2022.
Tema libre
Editorial
Artículos tema libre
- La política electoral del general José Rufino Echenique en las elecciones de 1850
- Luis Ángel Elescano Paz
- Lluvia y ecos de madre: resistencia y cambios de roles de la mujer indígena kankuama durante el conflicto armado contemporáneo en la sierra nevada de Santa Marta 1980-2005
- Natalia Isabel Ramírez Manjarrés
- La introducción de la iluminación eléctrica de los comercios y la caminata urbana: algunos cambios en los ritmos de la vida nocturna en Puebla México, 1888-1900
- José Edgar Pérez Muñoz
- ¿Hombres civilizados o indios salvajes? Representaciones sobre los llaneros en la segunda mitad del siglo XIX
- Simón Flórez López
- Transcripciones documentales
- Juicio y Enfermedad: aproximación a las dinámicas de las enfermedades en la Real Audiencia de Santa Fé. 1571
- Alejandro Grajales Rivera
Publicado: 2022-02-03
Moções – Revista de Relações Internacionais. Dourados, v.10, n.20, 2021.
Fronteira e Defesa Nacional: Segurança Integrada e Ajuda Humanitária
EXPEDIENTE
APRESENTAÇÃO DO DOSSIÊ
- Fronteira e Defesa Nacional: Segurança Integrada e Ajuda Humanitária
- Tomaz Espósito Neto, Camilo Pereira Carneiro, Fernando Jose Ludwig, Tássio Franchi
ARTIGOS DOSSIÊ – FRONTEIRA E DEFESA NACIONAL: SEGURANÇA INTEGRADA E AJUDA HUMANITÁRIA
- Entrevista com o Ministro Celso L., n.Amorim
- Tomaz Espósito Neto, Camilo Pereira Carneiro Filho, Fernando Jose Ludwig, Bruna Letícia Marinho Pereira
- The future of Brazil-Venezuela partnership under a migration crisis context: confidence building measures by border understandings
- Thiago Gehre Galvão, Bruna de Paula Miranda Pereira, Mauricio Kenyatta Barros da Costa
- PDF (ENGLISH)
- A articulação entre os ministérios da saúde e da defesa para operacionalização da força-tarefa logística humanitária em Roraima entre 2017-2020
- Regina Vianna Brizolara, José Roberto Pinho de Andrade Lima
- Governança migratória e pandemia da COVID-19: a resposta brasileira à crise migratória de venezuelanos pela Operação Acolhida
- Roberto Rodolfo Georg Uebel, Lara Sosa Márquez, Matheus Fröhlich
- A participação do exército brasileiro na crise migratória venezuelana em Roraima: uma visão da logística humanitária
- Alexandre Fantini Martins, Vanessa Cabral Gomes
- Resposta governamental brasileira à crise migratória venezuelana: a contribuição das forças armadas na Operação Acolhida
- Josias Marcos de Resende Silva, Thiago da Rocha Passos Gomes
- Peacetime planning: the question of Venezuelan refugees in Brazil
- Orlando Mattos Sparta de Souza, Danielle Morais Bourguignon Sparta, Leonardo de Andrade Alves
- PDF (ENGLISH)
- Barreiras para o acolhimento dos Povos Warao no Brasil
- Julia Silva Rensi, Maria Luísa de Brito Câmara
- Uma perspectiva sobre a presença de refugiados no Estado de Mato Grosso do Sul
- Cesar Augusto Silva da Silva, Thainy Gomes da Silva Santos
- A capacitação no projeto SISFRON: as lições aprendidas do projeto piloto e as perspectivas para o prosseguimento das próximas fases.
- Marcelo Hinago, Fabricio Pelloso Piurcosky
- As relações interorganizacionais em programas públicos: um estudo de caso no programa Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras – SISFRON.
- Pedro Artur Leite Rodriguez, Alexander Cambraia Nascimento Vaz
- Integração fronteiriça no Mercosul: avanços institucionais e jurídicos contemporâneos da cooperação transfronteiriça regional
- Marcus Maurer de Salles
- O Regime de Tributação Unificado (RTU) como política de controle do Circuito Sacoleiro
- Deise Baumgratz, Eric Gustavo Cardin
- A captura dos corpos descartáveis nas fronteiras. As migrações forçadas, as políticas estadunidenses e a América Latina
- Érica Sarmiento
- Estados Unidos e a política de controle de fronteiras: práticas de militarização e mecanismos de vigilância com o México no pós-11 de setembro
- Fernando Luz Brancoli, Simone da Silve Ribeiro Gomes
- As múltiplas visões sobre o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON)
- Tomaz Espósito Neto, Tassio Franchi
- Um bate papo com o Terror: transformando o terrorismo por meio do diálogo?
- Matheus Hoffmann Pfrimer
ARTIGOS – SEÇÃO MISCELÂNEA
- Desafios atuais para a coopeação sul-sul: as desigualdades e o sul global
- Marina Bolfarine Caixeta, Roberto Goulart Menezes
- Ascensão e queda do governo Evo Morales na Bolívia (2006-2019) sob o prisma da “sociedade abigarrada”
- Ricardo Bruno Boff, Samia Franco
- Políticas públicas dos EUA e da China para a pandemia: tensões geopolíticas, competição tecnológica e modelos de desenvolvimento
- Italo Barreto Poty, Caroline Boletta de O. Aguiar
RESENHAS BIBLIOGRÁFICAS
- Solidariedade e interesses: motivações e estratégias na cooperação internacional para o desenvolvimento (Resenha)
- Deborah Silva do Monte
- Resistir a Abadon (Resenha)
- Asbel Demaca Quitunga
- Curto-Circuito: o vírus e a volta do Estado (Resenha)
- Barnabé Lucas de Oliveira Neto
TRADUÇÃO
- Movimentos Sociais/Política Mundial
- Gabriel Siracusa; R. B. J. Walker; Iago Rondello
EDIÇÃO COMPLETA
- Dossiê Fronteira e Defesa Nacional: segurança integrada e ajuda humanitária V. 10, n.20 – jul./dez., 2021
PUBLICADO: 02/02/2022
Micro-Spatial Histories of Global Labour | C. G. De Vito e A. Gerritsen
Anne Gerritsen | Imagem: The Britsh Academy
A obra “Micro-Spatial Histories of Global Labour” foi publicada pela editora londrina Palgrave Macmillan no ano de 2018, sob organização de Christian De Vito (pesquisador associado da Universidade de Leicester, Reino Unido) e Anne Gerritsen (professora vinculada ao Departamento de História da Universidade de Warwick, Reino Unido). Organizados em ordem cronológica, os doze textos – alguns em coautoria – foram escritos por historiadores e historiadoras de diferentes origens, sendo oito italianos, duas inglesas, um austríaco, um iraniano e uma autora grega. Tal publicação é essencial para pensarmos as relações e possibilidades de pesquisa envolvendo a história global e a micro-história sob temática do mundo do trabalho.
De Vito e Gerritsen abrem o prefácio com um episódio envolvendo a apresentação de Hans Medick, em Pequim, sobre uma remota aldeia suábia que tentava manter técnicas tecelãs e agrícolas dentro de sua comunidade. Os questionamentos levantados após o final da exposição acabaram por conectar a localidade na Alemanha com os estudos de padrão de desenvolvimento no delta de Yangtze, na região de Xangai. Ainda que inicialmente não houvesse a intenção de conectar Yangtze com a Alemanha, a metodologia micro-histórica empregada por Medick possibilitou integrações em uma perspectiva global. Dessa maneira, os autores mencionam que a partir de 2010, estudos que combinavam as abordagens micro e global começaram a ser empreendidos por uma série de pesquisadores dentro da história do trabalho, como aqueles produzidos por Francesca Trivellato, John-Paul Ghobrial e Lara Putnam. Leia Mais
História Ambiental: configurações do humano e tessituras teórico-metodológicas | Ilsyane do Rocio Kmitta, Suzana Arakaki e Tânia Regina Zimmermann
Suzana Arakaki | Imagem: Dourados News
A obra História ambiental: configurações do humano e tessituras teórico-metodológicas, organizada pelas historiadoras Ilsyane do Rocio Kmitta, Suzana Arakaki, Tania Regina Zimmermann, professoras da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, foi publicada em 2020, pela editora Milfontes. Os oito capítulos que compõem o livro são escritos por pesquisadores de diferentes regiões do país, o que, como mencionado por Susana Cesco na apresentação da obra, indica para a descentralização das pesquisas em história ambiental, que vem se fortalecendo no Brasil. Considerando os capítulos em conjunto, permitem ao leitor que conheça importantes aspectos da área de pesquisa, bem como levantam reflexões a respeito do seu papel tanto no ensino básico quanto no superior.
Ao longo do primeiro capítulo, intitulado História ambiental: alguns desafios conceituais e políticos, os historiadores Eurípedes Antonio Funes e Kenia Sousa Rios, professores da Universidade Federal do Ceará, apresentam algumas provocações em torno da ideia de natureza como um fato dado. Para eles, as noções de natureza são historicamente construídas, sendo influenciadas pelas variadas experiências temporais. Assim, exemplificam que a concepção de natureza como um recurso a ser dominado, inclusive no campo científico, remete ao século XIX. Nesse contexto, os autores apontam que o nordeste brasileiro passa a ser concebido como uma natureza inóspita, onde a seca se torna um obstáculo para a modernização do sertão. Leia Mais
Feminismos e literaturas | Literatura, História e Memória | 2021
Fragmented Feminisms | Imagem: Sem autoria identificada
Quando elaboramos a chamada deste dossiê para a Revista de Literatura, História e Memória, decidimos propor o tema “Feminismos e literaturas” porque ambas as organizadoras estávamos envolvidas e muito entusiasmadas com nossas atuais pesquisas que se vinculam, de distintas formas, às diferentes vertentes das teorias feministas, aplicadas a distintos objetos de estudo. Ambas vínhamos de pesquisas que se relacionavam com outras áreas, mas há algum tempo vínhamos nos sentindo convocadas a direcionar nossos estudos às teorias feministas por variados motivos, sendo um dos mais potentes a procura por parte de nossos alunos e, especialmente, nossas alunas por estudar questões relacionadas a essa área que parecia ter pouco espaço de discussão nas instituições das quais fazíamos parte.
A resposta que obtivemos à chamada deste dossiê parece indicar que os estudos relacionados aos feminismos – neste caso, aqueles que têm como objeto de estudo textos literários – condiz à busca de nossas alunas e nossos alunos. Isso porque tivemos a grata surpresa de receber sessenta e oito submissões para compor um dossiê de quinze artigos, o que parece indicar que há grande produção sobre o tema e, talvez, pouco espaço para sua divulgação. Leia Mais
Literatura História e Memória. Cascavel, v.17, n.30, 2021.
DOSSIÊ: FEMINISMOS E LITERATURAS
PÁGINAS INICIAIS
- PÁGINAS INICIAIS
- Conselho Editorial
APRESENTAÇÃO
- APRESENTAÇÃO
- Andreia dos Santos Menezes , Larissa Fostinone Locoselli
DOSSIÊ: FEMINISMOS E LITERATURAS
- O CORTIÇO: REPRESENTAÇÕES LGBT E NÃO-HETERONORMATIVAS
- Lais Cruz, Isabella Jeremias, Laura Vieira
- A RESISTÊNCIA DA MULHER NEGRA EM TORTO ARADO DE ITAMAR VIEIRA JR.
- Joelma de Araújo Silva Resende, Maria Helena de Oliveira, Margareth Torres de Alencar Costa
- FEMINISMOS E LITERATURA DAS MULHERES: CONFIGURAÇÕES POSSÍVEIS E CONSIDERAÇÕES SOBRE O CONTEXTO BRASILEIRO
- Alessia di Eugenio
- METAFICÇÃO HISTORIOGRÁFICA E GÊNERO: UMA LEITURA DE CARTA À RAINHA LOUCA, DE MARIA VALÉRIA REZENDE
- Cindy Conceição Oliveira Costa, Sebastião Alves Teixeira Lopes
- FIGURAÇÕES DA VIOLÊNCIA EM A CONFISSÃO DE LEONTINA, DE LYGIA FAGUNDES TELLES
- Veralucia Pinheiro, Ewerton de Freitas Ignácio, Larissa Landim de Carvalho
- AS CAMADAS DE INVISIBILIDADE FEMININA NOS ROMANCES A NOITE DAS MULHERES CANTORAS E A VIDA INVISÍVEL DE EURÍDICE GUSMÃO
- Vivian Bezerra da Silva
- SUBJETIVAÇÃO E RE (CONSTRUÇÃO) DE IDENTIDADE DA MULHER AFRO-AMERICANA EM EU SEI POR QUE O PÁSSARO CANTA NA GAIOLA (2018), DE MAYA ANGELOU: DO SILENCIAMENTO À ESCREVIVÊNCIA
- Erica Antonia Caetano
- AS MULHERES DOS BECOS: A REPRESENTAÇÃO FEMININA EM BECOS DA MEMÓRIA, DE CONCEIÇÃO EVARISTO
- Gabriela Soares Nogueira Andreatti
- A OBRA DE CONCEIÇÃO EVARISTO E O FEMINISMO DESCOLONIAL
- Ana Paula Freitas dos Santos
- AUDRE LORDE: CONTRIBUIÇÕES PARA UMA EPISTEMOLOGIA DA CRÍTICA FEMINISTA À LITERATURA LÉSBICA NEGRA
- Alina Nunes
- UMA LEITURA DAS TRADUÇÕES CUBANA E ARGENTINA DE ‘QUARTO DE DESPEJO’ SOB A PERSPECTIVA DA CRÍTICA FEMINISTA DECOLONIAL DE TRADUÇÃO
- Penélope Serafina Chaves Bruera
- EU E A PILHA DE MULHERES MORTAS: RESSIGNIFICAÇÃO DE IDENTIDADES FEMININAS EM MULHERES EMPILHADAS (2019), DE PATRÍCIA MELO
- Paula Grinko Pezzini, Lourdes Kaminski Alves
- DESCOLONIZANDO CORPOS E SUBJETIVIDADES: REPRESENTAÇÕES FEMININAS EM AMORES INSÓLITOS DE NUESTRA HISTORIA (2001)
- Maria de Fatima Oliveira Marcari
- TEMPOS DE MULHERES: UTOPIAS E DISTOPIAS FEMINISTAS NA LITERATURA E HISTÓRIA
- Danielle Santos Dornelles
- PER-MANHECER SELVAGEM: MULHER ESQUELETO, YKAMIABAS E GINGA
- Lígia de Moura Borges
PESQUISA EM LETRAS NO CONTEXTO LATINO-AMERICANO E LITERATURA, ENSINO E CULTURA
- HISTÓRIA E FICÇÃO EM CARTA À RAINHA LOUCA, DE MARIA VALÉRIA REZENDE
- André Luís Gomes de Jesus
- “UM MAL QUE ESPREITA FEITO UMA JARARACA NA MOITA”: CORONELISMO, VIOLÊNCIA E MEDO EM “O TRONCO”, DE BERNARDO ÉLIS
- Leonardo José Rodrigues, Ewerton de Freitas Ignácio
- FICÇÃO-CRÍTICA E VIDA LITERÁRIA NOS ROMANCES “EM LIBERDADE” E “MACHADO”, DE SILVIANO SANTIAGO
- Helder Santos Rocha
- LA CRÍTICA HACIA LA INMOVILIDAD CULTURAL DE CHILE, EN UN AÑO DE JUAN EMAR
- Kakyung Lee
- O FAUSTO NAS AMÉRICAS: MEFISTÓFELES E LEGBA NA ENCRUZILHADA
- Isabel Rebelo Roque
RESENHAS
- “E FOI ASSIM QUE EU E A ESCURIDÃO FICAMOS AMIGAS” UMA HISTÓRIA EM FORMATO DE POEMA PARA PAIS E MÃES E FILHOS(AS) LEREM JUNTOS
- Marluci Fontana Drum
PUBLICADO: 02-02-2022
Negacionismos, Anti-intelectualismo e Fake News: A aporia da História na era da ‘pós-verdade’/ Escrita da História/2022
O décimo sétimo número da Revista Escrita da História (REH) apresenta o dossiê temático “Negacionismos, Anti-intelectualismo e Fake News: A aporia da História na era da ‘pós-verdade’”, organizado pelo editor da REH, Prof. Dr. Isaac Harillo Jerez. A proposta do dossiê é refletir pontos nevrálgicos das sociedades contemporâneas sob o signo da “pós-verdade”, como o discurso negacionista e a disseminação de informações falsas nas redes sociais.
Tais questões são reflexo da intensificação de movimentos de extrema direita mundo afora nos últimos anos, que mesclaram linguagens políticas neofascistas com princípios econômicos do neoliberalismo. O caráter intercontinental deste fenômeno pode ser observado em dois momentos: a ascensão de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos (2016) e a eleição de Jair Bolsonaro à chefe do Poder Executivo brasileiro (2018). Em ambos os acontecimentos, setores da extrema-direita organizaram uma rede estruturada de desinformação e de disseminação de discursos de ódio por meio das redes sociais, cujo intuito foi atacar as instituições liberal-burguesas e as distintas áreas científicas, por meio de uma lógica negacionista e revisionista. Estas narrativas da extrema-direita intensificaram-se em distintos países com a pandemia do novo Coronavírus, através do descrédito da ciência e da propagação de informações inverídicas. Leia Mais
Arquitertúlia: Prosa em construção – Contos de humor não edificantes | Manoel Vaz Gomes Corrêa
Arte sobre a capa de Arquiteertulia, de Manoel Vaz
Há pouco tempo, 25/08/2021, recebi um e.mail de um antigo colega de ginásio no Colégio dos Maristas no Rio de Janeiro. Manoel Vaz Gomes Corrêa, o Nel Vaz, carioca, 75 anos, arquiteto, cartunista e ilustrador. Casado, dois filhos, três netos. Em função das quarentenas e isolamentos provocados pela pandemia são vários os ex-alunos que nos procuram via remota São palavras do autor Manoel Vaz:
“Um livro (já sinto suas contrações), era o que faltava, pois na prancheta, fiz muitas plantas, que estão aí até hoje, regando ou não regando. Quanto a plantar na terra, lembro-me de que na instituição onde trabalhei, em cada projeto inaugurado, plantávamos mudas de pau-brasil, pra compensar o que levaram na marra. Desse modo, posso dizer também que já fui uma espécie de pau pra toda obra”. Leia Mais
Passagens. Niterói, v.14, n.1, jan./abr., 2022.
DOI: https://doi.org/10.15175/1984-2503-2022141
Editorial
- Editorial – Vol. 14 – Nº 1 – Janeiro a Abril (2022)
- Gizlene Neder, Gisálio Cerqueira Filho
Artigos
- (Des)Avanços: legislação antirracista e sua aplicação
- Renata Miranda Lima, Raissa Moreira Lima Mendes Musarra
- Evaluation of Vietnam’s Current Legal Provisions on State Land Acquisition: Amending the Law to Combat Corruption and Promote Socioeconomic Development
- Luan Nguyen
- PDF (English)
- Desenvolvimento e Democracia: uma análise comparada do modelo Gerencial e modelo Societal
- José Antonio Ribeiro de Moura, Everton Rodrigo Santos, Sueli Maria Cabral
- Relato de experiência de uma imersão no campo da Psicologia Jurídica
- Alice Oliveira Silva dos Santos, Luiza Rodrigues dos Santos, Marilda Castelar
- ¿Por qué delinquen nuestros niños? Niñez y publicaciones criminológicas (Buenos Aires, 1930-1946)
- Mariana Dovio
- PDF (Español (España))
- Oposição política, novatos e insucesso eleitoral: Partido Republicano Liberal (Paraná, Brasil: 1923-1924)
- Sandro Aramis Richter Gomes
Resenha
- LITURATERRA [Resenha: 2022, 1, 1] Entre Arquitetura e Literatura
- Gisálio Cerqueira Filho
Colaboradores deste Número
Publicado: 2022-02-02
Arte, ciencia y tecnología en la Argentina y América Latina: perspectivas situadas | Cuadernos de Historia del Arte | 2022
En las últimas décadas, en parte impulsadas por los movimientos decoloniales y otras propuestas de revisión crítica de la modernidad occidental llevadas a cabo por el posestructuralismo, los feminismos y los posthumanismos críticos, entre otros, las producciones estéticas latinoamericanas han ganado terreno en los circuitos internacionales de producción, exhibición e investigación en arte, no sólo renovando la antigua pregunta por la identidad latinoamericana, sino también movilizando nuevas tensiones y negociaciones en torno a la noción misma de lo contemporáneo.
La conformación de un circuito internacional del arte, se sabe, no es nueva. Tampoco es nueva la instrumentación de tales instancias de formación, producción, exposición y crítica de arte como zonas estratégicas de intervención política en un sentido amplio. Trabajos ya clásicos de Anna María Guasch,3 Andrea Giunta4 y Diana Wechsler,5 entre otrxs, han dado cuenta de que los canales trazados entre bienales, ferias, residencias y demás programas internacionales de arte contemporáneo constituyen espacios públicos en los que se instalan temas, se visibilizan problemas, se establecen formas privilegiadas de abordarlos y, asimismo, se moviliza no sólo un ostentoso mercado de obras asociado a los carriles de consagración de artistas sino que en ellos también se modulan las identidades y pertenencias locales y regionales de acuerdo a un arreglo de participación planetaria. Este escenario ha venido progresando desde las exposiciones industriales del siglo XIX, mediante el circuito de bienales inaugurado en Venecia en 1895 e incluyendo las ferias y residencias más recientes; así, ha resultado en la conformación de un mapa mundial de encuentros y eventos que, hacia los años ’80 y ’90, experimenta una reorganización que torsiona su condición inter-nacional hasta redefinirla como “global” y que abandona el signo de lo moderno/posmoderno hacia la conformación de un ámbito caracterizado por lo “contemporáneo”. Leia Mais
100 anos do Partido Comunista Brasileiro (PCB) (1922-2022): Processos históricos, políticos, sociais, teóricos e culturais/ Revista Expedições- Teoria da História e Historiografia/2022
O dossiê “100 anos do Partido Comunista Brasileiro (PCB) (1922-2022): Processos históricos, políticos, sociais, teóricos e culturais” tem por objetivo a publicação de artigos originados em pesquisas referentes ao PCB, na efeméride dos seus cem anos de existência. Em 25 de março de 2022, o PCB completou um século de existência que se integra à classe trabalhadora brasileira e ao Brasil republicano. Como dizia Gildo Marçal Brandão, o PCB se tornou uma das instituições permanentes da sociedade brasileira. Leia Mais
Caminhos para a teoria da história da filosofia das historicidades e a questão da justiça histórica | Berber Bevernage
Berber Bevernage é um jovem e atua como professor de Teoria da História na Universidade de Gante, Bélgica. Além disso, é co-fundador da Rede Internacional de Teoria da História (International Network for Theory of History) criada em 2012 com o objetivo de promover a colaboração de teóricos por meio da divulgação e circulação de eventos e publicações na área. Atualmente também coordena o Grupo de Pesquisa TAPAS (Thinking about the past), onde promove iniciativas voltadas a pensar as múltiplas formas de relação com o passado que ocorrem dentro e fora do espaço acadêmico-universitário. Leia Mais
Estrela de Luz | Izoldino Resende, Ismael
Inicio esta resenha apresentando brevemente o seguimento doutrinário – o Espiritismo – que fundamenta o gênero literário (romance) da obra “Estrela de Luz”, bem como um sucinto histórico deste livro e dos seus autores, Izoldino Resende e Ismael, visando à assimilação do contexto geral da elaboração do manuscrito para, posteriormente, explanar o teor dos escritos. Leia Mais
Quirón. Medelin. v. 8, n.16, 2022.
Tema libre
Editorial
- Editorial
- Comité Editorial
- Artículo
- Padecen peligro en su alma y deben ser de provecho a su Majestad. Pueblos de indios y violencia durante la visita de Luis Enríquez en las provincias de Tunja y Santa Fe, 1599-1603
- Mariana Jaramillo Rivera
- El fútbol en función de la identidad y el nacionalismo. Un estado de arte (1991-2018)
- Juan Diego Acevedo Álvarez
- Representar al otro para excluirlo. La construcción discursiva de lo mexican-american en Who Are We? The Challenges to America´s National Identity de Samuel Phillips Huntington
- Rafael Antonio Rodrigues
- La dialéctica del amo y el esclavo en G.W.F. Hegel: una clave de interpretación filosófica para la historia universal
- Juan Sebastián Ocampo Murillo
Reseña
- Rodríguez Ávila, Sandra Patricia. Memoria y Olvido: usos públicos del pasado desde la Academia Colombiana de Historia (1930-1960). Bogotá: Universidad del Rosario; Universidad Nacional de Colombia, 2017, 480 pp.
- Pablo Alejandro Sierra Calderón
Crónica de Archivo
- Colección de Historia del Museo Universitario Universidad de Antioquia (MUUA)
- Cristina Isabel Bolaños Argote, Diana Fernanda Bolaños Argote
- Fondo “León Ruiz” del Archivo fotográfico de la Biblioteca Pública Piloto de Medellín para América Latina (BPP)
- Martha Catherine Ordoñez Grijalba
Publicado: 2022-02-01
De Hollywood a Aracaju: antinazismo e cinema durante a Segunda Guerra Mundial | Andreza Maynard
A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) é um tema bastante explorado pelas produções cinematográficas. Filmes sobre as batalhas contra o nazismo, os horrores dos campos de concentração e histórias de sobreviventes e personagens importantes do período são lançados, constantemente, conquistando o público e premiações como o Oscar e o Globo de Ouro. II O fato é que o cinema tem a capacidade de transportar os telespectadores para diferentes tempos e espaços, servindo como divertimento, fonte de informação e despertando a curiosidade e os sentidos.
Tais características estiveram presentes ao longo da história do cinema, destacadamente, durante a Segunda Guerra Mundial, quando inúmeras películas foram produzidas para retratar o horror da guerra e combater o nazismo. E é justamente disso que trata o livro De Hollywood a Aracaju (2021) da historiadora Andreza Maynard. III Fruto da sua tese de doutorado, a obra analisa a recepção dos filmes antinazistas em Aracaju durante a Segunda Guerra, discutindo “o processo de construção de sentido a respeito do conflito e dos inimigos do Brasil, os nazistas, durante os anos da Guerra” IV Leia Mais
Oswaldo Corrêa Gonçalves, arquiteto cidadão | Gino Caldatto Barbosa
Gino Caldatto Babosa | Foto: Matheus Tagé
Para a apresentação deste minucioso trabalho sobre a vida e a obra de Oswaldo Correa Gonçalves, meu caro colega e amigo, realizado pelos jovens Ruy Eduardo Debbs Franco e Gino Caldatto Barbosa, penso em esboçar uma lembrança pessoal, pois conheci o arquiteto praticamente desde que cursei a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.
Para isso, reuni as mais importantes imagens que guardei de Oswaldo, e que podem ser resumidas em quatro retratos parciais de sua e de minha vida. Aliás, embora ambos tenhamos nos modificado ao longo desses sessenta anos, essas imagens demonstram que, curiosamente, permanecemos idênticos: afinal, não sou capaz de lembrar de visões e atitudes desde a minha mais longínqua infância? O mesmo pode ser dito de nosso biografado. Pretendo, por fim, apresentar a síntese dessas imagens. Leia Mais
Os bispos e a ditadura militar brasileira (1971-1980): a visão da espionagem | Paulo César Gomes
Paulo César Gomes | Imagem: Jornal Opção
Com a expansão dos Programas de Pós-Graduação em História no Brasil, especialmente a partir da década de 1990, dezenas de novos objetos, abordagens, temáticas e problemas passaram a ser privilegiados. Segundo o historiador Carlos Fico (2004, p. 21), nesse período, a produção histórica brasileira deu uma verdadeira “guinada”: a predominância de estudos que recaía sobre o período colonial deslocou-se para a fase republicana.
Nessa dinamização dos cursos de pós-graduação, um objeto que deu uma considerável alavancada foi o estudo da ditadura militar brasileira. A partir dos anos 1990, inúmeros trabalhos foram realizados sobre esse tema enfocando diversos prismas, olhares, agentes, recortes e espaços. Entre os inúmeros assuntos abordados dentro da grande temática ditadura militar, que vão de planos econômicos a organizações clandestinas, destaca-se o estudo sobre a Igreja Católica. Engana-se quem pensa que as pesquisas sobre esse assunto se esgotaram ou que não é mais possível originalidade e avanço sobre ele. Em relação à Igreja Católica, embora hoje sejam bastante conhecidos, notadamente, dois aspectos, o papel dos grupos católicos conservadores nas “Marchas da Família com Deus pela Liberdade” durante o pré-golpe de 1964 e a atuação da ala “progressista” na oposição à ditadura e em defesa dos direitos humanos entre os anos 1970-80, importa dizer que ainda há muito a ser descoberto, analisado, (re) discutido e revelado. A obra de Paulo César Gomes, Os bispos católicos e a ditadura militar brasileira é uma prova disso. Leia Mais
Aedos. Porto Alegre, v.13, n.30, 2022.
Acordes: Peter Burke
Expediente
- Expediente
- Lúcio Geller Jr., Maria Eduarda Magro
Editorial
- Editorial
- Lúcio Geller Jr., Maria Eduarda Magro
Apresentação
- Apresentação
- Lúcio Geller Jr., Maria Eduarda Magro
Entrevistas
- História, cultura e tecnologia: uma entrevista com Peter Burke
- Lúcio Geller Jr., Anderson Romário Pereira Corrêa, Yuri Leonardo Rosa Stelmach, Tradução: Júlia Bolognini Klassmann, Revisão: Regina Weber
- Artigos
- História e distopia: três abordagens teóricas (presentismo, atualismo e um futuro sem precedentes)
- Danielle Santos Dornelles, Rodrigo Bragio Bonaldo
- O legado digital na pesquisa histórica: reflexões sobre fontes digitais
- Denise Frigo
- O passado da Crise de Central High, Civil Rights e a Educação nos Estados Unidos, presente nas memórias do Arkansas
- Augusto Rocha
- Dos clones aos bots: Star Wars – Episódio II e a ascensão do populismo autoritário
- João Marcos Cilli de Araujo
- A Função do Retábulo no seu Espaço: Uma análise do Retábulo da Vida da Virgem Maria e de São Francisco de Nicolás Francês
- Daniel Henrique Alves de Castro, Angelita Marques Visalli
- Eruditos e Coleções: preservação, fama e poder em bibliotecas quinhentistas
- Luiane Soares Motta
- Écfrase: a erudição clássica no século XIX e seus efeitos na produção literária do Visconde de Taunay
- Elisa da Silva Santana
- Irmandades, boa morte e o homem barroco em duas freguesias de Vila Rica de Ouro Preto no século XVIII
- Valdemar Ventura Filho, Maria do Carmo Pires, Alex Fernandes Bohrer
- “Ninguém sabe, ninguém viu!” O linchamento de Lídio Paixão em Aracaju, SE, 1954.
- Janaina Cardoso de Mello
- Vargas e a campanha eleitoral de 1950: a questão agrária em perspectiva
- Renan Vinicius Magalhães
- A direita vai ao povo: Herbert Levy e o desafio da ascensão política popular (1945-1964).
- Larissa Raele Cestari
- Ultraje à bandeira e a lógica punitiva na ditadura militar em processos criminais no site Brasil: Nunca Mais Digital
- Amanda Romanelli Silva
- A aproximação diplomática entre os governos do Brasil e da Venezuela durante a “Era Lula-Chávez”
- Alba Francimara Gonçalves Tavares, Thais da Silva Santos, Antônio Manoel Elíbio Júnior
- História, resistência e modos de produção na comunidade Brejo da Conceição – Currais/PI
- João Paulo Charrone, Flávio do Lago Barbosa
- Patrimônio Cultural de São Miguel das Missões: Um espaço de experiências educativas (1983-1992)
- Jeaniny Silva dos Santos
Resenhas
- O episcopado brasileiro em tempos de ditadura militar
- Rafael Leite Ferreira
- O tempo presente em Byung-Chul Han: o desaparecimento dos rituais
- Kelvin Oliveira Prado
Morte e Etnografia | Revista M. | 2022
Representações da Morte | Imagem: AH Aventuras na História
O campo de estudos etnográficos sobre a morte conta com uma notável expansão nas últimas duas décadas. Isso tem possibilitado o aumento de conhecimento sobre os modos como os diferentes grupos sociais simbolizam e atribuem sentido à morte e ao morrer, revelando práticas, imaginários e processos sociais sobre os quais sabíamos pouco. Contudo, a expansão dos questionamentos não foi acompanhada por uma problematização acerca das formas de desenvolvimento dessas pesquisas, nem sobre os cuidados metodológicos em sua realização.
A etnografia, ferramenta metodológica utilizada por diversas disciplinas na atualidade, tem papel de destaque no estudo dos processos que envolvem a morte. A imersão durante um longo tempo na vida cotidiana das populações favorece a compreensão do caráter socialmente produzido em torno dos valores, discursos, práticas e representações sobre o tema, contribuindo, entre outras questões, para salientar o caráter difuso da distinção entre a morte – um dos poucos universais humanos – e a vida. Aliás, tem permitido dar atenção a questões chave contextuais no que concerne à interpretação de situações perpassadas pela morte. Deste modo, enquanto em alguns âmbitos, a profusão da palavra e de testemunho são significativas, em outros, o papel do silêncio permite entrever a presença de tabus ou de valores relevantes para a análise. Além disso, enquanto em certos contextos prima pela expressão pública de emoções frente à morte, em outros, a norma consiste na emergência de diversas modalidades de racionalização. Leia Mais
Revista M. Rio de Janeiro, v.7, n.13, 2022.
Dossiê n. 13: Morte e Etnografia
Editorial
- EDITORIAL v. 7 n. 13 (2022): Dossiê 13: Morte e Etnografia
- Andreia Vicente da Silva, Rachel Aisengart
Dossiê
- Apresentação do Dossiê 13: Morte e etnografia
- Bárbara Betsabé Martínez, María Gabriela Irrazábal
- PDF (Español (España))
- Marcos do devir antropológico e da trajetória etnográfica: o menino que imaginava mundos subterrâneos. Entrevista com Jacques Galinier
- Bárbara Betsabé Martínez
- PDF (Español (España))
- Sentidos e Ações em torno das mortes familiares na Querela Argentina pelos “Crimes do Franquismo” a partir do trabalho etnográfico
- María Agustina Zeitlin, Laura Puga
- PDF (Español (España))
- Revisitando os cemitérios: três formas de relacionar-se com as ritualidades da morte de migrantes na Argentina do século XIX
- Celeste Castiglione
- PDF (Español (España))
- Os rituais funerários em São Miguel de Vichaycocha, Huaral – Lima
- Pieter Dennis Van Dalen Luna, Marita Pilar Marcelo Mellado
- PDF (Español (España))
- Etnografia e ética nos estudos sobre a morte e o morrer
- Barbara Martinez, Maria Gabriela Irrazábal
- PDF (Español (España))
Artigo Livre
- Um monopólio fúnebre na cidade de São Paulo (1855-1890)
- Thais Cristina Pereira, Estefânia Knotz Canguçu Fraga
- Revisão integrativa acerca do luto do idoso
- Danielle Provazi Cunha Oliveira, Patricia Jácome Henriques, Alvaro da Silva Santos
- O ensino da morte e do morrer por docentes de enfermagem no Brasil: um estudo bibliométrico
- Maria Luiza Azevedo dos Reis, Olavo Mauricio de Souza Neto, Arthur Alexandrino, Débora Thaise Freires de Brito, Glenda Agra
- Diálogo visual sobre as implicações do trabalho com a morte e o corpo sem vida
- Amanda Anavlis Costa, Elda Coelho de Azevedo Bussinguer, Hiata Anderson Silva do Nascimento, Samantha Moreira Felonta, Roseane Vargas Rohr
Em campo
- Morte e morrer em oncologia: relato de experiência a partir da extensão universitária
- Rafaela de Almeida Rosa, Nathália Borges Melo de Brito, Christian Marx Carelli Taets, Gunnar Glauco De Cunto Carelli Taets
Publicado: 2022-01-31
Arendt: entre o amor e o mal: uma biografia | Ann Heberlein
Em 2021, a editora Companhia das Letras traduziu o livro [Arendt: Om kärlek och ondska] publicado em 2020 de autoria da sueca Dra. Ann Helen Heberlein, que, pouco conhecida no campo da História brasileira, produziu uma biografia sobre Hannah Arendt. Ainda que não dotada de singularidades abruptas, a biografia expõe duas categorias como chave de leitura para a narrativa de vida de Arendt: contexto e situação-limite. Nesta resenha, portanto, o caro leitor encontrará três setores de informações: a) uma leitura comparativa entre a biografia escrita por Heberlein e outras já consagradas; b) uma síntese geral da narrativa, focando em alguns capítulos-chave; e c) reflexão e apreciação das duas categorias mencionadas.
Heberlein nasceu em 22 de junho de 1970 na Suécia. Estudou Teologia na Lund University, para onde voltou a fim de ser professora-pesquisadora a partir de 2007. Sua dissertação, defendida em 2005 e intitulada Kränkningar och förlatelse (Abusos e perdão), ganhou destaque nacional. A partir de então, começou a discutir sobre culpa, vergonha, responsabilidade, moral, abusos e perdão. Passou a integrar o corpo docente da Universidade de Estocolmo a partir de 2009, além de ter trabalhado como colunista nos jornais Sydsvenskan e Dagens Nyheter. O destaque internacional veio após a publicação, em 2008, de seu relato autobiográfico sobre como é a vida com transtorno bipolar, intitulado Jag vill inte dö, jag vill bara inte leva. Contudo, o primeiro livro traduzido para o português ocorreu em 2012 com Det var inte mitt fel! Om konsten att ta ansvar – traduzido para Não foi culpa minha. A arte de assumir a responsabilidade. Leia Mais
Oficina do Historiador. Porto Alegre, v.15, n.1, 2022.
Volume Único – Publicação Contínua
ARTIGOS
- Entre Plínio Salgado e Miguel RealeUma análise histórica comparativa do(s) corporativismo(s) da Ação Integralista Brasileira (1932-1937)
- Gabriela Santi Pacheco
- Os árabes nos periódicos do Rio Grande do Sul (séculos XIX e XX)
- Julio Bittencourt Francisco
- O pioneirismo do jornal bageense A evolução para a mobilização operária e anarquista no interior do RS
- Marcelo Pimenta e Silva
- Prática batismal e os cuidados com o corpo e com a alma no Brasil colonial (séculos XVI e XVII)
- Lucas de Almeida Semeão
- O processo de urbanização na cidade de Belém do Pará durante a Belle Époque e seus impactos
- Analuz Marinho Gonçalves
- Crime e criminalização de movimentos sociais, trabalhadores e vida urbana na imprensa (Manaus, 1985-1989)
- Paola da Cruz Rodrigues, Nelson Tomelin Jr.
- Contribuições da análise temática para o tratamento dos jornais na pesquisa historiográfica
- Iamara Silva Andrade
- A perseguição aos brasileiros exilados no Chile após o golpe civil-militar de 11 de setembro de 1973
- Cristiane Medianeira Ávila Dias
- Etnia, etnicidade e modernidadeUma análise histórica do uso dos conceitos na África pós-colonial
- Roger Machado Marques
- Panorama do Segundo Império, “Laivos Reacionários” e projeto moderno de história
- Tiago Conte
- A rádio Fronteira do Sul (1940-1975)Fundação, propriedade e disputas
- Camila de Almeida Silva
ENTREVISTA
- Entrevista sobre o mundo do trabalho com a professora Dra. Melina Perussatto (UFRGS)
- Alan Ricardo Schimidt Pereira, Caio Felipe Gomes Violin
RESENHAS
- Contexto e situação-limite em Hannah Arendt
- Jaciel Rossa Valente
Publicado: 2022-01-31
Eleições e competição política | Estudos Históricos | 2022
Eleições são a principal força motriz dos regimes representativos. Trata-se de um momento-chave para as elites políticas renegociarem o poder, incumbentes tentarem se reeleger e opositores buscarem inverter o jogo para vencer a disputa nas urnas. Historicamente, os estudos políticos privilegiaram a análise das eleições e da competição política em contextos democráticos por supor que a ampla participação eleitoral e as garantias à alternância de poder consistiam nas condições mínimas necessárias para se considerar um regime político, de fato, representativo (Dahl, 1971; Schumpeter, 1942).
Contudo, a retomada da análise das primeiras experiências de democracia direta nas antigas cidades-Estado revelou o caráter aristocrático das eleições em sua origem (Manin, 1995). Isso somado ao gradativo reconhecimento da complexidade por trás da construção do rito eleitoral nas primeiras experiências de governo representativo (Romanelli, 1998), sobretudo na invenção do cidadão-eleitor (Offerlé, 2005), abriu caminho para o resgate dos estudos eleitorais em contextos liberais mundo afora e que avança na historiografia política brasileira mais recente (Dolhnikoff, 2018; Ricci, 2019; Viscardi, 2012). Leia Mais
Estudos Históricos. Rio de Janeiro, v.35, n.75, 2022.
Eleições e competição política
janeiro – abril
Editores
Bernardo Borges Buarque de Hollanda, João Marcelo Ehlert Maia e Thais Continentino Blank (professores doutores e pesquisadores do CPDOC/FGV, Rio de Janeiro, Brasil)
Conselho Consultivo
- Angela Maria de Castro Gomes […]
- Secretário
- Taynã Martins Ribeiro
- Editoração Eletrônica/Capa
- Zeppelini Publishers
- Revisão
- Zeppelini Publishers
- Pareceristas ad hoc
- Américo Freire (FGV CPDOC) […]
Editorial
- · Eleições e competição política
- Jaqueline Porto Zulini
Artigos
- · À margem dos grandes esquemas:o associativismo político-eleitoral dos trabalhadores de Pernambuco e da Bahia na Primeira República
- Felipe Azevedo e Souza, Aldrin A. S. Castellucci
- · Duplicatas, “degolas” e a verificação dos poderesas eleições de 1900, 1915 e 1930 na Paraíba
- Monique Cittadino
- · Fundadores de Jornais e Dirigentes PartidáriosRecursos estratégicos para a competição oligárquica na biografia dos senadores brasileiros
- Lucas Massimo Tonial Antunes de Souza
- · As eleições dos anos 1930coordenação pré-eleitoral em tempos de voto secreto
- Paolo Ricci
- · A Crise da Primeira República e o Surgimento da Oposição Legítima no Brasil
- Leonardo Martins Barbosa
- · “Uma dança sobre o abismo”as estratégias da candidatura José Américo de Almeida na campanha presidencial de 1937
- Luiz Mário Dantas Burity
- · Os momentos finais do estado novo no amazonasmovimento queremista, reordenamento político-partidário e as eleições de 02 de dezembro de 1945
- João Rozendo Tavares Neto
Colaboração Especial
Entrevistas
- · Curiosidade científica, disciplina e métodouma entrevista com a professora Hilda Sabato
- Jaqueline Porto Zulini
- · História, ciência política e estudo das mulherescom a palavra, Céli Regina Jardim Pinto
- Mônica Karawejczyk, Amy Josephine Westhrop
Publicado: 2022-01-31
História Ambiental, Migrações e Globalidades | Fronteiras – Revista catarinense de História | 2022
Há séculos as sociedades estão vivenciando problemas socioambientais, como doenças, epidemias, pandemias, mudanças climáticas, enchentes, tornados, entre outros – que foram catalisados por atos de degradação e não preservação/conservação dos recursos naturais. Tais problemas ocorreram e ocorrem de forma inter-relacionada e em escala global. Como exemplo, podemos citar o mês de janeiro de 2022 – em meio à pandemia de covid-19, durante o aumento considerável no número de casos em todo o mundo por conta da dispersão da variante ômicron – o Brasil foi acometido por enchentes, queimadas e deslizamentos. E também foi assim, perante o cenário do caos e de eminentes crises ambientais, que foi fomentada a necessidade de trazer o meio ambiente para as discussões da disciplina de História. Na década de 1970, surge a História Ambiental, que trouxe uma premissa revisionista tornando a disciplina da História muito mais inclusiva nas suas narrativas do que ela tinha tradicionalmente se apresentado.
O estudo do meio natural pelo viés da História Ambiental Global tem sua relevância redimensionada por questões transversais como: as fronteiras e seus espaços de conflitos; a biodiversidade; o patrimônio que resulta das múltiplas relações entre natureza e cultura; entre outros. Também é importante relacionar estas questões com os estudos sobre os movimentos migratórios humanos e da flora e fauna, os estudos dos aspectos históricos, demográficos e ambientais – presentes na formação dos territórios. Desta forma, através de estudos e discussões que tangenciam os aspectos aqui apresentados, os textos que compõem o Dossiê História Ambiental, Migrações e Globalidades legitimam a necessidade de discutirmos o meio ambiente dentro da História e em escala global. Leia Mais
HISTÓRIA DA JUSTIÇA: Das independências aos Estados americanos | Outros Tempos | 2022
Com toda a evidência do Poder Judicial na regulação da política brasileira atual, a discussão sobre justiça, judiciário e ordem social ganhou grande importância e evidência. A historiografia oferece ao assunto instrumental heurístico de grande valia. Destacam-se, especialmente, as investigações sobre a organização das justiças durante as revoluções atlânticas quando as antigas colônias na América iniciaram o processo de autonomia política. Embora o liberalismo consista ainda em uma das chaves interpretativas mais importantes dos estudos sobre o Oitocentos, a renovação ocorreu no campo de pesquisas que recusaram a inadequação das sociedades ibero-americanas ao novo ideário. A mudança conceitual preceitua, no lugar do “liberalismo na América”, “a versão americana do liberalismo em escala atlântica” (PAQUETTE, 2009).
Da nova concepção teórica, verificou-se o “tournant jurique” nos estudos sobre os espaços políticos de construção dos estados nacionais da América (LEMPÉRIÈRE, 2017). As fronteiras entre a história jurídica e a história política estreitaram-se na abordagem dos movimentos políticos de formação da administração pública, do constitucionalismo, da cidadania, entre tantos outros temas que iluminam de modo específico os liberalismos e a formação dos estados nacionais nas Américas. Leia Mais
O império das repúblicas: projetos políticos republicanos no Espírito Santo/ 1870-1908 | Karulliny Silverol Siqueira
Karulliny Silverol Siqueira | Imagem: Históriacapixaba.com
Os estudos acerca das identidades políticas no Império, do ingresso do republicanismo na cultura política nacional e do estabelecimento da República em solo brasileiro ganharam diversas nuances na historiografia, graças à crescente catalogação de documentos inéditos e a disponibilização digital de fontes históricas, assim como novas abordagens teóricas e metodológicas. Os avanços permitiram ultrapassar a percepção do Brasil desde o centro nacional, a dizer, no Rio de Janeiro, as novas percepções regionais trouxeram pluralidade à compreensão do Brasil no século XIX.
A obra O Império das Repúblicas, da historiadora Karulliny Siqueira, participa do movimento de renovação, especialmente, porque apresenta à historiografia nova percepção regional, identificando na província do Espírito Santo aspectos da transformação da cultura política imperial para o regime republicano. Buscou-se compreender os valores republicanos em circulação no país, abrindo a pesquisa à identificação das tendências políticas em diferentes localidades da província. O resultado do empreendimento apresenta um quadro do republicanismo mais plural e diversificado, se comparado às clássicas abordagens da historiografia. Karulliny Siqueira, utilizando-se dos parâmetros adotados por José Murilo de Carvalho em sua clássica obra A Construção da Ordem (1988), mapeia as características da elite provincial, através da prosopografia, para identificar a intervenção particular sobre as ideias de república em trânsito no país. Leia Mais
Outros Tempos. São Luís, v.19, n.33, 2022.
Dossiê – HISTÓRIA DA JUSTIÇA: Das independências aos Estados americanos
DOI: https://doi.org/10.18817/ot.v19i33
Artigos
- A AGÊNCIA DE UM LAVRADOR POBRE GOIANO E A TEXTURA ABERTA DA LEGISLAÇÃO AGRÁRIA
- PEDRO PARGA RODRIGUES
- ALBERTO SALLES, PENSAMENTO EDUCACIONAL E AÇÃO POLÍTICA NO BRASIL DE FINS DO SÉCULO XIX
- RUBENS ARANTES CORREA
- PENSAR A VIRADA DO SÉCULO XIX PARA O SÉCULO XX A PARTIR DA HISTÓRIA DA ARTE: Simbolismo, Expressionismo e Abstracionismo
- EDUARDO CRISTIANO HASS DA SILVA, BÁRBARA VIRGÍNIA GROFF DA SILVA
- ENTRE A HISTÓRIA E A SOCIOLOGIA: o materialismo histórico como crítica da cultura
- JOSÉ DOS SANTOS COSTA JÚNIOR, ROGER CAMACHO BARRERO JÚNIOR
- CHILE NA XII BIENAL DE PARIS, NOTAS SOBRE UMA PARTICIPACION NÃO OFICIAL
- Camila Urrutia
- ENTRE O(S) NÓ(S) DAS CRISES DA DEMOCRACIA: um brevíssimo comentário bibliográfico sobre a nomeação do político de 2018 a 2020
- CINTYA CHAVES
Dossiê
- HISTÓRIA DAS JUSTIÇAS: os paradoxos da administração e da disciplina social da América portuguesa ao Brasil
- ADRIANA PEREIRA CAMPOS, ANDRÉA SLEMIAN
- “UM CAMPO DE CONFLITOS”: o presidente da província e os juízes de paz na investigação sobre a Rusga em Mato Grosso
- PATRÍCIA FIGUEIREDO AGUIAR
- “SOBRE AS DÚVIDAS QUANTO À INTELIGÊNCIA DA PALAVRA – MAGISTRADO –”: os enquadramentos dos juízes de paz na cultura jurídica do Brasil Império (1827-1841)
- EDUARDO DA SILVA JÚNIOR
- JOÃO SOARES LISBOA CONTRA A BONIFÁCIA: a experiência hispano-americana durante o exílio contra o “Despotismo Togal”
- PAULA BOTAFOGO CARICCHIO FERREIRA
- “PELO CONTROLE DA FORÇA”: administração da(s) polícia(s) em São Paulo (1834-1850)
- BRUNA PRUDÊNCIO TEIXEIRA
- UM MAGISTRADO NA PRIMEIRA REPÚBLICA: José Américo de Almeida e os esforços jurídicos, intelectuais e políticos para reformar o poder judiciário na Paraíba
- LUIZ MÁRIO DANTAS BURITY
- A POSSE DA LIBERDADE NAS AÇÕES CÍVEIS DE ESCRAVOS E LIBERTOS NA JUSTIÇA EM SÃO PAULO, SÉCULO XVIII
- FELIPE GARCIA DE OLIVEIRA
- “NÃO VALIA A PENA NOS INCOMODAR POR TÃO POUCO”: os assassinatos de mulheres na Primeira República percebidos como crimes “passionais”
- ÂNGELA MARIA MACÊDO DE OLIVEIRA
Estudo de caso
- A RECRIAÇÃO DA OUVIDORIA DO ESPÍRITO SANTO EM 1732
- GETULIO MARCOS PEREIRA NEVES
- Entrevista
- Entrevista: Carlos Garriga. Dossiê História da Justiça: Das independências aos Estados americanos
- RENATA SILVA FERNANDES
Resenhas
- OS SENTIDOS DA REPÚBLICA NO ESPÍRITO SANTO: a modificação do vocabulário político monarquista para o republicano
- DRIELY NEVES COUTINHO
- Informações Editoriais
- Anissa Ayala Cavalcante
Publicado: 2022-01-31
Fronteiras – Revista Catarinense de História. Florianópolis, n.39, 2022.
Dossiê História Ambiental, Migrações e Globalidades
jan./jun. 2022
Editorial
Apresentação
- Apresentação
- Eunice Sueli Nodari, Samira Peruchi Moretto
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Dossiês
- O território e a transformação vitivinícola de Mendoza (Argentina) desde a perspectiva das mulheres
- Marina Miraglia, Juan Manuel Cerdá, Marianel Falconer, Eunice Sueli Nodari, Juan Facundo Rojas
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- Cultura e tradiçãoum estudo das festas da uva e da vindima em Videira (SC)
- Laianny Cristine Gonçalves Terreri, Julia Mai Velasco, Eunice Sueli Nodari
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- Colonização no Brasil Centrala fronteira agrícola em Mato Grosso entre as décadas de 1950 a 1970
- Gerd Kohlhepp, Sandro Dutra e Silva
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- O cultivo do arroz de sequeiro no Norte goiano entre 1960 e 1980
- Márcia Inês Florin Costa, Giovana Galvão Tavares
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- Colonizando a florestamigrantes do Oeste catarinense e a abertura da Transamazônica (1972)
- Marina Andrioli, Marlon Brandt
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- Imigração alemã, ciência imperial e a tradução/colonização de ecologias locais do clima subtropical na América do Sul
- Eduardo Relly
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- Ações não humanas no mundo missioneiro da província jesuítica do Paraguayuma perspectiva da história ambiental
- Tuani de Cristo, Luís Fernando da Silva Laroque
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- Leyendo la historia a través del paisajelas transformaciones socioambientales desde un museo y sus alrededores (Punta Indio, Buenos Aires, Argentina)
- Ana Marcela França
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- Cidades verticais – um novo padrão de cidades modernasum estudo de caso sobre a verticalização urbana de Campina Grande/PB e seus impactos socioambientais (1960-2012)
- Felipe Cardoso de Souza, José Otávio Aguiar
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- Fronteiras Sul-Americanaso Pampa e a Mata Atlântica sob a perspectiva da História Ambiental
- João Davi Oliveira Minuzzi, Débora Nunes de Sá
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- Capitalização da natureza e políticas ambientais na Província do Paraná (1854-1865)um retrato dos sentidos de natureza na modernidade
- Luca Araujo de Oliveira Leite
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- A dizibilidade e visibilidade do sertão natural em Oswaldo Lamartine de Faria
- Natália Raiane de Paiva Araújo, Evandro dos Santos
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- A saúde, a peste, a ciência e a ignorânciauma reflexão da História Ambiental sobre a Peste da Manchúria
- Hélio José Santos Maia
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- Interfaces entre História Ambiental e Agroecologia para o Ensino de História no Antropoceno
- Alfredo Ricardo Silva Lopes
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- História global à provaum balanço sobre críticas e proposições historiográficas
- Gil Karlos Ferri
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- Nem todas as maçãs são iguaisa escrita das frutas em Henry David Thoreau e Georges Delbard (1862 e 1986)
- Jó Klanovicz
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- História Ambiental, educação ambiental e pesquisaspossibilidades de análise
- Michely Cristina Ribeiro
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Entrevistas
- A trajetória de uma pesquisadora no campo dos periódicos impressos
- Fabricio Adriano
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Resenhas
- Engajamentos entre a História Global do Trabalho e a micro-história translocal
- Nathan Lermen
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Publicado: 31-01-2022
Revista Brasileira de História das Religiões. Maringá, v.14, n.42 (14), 2022.
Diversidades na história das religiões
ARTIGOS LIVRES
- Apresentação
- Gizele Zanotto (Autor)
- Missionários católicos e protestantesprática médica e construção de instituições sanitárias em Goiás (1896-1940)
- Ordália Cristina Gonçalves Araújo, Leicy Francisca da Silva (Autor)
- Assombrações, catolicismo e “não morte” nas narrativas do “Corpo Seco”
- Lúcio Reis Filho, Claudia Rodrigues, Cícero Joaquim dos Santos (Autor)
- “A constituição é lá para você?”Estado laico, criminalização religiosa e a predileção à cultura cristã na construção da Primeira República brasileira
- Gustavo de Souza Oliveira (Autor)
- A ditadura Militar e os religiosos que mudaram de ladoo caso Dom Gregório Warmeling
- Eliton Felipe De Souza (Autor)
- Igreja dos pobres no Amapá (1966-1983)
- Marcos Vinicius Freitas Reis, Fábio Py, Walbi Pimentel (Autor)
- A Presença do Sagrado na Vida de Matta e Silvaum estudo biográfico
- José Henrique Motta de Oliveira (Autor)
- A instituição, os organizadores e os participantesas múltiplas perspectivas do evento de música católica Hallel Maringá-PR (1995-2019)
- Vanda Fortuna Serafim, Mariane Rosa Emerenciano da Silva (Autor)
RESENHAS
- Race in a Godless Worldatheism, race, and civilization, 1850-1914
- Ricardo Oliveira da Silva (Autor)
Publicado: 2022-01-30
História e filosofia da ciência: Produção científica e circulação de repertórios | Temporalidades | 2021
A Revista Temporalidades, edição número 36 contempla o dossiê, “História e Filosofia da Ciência: Produção Científica e Circulação de Repertórios” e apresenta uma abordagem transdisciplinar conjugando as epistemologias científicas com o processo de produção, divulgação e circulação do trabalho científico, sobretudo para a sociedade em geral. Assim, entendemos a importância de buscar reflexões sobre tais eixos temáticos (ciência, história, epistemologia e divulgação científica), haja vista o entendimento de que, historicamente, a produção científica está associada a um projeto de divulgação do desenvolvimento tecnológico e técnico assim como da ampliação dos saberes científicos.
É neste processo, que percebemos a importância da linguagem na produção deste conhecimento e na sua divulgação, uma vez que a linguagem de cada pesquisador se encontra protegida pela especificidade de seus próprios códigos. Sobremodo, interrogar o uso e a finalidade dessa linguagem em seu desdobramento político e social torna-se imprescindível para perscrutar os sentidos do trabalho do pesquisador e de sua produção, assim como entender o alcance da contribuição desta atividade para a sociedade. Nesse caso, é preciso repensar a linguagem e a mobilização de repertórios do discurso científico articulado por meio de uma linguagem hermética e específica, a qual cria dificuldades de intepretação até mesmo para os seus principais interlocutores (membros da comunidade científica). Leia Mais
Do Fake ao Fato: (des)atualizando Bolsonaro | Valdei Lopes de Araujo, Bruna Stutz Klem e Mateus Henrique de Faria Pereira
Do fake ao fato: Des(atualizando) Bolsonaro” foi pensado e organizado pelos professores doutores Valdei Lopes de Araujo, Mateus Henrique de Faria Pereira – ambos vinculados à Universidade Federal de Ouro Preto – e por Bruna Stutz Klem, mestra em História pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Ouro Preto.
Escrito para aqueles que desejam entender a política brasileira contemporânea, bem como até onde essa onda1 bolsonarista pode nos levar, “Do fake ao fato: Des(atualizando) Bolsonaro” é um livro instigante e esclarecedor. Composto por artigos bem fundamentados e de leitura leve, a obra traz à tona importantes debates políticos e sociais. Leia Mais
Temporalidades. Belo Horizonte, v.13, n.2, 2021.
Edição 36 – Temporalidades, Belo Horizonte (jul./dez.2021)
Expediente
- Elizabeth Rouwe de Souza; Arthur Marinho Silva Vargas, Bárbara Braga Penido Lima, Herbert Gler Mendes dos Anjos, João Marcos Veiga de Oliveira, Julia Amaral Amato Moreira, Maria do Rosário Gomes da Silva
Editorial
Apresentação
- Homenagem a Tetê
- Adriana Romeiro
- Apresentação
- Elizabeth Rouwe de Souza; Bárbara Braga Penido Lima
Entrevistas
- A Imagem da Ciência
- Thiago Costa
- Os Repertórios da Ciência
- Ronei Clécio Mocellin
- A Divulgação da Ciência
- Bráulio Silva Chaves
- Os Desafios da Educação Científica
- Andrea Mara Ribeiro da Silva Vieira
Artigos Livres
- A instrumentalização da tortura pela ditadura militar brasileira e suas nuances na contemporaneidade
- Stéphanie de Oliveira Moreira
- Educação histórica, pensamento decolonial e teoria pós-colonialconsonâncias, novos olhares e perspectivas
- Kelvin Oliveira do Prado
- Os coretos contam histórias sobre Belo Horizonte
- Savilly Aimee Buttros
- A intertextualidade do gênero de terror em Midsommar, 2019) de Ari Aster
- Átila Fernandes dos Santos
- A humanidade inglesa possuía paradoxos?Edward Long e a vindicação de império (1778)
- Gino Pinori
- Porvir, atualidade e ter sido no horizonte temporal da verdade do ser no âmbito da interpretação judicial
- Antônio Lucio Túlio de Oliveira Barbosa
- A poetisa do Norte sob a égide do “espírito feminino”
- Roberta dos Santos Sodó
- O catolicismo popular brasileiro: notas em torno da sua invenção historiográfica
- Emerson José Ferreira de Sousa
- A Alemanha Acima de TudoO Nacionalismo como Ferramenta do Imperialismo Alemão – 1890-1914
- Bruno Pimenta Starling
- Identidade Nacional e cultural brasileira no modernismo de Mário de Andrade: uma análise da obra Macunaíma, o herói sem nenhum caráter (1928)
- Matheus de Souza Guedes
- Diálogos entre História, poder e política: uma reflexão através do estudo A aprovação da lei do divórcio no Brasil (1977.
- os debates e as polêmicas através das revistas Manchete e Veja (1975-1977)Uma reflexão através do estudo A aprovação da lei do divórcio do Brasil (1977.
- os debates e as polêmicas através das revistas Manchete e Veja (1975-1977)
- Lauren Cavichioli Quissini
- um olhar sobre a confissão moderna: Confissão pessoal, corrigir e não castigar.
- Bruno Ribeiro da Silva
- “Women weare the breeches”: disputas de gênero na literatura de rua inglesa (Século XVII)
- Gabrielle Pacheco Noacco
- A Estrada Real e a relação entre Patrimônio Histórico e a maior rota turística do Brasil
- Gabriela Regina Almeida Scheffel
- A categoria Amefricanidade como relação de estudo da identidade, memória e espaços de fronteira.
- Bárbara Galli de Oliveira
- O Feminismo Pós-Estruturalista e a teoria queer na teologia indecente de Marcella Althaus-Reid
- Luanna Fernanda da Cruz Bach
- A internacionalização das notícias e o periódico O Correio Paulistano na cobertura da Revolução Russa
- Iamara Andrade
- Censura e Violência do Governo Provisório:a cobertura da imprensa fluminense sobre empastelamento do Diário Carioca
- Leandro Tonete
- A estátua de JKum monumento comemorativo no centro de Diamantina
- Raphael Martins Cima
- Materialidade e conexões em Cajazeiras:o inventário de Francisco Beserra de Sousa (séc. XIX)
- Viviane Gomes de Ceballos, Ayrle Alves de Figueiredo
- História e literatura em discussão: África enquanto “Continente Sombrio” pelas “Minas do Rei Salomão” (1885)
- Gabriel Moreira Medeiros Laureano, Jorlandro Augusto Louzada
- Patriarcado e sexismo na formação econômica do Brasil:uma análise da inserção feminina nas políticas desenvolvimentistas da Era Vargas
- Ilda Renata Andreata Sesquim
- A revolução africanauma teoria do Imperialismo em Frantz Fanon
- CRISTIAN JUNIOR
- Desfazendo o olhar colonialfotografia, enquadramento e o “significado” das imagens
- João Felipe Ferreira
- Fragmentação de riqueza da elite rural mineira entre a crise da escravidão e o pós-aboliçãoo caso da família Pinto (distrito da Lage, 1871 – 1912)
- João Carlos Resende
- A formação e a atuação do segundo gabinete parlamentarista republicano, na visão de Manchete (1962)
- Roberto Biluczyk
Dossiê Temático
- “Nos llaman de noche los enfermos”:saberes mestiços sobre tumores (Província Jesuitica do Paraguai, séc. XVIII)
- Bernardo Ternus de Abreu
- O Comércio de gado e uma gravíssima epidemia na Vila da Parnaíba:as relações entre o comércio e doenças no Piauí, 1772-1786
- Gutiele Gonçalves dos Santos
- Considerações de Rudolf Steiner sobre o conhecimento históricoresponsabilidade científica e narrativa poética.
- GARCIA, Henrique Costa, BACH JUNIOR, Jonas
- A ordem da natureza e o doutor Silva Maiano combate aos miasmas mórbidos da cidade do Rio de Janeiro (1835-1858)
- Diego Regio Giacomassi
- Em defesa da sociedade:uma análise biopolítica nas capas-reportagens da revista Veja da década de 1980
- André Luís A. Silva
- Produção do conhecimento sobre ações afirmativas na universidade do estado de Santa Catarina (UDESC):um estado da arte
- Janine Soares da de Moraes, Ana Júlia Pacheco, Karla Leandro Rascke, Vera Márcia Marques Santos
Resenhas
- Memórias de professores nordestinos de história: docência no contexto da pandemia de Covid-19.
- Vyctor Nogueira
- Do Fake ao Fato: Des(atualizando) Bolsonaro
- Mariana Cunha Fontes
Publicado: 2022-01-29
Ensino de História do Holocausto: itinerários de pesquisas | Boletim do Tempo Presente | 2022
Os textos aqui reunidos nesse Dossiê foram selecionados e avaliados a partir do I Congresso Internacional sobre Ensino do Holocausto e Educação em Direitos Humanos, organizado pelo Museu do Holocausto de Curitiba em parceria com a Universidade de Pernambuco e a Universidade Federal do Paraná. Em colaboração com o Boletim do Tempo Presente, da Rede de Estudos do Tempo Presente/Brasil, optamos por fazer a divulgação dos textos num periódico acadêmico, ao invés do modelo tradicional de anais. Acreditamos que esse formato dará aos textos maior visibilidade e acesso. Foram selecionados vinte textos de autores(as) de diversas regiões do país que compõem o que aqui chamamos de “novos itinerários” de pesquisas sobre o Holocausto no Brasil. Os textos foram editados por eixo temático e serão publicados em quatro edições do Boletim do Tempo Presente, sendo essa a primeira edição de 2022. Leia Mais
Boletim do Tempo Presente. Recife, v.11, n.01, 2022.
Dossiê – Ensino de História do Holocausto: itinerários de pesquisas
* Imagem de divulgação: Colagem de Erika Stránská, garota presa em campo de concentração nazista
Artigos
- Narrar a guerra e o genocídio:potencialidades do uso de escritas íntimas juvenis em sala de aula
- Franciele Becher
- A verbo-visualidade da experiência da Shoah:Estudo sobre a imagem enquanto potência dialética para o ensino da história do Holocausto na Educação Básica
- Mônica Peralli Broti
- Entre Sombra e Luz –o Holocausto em Alguns Livros Paradidáticos Brasileiros
- Bruna Soares Braz
- Sobre a Banalidade do Mal:Interdisciplinaridade e produção de sentidos no contexto educacional
- Simone Rocha, Matheus Stanski
- Empatia Histórica:O uso da adaptação em quadrinhos de O Diário de Anne Frank para trabalhar a Shoah
- Camila Arantes da Silva
Publicado: 2022-01-29
Sur y Tiempo. Valparaíso, v.3, n.5, 2022.
Editorial
Dosier Derecho, Literatura e Historia: los símbolos de la justicia
- Monsters in Law: una lectura de Ester, de Jean Racine
- La balanza de la justicia: las lecciones jurídicas shakespearianas en Medida por medida
- Derecho y Literatura en Latinoamérica: la aparición imbunche
- La evolución constitucional del derecho a la libertad de creación artística
Reseñas
- Valparaíso. Estudio del proceso de poblamiento de sus quebradas y cerros, 1536-1900, de Nelson Olivares Basualto (Ediciones Universitarias de Valparaíso-Pontificia Universidad Católica de Valparaíso, Valparaíso, 2019, 223 pp.).
Publicado: 2022-01-28
Dimensões – Revista de História da UFES. Vitória, n.47, 2021.
História da Saúde e da Doença: da Lepra à Hanseníase
Edição completa
Apresentação
- · História da saúde e da doençada lepra a hanseníase
- Sebastião Pimentel Franco, Yara Nogueira, Zilda Maria Menezes Lima
Artigos Livres
- · As implicações da visão higienista do habitar na problemática habitacional brasileira a partir do combate às epidemias na segunda metade do século XIX ao início do século XX
- Andreia Fernandes Muniz
- · Entre as Luzes e a EscuridãoO Florescer das Obras e Inovações em Tempos de Pandemia
- João Ferreira Sobrinho Júnior, Cristina de Cássia Pereira Moraes
- · Ocupação e estrutura fundiária em Macacu e Guapiaçu:a família Muros no século XVII
- Marcia Amantino, Vinicius Maia
- · A History of the archaeological excavations of the french school of Athens in Thassos – Greece:main sanctuaries and other buildings from the archaic period
- Juliana Figueira da Hora
Resenhas
- · “Indígenas de Luanda” e o direito português como forma de resistência:uma análise do conto “Legítima Defesa”
- Washington Santos Nascimento
Dossiê:História da Saúde e das Doenças
- · A Intermediação da Justiça:a Procuradoria Jurídica do Departamento de Profilaxia da Lepra
- Yara Nogueira Monteiro
- · Isolar e assistir:desafios do tratamento dos doentes de lepra na Colônia de Itanhenga – Espírito Santo
- Sebastião Pimentel Franco, Tania Maria de Araujo
- · Tratamentos/medicação no combate à Lepra/Hanseníase:das ervas à sulfona.
- Zilda Maria Menezes Lima
- · As ONGs no campo da hanseníase e a agência do paciente
- Zoica Bakirtzief, Ricardo Mayer
- · Preventório Educandário Afrânio de Azevedo:o isolamento de crianças estigmatizadas pela hanseníase em Goiás na década de 1940
- Kalyna Faria
- · Protagonismo feminino na filantropia contra a lepra no sertão (Goiás, 1929-1942)
- Leicy Francisca da Silva, Ordália Cristina Gonçalves Araújo
- · Educar para (in)formar:a educação sanitária do Serviço Nacional da Lepra na década de 1940
- Laurinda Maciel
- · História da Lepra no Brasil- álbum das organizações antileprosas:Souza-Araújo em defesa da política isolacionista para o combate à lepra no Brasil
- Silvia Schneider
Publicado: 2022-01-28
Revista Brasileira de Filosofia e História. Pombal, v.11, n.1, 2022.
Artigos
- O princípio da dignidade humana e a exteriorização da população em situação de rua
- Raquel Formiga de Medeiros, Hugo Sarmento Gadelha, Adryele Gomes Maia, Suzana Araújo dos Santos, Francisca Daiana Estrela Silva, Hiran Mendes Castro
- Os desafios do ensino superior durante a pandemia da Covid-19
- Ana Angélica Bezerra Cavalcanti, Juliana Gonçalves Bezerra, Hyago Pires Nogueira, Ingrid Quirino Ribeiro, Hugo Sarmento Gadelha, Elaine Cristina Diniz da Silva, Vitória Maria Alexandrino, Emily de Oliveira Silva
Publicado: 2022-01-28
Revista Nordestina de História do Brasil. São Paulo, v.4, n.8, 2022.
Composição final do volume até: 30 de junho de 2022.
- Crítica Historiográfica
- Nestor Macedo e a Ala Negra Progressista no contexto da experiência democrática (1945-1964)
- Um mosaico cultural do comunismo latino-americano
Publicado: 2022-01-25
The Last Turtlemen of the Caribbean | Sharika Crawford
Sharika Crawford | Imagem: University of Pittsburgh
La gran mayoría de los colombianos vive entre paisajes andinos y pisando siempre tierra firme. Los intelectuales de “la” costa (así conocida, aunque no tenemos una sino dos) llevan décadas insistiendo en que el país no es solo andino sino también caribeño. Nos han recordado que, para aprehender cabalmente nuestro territorio y reconocer quiénes somos, debemos tener en cuenta las complejas redes que desde el siglo XVI le han dado forma al Gran Caribe insular y continental. Para quienes, como yo, estamos alejados del mar en cuerpo y espíritu (por hermoso que nos parezca), el libro The Last Turtlemen de Sharika Crawford nos sumerge en el territorio acuático del Caribe y nos permite pensar a Colombia desde una perspectiva inusual: de la mano de los cazadores de tortugas oriundos de las Islas Caimán. Esta perspectiva ubica a Providencia, aquella hermosa isla devastada hace poco por el huracán Iota, y no a Cartagena de Indias, en el centro de esa otra Colombia. Pero una mirada parroquial no hace justicia a este fascinante libro que relata la saga de un grupo de afrodescendientes que, tras acabar con las tortugas marinas de sus islas, se dedicaron, entre 1880 y 1960, a atraparlas en distintas localidades del Caribe. Leia Mais
Caminhos do sertão: ocupação territorial, sistema viário e intercâmbios coloniais dos sertões da Bahia | Erivaldo Fagundes Neves e Antonieta Miguel
Na primeira metade do século XX, os caminhos antigos foram profusamente pesquisados por autores como Capistrano de Abreu, Alfredo Ellis Júnior, Felisbello Freire, Basílio de Magalhães, Afonso Taunay e Mafalda Zemella. O enfoque era o da formação territorial brasileira, então compreendida como uma relação entre a exploração sertanista, o povoamento brasílico e os caminhos de circulação – é esse, de fato, o título de uma das obras de Capistrano de Abreu, que produziu páginas que estão entre as mais belas sobre o avanço da fronteira de colonização brasílica dos sertões.1
Somando-se a esses historiadores, de renome nacional, pesquisadores regionais e locais detalhavam o conhecimento do tema, esmiuçando os roteiros e a ação de sertanistas paulistas, baianos e reinóis. É esse o caso de autores como Salomão de Vasconcelos, Urbino Vianna, Pedro Calmon, Borges de Barros, Moacir Silva, Enéas Martins Filho e Dermeval José Pimenta. Leia Mais
História da saúde e da doença: da lepra a hanseníase | Dimensões | 2021
A cura dos Dez Leprosos | Imagem: IPMC
As doenças e suas implicações sociais foram, durante muito tempo, um capítulo negligenciado pela História. Pode-se dizer que foi a partir do fim da década de 1950 e início da década de 1960, que os primeiros historiadores, de origem francesa e inglesa vieram a se debruçar sobre o tema. Ocorre então, uma renovação nos estudos dessa temática, em especial a partir dos estudos dos pesquisadores da história da medicina como Louis Chevalier e Asa Brigges. É possível inferir, então, que estes estudos passaram a abordar não mais apenas os aspectos médicos e demográficos das doenças, mas, buscavam enxergá-las e entendê-las como fenômenos sociais1.
É possível afirmar que a historiografia, a partir dos anos 1980, passou a evidenciar os significados socioculturais das doenças, uma vez que, as respostas e os impactos gerados por estas, podem assumir formas diversas em diferentes grupos sociais2. Assim, os estudos da História das Doenças e da Saúde se tornaram mais complexos e abrangentes, onde por meio destes a “[…] vida social, política e cultural dos grupos humanos pode ser percebida e analisada pelos historiadores a partir da ocorrência de enfermidades individuais ou coletivas”3. Leia Mais