O Estado Interventor no Brasil e seus reflexos no direito administrativo e constitucional (1930-1964): Themistocles Cavalcanti e sua contribuição doutrinária | Mauricio Mesurini da Costa

O direito administrativo brasileiro é um objeto ainda por ser historiado.

A despeito do já consagrado campo da história da administração pública, que tem em Arno Wehling (1986, 2003) o seu representante mais próximo da história do direito, a história específica da sua ordenação jurídica é ainda dependente de estudos pontuais e de escopo temporal limitado3 – como os trabalhos pioneiros de Airton Seelaender sobre a polícia e a modernização do direito administrativo brasileiro (2003, 2006, 2010, 2020, 2021), as pesquisas de Walter Guandalini Junior sobre a gênese do saber jurídico-administrativo no Brasil Imperial (2015, 2016, 2019a, 2019b, 2019c) e os nossos estudos conjuntos sobre a transição da disciplina nas primeiras décadas do século XX (Teixeira e Guandalini, 2019; Guandalini e Teixeira, 2021; Teixeira, 2021). Revisões panorâmicas de caráter dogmático-cronológico, como as realizadas por Maria Sylvia Zanella di Pietro (2006) e Fernando Dias Menezes de Almeida (2015), apesar da boa vontade e esforço dos autores em consultar as fontes primárias, não são suficientes; falta-lhes o método historiográfico, a contextualização necessária ao desvio das armadilhas do anacronismo e à compreensão das funções e significados específicos atribuídos à disciplina em cada momento de sua história.

Nessas circunstâncias, o livro de Maurício Mesurini da Costa (2021) sobre a contribuição doutrinária de Themistocles Cavalcanti à constituição jurídico-administrativa do Estado interventor preenche uma importante lacuna na historiografia do direito administrativo brasileiro. Redigido a partir das pesquisas que realizou para a sua tese de doutorado (Costa, 2016), o livro aborda um período crucial ao desenvolvimento da doutrina brasileira sobre o direito administrativo, e ainda pouco estudado pelos historiadores da matéria: os 34 anos de instituição e consolidação do Estado Administrativo brasileiro, no período que vai de 1930 a 1964. Leia Mais

La macchina imperfetta. Immagine e realtà dello Stato fascista | Guido Melis

Os interessados na história institucional e jurídica da ditadura encontram no livro de Guido Melis uma preciosa ferramenta de trabalho.

O volume dedicado aos vinte anos da ditatura fascista (1922-1943) propõe um estudo dos arranjos institucionais do estado italiano. No período no qual ocorreu uma profunda revolução no plano constitucional com um viés fortemente autoritário, permanecendo intocadas a Carta Constitucional (o Statuto Albertino) e a forma monárquica. As instituições representativas que compunham o estado liberal durante o século XIX foram sendo progressivamente enfraquecidas, o nascente sistema de partidos políticos de massa foi desmantelado, graças aos intervenção na lei eleitoral e, sobretudo, através de novos medidas policiais e formas especiais de repressão, visando neutralizar a dissidência política e o aniquilamento do que era reconhecido como inimigo político. O novo sistema se baseava na figura do Duce, Chefe do governo e, juntos, do partido político único, o Partido Nacional Fascista, auxiliado por um novo órgão constitucional, o Gran Consiglio del Fascismo. Ao mesmo tempo foi determinada uma nova reorganização das instituições públicas que redesenha em um sentido mais centralista as relações entre Estado e território, no sentido intervencionista as relações entre Estado e economia, e no sentido corporativo as relações entre Estado e sociedade. Leia Mais

Direito e autoritarismo: juristas e cultura jurídica em regimes de exceção e ditaduras | História do Direito | 2021

Esse terceiro número da RHD, História do Direito – Revista do Instituto Brasileiro de História do Direito, que corresponde ao segundo número do ano de 2021, constitui o primeiro dossiê temático do periódico. A revista, de fato, tem como plano que o segundo número de cada ano aborde uma problemática específica que seja de interesse da disciplina. E a leitora e o leitor agora têm em mãos o nosso primeiro dossiê.

Muitas vezes historiadores do direito devem suportar perguntas incautas (feitas às vezes por ingenuidade, outras por ignorância) sobre a “utilidade” de sua disciplina, ou ainda irônicas, sobre a sua “atualidade”. Se não for uma pergunta maliciosa, a verdade é que se trata, claro, de uma pergunta complexa e que poderia abrir toda uma sessão pertinente de discussões sobre a teoria da história. Muitos colegas qualificados poderiam trazer questões pertinentes sobre a relação entre a teoria e a prática no âmbito de nossas discussões acadêmicas; poderiam fazer um debate sobre como o excessivo pragmatismo acadêmico (filho dileto dos tempos contemporâneos) pode ser nocivo para a compreensão adequada daquilo que somos e fazemos; poderiam também demonstrar como sem adequados níveis de compreensão da experiência jurídica passada, o jurista contemporâneo sempre será um tanto deficitário. Ou, como também já vi acontecer, um colega mais indulgente poderia simplesmente sorrir, achando que o interlocutor não vale o debate, talvez juntando a isso um lamento silencioso sobre o empobrecimento da nossa cultura. Leia Mais

Visionary Women. How Rachel Carson, Jane Jacobs, Jane Goodall, and Alice Waters Changed Our World | Andrea Barnet

Visionary Women: How Rachel Carson, Jane Jacobs, Jane Goodall, and Alice Waters Changed Our World, de Andrea Barnet, reúne biografias de quatro mulheres que, quase simultaneamente, revolucionaram o mundo com as suas ideias. Em 1962, Rachel Carson (1907-1964) deu início ao movimento ambientalista ao alertar, no livro Silent Spring, para as graves consequências ambientais e sanitárias do uso indiscriminado de DDT. Em 1961, Jane Jacobs (1916-2006) inaugurou, com o seu livro The Death and Life of Great American Cities, a crítica ao urbanismo modernista ao apontar a deterioração da vida social nas cidades norte-americanas nas quais esse modelo de planejamento urbano fora implantado – especialmente em Nova Iorque. Em 1962, Jane Goodall (1934–) provocou uma redefinição científica de humanidade ao observar e registrar chimpanzés utilizando ferramentas, comportamento até então atribuído apenas aos seres humanos. Em 1965, Alice Waters (1944-) descobriu, na França, os prazeres das refeições feitas com ingredientes frescos, produzidos localmente. Isso inspirou o projeto do seu restaurante, Chez Panisse – marco na culinária sustentável –, inaugurado em 1971, Berkeley, Califórnia. Leia Mais

História da saúde e das doenças: sujeitos/ saberes e práticas | Fênix – Revista de História e Estudos Culturais | 2021

Os anos de 2020 e 2021 marcaram profundamente a vida das pessoas de diferentes lugares do planeta. A pandemia de Sars-coV-2 (Covid-19) invadiu o espaço público, os corpos das pessoas e dizimou uma enorme parcela da população, especialmente a mais pobre.

A primeira grande pandemia do século XXI, embora precedida por outras manifestações epidêmicas como o Ebola e o H1N1, tomou proporções que só podem ser comparadas às da gripe “espanhola”, no início do século XX. Em 1918, a imprensa informava que o vapor Demerara, proveniente da cidade inglesa de Liverpool e que passou pelos portos do Recife, Salvador e Rio de Janeiro na primeira quinzena de setembro, registrou passageiros infectados a bordo, com cerca de cinco óbitos (SOUZA, 2009, p. 102). Era a chegada da doença ao Brasil. Leia Mais

Revista Maracanan | Rio de Janeiro, n.27, 2021.


Revista Maracanan. Rio de Janeiro, n.27, 2021.

Raça, Ciência e Saúde no contexto da escravidão e do pós-Abolição |

Expediente

Apresentação

Seção Especial

Entrevistas

Artigos

Notas de Pesquisa

Complicidad económica con la dictadura: un país desigual a la fuerza | Juan Pablo Bohoslavsky, Karinna Fernández e Sebastián Smart

Marc Bloch afirma que comparar, em História, é “escolher, em um ou v|rios meios sociais diferentes, dois ou vários fenômenos que parecem, à primeira vista, apresentar certas analogias entre si, descrever as curvas da sua evolução, encontrar as semelhanças e as diferenças e, na medida do possível, explicar umas e outras”.2 As pesquisas desenvolvidas com o método comparativo entre os historiadores têm demonstrado a fertilidade dessa ferramenta. Se levarmos em consideração as indicações feitas por Bloch, vamos verificar que a América Latina é um ambiente altamente propício para comparações de situações históricas vividas entre os diferentes países da região, tendo em vista a convergência das trajetórias e marca do processo colonial, da dependência, da desigualdade e dos reincidentes governos ditatoriais no subcontinente.

Dentro da farta tradição de estudos comparados na América Latina, um campo que apresenta bastante potencial e que tem visto as pesquisas florescerem nos últimos anos diz respeito à colaboração do empresariado com os regimes de exceção dos países da região durante a Guerra Fria. Muitas investigações foram feitas recentemente sobre o ativismo dos empresários nas ditaduras do Cone Sul e como esses agentes ajudaram a desferir golpes de Estado, dar suporte, participar e se beneficiar dos governos autoritários impostos nos anos 60 e 70. São particularmente dignos de nota os esforços editoriais liderados por Juan Pablo Bohoslavsky, que teve início com o hoje já clássico estudo sobre os cúmplices da ditadura argentina, em livro lançado no ano de 2013, e que foi seguido de estudos congêneres no Brasil, Uruguai e, agora, no Chile.3 Leia Mais

Carta Internacional. Belo Horizonte, v.16, n.2, 2021.

Revista Práticas de Linguagem. Juiz de Fora, v. 3, n. 2, jul./dez. 2013.

5 – Sumário e Editorial

RELATOS

ARTIGOS

ENTREVISTA

RESENHAS

Didática da História e o ensino de História: questões contemporâneas – Parte 1 | CLIO- Revista de Pesquisa Histórica | 2021

No Brasil, nos últimos vinte anos, temos assistido a uma ampliação das produções acadêmicas que abordam o ensino de História em suas múltiplas dimensões. Por caminhos diferentes, inúmeros investigadores têm realizado trabalhos, projetos e pesquisas que visam analisar as relações que estudantes e professores estabelecem com a disciplina de História, como se dá o processo de produção do conhecimento histórico escolar, bem como os desafios e as vicissitudes presentes no ensinar e aprender História em contextos escolares e não escolares.

No entanto, se hoje entendemos que existe uma pluralidade de abordagens relativas ao ensino de História e que diferentes espaços continuam sendo construídos visando o desenvolvimento de investigações nessa área, isso só possível devido aos constantes embates, resistências e diálogos que foram travados, a partir dos anos de 1970, que objetivaram reconstituir a História, enquanto disciplina escolar autônoma, que naquele momento havia perdido o seu espaço epistemológico para os Estudos Sociais. Leia Mais

Historia, memoria y olvido del 12 de febrero de 1818. Los pueblos y su declaración de la independencia de Chile

Reexaminar la historia de la Independencia implica un enorme desafío. La historiografía sobre este periodo ha quedado presa en tradiciones y convenciones impuestas por historiadores del siglo XIX; a ello se puede atribuir que por décadas este tema no despertó gran interés en generaciones posteriores. La emancipación americana fue revisitada con mayor atención en los años del centenario y sesquicentenario, aunque buena parte de los textos producidos en esas fechas poseían un tono conmemorativo y pocos de ellos aportaron nuevas interpretaciones, por lo que ayudaron a reforzar los hechos distintivos del periodo y a exaltar la heroicidad de sus protagonistas.

La historia de la Independencia ha tenido una utilización política al considerarse que dicho proceso demarca el nacimiento de las naciones americanas. Muestra de ello es que, desde mediados del siglo XIX, los textos escolares se usaron como instrumentos para conformar la identidad de los ciudadanos, al inculcar valores patrióticos emanados por los padres de la patria en sus actos políticos y bélicos. Dichas enseñanzas raras veces fueron objetadas. En ese tipo de lecciones podría rastrearse la apatía que muchos sienten por estudiar la historia, pues gracias a esa narrativa caló la idea errónea de que esta consiste en memorizar biografías y batallas. Leia Mais

El revés de las vacaciones: hotelería, trabajo y género. Mar del Plata, segunda mitad del siglo XX | Débora Garazi

En las sociedades modernas, las vacaciones se conformaron como un tiempo de ocio para el descanso y el esparcimiento. En la Argentina, Mar del Plata, balneario ubicado en el sudeste de la provincia de Buenos Aires, devino un destacado centro de veraneo que, si bien tuvo un origen social elitista, vivió un proceso de democratización hasta llegar a convertirse, al promediar el siglo XX, en una capital del turismo de masas, cuya cara oculta fue un extenso mundo laboral. En El revés de las vacaciones, Débora Garazi estudia el trabajo hotelero, en la ciudad de Mar del Plata, durante la segunda mitad del siglo XX, preguntándose por las experiencias laborales de sus protagonistas.

Este libro, producto de una investigación doctoral financiada por el sistema científico público argentino, se escribe desde la historia social y los estudios de género. Su primer logro es estudiar el mundo del trabajo a través de los procesos laborales que incluyen tanto los espacios y los tiempos como las tareas y los saberes involucrados, así como también tres dimensiones muy particulares como son la económica, la temporal y la emocional; es decir, la autora elige un camino distante del universo sindical y las acciones colectivas, lo cual no significa que desestime ni a las organizaciones gremiales ni a las protestas. Su segundo logro radica en ahondar en las relaciones de género atendiendo tanto a la segregación ocupacional entre personas —mujeres y varones— como a los sentidos implícitos en las tareas. Leia Mais

Redes e imaginario del exilio en México y América Latina: 1934-1940 | Ricardo Melgar Bao

El Cardenismo, hacia la segunda mitad de los años treinta del siglo pasado, caracterizado principalmente por el proyecto nacionalista económico y político que encarnó la expropiación petrolera, también ha sido representado como un periodo de gobierno en el cual se dio continuidad a la Revolución Mexicana. Asimismo, otra de las características indisolubles del gobierno del general Lázaro Cárdenas, ampliamente difundido y estudiado, fue su política exterior. Amparado en la Doctrina Estrada, con base en una política humanitaria del derecho internacional, el gobierno mexicano abrió sus fronteras a exiliados de otras naciones; destacándose el recibimiento de miles de trasterrados españoles y la acogida del exlíder del ejército rojo, León Trotski. Sin embargo, otro flujo de desplazados de sus países de origen, que ha recibido menor cantidad de estudios y publicaciones, encontró recibimiento en el territorio mexicano durante el periodo presidencial de Cárdenas: el del exilio latinoamericano. Leia Mais

Historiae. Rio Grande, v.12, n.1, 2021.

HISTORIAE FURG Historiae

Patrimônio Cultural: relações entre História, Políticas Públicas, Turismo e Sustentabilidade |

Expediente

  • Rodrigo Santos de Oliveira | pdf

Apresentação

  • Carmem G. Burgert Schiavon, Sandra de Cássia Araújo Pelegrini, Carla Rodrigues Gastaud | pdf

Dossiê

Artigos

Resenhas

Públicado: 2021-07-01

Clio – Revista de Pesquisa Histórica. Recife, v.39, n.2, jul./dez. 2021.

Dossiê: Didática da História e o ensino de História: questões contemporâneas – Parte 1

Apresentação

  • Apresentação
  • Arnaldo Martin Szlachta Junior, Wilian Junior Bonete, Nilson Javier Ibagón Martín
  • PDF

Dossiê

Artigos Livres

Sobre a Revista

 

 

Ágora – Arquivologia em Debate. Florianópolis, v.31, n.63, [jul./dez.] 2021.

Agora Arquivologia 2 Historiae

Seção Especial – II Seminário Nacional de Governança Arquivística

Publicado: 2021-07-01

Locuras en primera persona. Subjetividades/ experiencias/ activismos | Rafael Huertas

Rafael Huertas, médico por la Universidad Complutense de Madrid, doctor honoris causa por la Universidad de Buenos Aires, profesor e investigador del Instituto de Historia del CSIC (Madrid), es uno de los mayores representantes de la historia de la medicina contemporánea europea. Ha publicado diversas investigaciones sobre el saber médico, entre las que destacan: Locura y Degeneración. Psiquiatría y sociedad en el positivismo francés (1987); Del manicomio a la salud mental. Para una historia de la psiquiatría pública (1992); Neoliberalismo y políticas de salud (1999); El siglo de la clínica. Para una teoría de la práctica psiquiátrica (2005); Los laboratorios de la norma. Medicina y regulación social en el Estado liberal (2008); Historia cultural de la psiquiatría (2012); Otra historia para otra psiquiatría (2016). Desde 2008, a través de la Red Iberoamericana de Historia de la Psiquiatría, Rafael Huertas ha propiciado la organización de un espacio de debate crítico y colaboración científica entre historiadores y psiquiatras mexicanos, peruanos, colombianos, brasileños, argentinos, españoles y chilenos. Para muchos de los que formamos parte de la Red, el Profesor Huertas ha marcado e inspirado nuestro quehacer como historiadores.

Esta publicación continúa una línea investigativa centrada en nuevas perspectivas teóricas que buscan ampliar los análisis históricos y culturales sobre la locura, hasta ahora centrados en las disciplinas médicas clásicas. En el caso actual, por medio de una detallada y actualizada bibliografía, reflejo de una exhaustiva investigación, el autor propone pensar la locura “en primera persona” a través de enfoques multidisciplinarios y utilizando fuentes documentales de diferente índole. En términos historiográficos esta publicación es tributaria de los estudios históricos críticos que se vienen desarrollando desde la última década, los que han incorporado perspectivas, experiencias y escritos de los pacientes. Abordar la locura en primera persona implica no sólo un diálogo multidisciplinario, sino también una ruptura epistemológica y la búsqueda de nuevas metodologías. Leia Mais

Concebendo a liberdade: mulheres de cor, gênero e abolição da escravidão nas cidades de Havana e Rio de Janeiro | Camillia Cowling

A edição brasileira do livro “Concebendo a Liberdade: mulheres de cor, gênero e abolição da escravidão nas cidades de Havana e Rio de Janeiro” da historiadora inglesa Camillia Cowling, professora de história da América Latina da Universidade de Warwick, foi lançada em 2018 pela editora da Universidade Estadual de Campinas, São Paulo. O livro é uma tradução do original intitulado Conceiving Freedom: Women of Color, Gender, and the Abolition of Slavery in Havana and Rio de Janeiro, lançado em 2013 pela University of North Carolina Press e, desde 2010, partes da obra já vinham sendo divulgadas em publicações internacionais pela autora.

Cowling trouxe para o centro desta narrativa as histórias de vida (ou pelo menos parte das histórias) de duas mulheres libertas: Ramona Oliva e Josepha Gonçalves de Moraes. Elas transcorrem por toda a obra, desde a introdução, quando a autora nos transporta para os respectivos dias em que estas mulheres, a primeira em Havana, a segunda no Rio de Janeiro, entraram com pedido de custódia de seus filhos nas instâncias judiciais máximas de cada uma destas cidades: Ramona no Gobierno General em Havana em busca de libertar seus quatro filhos María Fabiana, Agustina, Luis e María de las Nieves, e Josepha no tribunal local de primeira instância e depois no Tribunal de Relação no Rio de Janeiro, um tribunal de apelação, em busca de liberta sua filha Maria. Ramona teve que enfrentar “um dia escaldante do verão caribenho de 1883” e Josepha, diferentemente da cubana, “provavelmente sentiu arrepios de frio […] enquanto caminhava pelas ruas da cidade [do Rio de Janeiro]”, em agosto de 1884, quando é inverno na cidade. (COWLING, 2018, p. 23) Leia Mais

Ganhadores. A greve negra de 1857 na Bahia | João José Reis

Alguns livros, se me permitem a analogia, são como os melhores vinhos maturados em barris de carvalho. Isto é, requerem tempo, bem como se beneficiam da experiência de pesquisa e dos conhecimentos acumulados ao longo dos anos por parte do autor, no caso da obra aqui resenhada autor-pesquisador, melhor esclarecendo: historiador. Para mim são os melhores livros, inclusive permitindo aos leitores descobrir numa passagem qualquer do texto ou, principalmente, nas notas de rodapé, o decorrer do tempo na “fermentação” e “decantação” da pesquisa, agregando leituras, fontes e dívidas ou trocas intelectuais. Há quase trinta anos atrás, em 1993, nas páginas da Revista USP (Dossiê Brasil/África), João Reis já havia nos apresentado em alguma medida o tema de sua investigação no artigo: “A greve negra de 1857 na Bahia”.2 Ainda recordo a sensação quando li este artigo: fiquei maravilhado. Até porque já havia iniciado minhas investigações sobre a escravidão na Amazônia oitocentista, particularmente no ambiente urbano de Belém, justamente compreendendo os escravizados como parte da classe trabalhadora, como parte da história social do trabalho. Lia, então, a história de uma greve feita por libertos, portanto ex-escravizados, e também por escravos, basicamente africanos (nagôs). “Que história fantástica!”, pensei, com a sensação de querer saber mais, me indagando se dali não podia sair mais coisa, quem sabe um livro. Em 2019, veio o livro: Ganhadores. Obra, portanto, que, no seu conjunto, se beneficiou da experiência historiográfica do autor no campo de investigação da escravidão, particularmente em Salvador (Bahia), quando, por exemplo, discute no livro os cantos de trabalhos dos africanos, quer libertos ou escravos, algo que já havia tratado alhures tal como em seu artigo “De olho no canto: trabalho de rua na Bahia na véspera da abolição”, publicado em 2000, na prestigiada revista acadêmica Afro-Ásia. 3 Leia Mais

Conflictividad social y violencia política en América Latina | Sur y Tiempo – Revista de Historia de América | 2021

En este dosier presentamos cinco artículos que analizan desde distintas perspectivas, escenarios y actores sociales, una serie de dinámicas y experiencias históricas vinculadas a los fenómenos de conflictividad social y violencia política. Partimos con un homenaje póstumo al gran maestro Ricardo Melgar Bao, quién visitó la Universidad de Valparaíso el año 2018 y dejó entre los estudiantes de posgrado y el cuerpo de profesoras y profesoras del Instituto de Historia de la Universidad de Valparaíso un gran recuerdo por su gran calidad humana y grandeza intelectual. En función de aquella experiencia colectiva, decidimos republicar uno de sus trabajos y volver a situarlo en un contexto latinoamericano marcado por las dinámicas de movilización popular y protesta social, de revueltas y respuesta estatal-paramilitar violenta. En “La Memoria Sumergida”, publicado por primera vez en la Revista Memoria (México, 2002), Ricardo Melgar aborda la amplitud, las tradiciones, militancias y expresiones del universo guerrillero latinoamericano, así como las distintas aproximaciones e interpretaciones realizadas en torno a las prácticas y experiencias guerrilleras y los conflictos armados desencadenados en el continente en el marco de la Guerra Fría.

A continuación, tenemos el artículo del estudiante de Doctorado en Historia de la Universidad Católica de Valparaíso, Mg. Pedro Valdés, titulado: “Fisonomía de la resistencia en contra de las Dictaduras del Cono Sur. Balances de una revisión historiográfica”, quien, desde una perspectiva de análisis local, continental y trasnacional da cuenta de las distintas lecturas realizadas en torno a los procesos de confrontación y resistencia a las dictaduras del Cono Sur. Como resultado de dicho balance, destaca las diferentes caracterizaciones y significados con los cuales las investigaciones se han referido a estos procesos o actividades de resistencia. Del mismo modo, identifica la apertura de un importante campo de estudio en relación a los aspectos comunes y las posibilidades de establecer visiones de conjunto. Leia Mais

Revista de Ensino de Geografia. Uberlândia, v.12, n.23, jul./dez. 2021.

APRESENTAÇÃO

  • Editorial

ARTIGOS

RELATOS DE EXPERIÊNCIAS E PRÁTICAS

Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará. Belém, v.8, n.2, 2021.

EDITORIAL

  • Editorial
  • José Maia Bezerra Neto, Bárbara da Fonseca Palha
  • PDF

DOSSIÊ

DISCURSOS

ENTREVISTAS

RESENHAS

 

História & Artes Visuais | ArtCultura | 2021

Mesmo com todo o emblema

Todo o problema

Todo o sistema

Toda Ipanema

A gente vai levando […]

Mesmo com o todavia

Com todo dia

Com todo ia Todo não ia […]

A gente vai levando essa guia

(Chico Buarque e Caetano Veloso)1

Em tempos de terraplanistas, de ecocidas e de negacionistas em que se movem ataques sem tréguas contra a produção científica, a gente vai levando a ArtCultura: Revista de História, Cultura e Arte, driblando as dificuldades dispostas pelo meio do caminho. Nesta edição, em particular, sobressaem as contribuições que transitam pela “ponte da amizade” intelectual entre o Brasil, a Argentina e o Chile, com especial destaque para a presença de nada menos do que cinco pesquisadores argentinos. Leia Mais

História & anacronismo – I – Parte internacional | ArtCultura | 2021

Ao longo das últimas três ou quatro décadas, os historiadores vêm demonstrando uma preocupação sensível com o tema da multiplicidade temporal. Ao tempo linear e homogêneo, característico de um regime disciplinar cada vez mais questionado, eles contrapõem “novas formas, múltiplas, variadas, policrônicas”.1 Essa pluralização expressa também questões políticas candentes, como aquelas relacionadas aos nossos tantos passados traumáticos, nos quais diversas modalidades de horror e de violência estatal indicam a persistência incontornável de experiências ainda sentidas como contemporâneas.2

Por outro lado, há uma abertura menor à reflexão sobre o tema do anacronismo, o que pode constituir, em certa medida, aquela situação na qual, de acordo com Christophe Charle, os debates e as polêmicas teóricas são eclipsados por uma atitude de apaziguamento, de conformação e de esvaziamento discursivo em função do peso de determinados vetos epistemológicos.3 Esse parece ser o caso da noção de anacronismo, cuja força persuasiva sobre a operação historiográfica não é novidade já há algumas gerações. Afinal, qual estudante não aprende a repudiar, desde os primeiros momentos de sua formação em História, o “pecado mortal” dos historiadores? Leia Mais

Argentina e Brasil: entre a canção romântica e o rock dos anos 80-90 | ArtCultura | 2021

Mesmo com todo o emblema

Todo o problema

Todo o sistema

Toda Ipanema

A gente vai levando […]

Mesmo com o todavia

Com todo dia

Com todo ia Todo não ia […]

A gente vai levando essa guia

(Chico Buarque e Caetano Veloso)1

Em tempos de terraplanistas, de ecocidas e de negacionistas em que se movem ataques sem tréguas contra a produção científica, a gente vai levando a ArtCultura: Revista de História, Cultura e Arte, driblando as dificuldades dispostas pelo meio do caminho. Nesta edição, em particular, sobressaem as contribuições que transitam pela “ponte da amizade” intelectual entre o Brasil, a Argentina e o Chile, com especial destaque para a presença de nada menos do que cinco pesquisadores argentinos. Leia Mais

Escravidão e liberdade no Brasil setentrional | Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará | 2021

Criado em 2013, o Grupo de Estudos e Pesquisas da Escravidão e Abolicionismo na Amazônia (GEPEAM), registrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Pesquisa (CNPQ), reúne, desde então, professores, pesquisadores, alunos de graduação e de pós-graduação de diferentes instituições brasileiras das regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste, atuando em diferentes níveis de ensino, interessados na pesquisa sobre a escravidão e o abolicionismo no Brasil Setentrional.

O GEPEAM, em parceria com a prestigiada Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará (IHGP), a segunda mais antiga da Amazônia em funcionamento, juntou esforços para dar corpo ao Dossiê “Escravidão e Liberdade no Brasil Setentrional”, organizado por dois de seus membros: Bárbara da Fonseca Palha e José Maia Bezerra Neto, igualmente membro como sócio efetivo do IHGP. Assim, no presente dossiê se congregou resultados de pesquisas de vários membros do grupo, bem como se contou com a participação de textos de outros pesquisadores ou historiadores, no caso: Anaíza Vergolino e Silva, Jonas Monteiro Arraes, Rafael Chambouleyron e Oscar de la Torre. Havendo também duas resenhas: uma do mais recente livro do historiador João José Reis, “Os Ganhadores: a greve negra de 1857 na Bahia” (2019) e outra do livro “Concebendo a Liberdade: mulheres de cor, gênero e abolição da escravidão nas cidades de Havana e Rio de Janeiro” da historiadora inglesa Camillia Cowling (2018). Mas, destrinchemos com mais vagar o presente dossiê. Leia Mais

Procesos Históricos. Mérida, n.040 (20) 2021.

Julio-Diciembre 2021

Editorial

Artículos

Homenaje de Procesos Históricos a los héroes de Carabobo

Entrevista

Cadernos da Associação Brasileira de Ensino de Ciências Sociais. Rio de Janeiro, v. 5, n.1, jan./jun. 2021.

enino de ciencias sociais Historiae

Editorial

  • Editorial | PDF

Apresentação

Relato de Experiência

Artigos

Entrevista

Memória em Rede. Pelotas, v. 13, n.25, 2021.

Editorial

Dossiê

Artigos

Ensaios

Ensaios Visuais

Resenhas

Trashumante – Revista Americana de Historia Social. n.18, julio/diciembre 2021.

Portada

Página Legal

Contenido

Investigación

Reseñas

História, Educação e Intelectuais Brasileiros | Perspectivas e Diálogos – Revista de História Social e Práticas de Ensino | 2021

TEIXEIRA e SARTRE Historiae
Anísio Teixeira e Jean Paul Sartre: Fotos: A Tarde //Gisele Freund

Como definir um intelectual? Qual a sua função? Essas perguntas sartrianas, em seu livro Em Defesa dos Intelectuais, nos levam a problemas de método. O estudo sobre intelectual se constitui quanto categoria dentro de uma estrutura de investigação científica não muito bem delineada. Mesmo tratando-o, epistemologicamente, em uma visão multidisciplinar, em que os instrumentos teórico-metodológicos consolidados de vários campos, como Sociologia, Filosofia, História e Educação, contribuem academicamente de forma indelével, a análise sobre intelectual pode-se incorrer em armadilhas. Um dos desafios, por conseguinte, é perquirir o lugar do intelectual na sociedade. A relação entre sujeito intelectual e estrutura institucional pode ser concebida a partir de sua formação, de suas diversas filiações e suas tessituras de sociabilidade política, cultural, econômica, educacional etc.

Este prisma auxilia o ponto de partida para uma análise da pluralidade das suas funções possíveis na sociedade hoje. Portanto, a pesquisa sobre os intelectuais, enquanto “categoria teórica movediça”, nos conduz a assinalar a sua importância como agentes orgânicos em determinada conjuntura histórico-política, que têm funções sociais na condição mais de vínculo a uma classe ou grupo social do que à personalidade individual marcante. Assim sendo, tentamos construir a premissa de Sartre na qual “o intelectual é o homem que toma consciência da oposição, nele e na sociedade […]. Produto de sociedades despedaçadas, o intelectual é sua testemunha porque interiorizou seu despedaçamento. É, portanto, um produto histórico. Nesse sentido, nenhuma sociedade pode se queixar de seus intelectuais sem acusar a si mesma, pois ela só tem os que faz.” [4] Leia Mais

Simpósio Nacional sobre o Rural e o Urbano no Brasil – VI SINARUB | Rural e Urbano | 2021

Agricultura Familiar Agencia Senado Historiae
Agricultura Familiar | Foto: Divulgação/Agência Senado

Editorial

A Revista Rural & Urbano V6. N. 1 2021 apresenta uma coletânea de artigos sobre o rural e o urbano, suas inter-relações e especificidades, como resultado de discussões realizada por pesquisadores que participaram da sexta edição do Simpósio Nacional sobre o Rural e o Urbano no Brasil – SINARUB, coordenado pela Profa. Dra. Cristina Maria Macêdo de Alencar, da Universidade Católica de Salvador. Todos os artigos aqui apresentados foram revisados pela equipe editorial e pareceristas da Revista Rural & Urbano. Fazemos o convite à leitura, visto que todos são de grande contribuição para a temática central de nossa revista, e possibilitando múltiplas abordagens referente ao Rural, Urbano, Campo e Cidade, desde uma perspectiva epistemológica, como também estudo de caso que contribuem para a leitura da realidade

Profa. Dra. Edvânia Torres Aguiar Gomes

Profa. Dra. Maria Rita Ivo de Melo Machado

Profa. Dra. Mariana Zerbone Alves de Albuquerque

Por uma pauta de visibilidade do rural e do urbano: planejamento e desenvolvimento

A sexta (VI) edição do Simpósio Nacional sobre o Rural e o Urbano no Brasil – SINARUB, evento que nasceu da relação entre Programas de Pós-graduação em Geografia, reuniu-se à quinta (V) edição Seminário Nacional Planejamento e Desenvolvimento, evento promovido pelos Programas de Pós-graduação em Planejamento Urbano, Regional e Demografia – PURD e tematizaram a invisibilidade do rural e do urbano, em interação, nas pesquisas e ações de planejamento do desenvolvimento e dinâmicas do desenvolvimento, evidenciando que existem pautas relevantes a serem visibilizadas. É dessa comunidade científica ao  discutir modos de vida rural e urbano, diretrizes de desenvolvimento rural e urbano, relações entre ciências, sociedade e natureza no mundo rural e no urbano, que emergem os artigos que compõem este dossiê da Revista Rural & Urbano. Leia Mais

Rural e Urbano. Recife, v. 6, n. 1, 2021.

RURAL E URBANO1 Historiae

Dossiê VI Simpósio Nacional sobre o Rural e o Urbano no Brasil – SINARUB

 

Un gobierno de papel. El correo y sus rutas de comunicación en tiempos de la reforma imperial en Chile (1764-1796) | J. Araneda Riquelme

Este libro es el resultado de una tesis de magíster que el autor dedicó al estudio de la construcción del sistema postal en Chile, proceso liderado por la Administración General de Correos de Santiago y sus funcionarios, en la época de transformaciones y reformas administrativas a fines del período colonial.

El estudio nos invita a adentrarnos en los intersticios de este “gobierno de papel” que en el período borbónico busca afianzar los lazos entre la metrópolis y sus colonias, vínculo que se percibe frágil, sujeto a negociaciones y atravesado por las relaciones locales del poder; aunque en esta misma fragilidad se sustenten las lógicas del poder imperial que se vuelven más restrictivas en las últimas décadas del dominio colonial. En este sentido, el correo es un vehículo idóneo para el estudio de cómo se transforman las lógicas imperiales y las prácticas locales en este período. Por otra parte, un desafío no menor es el abordaje del juego de escalas, que el autor sortea con éxito, en un análisis que logra sustentar metodológicamente la idea del archipiélago imperial. Asimismo, la investigación combina de manera airosa el estudio de las instituciones y las trasformaciones en materia administrativa y legal con la experiencia y realidad cotidiana de los actores locales, de los hombres de carne y hueso que recorrieron las nuevas rutas del correo, a merced de las inclemencias del clima, la geografía y las condiciones materiales adversas en el territorio de la Capitanía General de Chile. Leia Mais

1818. La Proclamación de la Independencia de Chile. Historia y Memoria, Realidad y Mito | Cristián Guerrero Lira e Ulises Cárcamo Sirguiado

La historia de la Independencia que Chile es uno de los temas predilectos de los historiadores de nuestro país, tanto en el siglo XIX como en el XX. Sin duda, en ellos se abordan diferentes enfoques, los cuales, sin duda, se orientan a describir el proceso independentista patrio que, empezó en el año 1810 con la Primera Junta Nacional de Gobierno y termina para algunos en 1818 con la Batalla de Maipú y para otros, en 1826 con la anexión de Chiloé a Chile.

El objetivo de esta obra es precisar y explicar cuándo y dónde se firmó el Acta de la Independencia de Chile. Esa duda, razonable para algunos, reapareció debido a las discusiones académicas que se produjeron el año 2010, precisamente durante la conmemoración de los 200 años de la libertad de la república. Tanto políticos como representantes de los gobiernos locales de Concepción y Talca se enfrascaron en un debate sobre la fecha y el lugar donde O’Higgins habría firmado el documento crucial de este hecho histórico, y en forma práctica estas ciudades buscaban, solicitar un feriado regional y realizar las conmemoraciones locales con toda la comunidad. Sin embargo, para los autores lo importante, más allá de estas celebraciones y cuestionamientos locales, es aclarar temporal y espacialmente este hito libertario “y otros que han surgido de una errónea interpretación de los documentos y de la ignorancia de ciertos hechos registrados y documentados por la historiografía” (p.15). Leia Mais

NGOENHA Severino E. (Aut), Resistir a Abadon (T), Paulinas (E), QUITUNGA Asbel D. (Res), Monções UFGD (Mçr), Filosofia, Relações Internacionais, Pensamento Alemão, Ulrich Beck, Sociólogo | Carlos R. S. Milani

A obra “Solidariedade e interesses: motivações e estratégias na cooperação internacional para o desenvolvimento”, escrita por Carlos Milani e publicada em 2018, é uma importante contribuição recente para a área das Relações Internacionais, em especial para os estudos da cooperação internacional para o desenvolvimento (CID). Ao longo de quatro capítulos, Milani (2018) analisa diferentes temas e dimensões da cooperação internacional para o desenvolvimento tendo como fio condutor a coexistência de solidariedade e de interesses nas práticas enquadradas sob a categoria da CID1.

A primeira grande contribuição consiste na apresentação, na Introdução, de uma definição parcimoniosa, e por isso, com grande potencial de generalização, para a cooperação internacional para o desenvolvimento. Nas palavras do autor, define-se a CID “[…] como um campo político – portanto, necessariamente, permeado por relações de poder – em que inúmeros atores competem por legitimidade, reconhecimento e recursos materiais […]” (MILANI, 2018, p. 23). Tal definição abrange tanto as práticas tradicionais e históricas dos países doadores do Norte, quanto as ações dos parceiros emergentes, como China, Turquia, Brasil, Índia e México. Leia Mais

Curto-Circuito: o vírus e a volta do Estado | Laura Carvalho

O debate a respeito das funções do Estado não é algo novo. Ao longo dos séculos, a emergência e consolidação do Estado moderno foi conteúdo de bastante discussão, especialmente entre estudiosos interessados em temas históricos, políticos e econômicos. Apesar disso, o Estado pode ser visto como um organismo vivo constantemente sujeito a transformações, ao mesmo tempo em que é um importante agente na trajetória histórica, econômica e social dos povos. Tendo isso em vista, Laura Carvalho contribui substancialmente com o entendimento das funções do Estado em “Curto Circuito: o vírus e a volta do Estado”, lançado pela editoria Todavia em 2020. Mais do que o entendimento do Estado, Carvalho fornece uma análise rica e acessível do percurso histórico recente do Estado no mundo Ocidental e, especialmente, no Brasil, assim como os impactos advindos da crise do coronavírus na atuação do Estado. Trata-se, desse modo, de uma obra essencial para pensar o futuro do Estado e da democracia no Brasil.

O objetivo de Carvalho em Curto Circuito é fornecer, à luz do contexto brasileiro, uma leitura a respeito das cinco funções do Estado que a pandemia ajudou a revelar. Para tal, a autora organiza o livro em seis capítulos, dos quais os cinco primeiros são dedicados para a discussão das cinco funções do Estado, sendo elas: estabilizador da economia, investidor em infraestrutura física e social, protetor dos mais vulneráveis, provedor de serviços à população e empreendedor. No capítulo final, Carvalho faz algumas considerações amplas a partir daquilo que foi discutido ao longo da obra. Leia Mais

Disidencia religiosa y conflicto sociocultural. Tácticas y estrategias evangélicas de lucha por el modelamiento de la esfera pública en Colombia (1912-1957) | Juan Carlos Gaona Poveda

Juan Carlos Gaona Poveda es Licenciado en Psicología y Pedagogía (Universidad Pedagógica Nacional, Bogotá), Teólogo (Unibautista, Cali) y Magister en Historia (Universidad del Valle, Cali). El libro es producto de su trabajo para obtener el título de magister; este se sitúa en la historiografía que busca comprender el protestantismo desde el análisis cultural y social; conserva la perspectiva del protestantismo como disidencia del catolicismo que trata de imponer su modelo cultural (Bastian). Leia Mais

Colombia: Historia/ Educación y Política. Miradas Múltiples | Luis Alarcón Meneses

El libro que se reseña a continuación es el resultado de los distintos ejercicios de investigación que se desarrollan dentro del Grupo de Investigaciones Históricas en Educación e Identidad Nacional, liderado por Luis Alarcón Meneses. En el texto, se abordan una diversidad de temáticas de actual discusión historiográfica en Colombia y América Latina, como es el caso de la revaloración de algunos temas asociados a la educación, la justicia, la política, la violencia y lo religioso desde principios del siglo XVI. Leia Mais

Erotismo no cinema brasileiro: a pornochanchada em perspectiva histórica | Jairo Carvalho Nascimento

Vera Fischer2 Pornochanchada Historiae
Acima, Vera Fischer em “Super fêmea boca do lixo (1972). Abaixo, Jairo Carvalho do Nascimento | Fotos: Veja – Reprodução / Uneb

Erotismo no cinema Historiae Resultado parcial da tese de doutorado defendida no Programa de História Social da UFBA, em 2015, o livro Erotismo no cinema brasileiro: a pornochanchada em perspectiva histórica investiga as “origens”, a “consolidação” e “decadência” do gênero pornochanchada no contexto da história do cinema brasileiro. No decorrer do livro, Jairo Carvalho Nascimento indaga uma ampla variedade de evidências históricas, tais como revistas, matérias de jornais, entrevistas, pareceres de censura, dados estatísticos, filmes, vídeos, documentários, programas de televisão, releases e roteiros de filmes. Além disso, ampara-se em extensa bibliografia – sobretudo estrangeira nos dois primeiros capítulos. O resultado é uma sólida contribuição para compreender a trajetória histórica da pornochanchada, um importante, mas pouco valorizado momento da história do cinema brasileiro. Nascimento arquiteta seu livro em torno de quatro capítulos onde aborda: 1) o erotismo no cinema; 2) a formação e expansão da comédia erótica na Itália e sua repercussão em outros países; 3) as origens, características e consolidação da pornochanchada; e, por fim, 4) a decadência da pornochanchada e a transição para os filmes de sexo explícito, entre fins da década de 1970 e início da seguinte.

Jairo Nascimento HistoriaeNo capítulo 1, ao fazer um panorama do erotismo no cinema, o autor observa que o “erotismo acompanhou a trajetória da história do cinema, desde as primeiras décadas” (p. 20). Ao dialogar com Foucault e Giddens, Nascimento observa que a sexualidade se apresenta como “um dos principais aspectos do comportamento humano que mudou no século XX, com novas formas de prazer” (p.13-14). E expõe o “debate teórico” sobre “erotismo versus pornografia” (p.15). Curiosa e provocativa é a definição elaborada em entrevista de 1982 por Ody Fraga, diretor e roteirista da Boca do Lixo: “[…] a pornografia é o sexo sem vergonha de si. Já o erotismo é complexado, exige véus” (p. 14). Nascimento observa que os “limites de definição entre o que é erótico e o que é pornográfico não são tão precisos” (p. 16). Por fim, observa que a noção de moral é construída historicamente: “as concepções morais mudam com o tempo.” (p. 19). Leia Mais

História: demandas e desafios do tempo presente – produção acadêmica, ensino de História e formação docente | Erinaldo CAvalcanti, Geovanni G. Cabral, Margarida M. D. Oliveira e Raimundo I. S. Araújo

Erinaldo Margarida Historiae
Erinaldo Cavalganti (esquerda), Maria Margarida Dias de Oliveira e Geovanni Gomes Cabral (direita) | Fotos: Correio Carajás / Portal UFRN e Acervo do autor

CAVALCANTI E Historia demandas e desafios HistoriaeO livro História: demandas e desafios do tempo presente – produção acadêmica, ensino de História e formação docente – constitui material escrito a muitas mãos. Mãos de pesquisadores/as e professores/as com vínculo em diferentes Universidades, que tingiram em seus textos a problemática do pensar a Ciência Histórica coadunada às práticas que tangenciam a atividade do ensino de História na modalidade da Educação Básica no agora. Organizada por Erinaldo Cavalcanti (professor Adjunto da Faculdade de História da Unifesspa), Geovanni Gomes Cabral (professor Adjunto da Faculdade de História da Unifesspa), Margarida Maria Dias de Oliveira (professora adjunta da UPE, Campus Nazaré da Mata) e Raimundo Inácio Souza Araújo (professor da Educação Básica, Técnica e Tecnológica do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Maranhão – COLUN-UFMA), a obra marca também as intensões do Núcleo de Pesquisa Interpretação do Tempo: ensino, memória, narrativa e política (iTemnpo), associado à Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), do qual emanou a escrita dessa coletânea.

O contexto de produção da obra está tensionado pela conjuntura política educacional prescrita pela Reforma do Ensino Médio, que torna a matéria História optativa no currículo escolar, segundo a Lei nº 13.415, de fevereiro de 2017. Assim, na apresentação, os/a organizadores/a (também autores/a) registram a importância e a funcionalidade da História em tempos de cólera. Nos textos não encontramos resoluções acabadas, mas reflexões para um repensar de práticas que possam ser transgressoras ao universo acadêmico e às “velhas” formas de narrar a História. Fazer circular outras narrativas e outras experiências de pesquisa, segundo as proposições abordadas na obra, pode/deve contribuir para a formação de professores/as no chão da sala de aula. Leia Mais

Work in hand: script, print, and writing, 1690-1840 | Aileen Douglas

Aileen Douglas Historiae
Jackie Lynam (esquerda), Emma Donoghue e Aillen Dougas (direita) em Dublin, 2016 | Foto: Trinity College Dublin

Situado na confluência dos estudos de História Cultural, Literatura, Educação e Comunicação, Work in hand é uma série temática de estudos de caso assinada por Aileen Douglas, professora da Universidade de Dublin, na Irlanda, especializada em literatura inglesa do século XVIII. Neste livro, Douglas examina diversas instâncias da sobrevivência das práticas manuscritas ao longo do período de 1690 a 1840 no Império Britânico – uma época em que historicamente já prevaleciam a tipografia e o livro impresso. Este recorte tão específico do objeto pode dar a impressão de que se trata de uma obra de interesse único para historiadores ou especialistas em literatura inglesa daquele período, porém a autora constrói ao longo de sete capítulos um amplo painel da transformação de práticas literárias e comunicacionais que não só delineia o fundamento de muitos procedimentos ainda em voga mas também ajuda a compreender os alicerces de alguns postulados educacionais, informacionais e textuais que ocasionalmente ressurgem até mesmo no meio acadêmico. Leia Mais

Intus-Legere Historia. Viña del Mar, v.15, n.2, 2021.

Dossier: ‘La península ibérica entre la Antigüedad Tardía y la Alta Edad Media (siglos VI-XI)’

PRESENTACIÓN ‘DESESPAÑOLIZANDO’ LA HISTORIA MEDIEVAL DE ESPAÑA

ARTÍCULOS DE INVESTIGACIÓN

RESEÑAS

  • Araneda Riquelme, J., Un gobierno de papel. El correo y sus rutas de comunicación en tiempos de la reforma imperial en Chile (1764-1796). Santiago, Biblioteca Nacional de Chile/Centro de Investigaciones Diego Barros Arana, 2020, 174 páginas.
  • Elvira López
  • PDF
  • Cristián Guerrero Lira y Ulises Cárcamo Sirguiado. 1818. La Proclamación de la Independencia de Chile. Historia y Memoria, Realidad y Mito. Centro de Estudios Bicentenario, 2018, 281 páginas.
  • Lorena Vásquez
  • PDF
  • Luis Alegría, Historia, museos y patrimonio. Discursos, representaciones y prácticas de un campo en construcción, Chile 1830-1930, Ediciones del Servicio Nacional del Patrimonio Cultural, Chile, 2019.
  • Emilio Vargas
  • PDF
  • Quiroz, D. (ed.) Rastros en el agua. Exploradores, embarcaciones y materialidades. Ediciones del Servicio Nacional del Patrimonio Cultural, Santiago de Chile, 2019.
  • Carlos Rojas
  • PDF

DOCUMENTOS

  • ANALES DEL INFANTE (PRIMERA MITAD DEL SIGLO XIV)
  • Carmen Benítez Guerrero, Covadonga Valdaliso Casanova

Historia Crítica. Bogotá, Núm. 81 (2021)

Artículos de investigación

Artículos de investigación

Publicado julio 1, 2021

Los radicalismos en la democratización política Z Bernardo Carrizo

Este libro de Bernardo Carrizo es el resultado de una importante serie de producciones por parte del autor sobre el radicalismo en el espacio provincial santafesino, y sobre el contexto histórico de transformaciones políticas y culturales que marcaron los procesos de democratización política en Argentina entre fines de siglo XIX e inicios del XX. Derivado de la reconversión de su tesis de maestría de 2012 que defendió en la Universidad Nacional del Litoral, el autor ha refinado sus reflexiones iniciales para obtener una obra sólida y que se extiende ampliamente sobre los cambios y continuidades de la política y lo político en la provincia de Santa Fe entre el Centenario de Mayo y la victoria electoral de la Unión Cívica Radical en los comicios nacionales de 1916. En este sentido, el trabajo de Carrizo es una interesante y renovadora continuidad de una línea de investigación sobre el radicalismo y las culturas políticas argentinas en el cambio de siglo desarrollada por historiadores de la talla de Natalio Botana, Tulio Halperín Donghi, Paula Alonso y Fernando Devoto en la historiografía nacional; así como de autores como Marta Bonaudo, Ezequiel Gallo y Ana Virginia Persello para el caso santafesino, entre muchos otros posibles.

Como explica su autor, el interrogante que permitió dar forma a la obra parte de la democracia y del particular decurso de las prácticas, representaciones y conflictos que la constituyeron durante los procesos de reforma democrática en la Argentina de principios de siglo XX. Carrizo se centra en uno de los protagonistas de este proceso como fue la UCR, particularmente desde la organización política que operaba como su problemática aliada a nivel provincial, la Unión Cívica Radical de Santa Fe (UCRSF), en tanto uno de los principales “jugadores” que competían en la red interpartidaria santafesina junto con las variadas fuerzas políticas del campo conservador. La distinción entre la UCR y la UCRSF no es casual, sino una de las claves de lectura del texto: comprender las prácticas y expresiones políticas que integraron al “calidoscopio radical” provincial, entre las diferentes facciones radicales que se disputaban a los electores santafesinos; así como las negociaciones y conflictos entre las dirigencias de estas organizaciones a nivel nacional y provincial. Leia Mais

¿Apropiadas o impuestas? Economía popular en el agro latinoamericano y el Grupo Cooperativo Quali | J. M. Bagneta

Coincido con el Dr. Juan José Rojas Herrera, investigador de la Universidad Autónoma deChapingo, México y quien prologa el libro, que su título es al menos sugerente: ¿APROPIADAS O IMPUESTAS? Economía Popular en el agro mexicano y el Grupo Cooperativo Quali. A partir de esa pregunta vertebradora, el autor analiza el caso objeto de estudio y en los diferentes capítulos procura encontrar la respuesta. Una respuesta que no es unívoca, que evidencia matices y complejidades, que Bageneta ha procurado mostrar ya mi entender lo ha conseguido. El Grupo Cooperativo Quali se dedica a la producción, transformación y comercialización del amaranto (un cultivo prehispánico con alto valor nutricional) y a la gestión del agua en la región Mixtecapopoloca, que abarca los Estados mexicanos de Puebla, Oaxaca, Veracruz, Tlaxcala y Guerrero: una de las regiones con mayores niveles de pobreza y marginación del país y, al mismo tiempo, con muy altos porcentajes de población hablante de alguna lengua indígena.

El libro se articula en cinco capítulos, cada uno tiene como hilo conductor la problematización acerca del vínculo entre los sujetos sociales y su forma de organización. En el primer capítulo se presenta la postura teórico-metodológica. El andamiaje conceptual reúne aportes de distintos campos disciplinares, ubica estas asociaciones en un territorio en disputa, con una definición multidimensional y en el marco de las problemáticas de la Economía Popular Social y Solidaria (EPSS). En efecto, dentro de las variadas denominaciones que en la actualidad se utilizan para llamar a la “otra economía”, el autor elige la de EPSS. Queda claro que más allá de las denominaciones que se le otorgan a este campo, desde aquel inicial de Economía Social con el que Charles Gide bautiza en 1898 su cátedra en la Facultad de Derecho de París, hasta la Economía Social y Solidaria,que surge en los años ´90 del siglo XX, lejos de tener un sentido único, se constituye como un movimiento caracterizado por una pluralidad de visiones y prácticas. Leia Mais

Fronteira e Defesa Nacional: Segurança Integrada e Ajuda Humanitária | Monções – Revista de Relações Internacionais | 2021

Esta edição da revista Monções1 – o dossiê Fronteira e Defesa Nacional: Segurança Integrada e Ajuda Humanitária – reúne um conjunto de artigos que abordam diferentes temáticas das Relações Internacionais contemporâneas. Os textos dão enfoque especial à crise decorrente da imigração venezuelana para o Brasil, com seus desdobramentos – Operação Acolhida, políticas de interiorização dos imigrantes e a questão dos refugiados em Mato Grosso do Sul – e trazem ainda análises das políticas públicas voltadas à faixa de fronteira do Brasil, como o projeto SISFRON e a implantação do RTU, e da política para as fronteiras do governo Trump e os fluxos migratórios da América Latina para os Estados Unidos. Por fim, é apresentada uma resenha que aborda a temática do terrorismo.

O dossiê Fronteira e Defesa Nacional: Segurança Integrada e Ajuda Humanitária traz em sua abertura uma entrevista com o diplomata Celso Amorim, ex-Ministro das Relações Exteriores do Brasil. Na entrevista, concedida à equipe da revista Monções, o diplomata discorre sobre sua trajetória profissional, sua atuação como diplomata no âmbito do MERCOSUL, sua atuação na ONU, suas experiências como Ministro da Defesa e como Ministro das Relações Exteriores do Brasil. Ao longo de sua fala, o diplomata aborda diferentes temas como geopolítica, PEB, BRICS, Conselho de Defesa Sul-Americano, ZOPACAS, Operação Ágata e a Comissão da Verdade. Ao final da entrevista, Amorim analisa as mudanças na política externa do Brasil a partir de 2016 e traz um prognóstico do cenário internacional pós-COVID19, comentando o papel dos Estados Unidos de Biden, o protagonismo da China, a importância da UNASUL e a crise na Venezuela, entre outros temas. Leia Mais

Luchas por derechos humanos en perspectiva local/regional. sentidos, actores, espacios y temporalidades en Santa Fe y Córdoba | Coordenadas – Revista de Historia local y regional | 2021

Este dossier contribuye a densificar las múltiples miradas que alberga el estudio de las luchas por derechos humanos en Argentina, siguiendo la conceptualización sugerida por Luciano Alonso (2019), tomando como eje las potencialidades del trabajo en escalas locales y regionales. Esa reducción en la escala de abordaje -recortando localmente objetos de indagación que, a su vez, buscan establecer diálogos regionalespropone un ingreso a las resignificaciones y ampliaciones de las luchas por derechos humanos en Santa Fe y Córdoba, consideradas las provincias más importantes del país después de Buenos Aires, ubicadas en las regiones del Centro y el Litoral y ambas sedes de las comandancias del II y III Cuerpo de Ejército, respectivamente. Asimismo, los artículos abarcan un tiempo largo que conecta la última dictadura cívico militar con el presente. En otras palabras, continúa con los aportes de estudios locales sobre el tema (Mereb, 2017; Kotler, 2018, 2014 y 2006; Alonso, 2011; Solis, 2011a y b; 2012; Oviedo y Solis, 2006; Azconegui, 2012; Zubillaga, 2019 y Scocco, en prensa y 2016) y, como novedad, trabaja en la apertura de otras temporalidades enlazadas desde las luchas emprendidas por actores diversos y en relación con los sentidos igualmente variables que expresan las experiencias en estudio. ¿Qué antecedentes, entre similitudes y diferencias, relacionan a Santa Fe y Córdoba?

Ambas provincias protagonizaron, junto a otras, el ciclo de radicalización y movilización política de los años sesenta y setenta, con variadas formas de militancia y organización. destacándose la activación combativa de su movimiento obrero -que incluyó el desarrollo de vertientes clasistas- de fuerte presencia en sus conglomerados fabriles, de localización centralmente capitalina en Córdoba (Gordillo, 2001; Ortiz, 2019) y en los cordones industriales del Gran Rosario en Santa Fe (Águila y Viano 1995/6; Carminati, 2017; Cerio, 2007; Rodríguez y Videla 2013; VVAA, 1999). De igual modo, en las dos se registraron expresiones comprometidas de la iglesia en su variante tercermundista (Lacombe, 2016; Scocco, 2020), una activa y multiforme movilización estudiantil (Luciani, 2017; Vega, 2018) y hubo un desarrollo considerable de las expresiones militantes de la lucha armada, con irradiación a otras zonas, principalmente de Montoneros y del PRT- ERP (Seminara, 2015; Viano, 2013; Noguera, 2019; Inchauspe, 2020). Ambas protagonizaron acciones paradigmáticas en el ciclo de los “azos”, mostrando la disposición a la acción confrontativa contra el gobierno de la autodenominada Revolución Argentina (Gordillo, 2019; Rosas, 2019). Asimismo, sufrieron tempranamente la represión al conflicto social y político, por la implementación de consejos de guerra a civiles, por la magnitud del uso de la prisión política para desactivar la protesta y de los traslados disciplinatorios a penales alejados, junto a la implementación de asesinatos selectivos contra sus militantes. Igualmente, se formaron de manera temprana en las dos provincias comisiones de defensa y solidaridad con los presos políticos, estudiantiles y gremiales (Scocco, 2021; Solis, 2019). Con el retorno del peronismo al poder, tuvieron algunas notas particulares en su devenir. Leia Mais

Historia de Cali en el siglo 20: sociedad, economía, cultura y espacio | Edgar Vásquez Benítez

Es un gusto y honor participar en este homenaje al profesor Edgar Vásquez Benítez, economista, historiador urbano e intelectual caleño, quien habitó gran parte de su vida en esta ciudad poco dada a reconocer y homenajear a sus intelectuales. En este sentido felicito la iniciativa del Archivo histórico de Cali por organizar este evento. Ojalá continúen los homenajes a otros profesores y profesoras que lo merecen; sugiero rápidamente al profesor Lenin Flórez, a quien guardo un especial afecto, para continuar con otros colegas que han construido lo que podemos empezar a reconocer como un campo de la historia en el suroccidente colombiano.

Tengo que iniciar diciendo que no conocí personalmente al profesor Vásquez, aunque puede decirse que a través de la lectura de un libro podemos los lectores llegar a conocer a sus autores. Por esta razón sólo hablaré de mi encuentro particular con el profesor Vásquez a través de su libro más difundido, Historia de Cali en el siglo 20: sociedad, economía, cultura y espacio. Fue publicado en el 2001, año en que yo ingresaba a realizar mis estudios de historia en la Universidad del Valle, institución en la que él trabajaba. Más adelante mencionaré algunos puntos sobre lo que pienso es la contribución de este libro a la historiografía de la ciudad. Por ahora destacar lo influyente que fue este libro para mí, y creo no equivocarme también para las cohortes de estudiantes de historia que pasamos por la universidad en la década del 2000. Esta generación se formó leyendo, referenciando y ojeando su libro; a través de sus páginas nos comenzamos a interesar por la historia de la ciudad. En retrospectiva, creo que hoy en día es posible hablar de una historia de Cali gracias a la obra del profesor Vásquez -porque como decía Nietzsche sólo existe la Historia sí alguien la escribe o la recuerda-, y gracias también a esa generación que partiendo de este libro está satisfaciendo la necesidad de entender y explicar el pasado urbano de la ciudad. Leia Mais

Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará. Belém, v.8, n.2, 2021

Editorial

  • PDF
  • EDITORIAL
  • Editorial
  • José Maia Bezerra Neto, Bárbara da Fonseca Palha
  • PDF

DOSSIê

DISCURSOS

ENTREVISTAS

RESENHAS

Erotismo no cinema brasileiro: a pornochanchada em perspectiva histórica | Jairo Carvalho do Nascimento

Erotismo no cinema brasileiro: a pornochanchada em perspectiva histórica (2013), publicado pela Editora CRV, é de autoria do Prof. Dr., em História Social, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Jairo Carvalho do Nascimento – o historiador também possui outros livros, como: José Calasans e Canudos: a história reconstruída (2008) [resultado de sua dissertação de Mestrado Acadêmico, defendida no Programa de Pós-Graduação em História (PPGH), da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH), da UFBA, sob orientação da Profª. Drª. Lina Maria Brandão Aras, em 2004] -, sendo fruto, parcial, de sua tese de doutoramento, Erotismo e relações raciais no cinema brasileiro: a pornochanchada em perspectiva histórica, defendida em 2015, sob orientação do Prof. Dr. Milton Araújo Moura, no PPGH/FFCH/UFBA.

O exercício proposto para esta resenha crítica é questionar qual é a possível tese arquitetada no livro; e, para isso, acredito que o primeiro aspecto a ser avaliado por nós, leitor, é: o que implica, estruturalmente, o termo “relações raciais” não estar presente no título da publicação? Leia Mais

Necropolítica: Biopoder, Soberania, Estado de Exceção, Política da Morte | Achille Mbembe

Achille Mbembe é um intelectual multifacetado no melhor sentido que se pode atribuir a este termo; possui uma formação ampla na área das humanidades, atuação em diversas instituições qualificadas e produções largamente difundidas, inclusive no Brasil. Camaronês, nascido em 1957, testemunhou o processo de descolonização de seu país – uma guerra sangrenta equivalente ao processo argelino e com estimativas de 60 mil vidas perdidas – e, com formações entre graduações e pós graduações em História, Ciências Políticas e Filosofia, tem manifestado interesse nos temas de Filosofia Política abordando questões da África contemporânea descolonizada. Mbembe tem atuações profissionais nas universidades norte-americanas de Duke, Harvard, Columbia, Yale e na Universidade Witwatersrand em Joanesburgo na África do Sul.

O livro alvo desta resenha chama-se Necropolítica: Biopoder, Soberania, Estado de exceção, política da morte publicado pela primeira vez na França em 2003, mas que possuiu edição brasileira só em 2018. Trata-se de um pequeno ensaio de cerca de 70 páginas na edição brasileira nas quais o autor irá desenvolver o seu conceito de necropolítica. Embora seja um texto curto, o leitor deve preparar-se para refletir sobre questões densas acerca de perspectivas de autores chaves para Mbembe e de abordagens de difícil digestão, porem necessárias, em relação aos pesados temas apresentados no texto. Leia Mais

21 lições para o século 21 | Yuval Noah Harari

Yuval Noah Harari é um historiador pop. Pop no sentido de estar nas grandes mídias, fazer TED1 , professor acadêmico, militante em causas no movimento LBTQIA+ ele é autor dos best sellers (mais vendidos) ‘Sapiens, uma breve história da humanidade’ (2011), ‘Homo Deus’ (2015) e do objeto desta resenha 21 lições para o século 21 publicada em 2018 e agora em 2020, um livro sobre pandemia, entre outros livros. Professor acadêmico de história da Universidade Hebraica de Jerusalém, com Doutorado em Oxford e milhões de livros vendidos no Brasil, pela editora Companhia das Letras.

Em ‘Homo Sapiens’ ele estabelece uma análise onde a relação história e biologia e mostra o desenvolvimento de como nos tornamos a espécie dominante. Ele narra e interpreta a história do homem a partir de três grandes revoluções: a cognitiva; enquanto uma mudança no processamento mental do Homo Sapiens, abandonando a determinação biológica criando ficções, culminando no seu deslocamento geográfico. Ela acontece em vários aspectos, que estão ligados a ficcionalização e através dela se cria jeitos de cooperação e cria-se realidades imaginadas, como se estabelecem relações de hierarquia, organizações civilizacionais e institucional. A segunda é da agricultura: para o Harari tem-se um aumento de disputas por poder, espaço, território e acúmulos de comidas. A última é a cientifica: quanto mais nós conhecemos e descobrimos, mais sabemos que somos insignificantes diante do universo. Leia Mais

Nazareno Confaloni: arte & modernidade como experiência religiosa | Jacqueline Vigário

É preciso aproximar o artista da realidade vivida pelo povo, caso contrário, o artista viverá desambientado e incompreendido.

Frei Nazareno Confaloni

As produções acadêmicas pela lente da História Cultural têm muitos exemplos interessantes de reflexões historiográficas a partir das imagens, e a obra Nazareno Confaloni. Arte & Modernidade como experiência religiosa é um dos mais recentes deles. Vencedora do prêmio Sandra Jatahy Pesavento do ano de 2018, trata-se da tese de doutorado de Jacqueline Siqueira Vigário, defendida no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Goiás em 2017, que acaba de ser publicada pela Edições Verona e discute a modernidade em Goiás a partir da vida e da obra do frei dominicano e artista plástico italiano, Nazareno Confaloni.

Ao longo de seu texto, Vigário nos leva pelos meandros da construção da modernidade em Goiás ao longo das décadas de 1950, 1960 e 1970, a partir das bases, especialmente, da Escola Goiana de Belas Artes (EGBA) e do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG), na esteira da transferência da capital goiana da cidade de Goiás para Goiânia por Pedro Ludovico Teixeira na década de 1940, sob as bênçãos do Estado Novo. As reformulações culturais do regime de Vargas são a base para o IHGG, que legitima culturalmente o Estado de Goiás em relação ao resto do Brasil, constituindo-se, segundo a autora, em uma instituição legítima no exercício de promoção dos projetos políticos de modernização e construção do imaginário de modernidade para Goiás (VIGÁRIO, 2021, p. 278). Leia Mais

Passado Abierto. Mar del Plata, n.13, 2021.

EDITORIAL

DOSSIER

ARTÍCULOS

TALLER DEL HISTORIADOR

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

Boletín del Instituto de Historia Argentina y Americana Dr. Emilio Ravignani. Buenos Aires, v.55, July 2021.

Artículos

História das mulheres e gênero em suas diversas abordagens | História em Revista | 2021

As pesquisas voltadas para os mais diversos âmbitos relacionados à História das mulheres e aos Estudos de Gênero têm se ampliado desde meados do século passado, e, no tempo presente, consolidam esses campos de estudos como importantes áreas de produções acadêmicas. Trabalhos realizados, tanto nas esferas da graduação quanto da pós-graduação, refletem a dinâmica das investigações realizadas e, significativamente, têm contribuído para o fortalecimento dessas temáticas sensíveis. Tendo em vista suas diversas abordagens, permeadas por diferentes fontes, bibliografias, discussões teóricas e metodológicas, essas pesquisas são capazes de conduzir estudiosas e estudiosos desses assuntos a uma gama de novos conhecimentos históricos e epistemológicos.

As autoras e os autores que colaboram com seus artigos para a composição do dossiê, abordam discussões a respeito de sexualidades, construções culturais, preconceitos, desigualdades de gênero, violências, entre outros elementos, de forma que, com seus diferentes diálogos, problematizam os temas, oferecendo reflexões atualizadas e enriquecedoras. Leia Mais

História da saúde e das doenças: sujeitos, saberes e práticas | Fênix – Revista de História e Estudos Culturais | 2021

Os anos de 2020 e 2021 marcaram profundamente a vida das pessoas de diferentes lugares do planeta. A pandemia de Sars-coV-2 (Covid-19) invadiu o espaço público, os corpos das pessoas e dizimou uma enorme parcela da população, especialmente a mais pobre.

A primeira grande pandemia do século XXI, embora precedida por outras manifestações epidêmicas como o Ebola e o H1N1, tomou proporções que só podem ser comparadas às da gripe “espanhola”, no início do século XX. Em 1918, a imprensa informava que o vapor Demerara, proveniente da cidade inglesa de Liverpool e que passou pelos portos do Recife, Salvador e Rio de Janeiro na primeira quinzena de setembro, registrou passageiros infectados a bordo, com cerca de cinco óbitos (SOUZA, 2009, p. 102). Era a chegada da doença ao Brasil. Leia Mais

Memórias de professores nordestinos de História: docência no contexto da pandemia de Covid-19 | Joaquim Tavares Conceição e Paulo Heimar Souto

O livro dos professores Joaquim Tavares da Conceição e Paulo Heimar Souto é uma reunião de textos acadêmicos resultantes de trabalhos finais da disciplina “Tópico Especial em Ensino de História. História, memória, identidade e a aprendizagem histórica”, ministrada no Programa de Pós-graduação em Ensino de História da Universidade Federal de Sergipe. Seus capítulos, em forma de artigos, são redigidos pelos mestrandos do programa, sobre orientação dos referidos professores.

A obra é estruturada em cinco capítulos que debatem as dificuldades e desafios enfrentados pelos professores de História durante o período de isolamento social provocado pela pandemia de COVID-19. Amparados pela metodologia da História Oral, os autores discutem o ensino remoto e o uso das tecnologias digitais pelos professores entrevistados, chamados de colaboradores. Algumas das experiências dos professores que serviram de base amostral são relacionadas e interpretadas junto aos conceitos de memória do teórico Michael Pollak e aos conceitos da história oral de José Meihy e Leandro Seawright. Leia Mais

História em Revista. Pelotas, v.26, n.2, 2021.

HISTÓRIA DAS MULHERES E GÊNERO EM SUAS DIVERSAS ABORDAGENS

Artigos

 

A novela gauchesca de Eduardo Gutiérrez: prensa/discurso judicial y folletín en la génesis de una literatura popular | Carlos Hernán Sosa

“El porvenir es triunfalmente nuestro. Nos lo hemos

ganado con sudor de tinta y rechinar de dientes, frente a

la Underwood, que golpeamos con manos fatigadas hora

tras hora, hora tras hora. (…)

Y que el futuro diga”.

Roberto Arlt,
“Prólogo” a Los Lanzallamas (1931). Leia Mais

Política y sociedad en Salta y el norte Argentino/ 1780-1850 | Marcelo Daniel Marchionni

El lector que recorra las páginas de Política y Sociedad en Salta… conocerá los cambios y continuidades en los entramados políticos introducidos por las reformas borbónicas y el proceso revolucionario y podrá entender cómo se conformó la provincia de Salta. Marcelo Marchionni plantea como hipótesis central que en las primeras décadas del siglo XIX -por lo menos hasta la separación de Jujuy en 1834- no existió una entidad provincial unificada en Salta, y que en el proceso de construirse como tal tuvo que articular un conglomerado de ciudades y territorios que declamaban su soberanía. De esta manera, el accionar de los grupos que componen la elite, y los proyectos políticos que emanan de ella, deben ser comprendidos dentro de este contexto. Leia Mais

Black Freethinkers: a History of African American Secularism | Christopher Cameron

Christopher Cameron Historiae
Christopher Cameron | Foto: UNC Charlott

Uma das características da comunidade negra dos EUA é religiosidade. Pesquisa divulgada pela Pew Research Center no início de 2021 revelou que 78% dos afro-americanos possuem uma crença religiosa, enquanto 18% se definem como sem religião, 2% como agnósticos e 1% como ateísta (MEHTA, 2021). Tal resultado é reforçado quando se pensa em figuras importantes da história dessa comunidade, como o pastor Martin Luther King Jr. (1929-1968) e o muçulmano Malcolm-X (1925-1965), líderes de movimentos socais pelos direitos civis nos anos 1950 e 1960.

Black Freethinkers: a History of African American Secularism, publicado em 2019 pelo historiador Christopher Cameron, busca ser, a partir de pesquisa histórica, um contraponto à visão de uma comunidade afro-americana essencialmente religiosa: “Os livrespensadores negros desafiam essa tendência argumentando que o ateísmo, o agnosticismo e o humanismo secular têm sido componentes centrais da vida intelectual e política negra desde o século XIX”. (CAMERON, 2019: IX) [tradução do autor]. [1] Leia Mais

Lo sindical en su multiplicidad. Trabajo/profesiones y afectos en el hospital | Anabel Angélica Beliera

En Argentina, en las ùltimas décadas, hubo una reactivación de la conflictividad social en ámbitos laborales con un destacado y renovado protagonismo de las organizaciones sindicales. En ese entramado se inscribe el libro de la Socióloga y Doctora en Ciencias Sociales Anabel Beliera, Lo sindical en su multiplicidad. Trabajo, profesiones y afectos en el hospital, donde la autora indaga críticamente acerca de las mùltiples modalidades en que se construye la experiencia sindical en un ámbito laboral estatal, en este caso el Hospital Provincial Neuquén Dr. Castro Rendón (en adelante, HPN). Leia Mais

Patrimônio Cultural: relações entre História, Políticas Públicas, Turismo e Sustentabilidade | Historiae | 2021

Canoa Quebrada1 Historiae
Símbolo inscrito em falésia da Praia de Canoa Quebrada, CE | Foto: Ministério do Turismo / Plano Nacional do Turismo

Na contemporaneidade, o campo do patrimônio cultural tem se mostrado multidisciplinar e voltado a uma polifonia de sentidos. Contudo, talvez oaspecto que mais chame a atenção, seja o dele ter se tornado um campo de disputas, não só de representatividade mas, principalmente, de questões ligadas à história e à memória.

Com este horizonte em vista, o presente dossiê traz à tona as relações e as interfaces entre patrimônio cultural, história e educação patrimonial, evidenciando não somente práticas de acautelamento mas, também, atividades desenvolvidas em espaços educativos formais e não formais. Além disso, também oportuniza uma ampla discussão sobre as articulações entre a preservação do patrimônio e as políticas estruturadas na área do turismo cultural no Brasil e no mundo, enfocando ainda as políticas relacionadas à sustentabilidade dos bens culturais tangíveis e intangíveis, bem como os limites da gestão do turismo na salvaguarda do patrimônio. Leia Mais

José Revueltas, un rebelde melancólico | Arturo Anguiano

Enloquecidos pájaros del viento han llegado hasta aquí para no alejarse nunca.

Todo mundo nos está gritando en el filo mismo de la Historia en la frente escupida de las cosas que existen.”

[Fragmento] Si el aire… (1938)  José Revueltas

El libro “José Revueltas, un rebelde melancólico” escrito por Arturo Anguiano, editado por la División de Ciencias Sociales y Humanidades y publicado por la Universidad Autónoma Metropolitana en la Ciudad de México, es una recapitu­lación de la vida de José Maximiliano Revueltas Sánchez, mejor conocido como José Revueltas: escritor, revolucionario y activista mexicano desde 1925 hasta el día de su muerte en 1976.

Este libro nos relata la vida de José Revueltas, autor de obras como El apando (1969), El luto humano (1943), Ensayo sobre un proletario sin cabeza (1962); y la relación que tuvo con la izquierda en México: tormentosa, solitaria y melancó­lica. Luego de ser expulsado dos veces del Partido Comunista Mexicano, en 1943 comienza su travesía revolucionaria en el Partido Popular, época conocida como su suicidio político, pues sufrió las vilezas estalinistas y lombardistas2 que, entre muchas otras restricciones, no le permitieron la publicación de su libro Los días terrenales (1949). Después, fundó el Partido Obrero-Campesino y la Liga Leninis­ta-Espartaco, de donde también fue expulsado, dejándolo solo políticamente, te­niendo como consuelo la influencia moral –pero no política– en el movimiento estudiantil de 1968. Su libro Juventud y Revolución (1978), escrito en la cárcel de Lecumberri, recopila sus escritos realizados años antes, durante y después del movimiento de 1968. Este texto está lleno de referencias históricas que entreteje y configura el estallamiento del movimiento estudiantil. Leia Mais

El origen del capitalismo. Una mirada de largo plazo | Ellen Meiksins Wood

El libro El origen del capitalismo. Una mirada de largo plazo de la politóloga canadiense Ellen Meiksins Wood, tiene por primera vez su traducción al español gracias a la editorial siglo XXI y al prolífico trabajo de traducción de la socióloga española Olga Abasolo. Su publicación irrumpe a 22 años de su primera aparición en la editorial anglosajona Verso y es el quinto texto de la autora en publicarse en español2.

El texto es un dispositivo de debate y apertura de una controversia al interior del marxismo. No se detiene a discutir o contrastar fuentes, tampoco repara en la metodología de investigación ni tampoco repara en debatir con autores conservadores. La motivación, que es posible deducir de sus poco más de 200 páginas, es ajustar cuentas al interior del marxismo, pero sin perder de vista las diferentes contribuciones de quienes son aludidos o criticados. Leia Mais

América entre revoluciones: construcción de sujetos e identidades en el ideario popular revolucionario latino-americano |  Revista chilena de historia social popular | 2021

El presente dossier pretende abrir paso a la reinterpretación de un conjunto de procesos históricos que tuvieron a las clases trabajadoras y masas populares latinoamericanas en el centro de la acción política. Adicionalmente, busca comprender la complejidad de dichos procesos abordados desde la construcción de sujetos e identidades. Lo anterior, más allá del análisis de las colectividades políticas revolucionarias y reformistas, sus proyectos políticos y su confrontación con el Estado. En líneas generales, los estudios que comprenden este dossier se enfocan en la construcción de las identidades populares desde expresiones artísticas y acciones de protesta vinculadas al compromiso de cambio social.

Desde fines de la década de 1950, la música popular fue un vehículo de expresión cultural para la revolución en América Latina. El arte ha funcionado como espejo de contextos históricos específicos y, por ello, la música ha sido una forma de manifestación cada vez más estudiada desde diversos puntos de vista. En el escenario chileno, la Nueva Canción Chilena (NCCh) ha sido una vía para comprender la construcción de la identidad cultural popular chilena ya que expone las problemáticas sociales y la búsqueda de la justicia social de una época. Leia Mais

Miradas góticas. Del miedo al horror en la narrativa argentina actual | Adriana Goicochea

ACECHAR LO GÓTICO. UNA APROXIMACIÓN CORAL A LA NARRATIVA ARGENTINA ACTUAL

En Fantasy. Literatura y subversión, Jackson recurre al concepto óptico de paraxis (de par-axis: junto al eje) para presentar la tesis central de su libro: “es un área en la que los rayos de luz parecen unirse en un punto detrás de la refracción. En esta área el objeto y la imagen parecen chocar, pero en realidad ni el objeto ni la imagen reconstituida residen ahí verdaderamente: ahí no hay nada” (Jackson, p. 17). Lo fantástico constituye así una mirada a lo real que lo ensombrece y amenaza: “Toma lo real y lo quiebra” (Ib. p. 18). Esta característica subversiva y problematizadora de la percepción constituye una de las marcas centrales de las Miradas góticas que, compiladas por Adriana Goicochea, se disponen a acechar las modulaciones de “lo gótico” en la narrativa argentina reciente. Leia Mais

Leituras de Áfricas: epistemologias, ancestralidades, corporiedades e processos educativos em tempos pandêmicos | Perspectivas e Diálogos – Revista de História Social e Práticas de Ensino | 2021

2021 foi um ano de muitos enfrentamentos. Até o momento, 619.065 mil pessoas morreram de COVID-19. Um número assustador e motivo de indignação em qualquer país. O Brasil, no entanto, não se configura como qualquer país. Todo e qualquer indicador social necessita ser atravessado pela questão étnica e de gênero para se atingir as camadas mais profundas da realidade e o problema ser desnudado.

Estudo realizado pela Rede de Pesquisa Solidária (Jornal da USP, 2021) apontou que as desigualdades raciais e de gênero aumentam a mortalidade da COVID-19 no mesmo grupo ocupacional, sendo que as mulheres negras morrem mais que homens negros, homens brancos e mulheres brancas na base do mercado de trabalho. Leia Mais

Caminhos da História. Montes Claros, v.26, n. 1, 2021.

DossiêHistória das Diversões“, sob a coordenação e organização dxs professorxs/pesquisadorxs Igor Maciel da Silva (UFJF/UFMG), Sarah Teixeira Soutto Mayor (UFJF) e Cleber Dias (UFMG).

Editorial

  • Editorial
  • Ester Liberato Pereira, Rafael Dias de Castro | PDF

Dossiê

Artigos Livres

Resenha

Perspectivas e Diálogos. Caetité, v.1, n.7, 2021. e Diálogos. Caetité, n.47, jan. 2022.

HISTÓRIA, EDUCAÇÃO E INTELECTUAIS BRASILEIROS

DOSSIÊ TEMÁTICO

Publicado: 2021-07-01

 

Los más ordenaditos. Fascismo  y juventud en la dictadura de Pinochet | Yanko González Cangas

Los más ordenaditos. Fascismo y juventud en la dictadura de Pinochet es el título del nuevo libro del antropólogo Yanko González. En este, el autor realiza un estudio detallado, a partir del trabajo etnográfico y de fuentes, sobre el pro­ceso de fascistización al régimen institucional de Augusto Pinochet que vivieron los jóvenes derechistas chilenos. En consecuencia, González busca comprender y reconstruir, desde la memoria de los protagonistas, la producción de subjeti­vidades, experiencias juveniles y generacionales vinculadas a las juventudes de Estado de Pinochet y Jaime Guzmán.

En su “Introducción”, González plantea que la dictadura tuvo desde sus ini­cios la misión de organizar a los jóvenes para que fuesen agentes que la apoyaran y perpetuaran, buscando así formar “juventudes leales” al régimen. A través de la pregunta ¿Cómo cambia la formación identitaria con 1973? El autor explica que, una vez ocurrido el golpe de Estado, Pinochet, y sobre todo Guzmán, simpatizan­te del franquismo e inspirado en este, articularía la fascistización de la juventud. El concepto hace referencia a un proceso inacabado, capaz de aprehender ele­mentos menos mutables del fascismo y resignificarlos bajo la institucionalidad vigente en aspectos políticos, socioculturales y económicos, profundizando así el proceso mismo. Leia Mais

Pilquen. Buenos Aires, v.24, n.2, 2021.

Revista Pilquen. Sección Ciencias Sociales

  • Período abril-junio. Publicado 30/06/2021

ARTÍCULOS

RESEÑAS

PUBLICADO: 2021-07-01

Novos combates pela história: desafios, ensino | Carla Bassanezi Pinsky e Jaime Pinsky

[…] nossos adolescentes detestam a História. Votam-lhe ódio entranhado e dela se vingam como podem, ou decorando o mínimo de conhecimento que o “ponto” exige ou se valendo lestamente da “cola” para passar nos exames. Demos absolvição à juventude. A História que lhes é ensinada é, realmente, odiosa. (MENDES apud NADAI, 1992/1993, p. 143)

Ensinar História no Brasil é um ato desafiador. Perspectivas eurocêntricas e narrativas que se distanciam da realidade da maioria de nossos alunos pautam os conteúdos propostos nos currículos e materiais didáticos. Soma-se aos impasses mencionados, a desvalorização da carreira docente, os bombardeios negacionistas, relativistas e anticientíficos proferidos nas falas de tantas autoridades do meio político. A História, tida por muitos estudiosos como ciência das revoluções, hoje se encontra ferida no meio acadêmico, nas escolas e no cotidiano. Leia Mais

Transitar el espacio: imágenes cartográficas, relatos y experiencias sobre el terreno (siglos XVI-XX)  | Claves – Revista de Historia | 2021

A partir de las herramientas heurísticas propuestas por la historia política, la historia social, la historia de la cartografía, la historia del arte y la historia cultural, los trabajos reunidos en el presente dossier exploran los diversos modos en que es posible abordar y reflexionar sobre la experiencia de transitar el espacio. En este sentido, proponen claves de lectura novedosas para el análisis teórico y metodológico de relatos de experiencias sobre el terreno (i.e. cartas, informes impresos o manuscritos, relatos de viaje, documentación diplomática, noticias periodísticas, adaptaciones teatrales, filmes, etc.) e imágenes cartográficas en diversos formatos y soportes con niveles de circulación social variados.

Este número especial de Claves. Revista de historia se aboca, entonces, al estudio de las imágenes cartográficas y relatos producidos a partir de la selección, adaptación, transformación, condensación o traducción de las vivencias sobre el terreno de actores políticos, misioneros, viajeros, funcionarios, bandidos, topógrafos, artistas y espectadores en un período temporal extenso. Para ello, parte de la premisa de que el espacio es el producto de la vida en sociedad al tiempo que condición de posibilidad para esas experiencias sociales (Lefebvre 1974; Koselleck 2001, 93-111). A la vez, en la medida en que la experiencia histórica se gesta en condiciones espaciales meta-históricas específicas, el espacio no puede pensarse por fuera de las variables de tiempo y lugar que lo determinan históricamente. Aunque desde disciplinas y abordajes teóricos diversos, los artículos que abren y cierran este dossier discurren justamente sobre la incidencia del espacio-tiempo en la territorialización y construcción simbólica de los imperios ibéricos, en el caso de João Pimenta, y sobre el carácter performativo del espacio en la escenificación cartográfica de dos experiencias de confinamiento analizadas por Carla Lois. Leia Mais

História social, história local-regional | Politeia: História e Sociedade | 2021

A historiografia deste começo de século XXI herdou do século passado a sua concepção de história social, que se relaciona com as duas vertentes fundamentais, ligadas, de um lado, ao materialismo histórico, ou marxismo e, do outro, àquela ligada à revista Annales d’histoire économique et sociale, surgida em 1929.

Ao longo do século XIX e no início do século XX, a historiografia praticada nos grandes centros de produção intelectual concebia a história como uma espécie de história militar ou diplomática, admitida essencialmente a partir de e através do Estado. Marcada por uma produção historiográfica com o predomínio na narrativa, povoada de acontecimentos, grandes vultos, estava centrada nas grandes batalhas, nas guerras e nas negociações envolvendo os diferentes estados. Leia Mais

Histórias marginais, alteridades e críticas epistêmicas | Fronteiras – Revista de História I 2021

O olhar interdisciplinar e interseccional presente nesse dossiê é fundamental para refletir como a necropolítica e o neoliberalismo atuam sobre as “minorias” na história. Estas seguem tendo sua vida violentada simbólica e concretamente por regimes de dizibilidade – por um “tanatos-político”, ou seja, a produção da morte legitimada pela negligência do estado. Vivemos a perversidade da imbricação entre neoliberalismo, racismo e desigualdade operando sob nossas vidas.

Pensar e visibilizar historias marginalizadas pela episteme colonial é tornar visíveis as injustiças históricas que já vinham sendo vivenciadas nos corpos de mulheres e homens negros e indígenas – corpos racializados. O racismo foi e continua sendo o eixo principal do sistema patriarcal e dominante que administra o poder e mantém povos historicamente oprimidos em situações injustas. Os efeitos do racismo e do sexismo na atualidade são tão brutais que acabam por impulsionar reações capazes de recobrir todas as perdas já postas na relação de dominação. Leia Mais

O que os jovens brasileiros pensam da ciência e da tecnologia? | Luisa Massarani, Yurij Castelfranchi, Vanessa Fagundes e Ildeu Moreira

As mudanças climáticas, suas origens e seus impactos estão entre os temas mais estudados das últimas décadas. Existe um significativo nível de concordância entre diferentes correntes de pesquisas científicas sobre o tema ( Bastin et al., 2019 ). A comunicação dos resultados dessas pesquisas amplia a importância do desenvolvimento científico e tecnológico e fortalece o nível de percepção da sociedade sobre esse fenômeno. Estudos mostram que os jovens tendem a um maior engajamento nesse contexto quando conhecem a dimensão dos impactos dessas mudanças, contudo, com raras exceções, são excluídos das discussões sobre a dimensão desse problema que os desafiará em breve (Lee et al., 22 fev. 2020). E no contexto nacional, o que pensam os jovens sobre mudanças climáticas? Sobre pesquisas científicas? Sobre tecnologia? Esta resenha trata de uma produção muito importante que responde a essas e outras incertezas sobre os jovens brasileiros. Leia Mais

Mentalidades, ideas y conceptos/Quirón/2020

Como Comité editorial de la revista Quirón nos enorgullece presentar nuestro número 15, el Dossier “Mentalidades, ideas y conceptos”; su nombre, claramente, proviene de tres corrientes de producción historiográfica que fueron protagónicas (lo que no quiere decir que fuesen las únicas en el continente europeo después de la primera mitad del siglo XX: las Mentalités de la tercera generación de Annales; la Historia de las ideas, de mayor influencia anglosajona con la Escuela de Cambridge como gran exponente; y la Historia de los Conceptos, resultante de los trabajos de los historiadores constitucionalistas alemanes. El título “Mentalidades, ideas y conceptos” fue la cristalización de nuestro deseo como comité de poner sobre la mesa una propuesta que llamara a los autores a reflexionar en torno a las estructuras mentales y de pensamiento del ser humano a través del tiempo. De este modo, encontramos la manera de dar sentido, tanto para el lector como para nosotros, a un título que puede ser llamativo y, por qué no, incluso problemático.

Reflexionar en torno a las Mentalités, ejercicio retomado dentro de la escritura de la historia por Georges Duby en 1961, buscaba, a grandes rasgos, profundizar en el “imaginario colectivo” que abarcaba “los comportamientos y las representaciones colectivas inconscientes”1. El término “mentalidades”, por la descripción anteriormente presentada, terminó por modificarse a “imaginario” como el mismo Duby replanteó su trabajo acerca de los tres órdenes de la sociedad de la Edad Media2. A pesar de ser un término en cierto modo descartado por parte de la academia, decidimos emplear “Mentalidades” para destacar la importancia de la tercera generación de Annales en la apertura de nuevos horizontes de estudio para la disciplina histórica, y cómo dejó cimientos (y otras posturas que fueron cuestionadas y repensadas subsiguientemente) para los posteriores desarrollos de la historia cultural. Leia Mais

Quirón. Medelin. v., 7, n.15, 2021.

Mentalidades, Ideas y Conceptos

Editorial

Artículo

Reseña

Transcripciones

Publicado: 2021-07-01

Historia mínima de la Suprema Corte de Justicia de México | Pablo Mijangos y González

Quiero comenzar esta reseña recuperando la tesis de Pablo Mijangos respecto a la imposibilidad de entender la trayectoria de la administración de justicia en México sin considerar el papel de la Suprema Corte en el desarrollo histórico del país. Esto no es un asunto menor si se toma en cuenta que en días recientes la Suprema Corte de Justicia ha sido objeto de discusiones públicas en el ámbito nacional, al haber declarado la validez constitucional de la pregunta, aunque reformulada, que propuso el presidente Andrés Manuel López Obrador sobre si se debe o no enjuiciar a los expresidentes. El tema es por demás complejo, pero relevante por el precedente que establece en la relación entre el Ejecutivo de la Cuarta Transformación y la judicatura de los Derechos Humanos. Dejando de lado que este asunto tenga que ver con un trasfondo político, el tema de la consulta popular, desde mi perspectiva, nos acerca a uno de los planteamientos más interesantes de la obra reseñada: el equilibrio entre la política y el derecho, pues, como lo muestra el autor, la Corte no está desconectada de su entorno, sino que se compone de individuos con intereses políticos, quienes imparten justicia e interpretan las leyes en contextos específicos, con base en el derecho vigente y de cara a la sociedad y la opinión pública. Leia Mais

¡A las armas! Milicia cívica/revolución liberal y federalismo en México (1812-1846) | José Antonio Serrano, Manuel Chust

En los últimos años, el estudio de las fuerzas armadas en México ha llamado la atención de los especialistas por el papel que desempeñan en nuestra sociedad contemporánea y por los complejos roles que han jugado en el proceso de conformación del Estado-nación. Hasta hace unas décadas, esta línea de investigación permanecía olvidada por la academia; sólo los historiadores militares adscritos a las instituciones castrenses mexicanas; dos historiadoras mexicanas, Josefina Zoraida Vázquez y María del Carmen Velázquez; y algunos extranjeros como Günter Kahle, Christon I. Archer, Juan Marchena, Lyle N. Mc Alister y Josefa Vega Juanino, por mencionar algunos, se habían ocupado con seriedad de ese tema. Por fortuna, historiadores como Juan Ortiz, Arturo Taracena, Manuel Chust y José Antonio Serrano siguieron sus pasos y nos han entregado un buen número de libros y artículos especializados que vienen a enriquecer nuestro conocimiento del pasado sobre lo que Juan Carlos Garavaglia denominó “fuerzas de guerra en la construcción del Estado”. Leia Mais

Museo del universo: los Juegos Olímpicos y el movimiento estudiantil de 1968 | Ariel Rodríguez Kuri

Museo del universo explica cómo fue que, entre julio y octubre de 1968, la geopolítica del mundo terminó contenida en la ciudad de México. La obra está estructurada en dos grandes partes: los capítulos 1, 2 y 4 están dedicados a los Juegos Olímpicos y en ellos se analizan los aspectos diplomáticos, los conflictos políticos y los obstáculos financieros que enfrentó el régimen priista cuando la ciudad de México fue elegida sede de la mayor gesta deportiva del planeta; los capítulos 5 al 8 están dedicados a analizar, mes a mes, el desarrollo del conflicto que enfrentó a una amplia gama de jóvenes citadinos con los cuerpos de seguridad del Estado y con las autoridades políticas nacionales. Entre estas dos grandes partes, como una forma de mostrar la manera en que se configuraba la esfera pública nacional hacia la segunda mitad de los años sesenta, el autor incluyó un capítulo en el que aborda el debate originado tras el incendio de la catedral metropolitana en enero de 1967. Leia Mais

Botas militares para salvar la democracia: miradas a las acciones de pacificación en la gobernación de Caldas 1953- 1964 | Jhon Jaime Correa Ramírez, Natalia Agudelo Castañeda, Edwin Mauricio López García

Un texto que a través de sus cinco capítulos y epílogo navega sobre dos singularidades. De un lado, la geografía e historia del antiguo Caldas, y de otro, el ejercicio del poder gubernamental de las Fuerzas Armadas. De esta doble «ecualización» surge Botas militares para salvar la democracia… como una ejercicio de historia bajo la pulsión de comprender no la Violencia en mayúscula como nos la enseñaron, sino los afanes de paz de un país que a comienzo de la década de 1954 vio la llegada de los militares al poder como un segundo proceso emancipatorio, con el ascenso del teniente general Gustavo Rojas Pinilla al poder tras el «golpe de opinión», que puso fin a la presidencia de Laureano Gómez y su reemplazo Roberto Urdaneta Arbeláez. En 72 horas, Colombia tuvo tres presidentes, una muestra de la crispación en la elite política tanto liberal como conservadora con el proyecto político corporativista de Laureano Gómez, inspirado en el gobierno de Francisco Franco en España. Leia Mais

El lenguaje político de la república: aproximación a una historia comparada de la prensa y la opinión pública en la américa española/1767-1830 | Gilberto Loiaza Cano

El objetivo del libro es determinar las semejanzas y las diferencias de los elementos discursivos expuestos en los periódicos de las principales capitales de los virreinatos americanos, más tarde repúblicas. De este modo, se recrea una visión de conjunto acerca de las condiciones de enunciación que permitieron crear un lenguaje político común en las nacientes repúblicas de letras. Leia Mais

Revista Brasileira de História da Mídia. São Paulo, v.10, n.2, 2021.

Revista Brasileira de História da Mìdia

DOI: https://doi.org/10.26664/issn.2238-5126.1022021

Associação Brasileira de Pesquisadores de História da Mìdia

Capa

  • Capa
  • Associação Brasileira de Pesquisadores de História da Mídia
  • PDF

Expediente

  • Expediente
  • Associação Brasileira de Pesquisadores de História da Mídia
  • PDF

Expediente/Sumário

  • Sumário
  • Associação Brasileira de Pesquisadores de História da Mídia
  • PDF

Editorial

Artigos Gerais

Dictadura y resistencia. La prensa clandestina y del exilio frente a la propaganda del Estado en la dictadura uruguaya (1973-1984) | Gerardo Albistur, Analía Passarini, Álvaro Sosa e Maximiliano BAsile

Este libro, producto de un proyecto financiado por la Comisión Sectorial de Investigación Científica (CSIC) de la Universidad de la República ejecutado entre 2017 y 2019 y titulado 1973-1984. La propaganda oficial del Estado y el discurso clandestino. Análisis de una oposición en dictadura para el debate actual sobre la democracia uruguaya, observa las formas que adoptan los fenómenos comunicacionales en contextos no democráticos, concretamente la propaganda oficial y la prensa de oposición que funcionó dentro y fuera de fronteras el marco de la última dictadura civil-militar.

No se define como un trabajo «político y comunicacional» ni tampoco como historiográfico, sino que pretende observar, por un lado, «el ejercicio del poder ideológico de manera absoluta» (la propaganda) y «la resistencia que oponen los discursos prohibidos» (la prensa clandestina). El planteo básico del libro es que, en democracia, pese a no funcionar idealmente, existen libertades que permiten el debate público, mientras que bajo gobiernos dictatoriales ese debate se anula, lo cual trastoca las formas de comunicación. En el caso uruguayo, la propaganda oficial, la prohibición de la circulación de discursos antagónicos, la vigilancia de las manifestaciones artísticas y culturales provocaron la aparición de una serie de publicaciones clandestinas, netamente políticas, que relevaron a los medios clausurados. Leia Mais

Historia visual del anticomunismo en Uruguay (1947-1985) | Magdalena Broquetas, Fernando Adrover, Javier Correa, Marcos Rey, Matías Rodríguez e Álvaro Sosa

La «Historia visual del anticomuniso en Uruguay (1947-1985)» examina un repertorio simbólico potente y expresivo integrado por viñetas, dibujos, fotos y caricaturas que tuvieron amplia circulación en la prensa y la propaganda política del período. El libro analiza y pone en valor algo que hemos experimentado y conocemos bien: el papel de las imágenes en la trasmisión de ideas, emociones y en la formación del sentido común de la sociedad. En particular da cuenta del alto impacto que tuvo la imagen en la construcción de esa categoría política, social y cultural que fue (y es) el enemigo comunista, que se convirtió luego en el enemigo subversivo.

Se trata de un trabajo original y, puede afirmarse sin exagerar, único. La coordinadora de la obra y autora de unos de los capítulos, Magdalena Broquetas, sostiene que la presente historia visual no debe ser concebida como la conformación de un subcampo historiográfico. Es cierto, pero también lo es que la investigación constituye una significativa ampliación de los horizontes historiográficos, tanto por el tema que aborda como por el instrumental que emplea para la investigación. Leia Mais

Imaginar, medir y ordenar. Mapas, planos y agrimensores en Uruguay | Museu Histórico Nacional, Adrés Azpiroz, Nicolás Duffau e Lucía Rodríguez

Imaginar, medir y ordenar. Mapas, planos y agrimensores en Uruguay, es el catálogo de una muestra inaugurada a fines de 2019 en la sede Casa Rivera del Museo Histórico Nacional (Uruguay). La muestra, que tiene el mismo nombre que su catálogo, presenta mapas y planos de distintas épocas, elaborados con diversos propósitos. Junto a estos, se exhiben además instrumentos propios del quehacer de la agrimensura. Las piezas exhibidas proceden de varios repositorios nacionales y de colecciones particulares.

Es resultado de un trabajo multidisciplinario y de la cooperación interinstitucional. La investigación que la sustentó fue coordinada por los historiadores Nicolás Duffau y Lucía Rodríguez y la ingeniera agrimensora Verónica Fagalde. La coordinación del proyecto expositivo estuvo a cargo del director del Museo Histórico Nacional, Andrés Azpiroz y contó con la colaboración de un equipo de historiadores, con asesores en el área de agrimensura y con el trabajo del taller de restauración del museo. Leia Mais

Hombres en Movimiento. Deporte, cultura física y masculinidades en Argentina 1880-1970 | Pablo Scharagrodsky

En 1861, Massimo D’Azeglio dejó una sentencia para la historia: «hemos formado Italia, ahora hay que hacer a los italianos». Su frase se transformó en una hoja de ruta para los movimientos nacionalistas de las postrimerías del siglo XIX y condensaba los pasos a seguir en la formación de los hombres y las mujeres de esas naciones que se estaban gestando. En este proceso comenzó a primar una marcada voluntad de las personas de identificarse emocionalmente con su nación. Pablo Scharagrodsky ha analizado en diversos trabajos como contribuyó la cultura física en este involucramiento emocional y como influyeron el Estado, las elites y las organizaciones creadas a tales efectos.

Estas cuestiones el autor las trabajó tanto en lo concerniente a lo ocurrido con las mujeres como con los hombres. En el primer caso, esto fue plasmado en Mujeres en Movimiento. Deporte, cultura física y feminidades. Argentina 1870-1980. En esta oportunidad, el autor viene a cubrir un sugerente vacío historiográfico como lo fue la carencia de estudios que ausculten como se fueron conformando las masculinidades en el país sudamericano. Lo hace en Hombres en Movimiento. Deporte, cultura física y masculinidades. Argentina 1880-1970, trabajo que será reseñado en las líneas que siguen. En efecto, el presente libro es un esfuerzo colectivo que condensa miradas de un tema de estudio que viene ganando espacio en los últimos años, como lo es la educación corporal de los ciudadanos. Leia Mais

Televisión y dictaduras en el Cono Sur. Apuntes para una historiografía en construcción | Fernando Ramírez Lloren

Televisión y dictaduras en el Cono Sur. Apuntes para una historiografía en construcción” – publicado en 2021 bajo la dirección de Fernando Ramírez Llorens, Mónica Maronna y Sergio Durán y editada por el Instituto Gino Germani de la Facultad de Ciencias Sociales de la Universidad de Buenos Aires (Argentina) y la Facultad de Información y Comunicación de la Universidad de la República (Uruguay)-, constituye el resultado de las Jornadas “Televisión y Dictadura en el Cono Sur” realizadas en 2020 en forma virtual y reúne, en formato digital, una selección de trece investigaciones presentadas en aquel evento.

Se trata de un trabajo que congrega a investigadores en historia de los medios y de la televisión de Argentina, Uruguay, Brasil y Chile, brindando un panorama pujante y de indiscutible interés interdisciplinario. En este abanico de abordajes, dialogan, discuten y se imbrican, diversos aspectos asociados a la historia de la televisión, durante la segunda mitad del siglo XX. En la diversidad de temáticas, subyacen programas de investigación que ligan a los estudios reunidos y expresan un campo académico donde cada trabajo forma parte de una discusión de conjunto. Leia Mais

Historia mínima de los feminismos en América Latina | Dora Barrancos

Este reciente libro de Dora Barrancos (2020) se propone hacer un recorrido por el devenir de los feminismos en los distintos países de América Latina. Saliéndose de los estrechos márgenes metodológicos de la academia, Barrancos logra narrar con solvencia y claridad los hitos más importantes de la lucha de las mujeres en cada uno de los países de la región en un largo siglo XX. Dedica el último capítulo, que actúa como prefacio, a analizar la agenda y el fenómeno de masividad que caracterizan a los feminismos del siglo XXI. Antecede al estudio de cada país una introducción sobre los movimientos feministas en el mundo, desde sus orígenes hasta el presente, síntesis que enmarca los procesos locales y permite mostrar el carácter internacionalista de los feminismos, pero también las particularidades latinoamericanas y de cada país en cuestión.

La obra deja en evidencia lo políticamente convulsionado que fue el siglo XX en toda la región y cómo los mecanismos de explotación económico-sociales que lo han convertido en el continente de mayor desigualdad han afectado particularmente a las mujeres, pues siguen siendo las «menos reconocidas y las más victimizadas por la pobreza» (p. 13). Leia Mais

América Latina entre la reforma y la revolución: de las independencias al siglo XX | Marta Bonaudo

Al momento de su lamentable fallecimiento, el 6 de diciembre de 2020, Marta Bonaudo preparaba algunas presentaciones y entrevistas junto con Silvia Simonassi y Diego Mauro, del libro que se acababa de editar. Esta obra colectiva fue la última de una extensa carrera como historiadora, que empezó en la década de 1960 al calor de la renovación historiográfica llevada adelante en Rosario, Santa Fe. La dictadura de 1966 en Argentina la obligó a buscar espacios alternativos de formación hasta que ganó una beca en Francia y partió hacia Europa a hacer el doctorado bajo la dirección de Georges Duby.

Al retorno de la dictadura, tuvo oportunidad de organizar y dirigir la Escuela de Historia de la Universidad Nacional de Rosario y, ya en la década de 1990, fue vicedecana de la Facultad de Humanidades y Artes. Era investigadora principal del Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET) y titular honoraria de la cátedra de Historia Argentina II. Fundó la Unidad Ejecutora en Red Investigaciones Socio-Históricas Regionales y fue su directora entre 2008 y 2016. A modo de pequeño homenaje, esta reseña pretende recordar a Bonaudo a un año de su fallecimiento, y a su trabajo destacado dentro de la historia regional, social, cultural y política. Leia Mais

La invención de España. Leyendas e ilusiones que han construido la realidad española | Henry Kamen

La narrativa histórica de cualquier país, vista desde el prisma del nacionalismo, siempre suele tener una gran cantidad de interpretaciones erróneas, prejuicios culturales, mitificaciones populares y condicionantes políticos. El caso de España es especial, pues no existe en Europa un país con una visión histórica más distorsionada de sí mismo. Desde mucho antes de la Edad Contemporánea, los libros de historia estuvieron llenos de mitos y leyendas, que coadyuvaron a la formación de la identidad nacional, pero que, al mismo tiempo, han contribuido a conformar un potente imaginario colectivo sobre el surgimiento de España como nación.

Henry Kamen, 1 celebérrimo hispanista, considera que España es el resultado de milenios de flujos migratorios, conquistas militares, fusiones de pueblos, aculturaciones cíclicas y confrontaciones religiosas. En varias entrevistas, el autor ha confesado que le resultó muy difícil crear una estructura uniforme y equilibrada para La invención de España. Leyendas e ilusiones que han construido la realidad española. El libro se compone del apartado introductorio, diecinueve capítulos, 2 la bibliografía y el índice onomástico. El cuerpo del texto establece un arco temporal que va desde la romanización peninsular hasta la descomposición del Antiguo Régimen y el surgimiento del Estado liberal. Leia Mais

Comunidades, historia local e historia de pueblos. Huellas de su formación | Mirta Zaida Lobato

El libro que edita la historiadora Mirta Zaida Lobato recoge los resultados de investigaciones debatidas en los talleres de historia sobre «El mundo del trabajo en perspectiva histórica: problemas y herramientas», organizados entre 2013 y 2014 en Buenos Aires, en el contexto de las actividades de la Red de Historia Social y Cultural de los Mundos del Trabajo.

Los capítulos se articulan en torno al término comunidad, recuperado en su doble dimensión de categoría analítica y concepto histórico. En su primera dimensión se lo trabaja rigurosamente en la introducción, escrita por Lobato, para pasar luego a vertebrar los capítulos de la obra. En tal sentido, Lobato propone cuatro aspectos que deberían ser interrogados al pensar las comunidades: los intereses colectivos, la historia común y la existencia de características sociales, así como de identidades culturales similares. Por otra parte, el término es recuperado en su plano conceptual, mostrando sus sentidos en disputa, sus construcciones múltiples, sus inclusiones y exclusiones. A juicio de la autora, la perspectiva elegida ayuda a conocer el mundo del trabajo en su diversidad, las formas de cooperación y asociación, los usos del tiempo libre, así como las protestas y conflictos laborales. Leia Mais

Antíteses. Londrina, v. 14, n.28, jul-dez, 2021.

Expediente

  • Expediente da edição Vol. 14, n. 28, Jul-Dez / 2021 Semestral
  • PDF

Editorial

Traduções

Dossiê

Artigos

Primeiros Passos

Resenhas